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IDENTIFICAÇÃO

MINISTÉRIO DA SAÚDE
CENTRO HOSPITALAR DE TRÁS-OS-MONTES
E ALTO DOURO, E.P.E.

PROCESSO Revisão Pág.


Política/Norma/Procedimento Nº 0
Intervenções de enfermagem ao doente Mês/Ano 01/22 1/9
submetido a ventilação não invasiva

RESUMO DE REVISÕES
DATA DESCRIÇÃO DATA PROX. REVISÃO
Publicação Inicial Janeiro/2022

SUMÁRIO

1. OBJETIVO

2. APLICAÇÃO

3. REFERÊNCIAS

4. DEFINIÇÕES E ABREVIATURAS

5. REQUISITOS

6. RESPONSABILIDADES

7. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO

8. REVISÃO E DISTRIBUIÇÃO

9. ANEXOS

CONTROLO DE PUBLICAÇÃO
ELABORADO POR VERIFICADO POR APROVADO POR
Conselho de Administração

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MINISTÉRIO DA SAÚDE
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E ALTO DOURO, E.P.E.

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Política/Norma/Procedimento Nº 0
Intervenções de enfermagem ao doente Mês/Ano 01/22 2/9
submetido a ventilação não invasiva

RESUMO DE REVISÕES
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Publicação Inicial Janeiro/2022

1. OBJECTIVO
- Uniformizar as intervenções de enfermagem ao doente submetido a ventilação não
invasiva (VNI) no serviço de urgência (SU) geral;
- Prevenir complicações relacionadas com a VNI;
- Melhorar a qualidade e segurança dos cuidados de enfermagem.

2. APLICAÇÃO
- Todos os utentes admitidos na sala de observações (SO) do SU geral.

3. REFERÊNCIAS
- Agency for Clinical Innovation. (2017). Non-invasive ventilation guidelines for adult
patients with acute respiratory failure. Chatswood: Autor.
- Assembleia da Républica (2019). Lei n.º 95/2019 de 4 de setembro: Lei de Bases
da Saúde. Diário da Républica, 1ª série, n.º 169, 55-66.
- British Thoracic Society. (2016). BTS/ICS Guidelines for the Acute Hypercapnic
Respiratory Failure in Adults. THORAX: Na international jornal of respiratory
medicine. 71(2).
- Direção Geral da Saúde. (2015). Plano nacional de saúde: revisão e extensão a
2020.
- Direção Geral de Saúde. (2017). Programa nacional para as doenças respiratórias.
- Ordem dos Enfermeiros. (2001). Padrões de Qualidade dos Cuidados de
Enfermagem. Lisboa: Autor.
- Rochwerg B, Brochard L, Elliott MW, et al. Official ERS/ATS clinical practice
guidelines: noninvasive ventilation for acute respiratory failure. Eur Respir J 2017;
50:1602426 [https://doi.org/10.1183/1399300.02426-2016].

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4. DEFINIÇÕES E ABREVIATURAS
VNI – Fornecimento de assistência ventilatória sem entubação endotraqueal
invasiva, utilizando geralmente uma máscara como interface; é uma forma de
ventilação que aplica uma pressão durante a fase inspiratória maior do que durante
a fase expiratória, libertando assim os músculos respiratórios do seu esforço e
providenciando um suporte ventilatório completo. Os seus principais objetivos são a
melhoria das trocas gasosas e a redução do trabalho respiratório.

Qualidade e segurança dos cuidados - Criar sistemas de qualidade em saúde


revela-se uma ação prioritária. Essa necessidade está assumida formalmente, tanto
por instâncias internacionais como a Organização Mundial da Saúde e o Conselho
Internacional de Enfermeiros, como por organizações nacionais como o Conselho
Nacional da Qualidade. Assim, cada associação profissional da área da saúde
assume um papel fundamental na definição dos seus padrões de qualidade em cada
domínio específico. A estratégia nacional para a qualidade da saúde 2015-2020
estabelece que a qualidade e segurança dos cuidados de saúde são uma obrigação
ética pois contribuem para a redução dos riscos evitáveis e para a equidade e
respeito com que esses cuidados são prestados. Posto isto, a qualidade dos
cuidados tornou-se uma questão central para a avaliação e gestão dos sistemas de
saúde, assumindo que todos têm direito a ter acesso à mais inovadora tecnologia e
aos cuidados baseados na mais recente evidência científica (DGS, 2015). O sistema
nacional de saúde assenta assim a sua atuação numa série de princípios, dos quais
a qualidade faz parte, com vista a uma prestação de cuidados de saúde segura,

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competente, efetiva, humana e holística, baseada na evidência mais atual (AR,


2019).

