Você está na página 1de 12

Segunda-feira, 7 de Dezembro de 2020 I SÉRIE —

­ Número 234

IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE, E. P. Art. 4. É revogada a Resolução n.º 19/2015, de 17 de Julho, da


Comissão Interministerial da Administração Publica.
Art. 5. A presente Resolução entra em vigor na data da sua
AVISO
publicação.
A matéria a publicar no «Boletim da República» deve ser
Aprovada pela Comissão Interministerial da Reforma
remetida em cópia devidamente autenticada, uma por cada
assunto, donde conste, além das indicações necessárias para da Administração Pública, aos 24 de Agosto de 2020.
esse efeito, o averbamento seguinte, assinado e autenticado: Publique-se.
Para publicação no «Boletim da República». O Presidente, Carlos Agostinho do Rosário.

Estatuto Orgânico do Ministério das Obras Públicas,


SUMÁRIO Habitação e Recursos Hídricos

Comissão Interministerial da Reforma da Administração CAPÍTULO I


Pública:
Disposições Gerais
Resolução n.º 42/2020:
ARTIGO 1
Aprova o Estatuto Orgânico do Ministério das Obras Públicas,
Habitação e Recursos Hídricos e revoga a Resolução (Natureza)
n.º 19/2015, de 17 de Julho, da Comissão Interministerial O Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos
da Administração Publica.
Hídricos é o Órgão Central do aparelho do Estado que assegura a
realização das atribuições do Governo nas áreas de obras públicas,
materiais de construção, estradas e pontes, habitação, recursos
hídricos, abastecimento de água e saneamento.
COMISSÃO INTERMINISTERIAL DA RE-
FORMA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ARTIGO 2
(Atribuições)
Resolução n.º 42/2020
São atribuições do Ministério das Obras Públicas, Habitação
de 7 de Dezembro e Recursos Hídricos:
Havendo necessidade de rever o Estatuto Orgânico a) Planificação da construção das obras públicas, garantindo
do Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, a eficácia dos investimentos do sector;
aprovado pela Resolução n.º 19/2015, de 17 de Julho, no uso b) Controlo da qualidade das obras públicas e particulares,
das competências delegadas pelo Conselho de Ministros, nos para garantir a segurança, durabilidade e funcionalidade
termos do artigo 1 da Resolução n.º 30/2016, de 31 de Outubro, das mesmas;
a Comissão Interministerial da Reforma da Administração Pública
delibera: c) Inspecção e fiscalização de obras públicas;
Artigo 1. É aprovado o Estatuto Orgânico do Ministério d) Construção, reabilitação e manutenção de infra-estruturas
das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos em anexo, públicas, nomeadamente de estradas e pontes,
que é parte integrante da presente Resolução. de sistemas de abastecimento de água, de saneamento,
Art. 2. Compete ao Ministro que superintende a área das Obras de retenção, de protecção e de armazenamento de água;
Públicas, Habitação e Recurso Hídricos aprovar o Regulamento e) Definição do regime de concepção, execução e supervisão
Interno do Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos das obras públicas;
Hídricos, no prazo de sessenta (60) dias contados a partir da data
f) Regulamentação do uso e controle da qualidade
da publicação da presente Resolução.
Art. 3. Compete ao Ministro que superintende a área das Obras de materiais e elementos de construção;
Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, submeter a proposta g) Fomento da Indústria de Construção;
do quadro de pessoal, à aprovação pelo órgão competente, no h) Gestão da rede pública de estradas e pontes;
prazo de noventa (90) dias contados a partir da data da publicação i) Garantia do desenvolvimento equilibrado, unidade
da presente Resolução. e complementaridade da rede rodoviária nacional;
2156 I SÉRIE — NÚMERO 234

j) Desenvolvimento de estratégias e condições normativas v. Homologar os sistemas construtivos e novos materiais


para o acesso à habitação; de construção;
k) Assistência técnica na concepção, construção, reabilitação vi. Estabelecer padrões dos materiais e elementos
e manutenção de edifícios públicos; de construção; e
l) Implementação de políticas e estratégias para o vii. Prestar apoio técnico aos órgãos de governação
aproveitamento e uso racional e sustentável de recursos descentralizada e as autarquias, no âmbito
hídricos; da investigação e utilização dos materiais
m) Avaliação dos recursos hídricos, determinando as de construção e processos construtivos.
necessidades ao nível da bacia hidrográfica; c) Na área de Estradas e Pontes:
n) Disponibilização de água em quantidade e qualidade
i. Propor e implementar a política de estradas e pontes;
para responder aos desafios do desenvolvimento
ii. Gerir a rede pública de estradas e pontes;
sócio-económico;
iii. Garantir o desenvolvimento equilibrado, unidade
o) Gestão dos recursos hídricos, garantindo o seu melhor
e complementaridade da rede rodoviária nacional;
uso e aproveitamento racional e sustentável, bem
iv. Promover a integração, participação e capacitação
como para a prevenção e mitigação dos impactos das
dos agentes públicos e privados no planeamento,
cheias e secas;
desenvolvimento, financiamento e gestão
p) Gestão e operação das infraestruturas hidráulicas
de estradas e pontes;
públicas;
v. Promover parcerias público-privadas na construção,
q) Implementação de políticas e estratégias para a expansão
manutenção e conservação de estradas e pontes;
e melhoramento dos serviços de abastecimento de água
vi. Garantir a utilização racional e sustentável da rede
e saneamento;
nacional de estradas e pontes;
r) Garantia do acesso universal e equitativo do abastecimento
vii. Regulamentar a utilização das zonas de protecção
de água e saneamento;
parcial de estradas;
s) Garantia da supervisão dos serviços públicos de
viii. Estabelecer normas nos domínios da operação
abastecimento de água e de saneamento
e manutenção de estradas e pontes; e
ARTIGO 3 ix. Prestar apoio técnico aos órgãos de governação
descentralizada e as autarquias, no âmbito dos
(Competências) programas de desenvolvimento de estradas
Para a materialização das suas atribuições, compete ao e pontes.
Ministério das Obras Publicas, Habitação e Recursos Hídricos, d) Na área de Habitação:
nomeadamente: i. Promover e implementar programas de construção
de habitação;
a) Na área de Obras Públicas: ii. Propor e implementar políticas e estratégias
i. Dirigir a planificação da construção das obras públicas, de habitação;
garantindo a eficácia dos investimentos; iii. Regulamentar o exercício da actividade imobiliária;
ii. Promover a construção, reabilitação e manutenção de iv. Promover parcerias público-privadas na construção
infra-estruturas públicas, nomeadamente, estradas de habitação;
e pontes, sistemas de abastecimento de água, de v. Administrar o Parque Imobiliário do Estado;
retenção, de protecção e de armazenamento de vi. Pronunciar-se sobre projectos habitacionais
água; de iniciativa do Estado;
iii. Definir o regime de concepção, execução e vii. Promover mecanismos de financiamento para
supervisão das obras públicas; a habitação social;
iv. Assistir tecnicamente na concepção, construção, viii. Assegurar a gestão do Sistema Nacional
reabilitação e manutenção de obras públicas; de Informação de Habitação; e
v. Definir as normas técnicas e regulamentares sobre a ix. Prestar apoio técnico aos órgãos de governação
manutenção de edifícios públicos; descentralizada e as autarquias nos programas
vi. Promover parcerias público-privadas em obras de habitação.
públicas;
e) Na área de Recursos Hídricos:
vii. Definir as tipologias das edificações do Estado
e promover a execução de projectos-tipo; i. Propor e implementar política e estratégias para
viii. Regulamentar a actividade dos empreiteiros e o aproveitamento e uso racional e sustentável
consultores de construção civil e de obras públicas; de recursos hídricos;
ix. Regulamentar o regime de empreitadas de obras ii. Avaliar os recursos hídricos, determinando as
públicas; e necessidades ao nível das bacias hidrográficas;
x. Estabelecer regulamentos e normas a serem iii. Disponibilizar água em quantidade e qualidade para
observadas nos domínios da construção e de obras responder os desafios do desenvolvimento sócio-
hidráulicas. económico e sustentável do país;
b) Na área de Materiais de Construção: iv. Promover o estabelecimento de acordos para a gestão
i. Promover a investigação e utilização de materiais de conjunta e partilha da água das bacias hidrográficas
construção e sistemas construtivos; compartilhadas;
ii. Regulamentar o uso de materiais de construção; v. Gerir os recursos hídricos, garantir o seu melhor uso
iii. Fomentar a indústria de construção; e aproveitamento racional e sustentável;
iv. Controlar a qualidade dos materiais e dos elementos vi. Gerir os recursos hídricos para a prevenção
de construção; e mitigação dos impactos das cheias e secas;
7 DE DEZEMBRO DE 2020 2157

