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ESCOLA MUNICIPAL PROFESSORA MARIA CAMPOS DA SILVA

ATIVIDADE AVALIATIVA DE OUTUBRO – PROVA


Ano: Turma:
Componente curricular: HISTÓRIA
Professor:
Estudante:

Querido estudantes,

Com base em seus conhecimentos, responda ao que se pede com suas próprias palavras!
Utilize livro ou internet apenas como consulta. Cada questão tem valor de 2,0 pontos. Boa
prova!

1) Leia a letra da canção abaixo e responda ao que se pede:

Brasil, meu nego


Deixa eu te contar
A história que a história não conta
O avesso do mesmo lugar
Na luta é que a gente se encontra

Brasil, meu dengo


A mangueira chegou
Com versos que o livro apagou
Desde 1500
Tem mais invasão do que descobrimento
Tem sangue retinto pisado
Atrás do herói emoldurado
Mulheres, tamoios, mulatos
Eu quero um país que não está no retrato

Brasil, o teu nome é Dandara


Tua cara é de cariri
Não veio do céu
Nem das mãos de Isabel
A liberdade é um dragão no mar de Aracati

(Histórias para ninar gente grande. Samba-enredo da Mangueira no carnaval de 2019)

a) O trecho do samba “Não veio do céu/ Nem das mãos de Isabel/ A liberdade é um
dragão no mar de Aracati”, traz a ideia que a abolição da escravidão não foi um
ato espontâneo ou que nasceu simplesmente da vontade da Princesa Isabel.
Explique os processos que levaram à abolição da escravatura em 1888.

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2) Interprete a música abaixo e escolha uma frase:

Nesse mundo camará


Mas não há mas não há
Mas não há quem me mande
Eu só sei obedecer
Se mandar
Se mandar são bento grande
É de angola é de angola é de angola
De angola de angola de angola

Meu avô já foi escravo


Mas viveu com valentia
Descumpria a ordem dada
Agitava a escravaria
Vergalhão, corrente, tronco
Era quase todo dia
Quanto mais ele apanhava
Menos ele obedecia

Quando eu era ainda menino


O meu pai me disse um dia
A balança da justiça
Nunca pesa o que devia
Não me curvo a lei dos homens
A razão é quem me guia
Nem que seu avo mandasse
Eu não obedeceria

Esse mundo não tem dono


E quem me ensinou sabia
Se tivesse dono o mundo
Nele o dono moraria
Como é mundo sem dono
Não aceito hierarquia
Eu não mando nesse mundo
Nem no meu vai ter chefia

(Toque de são bento grande. Paulo César Pinheiro.

a) Escolha uma frase dessa canção para falar de resistência escrava no século XIX:
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b) Que exemplos de castigos podiam ser aplicados aos escravos rebeldes?
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3) (UDESC 2016/1) -A Lei do Ventre Livre foi uma lei abolicionista, promulgada,
no Brasil, em 28 de setembro de 1871.

Sobre a Lei do Ventre Livre, assinale a alternativa correta.

A Foi promulgada pelo Imperador Pedro II e concedia liberdade a todas as


crianças e às respectivas mães que viviam sob a escravidão no território
brasileiro.

B Essa lei encontrou forte resistência entre os senhores, visto que não previa
indenização pelo fim da escravidão das crianças nascidas a partir da
publicação da lei.

C Instituía a liberdade de todas as crianças nascidas a partir da publicação


da lei, mas deixava a possibilidade dessas crianças permanecerem sob “os
cuidados” do antigo proprietário até a idade de 21 anos.

D Como a lei libertava a criança, mas não libertava os pais, assim que
nasciam essas crianças eram retiradas do convívio com os pais
escravizados e eram destinadas a um abrigo mantido pelo Estado.

4) “A unidade básica de resistência no sistema escravista, seu aspecto típico, foram


as fugas. (...) Fugas individuais ocorrem em reação a maus tratos físicos ou
morais, concretizados ou prometidos, por senhores ou prepostos mais violentos.
Mas outras arbitrariedades, além da chibata, precisam ser computadas. Muitas
fugas tinham por objetivo refazer laços afetivos rompidos pela venda de pais,
esposas e filhos. (...) No Brasil, a condenação [da escravidão] só ganharia força
na segunda metade do século, quando o país independente, fortemente penetrado
por ideias e práticas liberais, se integra ao mercado internacional capitalista. (...)
“Tirar cipó” – isto é, fugir para o mato – continuou durante muito tempo como
sinónimo de evadir-se, como aparece no romance A carne, de Júlio Ribeiro. Mas
as fugas, como tendência, não se dirigem mais simplesmente para fora, como
antes; se voltam para dentro, isto é, para o interior da própria sociedade escravista,
onde encontram, finalmente, a dimensão política de luta pela transformação do
sistema. “O não quero dos cativos”, nesse momento, desempenha papel decisivo
na liquidação do sistema, conforme analisou o abolicionista Rui Barbosa”.

REIS, João José. SILVA, Eduardo. Negociação e conflito: a resistência negra no Brasil
escravista. São Paulo: Companhia das Letras, 1989, p. 62-66-71.

De acordo com os autores do texto, João José Reis e Eduardo Silva, assinale a
alternativa incorreta.

A) As fugas de escravos entre os séculos XVI e XIX tiveram motivações diversas,


entre elas o tráfico interprovincial
B) Durante o século XIX, a luta dos escravos pela liberdade não se dava somente
pela fuga coletiva para a formação de quilombos.
C) As cidades, no século XIX, tornaram-se espaços significativos para as lutas pela
abolição.
D) Os escravos foram agentes da história, e não apenas força de trabalho.
E) A naturalização do sistema escravista se manteve estável durante o período
colonial e o imperial.

5) Negro filho de escrava e fidalgo Português, o baiano Luiz Gama fez da lei e das
letras suas armas na luta pela liberdade. Foi vendido ilegalmente como escravo
pelo seu pai para cobrir dívidas de jogo.
Sabendo ler e escrever, aos 18 anos de idade conseguiu provas de que havia
nascido livre. Autodidata, advogado sem diploma, fez do direito seu ofício e
transformando-se em pouco tempo proeminente advogado da causa
abolicionista.
(AZEVEDO, E. O Orfeu de carapinha. In: Revista de História. Ano1, no 3. Rio
de Janeiro: Biblioteca Nacional, jan. 2004 - adaptado)
A conquista da liberdade pelos afro-brasileiros na segunda metade do séc. XIX
foi resultado de importantes lutas sociais condicionadas historicamente. A
biografia de Luiz Gama exemplifica a:

A) impossibilidade de ascensão social do negro forro em uma sociedade


escravocrata, mesmo sendo alfabetizado.
B) extrema dificuldade de projeção de intelectuais negros nesse contexto e a
utilização do Direito como canal de luta pela liberdade.
C) rigidez de uma sociedade, assentada na escravidão, que inviabilizava os
mecanismos de ascensão social.
D) possibilidade de ascensão social, viabilizada pelo apoio das elites
dominantes, a um mestiço filho de pai português.
E) troca de favores entre um representante negro e a elite agrária escravista que
outorgara o direito advocatício ao mesmo.

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