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Engenhos de Ilhabela
Uma história doce e amarga
Ilhabela is an island on the north coast of São Paulo state where is possible to find an
incredible archeological and built heritage from the XVIII and XX centuries. Among this
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vastly heritage, the cachaça and sugar mills are important to understand the period
throughout 200 years of sugar cane plantations for both productions in 31 distillerys. To
provide the raw material for the mills, the native Atlantic Forest was devasted,
considerably changing the landscape of Ilhabela. This panorama is very important when
analysing the changes in the agricultural evolution of the island and, furthermore, the
formation of its cultural landscape. Nowadays there is only one Mill, located in Toca’s
farm, that has recently resumed its production. This building was the focus for the
author’s final project in architecture, where the mill was comprehended as a historical
place. Now seeking to understand the context of the production, it is proposed an
inventory and analysis of the different types of techniques used to crush the sugar cane
(water wheels, steam or animal tractions) and how are these buildings today, as the
Engenho d’Água is the only mill in Ilhabela registered by governamental heritage. The
main goal of this research is to explore a neglected understanding of an archeological
and agroindustrial heritage and how to manage the subject of the governmental
protection policies.
Entrées d'index
Keywords :
mills, cachaça, cultural heritage, landscape, Atlantic Forest
Palavras-chave :
engenhos, cachaça, patrimônio cultural, paisagem, Mata Atlântica
Texte intégral
Introdução
1 O litoral Norte apresentou sempre um caráter de isolamento frente a
outras regiões do Estado de São Paulo (SILVA, 1975). O desenvolvimento
do cultivo da cana-de-açúcar em toda a extensão da região marcou
momentos de pujança econômica, expressas pelo número de engenhos
construídos e volumes de produção, bastante superiores aos de outras
regiões.
Figura 1 - Mapa de localização de Ilhabela
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Metodologia e objetivos
8 O principal objetivo desta pesquisa é a análise de alguns engenhos de
Ilhabela e buscar compreender o patrimônio agro-industrial ilhabelense. A
importância do estudo do tema, portanto, se resume não somente na
catalogação de uma tipologia arquitetônica que se desenvolveu no litoral
Norte de São Paulo, mas na construção de uma narrativa feita a partir
desta. Por se tratar de uma pesquisa em andamento, estão sendo coletados
dados referentes aos engenhos: os registros dos imóveis permitem obter
informações sobre os proprietários, tipo de construção e maquinário
presente nos locais, o tamanho das propriedades, dentre outros. O
trabalho de campo pretende, por meio das visitas, fazer um novo
inventário com registro georreferenciado dos sítios hoje, e complementar,
por meio de desenhos e fotografias, os dados do Projeto Arqueológico de
Ilhabela (PAI) desenvolvido pelo arqueólogo Plácido Cali entre 1999 e
2006 e do Projeto de Gestão e Diagnóstico Arqueológico de Ilhabela
(GEDAI) desenvolvido pela arqueóloga Cintia Bendazzoli de 2008 a 2013.
Paisagem de Ilhabela
PEIb
9 Os momentos de decadência e evidente esvaziamento de população
levaram a uma drástica mudança na paisagem da ilha. Apesar de seu
relevo acidentado ter impossibilitado o avanço das lavouras para partes
mais elevadas, as áreas localizadas nas partes baixas dos morros acabaram
arrasadas com décadas de cultivo extensivo. No mapa abaixo é possível
concluir que o relevo acidentado, sobretudo na porção central da ilha
colaborou para coibir veementemente o avanço da devastação da mata.
10 Os decretos federal de 1958 do Código Florestal e estadual de 1977 da
criação do PEIb partiram do pressuposto da manutenção da cobertura
vegetal nativa nos topos dos morros de Ilhabela e, em conjunto,
garantiram a preservação deste inquestionável patrimônio ambiental. A
floresta latifoliada tropical úmida de encosta predomina em Ilhabela,
situada dentro do Bioma Mata Atlântica. O arquipélago tem se destacando
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O Engenho da Toca
18 O estudo do Engenho da Toca situou o edifício em meio à questão
ambiental, uma vez que cerca de 95% da área da fazenda foi tombada
como Parque Estadual e a questão arquitetônica, pela existência de um
engenho de aguardente.
19 O engenho é um dos remanescentes da história da cana-de-açúcar em
Ilhabela do início do século XX, sendo do tipo de gravidade (GAMA, 1983),
em que cada etapa ocorre em um patamar e o produto segue diretamente
para o processo seguinte por gravidade. Por estar localizado no interior da
ilha, apresenta uma linguagem arquitetônica bastante diversa do engenho
mais famoso de Ilhabela: o Engenho d’Água, tombado nas esferas
patrimoniais estadual e federal. De modo que enquanto o Engenho da
Toca seja do chamado partido aberto, o qual conjuga todas as instalações
em um só edifício, aquele é do chamado partido fechado e se assemelha ao
modelo de engenho que foi adotado no Nordeste (AZEVEDO, 1994).
20 Ao propor o estudo do edifício, partiu-se também da análise da cultura de
açúcar, a qual causou sérios danos à Ilha, com a devastação da Mata
Atlântica e o surgimento de morros pelados e áridos. A ilha que se tem
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Outros engenhos
24 O inventário dos engenhos permite identificar exemplares por
características específicas e que permitem uma abordagem mais ampla da
produção, de acordo com suas técnicas de moagem. Nota-se um
predomínio de engenhos movidos a roda d’água, por uma facilidade de
acesso a cursos d’água em relevo, mas sabe-se de um engenho que
empregava máquina a vapor e apenas um, a tração animal (PETRONE,
1968).
25 A questão da localização geográfica parece evidente no estudo de engenhos
dispostos sobretudo à beira-mar e procura identificar a implantação dos
edifícios e relação com seu entorno, como eram escoadas a produção e
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Conclusões
30 Ao analisar o contexto dos engenhos que também se instalaram em
Ilhabela, a situação é bastante delicada: quase não há remanescentes.
Dentre os fatores que colaboraram para a situação destacam-se a
complicada questão fundiária do arquipélago, tão evidente durante as
pesquisas cartoriais, as administrações públicas ineficazes e a falta de
interesse por parte dos proprietários onde estavam situados estes edifícios.
31 Não menos importante, a paisagem que se tem hoje, com matas
preservadas é bastante diversa do panorama da década de 1950. As
transformações positivas na reconstituição de toda a vegetação foram
possíveis no período de decadência da cidade e de seu esvaziamento, pelo
abandono da região quando do impulso promovido pelo café no planalto.
Desse modo, a agricultura de subsistência e o aproveitamento de engenhos
de aguardente fizeram com que o seu comércio, aliado ao de excedentes
agrícolas fosse a solução encontrada pela população local. Apesar de ser
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Bibliographie
Documentos
Almanaks da província de São Paulo para os anos de 1873, 1890, 1887,
1891, 1895, 1896 e 1897.
Mapa Ilha de São Sebastião, 1912, escala 1:50000, elaborado por Nelson de
Faria (código 912816B823i1912) – Biblioteca da Marinha
Bibliografia
AZEVEDO, Esterzilda (1994) – Açúcar amargo: a construção de
engenhos na Bahia oitocentista. São Paulo: FAU/Universidade de São
Paulo. Tese de Doutorado.
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