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1º Ciclo de Enologia
METAMORPHIC (metamórficas):
Slate (ardosia);
Schist (xisto);
Gneiss (gneisse);
SEDIMENTARY (sedimentares):
Silex (silex);
Limestone (calcário)
Sandstone (arenito);
Carignan tinta
PRIORAT
A área é de origem vulcânica. A base (material originário), denominado llicorella
(catalão) é constituído por ardósia avermelhada e preta, quartzo e mica. A camada
superficial (50 cm) é formada por ardósia, quartzo e micas decompostas que refletem a
luz solar e conservam o calor. Estas características obrigam a videira a atingir a base para a
absorção de água e respetiva nutrição, conferindo uma qualidade especial ao vinho.
solos arenosos
… são constituídos de grandes partículas, que são bem drenadas
com alguma retenção de calor. A areia promove a drenagem, o
que funciona bem em climas húmidos, mas em regiões secas,
os solos arenosos podem ser problemáticos. Um vinho
cultivado em região de clima quente é mais macio, com menos
acidez e tanino ligeiros. Já na região mais fria, os solos arenosos
retêm o calor e drenam bem para produzir vinhos altamente
aromáticos, mais acidez e frescura. Este tipo de solo retém mais
calor e menos humidade eliminando assim a possibilidade de
doenças, mas em alguns casos, também pode causar a
desidratação da vinha. Nestas condições, os solos arenosos são
mais resilientes ao ataque de pragas e doenças …
3. Relevo 4. Organismos
factores activos
5. Tempo factores passivos
O solo é um corpo natural formado pela combinação de efeitos do clima
e organismos, moderados pelo relevo, atuando sobre o material originário
(rocha mãe), ao longo do tempo
(i) (ii)
1. Material originário (rocha mãe)
“… material a partir do qual o solo se desenvolve, podendo ser rocha
subjacente (autóctones) (i), material coluvial ou aluvial ou sedimentos
diversos (alóctones) (ii)…”
“… estado inicial do sistema solo…”
(ii)
1.1. Rochas ígneas ou magmáticas
consolidação do magma; formadas com ou sem cristalização; abaixo da superfície (rochas
intrusivas; plutónicas) ou próximo à superfície (extrusivas; vulcânicas)
(i) Riolito
(ii) Andesito (i)
(vi)
(iii) Basalto (iii)
(iv) Granito
(v) Granodiorito
(vi) Diorito (ii)
(viii)
(iv)
(vii) Gabro
(viii) Sienito
(ix) Peridotito
(x) Obsidiana (vii) (ix)
(v) (x)
1.2. Rochas metamórficas
resultam da transformação da rocha original, o protólito, por via de processos físicos e químicos,
associados a condições de temperatura e pressão elevadas, como também a acção de fluidos
através da alteração química da fase fluida reagente, com entrada e/ou saída de componentes
químicas da rocha, com modificação dos seus minerais, processo designado de metassomatose.
(i) mármore
(ii) quartzito
(iii) gneisse (i) (iv)
(iv) esteatito
(v) micaxisto (iii)
(vi) xisto
(vii) ardósia (ii) (vii)
(v)
(viii) filito
(ix) itabirito
(vi)
(viii) (ix)
1.3. Rochas sedimentares
Obtidas a partir de partículas de outras rochas (ígneas e metamórficas), através de processos de
deposição (sedimentares) de partículas derivadas de processos de erosão, pela precipitação de
substâncias em solução (sedimentares quimiogénicas) e deposição de material biológico
(sedimentares biogénicas), podendo encontrar-se consolidadas (com cimento a unir as partículas)
ou não consolidadas.