vii. Promover parcerias público-privadas na construção xiv. Prestar apoio técnico aos órgãos de governação
e gestão de sistemas de retenção, de protecção e de descentralizada e as autarquias no âmbito do
armazenamento de água; desenvolvimento de projectos e implementação
viii. Elaborar planos de bacia hidrográficas; de programas na área do Saneamento.
ix. Regulamentar o uso e aproveitamento dos recursos
hídricos; h) Na área de Inspecção e Controlo de Qualidade:
x. Propor e implementar políticas para zonas i. Controlar a qualidade das obras públicas e particulares,
de protecção do domínio hídrico; para garantir a segurança, funcionalidade
xi. Garantir a manutenção de infraestruturas hidráulicas; e durabilidade das mesmas;
e ii. Controlar a qualidade dos materiais aplicados em
xii. Assegurar o sistema nacional de informação obras públicas e privadas;
uniformizada sobre recursos hídricos. iii. Inspeccionar e fiscalizar a concepção, construção
f) Na área de Abastecimento de Água: e reabilitação de obras públicas e privadas para
i. Propor e implementar política e estratégias, para verificar a sua conformidade com os regulamentos
a expansão e melhoramento dos serviços de e normas em vigor;
abastecimento de água; iv. Controlar a aplicação das disposições legais,
ii. Efectuar o registo e actualizar o cadastro de infra- regulamentares e normas técnicas na produção,
estruturas de abastecimento de água; importação e comercialização dos materiais e
iii. Assegurar a gestão do sistema nacional de informação
equipamentos de construção civil;
de abastecimento de água;
v. Inspeccionar os processos de licenciamento de
iv. Regulamentar a concepção e construção dos sistemas
de abastecimento de água; empreiteiros e consultores de construção civil no
v. Promover a participação equitativa e inclusiva, das exercício da sua actividade; e
comunidades na operação e gestão dos sistemas de vi. Aferir as condições técnicas, financeiras e legais dos
abastecimento de água e fontes dispersas; intervenientes na indústria de construção.
vi. Promover a participação do sector privado na
gestão dos sistemas públicos e na provisão do ARTIGO 4
abastecimento de água; (Áreas de Actividade)
vii. Regulamentar os serviços de abastecimento de água;
viii. Promover parcerias público privadas na construção O Ministério das Obra Públicas Habitação e Recursos
de infra-estruturas de abastecimento de água; Hídricos organiza-se em conformidade com as seguintes áreas
ix. Assegurar a manutenção de infra-estruturas de de actividade:
abastecimento de água; e a) Obras Públicas;
x. Prestar apoio técnico aos órgãos de governação
b) Materiais de Construção;
descentralizada e as autarquias, no âmbito do
c) Estradas e Pontes;
abastecimento de água.
d) Habitação;
g) Na área do Saneamento: e) Recursos Hídricos;
i. Propor e implementar políticas e estratégias f) Abastecimento de Água;
para a expansão e melhoramento dos serviços g) Saneamento; e
de saneamento; h) Inspecção e Controlo de Qualidade.
ii. Garantir o acesso universal do saneamento de forma
equitativa e inclusiva; CAPÍTULO II
iii. Efectuar o registo e actualizar o cadastro de infra- Sistema Orgânico
estruturas de saneamento;
iv. Regulamentar a concepção e construção dos sistemas ARTIGO 5
de saneamento e de drenagem; (Estrutura)
v. Promover a participação equitativa e inclusiva, das
comunidades na operação e gestão dos sistemas de O Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos
saneamento e drenagem de águas pluviais; Hídricos tem a seguinte estrutura:
vi. Promover a participação do sector privado na gestão a) Direcção Nacional de Gestão de Recursos Hídricos;
dos sistemas de saneamento; b) Direcção Nacional de Abastecimento de Água
vii. Regulamentar os serviços de saneamento; e Saneamento;
viii. Promover parcerias público privadas na construção c) Direcção Nacional de Edifícios;
de infra-estruturas de saneamento e drenagem; d) Direcção Nacional de Habitação;
ix. Assegurar a gestão do sistema nacional de informação e) Direcção de Planificação e Cooperação;
de saneamento; f) Gabinete Jurídico;
x. Promover a implementação dos programas g) Gabinete de Controlo Interno;
de saneamento;
h) Gabinete de Estudos e Projectos;
xi. Promover condições de saneamento básico;
xii. Assegurar a manutenção de infra-estruturas i) Gabinete do Ministro;
de saneamento; j) Departamento de Recursos Humanos;
xiii. Desenvolver e disseminar opções tecnológicas k) Departamento de Administração e Finanças;
de saneamento, promovendo o saneamento total l) Departamento de Comunicação e Imagem; e
liderado pelas comunidades; e m) Departamento de Aquisições.
2158 I SÉRIE — NÚMERO 234

