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1º RELATÓRIO DO PROGRAMA DE

RESGATE E
AFUGENTAMENTO DE FAUNA

MAIO - 2016
APRESENTAÇÃO

Este relatório técnico apresenta as atividades de resgate e afugentamento da


fauna realizadas no período de 11 de abril a 11 de maio de 2016 durante a
supressão vegetal e limpeza de áreas para a implantação de culturas agrícolas
diversas e vias de acessos na Fazenda Araucária, município de Mineiros, GO, operada
pela Brasilagro Companhia Brasileira de Propriedades Agrícolas.

As atividades apresentadas neste relatório foram executadas observando-se as


diretrizes estabelecidas na Licença de Supressão de Vegetação Nativa nº 453/2016
(Anexo 9.1), bem como o disposto na Autorização para Manejo de Fauna Nº
23581/2015 ‐ Levantamento de Fauna (Anexo 9.2).

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 2


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 5
2. OBJETIVOS ............................................................................................................ 6
3. EQUIPE TÉCNICA .................................................................................................. 6
4. ÁREA DE ESTUDO ................................................................................................ 7
5. METODOLOGIA ................................................................................................... 10
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 16
6.1. AFUGENTAMENTO DE FAUNA .................................................................... 16
6.2. RESGATE DE FAUNA ................................................................................... 18
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 30
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 31
9. ANEXOS ............................................................................................................... 38
9.1. LICENÇA DE SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO NATIVA Nº 453/2016 .......... 38
9.2. AUTORIZAÇÃO PARA MANEJO DE FAUNA Nº 23581/2015 ...................... 44
9.3. ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA - ART ............................ 47
9.4. LIVRO DE REGISTRO DE ESPÉCIES........................................................... 48
9.5. DADOS BIOMÉTRICOS DE ESPÉCIMES RESGATADOS. .......................... 55

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna i


ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1. Demonstrativo da proximidade da Fazenda Araucária e o Parque Nacional


das Emas. ................................................................................................................... 8
Figura 2. Imagem da área onde haveria supressão vegetal. ...................................... 9
Figura 3. Acompanhamento de frente de supressão vegetal com trator. .................. 10
Figura 4. Varredura de área durante supressão vegetal com trator. ......................... 10
Figura 5. Acompanhamento de limpeza de área. ...................................................... 11
Figura 6. Puçá para resgate e manejo de fauna silvestre. ........................................ 13
Figura 7. Gancho herpetológico para resgate e manejo de serpentes. ..................... 13
Figura 8. Materiais e equipamentos, potes e caixas plásticas e de madeira para
acondicionamento de espécimes resgatados. .......................................................... 13
Figura 9. Avaliação quanto às condições gerais de saúde de espécime de marsupial
resgatado. ................................................................................................................. 14
Figura 10. Tomada de dados biométricos de espécie de anfíbio resgatado. ............ 14
Figura 11. Soltura de espécime de marsupial resgatado em área de influencia direta
do desmatamento na Fazenda Araucária. ................................................................ 15
Figura 12. Padrões de abundância e riqueza das Classes zooloógicas registradas
por afugentamento durante as atividades de supressão de vegetação na Fazenda
Araucária. .................................................................................................................. 17
Figura 13. Padrões de abundância e riqueza das classes zoológicas resgatadas
durante as atividades de supressão de vegetação na Fazenda Araucária. .............. 20
Figura 14. Distribuição de espécimes por destinação após resgate. ........................ 21
Figura 15. Gráfico de riqueza e abundância das famílias da herpetofauna registradas
durante as atividades de resgate. ............................................................................. 22
Figura 16. Espécime de rã (Physalaemus nattererii) resgatda em área de supressão
vegetal. ...................................................................................................................... 23
Figura 17. Espécime de rã (Adenomera hyladactyla) resgatado durante
acompanhamento de supressão de vegetação. ........................................................ 23
Figura 18. Espécime de rã (Leptodactylus fuscus) resgatado durante supressão
vegetal. ...................................................................................................................... 24
Figura 19. Espécime de lagarto-da-cauda-azul (Micrablepharus maximiliani)
resgatado. ................................................................................................................. 24
Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna ii
Figura 20. Espécime de calanguinho (Colobosaura modesta) resgatado. ................ 24
Figura 21. Espécime de lagarto (Polychrus acutirostris) resgatado em frente de
supressão de vegetação. .......................................................................................... 24
Figura 22. Espécime de lagarto (Tropidurus toquartus) encontrado durante
supressão vegetal. .................................................................................................... 24
Figura 23. Espécime de cobra-cega (Amphisbaenia sp.) resgatado. ........................ 24
Figura 24. Espécime de cobra-verde (Philodryas olfersii) resgatado. ....................... 25
Figura 25. Espécime de falsa-coral (Oxyrhopus guibei) resgatado durante supressão
de vegetação. ............................................................................................................ 25
Figura 26. Espécime de falsa-coral (Oxyrhopus petolaris) resgatado. ...................... 25
Figura 27. Espécime de falsa-coral (Erythrolamprus aesculapii) resgatado em área
de supressão. ............................................................................................................ 25
Figura 28. Espécime de achatadeira (Xenodon merremii) resgatada em área de
supressão vegetal. .................................................................................................... 25
Figura 29. Espécime de jararaca (Bothrops moojeni) resgatado............................... 25
Figura 30. Foto do curiango (Hydropsalis albicollis) resgatado durante atividades das
frentes de corte. ........................................................................................................ 26
Figura 31. Gráfico de riqueza e abundância das famílias da mastofauna registradas
durante as atividades de resgate. ............................................................................. 27
Figura 32. Espécime de gambá (Didelphis albiventris) resgatado durante atividade de
supressão vegetal. .................................................................................................... 28
Figura 33. Espécime de mucura (Gracilinanus agilis) resgatado. ............................. 28
Figura 34. Espécime de mucura (Marmosa murina) resgatado em área diretamente
impactada pela supressão......................................................................................... 28
Figura 35. Espécime de tatu-peba (Euphractus sexcinctus) resgatado em área de
supressão vegetal. .................................................................................................... 28
Figura 36. Espécime de rato silvestre (Necromys lasiurus) resgatado em área de
vegetação suprimida. ................................................................................................ 29

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna iii


ÍNDICE DE QUADROS

Quadro 1. Equipe técnica para acompanhamento das atividades de supressão


vegetal e resgate de fauna. ......................................................................................... 7
Quadro 2. Lista dos exemplares da fauna afugentados durante supressão vegetal
para implantação de área de cultivo na Fazenda Araucária. .................................... 16
Quadro 3. Lista dos exemplares da fauna resgatados durante supressão vegetal
para implantação de área de cultivo na Fazenda Araucária. .................................... 18

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna iv


1. INTRODUÇÃO

As atividades antrópicas como lavouras, que implicam em ações de


modificação das paisagens e ecossistemas naturais promovem à alteração de
habitats, que por sua vez modificam a estrutura das comunidades faunísticas.
Estudos têm demonstrado que a fragmentação dos ecossistemas florestais das
regiões tropicais representa a diminuição das populações da fauna silvestre e o
desaparecimento de espécies mais sensíveis (TABARELLI et al., 2010; LOVEJOY et
al. 1986;). No entanto, mesmo estes ambientes alterados pela implantação de
estradas, assentamentos rurais e áreas urbanas, ainda abrigam uma rica e diversa
fauna silvestre que também será foco de ações práticas para conservação e
manutenção de suas populações, em especial àquelas ameaçadas de extinção, raras
ou endêmicas.

O bioma Cerrado é uma das ecorregiões mais importantes do país, tendo,


entre outras, a característica de apresentar formas fisionômicas contrastantes que
estão diretamente ligadas à manutenção de sua fauna, apresentando locais que
podem ser importantes corredores de biodiversidade (RIBEIRO & WALTER, 1998).
Atualmente, o Cerrado é considerado como um dos 25 locais de alta biodiversidade
(hotspots), e um dos mais ameaçados do planeta (MYERS et al., 2000).
O município de Mineiros é uma região bastante antropizada e sua paisagem é
formada principalmente por áreas de pastagem, grandes lavouras, capoeiras e
fragmentos florestais. Ainda assim, os levantamentos realizados no âmbito do EIA
identificaram grupos significativos de aves, mamíferos, répteis e anfíbios que
habitam os fragmentos florestais na região do empreendimento.
Cabe ressaltar que nestas áreas ocorreu um impacto significativo sobre a
fauna terrestre, uma vez que ocasionou a perda dos habitats florestais em função
da supressão da vegetação e limpeza da área para a implantação de culturas
agrícolas diversas e vias de acessos. Este impacto está basicamente associado ao
modo de vida das espécies presentes no local, principalmente com relação às
espécies especialistas, e à capacidade de deslocamento. Mesmo os animais com

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 5


melhor deslocamento, como aves e grandes mamíferos, que são bem sucedidos na
auto-realocação, sofrem com a posterior falta de abrigos e disponibilidade de
recursos, além de enfrentarem a predação e a competição nas áreas recém-
habitadas (MARINHO FILHO, 1999).
Dessa forma, foi realizado um trabalho de afugentamento e resgate de fauna
durante as etapas de supressão vegetal e limpeza de áreas, a fim de possibilitar um
acompanhamento dessa atividade e permitir o resgate de animais que porventura
não tenham condições de se deslocar para fragmentos florestais adjacentes, ou que
estejam feridos. Assim as espécies mais ágeis se deslocaram com maior facilidade e
as mais susceptíveis ao salvamento foram àquelas espécies com menor capacidade
de locomoção ou de comportamento arborícola.

2. OBJETIVOS

Os objetivos principais do programa são acompanhar a supressão da


vegetação, viabilizar a dispersão da fauna silvestre para além dos locais a serem
desmatados e, quando necessário, realizar o resgate e relocação de espécimes para
áreas adjacentes.

3. EQUIPE TÉCNICA

A equipe técnica responsável pelas atividades de resgate e afugentamento de


fauna durante o desmatamento conta com um biólogo e dois auxiliares de campo
(Quadro 1). A equipe mobilizada para o resgate e afugentamento de fauna utilizou
equipamentos de proteção individual (EPI) adequados, tais como: botas, luvas,
perneiras e calças grossas para a prevenção de acidentes.

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 6


Quadro 1. Equipe técnica para acompanhamento das atividades de supressão vegetal e resgate de
fauna.
Conselho
Nome Função
Profissional
Fabio Jacinto da Silva Biólogo - Campo CRBio 080354-04
Fabiana Angélica S. R. Ferreira Bióloga – Relatório Técnico CRBio 062020/04-D
Legenda: CRBio – Conselho Regional de Biologia.

4. ÁREA DE ESTUDO

A Fazenda Araucária está situada na rodovia GO‐341, km 68, Zona Rural,


Mineiros – GO. Está inserida na sub-bacia hidrográfica do ribeirão Queixada, afluente
direto da margem direita do rio Araguaia, que deságua no rio Tocantins, um dos
formadores da bacia Amazônica.

A área desta fazenda se encontra bastante antropizada, já com a presença de


grandes áreas de lavoura e alguns remanescentes florestais. Os ecossistemas
terrestres presentes na área onde está sendo executado o desmatamento
encontrava-se anexo a reserva legal do empreendimento, que tem a função de
corredor ecológico. Este remanescente de vegetação nativa é de fundamental
importância para a manutenção e movimentação da fauna silvestre, uma vez que
este corredor remanescente situa-se a aproximadamente 12 km do Parque Nacional
das Emas (Figura 1).

A supressão de vegetação nativa para implantação de área de produção


agrícola será realizada em uma área total de 1.103,12 hectares (Figura 2)

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 7


Figura 1. Demonstrativo da proximidade da Fazenda Araucária e o Parque Nacional das Emas.
Fonte: EIA/RIMA Fazenda Araucária, 2012.

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 8


Figura 2. Área de supressão vegetal.
Fonte: Brasilagro, 2016.

