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Aula 12 (Somente em

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ALRN (Analista Legislativo - Superior em
Qualquer Área) Direito Constitucional -
2021 (Pré-Edital)

Autor:
Equipe Direito Constitucional
Estratégia Concursos
Aula 12 (Somente em PDF)
08 de Setembro de 2021

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CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO


NORTE
PARTE I
Sumário

Preâmbulo ........................................................................................................................................................... 4

Título I - Dos Princípios Fundamentais.................................................................................................................. 5

Título II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais ............................................................................................... 6

Capítulo I - Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos ............................................................................. 6

Capítulo II - Dos Direitos Sociais ..................................................................................................................... 7

Capítulo III - Dos Direitos Políticos ................................................................................................................... 8

Título III - Da Organização do Estado .............................................................................................................. 10

Capítulo I - Da Organização Político-Administrativa .................................................................................... 10

Capítulo II - Dos Bens do Estado ................................................................................................................... 12

Capítulo III - Da Competência do Estado ...................................................................................................... 13

Capítulo IV - Dos Municípios ......................................................................................................................... 16

Capítulo V - Da Intervenção nos Municípios .................................................................................................. 20

Capítulo VI - Da Administração Pública ........................................................................................................ 24

Seção I - Das Disposições Gerais .............................................................................................................. 24

Seção II - Dos Servidores Públicos............................................................................................................. 33

Seção III - Dos Militares do Estado............................................................................................................ 44

Título IV - Da Organização dos Poderes .......................................................................................................... 48

Capítulo I - Do Poder Legislativo .................................................................................................................. 48

Seção I - Da Assembleia Legislativa ......................................................................................................... 48

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Seção II - Das Atribuições da Assembleia Legislativa ............................................................................... 50

Seção III - Dos Deputados ......................................................................................................................... 53

Seção IV - Das Reuniões............................................................................................................................ 57

Seção V - Das Comissões .......................................................................................................................... 58

Seção VI - Da Procuradoria-Geral da Assembleia Legislativa ................................................................ 60

Capítulo II - Do Processo Legislativo ............................................................................................................. 61

Seção I - Disposição Geral ....................................................................................................................... 61

Seção II - Da Emenda à Constituição ........................................................................................................ 62

Seção III - Das Leis .................................................................................................................................... 63

Capítulo III - Da Fiscalização Contábil, Financeira, Orçamentária, Operacional e Patrimonial ................... 67

Capítulo IV - Do Tribunal de Contas ............................................................................................................. 71

Capítulo V - Do Poder Executivo .................................................................................................................. 77

Seção I - Do Governador e do Vice-Governador .................................................................................... 77

Seção II - Das Atribuições do Governador do Estado .............................................................................. 80

Seção III - Da Responsabilidade do Governador do Estado .................................................................... 82

Seção IV - Dos Secretários de Estado ....................................................................................................... 83

Questões Comentadas ...................................................................................................................................... 85

Lista de Questões .............................................................................................................................................. 96

Gabarito ......................................................................................................................................................... 106

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CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO


NORTE - PARTE 1
Olá, amigos do Estratégia!

Nesta aula iremos estudar:

Constituição do Estado do Rio Grande do Norte – Parte 1

A íntegra da Constituição Potiguar, atualizada até a Emenda Constitucional nº 21, promulgada em 10 de


dezembro de 2020, estará transcrita nesta aula, que será dividida em duas partes.

Após a reprodução dos trechos da Carta Estadual, procuraremos tecer comentários objetivos e relevantes,
sempre com o objetivo de identificar os pontos sensíveis que poderão ser objeto de cobrança em prova.

Nesta primeira parte serão abordados os assuntos tratados até o art. 67 da Constituição Estadual. Os demais
dispositivos (a partir do art. 70, já que os artigos 68 e 69 foram revogados) serão estudados em nossa segunda
parte da aula.

Estaremos sempre à disposição no Fórum de Dúvidas para sanar eventuais dúvidas sobre o conteúdo desta
aula.

Vamos em frente!

Um abraço a todos e bons estudos!

Prof. Luiz Gustavo Vieira

Esta aula estará disponível apenas em PDF.

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PREÂMBULO
Nós, em nome do Povo, reunidos em Assembleia Estadual Constituinte para organizar o Estado
indissoluvelmente unido aos demais Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, na República
Federativa do Brasil, invocando a proteção de Deus, decretamos e promulgamos a seguinte
Constituição do Rio Grande do Norte:

É importante que façamos dois questionamentos ao ler o Preâmbulo da Constituição do Estado do Rio
Grande do Norte (CE/RN):

1) É obrigatória a reprodução do Preâmbulo da Constituição Federal pelas Constituições Estaduais?

Não. O STF já́ decidiu que o preâmbulo da Constituição Federal não é de observância obrigatória pelas
Constituições Estaduais. Assim, o Preâmbulo da Constituição Federal de 1988 não precisa ser reproduzido
pela Constituição Estadual.

No caso concreto apreciado pelo STF, discutia-se a constitucionalidade da Constituição do Estado do Acre,
que omitia a referência à proteção de Deus, presente no texto da Constituição Federal de 1988. Ao julgar a
Ação Direta de Inconstitucionalidade, o STF entendeu que a Constituição do Acre não precisava fazer
referência à proteção de Deus.

2) Qual a relevância jurídica do Preâmbulo da Constituição do Estado do Rio Grande do Norte?

Segundo o STF, o Preâmbulo não tem força normativa, eis que se situa no campo da política. Assim, o
Preâmbulo está fora do campo do direito, não servindo para aferição do controle de constitucionalidade
de leis. Também é necessário afirmar que o Preâmbulo não limita a atuação do Poder Constituinte Derivado,
ao promover reformas no texto constitucional via emenda constitucional.

A doutrina considera que o Preâmbulo serve como parâmetro interpretativo do texto constitucional, uma
vez que elenca os valores essenciais que nortearam a ação do legislador constituinte.

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TÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS


Art. 1º. O Estado do Rio Grande do Norte, Unidade Federada integrante e inseparável da
República Federativa do Brasil, rege-se por esta Constituição e pelas leis que adotar, respeitados
os princípios da Constituição da República Federativa do Brasil, constitui-se em Estado
Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I – a autonomia do Estado e seus Municípios;
II – a cidadania;
III – a dignidade da pessoa humana;
IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V – o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce, por meio de representantes eleitos,
ou diretamente, nos termos desta Constituição.

O Estado do Rio Grande do Norte é um ente da federação brasileira, e, por isso, tem sua autonomia
assegurada pela Constituição Federal. Essa autonomia traduz-se, dentre outras características, na
capacidade de se auto-organizar, regendo-se por sua Constituição e por suas próprias leis, observada a
Constituição Federal.

A Constituição Federal de 1988 consagra, como fundamentos da República Federativa do Brasil, a


soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o
pluralismo político.

Logo em seu art. 1º, a CE/RN dispõe que esses também são fundamentos da organização estadual; dentre
eles, o único que não se aplica ao Rio Grande do Norte é a soberania. Não poderia acontecer diferente, uma
vez que o Estado, enquanto ente federativo, não é dotado de soberania, mas tão-somente de autonomia
política.

O Estado do Rio Grande do Norte está integrado de forma indissolúvel à República Federativa do Brasil, o
que é decorrência do princípio federativo; sabe-se, afinal, que, no estado federal, é vedada a secessão.

O povo, conforme o parágrafo único do art. 1º, é o titular do poder político, o que nos permite falar na ideia
de soberania popular.

Art. 2º. São Poderes do Estado, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e
o Judiciário.

Esse artigo reproduz o art. 2o da Constituição Federal, que trata do princípio da separação dos poderes.

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O dispositivo fala em harmonia e independência entre os Poderes. A primeira significa cooperação,


colaboração entre os Poderes. Visa garantir que estes expressem uniformemente a vontade do Estado. Já a
segunda, traduz-se na ausência de subordinação de um Poder a outro.

TÍTULO II - DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

Capítulo I - Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos

Art. 3º. O Estado assegura, nos limites de sua competência, os direitos e garantias fundamentais
que a Constituição Federal reconhece a brasileiros e estrangeiros.

Com fundamento no princípio da dignidade humana, valor-fonte de todo o ordenamento jurídico brasileiro,
a Constituição do Rio Grande do Norte reconhece que os direitos e garantias previstos na Constituição
Federal são aplicados aos brasileiros e estrangeiros em seu território. Destaque-se que a Constituição
Estadual optou por apenas fazer referência aos direitos fundamentais consagrados pela CF/88, ao invés de
enumerar todos eles.

Art. 4º. A lei adota procedimento sumário de apuração de responsabilidade por desrespeito à
integridade física e moral dos presos, cominando penas disciplinares ao servidor estadual, civil ou
militar, encontrado em culpa.

Essa é uma norma de eficácia limitada, cujo objetivo é conferir especial proteção aos presos, zelando pela
integridade física e moral destes. Caberá à lei estabelecer procedimento sumário de apuração de
responsabilidade por desrespeito à integridade física e moral dos presos, cominando penas disciplinares aos
servidores estaduais, civis ou militares, que agirem com culpa.

Art. 5º. Lei complementar regula as condições de cumprimento de pena no Estado, cria Fundo
Penitenciário com a finalidade de assegurar a efetividade do tratamento legal previsto aos
reclusos e dispõe sobre a instalação de comissões técnicas de classificação.
§ 1º. O Poder Judiciário, pelo Juízo das Execuções Penais, publica, semestralmente, relação
nominal dos presos, fazendo constar a pena de cada um e o início de seu cumprimento.
§ 2º. Na elaboração dos regimentos internos e disciplinares dos estabelecimentos penais do
Estado, além do órgão específico, participam o Conselho Penitenciário do Estado, o Juízo das
Execuções Penais e o Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil, observando-se, entre
outros princípios, a resolução da Organização das Nações Unidas acerca do tratamento de
reclusos.

Segundo o art. 24, I, CF/88, é competência concorrente da União, Estados e Distrito Federal legislar sobre
direito penitenciário. Na Constituição do Rio Grande do Norte, nota-se a preocupação com essa temática.

O art. 5º estabelece que serão objeto de lei complementar estadual:

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a) Regulação das condições de cumprimento de pena no Estado;


b) Criação do Fundo Penitenciário;
c) Instalação de comissões técnicas de classificação. Obs: Essas comissões fazem a classificação dos presos,
com o objetivo de promover a individualização da pena.

Art. 6º. A lei coíbe a discriminação política e o favorecimento de partidos ou grupos políticos pelo
Estado, autoridades ou servidores estaduais, assegurando ao prejudicado, pessoa física ou
jurídica, os meios necessários e adequados à recomposição do tratamento igual para todos.

A CE/RN, com o objetivo de promover a isonomia, estabelece que a lei coíbe a discriminação política e o
favorecimento de partidos ou grupos políticos. A todos deve ser garantido igual tratamento em razão da
consciência política e filiação partidária.

Art. 7º. Quem não receber, no prazo de dez (10) dias, informações de seu interesse particular, ou
de interesse coletivo ou geral, requeridas a órgãos públicos estaduais, pode, não sendo hipótese
de “habeas-data”, exigi-las, judicialmente, devendo o Juiz competente, ouvido quem as deva
prestar, no prazo de vinte e quatro (24) horas, decidir, em cinco (5) dias, intimando o responsável
pela recusa ou omissão a fornecer as informações requeridas, sob pena de desobediência, salvo
a hipótese de sigilo imprescindível à segurança da sociedade ou do Estado.

O art. 5º, XXXIII, CF/88, estabelece que “todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado”.
É o direito à informação, excepcionado apenas diante de informações cujo sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade e do Estado.

A CE/RN, com o objetivo de dar maior celeridade à efetivação desse direito, estabelece o prazo de 10 (dez)
dias para que os órgãos públicos atendam o pedido de informação. Ultrapassado esse prazo, caso não seja
hipótese de habeas data, o solicitante poder requerer ao Judiciário, que intimará o responsável pela recusa
ou omissão a fornecer as informações, a menos que sejam imprescindíveis à segurança da sociedade ou do
Estado.

Capítulo II - Dos Direitos Sociais

Art. 8º. São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, a moradia, o trabalho, o
transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a
assistência aos desamparados, consoante definidos no art. 6º da Constituição Federal e
assegurados pelo Estado.
Art. 9º. O Estado garante, nos limites de sua competência, a inviolabilidade dos direitos
assegurados pela Constituição Federal aos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social.

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O art. 8º, da CE/RN relaciona os direitos sociais, reproduzindo o texto da CF/88. Sobre o tema, vale a pena
destacar que a EC nº 90/2015 acrescentou o transporte ao rol dos direitos sociais do art. 6º da CF/88.

Além disso, o Estado também deve assegurar a inviolabilidade dos direitos dos trabalhadores urbanos e
rurais garantidor pela CF/88.

Capítulo III - Dos Direitos Políticos

Art. 10. A soberania popular é exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com
valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I – plebiscito;
II – referendo;
==15c02a==

III – iniciativa popular.


§ 1º. São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I – a nacionalidade brasileira;
II – o pleno exercício dos direitos políticos;
III – o alistamento eleitoral;
IV – o domicílio eleitoral na circunscrição;
V – a filiação partidária;
VI – a idade mínima de:
a) trinta (30) anos para Governador e Vice-Governador do Estado;
b) vinte e um (21) anos para Deputado Estadual, Prefeito, Vice-Prefeito e Juiz de Paz;
c) dezoito (18) anos para Vereador.
§ 2º. São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
§ 3º. O Governador do Estado, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso
dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente.
§ 4º. Para concorrerem a outros cargos, o Governador do Estado e os Prefeitos devem renunciar
aos respectivos mandatos até seis (6) meses antes do pleito.
§ 5º. São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos
ou afins, até o segundo grau, ou por adoção, do Governador do Estado ou do Prefeito ou de quem
os haja substituído dentro dos seis (6) meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato
eletivo e candidato à reeleição.

O art. 10 reproduz dispositivos da CF/88, não trazendo nenhuma novidade.

O voto direto, secreto, universal e periódico é cláusula pétrea prevista na Constituição Federal de 1988; é a
forma por excelência de manifestação da soberania popular. Não é, todavia, a única, já que, no Brasil vigora
a democracia semidireta ou participativa, caracterizada pelo fato de que o povo participa das decisões
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políticas, indiretamente, por meio de seus representantes eleitos e diretamente, como através de plebiscito,
referendo e iniciativa popular.

Tanto o plebiscito quanto o referendo são formas de consulta ao povo sobre matéria de grande relevância.
A diferença entre esses institutos reside no momento da consulta. Enquanto no plebiscito a consulta se dá
previamente à edição do ato legislativo ou administrativo, que retratará a decisão popular, no referendo
ela ocorre posteriormente, cabendo ao povo ratificar (confirmar) ou rejeitar o ato.

No § 1º foram enumerados os requisitos a serem cumpridos por aqueles que querem ocupar cargos eletivos.
Ressalta-se que no âmbito Estadual, exige-se a idade mínima de 30 anos para o ocupante dos cargos de
Governador e Vice-Governador e 21 para Deputado Estadual e Juiz de Paz.

Os §§ 3º e 5º trazem, respectivamente, as inelegibilidades por motivos funcionais e reflexa.

1. (Questão Inédita) A elaboração das Constituições Estaduais é manifestação do Poder Constituinte


Derivado Decorrente.

Comentário:

É isso mesmo! O Poder Constituinte Derivado Decorrente se manifesta por meio da elaboração das
Constituições Estaduais.

2. (Questão inédita) São princípios fundamentais do Estado do Rio Grande do Norte os mesmos
fundamentos previstos na CF/88, ou seja, soberania, cidadania, dignidade da pessoa humana, valores
sociais do trabalho e da livre iniciativa, e pluralismo político.

Comentário:

O erro foi a afirmação que o fundamento da soberania se aplica ao Estado. Soberania é uma prerrogativa
apenas da República Federativa do Brasil, todos os demais entes são apenas autônomos. A questão está
errada.

3. (Questão inédita) A Constituição do Rio Grande do Norte assegura proteção especial aos presos ao
determinar que lei deve estabelecer procedimento sumário para apuração de responsabilidade do
desrespeito à integridade física e moral dos presos.

Comentário:

A questão está de acordo com o art. 4º da Constituição do Estado.


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4. (Questão inédita) Para ocupar o cargo de Governador do Estado, o eleito deve ter, dentre outras
condições, no mínimo, 30 anos e deve residir no Estado.

Comentário:

Estes são requisitos listados no § 1º do art. 10 da CE/RN.

TÍTULO III - DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

Capítulo I - Da Organização Político-Administrativa

Art. 11. A cidade do Natal é a Capital do Estado.


Art. 12. São símbolos do Estado a bandeira, o brasão de armas e o hino, existentes na data da
promulgação desta Constituição.
§ 1º. Os Municípios podem ter símbolos próprios.
§ 2º. A administração pública direta e indireta, de qualquer dos Poderes do Estado e dos
Municípios, somente poderão utilizar em peças publicitárias, como marca de Governo, o brasão
de armas ou a bandeira oficial, respectivos, e, como slogan, a frase contendo a indicação do
Poder, do Estado ou do Município.
§ 3º. Fica vedada a fixação de imagem de Chefe de Poder ou Presidente de Órgão nas repartições
públicas.

A capital do Rio Grande do Norte é a cidade de Natal, onde os Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário)
têm sua sede. Os símbolos do estado são a bandeira, o brasão de armas e o hino. Destaque-se que os
Municípios podem ter símbolos próprios.

As administrações direta e indireta dos Poderes do Estado e do Município podem criar peças publicitárias,
com marcas do governo e slogan, por exemplo, inclusive com frases indicativas do Poder do Estado ou do
Município. No entanto, não poderá haver afixação da imagem do Chefe de Poder ou Presidente de Órgão
nas repartições públicas.

Art. 13. A organização político-administrativa do Estado do Rio Grande do Norte compreende o


Estado e seus Municípios, todos autônomos, nos termos da Constituição Federal, desta
Constituição e de suas leis orgânicas.

A organização político-administrativa do Rio Grande do Norte compreende os Municípios, os quais são


regidos por leis orgânicas próprias.

Art. 14. A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, devem preservar


a continuidade e a unidade histórico-cultural do ambiente urbano, e far-se-ão por lei estadual,
dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia,

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mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de
Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

O art. 14 da Constituição do Rio Grande do Norte está alinhado com o previsto no § 4º do art. 18 da CF/88.
Da leitura do dispositivo supratranscrito, percebe-se que são necessários os seguintes requisitos para a
criação, incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios:

a) Edição de lei complementar federal pelo Congresso Nacional, fixando genericamente o período
dentro do qual poderá ocorrer a criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios.
Destaque-se que esta lei complementar até hoje não editada.
b) Aprovação de lei ordinária federal determinando os requisitos genéricos e a forma de divulgação,
apresentação e publicação dos estudos de viabilidade municipal;
c) Divulgação dos estudos de viabilidade municipal, na forma estabelecida pela lei mencionada
acima;
d) Consulta prévia, por plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos. O resultado do
plebiscito, quando desfavorável, impede a criação do novo Município. Por outro lado, caso seja
favorável, caberá à Assembleia Legislativa decidir se irá ou não criar o Município.
e) Aprovação de lei ordinária estadual pela Assembleia Legislativa determinando a criação,
incorporação, fusão e desmembramento do(s) município(s). Trata-se de ato discricionário da
Assembleia Legislativa.

A CE/RN traz como requisito adicional para a criação de Municípios no Estado, não previsto na CF/88, a
preservação da continuidade e da unidade histórico-cultural do ambiente urbano.

Art. 15. É vedado ao Estado e aos Municípios:


I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou
manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na
forma da lei, a colaboração de interesse público;
II – recusar fé aos documentos públicos;
III – criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.

O art. 15, CE/RN, reproduz algumas vedações federativas previstas no art. 19, CF/88.

O inciso I confirma a posição do Brasil como um Estado laico, que não adota nenhuma religião como oficial.
Admite-se que os entes federativos estabeleçam a colaboração com cultos religiosos ou igrejas, na forma da
lei, em casos excepcionais, como quando igrejas abrigam vítimas de desastres naturais a pedido do Estado.

O Estado, como ente federado, não pode recusar documentos públicos produzidos por outro em virtude de
sua procedência, previsão que visa a fortalecer o pacto federativo. Já o inciso III reforça que o ente não pode
criar distinções entre brasileiros, em função de sua naturalidade, ou entre unidades e entidades da
federação, é uma expressão do princípio da impessoalidade.

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Capítulo II - Dos Bens do Estado

Art. 16. São bens do Estado:


I – os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;
II – as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste
caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;
III – as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
IV – as terras devolutas não compreendidas entre as da União.

Para saber quais são os bens do Estado do Rio Grande do Norte, devemos fazer uma leitura combinada dos
textos da Constituição Federal e da Constituição Estadual. O art. 26 da CF/88 dispõe o seguinte sobre os bens
dos Estados:

Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:


I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma
da lei, as decorrentes de obras da União;
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da
União, Municípios ou terceiros;
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
[Comentário: As ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países são bens da União.]
IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.
[Comentário: As terras devolutas da União são aquelas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações
e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental.]

A lista de bens do art. 26, CF/88, não é taxativa. Os Estados podem detalhar melhor a respeito de seu domínio
patrimonial, por isso a Constituição do Rio Grande do Norte dispôs que serão bens do Estado aqueles que hoje
lhe pertencem e os que vier a adquirir.

Art. 17. A alienação, a qualquer título, de bens imóveis do Estado, depende de licitação e prévia
autorização legislativa.
§ 1º. Depende de licitação a alienação, a qualquer título, de bens móveis e semoventes do Estado.
§ 2º. Dispensa-se licitação quando o adquirente for pessoa jurídica de direito público interno ou
entidade de sua administração indireta

Em razão do princípio da indisponibilidade do interesse público, a alienação de bens imóveis do Estado do


Rio Grande do Norte depende de dois requisitos: i) autorização prévia da Assembleia Legislativa e; ii) prévia
licitação. A licitação será dispensada quando o adquirente for pessoa jurídica de direito público interno ou
entidade da administração indireta.

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Capítulo III - Da Competência do Estado

Art. 18. O Estado exerce em seu território todo o poder que lhe não seja vedado pela Constituição
Federal, competindo-lhe, especialmente:
I – explorar, diretamente ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma
da lei;
II – explorar, diretamente ou mediante concessão, permissão ou autorização, os serviços de
transporte rodoviário de passageiros, ferroviário e aquaviário de qualquer espécie, que não
ultrapassem os limites do território estadual;
III – instituir, mediante lei complementar, regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e
microrregiões, constituídas por agrupamentos de Municípios limítrofes, para integrar a
organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum;
IV – celebrar convênios com a União, outros Estados ou Municípios, para execução de leis, serviços
ou decisões, por servidores federais, estaduais ou municipais;
V – cooperar com a União, Estados e Municípios para o desenvolvimento nacional equilibrado e
o fomento de bem-estar de todo o povo brasileiro.

A Constituição Federal de 1988 não listou, de forma taxativa, todas as competências dos Estados, motivo
pelo qual a doutrina considera que os Estados possuem competência remanescente (residual). É por isso
que o art. 18, caput, da Constituição Estadual, dispõe que “o Estado exerce em seu território todo o poder
que lhe não seja vedado pela Constituição Federal”.

Neste mesmo artigo foram estabelecidas algumas competências do Estado, como:

a) Explorar, direta ou indiretamente, serviços de gás canalizado.


b) Explorar, direta ou indiretamente, os serviços de transporte rodoviário de passageiros, ferroviários e
aquaviário entre Municípios do Estado.
c) Instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões.
d) Cooperar com a União, Estados e Município para a promoção do desenvolvimento nacional
equilibrado e fomento do bem-estar.

Art. 19. É competência comum do Estado e dos Municípios:


I – zelar pela guarda da Constituição Federal, desta Constituição, das leis e das instituições
democráticas e conservar o patrimônio público;
II – cuidar da saúde e da assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de
deficiência;
III – proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os
monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV – impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de
valor histórico, artístico ou cultural;

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V – proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e


à inovação;
VI – proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII – preservar as florestas, a fauna e a flora;
VIII – fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
IX – promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e
de saneamento básico, inclusive no meio rural;
X – combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração
social dos setores desfavorecidos;
XI – registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de
recursos hídricos e minerais em seu território;
XII – estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

O art. 19, CE/RN, relaciona as matérias que são de competência comum a todos os entes federativos. São
matérias de que deverão tratar todos os entes federativos, em igualdade de condições. Tratam-se de temas
da competência administrativa (material), tipicamente interesse difusos, ou seja, interesses de toda a
coletividade. Merecem destaque:

a) É competência desses três entes cuidar da saúde e assistência pública, em especial dos direitos das
pessoas com deficiência.
b) É competência comum a preservação dos documentos, obras e bens de valor histórico, artístico e
cultural, as paisagens naturais e os sítios arqueológicos.
c) Compete ao Estado, juntamente com a União e os Municípios, promover programas de construção
de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico.
d) Apesar de o art. 22, XI, da CF/88 dispor que é competência privativa da União legislar sobre trânsito
e transporte, todos os entes têm competência para instituir programas de educação para segurança
no trânsito.

Art. 20. Compete ao Estado, concorrentemente com a União, legislar sobre:


I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II – orçamento;
III – junta comercial;
IV – custas dos serviços forenses;
V – produção e consumo;
VI – florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos
naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;
VII – proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
VIII – responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor
artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
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IX – educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e


inovação;
X – criação, funcionamento e processo dos Juizados Especiais;
XI – procedimentos em matéria processual;
XII – previdência social, proteção e defesa da saúde;
XIII – assistência judiciária e defensoria pública;
XIV – proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;
XV – proteção à infância e à juventude;
XVI – organização, garantias, direitos e deveres da polícia civil.
§ 1º. Compete ao Estado legislar, suplementarmente, sobre normas gerais acerca das matérias
elencadas neste artigo.
§ 2º. Inexistindo lei federal sobre normas gerais, o Estado exerce a competência legislativa plena,
para atender a suas peculiaridades.
§ 3º. A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no
que lhe for contrária

O art. 20, CE/RN, relaciona as matérias da competência concorrente (art. 24, CF/88).

Destaca-se, dentre as matérias de competência concorrente, as seguintes:

a) Direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;


b) Orçamento;
c) Previdência social (cuidado, apenas previdência é de competência concorrente, seguridade social é
de competência privativa da União);
d) Assistência jurídica e defensoria pública.

No âmbito da competência concorrente, a União é responsável por editar normas gerais, ao passo que os
Estados e o Distrito Federal editam normas suplementares, que devem observar as normas gerais
estabelecidas pela União.

Inexistindo lei federal sobre as normas gerais, o Estado poderá exercer competência legislativa plena para
atender às suas peculiaridades. Assim, no âmbito da competência concorrente, os Estados podem atuar,
fundamentalmente, de duas formas diferentes:

a) Exercitando a competência suplementar: caso a União edite normas gerais.


b) Exercendo a competência legislativa plena: caso a União não edite sua lei de normas gerais. Nessa
situação, o Estado poderá editar lei sobre normas gerais.

A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for
contrário. Cuidado, pessoal, pois as bancas examinadoras adoram falar em revogação, o que está errado.