ARTIGO 6 h) Promover investimentos para construção, manutenção


(Instituições Tuteladas)
e expansão de infraestruturas para gestão,
armazenamento, protecção, derivação e transporte de
São instituições tuteladas pelo Ministro das Obras Públicas, água, bem como a regularização dos leitos dos rios,
Habitação e Recursos Hídricos: assegurando a sua exploração sustentável;
a) Autoridade Reguladora de Águas, IP; i) Realizar estudos estratégicos visando a conservação,
b) Inspecção-Geral de Obras Públicas, IP; protecção e desenvolvimento dos recursos hídricos;
c) Administração Nacional de Estradas, IP; j) Elaborar propostas de legislação e do quadro regulamentar
d) Fundo de Estradas, FP; sobre recursos hídricos e assegurar a fiscalização
e) Fundo para o Fomento de Habitação, FP; e o seu cumprimento;
f) Administrações Regionais de Água, IP; k) Manter actualizado o cadastro com vista a garantir
g) Fundo de Investimento e Património do Abastecimento a conservação do património do domínio público
de Água, FP; hídrico;
h) Administração de Infra-estruturas de Água e Saneamento; l) Garantir a gestão integrada e racional dos recursos
i) Laboratório de Engenharia de Moçambique, IP; e hídricos e o sistema de administração de recursos
j) Outras instituições como tal definidas nos termos hídricos com base em bacias hidrográficas;
da legislação aplicável. m) Assegurar o planeamento estratégico integrado da gestão
ARTIGO 7 dos recursos hídricos;
n) Assegurar o estabelecimento de sistemas de previsão
(Instituições Subordinadas) e aviso de cheias;
São instituições subordinadas ao Ministério das Obras o) Elaborar, actualizar e monitorar a implementação do
Públicas, Habitação e Recursos Hídricos: plano nacional para a construção de infra-estruturas
a) A Administração do Parque Imobiliário do Estado; hidráulicas;
b) A Comissão de Licenciamento de Empreiteiros p) Propor a definição de zonas de protecção e zonas
e de Consultores de Construção Civil; e propensas a inundações e secas;
c) Outras instituições como tal definidas nos termos q) Estabelecer e manter actualizados os sistemas de
da legislação aplicável. informacão de recursos hídricos;
r) Garantir a manutenção de infraestruturas hidráulicas; e
ARTIGO 8 s) Realizar outras actividades que lhe sejam superiormente
(Nível Local) determinadas nos termos do presente Estatuto e demais
legislação aplicável.
Ao nível local, o Ministério das Obras Públicas, Habitação
e Recursos Hídricos organiza-se de acordo com a estrutura dos 2. A Direcção Nacional de Gestão de Recursos Hídricos
órgãos representativos do Estado na província e estrutura dos é dirigida por um Director Nacional.
governos distritais. ARTIGO 10
CAPÍTULO III (Direcção Nacional de Abastecimento de Água e Saneamento)
Funções das Unidades Orgânicas 1. São funções da Direcção Nacional de Abastecimento
ARTIGO 9 de Água e Saneamento:
(Direcção Nacional de Gestão de Recursos Hídricos) a) Propor e assegurar a implementação de políticas,
estratégias, normas, regulamentos e especificações
1. São funções da Direcção Nacional de Gestão de Recursos técnicas para o abastecimento de água e saneamento,
Hídricos: bem como os programas no domínio do abastecimento
a) Propor e implementar políticas e estratégias de de água e saneamento;
desenvolvimento, conservação, uso e aproveitamento b) Definir o quadro legal de suporte às políticas sobre
dos recursos hídricos das bacias hidrográficas; o serviço público do abastecimento de água e
b) Assegurar a disponibilidade de água em quantidade saneamento e regime normativo do Sector, no âmbito
e qualidade para os diferentes usos; do processo de descentralização;
c) Coordenar as acções de cooperação na área dos recursos c) Gerir ou delegar a gestão dos programas nacionais de
hídricos compartilhados, assegurando a participação abastecimento de água e saneamento;
no domínio das águas; d) Promover investimentos para a construção, manutenção e
d) Avaliar o cumprimento dos acordos internacionais sobre expansão de infraestruturas de abastecimento de água
a utilização conjunta dos recursos hídricos; e saneamento;
e) Avaliar periodicamente os recursos hídricos das bacias e) Harmonizar os planos e as acções com vista a assegurar
hidrográficas e as necessidades de água a nível nacional o acesso universal aos serviços de abastecimento de
e regional; água e de saneamento;
f) Estabelecer o cadastro dos usos e aproveitamento de água; f) Assegurar o equilíbrio no acesso aos serviços de
g) Elaborar e monitorar a implementação dos Planos de abastecimento de água e saneamento, através do
Bacia para apoio ao planeamento de curto, médio monitoramento das fontes de água;
e longo prazos, sobre o uso e aproveitamento, g) Promover e adoptar métodos que assegurem o acesso a
conservação e desenvolvimento dos recursos hídricos, água em quantidade e qualidade desejadas bem como
segundo o princípio da unidade e coerência da gestão aos serviços de saneamento de qualidade tendo em
das bacias hidrográficas; conta os efeitos das mudanças climáticas;
7 DE DEZEMBRO DE 2020 2159