(i) arenito
(ii) calcário
(i) (ii)
(iii) conglomerado (iii)
(iv) diamictito
(v) dolomite
(vi) folhelho (iv) (v)
(vii) siltito
(vi)
(viii) tilito
(ix) varvito
(vii) (viii) (ix)
cascalho, areia, limo, argila, lama, cal
Ciclo das
rochas
sedimentos
meteorização e erosão
deposição
rocha ígnea Compactação e cimentação
cristalização (litificação e enterramento)
vulcanismo Arenito
exposição Conglomerado
Xisto
riolito rocha Calcário
andesito
basalto
sedimentar Marga
Gesso
Sal
Metamosrfismo Carvão
(temperatura e pressão)
fusão
rocha metamórfica
granito, diorito, gabro, sienito, peridotito
Ardósia
(Valongo)
Antracite
(Pejão)
Gneisse Arenito
(Oliveira de (Buçaco)
Azeméis)
Argilito
Mármore
(Leiria)
(Estremoz)
Calcário
(Serra de aire)
Gabro
(Beja)
Riólito
(Sintra) Calcário
conquífero
(Albufeira)
Areia vulcânica
Basalto
(Funchal)
(Sangra do Heroísmo)
Rocha-mãe
Distribuição das rochas na terra (em volume)
Composição
mineralógica
Granito
biotite feldspato
quartzo
SiO2 (sílica) (72,04 %)
K2 O (4,12 %)
Na2O (3,69 %)
CaO (1,82 %)
TiO2 (0,30 %)
P2 O 5 (0,12 %)
horneblenda
biotite
moscovite
clorite
grafite
quartzo
Principais minerais que ocorrem no solo
Minerais primários
São aqueles que não foram quimicamente alterados desde a formação a partir da solidificação
do magma
Minerais secundários
Resultam da recristalização de minerais primários após degradação química e ou alteração
Grau de consolidação
Estrutura da rocha
Granulação ou textura
Que características do solo são
influenciadas pelo tipo de material
original ou rocha mãe?
Reserva mineral;
Permeabilidade/drenagem
Cor; pH;
textura; Profundidade ou espessura;
Tipo de argilas; Diferenciação de
Estrutura; horizontes;
Solo
Rocha-mãe
Cor
Composição química
média de rochas ígneas:
granito e basalto
granito
basalto
xisto+ardósia
(Região do Priorato, Espanha)
pedra de giz branco
(Calcite)
Textura do solo
Textura do solo
Latossolo
h
Ranker
2. Clima
2. Clima
Precipitação média (mm) em Portugal continental Temperatura média (ºC) em Portugal continental
Termoclastia (efeitos térmicos associados à insolação):
A alternância de
aumentos e diminuições
de temperatura durante
um ciclo diurno podem
levar, respectivamente à
contracção e expansão das
rochas, conduzindo à sua
ruptura.
Existência de gradientes de
temperatura entre a superfície e o
interior da rocha. Diferentes
coeficientes de expansão térmica
dos minerais constituintes
Crioclastia (encunhamento de gelo):
expansão volumétrica da água quando congela em espaços confinados
A água contida nos poros e nas
fracturas das rochas, quando congela
vai sofrer cerca de 9% de expansão, o
que conduz a pressões que chegam a
atingir os 110 Kg/cm2. Este processo
de expansão alarga as
descontinuidades iniciais (poros,
fissuras das rochas) e cria outras,
permitindo a penetração de mais
água, que por sua vez vai gelar.
A água contida nos poros e nas fracturas das rochas, quando congela vai sofrer cerca de
9% de expansão, o que conduz a pressões que chegam a atingir os 110 Kg/cm2. Este
processo de expansão alarga as descontinuidades iniciais (poros, fissuras das rochas) e cria
outras, permitindo a penetração de mais água, que por sua vez vai gelar.