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Capítulo IV - Dos Municípios

Art. 21. Os Municípios se regem por suas leis orgânicas respectivas, votadas em dois (2) turnos,
com o interstício mínimo de dez (10) dias, e aprovadas por dois terços (2/3) dos membros da
Câmara Municipal, que a promulgam, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição,
na Constituição Federal e os seguintes preceitos:
I – eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores para mandato de quatro (4) anos,
mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País;
II – eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano
anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do artigo 77, da
Constituição Federal, no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores;
III – posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro do ano subsequente ao da eleição;
IV – número de Vereadores proporcional à população do Município, observados os limites
previstos na Constituição Federal;
V – subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais fixados por lei de iniciativa
da Câmara Municipal, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, §
2º, I, da Constituição Federal;
VI – o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada
legislatura para a subsequente, observados os critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica
e os limites máximos definidos na Constituição Federal;
VII – o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante
de cinco por cento (5%) da receita do Município, e o total da despesa do Poder Legislativo
Municipal, incluídos os subsídios dos Vereadores e excluídos os gastos com inativos, obedecerá
aos critérios e percentuais estabelecidos no art. 29-A, e seus §§ 1º e 3º, da Constituição Federal;
VIII – inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos, no exercício do mandato
e na circunscrição do Município;
IX – proibições e incompatibilidades, no exercício da vereança, similares, no que couber, ao
disposto na Constituição Federal, para os membros do Congresso Nacional e, nesta Constituição,
para os membros da Assembleia Legislativa;
X – julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça;
XI – organização das funções legislativas e fiscalizadoras da Câmara Municipal;
XII – cooperação das associações representativas no planejamento municipal;
XIII – iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de
bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento (5%) do eleitorado;
XIV – perda do mandato do Prefeito, nos termos do art. 28, parágrafo único, da Constituição
Federal;
Parágrafo único. Os orçamentos municipais preveem despesa de custeio da política agropecuária
a ser executada no exercício.

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Esses dispositivos reproduzem vários incisos do art. 29 da CF/88. Daremos ênfase às informações mais
relevantes.

Segundo o art. 18, da CF/88, “a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil


compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta
Constituição”. Os Territórios não são entes federativos e, portanto, não possuem autonomia política.

Os Municípios do Rio Grande do Norte, na condição de entes federativos, são dotados de autonomia política,
que se manifesta por meio de 4 (quatro) aptidões:

a) Auto-organização: Os Municípios se auto-organizam por meio da elaboração das suas Leis


Orgânicas, que, na esfera municipal, desempenham papel equivalente ao das Constituições
Estaduais. Apesar disso, destaque-se, a doutrina entende que a elaboração das Leis Orgânicas não é
manifestação do Poder Constituinte Derivado Decorrente.
É necessário que se tenha em mente que as Leis Orgânicas devem observar todas as normas da
Constituição Federal, sob pena de serem declaradas inconstitucionais no que forem divergentes.
b) Autolegislação: É a capacidade de os Municípios editarem suas próprias leis (leis municipais).
c) Autoadministração: É o poder que os Municípios têm para exercer suas atribuições de natureza
administrativa, tributária e orçamentária. Os Municípios elaboram seus próprios orçamentos,
arrecadam seus próprios tributos e executam políticas públicas, dentro da sua esfera de atuação,
segundo a repartição constitucional de competências.
d) Autogoverno: Os Municípios têm poder para eleger seus próprios representantes. É com base
nessa capacidade que os Municípios seus Prefeitos e Vereadores.

Os Municípios editam as chamadas Leis Orgânicas, que, na esfera municipal, desempenham papel
equivalente ao das Constituições Estaduais.

A Lei Orgânica do Município será votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada
por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos
nesta Constituição e na Constituição Federal.

O Prefeito e Vice-Prefeito serão eleitos pelo sistema majoritário, para mandato de 4 (quatro) anos. A eleição
é realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devem suceder.
No caso de Municípios com mais de 200.000 eleitores, a eleição de Prefeito e Vice-Prefeito ocorrerá pelo
sistema majoritário de 2 turnos; caso o número de eleitores seja inferior a 200.000, haverá apenas 1 (um)
turno de votação.

Os Vereadores são eleitos pelo sistema proporcional e irão compor a Câmara Municipal. Compete à Lei
Orgânica fixar o número de Vereadores, observados limites máximos definidos pela Constituição,
escalonados segundo o número de habitantes do Município. Nos Municípios com até 15 mil habitantes, por
exemplo, o número máximo de Vereadores é 9 (nove); já nos Municípios com mais de 8 milhões de
habitantes, o número máximo de Vereadores é 55 (cinquenta e cinco).

O subsídio do Prefeito, Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais é fixado mediante lei de iniciativa da
Câmara Municipal. Os subsídios dos Vereadores, por outro lado, são fixados pelas Câmaras Municipais em
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razão de 75% daquela estabelecido para os Deputados Estaduais. Para evitar que os Vereadores possam
determinar seus próprios subsídios, a CF/88 estabelece que o subsídio dos Vereadores será fixado em cada
legislatura para a subsequente. Assim, um ato da Câmara Municipal fixando o subsídio dos Vereadores
somente será aplicável aos Vereadores que estiverem em exercício na próxima legislatura.

Os Vereadores, não têm imunidade formal (processual), mas apenas imunidade material. Eles são
invioláveis por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato, mas apenas na circunscrição do
Município.

A Constituição do Rio Grande do Norte replicou o entendimento do artigo 29, X da Constituição Federal ao
estabelecer que o julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça. Considerando que o constituinte
não foi muito claro nessa determinação, o STF entende que a competência do Tribunal de Justiça para julgar
prefeitos se limita aos crimes de competência da justiça comum estadual. Nos demais casos, a competência
originária cabe ao respectivo tribunal de segundo grau. Assim, em caso de crimes eleitorais, a competência
será do Tribunal Regional Eleitoral; nos crimes federais, a competência será do Tribunal Regional Federal.

A Câmara exerce as duas funções típicas do Poder Legislativo: a função legislativa e a função fiscalizatória.

O Município não tem três Poderes, mas apenas dois.


São Poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, exercido pela
Câmara Municipal, e o Executivo, exercido pelo Prefeito.

Art. 22. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial de Município


é exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelo sistema de controle
interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.
§ 1º. O controle externo do Poder Legislativo Municipal é exercido com o auxílio do Tribunal de
Contas do Estado, ao qual incumbem, no que couber, as competências previstas nos arts. 53 e 54.
§ 2º. O parecer prévio, emitido pelo Tribunal de Contas do Estado sobre as contas que o Prefeito
deve, anualmente, prestar, só deixa de prevalecer por decisão de dois terços (2/3) dos membros
da Câmara Municipal.
§ 3º. As contas dos Municípios ficam, durante sessenta (60) dias, anualmente, à disposição de
qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual pode questionar-lhes a legitimidade, nos
termos da lei.

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Os recursos públicos sofrem duas formas de controle: o controle interno, realizado no âmbito de cada poder
e o controle externo, realizado pelo Poder Legislativo. É por isso que o art. 22 da CE/RN dispõe que a
fiscalização da administração pública municipal competirá:

- à Câmara Municipal, mediante controle externo;

- ao sistema de controle interno do Poder Executivo Municipal.

O art. 22, da Constituição do Estado do Rio Grande do Norte faz menção, ainda, ao papel do Tribunal de
Contas. Nesse sentido, o controle externo é realizado pela Câmara Municipal com o auxílio do Tribunal de
Contas do Estado. Compete ao TCE/RN apreciar as contas dos Prefeitos Municipais. Existe a presunção da
validade deste parecer sobre as contas anuais do Prefeito, que só poderá ser derrubado por decisão de 2/3
dos membros da Câmara.

Além disso, as contas do Município deverão ficar à disposição dos contribuintes, por sessenta dias por ano,
os quais poderão questionar-lhes a legitimidade. 1

Art. 23. A alienação, a qualquer título, de quaisquer espécies de bens dos Municípios, depende de
prévia autorização legislativa e licitação.
Parágrafo único. É dispensada a licitação quando o adquirente for pessoa jurídica de direito
público interno ou entidade de sua administração indireta.

São 2 (dois) requisitos para a alienação de bens dos Municípios: i) autorização legislativa e; ii) licitação
prévia, esta dispensada quando o adquirente for pessoa jurídica de direito público interno ou entidade da
administração indireta.

Art. 24. Os Municípios exercem, no seu peculiar interesse, todas as competências não reservadas
à União ou ao Estado.
§ 1º. Os Distritos são criados, organizados e suprimidos pelos respectivos Municípios, observada
lei complementar.
§ 2º. A criação de distrito municipal depende da implantação e funcionamento de, no mínimo,
um posto policial, um posto de saúde, um posto de serviço telefônico e uma escola pública para
atender a população.

As competências privativas dos Municípios estão previstas no art. 30, CF/88.

CF/88
Art. 30. Compete aos Municípios:
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem
prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;
IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;
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V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços


públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação
infantil e de ensino fundamental;
VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de
atendimento à saúde da população;
VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e
controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;
IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação
fiscalizadora federal e estadual.

A competência legislativa dos municípios subdivide-se em exclusiva e suplementar:

5 de interesse local (CF, art. 30, I);


a) Competência exclusiva para legislar sobre assuntos

b) Competência suplementar, para suplementar a legislação federal ou estadual, no que couber (CF/88, art.
30, II). Destaque-se que os Municípios poderão, inclusive, suplementar a legislação federal ou estadual que
trate de matéria afeta à competência concorrente. É o caso, por exemplo, da legislação tributária municipal,
que suplementa a legislação federal e estadual.

Já a competência administrativa dos Municípios autoriza sua atuação sobre matérias de interesse local,
especialmente sobre aquelas constantes dos incisos III a IX do art. 30 da CF/88.

Capítulo V - Da Intervenção nos Municípios


Art. 25. O Estado não intervém em seus Municípios, exceto quando:
I – deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois (2) anos consecutivos, a dívida
fundada;
II – não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
III – não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e
desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;
IV – O Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de
princípios indicados nesta Constituição, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão
judicial.
§ 1º. O decreto de intervenção, que especifica a amplitude, o prazo e as condições de execução e
que, se couber, nomeia o interventor, é submetido à apreciação da Assembleia Legislativa do
Estado, no prazo de vinte e quatro (24) horas.
§ 2º. Se a Assembleia Legislativa não estiver funcionando, faz-se convocação extraordinária, no
mesmo prazo de vinte e quatro (24) horas.
§ 3º. Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes
voltam, salvo impedimento legal.

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A Constituição Federal de 1988 tratou sobre o tema da intervenção estadual em seu art. 35, norma esta que
foi parcialmente reproduzida pela Constituição Estadual do Rio Grande do Norte. Segundo a CF/88, as
hipóteses de intervenção do Estado nos municípios são as seguintes:

- deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada;
- não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
- não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do
ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;
- o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios
indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.

Comparando o texto da CF/88 com a Constituição Estadual, verificamos uma diferença. Na CF/88, uma das
hipóteses de intervenção do Estado nos municípios é quando não tiver sido aplicado o mínimo exigido da
receita municipal nos serviços públicos de saúde. Apesar
c de ela não estar explícita na Constituição Estadual,
essa hipótese de intervenção deve ser entendida como aplicável no âmbito do Rio Grande do Norte em
virtude de expresso comando da CF/88.

A intervenção no Município dar-se-á por decreto do Governador e poderá ocorrer de quatro maneiras
diferentes:

a) de ofício;
b) mediante solicitação da Câmara Municipal, aprovada pelo voto da maioria absoluta dos seus
membros;
c) mediante solicitação do Tribunal de Contas e;
d) mediante requisição do Tribunal de Justiça, no caso do inciso IV, do art. 25.

O decreto de intervenção será submetido, no prazo de 24 horas, à apreciação da Assembleia Legislativa, a


qual, se não estiver reunida, será convocada extraordinariamente, no mesmo prazo. O referido decreto
especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e, se couber, nomeará interventor.

Por último, cabe destacar que, uma vez cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de
seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal.

5. (Questão Inédita) O Estado do Rio Grande do Norte integrante da República Federativa do Brasil,
exerce as competências que não lhe são vedadas pela Constituição Federal.

Comentário:
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O Estado do Rio Grande do Norte é um ente federativo integrante da República Federativa do Brasil. Os
Estados possuem competência remanescente, exercendo as competências que não lhe são vedadas pela
CF/88. A questão está correta.

6. (Questão inédita) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios far-se-ão


por lei complementar estadual dentro do período determinado por Lei Complementar Federal e
dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após
divulgação dos Estudos e Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

Comentário:

A criação, incorporação, fusão e desmembramento de Municípios far-se-á por lei estadual, mas não é
necessário que seja lei complementar. A questão está errada.

7. (Questão Inédita) Os vereadores são invioláveis, no exercício de seus mandatos e na circunscrição


do Estado, por suas opiniões, palavras e votos. 0

Comentário:

A imunidade material dos Vereadores é limitada à circunscrição do Município (e não do Estado!). A questão
está incorreta.

8. (Questão Inédita) A intervenção do Estado do Rio Grande do Norte nos Municípios será feita
mediante decreto do Governador, o qual especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e,
se couber, nomeará interventor. O decreto será submetido à apreciação da Assembleia Legislativa dentro
de 24 horas. Caso a Assembleia Legislativa não esteja reunida, ela será convocada extraordinariamente no
mesmo prazo.

Comentário:

Questão bastante longa, com várias informações corretas sobre a intervenção do Estado do Rio Grande do
Norte em seus Municípios:

1) A intervenção será feita mediante decreto do Governador.


2) O decreto interventivo especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e, se couber, nomeará
interventor.
3) A Assembleia Legislativa apreciará o decreto interventivo dentro de 24 horas. Se ela não estiver reunida,
será convocada extraordinariamente no mesmo prazo.

9. (Questão Inédita) O Estado intervirá em seus Municípios quando necessário para por termo a grave
comprometimento da ordem pública.

Comentário:

Esta não é uma hipótese de intervenção do Estado em seus Municípios prevista no art. 25 da CE/RN.

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10. (Questão inédita) Compete ao Estado do Rio Grande do Norte explorar diretamente, ou mediante
concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei.

Comentários:

A exploração dos serviços locais de gás canalizado é competência do Estado, conforme disposto no inciso I
do art. 18. A questão está correta.

11. (Questão Inédita) Compete ao Estado do Rio Grande do Norte, em concorrência com a União,
legislar sobre direito tributário. Em razão disso, cabe ao Estado editar normas suplementares ou, na falta
de normas gerais editadas pela União, exercer a competência legislativa plena.

Comentário:

A competência para legislar sobre direito tributário é concorrente entre a União e os Estados. Isso quer dizer
2
que compete à União editar normas gerais e aos Estados, normas suplementares. Inexistindo lei federal de
normas gerais, os Estados podem exercer a competência legislativa plena. A questão está correta.

12. (MPE-SC/ MPE-SC – 2016) Segundo a Constituição do Estado do Rio Grande do Norte, em se
tratando de legislação concorrente a competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a
competência suplementar do Estado. Verificada a ausência de norma geral Federal, confere-se ao Estado
exercer a competência legislativa plena para atender suas peculiaridades. Contudo, na hipótese de
superveniência de legislação federal geral fica integralmente suspensa a eficácia da lei estadual.

Comentários:

O art. 19 da CE/RN trata da legislação concorrente, reproduzindo o art. 24 da CF/88. O erro do enunciado
está em afirmar que a superveniência da legislação federal suspende integralmente a eficácia da lei estadual.
A CE/RN determina que suspensão se dá apenas da parte da lei que for contrária à legislação federal. A
questão está incorreta.

13. (Questão Inédita) É competência privativa dos Estados impedir a evasão, a destruição e a
descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural.

Comentário:

Trata-se de competência comum da União, Estados, Distrito Federal e dos Municípios. A questão está
incorreta.

14. (Questão Inédita) Cabe aos Estados, mediante lei ordinária, instituir regiões metropolitanas,
aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para
integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

Comentário:

A instituição de regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões será feita mediante lei
complementar. A questão está errada.
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15. (Questão Inédita) São bens do Estado do Rio Grande do Norte as terras devolutas indispensáveis à
defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à
preservação ambiental.

Comentário:

As terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias
federais de comunicação e à preservação ambiental são bens da União. A questão está errada.

Capítulo VI - Da Administração Pública

Seção I - Das Disposições Gerais

Conforme você já estudou em Direito Administrativo, a CF/88 estabelece que são princípios da
Administração Pública a legalidade, impessoalidade,a moralidade, publicidade e eficiência. Esses são os
princípios explícitos da Administração Pública, assim chamados por estarem expressamente previstos no
art. 37 da CF/88. Vejamos:

CF/88, Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer does da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte

Mas esses não são os únicos princípios da Administração Pública. Há diversos outros princípios, conhecidos
como princípios implícitos da Administração Pública, ao longo do texto constitucional e alguns dos quais
foram relacionados, em âmbito federal, pelo art. 2º da Lei nº 9.784/99. Citamos, entre os princípios
implícitos, os princípios da motivação, razoabilidade, proporcionalidade, ampla defesa, contraditório,
segurança jurídica e interesse público.

Art. 2º. A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade,
motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança
jurídica, interesse público e eficiência.

A Constituição do Rio Grande do Norte, em seu art. 26, traz o conjunto de princípios que deverão informar
a Administração Pública daquela unidade da Federação. Vejamos:

Art. 26. A administração pública direta e indireta, de qualquer dos Poderes do Estado e dos
Municípios, obedece aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência, observando-se:

A Constituição do Rio Grande do Norte reproduziu exatamente os mesmos princípios explícitos na


Constituição Federal.

I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os
requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;

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II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público


de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou
emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado
em lei de livre nomeação e exoneração;
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável, uma vez, por igual
período;
IV - durante o prazo improrrogável, previsto no edital de convocação, aquele aprovado em
concurso público de provas ou de provas e títulos é convocado com prioridade sobre novos
concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;

Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos
estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei. Observe que estrangeiros também
podem ocupar cargos, empregos e funções públicas.

Para ser investido em cargo ou emprego público, é necessário, em regra, a aprovação prévia em concurso
público, que poderá ser de provas ou de provas e títulos. Destaque-se, entretanto, que o provimento de
cargos em comissão independe de aprovação em concurso. Tais cargos são de livre nomeação e exoneração.

Os concursos públicos têm a validade de 2 (dois) anos, sendo possível uma prorrogação por igual período.
Durante esse período, os aprovados têm prioridade para nomeação em relação a novos concursados. Cabe
ressaltar que a nomeação dos candidatos deverá obedecer à ordem de classificação.

V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo,


e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento;

Aqui vale algumas observações para evitar confusão. As funções de confiança somente podem ser
preenchidas por ocupantes de cargo efetivo. Já os cargos em comissão podem ser preenchidos por qualquer
pessoa, seja ela servidor público ou não. Entretanto, a lei define percentual mínimo de cargos em comissão
que devem ser preenchidos por servidores de carreira. Em ambas as formas, os ocupantes destinam-se a
funções de chefia, direção e assessoramento.

VI - é garantido ao servidor público civil, estadual e municipal, o direito à livre associação sindical;
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;

Os incisos VI e VII versam sobre “direitos dos servidores públicos”. O primeiro deles é o direito de livre
associação sindical. Não pode a lei exigir autorização do Município para a fundação de sindicato, ressalvado
o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização
sindical.

Já o direito de greve é norma de eficácia limitada, uma vez que depende da edição de lei regulamentadora
para que possa produzir todos os seus efeitos. Enquanto esta lei não é editada, vem sendo aplicada aos
servidores públicos a norma vigente para greve no setor privado.

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VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de
deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a
necessidade temporária de excepcional interesse público;

O inciso VIII busca garantir a inclusão dos portadores de deficiência. Uma das medidas adotadas para esse
fim é o estabelecimento, nos concursos públicos, de vagas reservadas aos portadores de necessidades
especiais. São as chamadas cotas.

O inciso IX do art. 26 trata da possibilidade de a Administração Pública efetuar contratações temporárias em


razão de excepcional interesse público.

X – a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 8º, do art. 28, desta
Constituição, somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa
privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção
de índices;

Combinando-se o art. 26, X, da Constituição do Rio Grande do Norte com as disposições da CF/88, observa-
se que a remuneração e o subsídio de servidores públicos devem ser fixados ou alterados por lei, sendo
assegurada a revisão anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices. O objetivo da revisão anual
é evitar a perda do poder de compra dos salários dos servidores públicos.

Em recente decisão, RE 565.089, o STF decidiu que esta revisão anual de vencimentos não é obrigatória, mas,
para deixar de aplica-la, o Executivo deve justificar a não concessão da medida ao Poder Legislativo.

XI – a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da


administração direta e indireta, neste último caso observado o disposto no § 9º do art. 37 da
Constituição Federal, dos membros de qualquer dos Poderes do Estado, do Ministério Público, do
Tribunal de Contas, da Defensoria Pública, dos detentores de mandato eletivo, dos Procuradores
Públicos e dos demais agentes políticos, e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória,
percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra
natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Desembargadores do Tribunal
de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal,
em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste inciso
aos subsídios dos Deputados Estaduais;

No Estado do Rio Grande do Norte, o teto remuneratório é o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de
Justiça, que equivale a, no máximo, 90,25% do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal,
limite este que só não se aplica aos Deputados Estaduais.

XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser
superiores aos pagos pelo Poder Executivo;
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratória para o efeito
de remuneração de pessoal do serviço público;

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XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem
acumulados, para fins de concessão de acréscimos ulteriores;

O inciso XII tem como objetivo impedir com que os servidores do Poder Executivo recebam remuneração
inferior àquela percebida pelos servidores do Poder Legislativo e Poder Judiciário.

O inciso XIII veda a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para efeito de
remuneração de pessoal do serviço público. Não é possível estabelecer, por exemplo, que um Auditor-Fiscal
da SEFAZ-RN receberá 90% do que recebe um Juiz Estadual.

Por último, o inciso XIV impede o “efeito repique” nas remunerações dos servidores públicos. O “efeito
repique” seria a incidência de gratificações “em cascata”, ou seja, a incidência cumulativa de gratificações.
Nesse sentido, o parâmetro para incidência das gratificações deverá ser sempre o mesmo: o vencimento
percebido pelo servidor público.

XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis,


ressalvados o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts 39 §4º, 150, II, 153, III e 153,
§2º, I, todos da Constituição Federal;

O inciso XV consagra a regra da irredutibilidade das remunerações dos servidores públicos.

XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver


compatibilidade de horários, observados em qualquer caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas.
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações
e empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e sociedades controladas,
direta ou indiretamente, pelo Poder Público.

A regra é a impossibilidade da acumulação remunerada de cargos públicos. Contudo, assim como previsto
na Constituição Federal de 1988, a Carta Estadual estabelece exceções a esta regra. Assim, quando houver
compatibilidade de horários, são admissíveis a acumulação de:

a) 2 cargos de professor;
b) 1 cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) 2 cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.

Vale destacar que a Carta Magna estabelece, ainda, outras possibilidades de acumulação de cargos.
Vejamos quais são elas:

a) Acúmulo do cargo de vereador e outro cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do
cargo eletivo (Art. 38, III, CF/88);
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b) Permissão para que juízes exerçam o magistério (Art. 95, parágrafo único, I, CF/88);
c) Permissão para que membros do Ministério Público exerçam o magistério (Art. 125, § 5º, II, “d”,
CF/88).

Essa proibição de acumular estende-se a empregos e funções em autarquias, fundações, empresas públicas,
sociedades de economia mista, suas subsidiárias e sociedades controladas pelo Poder Público.

Destaque-se, porém, que, em todo e qualquer caso de acumulação remunerada de cargos, haverá
necessidade de compatibilidade de horários.

XVIII – a administração fazendária e seus servidores fiscais têm, dentro de suas áreas de
competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;

Esse dispositivo, que também tem previsão na CF/88, destaca a importância da Administração Fazendária e
de seus servidores para o Município. A administração fazendária e seus servidores fiscais têm, dentro de sua
área de competência, precedência sobre os demais setores administrativos.

XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa
pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste
último caso, definir as áreas de sua atuação;
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades
mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa
privada;

Os incisos XIX e XX do art. 26 da Constituição do Rio Grande do Norte mencionam os integrantes da


Administração Indireta do Estado.

As autarquias só podem ser criadas por lei específica. Isso porque essas entidades são pessoas jurídicas de
direito público, que realizam atividades típicas de Estado. Já as sociedades de economia mista, empresas
públicas e fundações precisam de autorização em lei para serem criadas. No último caso, caberá à lei
complementar definir as áreas de sua atuação. A criação de subsidiárias, bem como a participação destas
entidades e, empresa privada dependem de autorização legislativa.

XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações


são contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a
todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam as obrigações de pagamento, mantidas
as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, a qual somente permitirá as exigências de
qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações;

A regra geral é a de que as contratações públicas dependem de prévia licitação. No entanto, há casos
previstos em lei em que a licitação é dispensada ou inexigível. O objetivo do procedimento licitatório é
assegurar que a Administração adquira, com maior eficiência, bens e serviços. A realização de licitação está
intimamente relacionada ao princípio da moralidade administrativa e assegura isonomia àqueles que
desejam contratar com o Poder Público.

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XXII – a administração tributária do Estado, atividade essencial ao seu funcionamento, exercida


por servidores de carreira específica, terá recursos prioritários para a realização de suas
atividades e atuará de forma integrada com os demais entes federados, inclusive com o
compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio.

A Administração Tributária do Estado só pode ser exercida por servidores de carreira, que contará com
recursos prioritários para o desempenho de suas atividades e atuará de forma integrada com os demais
entes federados com os quais poderá compartilhar cadastros e informações fiscais.

§ 1º. A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deve
ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes,
símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos e entidades da administração
pública deverá ter caráter educacional e de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos e
imagens que caracterizem, mesmo indiretamente, promoção pessoal de autoridades ou serviços públicos.
Trata-se de uma das acepções do princípio da impessoalidade, trazendo a ideia de vedação à promoção
pessoal.

§ 2º. A não observância do disposto nos incisos II e III implica a nulidade do ato e a punição da
autoridade responsável, nos termos da lei.

A investidura em cargo e emprego público que não seja por concurso público, quando exigível, implica a
nulidade do ato e responsabilidade da autoridade responsável.

§ 3º. A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e


indireta, regulando especialmente:
I – as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a
manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da
qualidade dos serviços;
II – o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo,
observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII da Constituição Federal;
III – a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou
função na administração pública.

No § 3º estão formas de participação do usuário na administração pública municipal que devem ser melhor
regulamentadas por lei.

§ 4º. Os atos de improbidade administrativa importam a suspensão dos direitos políticos, a perda
da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação
previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

O art. 26, § 4º, da Constituição do Rio Grande do Norte, por sua vez, prevê a responsabilização por atos de
improbidade administrativa, que possuem natureza cível e caracterizam-se por ferirem, direta ou
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indiretamente, os princípios da administração pública, por uma conduta imoral do agente público, que visa
ou obter vantagens materiais indevidas ou gerar prejuízos ao patrimônio público.

Estes atos são tipificados pela Lei Federal nº 8.429/92 que é aplicável a qualquer agente público, servidor
ou não, que atentar contra a administração direta, indireta, fundacional de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de Território.

Os atos de improbidade administrativa podem ser de três tipos: i) atos que importam enriquecimento
ilícito; ii) atos que causam prejuízo ao Erário e; iii) atos que atentam contra os princípios da Administração
Pública.