h) Promover, desenvolver e disseminar opções tecnológicas b) Assegurar a articulação da política de habitação com as
resilientes de abastecimento de água e saneamento à demais políticas para o acesso à habitação;
luz das mudanças climáticas; c) Prestar apoio técnico e metodológico aos órgãos de
i) Actualizar e divulgar as estratégias de abastecimento de governação descentralizada e autárquicos na área de
água, saneamento e promoção de higiene; habitação e materiais de construção;
j) Monitorar, em coordenação com outras entidades, o d) Participar na regulamentação da actividade imobiliária;
cumprimento das normas para prevenção da poluição e) Incentivar o uso e produção de materiais de construção
da água destinada ao consumo doméstico e industrial; para habitação com base nos recursos localmente
k) Elaborar normas de drenagem de águas residuais disponíveis;
e pluviais nos assentamentos rurais e urbanos, e f) Incentivar a elaboração e execução de programas de
monitorar o seu cumprimento; construção e melhoramento habitacional;
l) Estabelecer, operar os sistemas nacionais de informação
g) Estabelecer e operacionalizar sistemas de informação
sobre água e saneamento e actualizar o cadastro de
de habitação;
infra-estruturas;
h) Estabelecer padrões mínimos para a construção de
m) Prestar apoio técnico e metodológico aos órgãos
de governação local e autárquicos no domínio de habitação adequada;
abastecimento de água e saneamento; e i) Emitir pareceres sobre programas e projectos de habitação
n) Realizar outras actividades que lhe sejam superiormente a executar por entidades públicas e privadas;
determinadas nos termos do presente Estatuto e demais j) Participar na elaboração de normas técnicas e regulamentos
legislação aplicável. sobre materiais de construção e habitação;
2. A Direcção Nacional de Abastecimento de Água k) Propor especificações de sistemas construtivos da área de
e Saneamento é dirigida por um Director Nacional. habitação para homologação da entidade competente;
l) Participar na elaboração, implementação e monitoria de
ARTIGO 11 projectos multisectoriais públicos e privados na área
de habitação;
(Direcção Nacional de Edifícios)
m) Coordenar com as instituições afins, o controlo de
1. São funções da Direcção Nacional de Edifícios: qualidade dos materiais de construção para habitação; e
a) Propor normas gerais de edificações; n) Realizar outras actividades que lhe sejam superiormente
b) Promover a construção, supervisão, manutenção dos determinadas nos termos do presente Estatuto e demais
edifícios do Estado e outros de interesse público; legislação aplicável.
c) Prestar assistência técnica e supervisionar na construção, 2. A Direcção Nacional de Habitação é dirigida por um Director
reabilitação e manutenção de edifícios do Estado Nacional.
e outras infra-estruturas públicas;
d) Elaborar, rever, aprovar projectos-tipo de edifícios do ARTIGO 13
Estado e emitir pareceres sobre quaisquer projectos de (Direcção de Planificação e Cooperação)
construção dentro da sua competência técnica;
e) Aprovar normas técnicas de edificações a observar na 1. São funções da Direcção de Planificação e Cooperação:
execução de obras públicas e particulares; a) No domínio da planificação:
f) Assistir as entidades públicas promotoras de obras nos
processos de licitação de empreitadas de edifícios i. Elaborar a proposta do Plano Económico e Social e
do Estado; Programas anuais do Ministério e monitorar a sua
g) Elaborar cadernos de encargo-tipo a observar na implementação;
construção de edifícios do Estado; ii. Coordenar a elaboração de políticas e estratégias
h) Promover o cadastro e registo dos edifícios do Estado; de desenvolvimento do ministério a curto, médio
i) Promover o cadastro de técnicos de construção civil; e longo prazos;
j) Fomentar a indústria de construção; iii. Coordenar a elaboração dos planos de actividades
k) Propor procedimentos e critérios para aquisição e/ou do sector das obras públicas, habitação e recursos
alienação de imóveis pelas instituições do Estado; hídricos e monitorar a sua execução;
l) Emitir pareceres nos processos de avaliação para iv. Elaborar a proposta do plano e orçamento
aquisição e/ou alienação de imóveis pelas instituições do Ministério;
do Estado; e v. Efectuar balanços periódicos das actividades e dos
m) Realizar outras actividades que lhe sejam superiormente programas do sector;
determinadas nos termos do presente Estatuto e demais vi. Mobilizar investimentos para o desenvolvimento das
legislação aplicável. actividades do sector;
2. A Direcção Nacional de Edifícios é dirigida por um Director vii. Elaborar, compilar e monitorar a execução das
Nacional. deliberações do Conselho Coordenador e Conselho
ARTIGO 12 Técnico especializado;
viii. Criar e gerir a base de dados estatísticos relevante
(Direcção Nacional de Habitação)
para o apoio nos estudos para o desenvolvimento
1. São funções da Direcção Nacional de Habitação: do sector das obras públicas, habitação e recursos
a) Propor e assegurar a implementação das políticas hídricos;
e estratégias definidas para a área de habitação e ix. Actualizar e divulgar a informação estatística relativa
materiais de construção, bem como programas de ao sector das obras públicas, habitação e recursos
promoção da aplicação de materiais de construção de hídricos em articulação com o sistema estatístico
produção local; nacional;
2160 I SÉRIE — NÚMERO 234