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 9


5. METODOLOGIA

Durante o acompanhamento das atividades de supressão vegetal e limpeza de


áreas para implantação de área de cultivo e vias de acesso na Fazenda Araucária
evitou se realizar as atividades de resgate propriamente ditas, o foco maior da
equipe foi de acompanhar a transmigração passiva da fauna durante o desmate
prévio e o incremento de ações que pudessem contribuir para evitar maiores
intervenções na translocação natural. Isso por que muitos animais se estressam e
sofrem frente às ações de captura, transporte e soltura. Para isso, as equipes,
precedendo as atividades de supressão vegetal, percorreram toda a área onde
haveria interferência com a finalidade de reconhecer os locais críticos, tais como:
tocas e ninhos. Após esse reconhecimento foram realizadas rondas de
afugentamento da fauna com sonorização no local antes da atividade de supressão.
As equipes acompanharam também os trabalhadores durante as atividades de
supressão de vegetação (Figura 3 a Figura 5), esses receberam orientação para
acionarem as equipes de resgate, caso encontrassem animais silvestres.

Figura 3. Acompanhamento de frente Figura 4. Varredura de área durante


de supressão vegetal com trator. supressão vegetal com trator.

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 10


Figura 5. Acompanhamento de limpeza de
área.

Nos casos em que os animais não conseguiram se deslocar para áreas


adjacentes, esses foram capturados e encaminhados à base para triagem. Para cada
grupo taxonômico foi utilizada uma metodologia específica de captura.

Procedimentos de resgate

a) Mastofauna

Os procedimentos de manejo para os mamíferos terrestres de médio e grande


porte são complexos e envolvem diversas atividades, com o uso de puçás e/ou laços,
armadilhas e mobilização de auxiliares de campo (Figura 6). As atividades realizadas
permitiram aos animais a chance de deslocamentos passivos para as áreas do
entorno. Aqueles espécimes de baixa mobilidade e principalmente os de hábito
arborícola que não puderam ser afugentados foram resgatados. Os animais
resgatados foram acondicionados em sacos de pano ou em caixas de plástico ou
madeira perfuradas para o transporte até o local de triagem e depois até o local de
soltura (Figura 8).

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 11


b) Herpetofauna

A herpetofauna é composta pelos grupos dos anfíbios, lagartos, serpentes,


quelônios e crocodilianos. Os procedimentos metodológicos para cada um dos grupos
são apresentados a seguir:

Os anfíbios e lagartos foram resgatados manualmente com o uso de luvas de raspa e


quando preciso com o auxílio de puçás, estes foram acondicionados em sacos de
pano ou potes plásticos para o transporte até o local de triagem e depois até o local
de soltura (Figura 8).

A maioria das espécies de répteis peçonhentos (serpentes) não possui um


método eficiente de captura e costuma ser apanhada apenas em encontros fortuitos,
principalmente durante as atividades de supressão de vegetação e próximas aos
canteiros de obras. Dessa forma, informações sobre a presença de serpentes
venenosas foram distribuídas a todos os trabalhadores. Quando ocorrerem
encontros, a equipe de resgate foi acionada para efetuar a remoção do animal sem
matá-lo. O espécime peçonhento foi manejado com luva de couro, capturado com
auxílio de gancho e acondicionado em caixa especial de madeira para ser
encaminhado ao local de soltura (Figura 7 e Figura 8).

c) Avifauna

Apesar da alta capacidade de deslocamento de muitas espécies de aves, como


de animais de sub-bosque e de dossel, que passam facilmente a adensar outros
remanescentes no entorno e ocupar outros habitats, algumas situações, como a
presença de ninhos ativos em cavidades de árvores nas áreas de supressão fazem
com que o grupo das aves também seja incluído no objeto de resgate e salvamento
da fauna. Assim, ações de resgate e salvamento para este grupo foram focadas
especialmente em ninhos ativos.

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 12


Algumas aves utilizam ocos de árvores de médio e grande porte durante o
período de nidificação além de áreas de dormitórios. Dessa forma, foi feito um
levantamento de árvores com ocos ativos nas áreas do empreendimento.

Além dos ninhos, aves de hábito noturno têm grande dificuldade de se


afugentar das áreas de supressão, uma vez que as atividades ocorrem no período
diurno. Assim, indivíduos dessas espécies foram capturados manualmente com o uso
de luvas, acondicionados em sacos de pano e transportados até o local de triagem e
depois até o local de soltura.

Figura 6. Puçá para resgate e manejo de Figura 7. Gancho herpetológico para


fauna silvestre. resgate e manejo de serpentes.

Figura 8. Materiais e equipamentos (potes e


caixas plásticas e de madeira) para
acondicionamento de espécimes
resgatados.

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 13


Triagem e cuidado com os animais
Os animais resgatados foram avaliados quanto às suas condições gerais de
saúde, tiveram seus dados biométricos tomados e foram sexados (Figura 9 e Figura
10).

Figura 9. Avaliação quanto às condições Figura 10. Tomada de dados biométricos de


gerais de saúde de espécime de marsupial espécie de anfíbio resgatado.
resgatado.

Após esses procedimentos foi feita a destinação dos animais, que dependeu da
condição física dos mesmos, os animais aptos à soltura foram encaminhados para
fragmentos adjacentes e espécimes sem relevância científica resgatados mortos
foram descartados. A soltura dos animais de hábito diurno ocorreu preferencialmente
no período da manhã e não no final da tarde, assim como animais noturnos que
foram soltos, sempre, próximo do anoitecer.

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 14


Figura 11. Soltura de espécime de marsupial
resgatado em área de influencia direta do
desmatamento na Fazenda Araucária.

Classificação de Espécies Ameaçadas

Para expressar a situação de conservação da fauna afugentada e resgatada na


área de influência do empreendimento foram consultadas duas listas, a saber:

• "Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção"


oficializada pelo MMA através da Portaria nº 444, de 17 de dezembro de 2014.
De acordo com esta lista, as espécies podem ser categorizadas como:

EN - Em perigo
CR - Criticamente em perigo
EW - Extinto na natureza
VU - Vulnerável
• Lista Vermelha dos Animais Ameaçados (Red List of Threatened
Animals – RLTA) mantida pela União de Conservação Mundial (World
Conservation Union – IUCN). De acordo com esta lista, as espécies podem ser
categorizadas como:

NE - Não avaliada EN - Ameaçada


DD - Dados insuficientes CR - Criticamente ameaçada
LC - Pouco preocupante EW - Extinta na natureza
NT - Quase ameaçada VU - Vulnerável

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 15


6. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Durante o acompanhamento das atividades de supressão de vegetação e


limpeza de área para instalação de área de cultivo na fazenda Araucária foram
catalogados 141 espécimes de 35 espécies pertencentes as classes: Amphibia,
Reptilia, Aves e Mammalia. Dos espécimes catalogados, oito foram registrados por
avistamento em ações de afugentamento e 133 foram resgatados durante as
atividades de campo (Quadro 2 e Quadro 3, Anexo 9.4).

6.1. AFUGENTAMENTO DE FAUNA


Dos oito espécimes afugentados quatro eram répteis e quatro mamíferos
(Quadro 2, Figura 12). Os répteis afugentados pertencem a duas famílias de lagartos
(Tropiduridae e Gymnophtalmidae) e uma de serpente (Viperidae), sendo está última
uma serpente peçonhenta. Com relação aos mamíferos afugentados, dois eram
marsupiais da família Didelphidae, um carnívoro (Felidae) e uma anta (Tapiridae).
Além dos espécimes catalogados, outros espécimes foram afugentados durante o
acompanhamento da supressão vegetal, que não puderam ser identificados e
fotografados devido a agilidade das ações de afugentamento.

Quadro 2. Lista dos exemplares da fauna afugentados durante supressão vegetal


para implantação de área de cultivo na Fazenda Araucária.
Grau de Grau de
Nº de
ameaça ameaça
Taxa Nome Comum espécimes
(IUCN, (MMA,
afugentados
2016) 2014)
CLASSE REPTILIA
Ordem Squamata
Família Gymnophtalmidae
Micrablepharus maximiliani calango-da-cauda-azul 1 NE -
Colobosaura modesta calanguinho 1 NE -
Família Tropiduridae
Tropidurus torquatus lagarto 1 LC -
Família Viperidae
Bothrops moojeni jararaca 1 NE -
CLASSE MAMMALIA

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 16


Grau de Grau de
Nº de
ameaça ameaça
Taxa Nome Comum espécimes
(IUCN, (MMA,
afugentados
2016) 2014)
Ordem Didelphimorphia
Família Didelphidae
Didelphis albiventris gambá 1 LC -
Marmosa murina mucura 1 LC -
Ordem Carnivora
Família Felidae
Panthera onca onça-pintada 1 NT VU
Ordem Perissodactyla
Família Tapiridae
Tapirus terrestris anta 1 VU VU
Total 8
Legenda. Grau de ameaça: LC = Pouco preocupante, NE = Não avaliada, NT =
Quase ameaçada, VU = Vulnerável.

Figura 12. Padrões de abundância e riqueza das Classes


zooloógicas registradas por afugentamento durante as
atividades de supressão de vegetação na Fazenda Araucária.

Dentre as espécies afugentadas, a presença de duas se destaca pelo grau de


ameaça das mesmas sendo elas a onça-pintada (Panthera onca) e a anta (Tapirus
terrestris).
A onça-pintada (P. onca) é o maior felino das Américas e o único representante
atual do gênero Panthera no continente. Pode medir até 2,41 m e pesar 158 quilos.
É solitária, porém, ocorre interação entre machos e fêmeas durante o período de

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 17


acasalamento. A espécie é muito associada à presença de água e, portanto está mais
presente em áreas baixas com cobertura vegetal densa e fonte de água permanente
do que em áreas abertas com chuvas sazonais (Nowel & Jackson, 1996). A atividade
da espécie é noturno-crepuscular, se alimenta de várias espécies de animais, mas
suas principais presas são a queixada (Tayassu pecari) e a capivara (Hydrochaeris
hydrochaeris) (Caso et al., 2008). A espécie é considerada como quase ameaçada
(Near threatened - NT) pela IUCN (2016) e Vulnerável pela lista do MMA (2014).
A anta (T. terrestris) tem hábito terrestre e alimenta-se de frutos caídos, brotos
e tubérculos, é uma espécie que habita primariamente florestas, ocorrendo também
em diversos ambientes florestados, como mangues, florestas semidecíduas, florestas
ripárias e cerrados. São animais solitários apesar de ocasionalmente viverem aos
pares, e são territoriais (OLIVEIRA & BONVICINO, 2011). Está ameaçada de extinção
no Brasil, considerada Vulnerável (Vulnerable – VU) tanto na lista da IUCN quanto na
lista do MMA em função da grande redução populacional ocorrida no passado e
projetada para o futuro.

6.2. RESGATE DE FAUNA


Com relação aos espécimes resgatados, a maioria é de animais de pequeno
porte, com baixa mobilidade e/ou hábito arborícola. Dos 133 espécimes resgatados,
71 eram répteis, 38 anfíbios, 23 mamíferos e uma ave (Quadro 3, Figura 13). Os
dados biométricos de alguns dos espécimes resgatados estão apresentados no anexo
9.5.