As sanções à improbidade administrativa são:

i) suspensão dos direitos políticos;


ii) perda da função pública;
iii) indisponibilidade dos bens;
iv) ressarcimento ao erário (esta é imprescritível);

§ 5º. As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado, prestadoras de serviços


públicos, respondem pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável, nos casos de dolo ou culpa.

A responsabilidade civil do Estado é objetiva. Adota-se, no Brasil, a chamada teoria do risco administrativo.
As pessoas jurídicas de direito público e as pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços
públicos terão a obrigação de reparar os danos que seus agentes, atuando nessa qualidade, produzirem a
terceiros, independentemente de dolo ou culpa.

É relevante assinalar que o § 5º do art. 26 faz menção ao “direito de regresso” do Estado. O direito de
regresso deverá ser exercido pela Administração Pública mediante ação judicial (denominada ação
regressiva) contra o agente público que deu causa ao dano, caso este tenha agido com dolo ou culpa.

§ 6º. Na composição de comissão de concurso público, para investidura em cargo ou emprego na


administração direta ou indireta do Estado, exceto para ingresso na Magistratura, é obrigatória,
sob pena de nulidade, a inclusão de um (1) membro do Ministério Público e de um (1)
representante eleito, por voto direto e secreto, pelos servidores do órgão para o qual é feito o
concurso.

Nas comissões de concursos do Estado, exceto para ingresso na Magistratura, deverá haver um membro do
Ministério Público e um representante eleito pelos ocupantes do órgão para o qual é realizado o concurso.

§ 7º. A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da


administração direta e indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas.

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Uma lei determinará as condições de acesso a informações privilegiadas pelos ocupantes de cargos e
empregos públicos.

§ 8º. A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração


direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus
administradores e o Poder Público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para
o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:
I – o prazo de duração do contrato;
II – os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade
dos dirigentes;
III – a remuneração do pessoal.

O § 8º dispõe sobre o contrato de gestão que pode ser firmado entre órgãos e entidades da administração
direta e indireta para expansão da autonomia gerencial, orçamentária e financeira. Este contrato deve ter
prazo determinado, critérios de controle e avaliação de desempenho determinados, bem como a fixação da
remuneração de pessoal.

§ 9º. O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e


suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados ou dos Municípios para
pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral.

O teto remuneratório do Estado, que é o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, aplica-se às
empresas públicas e às sociedades de economia mista que receberem recursos para pagamento de despesas
de pessoal ou de custeio em geral.

§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 29 ou


do art. 31, desta Constituição, com a remuneração de cargo, emprego ou função pública,
ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos
em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.

Os servidores públicos do Estado e dos Municípios, assim como os militares do Estado não poderão cumular
proventos de aposentadoria com remuneração de cargo, emprego ou função pública, salvo cargos
expressamente cumuláveis, os cargos eletivos e os cargos em comissão.

§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do
caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.

Para efeitos do limite remuneratório dos servidores do Estado, não são computadas as parcelas
indenizatórias.

§ 12. O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para exercício de cargo
cujas atribuições e responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que tenha sofrido em
sua capacidade física ou mental, enquanto permanecer nesta condição, desde que possua a
habilitação e o nível de escolaridade exigidos para o cargo de destino, mantida a remuneração
do cargo de origem.
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§ 13. A aposentadoria concedida com a utilização de tempo de contribuição decorrente de cargo,


emprego ou função pública, inclusive do Regime Geral de Previdência Social, acarretará o
rompimento do vínculo que gerou o referido tempo de contribuição.
§ 14. É vedada a complementação de aposentadorias de servidores públicos e de pensões por
morte a seus dependentes que não seja decorrente do disposto nos §§ 16 a 18 do art. 29 desta
Constituição, ou que não seja prevista em lei que extinga regime próprio de previdência social.

Os §§ 12, 13 e 14 foram incorporados na CE/RN pela Emenda Constitucional nº 20, de 29 de setembro de


2020. Trata-se de uma adequação à Reforma na Constituição Federal feita por meio da Emenda
Constitucional nº 103/19, conhecida como "Reforma da Previdência".

A readaptação pode acontecer quando o servidor tiver sofrido limitações em sua capacidade física ou mental
que impedem o exercício de suas atribuições em seu cargo original. O servidor poderá mudar de cargo neste
caso, mas a remuneração será a do cargo de origem.

Ao se aposentar, o servidor público terá o seu vínculo com o órgão de origem rompido.

Por fim, vale ressaltar que é vedado complementar financeiramente o valor dos proventos de aposentadorias
e de pensões. A única exceção diz respeito ao Regime de Previdência Complementar (RPC).

Art. 27. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de


mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
I - tratando-se de mandato eletivo federal ou estadual ou distrital, fica afastado de seu cargo,
emprego ou função;
II - investido no mandato de Prefeito, é afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe
facultado optar pela sua remuneração;
III - investido no mandato de Vereador e havendo compatibilidade de horários, percebe as
vantagens do seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo e,
não havendo compatibilidade, é aplicada a norma do inciso anterior;
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo
de serviço é contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
V - para efeito de benefícios previdenciários, no caso de afastamento, os valores são
determinados como se no exercício estivesse.
VI - na hipótese de ser segurado de regime próprio de previdência social, permanecerá filiado a
esse regime, no ente federativo de origem

O art. 27 da Constituição do Rio Grande do Norte prevê as mesmas regras do art. 38 da CF/88 que se aplicam
aos servidores públicos municipais em exercício de mandato eletivo. No quadro abaixo, resumimos estas
regras.

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Cargo eletivo Regra Remuneração


Cargos do Executivo ou
Afastamento do cargo efetivo ou em A remuneração percebida será a
do Legislativo Federal,
comissão, função ou emprego público. do cargo eletivo.
Estadual ou Distrital
O servidor poderá optar pela
remuneração do cargo eletivo ou
Afastamento do cargo efetivo ou em
Prefeito pela remuneração do cargo
comissão, função ou emprego público.
efetivo ou em comissão, função
ou emprego público.
Caso haja compatibilidade de horários,
poderá acumular o cargo político com o
Receberá as duas remunerações.
cargo efetivo ou em comissão, função ou
emprego público.
Vereador
Caso não haja compatibilidade de
horários, será afastado do cargo efetivo Poderá optar pela remuneração
ou em comissão, função ou emprego de qualquer um deles.
público.
Em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício do mandato eletivo, seu tempo de serviço será
contado para todos os efeitos legais, exceto para a promoção por merecimento.
Para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados, como se
no exercício estivesse.

Seção II - Dos Servidores Públicos

Art. 28. No âmbito de sua competência, o Estado e os Municípios devem instituir regime jurídico
único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e
das fundações públicas.
§ 1º. A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório
do serviço público estadual e municipal observará:
I – a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada
carreira;
II – os requisitos para a investidura;
III – as peculiaridades dos cargos.
§ 2º. Só com sua concordância, ou por comprovada necessidade de serviço, pode o servidor da
administração direta ou indireta ser transferido de seu local de trabalho, de forma que acarrete
mudança de residência.

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§ 3º. Não é admitida a dispensa sem justa causa de servidor da administração direta, indireta,
autárquica e fundacional.
§ 4º. (REVOGADO)
§ 5º. Os vencimentos dos servidores públicos estaduais, da administração direta, indireta,
autárquica e fundacional são pagos até o último dia de cada mês, corrigindo-se monetariamente
os seus valores, se o pagamento se der além desse prazo.

O Estado do Rio Grande do Norte e os Municípios devem instituir regime jurídico único e planos de carreira
para os servidores da administração direta, autárquica e fundacional. As remunerações serão fixadas com
base na natureza, grau de responsabilidades e complexidade dos cargos, exigências para investidura e
peculiaridades dos cargos.

Os servidores só poderão ser realocados em casos que exijam mudança de residência, se concordarem ou
por comprovada necessidade do serviço. Além disso, os vencimentos dos servidores públicos da
administração direta e indireta devem ser pagos até o último dia de cada vez, que deverão ser atualizados
monetariamente no caso de atraso.

§ 6º. Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII,
XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, da Constituição Federal, podendo a lei estabelecer
requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.

O § 6 do art. 28 da Constituição do Rio Grande do Norte cita os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais
previstos no art. 7º da CF/88 que se aplicam aos servidores municipais. São eles:

IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às suas necessidades vitais
básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e
previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação
para qualquer fim;
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a
compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal;
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;

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XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo,
idade, cor ou estado civil;

§7º. O Estado manterá escola de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores
públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos para a promoção na
carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos entre os entes federados.
§ 8º. O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Secretários Estaduais e os Municipais
serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de
qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie
remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 26, X e XI, desta Constituição.
§ 9º. Leis do Estado e dos Municípios poderão estabelecer a relação entre a maior e a menor
remuneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 26, XI,
desta Constituição.
§ 10. Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, bem como o Tribunal de Contas, o Ministério
Público e a Defensoria Pública, publicarão anualmente os valores do subsídio e da remuneração
dos cargos e empregos públicos.
§ 11. Leis do Estado e dos Municípios disciplinarão a aplicação de recursos orçamentários
provenientes da economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para
aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e
desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive
sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade.
§ 12. A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos
termos do § 8º.
§ 13. É vedada a incorporação de vantagens de caráter temporário ou vinculadas ao exercício de
função de confiança ou de cargo em comissão à remuneração do cargo efetivo

Os membros de Poder, os detentores de mandato eletivo e os Secretários Estaduais e Municipais serão


remunerados exclusivamente por subsídio, fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer
gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória. Os
servidores organizados em carreira também poderão receber por subsídio.

Segundo o § 11 do art. 28, os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, Tribunal de Contas, Ministério
Público e Defensoria Pública devem publicar, anualmente, os valores do subsídio e da remuneração dos
cargos e empregos.

Os recursos provenientes da economia na execução de despesas correntes, conforme previsto nas leis
estadual e municipal, podem ser usados, inclusive, como adicional ou prêmio de produtividade, como forma
de estimular a excelência no serviço público e dar concretude ao princípio da eficiência.

O § 13 determina a vedação à incorporação de vantagens de caráter temporário ou vinculados ao exercício


de função de confiança ou de cargo em comissão à remuneração do cargo efetivo.

Art. 29. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos,
excetuando-se os militares estaduais, terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição
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do respectivo ente federativo, de servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados


critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial
§ 1º. (REVOGADO)
§ 2º. O servidor abrangido pelo regime próprio de previdência social será aposentado:
I - por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que estiver investido, quando
insuscetível de readaptação, hipótese em que será obrigatória a realização de avaliações
periódicas para verificação da continuidade das condições que ensejaram a concessão da
aposentadoria, na forma de lei do respectivo ente federativo;
II - compulsoriamente, aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, com proventos proporcionais ao
tempo de contribuição;
III - voluntariamente, aos 60 (sessenta) anos de idade, se mulher, e aos 65 (sessenta e cinco) anos
de idade, se homem, e, no âmbito dos Municípios, na idade mínima estabelecida mediante
emenda às respectivas Leis Orgânicas, observados o tempo de contribuição e os demais requisitos
estabelecidos em lei complementar do respectivo ente federativo.
§ 3º Os proventos de aposentadoria e pensões não poderão ser inferiores ao valor mínimo a que
se refere o § 2º do art. 201 da Constituição Federal nem superiores ao limite máximo estabelecido
para o Regime Geral de Previdência Social, observado o disposto nos §§ 16 a 18.
§ 4º As regras para cálculo de proventos de aposentadoria serão disciplinadas em lei
complementar do respectivo ente federativo.
§ 5º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de benefícios em
regime próprio de previdência social, ressalvado o disposto nos §§ 5º-A, 5º-B, 5º-C e 6º.
§ 5º-A Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e
tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores com deficiência,
previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e
interdisciplinar.
§ 5º-B Poderão ser estabelecidos por lei complementar idade e tempo de contribuição
diferenciados para aposentadoria de ocupantes do cargo de policial penal, de agente
socioeducativo ou de policial civil, incluídos delegados, agentes e escrivães.
§ 5º-C Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e
tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores cujas atividades sejam
exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde ou à
integridade física, ou associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria
profissional ou ocupação.
§ 6º Os ocupantes do cargo de professor terão idade mínima reduzida em 7 (sete) anos em relação
às idades decorrentes da aplicação do disposto no inciso III do § 2º que, nos termos fixados em
lei complementar, comprovem tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação
infantil, no ensino fundamental e médio e nos cargos de direção e coordenação pedagógica,
supervisores, orientadores e demais profissionais que atuem na ação pedagógica.
§ 7º. § 7º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta
Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta de regime próprio de

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previdência social, podendo a lei dispor sobre outras vedações de acumulação à conta de regime
geral de previdência social.
§ 8º A pensão por morte concedida a dependente de servidor público estadual ativo será
calculada seguindo os critérios de concessão da aposentadoria por incapacidade permanente,
excetuando-se os militares estaduais, bem como os servidores públicos estaduais que falecerem
em razão de sua função ou em decorrência dela, nos termos de lei complementar.
§ 9º. É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente,
o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei.
§ 10. O tempo de contribuição federal, estadual, distrital ou municipal será contado para fins de
aposentadoria, observado o disposto nos §§ 9º e 9º-A do art. 201 da Constituição Federal, e o
tempo de serviço correspondente será contado para fins de disponibilidade.
§ 11. Para fins de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição
entre o Regime Geral de Previdência Social e os regimes próprios de previdência social, e destes
entre si, observada a compensação financeira, de acordo com os critérios estabelecidos em lei
federal.
§ 12. A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício.
§ 13. Aplica-se o limite fixado no art. 26, XI, desta Constituição, à soma total dos proventos de
inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem
como de outras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral de previdência social, e ao
montante resultante da adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo
acumulável na forma desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação
e exoneração, e de cargo eletivo.
§ 14. Além do disposto neste artigo, serão observados, em regime próprio de previdência social,
no que couber, os requisitos e critérios fixados para o Regime Geral de Previdência Social.
§ 15. Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em
lei de livre nomeação e exoneração, de outro cargo temporário, inclusive mandato eletivo, ou de
emprego público, o Regime Geral de Previdência Social.
§ 16. O Estado e os Municípios instituirão, por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo,
regime de previdência complementar para servidores públicos ocupantes de cargo efetivo,
observado o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social para o valor das
aposentadorias e das pensões em regime próprio de previdência social, ressalvado o disposto no
§ 18.
§ 17. O regime de previdência complementar de que trata o § 16 oferecerá plano de benefícios
somente na modalidade contribuição definida, observará o disposto no art. 202, da Constituição
Federal, e será efetivado por intermédio de entidade fechada de previdência complementar ou
de entidade aberta de previdência complementar.
§ 18. Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 16 e 17 poderá ser
aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de
instituição do correspondente regime de previdência complementar.
§ 19. Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do benefício previsto no § 4º
serão devidamente atualizados, na forma da lei.
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§ 20. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo


regime de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do
regime geral de previdência social, com percentual equivalente ao estabelecido para os servidores
de cargos efetivos, ressalvada a hipótese prevista no artigo 94-B.
§ 21. O servidor titular de cargo efetivo que tenha completado as exigências para a aposentadoria
voluntária estabelecidas neste artigo e que opte por permanecer em atividade fará jus a um
abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária, até completar a
idade para aposentadoria compulsória.
§ 22. É vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social e de mais de um
órgão ou entidade gestora desse regime em cada ente federativo, abrangidos todos os poderes,
órgãos e entidades autárquicas e fundacionais, que serão responsáveis pelo seu financiamento,
observados os critérios, os parâmetros e a natureza jurídica definidos na lei complementar de que
trata o § 22 do art. 40 da Constituição Federal.
§ 23. A contribuição prevista no § 20 deste artigo incidirá apenas sobre as parcelas de proventos
de aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite máximo estabelecido para os
benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201 da Constituição Federal,
quando o beneficiário, na forma da lei, for portador de doença incapacitante.

Os servidores efetivos do Estado e do Município, de suas autarquias e fundações possuem um Regime


Próprio de Previdência Social, de caráter contributivo, ao qual contribuem tanto o poder público como os
servidores ativos, inativos e pensionistas, conforme princípios que preservem o equilíbrio financeiro e
atuarial.

As regras para aposentadoria de servidor público federal foram alteradas em 2019 pela Emenda
Constitucional nº 109/19. No Rio Grande do Norte, por meio da Emenda nº 20/2020, foi incorporada em
âmbito estadual as modificações realizadas na Carta Magna.

Existem as seguintes formas de aposentadoria para os servidores públicos estatutários do Estado:

a) Aposentadoria por incapacidade permanente para o trabalho:

No passado, se falava em “aposentadoria por invalidez”. Agora, o termo correto é “aposentadoria por
incapacidade permanente para o trabalho”.

Nessa hipótese, o servidor será aposentado quando forem preenchidas 2 (duas) condições:

a) O servidor estiver permanentemente incapacitado para o trabalho e;

b) Não for possível a readaptação do servidor para o exercício de outro cargo.

Vale destacar que a readaptação é uma forma de provimento de cargos públicos que consiste na investidura
do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação sofrida em sua
capacidade física ou mental.

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Dessa forma, caso o servidor público tenha limitações físicas ou mentais que o incapacitem para o trabalho,
deve-se buscar, em primeiro lugar, a sua readaptação para outro cargo. Não sendo possível, aí sim é que
caberá a concessão de “aposentadoria por incapacidade permanente para o trabalho”.

Quando for concedida a aposentadoria por incapacidade permanente para o trabalho, será obrigatória a
realização de avaliações periódicas para verificação da continuidade das condições que ensejaram a
concessão da aposentadoria, na forma de lei do respectivo ente federativo.

O instituto da readaptação também é mencionado expressamente no § 12 do art. 26 da CE/RN.

A readaptação é forma de provimento em cargo público prevista enquanto o servidor permanecer na


condição de limitação em sua capacidade física ou mental. Caso o servidor público retorne à sua capacidade
plena, ele voltará ao seu cargo de origem. Por outro lado, caso ocorra uma piora em sua condição que
impossibilite sua atividade laborativa, ele será aposentado por incapacidade permanente para o trabalho.

Ao ser concedida a readaptação, devem ser observados alguns critérios pela Administração. Primeiro, o
servidor público readaptado deverá ter a habilitação necessária para ocupar o cargo de destino. Por
exemplo, se o cargo de destino exige nível superior em Contabilidade, ele deverá ter essa formação
específica. Segundo, o servidor público readaptado deverá ter o nível de escolaridade exigido para o cargo
de destino. Assim, um servidor que tenha apenas o nível médio não poderá, por exemplo, ser readaptado
para o exercício de cargo de nível superior.

É importante rememorar, ainda, que, o servidor readaptado manterá a remuneração do seu cargo de
origem. Assim, não importa qual seja a remuneração do cargo de destino, se maior ou menor do que a do
cargo de origem. A remuneração devida ao servidor readaptado será sempre aquela do seu cargo de origem.

b) Aposentadoria compulsória:

Até a edição da EC nº 88/2015 (conhecida como “PEC da Bengala”), os servidores públicos federais, estaduais
e municipais deveriam se aposentar compulsoriamente aos 70 anos. Chegando aos 70 anos, não havia outra
alternativa senão a aposentadoria compulsória.

Com a EC nº 88/2015, a redação do art. 40, § 1º, II, foi modificada e passou a prever que os servidores
públicos serão aposentados compulsoriamente aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco)
anos de idade, na forma de lei complementar.

Como se vê, trata-se de norma de eficácia limitada, dependente de regulamentação para produzir todos os
seus efeitos. Até que fosse editada a mencionada lei complementar, os servidores públicos continuariam se
aposentando compulsoriamente aos 70 anos de idade.

Todavia, a lei regulamentadora já foi editada. É a Lei Complementar nº 152/2015, aplicável aos servidores
públicos de todas as esferas federativas, bem como aos membros do Poder Judiciário, Ministério Público,
Defensorias Públicas e Tribunais de Contas. Assim, hoje, a aposentadoria compulsória de servidores públicos
já se dá aos 75 (setenta e cinco) anos.

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Segundo o STF, a aposentadoria compulsória não se aplica aos servidores ocupantes de cargo
exclusivamente em comissão.1 Isso porque a aposentadoria compulsória somente se destina aos ocupantes
de cargo efetivo, inexistindo, inclusive, qualquer limite de idade para fins de nomeação para cargo em

c) Aposentadoria voluntária:

Os requisitos para a aposentadoria voluntária foram profundamente modificados pela Emenda


Constitucional no 103/2019.

A primeira grande mudança diz respeito à abrangência das regras de aposentadoria dos servidores públicos.
Antes, as regras gerais sobre aposentadoria voluntária definidas pela Constituição Federal de 1988 se
aplicavam a todos os entes federativos.

Agora, com a EC nº 20/2020, a idade mínima prevista na CE/RN se para a aposentadoria voluntária passou
a ser de 60 (sessenta e dois) anos para a mulher e de 65 (sessenta e cinco) anos para o homem.

Os Municípios passaram a ter autonomia para, mediante emendas às Leis Orgânicas, definir os seus próprios
requisitos de idade mínima para aposentadoria ao amparo do RPPS.

Cabe destacar que a CF/88 prevê que lei complementar de cada ente federativo poderá estabelecer outros
requisitos para a aposentadoria voluntária, dentre os quais exigência de tempo mínimo de contribuição.

O art. 29, § 3º, CE/RN, após a modificação promovida pela EC no 20/2020, passou a dispor que os proventos
de aposentadoria NÃO poderão ser inferiores ao salário-mínimo ou superiores ao limite máximo
estabelecido para o Regime Geral de Previdência Social (RGPS), obedecidas as demais regras previstas na
Constituição. Suponha, por exemplo, que o teto do RGPS seja de R$ 6.000,00. Esse será o valor máximo de
aposentadoria que um servidor público poderá receber ao amparo do RPPS.

Destaque-se, inclusive, que a EC nº 20/2020 vedou expressamente que seja concedida qualquer
complementação de aposentadoria ou de pensão por morte, a não ser no caso de benefícios decorrentes de
Regime de Previdência Complementar, ao qual o servidor poderá aderir.

O Regime de Previdência Complementar é bastante semelhante aos Regimes de


Previdência Privada disponíveis no mercado. Tem como objetivo fazer com que a
aposentadoria chegue a um valor mais compatível com a última remuneração recebida
pelo servidor, “complementando” o benefício recebido por meio do Regime Geral.

1 RE 786540/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgamento em 15.12.2016


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A adesão do servidor ao Regime de Previdência Complementar é facultativa e o benefício


a ser recebido tem relação direta com o valor das contribuições recolhidas pelo servidor.

Antes da EC no 103/19, os entes federativos tinham a faculdade de instituir Regime de


Previdência Complementar. Após a Reforma da Previdência, os entes federativos (União,
Estados, Distrito Federal e Municípios) passaram a ser obrigados a instituir esse regime,
por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo.

Art. 40 (...) § 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por lei
de iniciativa do respectivo Poder Executivo, regime de previdência complementar para
servidores públicos ocupantes de cargo efetivo, observado o limite máximo dos benefícios
do Regime Geral de Previdência Social para o valor das aposentadorias e das pensões em
regime próprio de previdência social, ressalvado o disposto no § 16.

Essa exigência se deu porque o teto do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) passou
a ser o teto do Regime Geral de Previdência Social (RGPS). Houve, assim, a necessidade de
prever um instrumento para que os servidores pudessem garantir sua aposentadoria num
nível mais próximo ao de sua remuneração.

A próxima questão a ser respondida é “como se dá o cálculo dos proventos de aposentadoria dos servidores
públicos”?

Após a redação dada pela EC no 20/2020, a CE/RN passou a dispor, em seu art. 29, § 4º, que as regras para
cálculo de proventos de aposentadoria serão disciplinadas em lei do respectivo ente federativo. Note que
houve a desconstitucionalização da Previdência Social nesse ponto, uma vez que a forma de cálculo, outrora
prevista nas Constituições Federal e Estadual, passou a ser objeto da legislação infraconstitucional.

Passaremos, agora, à análise das regras de aposentadoria especial para o servidor público.

A regra é a vedação de requisitos ou critérios diferenciados para a concessão de benefícios no Regime


Próprio de Previdência Social (RPPS). Entretanto, admitem-se algumas exceções, definidas na forma de lei
complementar, além dos casos previstos pelo próprio texto constitucional.

A aposentadoria especial de servidores públicos consistirá em requisitos de idade e de tempo de


contribuição diferenciados, sendo admitida, mediante lei complementar, nos seguintes casos:

a) Servidores com deficiência, previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por


equipe multiprofissional e interdisciplinar.

b) Servidores cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e
biológicos prejudiciais à saúde.

(*) Cabe destacar que, nesse caso, fica vedada a caracterização por categoria profissional ou
ocupação. Assim, somente aqueles que forem efetivamente expostos a agentes prejudiciais à saúde
é que terão regras especiais de aposentadoria.

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c) Servidores ocupantes de cargo de policial penal, de agente socioeducativo ou de policial civil,


incluídos delegados, agentes e escrivães.

Os professores continuaram a receber especial atenção do legislador constituinte estadual. Como se repara
no art. 29, § 6º, os professores terão redução de 7 anos em relação às idades mínimas mencionadas no inciso
III do § 2º. Esses profissionais poderão se aposentar com 58 (cinquenta e oito) anos de idade, se homens, e
53 (cinquenta e três) anos, se mulheres.

Por fim, destacamos a vedação à criação de novos Regimes Próprios de Previdência Social. Em outras
palavras, os Municípios potiguares que não criaram seus Regimes Próprios até a promulgação da EC n o
20/2020 não poderão mais fazê-lo.

Ao servidor ocupante exclusivamente de cargo em comissão, aplica-se o regime geral de previdência social.

Art. 30. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 1º. O servidor público estável só perderá o cargo:
I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei
complementar, assegurada ampla defesa.
§ 2º. Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o
eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a
indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração
proporcional ao tempo de serviço.
§ 3º. Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em
disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado
aproveitamento em outro cargo.
§ 4º. Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de
desempenho por comissão instituída para essa finalidade.

O art.30 da Constituição do Rio Grande do Norte, assim como o art. 41 da Carta Magna, estabelece que são
necessários 3 anos de exercício para aquisição de estabilidade.

O esquema abaixo enumera os requisitos a serem cumpridos para aquisição de estabilidade no serviço
público.

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O servidor estável somente poderá perder o cargo nas seguintes hipóteses:

a) Sentença judicial transitada em julgado. Suponha que uma decisão judicial transitada em julgada
condene o servidor por improbidade administrativa. Uma das consequências será a perda do cargo
público.
b) Processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa. Após um processo administrativo
regular, o servidor público que cometeu alguma falta grave poderá ser demitido, perdendo o cargo
público.
c) Procedimento de avaliação periódica de desempenho na forma de lei federal, assegurada ampla
defesa. O servidor também poderá perder o cargo por insuficiência de desempenho.
d) E uma outra hipótese é o excesso de despesa com pessoal, que se aplica ao Estado, apesar não
previsão expressa, por ter sido estabelecida no art. 169, § 3º da CF/88. As despesas com pessoal estão
limitadas pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LC nº 101/2000). Caso esses limites sejam
descumpridos, o Poder Executivo deverá adotar certas medidas: i) redução em pelo menos 20% das
despesas com cargos em comissão e funções de confiança; ii) exoneração de servidores não-estáveis.
Se essas medidas não forem suficientes, o servidor estável pode vir a perder o cargo.

