Você está na página 1de 6

SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE PASSOS – SRE

PROGRAMA MUNICIPAL DE ATIVIDADES TUTORADAS – PMAT


Período: 22 a 26 de novembro de 2021 – 37ª Semana.

NOME:______________________________________________
PROFESSOR(A):_____________________________________
COMPONENTE CURRICULAR: História
ESCOLA:_________________________ TURMA: 9º ano _____
____________________________________________________
Atividades adaptadas para a aluna: Manuela Mirelle Paixão

Aula 1 – (EF09HI26X)

Dilma Vana Rousseff nasceu em Belo Horizonte (MG), em


1947. Iniciou a atividade política em grupo de oposição ao
Regime Militar, aos 16 anos de idade. Entre os anos de 1970 e
1972, esteve encarcerada em São Paulo por ser considerada
subversiva pela ditadura militar. Em 1973, mudou-se para Porto
Alegre, e ingressou na faculdade de Economia. Em 1979,
participou da campanha pela anistia dos presos políticos e
fundou o PDT, no Rio Grande do Sul. Dilma atuou como
secretária da Fazenda e secretária de Energia, Minas e
Comunicação do Rio Grande do Sul (1993 e 1998). Já filiada ao
PT, tornou-se ministra de Minas e Energia e depois ministra da
Casa Civil. Em 2010, concorreu às eleições presidenciais e
venceu com mais de 56% dos votos válidos. Dilma Rousseff foi a
primeira mulher no Brasil a tornar-se presidente da República. O
governo de Dilma deu continuidade à política do governo
antecessor de Lula, também do PT. Desse modo, foram
mantidos os programas de assistência social como “Bolsa
Família” e “Minha Casa, minha vida”. Economicamente, a pauta
neoliberal continuou sendo adotada. Os teóricos neoliberais
defendem a mínima cobrança de impostos e a privatização dos
serviços públicos. A doutrina neoliberal prega a menor
1
participação possível do Estado na economia, dando preferência
aos setores privados.

1) Leia as declarações abaixo:

Primeiro, o PT nunca foi um partido comunista. É um partido


sindicalista que está bem dentro dessa pauta de você fazer uma
suposta redução da desigualdade social, investindo em pautas
culturais. É um partido de centro-esquerda, nunca foi um partido
comunista, nunca pregou a socialização dos meios de produção
e a destruição da propriedade privada, então isso é uma
besteira.

Filósofo Luiz Felipe Pondé. Disponível em:


https://cultura.uol.com.br/noticias/28564_ponde-o-pt-nunca-foi-
um-partido-comunista.html. Acesso em: 27/10/2021.

“O PT não é ou foi comunista, nem por seu programa nem


por sua história", escreve Renato Janine Ribeiro, professor titular
de ética e filosofia política na Universidade de São Paulo, em
artigo publicado no jornal Valor, 27-08-2012. Segundo ele, "o
ponto de partida do comunismo é: a propriedade privada dos
meios de produção - fazendas, fábricas - é injusta e, também,
ineficiente. Deve ser suprimida. Sem essa tese, não há
comunismo". O professor de filosofia afirma que "Marx era
claríssimo: o Estado tinha que ser abolido. Nunca propôs ampliá-
lo. Nem reduzi-lo. Ela ia mais longe do que os próprios liberais:
queria suprimir o Estado. Era o contrário do que fizeram os
Estados comunistas, que reforçaram a polícia e controles de toda
ordem. Eles suprimiram a propriedade privada, mas não o
Estado: criaram um monstro policial que Marx jamais aceitaria".

Professor Renato Janine Ribeiro. Disponível em:


http://www.ihu.unisinos.br/noticias/512862-o-pt-nao-e-comunista.
Acesso em: 27/10/2021.

2
De acordo com os trechos acima podemos afirmar que o Partido
dos Trabalhadores é um partido comunista? Justifique.
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________

Aula 2 - (EF09HI25)