Quadro 3. Lista dos exemplares da fauna resgatados durante supressão vegetal


para implantação de área de cultivo na Fazenda Araucária.
Destino Grau
Grau de
Nº de de
ameaça
Taxa Nome comum espécimes ameaça
resgatados S F D (IUCN, (MMA,
2016)
2014)
CLASSE AMPHIBIA
Ordem Anura
Família Leptodactylidae
Physalaemus nattererii rã 22 20 2 NE -
Adenomera hylaedactyla rã 10 10 LC -
Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 18
Destino Grau
Grau de
Nº de de
ameaça
Taxa Nome comum espécimes ameaça
resgatados S F D (IUCN, (MMA,
2016)
2014)
Leptodactylus fuscus rã 6 6 LC -
CLASSE REPTILIA
Ordem Squamata
Família
Gymnophthalmidae
calango-da-cauda-
Micrablepharus maximiliani 7 6 1 NE -
azul
Colobosaura modesta calanguinho 20 19 1 NE -
Família Polychrotidae
Polychrus acustirostri bicho-preguiça 10 10 NE -
Família Teiidae
Kentropyx calcaratra lagarto 3 2 1 NE -
Família Tropiduridae
Tropidurus torquatus lagarto 4 4 LC -
Família Amphisbaenidae
Amphisbaena sp. cobra-cega 8 6 2 NE -
Família Dipsadidae
Imantodes cenchoa cobra -cipó 1 1 NE -
Apostolepis longicaudata cobra-fina 1 1 NE -
Phalotris nasutus cobra-vermelha 1 1 NE -
Philodryas olfersii cobra-verde 1 1 NE -
Mussurana quimi muçurana 1 1 NE -
Oxyrhopus guibei falsa-coral 6 6 NE -
Oxyrhopus petolaris falsa-coral 3 3 NE -
Erythrolamprus aesculapii falsa-coral 1 1 NE -
Xenodon merremii achatadeira 1 1 NE -
Família Viperidae
Bothrops moojeni jararaca 2 2 NE -
Crotalus durissus cascavel 1 1 LC -
CLASSE AVES
Ordem Caprimulgiforme
Família Caprimulgidae
Hydropsalis albicollis curiango 1 1 NE -
CLASSE MAMMALIA
Ordem Didelphimorphia
Família Didelphidae
Didelphis albiventris gambá 1 1 LC -
Gracilinanus agilis mucura 10 10 LC -
Marmosa murina mucura 9 9 LC -
Monodelphis domestica cuica 1 1 LC -
Ordem Cingulata
Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 19
Destino Grau
Grau de
Nº de de
ameaça
Taxa Nome comum espécimes ameaça
resgatados S F D (IUCN, (MMA,
2016)
2014)
Família Dasypodidae
Euphratus sexcintus tatu-peba 1 1 NE -
Ordem Rodentia
Família Sigmodontinae
Necromys lasiurus rato 1 1 LC -
Total 133 125 0 8 - -
Legenda. Destino: S = Soltura, F = Fixação, D = Descarte; Grau de ameaça: LC = Pouco
preocupante, NE = Não avaliada.

80
70
60
50
40
30
20
10
0
Amphibia Reptilia Aves Mammalia

Abundância Riqueza

Figura 13. Padrões de abundância e riqueza das classes


zoológicas resgatadas durante as atividades de supressão
de vegetação na Fazenda Araucária.

Dos espécimes resgatados, oito foram descartados por terem sido encontrados
mortos nas áreas de supressão vegetal, todos os demais (N=125) foram soltos em
remanescentes florestais próximos à área de supressão vegetal (Figura 14).

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 20


Figura 14. Distribuição de espécimes por destinação após
resgate.

Herpetofauna Resgatada

O grupo da herpetofauna é constituído por espécimes de duas classes


zoológicas, Amphibia e Reptillia. De acordo com a Sociedade Brasileira de
Herpetologia (SBH, 2014), atualmente existem 1026 espécie de anfíbios que ocorrem
no Brasil, sendo que 988 delas são anuros, 33 cecílias e cinco salamantas. Com
relação aos répteis, são conhecidas para o território brasileiro 760 espécies divididas
em Testudines (36 spp.), Crocodylia (6 spp.) e Squamata (“Lagartos”, 260 spp. + 8
sspp.; Amphisbaenia, 72 spp.; e Serpentes, 386 spp. + 40 ssp.).
Os répteis ocorrem em praticamente todos os ecossistemas brasileiros e, por
serem ectotérmicos, são especialmente diversos e abundantes nas regiões mais
quentes do país, como do bioma Cerrado. Esse grupo inclui diversas linhagens
(lagartos, serpentes, anfisbenas, quelônios e jacarés), embora algumas delas sejam
pouco aparentadas entre si (MACHADO et al., 2008).
Nas áreas suprimidas para implantação de lavouras foram resgatados 109
espécimes da herpetofauna, sendo 71 répteis de 17 espécies distribuídos em sete
famílias e 38 anfíbios de três espécies da família Leptodactylidae (Quadro 2, Figura
16 a Figura 29). Dentre as famílias da herpetofauna, a que apresentou maior
abundância foi Leptodactylidae com 34,8% dos registros da herpetofauna, já a
família Dipsadidae apresentou maior riqueza com 9 espécies catalogadas (Figura 15).

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 21


Viperidae
Dipsadidae
Amphisbaenidae

Reptilia
Tropiduridae
Teiidae
Polychrotidae
Gymnophtalmidae
Am
phi
bia

Amphibia Leptodactylidae

0 10 20 30 40
Riqueza Abundância

Figura 15. Gráfico de riqueza e abundância das famílias da


herpetofauna registradas durante as atividades de resgate.

Leptodactylidae é uma família de anfíbios da ordem Anura, popularmente


conhecidas como jias (ou gias) ou rãs ou caçotes. A família está dividida em três
subfamílias e contêm 12 gêneros que se encontram amplamente distribuídos pela
América Central e América do Sul. Esses animais vivem associados à serapilheira de
florestas tropicais úmidas, ou próximos à água, com exceção de algumas espécies
que habitam ambientes áridos e cujos modos reprodutivos são bastante variados
(DUELLMAN & TRUEB, 1994).

Nas áreas de supressão, o grupo (de denominação comum) com maior número
de espécimes resgatados foi o dos lagartos, estes representaram 33% do total de
espécimes resgatados com 44 espécimes de cinco diferentes espécies. Os lagartos
são considerados organismos modelo em estudos ecológicos por serem facilmente
observados, capturados e manuseados. Apesar disso e do Brasil possuir uma das
faunas de lagartos mais ricas do mundo, pouco se sabe da ecologia desses
organismos (SILVA & ARAÚJO, 2008).

Geralmente, as serpentes são de difícil observação, pois apresentam baixas


densidades populacionais e períodos de inatividade, além de hábitos crípticos e
alimentação esporádica (PARKER & PLUMMER, 1987). Contudo, nas atividades de
resgate este grupo foi catalogado, e mesmo que com poucos exemplares, foram
resgatados 19 espécimes de 11 espécies, sendo que apenas três desses eram
Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 22
peçonhentos, duas jararacas (Bothrops moojeni) e uma cascavel (Crotalus durissus).
A cobra cascavel (Crotalus durissus) é uma serpente peçonhenta que vive em áreas
abertas como o bioma Cerrado (BORGES, 2012), caracterizando a presença desta
nas áreas de resgate.

A família de serpentes Dipsadidae foi a que apresentou maior riqueza de


espécies resgatadas, isto porque esta família é uma das mais numerosas famílias de
serpentes, sendo que só no Brasil já foram registradas quase 240 espécies (VIDAL et
al., 2010).

Quanto aos critérios de ameaça de extinção, nenhuma espécie da


herpetofauna registrada durante o resgate nas áreas de supressão da Fazenda
Araucária está catalogada sob algum grau de ameaça nas listas da IUCN (2016) e
MMA (2014).

Figura 16. Espécime de rã (Physalaemus Figura 17. Espécime de rã (Adenomera


nattererii) resgatda em área de supressão hyladactyla) resgatado durante
vegetal. acompanhamento de supressão de vegetação.

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 23


Figura 18. Espécime de rã (Leptodactylus Figura 19. Espécime de lagarto-da-cauda-azul
fuscus) resgatado durante supressão (Micrablepharus maximiliani) resgatado.
vegetal.

Figura 20. Espécime de calanguinho Figura 21. Espécime de lagarto (Polychrus


(Colobosaura modesta) resgatado. acutirostris) resgatado em frente de
supressão de vegetação.

Figura 22. Espécime de lagarto (Tropidurus Figura 23. Espécime de cobra-cega


toquartus) encontrado durante supressão (Amphisbaenia sp.) resgatado.
vegetal.

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 24


Figura 24. Espécime de cobra-verde Figura 25. Espécime de falsa-coral
(Philodryas olfersii) resgatado. (Oxyrhopus guibei) resgatado durante
supressão de vegetação.

Figura 26. Espécime de falsa-coral Figura 27. Espécime de falsa-coral


(Oxyrhopus petolaris) resgatado. (Erythrolamprus aesculapii) resgatado em
área de supressão.

Figura 28. Espécime de achatadeira Figura 29. Espécime de jararaca (Bothrops


(Xenodon merremii) resgatada em área de moojeni) resgatado.
supressão vegetal.

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 25


Avifauna

Durante o acompanhamento das atividades de supressão vegetal apenas um


espécime de ave foi resgatado, um curiango (Hydropsalis albicollis). Está espécie é
comum e não está catalogada nas listas de fauna ameaçada da IUCN (2016) e MMA
(2014) (Figura 30). O pequeno número de espécimes resgatados (1) está de acordo
com o esperado, pois geralmente em atividades de supressão vegetal este é o grupo
menos representativo dentre os vertebrados terrestres, uma vez que a maioria das
espécies tem boa capacidade de locomoção (vôo). Assim o mecanismo das
atividades de desmatamento facilita a fuga e afugentamento das aves.

Figura 30. Foto do curiango (Hydropsalis


albicollis) resgatado durante atividades das
frentes de corte.

O curiango é uma ave caprimulgiforme da família caprimulgidae, conhecido


também como bacurau. Comum em bordas de florestas, capoeiras abertas, campos
com árvores isoladas, cerrados, capões de mata podendo também ser encontrado
em matas secundárias e em processo de reflorestamento. Vive no chão e possui
hábito noturno, sendo visto durante o dia somente se espantado. São excelentes
voadores e extremamente ágeis quando estão em vôo. Alimenta-se de numerosas
espécies de insetos, como besouros, mariposas, borboletas, abelhas, vespas, e

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 26


formigas que são capturados em voos curtos para o ar a partir do solo, ou em voos
curtos a partir de poleiros (WIKIAVES, 2016).

Mastofauna

Pelo tipo de vegetação encontrada na área de trabalho, e pela grande


movimentação antrópica, a probabilidade de encontro com mamíferos, seja
pequenos, médios ou grandes, se torna mais difícil, porém não descartada. Além
disto, estes animais tem maior capacidade de dispersão e se afugentam com mais
facilidade. Ainda assim foram resgatados na área de influência direta do
desmatamento na fazenda Araucária, 23 espécimes de mamíferos de seis espécies
pertencentes a três famílias, todos de pequeno porte e hábito arborícola ou semi
fossorial (Quadro 3, Figura 32 a Figura 36). A família Didelphidae da ordem
Didelphimorphia foi a mais rica e abundante sendo que 23 espécimes de 4 espécies
desta família foram resgatados (Figura 31), com destaque para as espécies de
mucura Gracilinanus agilis e Marmosa murina que tiveram 10 e 9 espécimes
resgatados, respectivamente.

Sigmodontinae

Dasypodidae

Didelphidae

0 5 10 15 20 25

Riqueza Abundância

Figura 31. Gráfico de riqueza e abundância das famílias


da mastofauna registradas durante as atividades de
resgate.

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 27


A família Didelphidae é constituída por mucuras e gambás, normalmente de
pequeno a médio porte corporal, com caudas longas e preênseis. A maior parte dos
integrantes desta família possui dieta onívora. A característica mais marcante da
família está relacionada com a reprodução, pois os filhotes nascem após um período
curto de gestação e ficam presos às mamas das fêmeas até completarem seu
desenvolvimento, algumas espécies possuem marsúpio (REIS et al., 2011).
A espécie de mucura (Gracilinanus agilis) foi a que apresentou maior número
de mamíferos resgatados (N=10), é uma espécie de pequeno porte que habita
preferencialmente os estratos arbóreos e ocasionalmente o sub-bosque ou solo. Está
amplamente distribuída pelas regiões sudeste, centro-oeste e nordeste, estando
presente preferencialmente nas áreas de Cerrado e Caatinga (REIS et al., 2010).

Figura 32. Espécime de gambá (Didelphis Figura 33. Espécime de mucura (Gracilinanus
albiventris) resgatado durante atividade de agilis) resgatado.
supressão vegetal.