x. Recolher, produzir e disseminar informação técnico- ARTIGO 14


científica sobre matérias com interesse para (Gabinete Jurídico)
o sector;
b) No domínio da cooperação: 1. São funções do Gabinete Jurídico:
i. Promover parcerias com instituições de ensino a) Emitir pareceres e prestar demais assessoria jurídica
e investigação; ao Ministério;
ii. Coordenar, avaliar e monitorar as acções de b) Coordenar a elaboração de diplomas legais e outros actos
cooperação internacional no domínio das obras normativos do sector;
públicas, habitação e recursos hídricos; c) Prestar assistência jurídica na preparação e elaboração
iii. Promover a adesão, celebração e implementação de de contratos, acordos, convénios, outros instrumentos
convenções e acordos internacionais; de natureza legal;
iv. Participar na preparação de convenções e acordos d) Apoiar a Procuradoria-Geral da República no exercício
com parceiros de cooperação nas matérias de da defesa dos interesses do Estado, em matérias ligadas
interesse do ministério; às actividades do Ministério;
v. Criar e gerir uma base de dados dos compromissos e) Emitir parecer sobre processos de natureza disciplinar,
internacionais atinentes às atribuições e compe- regularidade formal da instrução e adequação legal
tências do ministério; da pena proposta;
vi. Promover o intercâmbio entre o ministério e as f) Emitir parecer sobre processos de inquérito e sindicância
associações com interesses no sector; e sobre a adequação do relatório final à matéria
vii. Propor estratégias de cooperação para o sector de investigada;
obras públicas, habitação e recursos hídricos; g) Assessorar o dirigente quando em processo contencioso
administrativo;
c) No domínio das tecnologias de informação e comunicação:
h) Zelar pelo cumprimento e observância da legislação
i. Coordenar a manutenção e instalação da rede que aplicável ao sector;
suporta os sistemas de informação e comunicação i) Propor providências legislativas que julgue necessárias; e
ao nível central e local e estabelecer os padrões j) Realizar outras actividades que lhe sejam superiormente
de ligação e uso dos respectivos equipamentos determinadas nos termos do presente Estatuto e demais
terminais; legislação aplicável.
ii. Propor a política concernente ao acesso, utilização 2. O Gabinete Jurídico é dirigido por um Director Nacional.
e segurança dos sistemas e tecnologias de
comunicação no sector; ARTIGO 15
iii. Elaborar propostas de planos de introdução das
(Gabinete de Controlo Interno)
novas tecnologias de informação e comunicação
do sector; 1. São funções do Gabinete de Controlo Interno:
iv. Conceber e propor os mecanismos de uma rede a) Fazer o controlo interno da aplicação das normas,
informática no sector para apoiar a actividade regulamentos, da legalidade na gestão dos recursos
administrativa; públicos e da legalidade dos actos administrativos
v. Propor a definição de padrões de equipamento praticados pelos órgãos do Ministério das Obras
informático hardware e software a adquirir para o Publicas, Habitação e Recursos Hídricos;
ministério e instituições subordinadas e tuteladas; b) Assegurar a observância de diplomas e regulamentos,
vi. Administrar, manter e desenvolver a rede de referentes às atribuições específicas do sector;
computadores do ministério; c) Fiscalizar a observância das normas de organização e
vii. Gerir e coordenar a informatização de todos os funcionamento dos serviços das unidades orgânicas
sistemas de informação do ministério e instituições centrais e locais do sector;
subordinadas e tuteladas; d) Avaliar e fiscalizar o grau de aplicação das políticas
viii. Orientar e propor a aquisição, expansão definidas pelo Governo para o sector;
e) Zelar pela observância das disposições e demais normas
e substituição de equipamentos de tratamento
vigentes no quadro do funcionalismo público em geral
de informação;
e, em especial da inspeção administrativa do Estado
ix. Participar na criação, manutenção e desenvolvimento
e do Ministério que superintende a área de Finanças;
de um banco de dados para o processamento de f) Assegurar a recolha de informação, petições ou denúncias
informação estatística; de presumíveis violações da legalidade, irregularidades
x. Propor a formação do pessoal do ministério na e desvio no processo de direção e realização das
área de informática e tecnologias de informação actividades e propor as necessárias medidas corretivas;
e comunicação; g) Articular, coordenar e colaborar com a Inspeção-Geral
xi. Promover trocas de experiências sobre o acesso do Sector das Obras Públicas e Outras Inspecções
e utilização das novas tecnologias de comunicação e demais entidades Administrativas do Estado e com
e informação; e a Inspeção-Geral de Finanças; e
d) Realizar outras actividades que lhe sejam superiormente h) Realizar outras actividades que lhe sejam superiormente
determinadas nos termos do presente Estatuto e demais determinadas nos termos do presente Estatuto e demais
legislação aplicável. legislação aplicável.
2. A Direcção de Planificação e Cooperação é dirigida por um 2. O Gabinete de Controlo Interno é dirigido por um Director
Director Nacional. Nacional.
7 DE DEZEMBRO DE 2020 2161