Haloclastia (comum em regiões quentes ):
Nas rochas porosas entra água com sais dissolvidos. Com o
aumento da temperatura dá-se evaporação da água com
crescimento e cristalização dos sais contidos
Haloclastia (comum em regiões quentes ):
Nas rochas porosas entra água com sais dissolvidos. Com o
aumento da temperatura dá-se evaporação da água com
crescimento e cristalização dos sais contidos
Humedecimento e secagem sucessiva
O dióxido de carbono
atmosférico pode reagir com
a água formando ácido
carbónico (H2CO3),
composto instável que sofre
dissociação. Os feldspatos
nos granitos são alterados
por águas acidificadas
Caulinite
(mineral de argila)
feldspatos
HIDRÓLISE
HIDRÓLISE
H2O H+ + OH-
O ião H+ substitui um catião na
estrutura do mineral
Hematite
(óxido de ferro)
piroxena
OXIDAÇÃO
(perda/ganho de electrões por átomos ou iões da estrutura do mineral;, formando novos minerais)
Muitos minerais contêm ferro na sua constituição (Olivina; Piroxena). Este
ferro pode ser facilmente oxidado passando da forma ferrosa (Fe2+) para a
forma férrica (Fe3+). Esta oxidação é muito rápida na presença de água e dá
origem a um novo mineral, de cor avermelhada, um óxido de ferro, a
hematite (Fe2O3)
OXIDAÇÃO
(perda/ganho de electrões por átomos ou iões da estrutura do mineral;, formando novos minerais)
A piroxena férrica
dissolve-se libertando
sílica e ferro ferroso
(Fe2+) para a solução;
O ferro ferroso é
oxidado por moléculas
de oxigénio formando-
se ferro férrico (Fe3+);
O ferro férrico
combina-se com a
água, formando-se um
precipitado, o óxido de
ferro (Fe2O3);
OXIDAÇÃO
(perda/ganho de electrões por átomos ou iões da estrutura do mineral;, formando novos minerais)
OXIDAÇÃO-REDUÇÃO
Os minerais que contêm ferro, manganês ou enxofre são especialmente suscetíveis a reações de
oxidação-redução. O ferro é geralmente depositado em minerais primários
na forma divalente de Fe (II) (ferrosa). Quando as rochas que contêm esses minerais são expostas
ao ar e água durante a formação do solo, o ferro é facilmente oxidado (perde um elétron) e origina
a forma trivalente Fe (III) (férrico). Se o ferro for oxidado de Fe (II) para Fe (III), a mudança na
valência e na energia iônica e raio promove ajustes que destabilizam a estrutura cristalina do
mineral.
Mineral de argila
(hematite) (geotite)
HIDRATAÇÃO
Óxidos hidratados de ferro e alumínio (por exemplo, Al2O3. 3H2O) exemplificam
produtos comuns de reações de hidratação
HIDRATAÇÃO
(moléculas de água são combinadas com o mineral)
As águas acidificadas podem reagir com a calcite (CaCO3), formando produtos
solúveis. Os calcários são alterados através deste processo químico de
dissolução, designado por carbonatação
calcite
DISSOLUÇÃO
Equator to Poles Factors
Annual precipitation
Equator
Temperature
Equatorial Low-latitude Temperate Arctic
Grasslands and
and tropical Savannahs deserts and regions
(steppes) tundra
rain forests semi-deserts and mixed
boreal forests regions
40ºC
Precipitation
1800 Temperature
mm 30ºC
Evaporation
20ºC
600 10ºC
mm
Bedrock at
or very near
surface
Soil Soil
Deeply weathered
bedrock
Increasing depth
Bedrock
Zonas climáticas
As zonas temperadas
apresentam contrastes
A savana tem um clima seco
térmicos e uma
durante a maior parte do ano,
precipitação mais ou
interrompido por chuvas
menor regular durante o
sazonais intensas
ano
Iluviação
Eluviação
Iluviação
Iluviação
2.3 Vento
Exerce uma acção de desgaste,
remoção e transporte de partículas
da rocha, com esta a adquirir formas
e dimensões variadas
As partículas
carregadas pelo
vento provocam
efeito de erosão
mais acentuada na
base da rocha,
induzindo estruturas
pedunculadas
(cogumelo).