Figura 34. Espécime de mucura (Marmosa Figura 35. Espécime de tatu-peba


Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 28
murina) resgatado em área diretamente (Euphractus sexcinctus) resgatado em área
impactada pela supressão. de supressão vegetal.

Figura 36. Espécime de rato silvestre


(Necromys lasiurus) resgatado em área de
vegetação suprimida.

O tatu-peba (Euphractus sexcinctus) pertence à família Dasypodidae. Ocorre


principalmente na parte leste da América do Sul, indo desde o sul da região
Amazônica através do Brasil até o Uruguai, Paraguai, nordeste da Argentina e parte
central e leste da Bolívia (EISENBERG & REDFORD, 1999). No Brasil, a espécie
ocorre nos biomas da Amazônia, Caatinga, Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica e
Campos Sulinos (FONSECA et al. 1996). A atividade do tatu-peba é principalmente
diurna, mas ocasionalmente pode estar ativo à noite. Uma das suas principais
ameaças está na redução do tamanho das populações, não só desta espécie de tatu
como de muitas outras, devido a perda de hábitat pelo desmatamento
(MCDONOUGH & LOUGHRY, 2001), os atropelamentos rodoviários (FISCHER et al.
2004) e a caça (SANCHES, 2001).

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 29


7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante o acompanhamento das atividades de supressão vegetal na Fazenda


Araucária foram catalogados 141 espécimes pertencentes à quatro classes
zoológicas: Amphibia (N=38), Reptilia (N=75), Aves (N=1) e Mammalia (N=27). A
maior parte dos registros se deu pelo resgate de espécimes durante e após a
supressão vegetal (N=133) e apenas 5,67% dos registros foi por afugentamento.
Dos espécimes resgatados, oito foram descartados por terem sido encontrados
mortos nas áreas de supressão vegetal, todos os demais (N=125) foram soltos em
remanescentes florestais próximos à área de supressão vegetal.
Com relação às espécies resgatadas, nenhuma delas está incluída nas
categorias de ameaça: “Vulnerável” e “Quase Ameaçadas” do MMA e da IUCN. No
entanto duas das espécies registradas por afugentamento estão inserida nas listas do
MMA e IUCN, a onça-pintada (Panthera onca) e a anta (Tapirus terrestris). A perda e
a fragmentação de habitats são um dos principais fatores de ameaça às espécies de
mamíferos terrestres (COSTA et al., 2005). Para médios e grandes mamíferos este
efeito é aumentado devido ao fato de que, pelo seu tamanho corporal, este grupo
necessita de grandes áreas de habitat para que existam populações com viabilidade
em longo prazo.

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 30


8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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9. ANEXOS

9.1. LICENÇA DE SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO NATIVA Nº 453/2016

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 38


Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 39
Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 40
Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 41
Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 42
Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 43
9.2. AUTORIZAÇÃO PARA MANEJO DE FAUNA Nº 23581/2015

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 44


Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 45
Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 46
9.3. ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA - ART

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 47


9.4. LIVRO DE REGISTRO DE ESPÉCIES
Coordenadas
Coordenadas
UTM
UTM
Avistamento/
Soltura
Hora do Resgate
Data Taxa
Registro

Sexo

animal

Estrato
Destino

Etapa da

Condição

Ambiente
supressão
Estágio de
X Y X Y

Condições do

Meteorológica

Fitofisionômico

Fitofisionomia/

Tipo de registro
desenvolvimento
13/abr 9:20 AF Bothrops moojeni CE SO AB DU S A ND - 287016 8030773 - -
13/abr 9:26 AF Micrablepharus maximiliani CE SO AB DU S A ND - 287020 8030778 - -
13/abr 10:50 AF Didelphis albiventriz CE SO AB DU S J ND - 286845 8031073 - -
14/abr 16:10 RE Amphisbaenia sp. CE SO AB DU M A ND D 286919 8030771 - -
15/abr 11:00 RE Amphisbaenia sp. CE SO AB DU M J ND D 286919 8030771 - -
15/abr 11:10 RE Hydropsalis albicollis CE SB AB DU S A ND S 287082 8031127 288343 8032492
15/abr 11:20 RE Marmosa murina CE SB AB DU S A MA S 287152 8031119 287552 8032508
15/abr 11:27 RE Physalaemus nattereri CE SO AB DU S J ND S 287200 8031105 287552 8032508
16/abr 14:00 AF Colobosaura modesta CE SO AB AP S A ND - 287073 8031377 - -
16/abr 14:12 AF Panthera onca AA SO AB AP S A ND - 287073 8031377 - -
18/abr 10:16 RE Gracilinanus agilis CE SB AB DU S A FE S 286907 8030933 288361 8032508
18/abr 11:00 RE Physalaemus nattereri CE SO AB DU S J ND S 286816 8030955 288361 8032508
18/abr 11:08 RE Physalaemus nattereri CE SO AB DU S A ND S 286816 8030955 288361 8032508
18/abr 9:56 RE Colobosaura modesta CE SO AB DU S A ND S 287070 8030859 288361 8032508
18/abr 8:21 RE Colobosaura modesta CE SO AB DU F J ND S 287078 8030600 288361 8032508
18/abr 12:32 RE Colobosaura modesta CE SO AB DU S A ND S 288336 8032489 288361 8032508
18/abr 7:21 RE Polychrus acustirostri CE SB AB AP S A MA S 287068 8030863 288361 8032508
19/abr 13:23 RE Necromys lasiurus CE SO AB DU S A FE S 287094 8030863 288646 8032511
19/abr 15:43 RE Physalaemus nattereri CE SO AB DU S A ND S 287017 8030773 288646 8032511
19/abr 10:32 RE Adenomera hylaedactyla CE SO AB DU S A ND S 287017 8030773 288646 8032511

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 48


Coordenadas
Coordenadas
UTM
UTM
Avistamento/
Hora do Soltura
Data Taxa Resgate
Registro

Sexo

animal

Estrato
Destino

Etapa da

Condição

Ambiente
supressão
Estágio de
X Y X Y

Condições do

Meteorológica

Fitofisionômico

Fitofisionomia/

Tipo de registro
desenvolvimento
19/abr 8:54 RE Adenomera hylaedactyla CE SO AB DU S A ND S 287017 8030773 288646 8032511
19/abr 9:11 RE Colobosaura modesta CE SO AB DU M J ND D 287017 8030773 - -
19/abr 12:41 RE Polychrus acustirostri CE SB AB DU S A MA S 286601 8030303 288646 8032511
19/abr 8:33 RE Amphisbaenia sp. CE SO AB DU S A ND S 286651 8030248 288646 8032511
19/abr 11:21 RE Polychrus acustirostri CE SB AB DU S A FE S 286869 8030552 288646 8032511
19/abr 16:32 RE Polychrus acustirostri CE SB AB DU S A MA S 286869 8030552 288646 8032511
19/abr 17:09 RE Oxyrhopus petolaris CE SO AB DU F A ND S 287069 8030879 288646 8032511
20/abr 16:46 RE Micrablepharus maximiliani CE SO AB DU S A ND S 286464 8030456 288646 8032511
20/abr 17:02 RE Kentropyx calcaratra CE SO AB DU S A ND S 286314 8030386 288646 8032511
21/abr 8:42 RE Marmosa murina CE SB AB AP S A MA S 286295 8030400 288646 8032511
22/abr 11:24 RE Euphratus sexcintus CE SO AB AP S A MA S 286291 8030625 288646 8032511
22/abr 7:08 AF Tapirus terrestris CE SO AB AP S A ND - 286855 8030663 - -
25/abr 11:00 RE Polychrus acustirostri CE SB AB DU S A MA S 287425 8031457 288370 8032510
26/abr 10:23 RE Monodelphis domestica CE SO AB AP S A FE S 287441 8031266 288079 8032456
26/abr 10:00 RE Oxyrhopus guibei CE SO CH AP S A ND S 287350 8031177 288079 8032456
26/abr 15:12 RE Oxyrhopus guibei CE SO CH AP S J ND S 287310 8031151 288079 8032456
26/abr 10:32 RE Adenomera hylaedactyla CE SO CH AP S A ND S 287310 8031151 288079 8032456
26/abr 10:43 RE Adenomera hylaedactyla CE SO CH AP S A ND S 287310 8031151 288079 8032456
26/abr 11:02 RE Leptodactylus fuscus CE SO CH AP S A ND S 287310 8031151 288079 8032456
26/abr 11:12 RE Leptodactylus fuscus CE SO CH AP F A ND S 287310 8031151 288079 8032456
26/abr 16:18 RE Leptodactylus fuscus CE SO CH AP S J ND S 287310 8031151 288079 8032456
26/abr 16:21 RE Leptodactylus fuscus CE SO CH AP S A ND S 287310 8031151 288079 8032456

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 49


Coordenadas
Coordenadas
UTM
UTM
Avistamento/
Hora do Soltura
Data Taxa Resgate
Registro

Sexo

animal

Estrato
Destino

Etapa da

Condição

Ambiente
supressão
Estágio de
X Y X Y

Condições do

Meteorológica

Fitofisionômico

Fitofisionomia/

Tipo de registro
desenvolvimento
26/abr 16:45 RE Physalaemus nattereri CE SO CH AP S A ND S 287310 8031151 288079 8032456
26/abr 16:47 RE Physalaemus nattereri CE SO CH AP S J ND D 287310 8031151 - -
26/abr 16:49 RE Physalaemus nattereri CE SO CH AP S J ND S 287310 8031151 288079 8032456
26/abr 17:00 RE Physalaemus nattereri CE SO CH AP S J ND S 287310 8031151 288079 8032456
26/abr 17:02 RE Physalaemus nattereri CE SO CH AP S J ND S 287310 8031151 288079 8032456
26/abr 9:56 RE Amphisbaenia sp. CE SO CH AP S J ND S 287310 8031151 288079 8032456
26/abr 10:32 RE Amphisbaenia sp. CE SO CH AP S J ND S 287310 8031151 288079 8032456
26/abr 17:12 RE Philodryas olfersii CE SO CH AP S A ND S 287310 8031151 288079 8032456
26/abr 17:21 RE Tropidurus torquatus CE SB CH AP S J ND S 287310 8031151 288079 8032456
26/abr 17:14 RE Tropidurus torquatus CE SB CH AP S J ND S 287310 8031151 288079 8032456
27/abr 9:45 RE Bothrops moojeni CE SO NU AP S J ND S 287075 8030864 288350 8032512
27/abr 10:00 RE Adenomera hylaedactyla CE SO NU AP S A ND S 286637 8030197 288350 8032512
27/abr 10:03 RE Leptodactylus fuscus CE SO NU AP S A ND S 287141 8030937 288350 8032512
27/abr 10:32 RE Physalaemus nattereri CE SO NU AP S J ND S 286516 8030097 288350 8032512
27/abr 11:00 RE Physalaemus nattereri CE SO NU AP S A ND S 286516 8030097 288350 8032512
27/abr 11:32 RE Colobosaura modesta CE SO NU AP S A ND S 287032 8030820 288350 8032512
27/abr 11:45 RE Colobosaura modesta CE SO NU AP S A ND S 287032 8030820 288350 8032512
27/abr 11:53 RE Colobosaura modesta CE SO NU AP S A ND S 287032 8030820 288350 8032512
27/abr 12:00 RE Colobosaura modesta CE SO NU AP S A ND S 287032 8030820 288350 8032512
27/abr 14:32 RE Colobosaura modesta CE SO NU AP S J ND S 287032 8030820 288350 8032512
27/abr 15:34 RE Oxyrhopus guibei CE SO NU AP S J ND S 286777 8030401 288350 8032512
27/abr 16:00 RE Oxyrhopus guibei CE SO NU AP S J ND S 287012 8030762 288350 8032512

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 50


Coordenadas
Coordenadas
UTM
UTM
Avistamento/
Hora do Soltura
Data Taxa Resgate
Registro