ARTIGO 16 2. O Gabinete de Estudos e Projectos é dirigido por um Director


(Gabinete de Estudos e Projectos)
Nacional.
ARTIGO 17
1. São funções do Gabinete de Estudos e Projectos:
a) Coordenar e analisar estudos para o desenvolvimento (Gabinete do Ministro)
institucional e projectos de investimentos nos domínios 1. São funções do Gabinete do Ministro:
das obras públicas, habitação e recursos hídricos, e
avaliar a sua viabilidade; a) Organizar e programar actividades do Ministro, Vice-
b) Assegurar a qualidade técnica dos projectos a serem Ministro e Secretário Permanente;
promovidos pelo Sector; b) Prestar assessoria ao Ministro e Vice-Ministro nas
c) Assessorar o Ministro em áreas específicas que facilitem o diversas áreas;
processo de tomada de decisão, promovam a qualidade c) Assegurar a triagem e dar celeridade ao expediente
e o desenvolvimento estratégico do país; dirigido ao Gabinete do Ministro;
d) Identificar programas de financiamento, elaborar as d) Organizar o despacho, a correspondência e o arquivo de
respectivas candidaturas em colaboração com as expediente do Ministro, Vice-Ministro e Secretário
instituições em que os mesmos se vão desenvolver, Permanente;
apoiar a sua submissão às entidades financiadoras, e) Proceder a transmissão e controlo da execução das
acompanhar e monitorar o cumprimento das etapas decisões e instruções do Ministro e Vice-Ministro;
da sua execução física e financeira; f) Proceder ao registo de entrada e saída de correspondência,
e) Promover a abordagem integrada na concepção,
organizar a comunicação dos despachos aos
preparação e implementação de projectos das diversas
interessados e o arquivamento dos documentos de
áreas de actividade do Ministério;
f) Assegurar a coordenação inter-sectorial na concepção, expediente do Ministro, Vice-Ministro e Secretário
preparação e implementação de projectos transversais; Permanente;
g) Promover a realização de estudos sobre o impacto g) Assistir e apoiar logística, técnica, administrativa
económico, social e ambiental dos projectos e protocolarmente ao Ministro, Vice-Ministro
de infraestruturas; e Secretário Permanente;
h) Prestar apoio técnico e metodológico às unidades h) Elaborar, compilar e monitorar as deliberações
orgânicas do Ministério na preparação de Estudos do Conselho Consultivo e demais reuniões dirigidas
de Viabilidade e projectos de investimento a submeter pelo Ministro e Vice-Ministro;
ao Ministério que superintende a área de economia i) Garantir a relação entre os demais órgãos e o Ministro
e finanças e aos parceiros de desenvolvimento; e Vice-Ministro; e
i) Desenvolver e gerir um sistema de informação sobre j) Realizar outras actividades que lhe sejam superiormente
projectos de investimentos do Sector; determinadas nos termos do presente Estatuto e demais
j) Emitir pareceres técnicos sobre propostas, projectos
legislação aplicável.
e relatórios técnicos;
k) Promover a capacitação institucional no domínio 2. O Gabinete do Ministro é dirigido por um Chefe de Gabinete
de gestão de projectos de infraestruturas públicas; de Ministro.
l) Coordenar a monitoria e avaliação do desempenho
dos contratos de concessão de grande dimensão; ARTIGO 18
m) Promover a aprovação, implementação e avaliação das (Departamento de Recursos Humanos)
políticas e estratégias de desenvolvimento dos diversos
domínios de actividade do Ministério; 1. São funções do Departamento de Recursos Humanos:
n) Propor estratégicas e práticas que promovam a a) Assegurar o cumprimento do Estatuto Geral
sustentabilidade dos investimentos do Sector; dos Funcionários e Agentes do Estado e demais
o) Promover estudos sobre taxas e tarifas dos serviços legislação aplicável aos funcionários e agentes
prestados pelo Sector; do Estado;
p) Prestar apoio técnico e metodológico aos órgãos de b) Propor e implementar políticas de gestão de recursos
governação local e autárquicos no domínio de gestão humanos do ministério, de acordo com as directrizes,
de projectos de infraestruturas públicas; normas e planos do Governo;
q) Identificar, analisar e emitir pareceres sobre c) Propor, implementar e monitorar a política de formação e
a sustentabilidade das propostas de acordos de a estratégia de desenvolvimento dos recursos humanos
financiamentos internos e externos nas diversas áreas do ministério;
de actuação do Ministério; d) Produzir estatísticas internas sobre os recursos humanos
r) Assessorar o Ministro nas reuniões de consulta e de do ministério;
avaliação dos programas de desenvolvimento de e) Assegurar a participação do ministério na concepção
projectos de grande dimensão do Sector; de políticas de recursos humanos da administração
s) Coordenar estudos e pronunciar-se sobre políticas de pública;
preços de materiais de construção; f) Elaborar e gerir o quadro do pessoal do ministério;
t) Efectuar a monitoria e acompanhamento das parcerias g) Garantir a realização da avaliação de desempenho dos
Público-Privadas e outras concessões no sector para funcionários e agentes do Estado;
avaliar o seu impacto e propor melhores estratégias h) Coordenar a implementação das actividades no âmbito
de adopção futura; e das Estratégias do HIV e SIDA, do Género e da Pessoa
u) Realizar outras actividades que lhe sejam superiormente Portadora de Deficiência na função pública;
determinadas nos termos do presente Estatuto e demais i) Assistir o Ministro nas acções de diálogo social e consulta
legislação aplicável. no domínio das relações laborais e da sindicalização;
2162 I SÉRIE — NÚMERO 234

j) Organizar, controlar e manter actualizado o e-SNGRHE v. Avaliar regularmente os documentos de arquivos


do sector de acordo com as orientações e normas e dar o devido destino;
definidas pelos órgãos competentes; vi. Monitorar e avaliar regularmente o processo
k) Monitorar a aplicação correcta e uniforme da legislação de gestão de documentos e arquivos do Estado
de pessoal nas instituições tuteladas e subordinadas; na instituição, incluindo o funcionamento
l) Planificar, coordenar e assegurar as acções de formação das comissões de avaliação de documentos; e
e capacitação profissional dos funcionários e agentes d) Realizar outras actividades que lhe sejam
do Estado dentro e fora do país; superiormente determinadas nos termos do
m) Implementar as normas sobre higiene, saúde e segurança presente Estatuto e demais legislação aplicável;
no trabalho; 2. O Departamento de Administração e Finanças é dirigido
n) Implementar as normas de previdência social por um Chefe de Departamento Central Autónomo.
dos funcionários e agentes do Estado;
o) Gerir o sistema de carreiras e remunerações, benefícios ARTIGO 20
sociais dos funcionários e agentes do Estado;
(Departamento de Comunicação e Imagem)
p) Planificar, implementar e controlar os estudos colectivos
de legislação; e 1. São funções do Departamento de Comunicação e Imagem:
q) Realizar outras actividades que lhe sejam superiormente a) Assegurar a gestão da Comunicação e Imagem
determinadas nos termos do presente Estatuto e demais do Ministério;
legislação aplicável. b) Assessorar o Ministro e Vice-Ministro relativamente
2. O Departamento de Recursos Humanos é dirigido por um à sua imagem pública;
Chefe de Departamento Central Autónomo. c) Coordenar editorialmente os conteúdos do site
institucional e outras publicações do Ministério;
ARTIGO 19 d) Promover estudos técnicos especializados com vista
(Departamento de Administração e Finanças) a desenvolver e implementar a estratégia integrada
de comunicação e imagem do ministério;
1. São funções do Departamento de Administração e Finanças: e) Conceber e implementar uma política de comunicação
a) No domínio financeiro: e imagem do Ministério;
i. Elaborar a proposta de Orçamento do Ministério f) Criar a imagem institucional e corporativa do Ministério;
de acordo com as normas estabelecidas; g) Contribuir para o esclarecimento da opinião pública sobre
ii. Executar e controlar o Orçamento do Ministério, o Ministério, assegurando a execução das actividades
de acordo com as normas de despesa e disposições da Comunicação Social na área da informação oficial;
legais estabelecidas; h) Promover, no seu âmbito ou em colaboração com
iii. Gerir os recursos financeiros e patrimoniais os demais sectores, a divulgação dos factos mais
do Ministério; relevantes da vida do Ministério e de tudo quanto possa
iv. Elaborar o balanço anual sobre a execução do contribuir para o melhor conhecimento da instituição
orçamento e sua submissão ao Ministério que pela sociedade moçambicana;
superintende a área das finanças e ao Tribunal i) Apoiar tecnicamente o Ministro na sua relação com os
Administrativo. órgãos e agentes da Comunicação Social;
j) Prestar apoio técnico ao Porta-Voz do Ministério na
b) No domínio patrimonial:
promoção de contactos periódicos com os órgãos de
i. Administrar os bens patrimoniais do Ministério de comunicação social;
acordo com as normas e regulamentos estabelecidos k) Produzir informação e gerir o portal do ministério
pelo Estado e garantir a sua correcta utilização, e garantir a sua actualização;
manutenção, protecção, segurança e higiene; l) Gerir actividades de divulgação, publicidade e marketing
ii. Determinar as necessidades em materiais de consumo do ministério;
corrente e outro, e proceder a sua aquisição, m) Assegurar os contactos do Ministério com os órgãos
armazenamento, distribuição, e ao controlo da de comunicação social;
sua utilização; n) Planear, desenvolver e implementar a comunicação
iii. Assegurar a conservação e manutenção do património interna e externa do ministério;
do Ministério de acordo com a legislação vigente; o) Promover contactos entre os titulares e demais
c) No domínio de gestão documental: representantes do sector com a imprensa;
i. Implementar o Sistema Nacional de Arquivo p) Participar na criação de símbolos e materiais
do Estado; de identidade visual do ministério; e
ii. Assegurar a recepção e correcta tramitação da q) Realizar outras actividades que lhe sejam superiormente
correspondência do Ministério, registo e a determinadas nos termos do presente Estatuto e demais
organização do arquivo da mesma de acordo com legislação aplicável.
as normas vigentes; 2. O Departamento de Comunicação e Imagem é dirigido por
iii. Criar as comissões de avaliação de documentos, nos um Chefe de Departamento Central Autónomo.
termos previstos na lei e garantir a capacitação
técnica dos seus membros e dos demais funcionários ARTIGO 21
e agentes do Estado responsáveis pela gestão de (Departamento de Aquisições)
documentos e arquivos;
iv. Organizar e gerir os aquivos correntes e intermediário 1. São funções do Departamento de Aquisições:
de acordo com as normas e procedimentos a) Efectuar o levantamento das necessidades de contratação,
em vigor; em coordenação com as outras áreas do ministério;
7 DE DEZEMBRO DE 2020 2163