2.3 Vento
Exerce uma acção de desgaste, remoção e transporte de
partículas da rocha, com esta a adquirir formas e dimensões
variadas
2.3 Vento
Exerce uma acção de desgaste, remoção e transporte de
partículas da rocha, com esta a adquirir formas e dimensões
variadas
2.3 Vento
Exerce uma ação de desgaste, remoção e transporte de
partículas da rocha, com esta a adquirir formas e dimensões
variadas
Limo; argila
VENTO Suspensão Areia
Saltação
Cascalho; Blocos
Rolamento
Formação do solo: efeitos do clima
Minerais: nutrientes;
iões em solução
Vento; chuva;
granizo; gelo Calor
frio Óxidos de Fe e Al
sílica
limo
areia
Solo Solo
Interações químicas temperado tropical
areia
3. Relevo
• Regime hídrico;
• Espessura do solo;
• Grau de diferenciação dos horizontes;
• Granulometria (textura);
• Teor de matéria orgânica;
• Teor de sais solúveis;
• Arejamento;
• Temperatura;
• Natureza da argila;
• pH;
• Teor de bases (Ca, Mg, K e Na);
• Coberto vegetal;
• modificações do clima;
• atividade biológica;
Relevo → Clima (T, R)
Reflexos no tipo de
vegetação, organismos e,
consequentemente, no
tipo de solos
A acção do relevo reflecte-se sobre a dinâmica da água, quer no sentido
vertical (infiltração), quer no sentido lateral (escorrência subsuperficial)
C
1 2 3 4
A
B A
B
C C C
Matéria orgânica
Floresta vs. Prado
Biomassa acima
do solo
Biomassa na zona
radicular
Matéria orgânica Mg
5. Tempo
De todos os fatores de formação do solo, o
tempo é o mais passivo, na medida em que não
adiciona, não exporta material nem gera energia
que possa acelerar os fenómenos de meteorização
física (mecânica) e química necessários à
formação de um solo.
Uma estimativa global sugere taxas de
formação de solo variando de 370 a 1290
kg/ha/ano (GEODERMA, 52:251, 1992),
equivalente a cerca de 27 a 8 anos,
respectivamente, para a formação de uma
camada de 1 mm de solo/ha.
Tomando-se a taxa menor como referência, a formação de um hectare de
um solo não especificado com 100 cm de espessura levaria 27 mil anos.
Baixa Alta
(≈ 1 cm/1000 anos) (≈ 30 cm/50 anos)
Em condições naturais, a formação de um solo pode dar-se
à taxa de 1 cm num período de 125 a 400 anos e, quando da
existência de práticas culturais adequadas este período pode
reduzir-se para cerca de 40 anos, podendo, nas condições
mais favoráveis, reduzir-se a 12 anos o período para a
formação de 1 cm de solo
Características do solo
Tempo cronológico versus Tempo evolutivo
Solo A
maduro
maduro
Para igual período de
tempo (p.ex. 1000
anos), o solo A alcança
Solo B uma maturidade mais
cedo do que o solo B
0 1000 2000
Tempo (anos)
Tempo cronológico versus Tempo evolutivo
Tempo cronológico
O tempo cronológico é uma medida dos anos passados desde o
inicio da formação do solo até determinado momento
Tempo evolutivo
O tempo evolutivo diz respeito à evolução sofrida pelo solo,
manifestada pelos seus atributos num determinado tempo
cronológico, como o caso da diferenciação dos horizontes
solo maduro
Os solos passam por várias etapas, sofrendo um conjunto de processos associados a transformações, transferências,
perdas adições, durante o seu processo de desenvolvimento ou evolução, do qual resulta um aumento do grau de
diferenciação (número de horizonte) e uma maior profundidade
Manta morta ou folhada.
O Detritos orgânicos em decomposição.
SOLUM
Parte do perfil com o máximo desenvolvimento de estrutura, cor mais
B vermelha e maior acumulação de argila.
Zona de iluviação
(deposição)
Horizonte mineral de material não consolidado subjacente ao
C solum.
Corresponde, em regra, à rocha alterada.
Rocha consolidada
R