AR- Assembleia da República


DGS- Direção Geral de Saúde
SO - Sala de observações
SU- Serviço de Urgência
VNI- Ventilação não invasiva

5. REQUISITOS
- Apresentação formal aos enfermeiros do SU da norma de procedimentos;
- Norma introduzida no S-Clínico®.

6. RESPONSABILIDADES
Responsável pela formação em serviço:
- Apresentar a norma.

Enfermeiro do SU:
- Realizar os procedimentos conforme orientação;
- Realizar registos de enfermagem;
- Atender às medidas de prevenção e controle de infeção ao longo de todo o
procedimento, através do cumprimento das normas da higienização das mãos, do
uso de equipamento de proteção individual e da limpeza e desinfeção do material
que está em contacto com o doente.

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Chefia do Serviço:
- Dotar o serviço de material necessário à execução dos procedimentos;
- Monitorizar o cumprimento da norma.

7. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO

7.1. Antes do tratamento

Intervenções de Enfermagem Justificação


1- Proceder à higienização das mãos; 1- Prevenir infeção cruzada;

2- Explicar procedimento ao utente, 2- Diminuir a ansiedade do utente e


bem como a sua importância; obter a sua colaboração;

3- Posicionar o utente em decúbito 3- Promover uma respiração mais


dorsal em Fowler ou semi-Fowler, eficaz; prevenir obstrução da via área
conforme tolerância (se utente superior e promover o conforto do
obeso, posicionar em decúbito utente;
lateral);

4- Verificar a patência da via aérea e 4- Providenciar ventilação adequada


aspirar secreções se necessário; através da otimização da
permeabilidade da via aérea;
5- Colaborar com o médico na 5- Adaptar o modo ventilatório e
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preparação e programação do parâmetros à situação clínica do utente;


ventilador;

6- Proteger a pirâmide nasal com 6- Prevenir úlceras por pressão;


hidrocolóide ou poliuretano e
observar se existem lesões ou
deformidades na face;
7- Escolher o tamanho da máscara 7- Facilitar a adaptação do utente à
adequado para o doente e proceder máscara, diminuir a sensação de
à sua colocação: claustrofobia e prevenir fugas
- Deixar prótese dentária sempre que excessivas;
o estado de consciência do utente
garanta a proteção da via aérea;
- Encostar a almofada superior da
máscara ao nariz do utente e a parte
inferior entre o mento e o lábio
inferior;
- Colocar e ajustar a interface com a
tensão necessária nas fitas do arnês,
evitando a pressão excessiva entre a
máscara e o arnês;
- Colocar a máscara no utente já
com o ventilador ligado.

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7.2. Durante o tratamento

Intervenções de Enfermagem Justificação


1- Monitorizar e registar: 1- Prevenir complicações relacionadas
a) Sinais vitais com a VNI;
b) Escala de Glasgow
c) Padrão respiratório
d) Sinais de desconforto respiratório
e) Sinais de assincronia utente-
ventilador
f) Adaptação à interface
g) Presença de complicações

Antes de iniciar a VNI


15/15 min na 1ªh
30/30 min entre a 1ª-4ªh
1/1h a partir da 4ªh
SOS

2- Instruir o utente para retirar a 2- Prevenir a aspiração de vómito e


máscara em caso de vómito ou sensação de claustrofobia;
sensação de asfixia;

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3- Hidratar os olhos com soro 3- Prevenir a desidratação, irritação e


fisiológico 0,9% 2/2h; infeções oculares;

4- Lavar e humidificar a boca e aplicar 4- Prevenir a desidratação oral e a


vaselina 2xturno; ocorrência de lesões/infeções bocais;

5- Humidificar e
descongestionar 5- Prevenir a desidratação e irritação
fossas nasais 2xturno; nasais;

6- Vigiar integridade da pele


em 6- Prevenir úlceras por pressão;
contacto com a interface e aplicar
creme hidratante 1xturno;

7- Administrar medicação analgésica,


7- Facilitar a adaptação à VNI, promover
ansiolítica e broncodilatadores
o conforto do utente;
prescritos pelo medico;

8- Limpar a máscara 1xd e em SOS


8- Prevenir a ocorrência de infeção
com água e sabão e secar bem;

9- Providenciar a limpeza e desinfeção


adequada equipamentos 9- Prevenir infeção cruzada e promover
dos
quando já não forem utilizados. a disponibilidade do equipamento.

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8. REVISÃO e DISTRIBUIÇÃO
Revisão: de acordo com a Norma das Normas
Distribuição: Aos Serviços de Urgência do Centro Hospitalar

9. ANEXOS

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