Sexo

animal

Estrato
Destino

Etapa da

Condição

Ambiente
supressão
Estágio de
X Y X Y

Condições do

Meteorológica

Fitofisionômico

Fitofisionomia/

Tipo de registro
desenvolvimento
27/abr 10:12 RE Mussurana quimi CE SO NU AP S A ND S 286504 8030064 288350 8032512
28/abr 11:00 RE Marmosa murina CE SB NU AP F A FE S 286611 8030265 288126 8032477
28/abr 10:12 RE Adenomera hylaedactyla CE SO NU AP S A ND S 286598 8030275 288126 8032477
28/abr 9:34 RE Adenomera hylaedactyla CE SO NU AP S A ND S 286598 8030275 288126 8032477
28/abr 8:43 RE Adenomera hylaedactyla CE SO NU AP S A ND S 286598 8030275 288126 8032477
28/abr 13:12 RE Adenomera hylaedactyla CE SO NU AP S A ND S 286598 8030275 288126 8032477
28/abr 11:11 RE Physalaemus nattereri CE SO NU AP S A ND S 286702 8030390 288126 8032477
28/abr 14:34 RE Physalaemus nattereri CE SO NU AP M A ND D 286702 8030390 - -
28/abr 9:56 RE Micrablepharus maximiliani CE SO NU AP M J ND D 286619 8030341 - -
28/abr 13:21 RE Micrablepharus maximiliani CE SO NU AP S J ND S 286619 8030341 288126 8032477
28/abr 7:23 RE Oxyrhopus petolaris CE SO NU AP S A ND S 286449 8030067 288126 8032477
28/abr 16:18 RE Oxyrhopus petolaris CE SO NU AP S J ND S 286437 8030064 288126 8032477
28/abr 17:00 RE Amphisbaenia sp. CE SO NU AP S A ND S 286597 8030307 288126 8032477
28/abr 15:44 RE Amphisbaenia sp. CE SO NU AP S J ND S 286591 8030293 288126 8032477
29/abr 15:32 RE Bothrops moojeni CE SO AB AP S A ND S 286672 8030533 288409 8032534
29/abr 14:21 RE Polychrus acustirostri CE SB AB AP S A MA S 286639 8030530 288409 8032534
29/abr 10:56 RE Micrablepharus maximiliani CE SO AB AP S J ND S 286423 8030376 288409 8032534
29/abr 7:32 RE Colobosaura modesta CE SO AB AP S J ND S 286774 8030571 288409 8032534
29/abr 8:12 RE Colobosaura modesta CE SO AB AP S J ND S 286593 8030465 288409 8032534
29/abr 10:11 RE Colobosaura modesta CE SO AB AP S A ND S 286463 8030387 288409 8032534
29/abr 13:24 RE Colobosaura modesta CE SO AB AP S A ND S 286417 8030357 288409 8032534
29/abr 16:00 RE Colobosaura modesta CE SO AB AP S A ND S 286409 8030362 288409 8032534

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 51


Coordenadas
Coordenadas
UTM
UTM
Avistamento/
Hora do Soltura
Data Taxa Resgate
Registro

Sexo

animal

Estrato
Destino

Etapa da

Condição

Ambiente
supressão
Estágio de
X Y X Y

Condições do

Meteorológica

Fitofisionômico

Fitofisionomia/

Tipo de registro
desenvolvimento
30/abr 8:53 RE Colobosaura modesta CE SO AB AP F A ND S 286338 8030498 288409 8032534
30/abr 10:12 RE Colobosaura modesta CE SO AB AP S A ND S 286338 8030498 288409 8032534
30/abr 10:23 RE Adenomera hylaedactyla CE SO AB AP S A ND S 286376 8030435 288409 8032534
30/abr 10:21 RE Didelphis albiventriz CE SB AB AP S A FE S 286501 8030523 288409 8032534
02/mai 9:23 RE Tropidurus torquatus CE SO AB AP S A ND S 286493 8031023 288372 8032514
02/mai 13:21 RE Gracilinanus agilis CE SB AB AP S A FE S 286286 8030916 288372 8032514
02/mai 13:32 RE Marmosa murina CE SB AB AP S A MA S 286280 8030904 288372 8032514
02/mai 8:22 RE Xenodon merremii CE SO AB AP S A ND S 286529 8031021 288372 8032514
03/mai 7:34 RE Gracilinanus agilis CE SB AB AP S A FE S 286554 8030866 288361 8032509
03/mai 9:56 RE Marmosa murina CE SB AB AP S A MA S 286864 8030896 288361 8032509
03/mai 11:00 RE Marmosa murina CE SB AB AP S A FE S 286603 8030972 288361 8032509
03/mai 13:12 RE Gracilinanus agilis CE SB AB AP S A FE S 286564 8030857 288361 8032509
03/mai 14:34 RE Physalaemus nattereri CE SO AB AP S A ND S 287053 8030885 288361 8032509
03/mai 16:00 RE Physalaemus nattereri CE SO AB AP S A ND S 286851 8030897 288361 8032509
03/mai 16:45 RE Micrablepharus maximiliani CE SO AB AP S J ND S 286823 8030885 288361 8032509
04/mai 15:19 RE Polychrus acustirostri CE SB AB AP S J ND S 287132 8031072 288334 8032491
04/mai 10:45 RE Colobosaura modesta CE SO AB AP S A ND S 286896 8031165 288334 8032491
05/mai 8:12 RE Micrablepharus maximiliani CE SO AB AP S A ND S 287146 8031380 288334 8032491
05/mai 9:23 RE Oxyrhopus guibei CE SO AB AP S A ND S 287570 8031420 288334 8032491
05/mai 11:21 RE Physalaemus nattereri CE SO AB AP S A ND S 287581 8031361 288334 8032491
05/mai 14:34 RE Physalaemus nattereri CE SO AB AP F A ND S 287581 8031361 288334 8032491
05/mai 14:45 RE Erythrolampus aesculapii CE SO AB AP S A ND S 287556 8031362 288334 8032491

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 52


Coordenadas
Coordenadas
UTM
UTM
Avistamento/
Hora do Soltura
Data Taxa Resgate
Registro

Sexo

animal

Estrato
Destino

Etapa da

Condição

Ambiente
supressão
Estágio de
X Y X Y

Condições do

Meteorológica

Fitofisionômico

Fitofisionomia/

Tipo de registro
desenvolvimento
05/mai 15:39 RE Gracilinanus agilis CE SB AB AP S A MA S 287048 8031332 288334 8032491
05/mai 16:00 RE Gracilinanus agilis CE SB AB AP S J MA S 287048 8031332 288334 8032491
05/mai 16:12 RE Marmosa murina CE SB AB AP S A MA S 287566 8031340 288334 8032491
05/mai 16:38 RE Kentropyx calcaratra CE SO AB AP S A ND S 287559 8031353 288334 8032491
05/mai 17:03 RE Gracilinanus agilis CE SB AB AP S A FE S 287559 8031353 288334 8032491
05/mai 11:19 AF Tropidurus torquatus CE SO AB AP S J ND - 287576 8031401 - -
06/mai 7:43 RE Colobosaura modesta CE SO AB AP S A ND S 287586 8031342 288349 8032501
06/mai 10:31 RE Apostolepis longicaudata CE SO AB AP M A ND D 287151 8031535 - -
06/mai 8:56 RE Physalaemus nattereri CE SO AB AP S A ND S 287190 8031538 288349 8032501
06/mai 11:00 RE Crotalus durissus CE SO AB AP M A ND D 287204 8031518 - -
09/mai 13:32 RE Micrablepharus maximiliani CE SO AB AP S A ND S 286779 8031597 288349 8032501
09/mai 14:00 RE Physalaemus nattereri CE SO AB AP S A ND S 286688 8031489 288349 8032501
09/mai 11:34 RE Polychrus acustirostri CE SB AB AP S A MA S 286708 8031530 288349 8032501
09/mai 15:50 RE Colobosaura modesta CE SO AB AP S A ND S 286798 8031592 288349 8032501
09/mai 16:21 RE Polychrus acustirostri CE SB AB AP S J FE S 286695 8031625 288349 8032501
09/mai 15:12 RE Phalotris nasutus CE SO AB AP F A ND S 286876 8031569 288349 8032501
09/mai 17:12 RE Marmosa murina CE SB AB AP S A MA S 286277 8031407 288349 8032501
10/mai 14:21 RE Physalaemus nattereri CE SO NU AP S A ND S 287558 8031912 288431 8032540
10/mai 15:00 RE Leptodactylus fuscus CE SO NU AP S A ND S 287569 8031930 288431 8032540
10/mai 15:24 RE Physalaemus nattereri CE SO NU AP S A ND S 287556 8031919 288431 8032540
10/mai 15:32 RE Physalaemus nattereri CE SO NU AP S A ND S 287550 8031911 288431 8032540
10/mai 16:00 RE Oxyrhopus guibei CE SO NU AP S A ND S 287570 8031895 288431 8032540

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 53


Coordenadas
Coordenadas
UTM
UTM
Avistamento/
Hora do Soltura
Data Taxa Resgate
Registro

Sexo

animal

Estrato
Destino

Etapa da

Condição

Ambiente
supressão
Estágio de
X Y X Y

Condições do

Meteorológica

Fitofisionômico

Fitofisionomia/

Tipo de registro
desenvolvimento
10/mai 16:09 RE Amphisbaenia sp. CE SO NU AP S A ND S 287564 8031906 288431 8032540
10/mai 16:17 RE Kentropyx calcaratra CE SO NU AP S A ND D 287556 8031914 - -
10/mai 17:00 RE Polychrus acustirostri CE SB NU AP S A MA S 287389 8031845 288431 8032540
10/mai 15:45 AF Marmosa murina CE SB NU AP S A ND - 287455 8031902 - -
11/mai 9:55 RE Tropidurus torquatus CE SO AB AP S A ND S 286645 8031767 288543 8032523
11/mai 10:21 RE Colobosaura modesta CE SO AB AP S A ND S 286604 8031752 288543 8032523
11/mai 10:34 RE Imantodes cenchoa CE SB AB DU S A ND S 286818 8031759 288543 8032523
11/mai 11:09 RE Gracilinanus agilis CE SB AB DU S A FE S 287136 8031837 288543 8032523
11/mai 15:31 RE Gracilinanus agilis CE SB AB DU S A MA S 287085 8031818 288543 8032523
11/mai 16:00 RE Gracilinanus agilis CE SB AB DU S A MA S 286590 8031750 288543 8032523
11/mai 16:28 RE Marmosa murina CE SB AB AP S A MA S 286412 8031695 288543 8032523
Legenda: Tipo de registro: AF = Afugentamento, RE = Resgate; Fitofisionomia/ambiente: AA = Antropizado, CE = Cerradão; Estrato Fisionômico:
SB = Sub-bosque, SO = Solo; Condições meteorológicas: AB = Aberto, CH = Chuvoso, NU = Nublado; Etapa da supressão: AP = Após a supressão,
DU= Durante; Condições do Animal: F = Ferido, M = Morto, S = Saudável; Estágio de desenvolvimento: A = Adulto, J = Jovem; Sexo: FE = Fêmea,
MA = Macho, ND = Não determinado; Destino: D = Descarte, F = Fixação, S = Soltura.