O §2º cuida da reintegração, forma de provimento que se aplica quando um servidor estável é demitido e,
depois, retorna ao cargo anteriormente ocupado, por ter sua demissão invalidada por sentença judicial.
Tem-se, também, a recondução que se caracteriza pelo retorno de servidor estável ao seu cargo de origem
em razão de reintegração de servidor que anteriormente ocupava o cargo. Neste caso, não haverá qualquer
indenização ao servidor reconduzido e este poderá ser aproveitado em outro cargo ou colocado em
disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

O §3º dispõe sobre a possibilidade de o servidor ser colocado em disponibilidade, com remuneração
proporcional ao tempo de serviço, até ser aproveitado em outro cargo quando o seu for extinto ou ser
declarado desnecessário.

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Seção III - Dos Militares do Estado

Art. 31. Os membros da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, instituições organizadas
com base na hierarquia e disciplina, são militares do Estado.
§ 1º. Aplicam-se aos militares do Estado, além do que vier a ser fixado em lei, as disposições do
art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º, todos da Constituição Federal, cabendo a
lei estadual dispor sobre as matérias do art. 142, § 3º, inciso X, sendo as patentes dos oficiais
conferidas pelo Governador do Estado.
§ 2º. Aos pensionistas dos militares do Estado aplica-se o que for fixado em lei específica.
§ 3º. O acesso aos Quadros de Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar exige,
entre outros requisitos, a aprovação em curso de formação de oficiais.
§ 4º. Ao aluno-soldado é garantido soldo nunca inferior ao salário mínimo vigente.

Os servidores militares do Estado são os integrantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar.
instituições organizadas com base na hierarquia e disciplina.

É vedada aos militares a filiação a partido político. Segundo o § 8º do art. 14 da CF/88, apesar de não
poderem estar filiados a partidos políticos, os policiais e bombeiros militares podem se candidatar a cargos
eletivos. Se contar menos de 10 anos de serviço, o militar deverá se afastar da atividade; por outro lado, se
contar mais de 10 anos, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no
ato da diplomação, para a inatividade.

No § 3º do art. 142 da CF/88, estabeleceu-se que as patentes dos oficiais militares, com prerrogativas,
direitos e deveres a elas inerentes, são conferidas pelo Governador do Estado e asseguradas em plenitude
aos oficiais da ativa, da reserva ou reformados, sendo-lhes privativos os títulos e postos militares.

O militar em atividade que aceitar cargo público civil permanente será transferido para a reserva. Caso o
cargo, emprego ou função pública tenha caráter temporário, não eletivo, ainda que da administração
indireta, ficará agregado ao respectivo quadro e, enquanto permanecer nessa situação, só poderá ser
promovido por antiguidade, contando-se-lhe o tempo de serviço apenas para aquela promoção a
transferência para a reserva, sendo, depois de dois anos de afastamento, contínuos ou não, transferido para
a inatividade.

Por determinação da Constituição Federal, aos militares são proibidas a sindicalização e a greve.

O oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível, por
decisão de tribunal militar em tempos de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra.

Os militares têm garantidos os seguintes direitos:

- décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;


- salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;
- gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que a remuneração
normal, vedada a transformação do período de férias em tempo de serviço;
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- licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
- licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
- assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em
creches e pré-escolas.

A vedação à vinculação de remunerações, à acumulação de acréscimos pecuniários para concessão de


acréscimos ulteriores, e a garantia da irredutibilidade dos salários também aplicam-se aos servidores
militares.

16. (Questão inédita) Segundo a Constituição do Estado do Rio Grande do Norte, a Administração
Pública deverá observar os princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

Comentários:

A CE/RN previu os mesmos princípios expressos determinados no art.37 da CF/88. A questão está correta.

17. (Questão Inédita) A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em
concurso público de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão.

Comentário:

É exatamente o que dispõe o art. 26, inciso II, da Constituição Estadual.

18. (Questão inédita) O Estado do Rio Grande do Norte, ao invés de estabelecer um teto remuneratório
para cada um dos três Poderes, estabeleceu um único, válido para todos, com exceção dos Deputados
Estaduais, que é o subsídio mensal dos Desembargadores do Tribunal de Justiça.

Comentário:

No Rio Grande do Norte, fixou-se como teto remuneratório de todos os servidores do Estado o subsídio dos
Desembargadores do Tribunal de Justiça, conforme previsto no inciso XI do art. 26. A questão está correta.

19. (Questão Inédita) No Estado do Rio Grande do Norte, as funções de confiança serão exercidas
preferencialmente por servidores públicos de carreira.

Comentário:

As funções de confiança são destinadas exclusivamente a servidores públicos ocupantes de cargos efetivos.
A questão está errada.
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20. (Questão Inédita) De acordo com a Constituição do Estado do Rio Grande do Norte, os acréscimos
pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados, para fins de
concessão de acréscimos ulteriores.

Comentário:

É exatamente o que prevê o art. 29, inciso XIV, da Constituição Estadual.

21. (Questão inédita) Pelo menos mensalmente, os servidores terão seus vencimentos reajustados em
índice suficiente para repor seu poder aquisitivo.

Comentário:

Anualmente a remuneração dos servidores públicos será reajustada para manutenção do poder de compra,
sem qualquer distinção de índice. Cabe lembrar que, no RE 565.089, o STF decidiu que esta revisão anual de
vencimentos não é obrigatória, mas, para deixar de aplica-la, o Executivo deve justificar a não concessão da
medida ao Poder Legislativo. A questão está errada.

22. (Questão Inédita) Somente por lei específica poderá ser autorizada a criação de autarquia e
fundação pública, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação.

Comentário:

As autarquias precisam ser criadas por lei específica. A questão está errada.

23. (Questão Inédita) Ao servidor público quando investido no mandato de Vereador ou Prefeito é
assegurado o exercício funcional em órgãos e entidades da administração direta e indireta situados no
município do seu domicílio eleitoral, observada a compatibilidade de horário.

Comentário:

O servidor público investido no mandato de Prefeito deverá se afastar do cargo, podendo optar pela
remuneração do cargo ou do mandato eletivo. A questão está errada.

24. (Questão Inédita) No Estado do Rio Grande do Norte, a aposentadoria compulsória dos servidores
públicos se dá aos 70 anos.

Comentário:

A aposentadoria compulsória dos servidores públicos será aos 75 anos, qualquer que seja a esfera federativa.
Essa é uma regra que se aplica a todas as esferas federativas. A questão está errada.

25. (Questão inédita) Os atos de improbidade administrativa importam em perda dos direitos políticos,
suspensão de função pública, indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário, além de possível ação
penal.

Comentário:
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Houve uma inversão das penas. Há a suspensão dos direitos políticos e perda da função pública. As demais
estão corretas. A questão está errada.

26. (Questão inédita) O Estado responderá pelo dano que seus agentes causarem a terceiros em casos
de evidente culpa ou dolo.

Comentário:

As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviço público respondem
objetivamente pelo dano que seus agentes causarem a terceiros, independente da comprovação de culpa
ou dolo, dependendo apenas do nexo de causalidade entre a ação e o dano. A comprovação de culpa ou dolo
é necessária para o direito de regresso contra o responsável. A questão está errada.

27. (Questão inédita) Após adquirida a estabilidade, o servidor público não poderá perder o cargo.

Comentário:

O servidor poderá perder o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado, por processo
administrativo no qual lhe seja assegurada ampla defesa, por procedimento de avaliação periódica de
desempenho, ou, eventualmente, por excesso de despesa. A questão está errada.

28. (Questão Inédita) O Militar do Estado do Rio Grande do Norte em atividade que tomar posse em
cargo ou emprego público civil permanente, será transferido para a inatividade, nos termos da lei

Comentário:

O militar Estadual em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil permanente, será
transferido para a reserva, nos termos da lei. A questão está errada.

29. (Questão Inédita) Ao militar do Estado do Rio Grande do Norte a sindicalização e a greve e, em
qualquer hipótese, a filiação a partido político.

Comentário:

Ao militar são proibidas a sindicalização e a greve e, enquanto em efetivo serviço, a filiação a partido político.

Lembre-se ainda de que, apesar de os militares, enquanto em serviço ativo, não poderem estar filiados a
partidos políticos, eles podem se candidatar a cargos eletivos. Se contar com menos de 10 anos de serviço,
o militar deverá se afastar da atividade; por outro lado, se contar mais de 10 anos, será agregado pela
autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. A
questão está errada.

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TÍTULO IV - DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

Capítulo I - Do Poder Legislativo

Seção I - Da Assembleia Legislativa

Art. 32. O Poder Legislativo é exercido pela Assembleia Legislativa, com sede na Capital do Estado.
Parágrafo único. Ao Poder Legislativo é assegurada autonomia financeira, mediante percentual
da receita orçamentária do Estado, fixado em lei complementar.

Na União, o Poder Legislativo é bicameral, com a existência de duas casas legislativas: a Câmara dos
Deputados e o Senado Federal. Nos Estados e nos Municípios, por sua vez, o Poder Legislativo é unicameral.
Nos Estados, o Poder Legislativo é exercido pela Assembleia Legislativa; nos Municípios, pela Câmara dos
Vereadores.

O Poder Legislativo detém autonomia financeira garantida mediante repasses de um percentual da receita
orçamentária do Estado.

Art. 33. A Assembleia Legislativa se compõe de Deputados, representantes do povo do Estado do


Rio Grande do Norte, eleitos por sufrágio universal e voto direto e secreto.
§ 1º. Cada legislatura tem a duração de quatro (4) anos.
§ 2º. O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponde ao triplo da representação
do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis (36), é acrescido de
tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze (12).
§ 3º. É de quatro (4) anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando-se-lhes as regras da
Constituição Federal sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda do
mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas.
§ 4º. A eleição dos Deputados Estaduais realiza-se simultaneamente com a dos Deputados
Federais e Senadores.

A Assembleia Legislativa é constituída de Deputados, eleitos e investidos na forma da legislação federal, para
uma legislatura de 4 (quatro) anos.

O art. 33, § 1o, da CE/RN, trata da legislatura. De início, é importante ressaltar, para que não se confunda, a
diferença entre legislatura e sessão legislativa. Legislatura é o período de 4 (quatro) anos dentro do qual os
Deputados exercem seus mandatos; sessão legislativa é o período anual de trabalho do Poder Legislativo.
Considerando-se que a legislatura tem a duração de 4 (quatro) anos, podemos afirmar que ela é composta
de 4 (quatro) sessões legislativas ordinárias.

A determinação do número de Deputados que compõem a Assembleia foi definida no art. 27, caput, da
CF/88, que dispõe que “o número de Deputados corresponde ao triplo dos representantes eleitos à Câmara
dos Deputados, e, após atingir o número de trinta e seis, o acréscimo será de tantos quantos forem os
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Deputados Federais acima de doze”. Vale destacar que o número total de Deputados, bem como a
representação por Estado e pelo Distrito Federal, será estabelecido por lei complementar,
proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para
que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de 8 (oito) ou mais de 70 (setenta) Deputados.

Como o Rio Grande do Norte possui atualmente 8 (oito) Deputados Federais, a Assembleia Legislativa
Potiguar é integrada por 24 (vinte e quatro) Deputados Estaduais.

Art. 33-A. São órgãos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte:
I – Plenário;
II – Mesa;
III – Colégio de Líderes;
IV – Comissões;
V – Gabinetes Parlamentares;
VI – Procuradoria-Geral; e
VII – outros órgãos instituídos em Resolução.
§ 1º A Resolução, instrumento próprio da Assembleia Legislativa, terá força de lei quando editada
no âmbito de sua competência interna.
§ 2º A Assembleia Legislativa poderá funcionar de maneira itinerante, com a realização de
sessões e demais atividades legislativas, nos limites territoriais do Estado.
§ 3º Os Gabinetes Parlamentares são unidades autônomas em relação à estrutura administrativa
da Assembleia Legislativa, constituindo-se como a extensão do mandato, dotados de servidores
ocupantes de cargos de provimento em comissão, de livre nomeação e exoneração, observadas
as regras dispostas na Constituição Federal e nesta Constituição, a fim de viabilizar o exercício da
atividade político-parlamentar.
§ 4º Poderão os Gabinetes Parlamentares funcionar de forma descentralizada, com dotação
orçamentária própria, através de Unidades de Representação Parlamentar, regulamentadas por
Resolução, a fim de assegurar o exercício da atividade político-parlamentar do Deputado
Estadual.

No art. 33-A da Constituição do Rio Grande do Norte, acrescido pela Emenda Constitucional nº 18 de 2019,
estão listados os órgãos pertencentes à Assembleia Legislativa.

A resolução, ato próprio da Assembleia Legislativa, é utilizada para regulamentar assuntos de interesse
interno, sendo dotada de força de lei quando editado no âmbito de competência interna.

Os Gabinetes Parlamentares são órgãos autônomos em relação à Assembleia Legislativa, dotados de


servidores ocupantes de cargos em comissão. Estes órgãos têm dotação orçamentária própria e podem
funcionar descentralizadamente.

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Art. 34. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações da Assembleia Legislativa


e de suas Comissões são tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus
membros.

No processo legislativo estadual, assim como no federal, a regra é a aprovação das leis mediante processo
legislativo ordinário, com aprovação por maioria simples, presente a maioria absoluta dos membros da
Assembleia Legislativa.

Seção II - Das Atribuições da Assembleia Legislativa

Art. 35. Compete privativamente à Assembleia Legislativa:


I – eleger a Mesa e constituir suas Comissões;
II – dispor sobre seu regimento interno, sua organização, funcionamento, polícia, criação,
transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei
para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias;
III – autorizar o Governador e o Vice-Governador a se ausentarem do País, quando a ausência
exceder a quinze (15) dias;
IV – aprovar a intervenção municipal ou suspendê-la;
V – sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos
limites de delegação legislativa;
VI – mudar temporariamente sua sede;
VII – fixar os subsídios dos Deputados Estaduais, do Governador, Vice-Governador e Secretários
de Estado, observado o que dispõem os arts. 26, XI e 28, § 8º, desta Constituição, e os arts. 150,
II, 153, III, e 153, § 2º, I, da Constituição Federal;
VIII – julgar, anualmente, as contas prestadas pelo Governador do Estado e conhecer os relatórios
sobre a execução dos planos de Governo;
IX – fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Comissões, os atos do Poder
Executivo, incluídos os da administração indireta;
X – zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos
outros Poderes;
XI –eleger quatro (4) membros do Tribunal de Contas do Estado, e aprovar as indicações dos
demais;
XII – aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades nucleares;
XIII – autorizar referendo e convocar plebiscito;
XIV – Revogado.
XV – proceder à tomada de contas do Governador do Estado, quando não apresentadas dentro
de sessenta (60) dias após a abertura da sessão legislativa;
XVI – dar posse ao Governador e ao Vice-Governador;

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XVII – conhecer da renúncia do Governador e do Vice-Governador;


XVIII – destituir do cargo o Governador ou Secretário de Estado, após condenação por crime
comum ou de responsabilidade;
XIX – aprovar:
a) os decretos e outros atos expedidos pelo Governador, “ad referendum” da Assembleia,
inclusive os de intervenção em Municípios;
b) os convênios intermunicipais de fixação de limites;
c) previamente, por voto secreto, a indicação de três (3) Conselheiros do Tribunal de Contas, feita
pelo Governador;
XX – expedir decretos legislativos e resoluções;
XXI – solicitar a intervenção federal, nas hipóteses dos arts. 34, IV, e 36, I, da Constituição Federal;
XXII – receber o Governador, em reunião previamente designada, sempre que ele manifeste o
propósito de relatar, pessoalmente, assunto de interesse público;
XXIII – determinar o sobrestamento da execução dos atos a que se referem os arts. 53, § 1º e 54,
§ 2º;
XXIV – REVOGADO.
XXV – aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-
Geral de Justiça.
XXVI – Organizar as Unidades de Representação Parlamentar e os serviços e cargos necessários
à sua administração.
Art. 36. A Assembleia Legislativa, ou qualquer de suas Comissões, podem convocar Secretário de
Estado, Procurador-Geral do Estado, Comandantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros
Militar, ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados ao Governador do Estado,
para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado,
importando crime de responsabilidade o não comparecimento sem justificativa adequada.
§ 1º. Os Secretários de Estado, Procurador-Geral do Estado, Comandantes da Polícia Militar e do
Corpo de Bombeiros Militar podem comparecer à Assembleia Legislativa ou a qualquer de suas
Comissões, por sua iniciativa e mediante entendimentos com a Mesa respectiva, para expor
assunto de relevância atinente às suas funções.
§ 2º. A Mesa da Assembleia Legislativa pode encaminhar pedidos escritos de informações a
Secretários de Estado, Procurador-Geral do Estado, Comandantes da Polícia Militar e do Corpo de
Bombeiros Militar, ou a qualquer das pessoas referidas no caput deste artigo, importando crime
de responsabilidade a recusa, ou o não atendimento no prazo de trinta (30) dias, bem como a
prestação de informações falsas.

As matérias relacionadas no art. 35 da CE/RN são de competência exclusiva da Assembleia Legislativa do


Rio Grande do Norte e independem de sanção do Governador do Estado.

Dentre as atribuições acima relacionadas, vale destacar o seguinte:

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a) Cabe à Assembleia Legislativa eleger sua Mesa e dispor sobre seu regimento interno.
b) Pode sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos
limites de delegação legislativa.
c) A Assembleia Legislativa tem competência para julgar anualmente as contas do Governador e
conhecer os relatórios sobre execução dos planos do Governo. Caso as contas não sejam prestadas
em até 60 dias após o início da sessão legislativa, a Assembleia procederá à tomada de contas.
d) Ela aprova a intervenção em Municípios bem como pode suspendê-la.
e) A Assembleia Legislativa, diretamente ou por meio de suas Comissões, detém a prerrogativa de
fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta. Essa
atividade de fiscalização consiste em função típica do Poder Legislativo.
f) Cabe à Assembleia eleger 4 (quatro) membros do Tribunal de Contas do Estado e aprovar os outros
3 (três) escolhidos pelo Governador.
g) A Assembleia e suas Comissões podem convocar Secretário de Estado, Procurador-Geral do Estado,
Comandantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar ou titulares de órgãos
subordinados ao Governador para prestarem informações sobre assunto previamente
determinado, importando crime de responsabilidade o não comparecimento sem justificativa
adequada.

Art. 37. Cabe à Assembleia Legislativa, com a sanção do Governador do Estado, não exigida esta
para o especificado no art. 35, dispor sobre todas as matérias de competência do Estado,
especialmente sobre:
I – orçamento anual e plurianual;
II – sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas;
III – dívida pública, abertura e operações de crédito;
IV – planos e programas de desenvolvimento econômico e social;
V – licitações e contratos administrativos;
VI – criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas e fixação dos
respectivos vencimentos, salários e vantagens;
VII – regime jurídico dos servidores públicos, seus direitos, deveres e sistema disciplinar e de
previdência;
VIII – bens do domínio do Estado, inclusive, no caso de imóveis sua aquisição onerosa, alienação
ou oneração, respeitado o disposto no art. 17; IX – efetivo da Polícia Militar;
X – transferência temporária da sede do Governo Estadual observado o disposto no art. 64,VIII;
XI – concessão de auxílio aos Municípios e forma de sua aplicação;
XII – perdão de dívida, anistia e remissão de crédito tributário;
XIII – organização e divisão judiciárias;
XIV – organização, atribuições e o estatuto do Ministério Público e da Defensoria Pública do
Estado;

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XV – criação, estruturação e atribuições das Secretarias de Estado, Procuradorias Gerais,


Defensoria Pública, Polícia Militar, Polícia Civil e órgãos da Administração Pública;
XVI – matéria financeira e orçamentária;
XVII – normas gerais para a exploração, concessão, permissão ou autorização para exploração
de serviços públicos, bem como para a fixação das respectivas tarifas ou preços;
XVIII – previdência social dos Deputados Estaduais.

As matérias elencadas no art. 37 da Constituição Estadual são da competência da Assembleia Legislativa, que
sobre elas disporá mediante lei (ordinária ou complementar). Para isso, é necessária a sanção do
Governador do Estado. Desse modo, somente por lei formal a Assembleia Legislativa pode dispor sobre
determinados assuntos, dentre eles se destacam:

a) Compete à Assembleia dispor sobre tributos, arrecadação e distribuição de rendas.


b) A Assembleia disporá sobre plano plurianual e orçamento anual.
c) De acordo com o inciso VI, art. 37 da CE/RN, ordenará sobre criação, transformação e extinção de
cargo, empregos e funções públicos, inclusive fixação dos vencimentos e salários.
d) Compete à Assembleia dispor sobre aquisição onerosa, alienação ou oneração de bens de domínio
do Estado, inclusive os imóveis.
e) Cabe a ela dispor sobre os efetivos da Polícia Militar.
f) É sua atribuição deliberar sobre criação, estruturação e atribuições das Secretarias de Estado,
Procuradorias Gerais, Defensoria Pública, Polícia Militar, Polícia Civil e órgãos da Administração
Pública.

Seção III - Dos Deputados

Art. 38. Os Deputados Estaduais são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas
opiniões, palavras e votos.
§ 1º. Desde a expedição do diploma, os Deputados Estaduais não poderão ser presos, salvo em
flagrante de crime inafiançável. Neste caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro
horas à Assembleia Legislativa, para que, pelo voto da maioria de seus membros, em votação
nominal, resolva sobre a prisão.
§ 2º. Recebida denúncia contra Deputado Estadual, por crime ocorrido após a diplomação, o
Tribunal de Justiça ou o Órgão Judiciário competente darão ciência à Assembleia Legislativa, que,
por iniciativa de partido político nela representado, ou no Congresso Nacional, e pelo voto
nominal da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação.
§ 3º. A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato.
§ 4º. Os Deputados, desde a expedição do diploma, são submetidos a julgamento perante o
Tribunal de Justiça do Estado.
§ 5º. Os Deputados não são obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas
em razão do exercício do mandato nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam
informações.
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§ 6º. A incorporação de Deputado às Forças Armadas, embora militar e ainda que em tempo de
guerra, depende de prévia licença da Assembleia Legislativa.
§ 7º. As imunidades dos Deputados subsistem durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas
mediante o voto de dois terços (2/3) dos membros da Assembleia Legislativa, nos casos de atos
praticados fora do recinto da Casa, que sejam incompatíveis com a execução da medida.
§ 8º. Os Deputados que forem demandados judicialmente podem requerer à Mesa que a
consultoria jurídica e a representação judicial sejam feitas pela Procuradoria-Geral da Assembleia
Legislativa, caso a ação judicial se refira ao exercício da atividade parlamentar ou dela decorra,
observadas as atribuições, competências e forma que serão regulamentadas por Resolução.

A Constituição Estadual dispõe que os Deputados são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas
opiniões, palavras e votos. Trata-se da chamada imunidade material, que permite que o congressista possa
exercer suas atribuições com a mais ampla liberdade de expressão. Com efeito, o deputado não poderá ser
responsabilizado na esfera civil, penal ou administrativa por suas opiniões, palavras e votos proferidos.
Destaque-se que a imunidade material somente abrange os atos emanados do parlamentar em decorrência
do exercício de seu mandato. Caso a manifestação do parlamentar não tenha qualquer conexão com o
exercício de suas atribuições, ele estará sujeito às normas de direito, assim como qualquer cidadão comum.

Já a outra prerrogativa dos Deputados, a imunidade formal (processual ou de rito) garante aos
parlamentares duas garantias distintas:

a) impossibilidade de ser preso ou de permanecer preso;

b) possibilidade de sustação do andamento da ação penal.

Nos termos do art. 38, § 1º, da Constituição Estadual, desde a expedição do diploma, os membros da
Assembleia Legislativa não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Ressalte-se que a
diplomação antecede a posse no cargo. Ela consiste no ato de expedição de diploma pela Justiça Eleitoral,
atestando que o candidato foi regularmente eleito. Assim, antes mesmo de serem nomeados, os membros
da Assembleia Legislativa não poderão ser presos, a não ser em flagrante de crime inafiançável. Cabe
destacar que a impossibilidade de prisão de Deputado Estadual também alcança os crimes praticados antes
da diplomação.

Na hipótese de flagrante de crime inafiançável praticado por Deputado Estadual, este poderá ser preso.
Nessa situação, os autos serão remetidos dentro de 24 horas à Assembleia Legislativa para que, pelo voto
da maioria dos membros, decida-se pela manutenção da prisão ou pela liberdade do Deputado.

No caso de crime praticado por Deputado após a diplomação, será possível a sustação do andamento da
ação. Para isto, uma vez recebida a denúncia contra Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o
Tribunal de Justiça dará ciência à Assembleia Legislativa, que, por iniciativa de partido político nela
representado e pelo voto da maioria dos membros poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação.

Os Deputados Estaduais, desde a diplomação, serão submetidos a julgamento perante o Tribunal de Justiça.

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Outra prerrogativa dos Deputados Estaduais diz respeito ao fato de que estes não serão obrigados a
testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as
pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações.

Para que os Deputados sejam incorporados às Forças Armadas, é preciso prévia licença da Assembleia,
mesmo que sejam militares e esteja em tempo de guerra.

As imunidades dos Deputados Estaduais subsistem até mesmo durante o estado de sítio. Apenas no caso de
atos praticados fora da Assembleia Legislativa e que sejam incompatíveis com o estado de sítio é que
poderá haver suspensão das imunidades parlamentares. Para isso, será necessário o voto de 2/3 dos
membros da Assembleia Legislativa.

Caso os Deputados sejam demandados judicialmente em ação referente ao exercício da atividade


parlamentar, pode requerer à Mesa da Assembleia que sua consultoria jurídica e representação judicial
sejam feitas pela Procuradoria-Geral da Assembleia Legislativa.

Art. 39. Os Deputados não podem:


I – desde a expedição do diploma:
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública,
sociedade de economia mista, fundação instituída pelo Poder Público, ou empresa concessionária
de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam
demissíveis “ad nutum”, nas entidades constantes da alínea anterior.
II – desde a posse:
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresas que gozem de favor decorrente de
contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nelas exercer função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis “ad nutum’’, nas entidades referidas no inciso
I, “a”;
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, “a”;
d) ser titulares de mais de um (1) cargo ou mandato público eletivo.

O art. 39 da CE/RN relaciona as condutas vedadas aos Deputados Estaduais. No inciso I, estão previstas
condutas que não podem ser adotadas desde o momento em que ocorre a diplomação. Já no inciso II, temos
condutas proibidas a partir da posse.

Art. 40. Perde o mandato o Deputado:


I – que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;
II – cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;
III – que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias
da Assembleia Legislativa, salvo licença ou missão por esta autorizada;
IV – que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
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V – quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos na Constituição Federal ou nesta;
VI – que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado.
§ 1º. É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no regimento interno,
o abuso das prerrogativas asseguradas a membro da Assembleia Legislativa ou a percepção de
vantagens indevidas.
§ 2º. Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela Assembleia Legislativa,
por maioria absoluta e votação nominal, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido
político representado no Congresso Nacional ou na própria Assembleia, assegurada ampla
defesa.
§ 3º. Nos casos previstos nos incisos III, IV e V, a perda é declarada pela Mesa da Assembleia
Legislativa, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido
político representado na Casa, ou no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.
§ 4º. A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do
mandato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais de que
tratam os §§ 2º e 3º.