b) Elaborar, realizar e manter actualizado o plano de b) Conselho Consultivo;


contratações de cada exercício económico; c) Conselho das Obras Públicas, Habitação e Recursos
c) Elaborar os Documentos de Concurso; Hídricos;
d) Elaborar Anúncios e convites para a manifestação de d) Conselho Técnico.
interesse de Concursos;
e) Coordenar com as outras áreas do Ministério o processo ARTIGO 23
de elaboração de Especificações Técnicas e/ou Termos
(Conselho Coordenador)
de Referência;
f) Prover a planificação, gestão e execução dos processos 1. O Conselho Coordenador é um órgão consultivo convocado
de contratação e comunicar a Unidade Funcional e dirigido pelo Ministro, através do qual coordena, planifica e
de Supervisão das Aquisições; controla a acção governativa do Ministério, com os demais órgãos
g) Receber e processar as reclamações e os recursos centrais e locais do Estado, competindo lhe, nomeadamente:
interpostos e zelar pelo cumprimento dos procedimentos
de contratação; a) Coordenar e avaliar as actividades das unidades
h) Informar a Unidade Funcional de Supervisão das orgânicas centrais e locais e das instituições tuteladas
Aquisições as reclamações e recursos interpostos; e subordinadas tendentes a realização das atribuições
i) Assegurar a preparação, gestão e execução dos contratos e competências do Ministério;
até à recepção de obras, bens ou serviços; b) Pronunciar-se sobre planos, políticas e estratégias
j) Apoiar e orientar as demais áreas do ministério na relativas às atribuições e competências do Ministério
elaboração e utilização do Catálogo contendo e fazer as necessárias recomendações;
as especificações técnicas e outros documentos c) Fazer o balanço das actividades, dos programas,
pertinentes a contratação;
planos, políticas e orçamento anual das actividades
k) Prestar assistência ao Júri e zelar pelo cumprimento
de todos os procedimentos pertinentes; do Ministério;
l) Submeter a documentação de contratação ao Tribunal d) Promover a aplicação uniforme de estratégias, métodos e
Administrativo; técnicas com vista a realização das políticas do sector;
m) Prestar a necessária colaboração aos órgãos de controlo e) Emitir recomendações sobre políticas e estratégias no
interno e externo, na realização de inspecções âmbito do sector;
e auditorias; f) Apreciar a proposta do Plano e Orçamento anual do sector;
n) Administrar os contratos e zelar pelo cumprimento g) Estudar e planificar a execução das decisões dos órgãos
de todos os procedimentos, incluindo os inerentes centrais do Estado em relação aos objectivos principais
à recepção do objecto do Contrato;
do desenvolvimento do Ministério das Obras Públicas,
o) Zelar pela adequada guarda dos documentos de cada
contratação; Habitação e Recursos Hídricos; e
p) Informar à Unidade Funcional de Supervisão das h) Propor e planificar, a execução das decisões dos órgãos
Aquisições sobre situações ocorridas de práticas anti- centrais do Estado em relação aos objetivos principais
éticas e actos ilícitos ocorridos; de desenvolvimento do Ministério.
q) Encaminhar à Unidade Funcional de Supervisão das
2. O Conselho Coordenador tem a seguinte composição:
Aquisições os dados e informações necessários à
constituição, manutenção e actualização de estudos a) Ministro;
estatísticos sobre contratação pública; b) Vice-Ministro;
r) Manter adequada informação sobre o cumprimento de c) Secretário Permanente;
contratos bem como actuação da Contratada e informar d) Inspector-Geral de Obras Públicas;
a Unidade Funcional de Supervisão das Aquisições e) Inspector-Geral Adjunto de Obras Públicas;
o que for pertinente; f) Directores Nacionais;
s) Propor à Unidade Funcional de Supervisão das g) Assessores do Ministro;
Aquisições a inclusão no Cadastro de impedidos h) Chefe de Gabinete do Ministro;
de contratar com o Estado;
i) Chefes de Departamentos Centrais Autónomos;
t) Observar os procedimentos de contratação previstos
no Regulamento. j) Dirigentes provinciais que superintendem as áreas
u) Promover acções de formação em matérias de do Ministério;
contratação e gestão de contratos para as outras áreas k) Presidentes dos Conselhos de Administração e equi-
do ministério; e valentes;
v) Prestar assistência técnica à outras áreas do ministério. l) Presidentes dos Conselhos de Gestão;
4. O Departamento de Aquisições é dirigido por um Chefe m) Directores-Gerais;
de Departamento Central Autónomo. n) Directores Executivos;
o) Directores-Gerais Adjuntos; e
CAPÍTULO IV p) Representantes de Delegações de instituições tuteladas
Colectivos pelo Ministro.
ARTIGO 22 3. Podem ser convidados a participar no Conselho Coordenador,
(Colectivos)
em função da matéria, técnicos e especialistas com tarefas a nível
Central e Local do Estado, bem como parceiros do sector.
No Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos 4. O Conselho Coordenador reúne ordinariamente uma vez
Hídricos funcionam os seguintes colectivos: por ano e extraordinariamente quando autorizado pelo Presidente
a) Conselho Coordenador; da República.
2164 I SÉRIE — NÚMERO 234