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 54


9.5. DADOS BIOMÉTRICOS DE ESPÉCIMES RESGATADOS.

Dados biométricos (mm)


Hora

o
Data do Taxa

Sexo
Larg. Comp. Comp.

animal
registro
Destino

Comp. Pata Peso

Estágio de
da da Orelha da
rostro/anal post. (g)

Condições do
cabeça cabeça cauda

desenvolviment
14/abr 16:10 Amphisbaenia sp. M A ND - - - - - - - D
15/abr 11:00 Amphisbaenia sp. M J ND - - - - - - - D
15/abr 11:10 Hydropsalis albicollis S A ND 24,3 45,8 - 131,3 135,4 - - S
15/abr 11:20 Marmosa murina S A MA 26,3 37,1 15,2 120,9 150,1 19,4 40 S
15/abr 11:27 Physalaemus nattereri S J ND 7,8 8,7 - 17,1 - - - S
18/abr 10:16 Gracilinanus agilis S A FE 19,2 27,2 9,5 80,9 113,3 15,2 14 S
18/abr 11:00 Physalaemus nattereri S J ND 8,2 8,5 - 22,2 - - - S
18/abr 11:08 Physalaemus nattereri S A ND 10,5 11,1 - 26,9 - - - S
18/abr 9:56 Colobosaura modesta S A ND 7,2 9,7 - 39,1 - - - S
18/abr 8:21 Colobosaura modesta F J ND 3,9 6,2 - 23,1 - - - S
18/abr 12:32 Colobosaura modesta S A ND 6,1 9,9 - 42,9 43,7 - - S
18/abr 7:21 Polychrus acustirostri S A MA 12,1 24,2 - 83,7 163,7 - - S
19/abr 13:23 Necromys lasiurus S A FE 6,6 9,2 7,3 70,7 55,4 8,2 30 S
19/abr 15:43 Physalaemus nattereri S A ND 8,3 7,9 - 21,9 - - - S
19/abr 10:32 Adenomera hylaedactyla S A ND 8,1 8,9 - 21,7 - - - S
19/abr 8:54 Adenomera hylaedactyla S A ND 8,2 8,5 - 23,3 - - - S
19/abr 9:11 Colobosaura modesta M J ND 5,1 9,7 - 37,1 83,8 - - D
19/abr 12:41 Polychrus acustirostri S A MA 13,1 22,6 - 82,7 173,8 - - S
19/abr 8:33 Amphisbaenia sp. S A ND 10,9 12,5 - 322,8 27,9 - - S
19/abr 11:21 Polychrus acustirostri S A FE 7,9 14,7 - 52,6 91,8 - - S
19/abr 16:32 Polychrus acustirostri S A MA 7,8 14,9 - 55,7 98,7 - - S

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 55


Dados biométricos (mm)
Hora

o
Data do Taxa

Sexo
Larg. Comp. Comp.

animal
registro
Destino

Comp. Pata Peso

Estágio de
da da Orelha da
rostro/anal post. (g)

Condições do
cabeça cabeça cauda

desenvolviment
19/abr 17:09 Oxyrhopus petolaris F A ND 9,1 20,4 - 658,8 120,8 - - S
20/abr 16:46 Micrablepharus maximiliani S A ND 7,1 8,7 - 36,8 62,5 - - S
20/abr 17:02 Kentropyx calcaratra S A ND 12,1 21,7 - 69,4 - - - S
21/abr 8:42 Marmosa murina S A MA 21,8 33,2 26,1 95,6 151,8 21,8 41 S
22/abr 11:24 Euphratus sexcintus S A MA 45,8 62,5 34,2 378,8 210,8 84,6 3200 S
25/abr 11:00 Polychrus acustirostri S A MA 18,2 31,4 - 120,8 221,1 - - S
26/abr 10:23 Monodelphis domestica S A FE 24,2 32,1 8,8 90,1 42,2 16,2 30 S
26/abr 10:00 Oxyrhopus guibei S A ND 12,1 14,2 - 600,2 245,3 - - S
26/abr 15:12 Oxyrhopus guibei S J ND 5,3 10,2 - 289,2 155,3 - - S
26/abr 10:32 Adenomera hylaedactyla S A ND 6,6 6,2 - 17,2 - - - S
26/abr 10:43 Adenomera hylaedactyla S A ND 7,2 7,0 - 18,4 - - - S
26/abr 11:02 Leptodactylus fuscus S A ND 14,6 16,2 - 41,3 - - - S
26/abr 11:12 Leptodactylus fuscus F A ND 15,4 16,4 - 40,2 - - - S
26/abr 16:18 Leptodactylus fuscus S J ND 8,0 9,9 - 23,1 - - - S
26/abr 16:21 Leptodactylus fuscus S A ND 14,3 15,2 - 30,3 - - - S
26/abr 16:45 Physalaemus nattereri S A ND 15,1 12,2 - 40,2 - - - S
26/abr 16:47 Physalaemus nattereri M J ND 9,2 10,2 - 26,1 - - - D
26/abr 16:49 Physalaemus nattereri S J ND 5,3 6,1 - 12,2 - - - S
26/abr 17:00 Physalaemus nattereri S J ND 5,5 6,2 - 12,5 - - - S
26/abr 17:02 Physalaemus nattereri S J ND 5,9 6,3 - 13 - - - S
26/abr 9:56 Amphisbaenia sp. S J ND 3,9 5,2 - 120,2 15,1 - - S
26/abr 10:32 Amphisbaenia sp. S J ND 2,4 4,2 - 90,2 10,2 - - S
26/abr 17:12 Philodryas olfersii S A ND 12,1 23,2 - 780,8 221,1 - - S

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 56


Dados biométricos (mm)
Hora

o
Data do Taxa

Sexo
Larg. Comp. Comp.

animal
registro
Destino

Comp. Pata Peso

Estágio de
da da Orelha da
rostro/anal post. (g)

Condições do
cabeça cabeça cauda

desenvolviment
26/abr 17:21 Tropidurus torquatus S J ND 9,4 12,1 - 36,8 35,1 - - S
26/abr 17:14 Tropidurus torquatus S J ND 8,1 9,5 - 28,8 27,7 - - S
27/abr 9:45 Bothrops moojeni S J ND - - - - - - - S
27/abr 10:00 Adenomera hylaedactyla S A ND 6,9 8,0 - 22,4 - - - S
27/abr 10:03 Leptodactylus fuscus S A ND 16,1 18,2 - 46,9 - - - S
27/abr 10:32 Physalaemus nattereri S J ND 8,1 8,3 - 25,2 - - - S
27/abr 11:00 Physalaemus nattereri S A ND 11,6 11,2 - 30,7 - - - S
27/abr 11:32 Colobosaura modesta S A ND 6,6 9,4 - 44,2 - - - S
27/abr 11:45 Colobosaura modesta S A ND 8,1 10,2 - 42,1 105,2 - - S
27/abr 11:53 Colobosaura modesta S A ND 6,9 9,6 - 40,2 Rompido - - S
27/abr 12:00 Colobosaura modesta S A ND 7,2 9,8 - 40,2 Rompido - - S
27/abr 14:32 Colobosaura modesta S J ND 5,5 6,6 - 33,4 70,2 - - S
27/abr 15:34 Oxyrhopus guibei S J ND 6,1 10,9 - 230,1 60,4 - - S
27/abr 16:00 Oxyrhopus guibei S J ND 6,2 9,9 - 182,3 42,1 - - S
27/abr 10:12 Mussurana quimi S A ND 14,5 21,2 - 700,2 252,2 - - S
28/abr 11:00 Marmosa murina F A FE - 31,3 15,6 93,7 154,8 20,8 38 S
28/abr 10:12 Adenomera hylaedactyla S A ND 7,2 8,2 - 19,2 - - - S
28/abr 9:34 Adenomera hylaedactyla S A ND 7,0 7,3 - 20,1 - - - S
28/abr 8:43 Adenomera hylaedactyla S A ND 6,4 7,0 - 18,2 - - - S
28/abr 13:12 Adenomera hylaedactyla S A ND 6,8 7,4 - 19,5 - - - S
28/abr 11:11 Physalaemus nattereri S A ND 14,1 13,8 - 41,1 - - - S
28/abr 14:34 Physalaemus nattereri M A ND 12,2 13,9 - 39,3 - - - D
28/abr 9:56 Micrablepharus maximiliani M J ND 5,2 7,1 - 35,2 41,8 - - D

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 57


Dados biométricos (mm)
Hora

o
Data do Taxa

Sexo
Larg. Comp. Comp.

animal
registro
Destino

Comp. Pata Peso

Estágio de
da da Orelha da
rostro/anal post. (g)

Condições do
cabeça cabeça cauda

desenvolviment
28/abr 13:21 Micrablepharus maximiliani S J ND 5,1 6,9 - 34,4 40,2 - - S
28/abr 7:23 Oxyrhopus petolaris S A ND 10,2 16,3 - 520,2 180,2 - - S
28/abr 16:18 Oxyrhopus petolaris S J ND 9,2 14,1 - 450,6 160,2 - - S
28/abr 17:00 Amphisbaenia sp. S A ND 11,4 13,6 - 332,2 41,3 - - S
28/abr 15:44 Amphisbaenia sp. S J ND 5,2 6,7 - 167,2 24,2 - - S
29/abr 15:32 Bothrops moojeni S A ND - - - - - - - S
29/abr 14:21 Polychrus acustirostri S A MA 14,1 26,9 - 80,5 180,8 - - S
29/abr 10:56 Micrablepharus maximiliani S J ND 5,8 9,1 - 32,7 65,2 - - S
29/abr 7:32 Colobosaura modesta S J ND 7,1 11,5 - 42,7 115,2 - - S
29/abr 8:12 Colobosaura modesta S J ND 6,1 9,7 - 33,2 Rompido - - S
29/abr 10:11 Colobosaura modesta S A ND 6,0 11,4 - 40,3 85,3 - - S
29/abr 13:24 Colobosaura modesta S A ND 7,2 11,6 - 37,2 62,9 - - S
29/abr 16:00 Colobosaura modesta S A ND 5,3 9,2 - 37,1 Rompido - - S
30/abr 8:53 Colobosaura modesta F A ND 6,2 6,3 - 38,8 87,2 - - S
30/abr 10:12 Colobosaura modesta S A ND 5,8 6,9 - 45,4 93,2 - - S
30/abr 10:23 Adenomera hylaedactyla S A ND 6,0 6,8 - 19,1 - - - S
30/abr 10:21 Didelphis albiventriz S A FE 45,3 67,8 21,2 290,2 310,1 39,3 600 S
02/mai 9:23 Tropidurus torquatus S A ND 20,1 27,3 - 82,5 120,4 - - S
02/mai 13:21 Gracilinanus agilis S A FE 22,3 30,7 14,2 75,8 100,1 12,2 13 S
02/mai 13:32 Marmosa murina S A MA 22,5 30,9 15,6 93,2 120,4 14,6 43 S
02/mai 8:22 Xenodon merremii S A ND 21,5 31,8 - 900,5 150,7 - - S
03/mai 7:34 Gracilinanus agilis S A FE 21,3 18,8 9,8 70,1 120,6 8,4 14 S
03/mai 9:56 Marmosa murina S A MA 33,7 20,1 10,5 82,9 130,5 12,5 33 S

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 58


Dados biométricos (mm)
Hora

o
Data do Taxa

Sexo
Larg. Comp. Comp.

animal
registro
Destino

Comp. Pata Peso

Estágio de
da da Orelha da
rostro/anal post. (g)

Condições do
cabeça cabeça cauda

desenvolviment
03/mai 11:00 Marmosa murina S A FE 35,4 22,3 11,3 92,1 130,7 12,5 30 S
03/mai 13:12 Gracilinanus agilis S A FE 22,6 17,2 11,3 72,1 121,8 11,5 20 S
03/mai 14:34 Physalaemus nattereri S A ND 8,6 7,9 - 23,8 - - - S
03/mai 16:00 Physalaemus nattereri S A ND 7,4 8 - 20 - - - S
03/mai 16:45 Micrablepharus maximiliani S J ND 4,3 3,2 - 45,5 65,5 - - S
04/mai 15:19 Polychrus acustirostri S J ND 8,2 14,2 - 49,6 85,2 - - S
04/mai 10:45 Colobosaura modesta S A ND 6,1 8,3 - 41 64,2 - - S
05/mai 8:12 Micrablepharus maximiliani S A ND 5,9 7,8 - 37,3 66,9 - - S
05/mai 9:23 Oxyrhopus guibei S A ND 8,2 18,4 - 510,3 130,5 - - S
05/mai 11:21 Physalaemus nattereri S A ND 11,2 10,9 - 33,4 - - - S
05/mai 14:34 Physalaemus nattereri F A ND 10,3 9,7 - 29,9 - - - S
05/mai 14:45 Erythrolampus aesculapii S A ND 9,6 12,7 - 360,6 33,4 - - S
05/mai 15:39 Gracilinanus agilis S A MA 17,3 29,2 11,4 84,3 100,2 16,2 25 S
05/mai 16:00 Gracilinanus agilis S J MA 13,2 22,7 9,8 52,8 80,3 13,2 12 S
05/mai 16:12 Marmosa murina S A MA 21,4 38,7 12,7 120,7 150,3 17,9 45 S
05/mai 16:38 Kentropyx calcaratra S A ND 12,1 22,7 - 78,9 Rompido - - S
05/mai 17:03 Gracilinanus agilis S A FE 15,7 25,7 10,5 76,3 99,2 14,5 19 S
05/mai 11:19 Tropidurus torquatus S J ND - - - - - - - S
06/mai 7:43 Colobosaura modesta S A ND 6,00 10,2 - 41,4 87,4 - - S
06/mai 10:31 Apostolepis longicaudata M A ND - - - - - - - D
06/mai 8:56 Physalaemus nattereri S A ND 10,3 9,8 - 30,2 - - - S
06/mai 11:00 Crotalus durissus M A ND - - - - - - - D
09/mai 13:32 Micrablepharus maximiliani S A ND 6,8 9,1 - 37,1 Rompido - - S