As situações de perda de mandato do Deputado Estadual previstas na CE/RN são idênticas às previstas na
CF/88 para os Deputados Federais e Senadores. Como é possível verificar, há situações em que a perda do
mandato é decidida pela Assembleia Legislativa. Em outras situações, é a Mesa quem declara a perda do
mandato, conforme separadas no quadro abaixo:

Perda decidida pela Assembleia Legislativa – Perda declarada pela Mesa – quando:
quando o Deputado:
I - Infringir qualquer das proibições do art. 103. III – Deixar de comparecer, em cada sessão
legislativa, à terça parte das sessões ordinárias,
salvo licença ou missão autorizada.
II – Tiver procedimento declarado incompatível com IV – Perder ou tiver suspensos os direitos políticos
o decoro parlamentar.
VI – Sofrer condenação criminal transitada em V – Decretar a Justiça Eleitoral.
julgado.
Art. 41. Não perde o mandato o Deputado:
I – investido no cargo de Ministro de Estado, Secretário deste Estado, da Prefeitura da Capital ou
chefe de missão diplomática temporária;
II – licenciado pela Assembleia Legislativa, por motivo de doença, ou para tratar, sem
remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento
e vinte (120) dias por sessão legislativa.
§ 1º. O suplente é convocado nos casos de vaga, de investidura em funções previstas neste artigo
ou de licença superior a cento e vinte (120) dias.
§ 2º. Ocorrendo vaga e não havendo suplente, faz-se eleição para preenchê-la, se faltarem mais
de quinze (15) meses para o término do mandato.
§ 3º. Na hipótese do inciso I, o Deputado pode optar pela remuneração do mandato.

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O Deputado Estadual que for investido no cargo de Ministro, Governador de Território, Secretário deste
Estado, da Prefeitura da Capital ou chefe de missão diplomática provisória de Município não perderá o
mandato. Hipóteses em que poderá optar pela remuneração do mandato.

Da mesma forma, não perderá o mandato o Deputado Estadual licenciado pela Assembleia Legislativa por
motivo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o
afastamento não ultrapasse 120 dias por sessão legislativa.

Nestes casos de afastamento ou licença superior a 120 dias, o suplente será convocado para a vaga e, se não
existir, far-se-á nova eleição para preenchê-la se ainda faltarem mais de 15 meses para o término do
mandato.

Seção IV - Das Reuniões

Art. 42. A Assembleia Legislativa reunir-se-á, anualmente, na Capital do Estado, de 2 de fevereiro


a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.
§ 1º. As reuniões marcadas para essas datas são transferidas para o primeiro dia útil
subsequente, quando recaiam em sábados, domingos ou feriados.
§ 2º. A sessão legislativa não é interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes
orçamentárias.
§ 3º. Além de outros casos previstos nesta Constituição, a Assembleia Legislativa se reúne em
sessão especial para:
I – inaugurar a sessão legislativa;
II – receber o compromisso do Governador e do Vice-Governador;
III – conhecer de veto e sobre ele deliberar.
§ 4º. A Assembleia Legislativa se reúne em sessão preparatória, a partir de 1º de fevereiro, no
primeiro ano da legislatura, para dar posse a seus membros e eleger a Mesa, para mandato de
dois (2) anos, vedada a recondução, para o mesmo cargo, na eleição imediatamente
subsequente.
§ 5º. Por motivo de conveniência pública e mediante deliberação da maioria absoluta dos seus
membros, pode a Assembleia Legislativa reunir-se, temporariamente, em qualquer cidade do
Estado.

No Estado do Rio Grande do Norte, a sessão legislativa ordinária ocorrerá de 2 de fevereiro a 17 de julho e
de 1º de agosto a 22 de dezembro. Dentro desses períodos, a Assembleia Legislativa estará reunida; fora
deles, estará de recesso. As reuniões marcadas para essas datas e que recaírem em sábados, domingos e
feriados, serão transferidas para o primeiro dia útil subsequente.

No primeiro ano da legislatura, é necessário que os novos Deputados tomem posse e, ainda, que seja eleita
a Mesa (órgão administrativo de direção da Assembleia Legislativa). Com esse objetivo é que, no primeiro
ano da legislatura, a Assembleia Legislativa reunir-se-á em sessão preparatória, a partir de 1o de fevereiro.
Os membros da Mesa têm mandato de 2 (dois) anos e não podem, na eleição subsequente, serem
reconduzidos para o mesmo cargo.
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Além destas ocasiões, a Assembleia se reúne para inaugurar a sessão legislativa, para receber o compromisso
de posse do Governador e do Vice-Governador e para conhecer de veto e sobre ele deliberar.

§ 6º. A convocação extraordinária da Assembleia Legislativa faz-se:


I – por seu Presidente, em caso de intervenção em Município e posse do Governador ou do Vice-
Governador;
II – pelo Governador do Estado, pelo Presidente ou a requerimento da maioria dos Deputados,
em caso de urgência ou interesse público relevante, em todas as hipóteses deste inciso com a
aprovação da maioria absoluta da Assembleia.
§ 7º. Na sessão legislativa extraordinária, a Assembleia Legislativa somente deliberará sobre a
matéria para a qual foi convocada, vedado o pagamento de parcela indenizatória, em razão da
convocação.

A sessão legislativa poderá ser ordinária ou extraordinária. A sessão legislativa extraordinária é aquela que
é instaurada para apreciar certas questões de natureza especial, durante os períodos de recesso.

O Presidente da Assembleia Legislativa poderá fazer a convocação extraordinária nas seguintes hipóteses:
i) posse e compromisso do Governador e Vice-Governador; ii) decretação de intervenção estadual em algum
Município.

A Mesa Diretora ou requerimento de 1/3 dos Deputados podem convoca-la para apreciar ato do Governador
que importe em crime de responsabilidade.

A convocação extraordinária também poderá ocorrer em caso de urgência ou interesse público relevante,
sendo feita, nesses casos, pelo Governador, Presidente da Assembleia Legislativa ou a requerimento da
maioria dos membros da Casa Legislativa.

Ademais, na convocação extraordinária não poderá haver deliberação sobre matéria diferente para a qual
foi convocada, nem dará ensejo a pagamento de parcela indenizatória.

Seção V - Das Comissões

Art. 43. A Assembleia Legislativa tem Comissões permanentes e temporárias, constituídas na


forma e com as atribuições previstas no seu regimento ou no ato de que resultar sua criação.
§ 1º. Na constituição da Mesa e de cada Comissão, é assegurada, tanto quanto possível, a
representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da Casa.
§ 2º. Às Comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:
I – discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do
Plenário, salvo se houver recurso de um décimo (1/10) dos membros da Casa;
II – realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;
III – convocar Secretários de Estado, Procuradores Gerais e Comandante da Polícia Militar para
prestarem informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições;

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IV – receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou


omissões das autoridades ou entidades públicas;
V – solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;
VI – apreciar programas de obras, planos estaduais, regionais e setoriais de desenvolvimento e
sobre eles emitir parecer.

As Comissões Parlamentares são órgãos criados pela Assembleia Legislativa para facilitar-lhe os trabalhos,
sendo dotadas de natureza técnico-política. Podem ser criadas, por exemplo, uma Comissão de Direitos
Humanos e uma Comissão de Meio Ambiente. Cabe destacar que a Assembleia Legislativa possui dois tipos
de Comissões: as Comissões permanentes (ex: Comissão de Constituição, Justiça e Redação, Comissão de
Saúde) e as comissões temporárias. Estas serão constituídas e terão atribuições conforme previsto no
Regimento Interno da Assembleia Legislativa.

A composição da Mesa (órgão administrativo da Assembleia Legislativa) e das Comissões deverá observar,
tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos políticos ou blocos parlamentares com
assento na Assembleia Legislativa.

O § 2º versa sobre as competências das Comissões permanentes e temporárias da Assembleia Legislativa. É


claro, cada uma das comissões da Assembleia Legislativa possui competências específicas definidas no
Regimento Interno. As competências acima relacionadas são genéricas.

É preciso ter uma noção do que compete às comissões, como: realizar audiências públicas; receber
petições, reclamações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades
públicas; solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão; e apreciar programas de obras, planos
estaduais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer.

§ 3º. As Comissões Parlamentares de Inquérito têm poderes de investigação, próprios das


autoridades judiciais, além de outros previstos no regimento, são criadas pela Assembleia
Legislativa, mediante requerimento de um terço (1/3) de seus membros, para a apuração de fato
determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério
Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

O estado do Rio Grande do Norte poderá constituir CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito). O trabalho
das CPI’s é uma das formas pelas quais o Poder Legislativo exerce sua função típica de fiscalização. Trata-se
de controle político-administrativo exercido pelo Poder Legislativo com a finalidade de, em busca da
verdade, apurar acontecimentos e desvendar situações de interesse público. É mecanismo típico do sistema
de freios e contrapesos, de controle do Poder Legislativo sobre os demais Poderes.

As CPI’s têm como atribuição realizar a investigação parlamentar, produzindo o inquérito legislativo. Nesse
sentido, CPI não julga, não acusa e não promove responsabilidade de ninguém. Sua função é meramente
investigatória; todavia, suas conclusões, quando for o caso, serão encaminhadas ao Ministério Público para
que, esse sim, promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

Sobre elas, é relevante destacar:

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a) possuem poderes de investigação próprios das autoridades judiciais.

As CPI’s consistem em atuação atípica do Poder Legislativo e evidencia a opção do legislador por um sistema
de separação de poderes baseado em mecanismos de “freios e contrapesos“. Por meio das CPI’s, o Poder
Legislativo realiza sua atribuição de controle e fiscalização.

É bem vasta a jurisprudência sobre as CPI’s, de forma que vale a pena mencionarmos alguns entendimentos
do STF:

- As CPI’s, no exercício de suas funções investigatórias, podem convocar particular e autoridades


públicas para prestarem depoimento, seja na condição de testemunhas ou de investigados.
- As CPI’s podem determinar a quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico dos investigados. Cabe
destacar que as CPI’s não podem autorizar as escutas telefônicas (interceptação telefônica). Tal medida
apenas pode ser implementada mediante ordem judicial.
- As CPI’s podem determinar a prisão em flagrante, mas não têm competência para decretar outras
espécies de prisão (prisões temporárias, preventivas e outras).
- As CPI’s não têm competência para determinar a busca e apreensão domiciliar e de documentos.

b) são criadas mediante requerimento de 1/3 dos membros da Assembleia Legislativa.

c) destinam-se a apurar fato determinado e por prazo certo.

Seção VI - Da Procuradoria-Geral da Assembleia Legislativa

Art. 43-A. A Procuradoria-Geral da Assembleia Legislativa, instituição permanente, vinculada à


Mesa, é o órgão superior de assessoramento e consultoria jurídica do Poder Legislativo,
incumbindo-lhe ainda as atividades de representação judicial e assistência técnica legislativa à
Mesa, às Comissões, às Diretorias e aos Deputados.
§ 1º A representação judicial, extrajudicial e a consultoria jurídica do Poder Legislativo, na defesa
de sua independência, bem como a supervisão dos serviços de assessoramento jurídico serão
exercidas pela Procuradoria-Geral da Assembleia Legislativa, sem prejuízo das atribuições da
Procuradoria-Geral do Estado.
§ 2º A Procuradoria-Geral da Assembleia Legislativa oficiará nos procedimentos administrativos
no que diz respeito ao controle interno dos atos emanados pelo Poder Legislativo e promoverá a
defesa de seus interesses, incluídos os de natureza financeiro-orçamentária, bem como exercerá
outras funções que lhe sejam conferidas por Resolução de iniciativa da Mesa da Assembleia
Legislativa.
§ 3º Resolução de iniciativa da Mesa da Assembleia Legislativa disporá sobre a organização e o
funcionamento da Procuradoria-Geral, estendendo-se aos seus integrantes os direitos, os deveres
e as vedações atinentes aos Procuradores do Estado.
§ 4º O subsídio dos ocupantes dos cargos de carreira de Procurador da Assembleia Legislativa
será fixado conforme o disposto na parte final do art. 37, inciso XI, da Constituição da República

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e art. 26, inciso XI desta Constituição, cujo valor será previsto em lei específica de iniciativa do
Poder Legislativo.
Art. 43-B. Compete à Procuradoria-Geral da Assembleia Legislativa exercer a representação
judicial do Poder Legislativo, nas ações em que for parte ativa ou passiva, na forma do § 8º do
art. 38 desta Constituição, sem prejuízo das atribuições da Procuradoria-Geral do Estado.

No Poder Legislativo do Rio Grande do Norte há a Procuradoria-Geral da Assembleia Legislativa, instituição


permanente e vinculada à Mesa, responsável pelo assessoramento e consultoria jurídica do Poder
Legislativo, além da representação judicial e assistência técnica legislativa à Mesa, às Comissões, às
Diretorias e aos Deputados e representação do Poder Legislativo nas ações em que for parte ativa ou passiva.
Essas suas atribuições não afastam a atuação da Procuradoria-Geral do Estado.

Cabe à Procuradoria-Geral da Assembleia Legislativa o controle interno dos atos do Poder Legislativo e a
defesa de seus interesses, incluindo os assuntos referentes a natureza financeira e orçamentária.

Capítulo II - Do Processo Legislativo

Seção I - Disposição Geral

Art. 44. O processo legislativo estadual compreende a elaboração de:


I – emendas à Constituição;
II – leis complementares;
III – leis ordinárias;
IV – leis delegadas;
V – decretos legislativos;
VI – resoluções.

No Estado do Rio Grande do Norte, o processo legislativo compreende a elaboração de emendas à


Constituição, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, decretos legislativos e resoluções.

As emendas à Constituição são as alterações na Constituição Estadual, que demandam rito especial que será
detalhado mais à frente.

Quanto às leis, há duas espécies diferentes: leis ordinárias e leis complementares, e a diferença entre elas
está no quórum de aprovação. A primeira é aprovada por maioria simples dos votos, ou seja, maioria dos
votos dos presentes. Já a lei complementar depende de aprovação da maioria absoluta, que representa mais
da metade da totalidade dos membros.

As leis delegadas são prerrogativas legislativas que são atribuídas, pela Assembleia Legislativa, ao
Governador, respeitados certos limites.

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Os decretos legislativos e as resoluções são atos privativos da Assembleia Legislativa, que não dependem da
sanção do Governador. O decreto legislativo se refere a questões externas, enquanto as resoluções tratam
de aspectos internos da Assembleia.

Observe que, no Estado do Rio Grande do Norte, não há previsão para edição de medidas provisórias pelo
Governador.

Seção II - Da Emenda à Constituição

Art. 45. A Constituição pode ser emendada mediante proposta:


I – de um terço (1/3), no mínimo, dos membros da Assembleia Legislativa;
II – do Governador do Estado;
III – de iniciativa popular, subscrita por, no mínimo, três por cento do eleitorado estadual,
distribuídos, pelo menos, em três quintos dos Municípios do Estado.
§ 1º. A Constituição não pode ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de
defesa ou de estado de sítio.
§ 2º. A proposta de emenda é discutida e votada em dois (2) turnos, considerando-se aprovada
se obtiver, em ambos, três quintos (3/5) dos votos dos membros da Assembleia.
§ 3º. A emenda à Constituição é promulgada pela Mesa da Assembleia Legislativa, com o
respectivo número de ordem.
§ 4º. Não é objeto de deliberação a proposta de emenda que atente contra os princípios da
Constituição Federal.
§ 5º. A matéria constante de proposta de emenda, rejeitada ou havida por prejudicada, não pode
ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.

A Constituição Estadual poderá ser emendada mediante proposta: i) de um terço dos membros da
Assembleia Legislativa; ii) do Governador do Estado; iii) de pelo menos 3% do eleitorado estadual,
distribuído por, no mínimo, 3/5 dos Municípios do Estado.

Há certas limitações ao poder de emenda, são elas:

a) Limitações formais: a proposta de emenda é restrita a poucos legitimados. Além disso, deve obter
aprovação, em dois turnos, de 3/5 (três quintos) dos Deputados.

b) Limitações circunstanciais: a Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção


federal no Estado, de estado de sítio ou de estado de defesa.

c) Limitações materiais: não será objeto de deliberação a proposta de emenda que atente contra os
princípios da Constituição Federal.

A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não poderá ser objeto de
nova proposta na mesma sessão legislativa. Neste caso, a irrepetibilidade é absoluta.

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É importante observar que não há, em relação às emendas, as regras de iniciativa privativa que existem para
a legislação infraconstitucional. Além disso, outra diferença é que as emendas à Constituição são
promulgadas pela Mesa da Assembleia Legislativa.

Seção III - Das Leis

Art. 46. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer Deputado, Comissão
ou Mesa da Assembleia Legislativa, ao Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça e Tribunal
de Contas, ao Procurador-Geral de Justiça, ao Defensor Público-Geral do Estado e aos cidadãos,
na forma e nos casos previstos nesta Constituição.
§ 1º. São de iniciativa privativa do Governador do Estado as leis que:
I – fixem ou modifiquem o efetivo da Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros Militar;
II – disponham sobre:
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica, ou
aumento de sua remuneração;
b) servidores públicos do Estado, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e
aposentadoria;
c) militares do Estado e respectivo regime jurídico, provimento de cargos, promoções,
estabilidade, remuneração, reforma e condições de transferência para a reserva;
d) criação e extinção de Órgãos e Entes da Administração Pública Estadual, notadamente de
Secretarias de Estado, Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros Militar, observado o
disposto no art. 64, VII, desta Constituição.
§ 2º. A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Assembleia Legislativa de projeto
de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado estadual, conforme dispuser a lei.

O art. 46 da CE/RN arrola os legitimados a propor projeto de lei: qualquer membro ou Comissão da
Assembleia Legislativa, a Mesa Diretora, o Governador do Estado, o Tribunal de Justiça, o Tribunal de Contas,
o Procurador-Geral de Justiça, o Defensor Público do Estado e os cidadãos, na forma e nos casos definidos
na Constituição.

A iniciativa popular para a proposição de leis depende de projeto subscrito por, no mínimo, 1% do eleitorado
estadual, conforme dispuser a lei.

Existem algumas matérias que são da iniciativa privativa do Governador. Sobre elas, é principalmente
importante memorizar que as leis que disponham sobre servidores públicos civis e militares do Estado do
Rio Grande do Norte são de iniciativa privativa do Governador.

Art. 47. Não é admitido aumento da despesa prevista:


I – nos projetos de iniciativa exclusiva do Governador, ressalvado o disposto no art. 107, §§ 2º e
5º;
II – nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Assembleia Legislativa, dos
Tribunais Estaduais, do Ministério Público e da Defensoria Pública.
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O art. 47 trata de situações em que o poder de emenda é restringido para não provocar aumento de
despesa. Aos projetos de iniciativa exclusiva do Governador, ressalvadas as emendas à lei orçamentária
anual e à lei de diretrizes orçamentárias, e aos projetos de organização dos serviços administrativos da
Assembleia Legislativa, dos Tribunais, do Ministério Público e da Defensoria Pública podem ser apresentadas
emendas parlamentares, mas estas não poderão implicar em aumento de despesa.

§ 1º. O Governador do Estado pode solicitar urgência para apreciação de projetos de sua
iniciativa.
§ 2º. Se, no caso do parágrafo anterior, a Assembleia Legislativa não se manifestar sobre a
proposição em até quarenta e cinco (45) dias, é esta incluída na ordem do dia, sobrestando-se
todas as demais deliberações legislativas, com exceção das que tenham prazo constitucional
determinado, até que se ultime a votação.
§ 3º. O prazo de quarenta e cinco (45) dias, de que trata o § 2º, não corre nos períodos de recesso
da Assembleia Legislativa, nem se aplica aos projetos de código.

A Constituição Estadual trata do processo legislativo sumário nesse dispositivo, no qual estabelece que o
Governador poderá solicitar urgência para a apreciação de projetos de sua iniciativa.

Ressalte-se, entretanto, que não é necessário que a matéria seja da iniciativa privativa do Chefe do
Executivo. O regime de urgência poderá ser solicitado pelo Governador em relação a quaisquer projetos de
lei que ele tiver apresentado à Assembleia Legislativa, em qualquer fase de sua tramitação.

Solicitada a urgência, a Assembleia deverá se manifestar sobre a proposição, no prazo máximo de 45


(quarenta e cinco) dias, contados da data em que for feita a solicitação. Esgotado esse prazo sem deliberação
da Assembleia Legislativa, será a proposição prevista na Ordem do Dia, sobrestando-se às demais
proposições, para que se ultime a votação.

Art. 48. As leis complementares são aprovadas por maioria absoluta.


Parágrafo único. Além daquelas previstas na Constituição Federal e nesta Constituição,
dependem de lei complementar as seguintes matérias:
I – organização do Poder Executivo;
II – organização e divisão judiciárias;
III – organização do Ministério Público, da Defensoria Pública e do Tribunal de Contas;
IV – organização da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, bem como estatuto e
remuneração dos policiais militares e dos bombeiros militares;
V – estatuto dos servidores públicos civis.

É importante memorizar que a CE/RN reserva as seguintes matérias à lei complementar:

I – organização do Poder Executivo;


II – organização e divisão judiciárias;
III – organização do Ministério Público, da Defensoria Pública e do Tribunal de Contas;
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IV – organização da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, bem como estatuto e


remuneração dos policiais militares e dos bombeiros militares;
V – estatuto dos servidores públicos civis.

Art. 49. O projeto de lei aprovado pela Assembleia Legislativa é enviado à sanção do Governador,
ou arquivado se rejeitado.
§ 1º. Se o Governador do Estado considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou
contrário ao interesse público, pode vetá-lo, total ou parcialmente, no prazo de quinze (15) dias
úteis, contados da data do recebimento, comunicando, dentro de quarenta e oito (48) horas, ao
Presidente da Assembleia Legislativa os motivos do veto.
§ 2º. O veto parcial somente pode abranger texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou
de alínea.
§ 3º. Decorrido o prazo de quinze (15) dias, o silêncio do Governador do Estado importa em
sanção.
§ 4º. O veto é apreciado em sessão, dentro de trinta (30) dias a contar do seu recebimento, só
podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados.
§ 5º. Esgotado, sem deliberação, o prazo estabelecido no parágrafo anterior, o veto é colocado
na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.
§ 6º. Se o veto não for mantido, é o projeto enviado, para promulgação, ao Governador do Estado.
§ 7º. Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito (48) horas pelo Governador do Estado,
nos casos dos §§ 3º e 6º, o Presidente da Assembleia Legislativa a promulga, e, se este não o fizer
em igual prazo, cabe ao Vice-Presidente da Assembleia Legislativa fazê-lo.
Art. 50. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente pode constituir objeto de novo
projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros da
Assembleia Legislativa.
Art. 51. As leis delegadas são elaboradas pelo Governador do Estado, que deve solicitar a
delegação à Assembleia Legislativa.
§ 1º. Não podem ser objeto de delegação os atos de competência exclusiva da Assembleia
Legislativa, matéria reservada a lei complementar, nem a legislação sobre:
I – organização do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, a carreira e a
garantia de seus membros;
II – planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.
§ 2º. A delegação ao Governador do Estado tem forma de resolução da Assembleia Legislativa,
que deve especificar seu conteúdo e os termos de seu exercício.
§ 3º. Se a resolução determinar a apreciação do projeto pela Assembleia Legislativa, esta o faz,
em votação única, vedada qualquer emenda.

No processo legislativo estadual, existe apenas uma Casa Legislativa: a Assembleia Legislativa. Portanto, há
maior simplicidade na tramitação do que no processo legislativo federal, que tem as figuras da Casa
Iniciadora e Casa Revisora.
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Após aprovado pela Assembleia Legislativa, o projeto de lei será enviado ao Governador, para sanção ou
veto.

A sanção pode ser expressa ou tácita. Haverá sanção tácita quando o Governador não se manifestar
(permanecer em silêncio) pelo prazo de 15 dias úteis após recebido o projeto de lei. Sancionado o projeto
de lei, ele se transforma em lei, que deverá ser promulgada e publicada.

Agora, falemos sobre o veto.

O veto pode ser político (quando o Governador julgar que o projeto de lei contraria o interesse público) ou
jurídico (quando o Governador entender que o projeto é inconstitucional).

O veto será sempre expresso. Se o Governador considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional,
ilegal ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis,
comunicando ao Presidente da Assembleia Legislativa, dentro de 48 horas, os motivos do veto.

O veto pode ser total ou parcial. Caso se trate de veto parcial, este deverá abranger o texto integral de
artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.

O veto poderá ser rejeitado pela Assembleia Legislativa. Segundo a Constituição Estadual, o veto será
apreciado pela Assembleia Legislativa dentro de 30 (trinta) dias a contar do seu recebimento, só podendo
ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados Estaduais.

Se o veto for derrubado, o projeto deve ser promulgado pelo Governador em 48 (quarenta e oito) horas. Se
este não o fizer, o Presidente da Assembleia o fará e, passado 48 horas sem promulgação, esta caberá ao
Vice-Presidente da Assembleia.

Art. 50. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente pode constituir objeto de novo
projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros da
Assembleia Legislativa.

O art. 50, CE/RN, nos apresenta o princípio da irrepetibilidade. Como regra geral, a matéria constante de
projeto de lei rejeitado não poderá ser objeto de novo projeto na mesma sessão legislativa, a menos que
haja proposta nesse sentido da maioria dos membros (maioria absoluta) da Assembleia Legislativa.

Art. 51. As leis delegadas são elaboradas pelo Governador do Estado, que deve solicitar a
delegação à Assembleia Legislativa.
§ 1º. Não podem ser objeto de delegação os atos de competência exclusiva da Assembleia
Legislativa, matéria reservada a lei complementar, nem a legislação sobre:
I – organização do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, a carreira e a
garantia de seus membros;
II – planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.
§ 2º. A delegação ao Governador do Estado tem forma de resolução da Assembleia Legislativa,
que deve especificar seu conteúdo e os termos de seu exercício.

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§ 3º. Se a resolução determinar a apreciação do projeto pela Assembleia Legislativa, esta o faz,
em votação única, vedada qualquer emenda.

O art. 51, CE/RN, em perfeita simetria com a CF/88, estabelece que o Governador é responsável pela
elaboração das leis delegadas. Para isso, todavia, deverá solicitar delegação à Assembleia Legislativa. A
delegação ao Governador terá a forma de resolução da Assembleia Legislativa. Nessa resolução, será
especificado o conteúdo e os termos de exercício da delegação.

Não podem ser objeto de lei delegada:

a) Legislação sobre organização do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública.


b) Legislação sobre planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamento.

Há dois tipos de delegação:

a) delegação típica (própria) – a Assembleia Legislativa concede a competência ao Governador para


editar lei sobre determinada matéria e este a elabora, promulga e publica sem nenhuma intervenção
da Assembleia.
b) delegação atípica (imprópria) – na resolução que concede ao governador a competência de editar
lei sobre determinada matéria, a Assembleia prevê que o projeto deve ser apreciado pelo Poder
Legislativo antes da conversão em lei. Neste caso, a Assembleia apreciará o projeto em votação única,
vedada qualquer emenda.