ARTIGO 24 2. Compete ao Conselho das Obras Públicas, Habitação


(Conselho Consultivo)
e Recursos Hídricos emitir parecer de caracter técnico, económico
e cientifico sobre:
1. O Conselho Consultivo é um órgão de consulta convocado
a) Adjudicação ou rescisão de contratos de execução
e dirigido pelo Ministro e tem por função:
de obras;
a) Analisar e dar parecer sobre questões fundamentais b) Preços de construção, tarifas, concessões e outros;
da actividade do Ministério, das instituições tuteladas
c) Projectos de normas ou regulamentos de ordem técnica
e subordinadas;
relativos à actividade da construção;
b) Pronunciar-se sobre planos, politicas e estratégias
d) Estabelecimento de parcerias público-privadas;
relativas às atribuições e competências do ministério
e) Novos investimentos para construção de infraestruturas de
e controlar a sua execução;
c) Pronunciar-se sobre as decisões do Governo relacionadas edifícios públicos, de habitação, de gestão de recursos
com a actividade do Ministério, tendo em vista a sua hídricos, de abastecimento de água e saneamento,
implementação planificada; de estradas e indústria de materiais; e
d) Pronunciar-se sobre as propostas de política, estratégias, f) Demais matérias de interesse do ministério.
regulamentos e outros documentos estratégicos nas 3. O Conselho de Obras Públicas, Habitação e Recursos
áreas de obras públicas, materiais de construção, Hídricos tem a seguinte composição:
estradas e pontes, habitação, recursos hídricos,
a) Ministro;
abastecimento de água e de saneamento;
b) Vice Ministro;
e) Pronunciar-se sobre as actividades de preparação do
c) Secretario Permanente;
Plano e Orçamento anual do ministério e respectivo
balanço de execução periódico e a avaliação d) Directores Nacionais; e
dos resultados; e) Assessores do Ministro.
f) Controlar a implementação das recomendações 4. Podem participar na qualidade de convidados no Conselho
do Conselho Coordenador; das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, técnicos ou
g) Apreciar e emitir parecer sobre a implementação dos individualidades designadas pelo Ministro.
instrumentos de gestão e desenvolvimento sobre 5. O Conselho das Obras Públicas, Habitação e Recursos
matérias acometidas ao ministério; Hídricos reúne ordinariamente de três em três meses
h) Pronunciar-se, quando solicitado, sobre projectos de e extraordinariamente quando convocado pelo Ministro.
diplomas legais submetidos à aprovação dos órgãos
do Estado competentes; e ARTIGO 26
i) Pronunciar-se sobre aspectos de organização,
(Conselho Técnico)
funcionamento, reestruturação ou dinamização do
sector, assegurando a necessária coordenação entre as 1. O Conselho Técnico é o órgão de consulta convocado
áreas envolvidas e os restantes órgãos do Ministério. e dirigido pelo Secretário Permanente, resguardada a prerrogativa
2. O Conselho Consultivo tem a seguinte composição: do Ministro, sempre que entender dirigí-lo pessoalmente.
a) Ministro; 2. São funções do Conselho Técnico:
b) Vice-Ministro; a) Coordenar as actividades das unidades orgânicas
c) Secretário Permanente; do ministério;
d) Directores Nacionais; b) Analisar e emitir pareceres sobre a organização
e) Assessores do Ministro; e programação da realização das atribuições
f) Chefe de Gabinete do Ministro; e competências do ministério;
g) Chefes de Departamentos Centrais Autónomos; c) Analisar e emitir pareceres sobre projectos do plano
h) Presidentes dos Conselhos de Administração, quando e orçamento das actividades do ministério;
executivos; d) Apreciar e emitir pareceres sobre projectos de relatório
i) Directores-Gerais e equivalentes. e balanço de execução do plano e orçamento
3. Em função da matéria agendada, o Ministro pode convidar do ministério;
outras entidades, instituições públicas e privadas, especialistas, e) Harmonizar as propostas dos relatórios do balanço
técnicos e parceiros a serem designados pelo Ministro, em função periódico do Plano Económico e Social.
das matérias a serem tratadas. f) Garantir a implementação dos programas do ministério
4. O Conselho Consultivo reúne ordinariamente de quinze e deliberações do Conselho Consultivo;
em quinze dias e extraordinariamente quando convocado g) Analisar e harmonizar as propostas legislativas
pelo Ministro.
e regulamentares do sector a serem submetidas
ARTIGO 25 a apreciação do Conselho Consultivo;
h) Analisar e emitir pareceres sobre programas, planos
(Conselho das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos)
e projectos de desenvolvimento da administração
1. O Conselho das Obras Públicas, Habitação e Recursos específica do ministério; e
Hídricos é um órgão de consulta técnico-científico convocado i) Fazer a apreciação prévia de temas recomendados para
e dirigido pelo Ministro. o Conselho Consultivo.
7 DE DEZEMBRO DE 2020 2165

3. O Conselho Técnico tem a seguinte composição: 4. Podem participar nas sessões do Conselho Técnico, na
qualidade de convidados, os titulares das instituições tuteladas e
a) Secretário Permanente; subordinadas e respectivos adjuntos, bem como outros técnicos,
b) Directores Nacionais; especialistas e entidades a serem designadas pelo Secretário
c) Assessores do Ministro; Permanente, em função das matérias a serem tratadas.
5. O Conselho Técnico reúne uma vez por semana e
d) Chefe de Gabinete do Ministro;
extraordinariamente quando convocado pelo Secretário
e) Chefes de Departamentos Centrais Autónomos. Permanente.
Preço — 60,00 MT

IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE, E.P.

Você também pode gostar