Quando Dilma assumiu a presidência havia forte recessão


econômica mundial, que também atingiu a economia nacional. A
crise econômica acarretou em uma crise política do governo
Dilma. A crise política avultou, sobretudo, porque o governo
Dilma não conseguiu apoio para as pautas que propôs ao
Congresso Nacional. A crise econômica que abateu a classe
trabalhadora e setores proletarizados da população não foi
empecilho para o governo investir verbas bilionárias para a
realização da Copa das Confederações no Brasil. Em junho de
2013, brasileiros tomaram as ruas em protesto contra a
precarização da vida de modo geral, sendo o alto custo das
passagens do transporte público uma das questões principais
levantadas pelos manifestantes. As manifestações de junho de
2013 ocorreram em diversas cidades do país. Em represália,
grupos de manifestantes foram processados e presos por meses.
A insatisfação popular com o governo Dilma cresceu
significativamente nesse período. No ano de 2014 vieram à tona
casos de desvio e de lavagem de dinheiro envolvendo a
Petrobrás. Esses casos foram investigados pela Polícia Federal,
surgindo a operação “Lava Jato”. Descobriu-se que grandes
empreiteiras pagavam propinas para receberem vantagens nos
pleitos para escolha de empresas que executariam obras para a
Petrobrás. No mesmo ano de 2014, ocorreram as eleições para
presidente do país e Dilma Rousseff foi reeleita com mais de
51% dos votos válidos. No segundo mandato de Dilma a
situação econômica brasileira se agravou ainda mais. As taxas
3
de desemprego e de inflação cresceram. Os aliados da
presidência no Parlamento diminuíram. Manifestantes foram às
ruas pedindo o impeachment da presidente, e outros em defesa
do governo Dilma, gerando polarização política no país.
A presidente Dilma contou com amplo apoio de entidades
civis, movimentos sociais e organizações sindicais, que
organizaram manifestações no Brasil inteiro demonstrando apoio
a sua permanência e questionando os motivos que levaram à
abertura do processo. Em abril de 2016, a maioria dos deputados
federais foi favorável ao impedimento do governo Dilma
Rousseff. Em maio de 2016, a maioria do Senado votou pela
abertura de processo de impeachment de Dilma, por crime de
responsabilidade fiscal por duas ações de sua gestão: as
chamadas “pedaladas fiscais” que seriam manobras para simular
um saldo positivo nas contas governamentais (gerando atrasos
no repasse de recurso para bancos públicos) e os decretos para
se obter a abertura de créditos suplementares, o que teria sido
responsável pelo governo gastar além do previsto no orçamento
federal. Os senadores decidiram pelo impeachment de Dilma
Rousseff, que foi sucedida pelo vice-presidente Michel Temer, do
Partido Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), em 31 de
agosto de 2016. Embora afastada da presidência, Dilma não teve
seus direitos políticos suspensos.

1) Os protestos que tomaram as ruas do Brasil durante o mês de


junho de 2013 foram originalmente motivados por problema
que aflige grande parte da população que vive nas grandes
cidades do país, a saber: (marque a alternativa correta)

a) o aumento do desemprego e a precarização do trabalho.


b) o alto custo e a má qualidade do sistema público de saúde.
c) o aumento da violência urbana e o alto custo da segurança
pública.
d) o alto custo e a má qualidade do sistema público de
transporte.

4
2) O impeachment de Dilma Rousseff, aprovado pelo Senado em
agosto de 2016, originou-se de pedido de abertura de processo,
em que se acusava a presidente de: (marque a alternativa
correta)

a) crime eleitoral, incapacidade administrativa e desrespeito à


autonomia do Congresso Nacional.
b) crime passional, perseguição a adversários políticos e
tentativa de implantar um regime socialista no país.
c) crime de responsabilidade fiscal, desrespeito à lei
orçamentaria e improbidade administrativa.
d) crime fiscal, desrespeito à autonomia da Petrobrás e adoção
de política econômica neoliberal.
____________________________________________________
______________________________________________
Aula 3 – (EF09HI26X)

“Democracia quer dizer “governo do povo”. Como é difícil


que o povo governe, o mínimo que se exige é que os
governantes sejam autorizados pelo voto popular. Por isso, a
destituição de um governante eleito é muito grave e só deve
ocorrer em circunstâncias excepcionais. No Brasil, vigora o
presidencialismo. Isso quer dizer que o chefe de governo tem
mandato fixo, concedido diretamente pelo povo. Falta de apoio
parlamentar, impopularidade da gestão ou crise econômica não
são motivos para retirá-lo do poder. O mandato só pode ser
interrompido caso ele cometa crime de responsabilidade, isto é,
tenha agido de forma criminosa no exercício do cargo. O
processo da destituição de Dilma deixou claro que não houve
nada parecido. Ela foi acusada de manobras fiscais — que os
governos sempre fizeram, com base na interpretação dominante
da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Se fosse crime, a
maior parte dos governadores estaduais teria que ser impedida
também. Dilma foi inocentada das acusações pelo Ministério
Público. Seus acusadores e juízes no Congresso, em grande
medida, ignoraram os pretensos crimes e justificaram sua
5
condenação por motivos que não estão na lei. Para finalizar, logo
após o impedimento da presidente foi aprovada uma lei que
elimina a incerteza sobre a interpretação da LRF e assegura que
aquelas manobras são aceitáveis. Em suma: houve condenação
sem crime. Todo o ritual do processo de impedimento foi
seguido, mas isso é só a aparência. Não havia fundamento na lei
para a destituição da presidente. O nome disso é golpe.
Por causa da história da América Latina, quando se fala em
golpe pensamos, em geral, em tanques na rua. Mas golpe militar
é apenas um tipo. Há golpe sempre que algum setor do Estado
— como o Legislativo, o Judiciário ou a polícia — rompe com as
regras vigentes e as reconfigura em seu próprio benefício. Neste
ano, o Brasil viveu um golpe parlamentar, desferido com o apoio
de setores do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Polícia
Federal, além, é claro, dos meios de comunicação e do
empresariado. O golpe rompeu com os dois elementos básicos
da democracia: a soberania popular, manifestada na ideia de que
o voto é o meio de acesso ao poder, e o estado de direito,
segundo o qual a lei valerá igualmente para todos. Os votos de
2014 foram anulados e a lei não valeu para Dilma Rousseff.” Luis
Felipe Miguel.

Disponível em:
https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2016/11/o-
impeachment-da-presidente-dilma-rousseff-foi-golpe-ou-
crime.html

1) De acordo com o texto, por que podemos dizer que Dilma


Rousseff sofreu um golpe? Quais os elementos básicos da
democracia foram rompidos?
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________

Você também pode gostar