Capítulo III - Da Fiscalização Contábil, Financeira, Orçamentária,


Operacional e Patrimonial

Art. 52. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Estado e


de todas as entidades da administração direta e indireta, quanto aos aspectos de legalidade,
legitimidade e economicidade, assim como a aplicação das subvenções e renúncias de receitas, é
exercida pela Assembleia Legislativa, mediante o controle externo e pelo sistema de controle
interno de cada um dos Poderes.
§ 1º. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade,
guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais o Estado
responda, ou que, em nome deste, assuma obrigações de natureza pecuniária.
§ 2º. A fiscalização de que trata este artigo compreende:
I – a legalidade dos atos geradores de receita ou determinantes de despesas, bem como os de
que resulte o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações;
II – a fidelidade funcional dos agentes responsáveis por bens e valores públicos;
III – o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários e em termos de
realização de obras e prestação de serviços;
IV – a proteção e o controle do ativo patrimonial;

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V – o cumprimento dos procedimentos, das competências, das responsabilidades e dos encargos


dos órgãos e entidades da administração pública direta e indireta.

Para a construção de um governo honesto, obediente à lei e eficaz, é importante que seja realizado o
controle da atuação administrativa, que pode ser de 2 (dois) tipos:

a) Controle interno: realizado dentro de cada Poder.


b) Controle externo: exercido órgão que não integra a estrutura daquele que será fiscalizado. Trata-
se do controle exercido pelo Poder Legislativo sobre os demais Poderes. Nos Estados, é de competência
da Assembleia Legislativa, que o exerce com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

O art. 52 é baseado no art. 70 da CF/88, que determina que a fiscalização realizada pelo Legislativo
(Assembleia Legislativa) tem como objeto a legalidade, a legitimidade, a economicidade, a aplicação das
subvenções e a renúncia de receitas. A fiscalização possui, como algumas de suas facetas:

a) Legalidade: analisa a obediência do administrador à lei, verificando a validade dos atos


administrativos em face do ordenamento jurídico.
b) Legitimidade: representa que a ação governamental está aderente ao interesse público.
c) Economicidade: compreende a análise de custo/benefício das ações do Poder Público.
d) Financeira: refere-se à aplicação das subvenções, à renúncia de receitas, às despesas e às questões
contábeis.

O § 1º determina que prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, que utilize, arrecade, guarde,
gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais o Estado ou responda ou que
assumir, em nome dele, obrigações de natureza pecuniária.

O § 2º lista os objetos da fiscalização.

Art. 53. O controle externo, a cargo da Assembleia Legislativa, é exercido com o auxílio do Tribunal
de Contas do Estado, ao qual compete:
I – apreciar as contas prestadas, anualmente, pelo Governador do Estado, mediante parecer
prévio, a ser elaborado em sessenta (60) dias, a contar do seu recebimento;
II – julgar as contas dos administradores dos três Poderes do Estado e demais responsáveis por
dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, inclusive das fundações,
empresas públicas, autarquias, sociedades de economia mista e demais sociedades instituídas ou
mantidas pelo Poder Público, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra
irregularidade de que resulte prejuízo ao erário;
III – apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer
título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das
concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não
alterem o fundamento legal do ato concessório;
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IV – realizar, por iniciativa própria, da Assembleia Legislativa, de Comissão técnica ou de


inquérito, ou em razão de denúncia, inspeções e auditorias de natureza financeira, contábil,
orçamentária, operacional e patrimonial nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo,
Executivo e Judiciário e demais entidades referidas no inciso II;
V – fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pelo Estado a Município e a
instituições públicas ou privadas;
VI – prestar as informações solicitadas pela Assembleia Legislativa sobre a fiscalização contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções
realizadas;
VII – aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as
sanções previstas em lei, que estabelece, dentre outras cominações, multa proporcional ao dano
causado ao erário;
VIII – assinar prazo para que o órgão ou entidade fiscalizada adote as providências necessárias
ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;
IX – sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Assembleia
Legislativa;
X – representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados, sugerindo, se
for o caso, intervenção em Município.
§ 1º. No caso de contrato, o ato de sustação é privativo da Assembleia Legislativa, que solicita,
de imediato, ao Poder Executivo, as medidas cabíveis.
§ 2º. Se a Assembleia Legislativa ou o Poder Executivo, no prazo de noventa (90) dias, não
efetivarem as medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decide a respeito.
§ 3º. As decisões do Tribunal de Contas, de que resulte imputação de débito ou multa, têm eficácia
de título executivo, devendo observar os parâmetros de razoabilidade e de proporcionalidade
estabelecida em lei.
§ 4º. O Tribunal de Contas encaminha à Assembleia Legislativa, relativamente às suas atividades,
trimestral e anualmente, relatório operacional.
§ 5º. O julgamento da regularidade das contas, pelo Tribunal de Contas, baseia-se em
levantamentos realizados através de inspeções e auditorias, e em pronunciamentos dos
administradores, emitindo os respectivos certificados.
§ 6º. Revogado
§ 7º. Revogado
§ 8º. No exercício do controle externo, a Assembleia Legislativa poderá, por aprovação de 2/3
(dois terços) de seus membros, sustar os efeitos das decisões cautelares, inclusive as que versarem
sobre imposição de multa, proferidas pelo Tribunal de Contas do Estado e por seus membros, até
o julgamento do mérito do processo, a fim de resguardar sua missão constitucional, operando,
sempre, sob a orientação da razoabilidade e da proporcionalidade e sem prejuízo do controle
judicial dos atos administrativos já realizado pelo Poder Judiciário.

O art. 53 da Constituição do Rio Grande do Norte trata do papel do Tribunal de Contas, que se assemelham

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bastante às do TCU, o que facilita a memorização. Como você sabe, o controle externo é realizado pela
Assembleia Legislativa com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado (TCE/RN).

Das atribuições relacionadas no art. 53 da CE/RN, chamamos sua atenção para o seguinte:

a) O Tribunal de Contas do Estado emite parecer prévio sobre as contas que o Governador do Estado
apresenta anualmente em até 60 dias após seu recebimento. Todavia, o TCE/RN não julga as contas
do Governador: cabe à Assembleia Legislativa fazê-lo.
b) O TCE/RN tem competência para julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por
dinheiros, bens e valores públicos dos três poderes, da administração direta e indireta, incluídas as
empresas públicas, autarquias, sociedades de economia mista e as fundações instituídas ou
mantidas pelo Poder Público Estadual, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou
outra irregularidade de que resulte prejuízo à Fazenda Estadual.
c) É também competência do Tribunal de Contas do Estado apreciar, para fins de registro, a legalidade
dos atos de admissão de pessoal pelas administrações direta e indireta, exceto nomeação para
cargo em comissão, bem como apreciar a legalidade dos atos de concessão de aposentadoria,
reformas e pensões.
d) É sua competência fiscalizar a aplicação de todos os recursos repassados pelo Estado por força de
convênio, acordo, ajuste ou instrumento do tipo.
e) O TCE deve aplicar aos responsáveis, no caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas,
as sanções previstas em lei, como multa proporcional ao dano causado ao erário.
f) Tem competência, também, para sustar atos impugnados. A sustação de contratos administrativos
é competência da Assembleia Legislativa ou do Poder Executivo. Apenas se eles não decidirem a
respeito no prazo de 90 dias é que o TCE tomará as medidas cabíveis.

As decisões do TCE/RN das quais resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo.

O Tribunal de Contas do Estado deve prestar contas à Assembleia Legislativa. Por causa disto deverá,
trimestral e anualmente, enviar a ela relatórios de suas atividades.

Segundo o § 8º do art. 53, que foi incluído pela EC nº 18 de 2019, a Assembleia Legislativa, por decisão de
2/3 (dois terços) dos Deputados, pode sustar as decisões cautelares proferidas pelo TCE/RN, até o
julgamento do processo e sem prejuízo do controle judicial dos atos administrativos realizado pelo Poder
Judiciário.

Art. 54. A Comissão Permanente de Finanças da Assembleia Legislativa, diante de indícios de


despesa não autorizada, ainda que sob forma de investimentos não programados ou de subsídios
não aprovados, pode solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco (5)
dias, preste os esclarecimentos necessários.
§ 1º. Não prestados os esclarecimentos, ou considerados insuficientes, a Comissão solicita ao
Tribunal de Contas pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta (30) dias.

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§ 2º. Entendendo o Tribunal de Contas irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto pode
causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública, propõe à Assembleia Legislativa sua
sustação.

O art. 54 trata das competências da Comissão Permanente de Finanças da Assembleia Legislativa, que
poderá solicitar pronunciamento conclusivo ao TCE no caso de indícios de despesa não autorizada. Caso o
TCE considere a despesa irregular, a Comissão poderá propor à Assembleia Legislativa a sua sustação.

Art. 55. Os Poderes do Estado mantêm, de forma integrada sistema do controle interno, com a
finalidade de:
I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual a execução dos programas de
Governo e dos orçamentos do Estado;
II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração pública
estadual, bem como da aplicação de recursos públicos por entidade privada;
III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e
haveres do Estado;
IV – apoiar o controle externo, no exercício de sua missão institucional.
§ 1º. Revogado.
§ 2º. Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer
irregularidade ou ilegalidade, dela dão ciência ao Tribunal de Contas do Estado, sob pena de
responsabilidades solidária.
§ 3º. Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato, é parte legítima para, na forma
da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas do Estado.

O art. 55 da CE/RN reproduz o art. 74 da Constituição Federal, trazendo as finalidades do controle interno,
que é realizado dentro de cada poder. O controle interno e o controle externo atuam de forma
complementar, ou seja, um não se subordina ao outro.

Destaca-se que o controle interno deverá apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
Nesse sentido, os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade
ou ilegalidade, deverão cientificar o Tribunal de Contas do Estado, sob pena de responsabilidade solidária.

Segundo a Constituição do Rio Grande do Norte, pode haver participação popular no controle externo.
Assim, qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei,
denunciar irregularidade ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas do Estado.

Capítulo IV - Do Tribunal de Contas

Art. 56. O Tribunal de Contas do Estado tem sede na Capital, quadro próprio de pessoal e
jurisdição em todo o território estadual exercendo as seguintes atribuições administrativas, além
de outras conferidas em lei:

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I – eleger seu presidente e demais titulares de sua direção, para mandato de dois (2) anos;
II – elaborar seu regimento interno e organizar os respectivos serviços auxiliares;
III – propor ao Poder Legislativo sua lei orgânica, a criação ou a extinção de cargos em seus
serviços auxiliares e a fixação dos vencimentos de seus membros e demais servidores;
IV – conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e servidores, nos termos da
lei;
V – prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, obedecido o disposto nos arts.
26, § 6º, e 110, os cargos, empregos e funções necessários à sua administração, dispensando o
concurso para provimento dos cargos de confiança, assim definidos em lei.
§ 1º. Os Conselheiros do Tribunal de Contas, em número de sete (7), são escolhidos dentre
brasileiros com mais de trinta e cinco (35) e menos de sessenta e cinco (65) anos de idade, de
idoneidade moral, reputação ilibada e notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos,
financeiros ou de administração pública, com mais de dez (10) anos de exercício de função ou de
efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos mencionados.
§ 2º. Os Conselheiros do Tribunal de Contas são escolhidos:
I – três (3), pelo Governador do Estado, com aprovação da Assembleia Legislativa, sendo dois
alternadamente, dentre Auditores e Membros do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas,
mediante lista tríplice encaminhada pelo Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e
merecimento;
II – quatro (4), pela Assembleia Legislativa.
§ 3º. A nomeação dos Conselheiros do Tribunal de Contas, indicados pelo Governador, é precedida
de arguição pública, deliberando a Assembleia por voto secreto.
§ 4º. Os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado terão as mesmas garantias, prerrogativas,
impedimentos, vencimentos e vantagens dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, aplicando-
se-lhes, quanto à aposentadoria e pensão, as normas constantes do art. 40 da Constituição
Federal.
§ 5º. Os Auditores são nomeados mediante concurso público de provas e títulos, dentre
portadores de título de curso superior em Ciências Contábeis e Atuariais, Ciências Jurídicas e
Sociais, Ciências Econômicas ou Administração, observando-se o disposto nos arts. 26, § 6º e 110,
quando em substituição a Conselheiros, têm as mesmas garantias e impedimentos dos titulares
e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de Juiz da mais alta entrância.

O caput do art. 56 trata das competências administrativas do TCE/RN, como eleição de seu presidente e
demais diretores para mandato de 2 anos; propor ao Legislativo sua lei orgânica, a criação ou a extinção de
cargos me seus serviços auxiliares e a fixação dos vencimentos de seus membros e demais servidores; e a
promoção de concurso público.

O TCE/RN é composto por 7 (sete) Conselheiros, que serão nomeados dentre brasileiros que cumpram os
seguintes requisitos:

- mais de 35 (trinta e cinco) e menos de 65 (sessenta e cinco) anos;

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- idoneidade mora e reputação ilibada;


- formação superior;
- notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública;
- mais de 10 (dez) anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional, que exijam os
conhecimentos acima mencionados.

Além disso, o artigo, em seu § 2º, determina o modo como se dá a escolha dos Conselheiros do Tribunal de
Contas. Esses Conselheiros são escolhidos:

a) 4 (quatro) pela Assembleia Legislativa;

b) 3 (três) pelo Governador, com aprovação da Assembleia Legislativa, um deles de livre escolha e as
duas outras escolhas, alternadamente, auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal
de Contas, mediante lista tríplice segundo os critérios de antiguidade e merecimento.

A nomeação dos Conselheiros do Tribunal de Contas, indicados pelo Governador, é precedida de arguição
pública, deliberando a Assembleia por voto secreto.

Vale a pena destacar que, de modo simétrico ao modelo federal, os Conselheiros do Tribunal de Contas terão
as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Desembargadores do
Tribunal de Justiça do Estado.

30. (Questão inédita) O Poder Legislativo é exercido pela Assembleia Legislativa, constituída de
representantes do povo, eleitos pelo sistema majoritário, por voto direto e secreto.

Comentário:

Os membros da Assembleia Legislativa (Deputados estaduais) são eleitos pelo sistema proporcional. A
questão está errada

31. (Questão Inédita) Compete à Assembleia Legislativa dispor, com a sanção do Governador, sobre
sistema tributário estadual.

Comentário:

Trata-se de competência da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte que depende de sanção do
Governador (Art. 37, II).

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32. (Questão inédita) É competência da Assembleia Legislativa, com a sanção do governador, dispor
sobre plano plurianual e orçamento anual.

Comentário:

Item de acordo com o art. 37, I, da CE/RN.

33. (Questão Inédita) Compete exclusivamente à Assembleia Legislativa autorizar o Governador e o


Vice-Governador a se ausentarem do Estado por mais de dez dias.

Comentário:

A autorização é necessária para afastamentos a partir de 15 dias. A questão está errada.

34. (Questão inédita) É atribuição da Assembleia Legislativa, independente de sanção do Governador,


criar comissões de inquérito.

Comentários:

As Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) são uma das formas de o Poder Legislativo exercer sua
função fiscalizadora e, para isso, independe de sanção do Governador. A questão está correta.

35. (Questão Inédita) Desde a expedição do diploma, os membros da Assembleia Legislativa não
poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável.

Comentário:

Trata-se da imunidade formal dos Deputados Estaduais. A questão está correta.

36. (Questão Inédita) Não perderá o mandato o Deputado Estadual investido no cargo de Ministro de
Estado, Secretário deste Estado ou de Prefeitura de Capital ou de chefe de missão diplomática temporária

Comentário:

É exatamente o que prevê o art. 41, I, CE/RN.

37. (Questão Inédita) No Rio Grande do Norte, um Deputado Estadual somente será processado e
julgado pelo Tribunal de Justiça mediante licença prévia da Assembleia Legislativa.

Comentário:

Não há que se falar em licença prévia para que Deputado Estadual seja processado e julgado. A questão está
errada

38. (Questão Inédita) As comissões, permanentes ou temporárias, podem convocar Secretários de


Estado para prestarem informações sobre os assuntos inerentes a suas atribuições.

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Comentário:

De fato, a Assembleia Legislativa e suas Comissões podem convocar Secretários de Estado para prestarem
informações sobre os assuntos inerentes a suas atribuições. Trata-se de competência que viabiliza o controle,
pelo Poder Legislativo, da execução de políticas públicas. A questão está correta.

39. (Questão inédita) A instauração de CPI estadual é competência privativa da Assembleia Legislativa,
após requerimento de 1/3 dos seus membros.

Comentários:

A Assembleia Legislativa irá instituir CPI estadual, mediante requerimento de 1/3 dos seus membros. A
questão está correta.

40. (Questão inédita) As comissões parlamentares de inquérito, apesar de possuírem poderes próprios
de autoridades judiciárias, não podem decretar a indisponibilidade ou apreensão de bens.

Comentário:

O STF já decidiu que as CPI’s não têm poderes para determinar busca e apreensão de documentos e bens. A
questão está correta.

41. (Questão Inédita) Compete privativamente à Assembleia Legislativa julgar, anualmente, as contas
prestadas pelo Governador do Estado e apreciar os relatórios, sobre a execução dos planos de governo.

Comentário:

Esta realmente é uma competência da Assembleia Legislativa, conforme inciso VIII do art.35. A questão está
correta.

42. (Questão Inédita) No Estado do Rio Grande do Norte, não há iniciativa popular de emendas à
Constituição Estadual.

Comentário:

Ao contrário do que afirma o enunciado, existe iniciativa popular de emenda à Constituição Estadual no Rio
Grande do Norte se subscrita por, pelo menos, 3% do eleitorado do Estado. A questão está errada

43. (Questão Inédita) A matéria constante no projeto de lei rejeitado não poderá constituir objeto de
novo projeto, na mesma sessão legislativa.

Comentários:

A irrepetibilidade não é absoluta. Poderá haver novo projeto com a mesma matéria caso este seja proposto
por maioria absoluta dos Deputados. A questão está errada

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44. (Questão Inédita) Se o Governador do Estado considerar o Projeto de Lei, no todo ou em parte,
inconstitucional ou contrário ao interesse público, veta-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias
úteis, contado da data do recebimento e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, os motivos do veto
ao Presidente da Assembleia Legislativa.

Comentário:

O Governador poderá sancionar ou vetar projetos de lei aprovados pela Assembleia Legislativa. A questão
está correta.

45. (Questão inédita) Caso um projeto de lei seja vetado pelo Governador do Estado, este veto poderá
ser derrubado por voto de maioria absoluta dos Deputados Estaduais.

Comentário:

É exatamente isto que dispõe o §4º do art. 49 da CE/RN.

46. (Questão Inédita) O Governador, caso julgue relevante, poderá solicitar urgência para apreciação
de projetos de iniciativa da Assembleia.

Comentário:

De acordo com o § 1º do art. 47da Constituição do Rio Grande do Norte, o Governador poderá solicitar
urgência apenas para a apreciação de projetos de sua iniciativa. A questão está errada

47. (Questão inédita) Caso detecte irregularidade, o Tribunal de Contas do Estado poderá sustar atos e
contratos impugnados e comunicar a decisão à Assembleia Legislativa.

Comentário:

O TCE/RN tem competência para sustar atos administrativos. A sustação de contratos administrativos é
competência da Assembleia Legislativa, que solicitará as medidas cabíveis ao Poder Executivo. A questão
está errada

48. (Questão inédita) Os responsáveis pole controle interno, ao tomarem conhecimento de


irregularidade e dela não darem ciência ao Tribunal de Contas do Estado, estarão sujeitos à
responsabilidade subsidiária.

Comentário:

Reza o § 2º. do art. 55 que os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer
irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas, sob pena de responsabilidade
solidária. A questão está errada.

49. (Questão inédita) Além do controle interno e externo, há a possibilidade de haver controle popular,
por meio do qual qualquer cidadão, partido político, associação e sindicato podem denunciar
irregularidade ao Tribunal de Contas do Estado.
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Comentário:

O item está de acordo com o § 3º art. 55 da CE/RN.

Capítulo V - Do Poder Executivo

Seção I - Do Governador e do Vice-Governador

Art. 57. O Poder Executivo, com sede na Capital do Estado, é exercido pelo Governador, auxiliado
pelos Secretários de Estado.
§ 1º. A eleição do Governador e do Vice-Governador do Estado, para mandato de quatro anos,
realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de
outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus
antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subsequente.
§ 2º. A eleição do Governador importa a do Vice-Governador com ele registrado.
§ 3º. É considerado eleito Governador o candidato que, registrado por partido político, obtenha
a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.
§ 4º. Se nenhum candidato alcançar a maioria absoluta na primeira votação, faz-se nova eleição
em até vinte (20) dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois (2) candidatos mais
votados e considerando-se eleito aquele que obtenha a maioria dos votos válidos.
§ 5º. Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de
candidato, convoca-se, dentre os remanescentes, o de maior votação. § 6º. Se, na hipótese dos
parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de um (1) candidato com a mesma
votação, qualifica-se o mais idoso. § 7º. O Governador perde o mandato se assumir outro cargo
ou função na administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso
público e observado o disposto no art. 38, I, IV e V, da Constituição Federal.
§ 6º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de um (1)
candidato com a mesma votação, qualifica-se o mais idoso.
§ 7º O Governador perde o mandato se assumir outro cargo ou função na administração pública
direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no
art. 38, I, IV e V, da Constituição Federal.

No Rio Grande do Norte, assim como nos demais estados da federação, o Poder Executivo é exercido pelo
Governador, que é auxiliado nessa tarefa pelos Secretários de Estado. Os Secretários de Estado, na órbita
estadual, são equivalentes aos Ministros de Estado, na órbita federal. Assim como existe o Ministro da Saúde
e o Ministro da Educação, nos Estados existe o Secretário da Saúde e o Secretário da Educação.

O Governador, eleito para um mandato de quatro anos, pode ser reeleito para um único período
subsequente, na forma estabelecida na Constituição

A eleição do Governador do Estado implicará a do candidato a Vice-Governador com ele registrado. Tanto o
Governador quanto o Vice-Governador são eleitos pelo sistema majoritário, no qual é eleito o candidato

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com maioria dos votos válidos, não computados os nulos e os brancos. Esta eleição realizar-se-á no primeiro
domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do
ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do
ano subsequente. Tanto o Governador quanto o Vice-Governador são eleitos pelo sistema majoritário, no
qual é eleito o candidato com maioria dos votos válidos.

Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato,
convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação. Cuidado! Não será convocado o Vice do
candidato que faleceu, desistiu ou foi impedido, mas sim chamado aquele que ficou na terceira posição no
primeiro turno. Caso ocorra empate entre os remanescentes, qualificar-se-á o mais idoso.

Art. 58. O Governador e o Vice-Governador do Estado tomam posse em sessão especial perante
a Assembleia Legislativa, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir as
Constituições da República e do Estado, observar as leis, promover o bem geral do povo e exercer
o cargo com lealdade e honra.
§ 1º. Se, decorridos dez (10) dias da data fixada para a posse, o Governador ou o Vice-Governador,
salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, é este declarado vago.
§ 2º. A partir da posse e durante todo o mandato o Governador e o Vice-Governador devem
manter residência na Capital do Estado.

O Governador e o Vice-Governador tomarão posse perante a Assembleia Legislativa, prestando


compromisso de manter e defender a Constituição Federal, a Constituição Estadual, observar as leis,
promover o bem geral do povo

De acordo com o § 1º do art. 83 da CE/RN, caso o Governador ou Vice-Governador não assumam o cargo
dentro de 10 dias da data fixada para a posse, o cargo será declarado vago, salvo motivo de força maior.
Assim, podem ocorrer distintas situações:

a) Governador não assume o cargo dentro de 10 dias da data fixada para a posse, sem motivo de força
maior: o Vice assume o cargo de Governador e governa até o final do mandato.
b) Governador não assume o cargo dentro de 10 dias da data fixada para a posse, por motivo de força
maior: o Vice assume o cargo e governa até que o Governador tome posse.
c) Vice-Governador não assume o cargo dentro de 10 dias da data fixada para a posse, sem motivo de
força maior: o cargo de Vice é declarado vago e o Governador assume, governando sem Vice até o final
do mandato.
d) Vice-Governador não assume o cargo dentro de 10 dias da data fixada para a posse, por motivo de
força maior: o Governador assume e governa sem vice até que este assuma o cargo.
e) Governador e Vice-Governador não assumem o cargo dentro de 10 dias, sem motivo de força maior:
os dois cargos são declarados vagos. Assume o Presidente da Assembleia Legislativa.

Art. 59. Substitui o Governador, no caso de impedimento, e o sucede, no caso de vaga, o Vice-
Governador.

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Parágrafo único. O Vice-Governador do Estado, além de outras atribuições que lhe forem
conferidas por lei complementar, auxilia o Governador, sempre que por ele convocado para
missões especiais.
Art. 60. Em caso de impedimento do Governador e do Vice-Governador, ou vacância dos
respectivos cargos, são sucessivamente chamados ao exercício do cargo o Presidente da
Assembleia Legislativa e o do Tribunal de Justiça.
Art. 61. Vagando os cargos de Governador e Vice-Governador do Estado, nos dois (2) primeiros
anos do período governamental faz-se eleição direta, noventa (90) dias depois de aberta a última
vaga.
§ 1º. Ocorrendo a vacância no terceiro ano do período governamental, a eleição para ambos os
cargos é feita, trinta (30) dias depois da última vaga, pela Assembleia Legislativa, na forma da
lei.
§ 2º. Ocorrendo a vacância no último ano do período governamental, o cargo é exercido pelo
Presidente da Assembleia Legislativa e, na sua recusa, pelo Presidente do Tribunal de Justiça.
§ 3º. Em qualquer dos casos, os eleitos ou sucessores devem completar o período dos seus
antecessores.

A Constituição Estadual prevê soluções para os casos de impedimento do Governador e de vacância do seu
cargo. Os impedimentos são afastamentos temporários do Governador, ocorrendo, por exemplo, quando
ele se ausenta do País. Já a vacância é o afastamento definitivo do cargo, com consequente sucessão.

Do art. 59 da CE/RN extrai-se que o substituto natural do Governador é o Vice-Governador, seja nas
hipóteses de impedimento ou em caso de vacância do cargo. Em caso de também impedimento do Vice-
Governador, ou vacância do seu cargo, serão sucessivamente chamados ao exercício da Governadoria o
Presidente da Assembleia Legislativa e o Presidente do Tribunal de Justiça.

Dessa forma, havendo vacância dos cargos de Governador e de Vice-Governador, serão convocadas novas
eleições. Temos, então, o seguinte:

a) Se a vacância dos cargos de Governador e Vice-Governador ocorrer nos dois primeiros anos do
mandato, serão feitas eleições 90 (noventa) dias depois de aberta a última vaga. Trata-se, nesse
caso, de eleições diretas.

b) Se a vacância dos cargos de Governador e Vice-Governador ocorrer no terceiro ano do mandato,


a eleição para ambos os cargos será feita 30 (trinta) dias depois da última vaga, pela Assembleia
Legislativa. Serão feitas, portanto, eleições indiretas.

c) Se a vacância dos cargos de Governador e Vice-Governador ocorrer no último ano do mandato, o


cargo será exercido pelo Presidente da Assembleia Legislativa e, na sua recusa, pelo Presidente do
Tribunal de Justiça.

Aqueles que forem eleitos dessa maneira deverão apenas completar o mandato dos seus antecessores. É o
que se chama de “mandato-tampão”.

