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gente a empreender. Há também quem decida tornar-se empreendedor para levar a cabo uma
ideia exclusiva ou, simplesmente, para ganhar dinheiro. Mas existem ainda aquelas pessoas
que empreendem pensando em contribuir com alguma causa social: são os chamados
empreendedores sociais.
Mas é bom entender que os empreendimentos sociais podem ser organizados com ou sem
fins lucrativos, desde que o objetivo principal do negócio seja o impacto social, a melhoria
da condição de vida de um grupo de risco e da sociedade em geral.
Em 2002, durante um apagão, o mecânico mineiro Alfredo Moser criou uma lâmpada usando
apenas uma garrafa pet, água e alvejante. Em 2012, o filipino Illac Diaz percebeu que a
solução criada pelo brasileiro também podia ajudar famílias carentes de seu país e deu início
ao projeto Um Litro de Luz. Desde então, a ideia já se espalhou por mais de 20 países, sendo
que, no Brasil, mais de 15 mil pessoas já foram beneficiadas.
Atualmente, a organização trabalha com três soluções: a lâmpada criada por Moser, um poste
externo e um lampião portátil, sendo que estes dois últimos, além da pet, são compostos de
canos de PVC e contam com pequenos painéis solares, uma bateria e uma lâmpada de led.
Para ser sustentável, o empreendimento social oferece também serviços a empresas, como o
voluntariado corporativo e as ações de instalação patrocinadas por parceiros. Além disso, é
possível realizar doações ou participar como embaixador dessa causa.
Engenheiro vira lixeiro e promove reciclagem
Desde que fundou a Boomera, o engenheiro de materiais Henrique Guilherme Brammer Jr.
se considera um ‘lixeiro’, já que é esta a principal matéria-prima do seu negócio, focado na
reciclagem de resíduos pouco aproveitados, como os plásticos com dupla ou tripla
composição.
Desde então, a ONG já conseguiu construir quatro Cidades do Bem nos estados de
Pernambuco, Alagoas e Ceará, com casas de alvenaria para as famílias, saneamento básico,
padaria, horta comunitária, centros de saúde e Centros de Transformação – onde as crianças
e jovens participam de atividades educativas e culturais.
A Amigos do Bem também mantém duas plantações de pimenta (AL e PE), duas de caju (CE
e PE), duas fábricas de beneficiamento de castanha (CE e PE), uma fábrica de doces (PE) e
cinco oficinas de costura (AL, CE e PE), gerando emprego para mais de mil pessoas e
contribuindo para a continuidade do projeto.
Assim nasceu a Dr. Consulta, uma rede que, hoje, já conta com quase 60 clínicas populares
espalhadas por 3 estados brasileiros (SP, RJ e MG), e oferece consultas presenciais e por
vídeos para mais de 3.000 pacientes cadastrados.
O sucesso do modelo foi tanto que ele já chegou a ser copiado várias vezes, dando origem a
concorrentes como a Cia. da Consulta, a Amparo e a GlobalMed.
Mas Thomaz não para de pensar em inovações, e já tem planos para lançar um produto B2B
voltado às operadoras do setor, aproveitando os dados de seus pacientes para gerar valor na
cadeia de saúde.
Inspirado pelo caso Safecast, em que a população japonesa utilizou a Internet das Coisas
(IoT) e sensorizou os carros para mapear o índice de radiação, Diogo e o amigo Pedro Godoy
começaram, em 2016, a projetar os Pluvis – estações meteorológicas de baixo custo precisas
e conectadas, para prover dados climáticos em tempo real, prevenindo empresas e população
sobre os riscos de desastres naturais causados pelas chuvas.
A rede de estações continua em expansão e, em breve, deve contar com o assistente virtual
São Pedro Bot para que qualquer pessoa possa consultar as condições na sua área, evitando
que uma nuvem escura no céu se torne em um pesadelo para a população.