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APOSTILA 

Regulamento Geral da OAB | 5ª ed.

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 2

2. NATUREZA JURÍDICA DA OAB 2

3. DA ATIVIDADE DE ADVOCACIA 3

a) Necessidade Do Visto De Advogado 3


b) Exercício Efetivo Da Advocacia 3
c) Funções Privativas De Advogado 4
d) Exercício Ilegal Da Profissão 4

5. DA ADVOCACIA PÚBLICA 5

6. DESAGRAVO PÚBLICO 5

a) Rito Do Desagravo 6

7. O COMPROMISSO A SER PRESTADO PELO ADVOGADO 7

8. SOCIEDADES – RESPONSABILIDADES DOS SÓCIOS 8

9. RECEITA 8

a) Anuidades 9

10. ESTÁGIO 10

11. PATRIMÔNIO DA OAB 10

12. ÓRGÃOS DA OAB 11

a) Quem Não É Órgão Da Oab 11


b) Personalidades Dos Entes Da Oab 12
c) Órgãos Internos Da Oab Federativa: 12

13. CONSELHO FEDERAL 13

a) Estrutura Do Conselho Federal 13

14. CONSELHO PLENO 14

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1. INTRODUÇÃO

O Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB tem origem na previsão do art. 54, V e
78 da Lei 8.906/94, que atribuiu ao Conselho Federal a competência para ​editar e ​alterar o
Regulamento Geral​, que será o objeto do presente material.

ATENÇÃO: Compete ao Conselho Federal editar e alterar o Regulamento Geral do


Estatuto da Advocacia e da OAB. Para que seja alterado o Regulamento Geral, é
indispensável o quórum de dois terços das delegações.

O Regulamento Geral trata da normatização de temas que não foram tratados no Código de Ética
e Disciplina, nos Provimentos e no Estatuto da Advocacia e da OAB.
Neste material, vamos nos ater aos principais complementos e artigos do Regulamento Geral do
Estatuto da Advocacia.

2. NATUREZA JURÍDICA DA OAB

Você já se perguntou o que é natureza jurídica?

Determinar a natureza jurídica de um instituto consiste em estabelecer sua essência para


classificá-lo dentro do universo de figuras existentes no Direito. Seria como uma forma de
localizar tal instituto topograficamente. Como se fosse feita a pergunta: de onde você veio?

A natureza jurídica pode ser vista sob dois enfoques:

● Subjetiva:​ é uma pessoa jurídica ​sui generis​ ​que presta serviço público mas que não tem
natureza autárquica. A OAB não é autarquia;

● Objetiva:​ a OAB é um serviço público (art. 44, ​caput​ e 45 do Regulamento).

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3. DA ATIVIDADE DE ADVOCACIA

NECESSIDADE DO VISTO DE ADVOGADO

Art. 2º do Regulamento Geral:


Art. 2º. ​O ​visto​* do advogado em atos constitutivos de pessoas jurídicas, indispensável ao registro
e arquivamento nos órgãos competentes, deve resultar da efetiva constatação, pelo
profissional que os examinar, de que os respectivos instrumentos preenchem as
exigências legais pertinentes.
*​O visto é a assinatura do advogado no instrumento.

Todo advogado que cria um contrato ou confecciona um instrumento particular deve assiná-lo, em
especial aqueles que serão levados a registro em órgãos administrativos. Na hipótese de não
fazê-lo, estará descumprindo uma norma deontológica.

ATENÇÃO: ​estão impedidos de exercer o ato de advocacia referido neste artigo os advogados
que prestem serviços a órgãos ou entidades da Administração Pública direta ou indireta, da
unidade federativa a que se vincule a Junta Comercial, ou a quaisquer repartições administrativas
competentes para o mencionado registro.

EXERCÍCIO EFETIVO DA ADVOCACIA

Segundo o art. 5º do Regulamento Geral, considera-se efetivo exercício da atividade de


advocacia ​a participação anual mínima em cinco atos privativos previstos no artigo 1º do
EAOAB, em causas ou questões ​distintas​.
A comprovação do efetivo exercício faz-se mediante:
a) certidão expedida por cartórios ou secretarias judiciais;
b) cópia autenticada de atos privativos;
c) certidão expedida pelo órgão público no qual o advogado exerça função privativa do seu
ofício;
d) indicação dos atos praticados.

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IMPORTANTE: ​o advogado deve notificar o cliente da renúncia ao mandato (art. 5º, § 3º, do
EAOAB), preferencialmente mediante carta com aviso de recepção, comunicando, após, ao Juízo.

FUNÇÕES PRIVATIVAS DE ADVOGADO

A função de diretoria e gerência jurídicas em qualquer empresa pública, privada ou paraestatal,


inclusive em instituições financeiras, ​é privativa de advogado​, não podendo ser exercida por quem
não se encontre inscrito regularmente na OAB.
A indicação dos representantes dos advogados nos juizados especiais deverá ser promovida pela
Subseção ou, na sua ausência, pelo Conselho Seccional.
A incompatibilidade dos membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos
tribunais e conselhos de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem
como de todos os que exerçam função de julgamento em órgãos de deliberação coletiva da
administração pública direta e indireta, prevista no art. 28, II do EAOAB, não se aplica aos
advogados que participam destes órgãos, na qualidade de titulares ou suplentes, como
representantes dos advogados.
Ficam, entretanto, impedidos de exercer a advocacia perante os órgãos em que atuam, enquanto
durar a investidura.