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Art. 62. É declarado vago o cargo de Governador pela maioria absoluta da Assembleia Legislativa,
nos seguintes casos:
I – não investidura, nos dez (10) dias seguintes à data fixada para a posse, ou imediatamente,
quando se tratar de substituição, salvo, em qualquer caso, motivo de força maior;
II – ausência do território do Estado, por mais de trinta (30) dias, ou do País, por mais de quinze
(15) dias, sem prévia licença da Assembleia Legislativa.
Art. 63. Aplicam-se ao Governador e ao Vice-Governador do Estado os impedimentos previstos
na Constituição Federal para o Presidente da República.
Parágrafo único. É ainda vedado ao Governador e ao Vice-Governador, bem assim aos seus
ascendentes, descendentes, irmãos, cunhados, durante o cunhadio, e cônjuges, ou a empresas de
que participem, contrair empréstimo em instituição financeira na qual o Estado seja detentor de
mais da metade das respectivas ações, com direito a voto.

O cargo de Governador do Estado será declarado vago por maioria absoluta da Assembleia Legislativa
quando o eleito não tomar posse em até 10 (dez) dias da data fixada para a posse ou imediatamente no
caso de substituição ou caso o ocupante do cargo ausente-se do Estado por mais de 30 (trinta) dias ou do
país por mais de 15 (quinze) dias sem prévia licença da Câmara.

O Governador e o Vice-Governador submetem-se aos mesmos impedimentos aplicáveis ao Presidente da


República.

Seção II - Das Atribuições do Governador do Estado

Art. 64. Compete privativamente ao Governador do Estado:


I – representar o Estado nas suas relações políticas, jurídicas e administrativas;
II – nomear e exonerar os Secretários de Estado, os dirigentes de autarquias e fundações
instituídas ou mantidas pelo Estado e os demais ocupantes de cargos ou funções de confiança;
III – exercer, com auxilio dos Secretários de Estado, a direção superior da administração estadual;
IV – iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição;
V – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para
sua fiel execução;
VI – vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
VII – dispor sobre a organização e funcionamento da administração estadual, quando não
implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos, e sobre a extinção de
funções ou cargos públicos, quando vagos; (NR: Emenda Constitucional Federal nº 32, de 2001)
VIII – transferir, temporariamente, com prévia autorização da Assembleia Legislativa, a sede do
Governo, ressalvados os casos de guerra, comoção interna ou calamidade pública, em que a
transferência pode ser feita “ad referendum” da Assembleia;
IX – fixar preços públicos;

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X – decretar intervenção em Município, executá-la e nomear interventor, “ad referendum” da


Assembleia Legislativa;
XI – remeter mensagem e plano de Governo à Assembleia Legislativa, por ocasião da abertura da
sessão legislativa, expondo a situação do Estado e solicitando as providências que julgar
necessárias;
XII – julgar recursos administrativos legalmente previstos;
XIII – exercer o comando supremo da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, promover
seus Oficiais e nomeá-los para os cargos públicos que lhes são privativos;
XIV – nomear os Desembargadores do Tribunal de Justiça para as vagas destinadas a membros
do Ministério Público e advogados, e outros servidores, quando determinado em lei;
XV – nomear, observado o disposto no art. 56, § 2º, I, Conselheiros do Tribunal de Contas do
Estado;
XVI – enviar à Assembleia Legislativa o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes
orçamentárias e as propostas de orçamento, previstos nesta Constituição;
XVII – conferir condecorações e distinções honoríficas;
XVIII – prestar, anualmente, à Assembleia Legislativa, dentro de sessenta (60) dias após a
abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;
XIX – prover os cargos públicos estaduais, na forma da lei;
XX – participar da composição do organismo regional responsável pelos planos de
desenvolvimento econômico e social da Região Nordeste;
XXI – exercer outras atribuições e praticar, no interesse do Estado, quaisquer outros atos que não
estejam, explícita ou implicitamente, reservados a outro Poder, pela Constituição Federal, por
esta Constituição ou por lei.
Parágrafo único. O Governador pode delegar as atribuições previstas nos incisos VII e XIX aos
Secretários de Estado e outros auxiliares de igual hierarquia, fixando, previamente, os limites da
delegação.

As atribuições privativas do Governador do Rio Grande do Norte estão previstas no art. 64 da Constituição
Estadual. Trata-se de um rol exemplificativo, não excluindo outras atribuições previstas em outras partes do
texto constitucional.

Cabe ressaltarmos algumas atribuições do Governador:

a) Nomear e exonerar Secretários de Estado, dirigentes de autarquias e fundações instituídas ou


mantidas pelo Estado e os demais ocupantes de cargos ou funções de confiança.
b) Iniciar o processo legislativo: o Governador pode dar início ao processo legislativo, na Assembleia
Legislativa, seja apresentando projetos de sua iniciativa privativa, seja projetos de iniciativa geral.
c) Sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para a
sua fiel execução: ao expedir decretos, que são os decretos executivos (atos normativos
infralegais/secundários), o Governador está exercendo seu poder regulamentar. O decreto

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executivo diferencia-se das leis porque não pode inovar o ordenamento jurídico, apenas facilita a
sua execução. E o “regulamento autorizado”, também ato secundário, complementa a lei,
conforme expressa determinação e contornos nela contida.
d) Cabe ao Governador indicar e nomear 3 (três) Conselheiros do Tribunal de Contas.
e) Enviar à Assembleia Legislativa o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as
propostas de orçamento: a iniciativa de leis orçamentárias é privativa do Governador.
f) Prestar, anualmente, à Assembleia Legislativa, em até 60 dias após o início da sessão legislativa, as
contas referentes ao exercício anterior: este inciso refere-se à prestação de contas do Governador
do Estado. Tais contas são julgadas pela Assembleia Legislativa, após parecer prévio do TCE/RN.
g) Decretar, quando couber, a intervenção em Municípios e nomear o interventor.

Algumas dessas atribuições são delegáveis aos Secretários de Estado e outras autoridades de igual
hierarquia, sendo fixados limites para o exercício:

a) Dispor sobre a organização e funcionamento da administração estadual, quando não implicar


aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos, e sobre a extinção de funções ou
cargos públicos, quando vagos.

b) Prover os cargos públicos estaduais, na forma da lei.

Seção III - Da Responsabilidade do Governador do Estado

Art. 65. São crimes de responsabilidade do Governador os definidos em lei federal, que estabelece
as normas de processo e julgamento.
§ 1º. § 1º O Governador é submetido a julgamento perante o Superior Tribunal de Justiça, nos
crimes comuns, ou perante tribunal especial, nos crimes de responsabilidade, e, quando conexos
com aqueles, os Secretários de Estado.
§ 2º. O Tribunal Especial a que se refere o parágrafo anterior se constitui de cinco (5) Deputados
eleitos pela Assembleia e cinco (5) Desembargadores, sorteados pelo Presidente do Tribunal de
Justiça, que o preside.
§ 3º. O Governador fica suspenso de suas funções:
I – Revogado.
II – nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Tribunal Especial.
§ 4º. Se, decorrido o prazo de cento e oitenta (180) dias, o julgamento não estiver concluído, cessa
o afastamento do Governador, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.

A definição dos crimes de responsabilidade do Governador e normas de competência da União, visto que,
pelo art. 22, I da CF/88, compete à União legislar sobre direito penal, incluindo-se aí os crimes de
responsabilidade. Nesse sentido, estabelece a Súmula Vinculante nº 46 que “a definição dos crimes de
responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são de competência
legislativa privativa da União”.

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Nos crimes comuns, o Governador será processado e julgado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Nos
crimes de responsabilidade, o julgamento do Governador caberá a um Tribunal Especial, composto de
membros do Tribunal de Justiça do Estado e da Assembleia Legislativa.

Cabe destacar, ainda, que o recebimento da denúncia pelo STJ não implica em afastamento automático do
Governador. O afastamento até pode acontecer, mas caso assim entenda necessário o STJ, que tem
competência para decidir fundamentadamente quanto à aplicação de medidas cautelares.

Seção IV - Dos Secretários de Estado

Art. 66. Os Secretários de Estado são escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um (21) anos
e no exercício dos direitos políticos.
Parágrafo único. Compete ao Secretário de Estado, além de outras atribuições estabelecidas
nesta Constituição e na lei:
I – exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração
estadual e referendar os atos e decretos assinados pelo Governador do Estado, na área de sua
competência;
II – expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos;
III – apresentar ao Governador do Estado relatório anual de sua gestão na Secretaria;
IV – praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas pelo Governador do
Estado.
Art. 67. A lei disporá sobre a criação e extinção de Secretarias e órgãos da administração pública.

Os Secretários de Estado são livremente nomeáveis e exoneráveis pelo Governador, sendo escolhidos
dentre brasileiros natos ou naturalizados, maiores de vinte e um anos e no exercício dos direitos políticos.

O parágrafo único do art. 66 prevê algumas atribuições dos Secretários de Estado, dentre as quais destacam-
se:

a) exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração estadual


na sua área de competência.
b) referendar atos e decretos assinados pelo Governador.
c) expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos. Isto se dá por meio de edição
de Portarias, que seriam o que a Constituição denomina “instruções”.

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50. (Questão Inédita) O Poder Executivo é exercido pelo Governador do Estado, com o auxílio dos
Secretários de Estado.

Comentário:

Segundo o art. 57, da Constituição Estadual, o exercício do Poder Executivo compete ao Governador, com o
auxílio dos Secretários de Estado. A questão está correta.

51. (Questão Inédita) Em caso de impedimento do Governador e do Vice-Governador, serão


sucessivamente chamados ao exercício da Governança o Presidente do Tribunal de Justiça e o
Presidente da Assembleia Legislativa.

Comentário:

No caso de impedimento do Governador e do Vice-Governador, será chamado ao exercício da Governança


o Presidente da Assembleia Legislativa. Depois é que será chamado o Presidente do Tribunal de Justiça. Como
se pode ver, a questão alterou a ordem daqueles que serão chamados a exercer o cargo. A questão está
errada.

52. (Questão Inédita) Ocorrendo vacância dos cargos de Governador e Vice-Governador nos primeiros
2 (dois) anos do período governamental, a eleição para ambos os cargos será feita 30 (trinta) dias depois
da última vaga, pela Assembleia Legislativa, na forma da lei.

Comentários:

Caso ocorra a vacância dos cargos de Governador e Vice-Governador nos dois primeiros anos do período
governamental, ocorrerão eleições diretas (e não eleições feitas pela Assembleia Legislativa!). A questão está
errada.

53. (Questão inédita) Compete privativamente ao Governador de Estado enviar à Assembleia


Legislativa o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento.

Comentário:

Essa é uma das competências do Governador, prevista no art. 64, inciso XVI, da CE/RN.

54. (Questão Inédita) O Governador de Estado será processado e julgado, nos crimes comuns, pelo
Tribunal de Justiça.

Comentário:

Nos crimes comuns, o Governador é processado e julgado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A questão
está errada.

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55. (Questão inédita) Os Secretários de Estado são livremente nomeáveis e exoneráveis pelo
Governador, sendo escolhidos dentre brasileiros natos ou naturalizados, maiores de trinta e cinco anos e
no exercício dos direitos civis e políticos.

Comentário:

Segundo o art. 66 da CE/RN, os Secretários de Estado são escolhidos entre brasileiros com mais de 21 anos
e no exercício dos direitos políticos. A questão está errada.

56. (MPE - RR/2017) As Constituições estaduais definem os casos em que crimes praticados por
governadores devam ser caracterizados como crimes de responsabilidade, além de estabelecer as normas
de processo e julgamento pertinentes.

Comentário:

De acordo com o STF, é competência privativa da União legislar acerca de crimes de responsabilidade, assim
como sobre as normas de processamento e julgamento. Questão errada.

57. (Questão inédita) Nos crimes comuns, o Governador do Estado será julgado pelo Superior Tribunal
de Justiça e, nos de responsabilidade, pela Assembleia Legislativa.

Comentário:

Realmente, nos crimes comuns o Governador é julgado pelo STJ. No entanto, no caso de crime de
responsabilidade, o Governador será julgado nos termos de lei federal, que estabelece que o julgamento
será feito por um Tribunal Especial (composto por 5 membros do Poder Legislativo e 5 desembargadores,
com a presidência do Presidente do Tribunal de Justiça). Questão errada.

QUESTÕES COMENTADAS
58. (IBFC - Analista Contábil (CGE RN)/2019) Em consonância com o preceituado no capítulo da
Constituição do Estado do Rio Grande do Norte referente à “Organização Político-Administrativa”, assinale
a alternativa incorreta:

a) permite-se ao Estado do Rio Grande do Norte, bem como aos seus Municípios, recusar fé aos documentos
públicos
b) a organização político-administrativa do Estado do Rio Grande do Norte compreende o Estado e seus
Municípios, todos autônomos, nos termos da Constituição Federal, da Constituição estadual e das leis
orgânicas municipais
c) são símbolos do Estado do Rio Grande do Norte a bandeira, o brasão de armas e o hino, existentes na data
da promulgação desta Constituição, sendo certo que os Municípios podem ter símbolos próprios

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d) a criação de Município deve preservar a continuidade e a unidade histórico- cultural do ambiente urbano,
faz-se por lei estadual, obedecidos os requisitos previstos em lei complementar insertos na Constituição
Estadual, e depende de consulta prévia, mediante plebiscito, à população diretamente interessada

Comentários:

A letra A está errada. Essa é uma vedação imposto a todos os entes conforme o inciso II do art. 19 da CF/88,
bem como reproduzida no art. 15 da CR/RN.
A letra B está correta. A alternativa corresponde ao art. 13 da CE/RN.
A letra C está correta. A bandeira, o brasão de armas e o hino são símbolos do Estado do Rio Grande do
Norte como previsto no art. 12 da CE/RN.
A letra D está correta. Esta é a previsão do art. 14 da CE/RN.

59. (FCC - Analista Legislativo (ALERN)/Analista Legislativo/2013) Nos termos da CE/RN, quem não
receber, no prazo de dez dias, informações de seu interesse particular, de interesse coletivo ou geral,
requeridas aos órgãos públicos estaduais pode, não sendo hipótese de habeas data, exigi-las
judicialmente. Nesse caso, o juiz, após ouvir quem deve prestar essas informações, deverá decidir no prazo
de

a) 2 dias.
b) 5 dias.
c) 10 dias.
d) 15 dias.
e) 30 dias.

Comentários:

A questão exige o conhecimento do art. 7º da CE/RN:

O gabarito é a letra B.

60. (Cebraspe – TJPR – 2019) Segundo a Constituição do Estado do Rio Grande do Norte, esse
Estado tem competência
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a) privativa para legislar sobre jazidas, minas e outros recursos minerais presentes no seu território.
b) comum com os municípios para legislar sobre temas de interesse local.
c) comum com a União para legislar sobre direito tributário.
d) concorrente com a União para zelar pela guarda da Constituição e das instituições democráticas.
e) concorrente com a União para legislar sobre procedimentos em matéria processual e custas dos
serviços forenses.

Comentários:

A letra A está errada. É a União, privativamente, que legisla sobre jazidas, minas e outros recursos
minerais.
A letra B está errada. Os Municípios é que dispõem sobre assuntos de interesse local.
A letra C está errada. Direito tributário é matéria de competência concorrente dos Estados, Distrito
Federal e União.
A letra D está errada. Esta é uma competência comum a todos os entes.
A letra E está correta. União, Estados e Distrito Federal legislam concorrentemente sobre
procedimentos em matéria processual e custas dos serviços forenses, conforme incisos IV e XI do art.
24 da CF/88, bem como incisos IV e XI do art. 20 da CE/RN.

61. (Questão inédita) É incorreto afirmar, com base na Constituição do Estado do Rio Grande do Norte:

a) A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas de órgão público deverá ter caráter
educativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que
caracterizem a promoção pessoal de autoridades ou de servidores públicos.
b) A proibição de acumular cargos não se aplica à acumulação de empregos públicos em entidades da
administração indireta.
c) Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não podem ser superiores aos pagos
pelo Poder Executivo.
d) Também no serviço público é possível haver contratação temporária, mas em situações de excepcional
interesse público.
e) É inadmissível a vinculação ou equiparação de espécies remuneratórias de pessoal do serviço público.

Comentários:

A letra A está correta. Esta é uma das vertentes do princípio da impessoalidade prevista no §1º do art. 26 da
CE/RN.
A letra B está errada. A proibição de acumular estende-se à empregos públicos e abrange as entidades da
Administração Indireta conforme inciso XVII do art. 26 da CE/RN.
A letra C está correta. Esta é a previsão do inciso XII do art. 26 da CE/RN.

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A letra D está correta. Poderá haver contratação temporária para atender à necessidade de excepcional
interesse público, segundo o inciso IX do art. 26 da CE/RN.
A letra E está correta. Esta é uma vedação prevista no inciso XIII do art. 26 da CE/RN.

O gabarito é a letra B.

62. (VUNESP - Diretor Contábil Legislativo - adaptada/2018) Considerando o disposto na Constituição


do Estado do Rio Grande do Norte, assinale a alternativa correta a respeito da inviolabilidade dos
Deputados Estaduais.

a) Os Deputados são invioláveis por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos, exceto no âmbito penal.
b) Os Deputados, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Superior Tribunal
de Justiça.
c) Os Deputados não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do
exercício do mandato.
d) Desde a eleição, os membros da Assembleia Legislativa não poderão ser presos, salvo em flagrante de
crime inafiançável.
e) As imunidades dos Deputados não subsistirão durante o Estado de Sítio ou em caso de decretação de
calamidade pública.

Comentários:

A letra A está incorreta. As inviolabilidades dos Deputados abrangem os âmbitos civil e penal.
A letra B está errada. A partir da expedição do diploma, os Deputados Estaduais serão julgados pelo Tribunal
de Justiça ou Órgão Judiciário competente.
A letra C está correta. Corresponde ao § 5º do art. 38 da CE/RN.
A letra D está errada. Os Deputados não poderão ser presos a partir da expedição da diplomação, exceto
casos de crimes inafiançáveis.
A letra E está errada. As imunidades dos Deputados subsistem durante o estado de sítio, só podendo ser
suspensas mediante o voto de dois terços (2/3) dos membros da Assembleia Legislativa, nos casos de atos
praticados fora do recinto da Casa, que sejam incompatíveis com a execução da medida.

63. (FGV - Especialista Legislativo de Nível Superior (ALERJ) 2017) O Deputado Estadual Alfa, em
inflamado discurso proferido na Assembleia Legislativa do Estado X, afirmou que determinado setor da
Administração Pública do respectivo Estado funcionava muito mal, acrescendo que o motivo era a
desonestidade de muitos servidores, que deveriam estar em uma prisão, não em uma repartição.

À luz desse pronunciamento e das garantias constitucionais outorgadas aos Deputados Estaduais, é correto
afirmar que Alfa:

a) não pode ser responsabilizado em razão do pronunciamento realizado;

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b) pode ser responsabilizado como qualquer pessoa do povo, não recebendo qualquer tratamento
diferenciado;
c) somente poderia responder a um processo criminal se isso fosse autorizado pelo Tribunal de Justiça;
d) deve ser responsabilizado, pois somente poderia afrontar a honra alheia mediante prévia autorização
judicial;
e) poderia ser responsabilizado apenas pelos danos morais causados aos servidores a que se referiu.

Comentários:

O art. 38 da Constituição do Rio Grande do Norte traz a imunidade material conferida aos deputados: Os
Deputados são invioláveis por suas opiniões, palavras e votos. Ou seja, eles não responderão, civil ou
penalmente, por suas opiniões, palavras e votos proferidos em razão do mandato.

O gabarito é a letra A.

64. (IBFC - Analista Contábil (CGE RN)/2019) Conforme dispõe o Art. 53 da Constituição do Estado do
Rio Grande do Norte, o controle externo do Estado e de todas entidades da administração direta e indireta
fica a cargo da Assembleia Legislativa e é exercido com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado. Diante
disso e mediante análise das competências do Tribunal de Contas, assinale a alternativa incorreta:

a) É de competência do Tribunal de Contas apreciar as contas prestadas, anualmente, pelo Governador do


Estado
b) É competência do Tribunal de Contas fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pelo Estado
a Município e a instituições públicas ou privadas
c) É de competência do Tribunal de Contas julgar as contas dos administradores dos Poderes Legislativo e
Executivo, assim como dos demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração
direta e indireta, inclusive das fundações, empresas públicas, autarquias e sociedades instituídas ou
mantidas pelo Poder Público, ressalvando-se, apenas o Poder Judiciário que tem suas contas julgadas
internamente pela Corregedoria Geral de Justiça
d) É de competência do Tribunal de Contas realizar, por iniciativa própria, da Assembleia Legislativa, de
Comissão técnica ou de inquérito, ou em razão de denúncia, inspeções e auditorias de natureza financeira,
contábil, orçamentária, operacional e patrimonial nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo,
Executivo e Judiciário

Comentários:

Com exceção da alternativa c, as demais são reproduções de incisos do art. 53 da Constituição do Rio Grande
do Norte que trata das competências do Tribunal de Contas do Estado. A opção c está errada, porque as
contas dos administradores do Poder Judiciário também são julgadas pelo TCE/RN.

O gabarito é a letra C.
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65. (IBFC - Técnico de Controle Interno (CGE RN)adaptada/2019) A Constituição do Estado do Rio
Grande do Norte possui diversas disposições acerca dos servidores públicos. Sobre o assunto, assinale a
alternativa correta:

a) São estáveis, após dois (2) anos de efetivo exercício, os servidores nomeados em virtude de concurso
público
b) O servidor público estável só perde o cargo em virtude de decisão administrativa de órgão superior
c) Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, é ele reintegrado, e o eventual ocupante
da vaga reconduzido ao cargo de origem, com direito a indenização
d) Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estável fica em disponibilidade, com
remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.

Comentários:

A letra A está errada. Os servidores nomeados em virtude de concurso público adquirem estabilidade após
três anos de efetivo exercício.
A letra B está errada. De acordo com o § 1º do at. 30, o servidor estável poderá perder o cargo em virtude
de sentença judicial transitada em julgado, mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada
ampla defesa ou mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma prevista em lei
complementar. Ainda, a CF/88 estabelece que o servidor estável, em último caso, poderá perder o cargo por
excesso de despesa do ente.
A letra C está errada. O servidor reconduzido ao cargo de origem não faz jus à indenização.
A letra D está correta. A alternativa corresponde ao § 1º do art. 30 da CE/RN.

66. (IDECAN - Oficial Bombeiro Militar (CBM RN)/2017) A Constituição Estadual do Rio Grande do Norte
estabelece que ao aluno-soldado é garantido soldo nunca inferior:

a) À remuneração do praça.
b) Ao salário mínimo vigente.
c) A meio salário mínimo nacional.
d) À remuneração do soldado combatente.

Comentários:

O § 4º do art. 31 prevê que, ao aluno-soldado, é garantido soldo nunca inferior ao salário mínimo vigente.

O gabarito é a letra B.

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67. (IDECAN - Oficial Bombeiro Militar (CBM RN)//2017) Conforme previsto na Constituição Estadual
do Rio Grande do Norte, o acesso aos Quadros de Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros
Militar exige, entre outros requisitos:

a) Estágio nas Forças Armadas nacionais.


b) Recomendação do Governador do Estado.
c) Aprovação em curso de formação de oficiais.
d) Indicação do Comando Geral da Polícia Militar.

Comentários:

Conforme previsto no § 3º do art. 31 da CE/RN, o acesso aos Quadros de Oficiais da Polícia Militar e do Corpo
de Bombeiros Militar exige, dentre outros requisitos, a aprovação em curso de formação de oficiais.

O gabarito é a letra C.

68. (IDECAN - Soldado Bombeiro Militar (CBM RN)/2017) Nos termos da Constituição Estadual do Rio
Grande do Norte, assinale a alternativa que apresenta uma garantia constitucional trabalhista que se
aplica também aos militares.

a) Fundo de Garantia pelo Tempo de Serviço – FGTS.


b) Seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário.
c) Irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo.
d) Gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal.

Comentários:

O § 14 enumera alguns direitos trabalhistas previstos da Constituição Federal que se aplicam aos militares.
Dentre eles está o inciso XVII do art. 7º da CF/88 que prevê o direito a férias anuais remuneradas com, pelo,
menos, um terço a mais do que o salário normal, o chamado terço constitucional de férias.

O gabarito é a letra D.

69. (FCC - Analista Legislativo (ALERN)/Analista Legislativo /2013) Algumas matérias, em razão de sua
relevância, têm tramitação especificada na CE/RN. É o caso do Estatuto dos Servidores Públicos que
depende de aprovação por

a) Lei Complementar.
b) Lei Ordinária.

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c) Lei Delegada.
d) Decreto Legislativo.
e) Resolução.

Comentários:

Segundo o parágrafo único do art. 48 da CE/RN, o Estatuto dos Servidores Públicos deve ser objeto de lei
complementar.

O gabarito é a letra A.

70. (FCC - Procurador do Estado do Rio Grande do Norte/2014) Determinada Constituição estadual
prevê, dentre as espécies normativas que se sujeitam ao processo legislativo, a lei delegada, com as
seguintes características: a) é elaborada pelo Governador do Estado, que deve solicitar a delegação à
Assembleia Legislativa; b) a delegação ao Governador se faz por resolução da Assembleia Legislativa, que
deve especificar seu conteúdo e os termos de seu exercício; c) a resolução pode determinar que haja
apreciação do projeto pela Assembleia Legislativa, caso em que esta o faz em votação única, sendo vedada,
no entanto, qualquer emenda; d) não podem ser objeto de delegação os atos de competência exclusiva da
Assembleia Legislativa, matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre: I − organização do
Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; e II − planos plurianuais,
diretrizes orçamentárias e orçamentos.

Consideradas as normas atinentes ao processo legislativo, constantes da Constituição da República, assim


como as limitações incidentes sobre o poder de elaboração das Constituições estaduais, a previsão de lei
delegada como espécie normativa estadual, nos termos acima especificados, é

a) compatível com a Constituição da República.


b) incompatível com a Constituição da República, uma vez que a delegação legislativa, sendo excepcional na
sistemática constitucional da separação de poderes, somente pode ser admitida na esfera federal, em que
prevista expressamente no texto constitucional.
c) incompatível com a Constituição da República, no que se refere à possibilidade de o órgão legislativo
submeter a lei delegada à sua apreciação, uma vez que, em havendo a delegação, o poder de dispor sobre
determinada matéria, durante o período da delegação, passa a ser do órgão executivo.
d) incompatível com a Constituição da República, uma vez que esta exige que a delegação se dê por decreto
legislativo, e não por resolução, dado que esta espécie normativa é reservada para a prática de atos com
efeitos interna corporis, e não externos.
e) incompatível com a Constituição da República, no que se refere às matérias que não podem ser objeto de
delegação legislativa, dentre as quais ainda deveria estar prevista a legislação sobre nacionalidade e
cidadania.
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Comentários:

Apesar de a Constituição Federal dispor, expressamente, sobre a possibilidade de o Presidente da República


editar leis delegadas, pelo princípio da simetria, essa competência aplica-se aos Governadores se previsto na
Constituição Estadual. Quando prevista, o Estado deverá obedecer às regras previstas na CF/88 a respeito
do procedimento legislativo para elaboração de leis delegadas.

O gabarito é a letra A.