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 59


Dados biométricos (mm)
Hora

o
Data do Taxa

Sexo
Larg. Comp. Comp.

animal
registro
Destino

Comp. Pata Peso

Estágio de
da da Orelha da
rostro/anal post. (g)

Condições do
cabeça cabeça cauda

desenvolviment
09/mai 14:00 Physalaemus nattereri S A ND 10,3 9,7 - 29,5 - - - S
09/mai 11:34 Polychrus acustirostri S A MA 12,7 25,8 - 80,5 160,3 - - S
09/mai 15:50 Colobosaura modesta S A ND 6,1 10,3 - 42,9 85,0 - - S
09/mai 16:21 Polychrus acustirostri S J FE 7,1 14,7 - 41,5 80,2 - - S
09/mai 15:12 Phalotris nasutus F A ND 11,5 16,3 - 720,4 35,3 - - S
09/mai 17:12 Marmosa murina S A MA 24,8 32,8 15,8 94,8 156,9 20,6 35 S
10/mai 14:21 Physalaemus nattereri S A ND 8,4 10,5 - 30,4 - - - S
10/mai 15:00 Leptodactylus fuscus S A ND 13,8 16,1 - 42,2 - - - S
10/mai 15:24 Physalaemus nattereri S A ND 16,3 19,2 - 37,3 - - - S
10/mai 15:32 Physalaemus nattereri S A ND 10,4 8,5 - 28,3 - - - S
10/mai 16:00 Oxyrhopus guibei S A ND 6,1 10,0 - 200,2 110,4 - - S
10/mai 16:09 Amphisbaenia sp. S A ND 4,0 5,2 - 140,2 2,5 - - S
10/mai 16:17 Kentropyx calcaratra M A ND 9,8 20,2 - 78,3 140,2 - - D
10/mai 17:00 Polychrus acustirostri S A MA 15,9 29,8 - 110,3 Rompido - - S
11/mai 9:55 Tropidurus torquatus S A ND 19,9 25,2 - 76,2 91,4 - - S
11/mai 10:21 Colobosaura modesta S A ND 6,1 9,4 - 41,6 70,2 - - S
11/mai 10:34 Imantodes cenchoa S A ND 10,2 14,2 - 1100,7 260,5 - - S
11/mai 11:09 Gracilinanus agilis S A FE 22,1 28,7 11,4 78,3 120,8 13,3 19 S
11/mai 15:31 Gracilinanus agilis S A MA 21,8 27,8 15,2 82,1 115,7 13,1 22 S
11/mai 16:00 Gracilinanus agilis S A MA 20,8 27,4 13,2 74,8 110,2 12,9 18 S
11/mai 16:28 Marmosa murina S A MA 30,4 35,6 16,2 85,9 131,8 20,1 36 S
Legenda: Condições do Animal: F = Ferido, M = Morto, S = Saudável; Estágio de desenvolvimento: A = Adulto, J = Jovem; Sexo: FE = Fêmea, MA =
Macho, ND = Não determinado; Destino: D = Descarte, F = Fixação, S = Soltura.

Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna 60


PROGRAMA DE RESGATE E
AFUGENTAMENTO DE
FAUNA

Abril/2016
Sumário
1. INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................2
2. JUSTIFICATIVA ............................................................................................................................3
3. OBJETIVOS ...................................................................................................................................4
4. METODOLOGIA............................................................................................................................5
4.1. Relocações e Solturas .......................................................................................................5
4.2. Animais Ameaçados ou Raros ........................................................................................5
4.3. Destinação de Material Biológico ...................................................................................6
5. AÇÕES PREVISTAS E/OU EXECUTADAS ............................................................................6
5.1. Resgate da Fauna................................................................................................................6
5.2. Metodologia ..........................................................................................................................7
5.3. Resgate ..................................................................................................................................7
5.4. Equipes de Resgate ............................................................................................................8
5.5. Triagem ..................................................................................................................................8
5.6. Solturas ..................................................................................................................................9
5.7. Logística ............................................................................................................................. 10
5.8. Animais Ameaçados ou Raros ..................................................................................... 10
6. CRONOGRAMA ......................................................................................................................... 11
7. AGENTES RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO ............................................................... 11
8. PRODUTOS ................................................................................................................................ 11
9. REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................ 12

__________________________________________________________________________________
Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna
1
1. INTRODUÇÃO

As atividades antrópicas como lavouras, que implicam em ações de modificação


das paisagens e ecossistemas naturais promovem à alteração de habitats, que por sua vez
modificam a estrutura das comunidades faunísticas.
Estudos têm demonstrado que a fragmentação dos ecossistemas florestais das
regiões tropicais representa a diminuição das populações da fauna silvestre e o
desaparecimento de espécies mais sensíveis (Tabarelli & Gascon, 2005; Lovejoy et al.
1986;). No entanto, mesmo estes ambientes alterados pela implantação de estradas,
assentamentos rurais e áreas urbanas, ainda abrigam uma rica e diversa fauna silvestre que
também será foco de ações práticas para conservação e manutenção de suas populações,
em especial àquelas ameaçadas de extinção, raras ou endêmicas.
O bioma Cerrado é uma das ecorregiões mais importantes do país, tendo, entre
outras, a característica de apresentar formas fisionômicas contrastantes que estão
diretamente ligadas à manutenção de sua fauna, apresentando locais que podem ser
importantes corredores de biodiversidade (Ribeiro & Walter, 1998). Nesse sentido, 82,6%
das aves dependem das formações florestais; 50% dos mamíferos terrestres não-voadores
estão nas matas de galeria (Fonseca & Redford, 1984).
Atualmente, o Cerrado é considerado como um dos 25 locais de alta biodiversidade
(hotspots), e um dos mais ameaçados do planeta (Mittermier et al., 1999; Myers et al.,
2000). Segundo Mittermier et al. (1998), cerca de 50% de toda biodiversidade terrestre
encontra-se nesses locais, que representam cerca de 2% de toda a superfície do planeta.
Os ecossistemas terrestres presentes na área onde será executada o
desmatamento atualmente encontram-se em anexo a reserva legal do empreendimento, que
tem a função de corredor ecológico e para a região em questão fica mais evidente. A
paisagem rural da região de Mineiros são fragmentos florestais, capoeiras, muita áreas de
cultivo e grandes lavouras. No entanto, os levantamentos realizados no âmbito do EIA
identificaram grupos de aves, mamíferos e répteis que habitam os fragmentos florestais na
região do empreendimento.
No presente Estudo de Impacto Ambiental (EIA) a partir levantamento primário
chegou-se a 14 espécies de anfíbios, 11 espécies de répteis, 118 espécies de aves, 17
espécies de mamíferos considerando a fauna de vertebrados terrestre. Do total de
vertebrados levantados neste estudo 175 espécies, apenas 6 deles se encontram presentes
na Lista da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção.

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Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna
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Para o grupo de mamíferos os animais que terão possível um encontro casual
durante o desmatamento serão: Cerdocyon thous (Cachorro-do-mato), Lycalopex vetulus,
(Rapozinha), Didelphis albiventris (Saruê), Tayassu pecari (Queixada), Tapirus terrestris
(Anta), Myrmecophaga tridactyla (Tamanduá-bandeira) de acordo com o registrado no EIA.
Sabe-se que o grupo de herpetofauna que apresenta baixo deslocamento serão os
que apresentarão maior captura e translocamento. Assim de acordo o EIA os possíveis
animais de ocorrência na área são Cnemidophorus ocellifer, Ameiva ameiva, Tropidurus
torquatus, Mabuya frenata, Tupinambis merianae, Hemidactylus mabouia, Hypsiboas
albopunctatus, Physalaemus cuvieri, Scinax fuscovarius e Rhinella schineideri levantados
nos ambientes amostrados na área da Fazenda Araucária. Estes, apresentam certo grau de
tolerância a ambientes antropizados, adaptando-se muito bem às alterações ambientais.
Nos ambientes desmatados haverá um impacto sobre a fauna terrestre significativo,
uma vez que ocorrerá a perda dos habitats florestais em função da supressão da vegetação
e limpeza da área para a implantação de culturas agrícolas diversas e vias de acessos.
Trata-se de um impacto altamente diferenciado sobre os elementos faunísticos,
basicamente associados aos seus modos de vida, especializações e capacidade de
deslocamento. Mesmo os animais com melhor deslocamento, como aves e grandes
mamíferos, que são bem sucedidos na auto-relocação, sofrem com a posterior falta de
abrigos e disponibilidade de recursos, além de enfrentarem a predação e a competição
(Marinho-Filho, 1999; 2002).
Dessa forma, com vistas a mitigar os impactos previstos no EIA, este projeto traz
informações e ações básicas que nortearão os aspectos técnicos, legais e comerciais
inseridos no desmate, com procedimentos adequados para a atividade, objetivando reduzir
custos e minimizar danos ao meio ambiente.

2. JUSTIFICATIVA

Este projeto foi previsto no âmbito do EIA/RIMA da Brasilagro Companhia Brasileira


de Propriedades Agrícolas e faz parte do conjunto de ações com objetivo de minimizar o
impacto do desmatamento sobre o ecossistema local.
Assim o Resgate de Fauna compreende o manejo da fauna de vertebrados
silvestres nas áreas a serem desmatadas e ou alteradas, proporcionando sua proteção, seu
deslocamento natural, o resgate e ou relocação.

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Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna
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Entende-se como resgate as atividades de retirada da fauna terrestre das áreas
comprometidas com o desmatamento, que somente serão realizados quando os animais
não são afugentados pelas barulho das maquinas. Para a fauna resgatada são realizadas
ações de soltura na área de reserva legal, envio de material para instituições de pesquisa,
universidades, desde que previamente autorizados pelo órgão licenciador. Assim, os
resgates são operações complexas que demandam uma equipe bem treinada, com
experiências prévias, que possa mitigar o impacto sobre a fauna, de modo a contribuir para
projetos de conhecimento e conservação de grupos previamente selecionados.
Deste modo, tornam-se obrigatórias as atividades de afugentamento, salvamento e
aproveitamento científico da fauna terrestre presente nas áreas de desmatamento em
função da necessidade de instalação de áreas de plantio e acesso para entrada de
maquinários, no sentido de evitar a exacerbação dos impactos sobre a fauna silvestre, como
também cumprir com as demandas legais previstas no licenciamento do empreendimento.

3. OBJETIVOS

As ações de afugentamento da fauna terrestre durante as atividades de Salvamento


e Aproveitamento científico da Fauna visam minimizar os impactos sobre as espécies de
animais presentes nas áreas presentes objeto da Licença de Supressão de Vegetação
nativa nº 453/2016, como também diminuir a quantidade de animais a serem resgatados
durante o desmatamento.
Este Programa tem como objetivo principal salvar, afugentar ou resgatar a fauna de
vertebrados situada na área de influência direta da vegetação a ser suprimida, situada na
Fazenda Araucária, minimizando, assim, os impactos negativos sobre a integridade biótica.

Constituem objetivos específicos gerais deste Projeto:


• Realizar o salvamento da fauna de vertebrados presentes nas áreas onde haverá
supressão da vegetação;
• Realizar o salvamento e aproveitamento científico da fauna afetada pelo
desmatamento e vias de acesso, principais e pelas atividades de desmatamento;
• Realizar o manejo específico da fauna silvestre do resgate, no sentido de relocação,
solturas e envio para instituições de ensino, pesquisa e zoológicos, com a devida
autorização dos órgãos ambientais competentes.

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• Realizar o acompanhamento de eventos relacionados à fuga e dispersão de
indivíduos durante ações de desmatamento das porções florestais;

4. METODOLOGIA

Para a execução do Programa de Resgate da Fauna considera-se que as


atividades referentes ao afugentamento da fauna, acompanhamento do desmatamento e
resgate da fauna sejam complementares. As linhas gerais metodológicas são extremamente
semelhantes, bem como o uso de equipamentos, material, infraestruturas e recursos
humanos.

4.1. Relocações e Solturas

Em princípio, a estratégia geral a ser adotada é a do acompanhamento do


deslocamento faunístico, com intervenções quando de situações restritivas ou de perigo
potencial de causa antropogênica. A relocação de fauna em áreas sob impacto ambiental
gera efeitos deletérios para os espécimes relocados e para a área receptora (Meffe &
Carroll, 1997; Rodrigues et al., 1999; Marinho-Filho, 1999; Marinho-Filho et al., 1999; Araújo
et al., 1999; Lindbergh, 1999; Carmignotto, 1999; Carmignotto&Oliveira, 1999; Pavan, 1999,
2001; Silva Jr., 2008). Assim, em função de experiências anteriores e de resultados obtidos,
a soltura da fauna resgatada em diferentes áreas do empreendimentos deverá ser feita de
forma parcimoniosa, prevendo o aproveitamento científico de grupos de interesse e focando
o esforço em espécies ameaçadas de extinção, endêmicas e/ou raras.

4.2. Animais Ameaçados ou Raros

A avaliação de animais ameaçados ou raros deverá ser feita tendo como base as
listagens da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna
e Flora Silvestres (Convention on International Trade in Endangered Species of Wild Fauna
and Flora – CITES, 2008), da União de Conservação Mundial (World Conservation Union –
IUCN, 2009), que mantém uma Lista Vermelha dos Animais Ameaçados (Red List of
Threatened Animals – RLTA) e Lista Nacional das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas
de Extinção do IBAMA (2003). Além disso, serão considerados os grupos destacados no
diagnóstico do EIA como mamíferos e aves. Em qualquer situação, para qualquer táxon,
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Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna
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diante da constatação de ocorrência, freqüência e restrição de habitat ou outras, os dados
serão tratados à parte.

4.3. Destinação de Material Biológico

Essa atividade consiste em encaminhar os animais resgatados aos destinos


estabelecidos pela triagem do resgate. Para fins de planejamento propõe-se que seja
adotada a seguinte escala de prioridade:

1. Relocações para áreas de soltura selecionadas (ver itens específicos). Os animais


recomendados para relocação nas áreas de soltura deverão ser, preferencialmente, soltos
no mesmo dia da captura e nas horas de temperatura mais amena. Os animais debilitados,
órfãos ou com traumatismos, bem como as carcaças para estudos deverão ser destinadas
as instituições científicas, devidamente autorizadas pela SECIMA. O acondicionamento e
transporte deverão ser, preferencialmente, individuais, porém, na impossibilidade disso
ocorrer, deverão ser respeitadas as incompatibilidades inter ou intra-específicas.
Exemplares debilitados deverão, obrigatoriamente, ser acondicionados isoladamente. A
destinação dos animais deverá ser feita em caixas de transporte específicas para cada tipo
de animal (tamanho, espécie e comportamento social), as quais deverão ser devidamente
acondicionadas em veículos sobre a responsabilidade do executor do resgate, e
acompanhadas da licença de transporte devidamente emitida pelo órgão ambiental
competente;
2. Instituições científicas para formação e fortalecimento de coleções zoológicas – trata-se
de uma destinação extremamente importante na valorização e testemunho da diversidade
do Cerrado. Devem ser priorizadas as Universidade nos grandes centros do estado de
Goiás. Tendo em vista a natureza do projeto é prudente a elaboração de uma lista de
instituições potencialmente interessadas no material biológico da Brasilagro para que a
mesma estabeleça um acordo para entrega de material biológico, bem como cartas de
anuência de curadores de coleções zoológicas, se comprometendo ao aceite e guarda do
material biológico interessado.

5. AÇÕES PREVISTAS E/OU EXECUTADAS

5.1. Resgate da Fauna


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Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna
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Os programas de resgate de fauna sempre geraram uma polêmica sobre o seu
propósito e eficácia. Vários projetos tiveram mais um componente de resposta à sociedade
civil organizada, que propriamente um retorno efetivo para a conservação e manejo de
populações animais a priori e a posteriori ao desmatamento. No conjunto, estas ações
ocasionaram uma série de atividades sem fundamentação científica e com resultados
catastróficos, principalmente no que tange a adensamentos pontuais de grupos de espécies
sociais (Silva Jr., 2008).
Mesmo assim é compreendido pelos órgãos deliberativos e executivos como uma
forma de minimizar os impactos de qualquer ações antropicas sobre o ambiente natural
como um desmatamento, conforme instrução normativa IN 146/2007.

5.2. Metodologia

Todas as atividades relacionadas com o resgate da fauna devem ser precedidas da


triagem, ainda no processo de acompanhamento do desmatamento do local e na escolha
das áreas de soltura de animais silvestres.

5.3. Resgate

O conjunto de atividades para conter e acondicionar os animais que estiverem na


área do desmatamento, apresentando risco de sobrevivência na área de supressão. Durante
todo o período do resgate, as equipes de captura deverão percorrer, diariamente, as áreas
desmatadas com o objetivo de retirar desses locais os animais que não conseguirem se
auto relocar. Para isso será necessário estabelecer vias de acesso para que as equipes
possam se locomover dentro da área. Ou agrupar o material lenhoso em leiras no intuito de
resgatar as espécies que entocadas por debaixo das arvores tombadas.
O resgate deverá obedecer aos seguintes princípios:
1) coordenação de uma equipe experiente;
2) observação da movimentação da fauna atingida;
3) triagem, identificação taxonômica, sexagem, registro e biometria;
4) realização de solturas / adensamentos;
5) acondicionamento e envio para instituições devidamente autorizadas pela
SECIMA,
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Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna
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6) Estabelecimento de vias de acesso no auxilio a captura dos animais maiores,
quanto para segurança dos envolvidos no resgate.
O planejamento desta operação deverá ser feito com suficiente antecedência
considerando as possíveis solicitações dos órgãos ambientais, empreendedor (Brasilagro) e
empresa executora (Sensu Meio Ambiente e Infraestrutura). A interação com o SECIMA
incluirá ainda a autorização de captura já obtida (Autorização para Manejo de Fauna nº
23581/2015) e a participação no estabelecimento de quantitativos de material zoológico a
serem enviados a instituições, bem como o acompanhamento e fiscalização das atividades.

5.4. Equipes de Resgate

As equipes de resgate contarão com profissionais compostas de: 1 biólogo, 2


auxiliares por frente de desmatamento. O treinamento das equipes será realizado no início
da supressão, com a distribuição de uniformes e EPI e uma documentação explicativa sobre
o resgate, com as diretrizes, responsabilidades e normas de segurança.
Deverão ser utilizados laços, ganchos, redes, puçás, caixas de transporte e
armadilhas para captura e transporte, porém sempre utilizando os equipamentos de
proteção individual. As equipes deverão manter-se distantes, só agrupando-se em caso de
captura de animais de comportamento gregário (e.g. primatas) ou situações que necessitem
um esforço conjunto das equipes. A comunicação inter e intra-equipes e com as demais
frentes de serviço do resgate deverá ser feita através de rádios transmissores móveis.

5.5. Triagem

A triagem será realizada por uma equipe composta por um biólogo, um auxiliar. No
caso de algum animal encontrar-se machucado e necessite de atendimento foi realizado
uma parceria com uma clinica veterinária de Mineiros, no qual o consultório Veterinario
Neovet sob a responsabilidade da Medica Veterinaria Neuriane dos Reis Ribeiro (CRMV :
0499-0) declara que se dispõe a receber todo e qualquer animal que por ventura venha ser
resgatado ferido durante a atividade de supressão (documento em anexo carta – convenio
de recebimento de fauna). Ao chegar a base de resgate todos os animais deverão ser
triados, onde o material, será separado e avaliado na seguinte sequência:

a) identificação taxonômica;
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Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna
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b) registro geral – onde os dados do resgate (data, setor e período) serão anotados,
juntamente com a identificação taxonômica e dados biológicos, com cada animal recebendo
seu número de registro;
c) biometria e sexagem – medidas de peso, comprimento e confirmação da sexagem, foto
abaixo;

Foto 01. Levantamento biométrico dos animais coletados.

Na translocação dos animais aptos a soltura, o biólogo responsável deverá utilizar a


relação das áreas de soltura, estabelecendo a destinação final através do cruzamento dos
dados de integridade das áreas com os parâmetros seguintes: a) proximidade do local da
captura; b) comportamento social (gregário ou solitário); c) capacidade de recepção das
áreas; d) tipo de ambiente natural. Além desses parâmetros deverá existir a preocupação de
contemplar todas as áreas de soltura com a maior diversidade faunística. Dessa forma,
exemplares da mesma espécie cujo comportamento é reconhecidamente solitário deverão
ser distribuídos nas áreas selecionadas e não concentrados, mesmo que existam áreas com
capacidade para receber todos os exemplares resgatados.

5.6. Solturas

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Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna
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Todas as atividades de soltura do resgate obedecerão aos critérios estabelecidos
na escolha das áreas para soltura e nas atividades de soltura branda às áreas mais
próximas.

5.7. Logística

O resgate deverá ter à sua disposição veículos 4x4. Além disso, a manutenção da
base e equipes de campo demanda um tratamento especial e imediatista nas necessidades
que se apresentam constantemente.

5.8. Animais Ameaçados ou Raros

A imprevisibilidade da ocorrência de tais animais, o resgate deverá estar preparado


para os devidos cuidados na coleta, triagem e acomodação de possíveis espécimes.
Aqueles grupos que porventura já estiverem sendo alvo de monitoramento específico
passam a ter um tratamento continuado. Os que aparecerem como novidades serão
avaliados em conjunto, como sugerido acima.

Foto 02. Caixa de contenção e equipamentos utilizados na captura dos animais.

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6. CRONOGRAMA

ATIVIDADES MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO


Mobilização para
campo
Resgate
Relatório Parcial
Relatório Final

7. AGENTES RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO

As equipes estarão distribuídas por frente de operação compostas por 1 biólogo e 2


ajudantes, de responsabilidade da empresa Sensu Meio Ambiente e Infraestrutura Ltda –
ME, contratada para a execução deste resgate de fauna. Sendo que todos devem ter
conhecimento do projeto, concordar com os objetivos e padrões metodológicos, e estarem
devidamente regulares com os registros no conselho de classe para devida anotação da
responsabilidade técnica.
O Biólogo responsável pelo execução do Resgate de Fauna e legalmente habilitado
no Conselho Regional de Biologia é Fabio Jacinto da Silva, CRBio 080354/04, cujo o
currículo encontra-se anexo a este programa.

8. PRODUTOS

As ações de execução desse Programa deverão ser realizadas durante a fase de


supressão vegetal.
• Relatório de campo com a tabulação de dados físicos e ecológicos básicos
anotados durante o resgate;
• Relatórios Mensais;
• Relatório conclusivo sobre a execução do resgate da fauna com aumento do
conhecimento da fauna residente nesta biorregião.

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Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna
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9. REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA

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