71. (VUNESP - Procurador do Estado de São Paulo - adaptada/2018) Segundo a Constituição do Estado
do Rio Grande do Norte, os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada,
sistema de controle interno, sobre o qual é correto afirmar:

a) os responsáveis pelo controle interno são legitimados para propor ação de inconstitucionalidade de lei ou
ato normativo estaduais ou municipais, contestados em face da Constituição do Estado do Rio Grande do
Norte ou por omissão de medida necessária para tornar efetiva norma ou princípio desta Constituição, no
âmbito de seu interesse.
b) não há de se falar em forma integrada de sistema de controle interno, conceito inconstitucional, por ferir
o princípio da separação dos Poderes e a competência do Tribunal de Contas do Estado.
c) prestarão as informações solicitadas pela Assembleia Legislativa sobre a fiscalização contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas.
d) ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de
Contas do Estado, sob pena de responsabilidade solidária.
e) podem convocar Secretário de Estado, Procurador-Geral do Estado, Comandantes da Polícia Militar e do
Corpo de Bombeiros Militar, ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados ao Governador do
Estado, para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado.

Comentários:

A letra A está errada. Os responsáveis pelo controle interno não estão dentre os legitimados a propor ADI.
A letra B está errada. O caput do art. 55 da CE/RN definiu que o controle interno funcionará de forma
integrada.
A letra C está errada. Esta é uma competência do Tribunal de Contas do Estado.
A letra D está correta. Esta é a previsão do § 2º do art. 55 da Constituição do Rio Grande do Norte.
A letra E está errada. Esta é uma competência da Assembleia Legislativa e de suas Comissões.

72. (VUNESP - Procurador (FAPESP)/2018) A respeito do Tribunal de Contas do Estado, a Constituição


do Rio Grande do Norte estabelece que os seus Conselheiros

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a) serão escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos de idade.
b) para serem nomeados devem possuir, dentre outros requisitos, notórios conhecimentos jurídicos,
contábeis, econômicos e financeiros ou de Administração Pública.
c) terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Deputados
Estaduais.
d) três deles serão indicados pelo Governador e os outros 6 (seis) pela Assembleia Legislativa.

Comentários:

A letra A está errada. Os Conselheiros serão escolhidos entre cidadãos com mais de 35 (trinta e cinco) anos
e menos de 65 (sessenta e cinco).
A letra B está correta. Esta é uma exigência que os escolhidos para Conselheiros deverão atender.
A letra C está errada. Os Conselheiros terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos
e vantagens dos Desembargadores do Tribunal de Justiça.
A letra D está errada. O TCE é composto por 7 (sete) Conselheiros, sendo 3 (três) indicados pelo Governador
e 4 (quatro) pela Assembleia Legislativa.

73. (FEPESE - Procurador do Estado de Santa Catarina/adaptada/2018/) Em relação ao Governador do


Estado, observada a Constituição Estadual, é correto afirmar:

a) Dentre suas atribuições privativas está a de nomear e exonerar os Secretários de Estado, ouvida a
Assembleia Legislativa.
b) Em caso de impedimento do Governador e do Vice-Governador, ou vacância dos respectivos cargos, serão
sucessivamente chamados ao exercício da governança o Presidente do Tribunal de Justiça e o Presidente da
Assembleia Legislativa.
c) Vagando os cargos de Governador e Vice-Governador, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a
última vaga, pouco importando o tempo restante de mandato.
d) O Governador será submetido a processo e julgamento, nos crimes de responsabilidade, perante a um
Tribunal Especial e, nos comuns, perante o Superior Tribunal de Justiça.
e) O Governador e o Vice-Governador serão eleitos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos, noventa
dias antes do término do mandato governamental vigente, atendidas as demais condições da legislação
eleitoral.

Comentários:

A letra A está errada. A competência de nomear Secretários de Estado é privativa do Governador, ou seja,
independe de oitiva da Assembleia.

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A letra B está errada. Em caso de impedimento conjunto do Governador e do Vice-Governador, serão


chamados para o exercício do Poder Executivo, sucessivamente, o Presidente da Assembleia Legislativa e o
Presidente do Tribunal de Justiça. A alternativa inverteu a ordem.
A letra C está errada. Vagando os cargos de Governador e Vice-Governador, as eleições serão feitas 90 dias
depois de aberta a última vaga apenas se a vacância ocorrer nos dois primeiros anos do mandato.
A letra D está correta. Quem legisla sobre crimes de responsabilidade é a União, e foi definido na Lei Federal
nº 1.079/50 que nos crimes comuns o Governador é julgado pelo STJ e, no caso de crime de responsabilidade,
será julgado nos por um Tribunal Especial (composto por 5 membros do Poder Legislativo e 5
desembargadores, com a presidência do Presidente do Tribunal de Justiça).
A letra E está errada. A idade mínima para Governador e Vice-Governador é 30 anos.

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LISTA DE QUESTÕES
1. (Questão Inédita) A elaboração das Constituições Estaduais é manifestação do Poder Constituinte
Derivado Decorrente.

2. (Questão inédita) São princípios fundamentais do Estado do Rio Grande do Norte os mesmos
fundamentos previstos na CF/88, ou seja, soberania, cidadania, dignidade da pessoa humana, valores
sociais do trabalho e da livre iniciativa, e pluralismo político.

3. (Questão inédita) A Constituição do Rio Grande do Norte assegura proteção especial aos presos ao
determinar que lei deve estabelecer procedimento sumário para apuração de responsabilidade de
desrespeito à integridade física e moral dos presos.

4. (Questão inédita) Para ocupar o cargo de Governador do Estado, o eleito deve ter, dentre outras
condições, no mínimo, 30 anos e deve residir no Estado.

5. (Questão Inédita) O Estado do Rio Grande do Norte integrante da República Federativa do Brasil,
exerce as competências que não lhe são vedadas pela Constituição Federal.

6. (Questão inédita) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios far-se-ão


por lei complementar estadual dentro do período determinado por Lei Complementar Federal e
dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após
divulgação dos Estudos e Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

7. (Questão Inédita) Os vereadores são invioláveis, no exercício de seus mandatos e na circunscrição


do Estado, por suas opiniões, palavras e votos.

8. (Questão Inédita) A intervenção do Estado do Rio Grande do Norte nos Municípios será feita
mediante decreto do Governador, o qual especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e,
se couber, nomeará interventor. O decreto será submetido à apreciação da Assembleia Legislativa dentro
de 24 horas. Caso a Assembleia Legislativa não esteja reunida, ela será convocada extraordinariamente no
mesmo prazo.

9. (Questão Inédita) O Estado intervirá em seus Municípios quando necessário para por termo a grave
comprometimento da ordem pública.

10. (Questão inédita) Compete ao Estado do Rio Grande do Norte explorar diretamente, ou mediante
concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei.

11. (Questão Inédita) Compete ao Estado do Rio Grande do Norte, em concorrência com a União,
legislar sobre direito tributário. Em razão disso, cabe ao Estado editar normas suplementares ou, na falta
de normas gerais editadas pela União, exercer a competência legislativa plena.

12. (MPE-SC/ MPE-SC – 2016) Segundo a Constituição do Estado do Rio Grande do Norte, em se
tratando de legislação concorrente a competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a
competência suplementar do Estado. Verificada a ausência de norma geral Federal, confere-se ao Estado
exercer a competência legislativa plena para atender suas peculiaridades. Contudo, na hipótese de
superveniência de legislação federal geral fica integralmente suspensa a eficácia da lei estadual.
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13. (Questão Inédita) É competência privativa dos Estados impedir a evasão, a destruição e a
descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural.

14. (Questão Inédita) Cabe aos Estados, mediante lei ordinária, instituir regiões metropolitanas,
aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para
integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

15. (Questão Inédita) São bens do Estado do Rio Grande do Norte as terras devolutas indispensáveis à
defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à
preservação ambiental.

16. (Questão inédita) Segundo a Constituição do Estado do Rio Grande do Norte, a Administração
Pública deverá observar os princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

17. (Questão Inédita) A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em
concurso público de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão.

18. (Questão inédita) O Estado do Rio Grande do Norte, ao invés de estabelecer um teto remuneratório
para cada um dos três Poderes, estabeleceu um único, válido para todos, com exceção dos Deputados
Estaduais, que é o subsídio mensal dos Desembargadores do Tribunal de Justiça.

19. (Questão Inédita) No Estado do Rio Grande do Norte, as funções de confiança serão exercidas
preferencialmente por servidores públicos de carreira.

20. (Questão Inédita) De acordo com a Constituição do Estado do Rio Grande do Norte, os acréscimos
pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados, para fins de
concessão de acréscimos ulteriores.

21. (Questão inédita) Pelo menos mensalmente, os servidores terão seus vencimentos reajustados em
índice suficiente para repor seu poder aquisitivo.

22. (Questão Inédita) Somente por lei específica poderá ser autorizada a criação de autarquia e
fundação pública, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação.

23. (Questão Inédita) Ao servidor público quando investido no mandato de Vereador ou Prefeito é
assegurado o exercício funcional em órgãos e entidades da administração direta e indireta situados no
município do seu domicílio eleitoral, observada a compatibilidade de horário.

24. (Questão Inédita) No Estado do Rio Grande do Norte, a aposentadoria compulsória dos servidores
públicos se dá aos 70 anos.

25. (Questão inédita) Os atos de improbidade administrativa importam em perda dos direitos políticos,
suspensão de função pública, indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário, além de possível ação
penal.

26. (Questão inédita) O Estado responderá pelo dano que seus agentes causarem a terceiros em casos
de evidente culpa ou dolo.

27. (Questão inédita) Após adquirida a estabilidade, o servidor público não poderá perder o cargo.

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28. (Questão Inédita) O Militar do Estado do Rio Grande do Norte em atividade que tomar posse em
cargo ou emprego público civil permanente, será transferido para a inatividade, nos termos da lei

29. Questão Inédita) Ao militar do Estado do Rio Grande do Norte a sindicalização e a greve e, em
qualquer hipótese, a filiação a partido político.

30. (Questão inédita) O Poder Legislativo é exercido pela Assembleia Legislativa, constituída de
representantes do povo, eleitos pelo sistema majoritário, por voto direto e secreto.

31. (Questão Inédita) Compete à Assembleia Legislativa dispor, com a sanção do Governador, sobre
sistema tributário estadual.

32. (Questão inédita) É competência da Assembleia Legislativa, com a sanção do governador, dispor
sobre plano plurianual e orçamento anual.

33. (Questão Inédita) Compete exclusivamente à Assembleia Legislativa autorizar o Governador e o


Vice-Governador a se ausentarem do Estado por mais de dez dias.

34. (Questão inédita) É atribuição da Assembleia Legislativa, independente de sanção do Governador,


criar comissões de inquérito.

35. (Questão Inédita) Desde a expedição do diploma, os membros da Assembleia Legislativa não
poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável.

36. (Questão Inédita) Não perderá o mandato o Deputado Estadual investido no cargo de Ministro de
Estado, Secretário deste Estado ou de Prefeitura de Capital ou de chefe de missão diplomática temporária

37. (Questão Inédita) No Rio Grande do Norte, um Deputado Estadual somente será processado e
julgado pelo Tribunal de Justiça mediante licença prévia da Assembleia Legislativa.

38. (Questão Inédita) As comissões, permanentes ou temporárias, podem convocar Secretários de


Estado para prestarem informações sobre os assuntos inerentes a suas atribuições.

39. (Questão inédita) A instauração de CPI estadual é competência privativa da Assembleia Legislativa,
após requerimento de 1/3 dos seus membros.

40. (Questão inédita) As comissões parlamentares de inquérito, apesar de possuírem poderes próprios
de autoridades judiciárias, não podem decretar a indisponibilidade ou apreensão de bens.

41. (Questão Inédita) Compete privativamente à Assembleia Legislativa julgar, anualmente, as contas
prestadas pelo Governador do Estado e apreciar os relatórios, sobre a execução dos planos de governo.

42. (Questão Inédita) No Estado do Rio Grande do Norte, não há iniciativa popular de emendas à
Constituição Estadual.

43. (Questão Inédita) A matéria constante no projeto de lei rejeitado não poderá constituir objeto de
novo projeto, na mesma sessão legislativa.

44. (Questão Inédita) Se o Governador do Estado considerar o Projeto de Lei, no todo ou em parte,
inconstitucional ou contrário ao interesse público, veta-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias

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úteis, contado da data do recebimento e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, os motivos do veto
ao Presidente da Assembleia Legislativa.

45. (Questão inédita) Caso um projeto de lei seja vetado pelo Governador do Estado, este veto poderá
ser derrubado por voto de maioria absoluta dos Deputados Estaduais.

46. (Questão Inédita) O Governador, caso julgue relevante, poderá solicitar urgência para apreciação
de projetos de iniciativa da Assembleia.

47. (Questão inédita) Caso detecte irregularidade, o Tribunal de Contas do Estado poderá sustar atos e
contratos impugnados e comunicar a decisão à Assembleia Legislativa.

48. (Questão inédita) Os responsáveis pole controle interno, ao tomarem conhecimento de


irregularidade e dela não darem ciência ao Tribunal de Contas do Estado, estarão sujeitos à
responsabilidade subsidiária.

49. (Questão inédita) Além do controle interno e externo, há a possibilidade de haver controle popular,
por meio do qual qualquer cidadão, partido político, associação e sindicato podem denunciar
irregularidade ao Tribunal de Contas do Estado.

50. (Questão Inédita) O Poder Executivo é exercido pelo Governador do Estado, com o auxílio dos
Secretários de Estado.

51. (Questão Inédita) Em caso de impedimento do Governador e do Vice-Governador, serão


sucessivamente chamados ao exercício da Governança o Presidente do Tribunal de Justiça e o
Presidente da Assembleia Legislativa.

52. (Questão Inédita) Ocorrendo vacância dos cargos de Governador e Vice-Governador nos primeiros
2 (dois) anos do período governamental, a eleição para ambos os cargos será feita 30 (trinta) dias depois
da última vaga, pela Assembleia Legislativa, na forma da lei.

53. (Questão inédita) Compete privativamente ao Governador de Estado enviar à Assembleia


Legislativa o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento.

54. (Questão Inédita) O Governador de Estado será processado e julgado, nos crimes comuns, pelo
Tribunal de Justiça.

55. (Questão inédita) Os Secretários de Estado são livremente nomeáveis e exoneráveis pelo
Governador, sendo escolhidos dentre brasileiros natos ou naturalizados, maiores de trinta e cinco anos e
no exercício dos direitos civis e políticos.

56. (MPE - RR/2017) As Constituições estaduais definem os casos em que crimes praticados por
governadores devam ser caracterizados como crimes de responsabilidade, além de estabelecer as normas
de processo e julgamento pertinentes.

57. (Questão inédita) Nos crimes comuns, o Governador do Estado será julgado pelo Superior Tribunal
de Justiça e, nos de responsabilidade, pela Assembleia Legislativa.

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58. (IBFC - Analista Contábil (CGE RN)/2019) Em consonância com o preceituado no capítulo da
Constituição do Estado do Rio Grande do Norte referente à “Organização Político-Administrativa”, assinale
a alternativa incorreta:

a) permite-se ao Estado do Rio Grande do Norte, bem como aos seus Municípios, recusar fé aos documentos
públicos
b) a organização político-administrativa do Estado do Rio Grande do Norte compreende o Estado e seus
Municípios, todos autônomos, nos termos da Constituição Federal, da Constituição estadual e das leis
orgânicas municipais
c) são símbolos do Estado do Rio Grande do Norte a bandeira, o brasão de armas e o hino, existentes na data
da promulgação desta Constituição, sendo certo que os Municípios podem ter símbolos próprios
d) a criação de Município deve preservar a continuidade e a unidade histórico- cultural do ambiente urbano,
faz-se por lei estadual, obedecidos os requisitos previstos em lei complementar insertos na Constituição
Estadual, e depende de consulta prévia, mediante plebiscito, à população diretamente interessada

59. (FCC - Analista Legislativo (ALERN)/Analista Legislativo/2013) Nos termos da CE/RN, quem não
receber, no prazo de dez dias, informações de seu interesse particular, de interesse coletivo ou geral,
requeridas aos órgãos públicos estaduais pode, não sendo hipótese de habeas data, exigi-las
judicialmente. Nesse caso, o juiz, após ouvir quem deve prestar essas informações, deverá decidir no prazo
de

a) 2 dias.
b) 5 dias.
c) 10 dias.
d) 15 dias.
e) 30 dias.

60. (Cebraspe – TJPR – 2019) Segundo a Constituição do Estado do Rio Grande do Norte, esse
Estado tem competência

a) privativa para legislar sobre jazidas, minas e outros recursos minerais presentes no seu território.
b) comum com os municípios para legislar sobre temas de interesse local.
c) comum com a União para legislar sobre direito tributário.
d) concorrente com a União para zelar pela guarda da Constituição e das instituições democráticas.
e) concorrente com a União para legislar sobre procedimentos em matéria processual e custas dos
serviços forenses.

61. (Questão inédita) É incorreto afirmar, com base na Constituição do Estado do Rio Grande do Norte:
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a) A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas de órgão público deverá ter caráter
educativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que
caracterizem a promoção pessoal de autoridades ou de servidores públicos.
b) A proibição de acumular cargos não se aplica à acumulação de empregos públicos em entidades da
administração indireta.
c) Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não podem ser superiores aos pagos
pelo Poder Executivo.
d) Também no serviço público é possível haver contratação temporária, mas em situações de excepcional
interesse público.
e) É inadmissível a vinculação ou equiparação de espécies remuneratórias de pessoal do serviço público.

62. (VUNESP - Diretor Contábil Legislativo - adaptada/2018) Considerando o disposto na Constituição


do Estado do Rio Grande do Norte, assinale a alternativa correta a respeito da inviolabilidade dos
Deputados Estaduais.

a) Os Deputados são invioláveis por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos, exceto no âmbito penal.
b) Os Deputados, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Superior Tribunal
de Justiça.
c) Os Deputados não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do
exercício do mandato.
d) Desde a eleição, os membros da Assembleia Legislativa não poderão ser presos, salvo em flagrante de
crime inafiançável.
e) As imunidades dos Deputados não subsistirão durante o Estado de Sítio ou em caso de decretação de
calamidade pública.

63. (FGV - Especialista Legislativo de Nível Superior (ALERJ) 2017) O Deputado Estadual Alfa, em
inflamado discurso proferido na Assembleia Legislativa do Estado X, afirmou que determinado setor da
Administração Pública do respectivo Estado funcionava muito mal, acrescendo que o motivo era a
desonestidade de muitos servidores, que deveriam estar em uma prisão, não em uma repartição.

À luz desse pronunciamento e das garantias constitucionais outorgadas aos Deputados Estaduais, é correto
afirmar que Alfa:

a) não pode ser responsabilizado em razão do pronunciamento realizado;


b) pode ser responsabilizado como qualquer pessoa do povo, não recebendo qualquer tratamento
diferenciado;
c) somente poderia responder a um processo criminal se isso fosse autorizado pelo Tribunal de Justiça;
d) deve ser responsabilizado, pois somente poderia afrontar a honra alheia mediante prévia autorização
judicial;
e) poderia ser responsabilizado apenas pelos danos morais causados aos servidores a que se referiu.

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64. (IBFC - Analista Contábil (CGE RN)/2019) Conforme dispõe o Art. 53 da Constituição do Estado do
Rio Grande do Norte, o controle externo do Estado e de todas entidades da administração direta e indireta
fica a cargo da Assembleia Legislativa e é exercido com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado. Diante
disso e mediante análise das competências do Tribunal de Contas, assinale a alternativa incorreta:

a) É de competência do Tribunal de Contas apreciar as contas prestadas, anualmente, pelo Governador do


Estado
b) É competência do Tribunal de Contas fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pelo Estado
a Município e a instituições públicas ou privadas
c) É de competência do Tribunal de Contas julgar as contas dos administradores dos Poderes Legislativo e
Executivo, assim como dos demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração
direta e indireta, inclusive das fundações, empresas públicas, autarquias e sociedades instituídas ou
mantidas pelo Poder Público, ressalvando-se, apenas o Poder Judiciário que tem suas contas julgadas
internamente pela Corregedoria Geral de Justiça
d) É de competência do Tribunal de Contas realizar, por iniciativa própria, da Assembleia Legislativa, de
Comissão técnica ou de inquérito, ou em razão de denúncia, inspeções e auditorias de natureza financeira,
contábil, orçamentária, operacional e patrimonial nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo,
Executivo e Judiciário

65. (IBFC - Técnico de Controle Interno (CGE RN)adaptada/2019) A Constituição do Estado do Rio
Grande do Norte possui diversas disposições acerca dos servidores públicos. Sobre o assunto, assinale a
alternativa correta:

a) São estáveis, após dois (2) anos de efetivo exercício, os servidores nomeados em virtude de concurso
público
b) O servidor público estável só perde o cargo em virtude de decisão administrativa de órgão superior
c) Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, é ele reintegrado, e o eventual ocupante
da vaga reconduzido ao cargo de origem, com direito a indenização
d) Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estável fica em disponibilidade, com
remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.

66. (IDECAN - Oficial Bombeiro Militar (CBM RN)/2017) A Constituição Estadual do Rio Grande do Norte
estabelece que ao aluno-soldado é garantido soldo nunca inferior:

a) À remuneração do praça.
b) Ao salário mínimo vigente.
c) A meio salário mínimo nacional.
d) À remuneração do soldado combatente.
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67. (IDECAN - Oficial Bombeiro Militar (CBM RN)//2017) Conforme previsto na Constituição Estadual
do Rio Grande do Norte, o acesso aos Quadros de Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros
Militar exige, entre outros requisitos:

a) Estágio nas Forças Armadas nacionais.


b) Recomendação do Governador do Estado.
c) Aprovação em curso de formação de oficiais.
d) Indicação do Comando Geral da Polícia Militar.

68. (IDECAN - Soldado Bombeiro Militar (CBM RN)/2017) Nos termos da Constituição Estadual do Rio
Grande do Norte, assinale a alternativa que apresenta uma garantia constitucional trabalhista que se
aplica também aos militares.

a) Fundo de Garantia pelo Tempo de Serviço – FGTS.


b) Seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário.
c) Irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo.
d) Gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal.

69. (FCC - Analista Legislativo (ALERN)/Analista Legislativo /2013) Algumas matérias, em razão de sua
relevância, têm tramitação especificada na CE/RN. É o caso do Estatuto dos Servidores Públicos que
depende de aprovação por

a) Lei Complementar.
b) Lei Ordinária.
c) Lei Delegada.
d) Decreto Legislativo.
e) Resolução.

70. (FCC - Procurador do Estado do Rio Grande do Norte/2014) Determinada Constituição estadual
prevê, dentre as espécies normativas que se sujeitam ao processo legislativo, a lei delegada, com as
seguintes características: a) é elaborada pelo Governador do Estado, que deve solicitar a delegação à
Assembleia Legislativa; b) a delegação ao Governador se faz por resolução da Assembleia Legislativa, que
deve especificar seu conteúdo e os termos de seu exercício; c) a resolução pode determinar que haja
apreciação do projeto pela Assembleia Legislativa, caso em que esta o faz em votação única, sendo vedada,
no entanto, qualquer emenda; d) não podem ser objeto de delegação os atos de competência exclusiva da
Assembleia Legislativa, matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre: I − organização do
Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; e II − planos plurianuais,
diretrizes orçamentárias e orçamentos.
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Consideradas as normas atinentes ao processo legislativo, constantes da Constituição da República, assim


como as limitações incidentes sobre o poder de elaboração das Constituições estaduais, a previsão de lei
delegada como espécie normativa estadual, nos termos acima especificados, é

a) compatível com a Constituição da República.


b) incompatível com a Constituição da República, uma vez que a delegação legislativa, sendo excepcional na
sistemática constitucional da separação de poderes, somente pode ser admitida na esfera federal, em que
prevista expressamente no texto constitucional.
c) incompatível com a Constituição da República, no que se refere à possibilidade de o órgão legislativo
submeter a lei delegada à sua apreciação, uma vez que, em havendo a delegação, o poder de dispor sobre
determinada matéria, durante o período da delegação, passa a ser do órgão executivo.
d) incompatível com a Constituição da República, uma vez que esta exige que a delegação se dê por decreto
legislativo, e não por resolução, dado que esta espécie normativa é reservada para a prática de atos com
efeitos interna corporis, e não externos.
e) incompatível com a Constituição da República, no que se refere às matérias que não podem ser objeto de
delegação legislativa, dentre as quais ainda deveria estar prevista a legislação sobre nacionalidade e
cidadania.

71. (VUNESP - Procurador do Estado de São Paulo - adaptada/2018) Segundo a Constituição do Estado
do Rio Grande do Norte, os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada,
sistema de controle interno, sobre o qual é correto afirmar:

a) os responsáveis pelo controle interno são legitimados para propor ação de inconstitucionalidade de lei ou
ato normativo estaduais ou municipais, contestados em face da Constituição do Estado do Rio Grande do
Norte ou por omissão de medida necessária para tornar efetiva norma ou princípio desta Constituição, no
âmbito de seu interesse.
b) não há de se falar em forma integrada de sistema de controle interno, conceito inconstitucional, por ferir
o princípio da separação dos Poderes e a competência do Tribunal de Contas do Estado.
c) prestarão as informações solicitadas pela Assembleia Legislativa sobre a fiscalização contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas.
d) ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de
Contas do Estado, sob pena de responsabilidade solidária.
e) podem convocar Secretário de Estado, Procurador-Geral do Estado, Comandantes da Polícia Militar e do
Corpo de Bombeiros Militar, ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados ao Governador do
Estado, para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado.

72. (VUNESP - Procurador (FAPESP)/2018) A respeito do Tribunal de Contas do Estado, a Constituição


do Rio Grande do Norte estabelece que os seus Conselheiros
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a) serão escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos de idade.
b) para serem nomeados devem possuir, dentre outros requisitos, notórios conhecimentos jurídicos,
contábeis, econômicos e financeiros ou de Administração Pública.
c) terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Deputados
Estaduais.
d) três deles serão indicados pelo Governador e os outros 6 (seis) pela Assembleia Legislativa.

73. (FEPESE - Procurador do Estado de Santa Catarina/adaptada/2018/) Em relação ao Governador do


Estado, observada a Constituição Estadual, é correto afirmar:

a) Dentre suas atribuições privativas está a de nomear e exonerar os Secretários de Estado, ouvida a
Assembleia Legislativa.
b) Em caso de impedimento do Governador e do Vice-Governador, ou vacância dos respectivos cargos, serão
sucessivamente chamados ao exercício da governança o Presidente do Tribunal de Justiça e o Presidente da
Assembleia Legislativa.
c) Vagando os cargos de Governador e Vice-Governador, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a
última vaga, pouco importando o tempo restante de mandato.
d) O Governador será submetido a processo e julgamento, nos crimes de responsabilidade, perante a um
Tribunal Especial e, nos comuns, perante o Superior Tribunal de Justiça.
e) O Governador e o Vice-Governador serão eleitos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos, noventa
dias antes do término do mandato governamental vigente, atendidas as demais condições da legislação
eleitoral.

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GABARITO

1. C 11. C 21. E 31. C 41. C 51. E 61. B 71. D

2. E 12. E 22. E 32. C 42. E 52. E 62. C 72. B

3. C 13. E 23. E 33. E 43. E 53. C 63. A 73. D

4. C 14. E 24. E 34. C 44. C 54. E 64. C

5. C 15. E 25. E 35. C 45. C 55. E 65. D

6. E 16. C 26. E 36. C 46. E 56. E 66. B

7. E 17. C 27. E 37. E 47. E 57. E 67. C

8. C 18. C 28. E 38. C 48. E 58. A 68. D

9. E 19. E 29. E 39. C 49. C 59. B 69. A

10. C 20. C 30. E 40. C 50. C 60. E 70. A

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