EXERCÍCIO ILEGAL DA PROFISSÃO

Em síntese, é o exercício de atividades exclusivas do advogado por quem não é advogado.

Art. 4º do Regulamento Geral:

Art. 4º. A prática de atos privativos de advocacia, por profissionais e sociedades não inscritos na
OAB, constitui exercício ilegal da profissão.

Parágrafo único. ​É defeso ​(proibido) ao advogado prestar serviços de assessoria e consultoria


jurídicas a terceiros, ​em sociedades que não possam ser registradas na OAB.

Um exemplo muito comum disso são as defesas de multas de infrações de trânsito, em que
empresas que centralizam esse tipo de assessoria lesam os seus clientes afirmando
que as defesas são orientadas/acompanhadas por advogados, quando, na verdade,
não são. Uma vez que, conforme vimos acima, ​sociedades comerciais não podem

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prestar assessoria jurídica​, ​apenas sociedades civis compostas exclusivamente por advogados
e devidamente registradas na seccional competente.

ATENÇÃO: além de incorrer nas penas previstas ao exercício ilegal da profissão, aquele que o
faz também poderá responder por falsidade ideológica.

5. DA ADVOCACIA PÚBLICA

É aquela atividade prestada por consultores, procuradores municipais, estaduais, de autarquias,


etc. São advogados que trabalham para o Estado, possuem OAB e podem votar e serem votados,
como qualquer advogado que exerça a advocacia privada.

Art. 9º. ​Exercem a advocacia pública os integrantes da Advocacia-Geral da União, da


Defensoria Pública e das Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos Estados, do Distrito
Federal, dos Municípios, das autarquias e das fundações públicas, estando obrigados à inscrição
na OAB, para o exercício de suas atividades.

Parágrafo único​. Os integrantes da advocacia pública são elegíveis e podem integrar qualquer
órgão da OAB.

Ou seja, estes estão sujeitos às mesmas regras do advogado que exerce a advocacia privada.

ATENÇÃO: é importante que você saiba que, na prática, a questão está ​sub judice
em ações propostas por defensores públicos.

6. DESAGRAVO PÚBLICO

Art. 18. O inscrito na OAB, quando ofendido comprovadamente em razão do exercício profissional
ou de cargo, ou função da OAB, tem direito ao desagravo público promovido pelo Conselho
competente, de ofício, ​a seu pedido ou de qualquer pessoa.

O desagravo é uma modalidade de defesa do advogado ferido no uso de suas atribuições.

Por exemplo: um advogado está em uma audiência e, diante do mau-humor do juiz que a preside,
tem cerceado os seus direitos ou é impedido de exercer a sua profissão adequadamente,

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trazendo-lhe constrangimento (diminuindo-o ou ofendendo-o enquanto profissional). Tal situação


gerará a possibilidade do pedido de desagravo público.

Então, quando ele ocorre? Quando há uma ofensa em desfavor do profissional no uso das suas
atribuições ou em razão de estar exercendo função na OAB.

Quando ele não ocorre?​ Quando tratar-se de uma situação da vida pessoal do advogado.
Por exemplo: o advogado se encontra em uma sala de cinema e se desentende com uma pessoa
que, por um acaso, vem a ser um juiz ou delegado. Essa é uma situação que não tem nenhuma
relação com o exercício da advocacia e, portanto, não caberá o desagravo.

RITO DO DESAGRAVO

Compete ao relator fazer o processamento do pedido de desagravo.

O pedido será submetido à Diretoria do Conselho competente, que poderá, nos casos de urgência
e notoriedade, conceder imediatamente o desagravo, ​ad referendum do órgão competente do
Conselho (art. 18, §1º do Regulamento Geral).
Caso não seja verificada urgência ou notoriedade, o relator, estando convencido da existência da
ofensa relacionada ao exercício da profissão ou cargo da OAB, solicitará informações da pessoa
ou autoridade ofensora, no prazo de 15 dias, sem, contudo, que isso configure condição para a
concessão do desagravo (§2º do art. 18, do Regulamento Geral).
Ou seja, mesmo sem a resposta da autoridade ou da pessoa, o relator emitirá parecer que é
submetido ao órgão competente do conselho, conforme definido em regimento interno.

O relator do pedido de desagravo poderá, ainda, propor o arquivamento do pedido se constatar


que a ofensa é PESSOAL e não PROFISSIONAL.
Também poderá propor o arquivamento se a ofensa configurar crítica de caráter doutrinário,
político ou religioso.
No entanto, estando o relator convencido de que houve moléstia, o desagravo é aceito e vai a
julgamento.

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No caso de decisão favorável ao advogado​, será então marcada a Sessão de Desagravo, que
será um ato solene, público e amplamente divulgado, devendo ocorrer no prazo máximo de 30
(trinta) dias​, preferencialmente no local onde a ofensa foi sofrida ou onde se encontre a
autoridade ofensora.

O desagravo público INDEPENDE da concordância do ofendido, que não poderá dispensá-lo,


devendo ser promovido a critério do Conselho.
Compete ao Conselho Federal promover o desagravo público de Conselheiro Federal ou de
Presidente do Conselho Seccional quando ofendidos no exercício das atribuições do cargo ou
quando a ofensa tiver repercussão nacional.
ATENÇÃO: não obstante, os desagravos deverão ser decididos no prazo máximo de 60
(sessenta) dias (art. 18, §5º, do Reg.).
CUIDADO:
● Prazo para decisão sobre o desagravo:​ 60 dias;
● Prazo para realização da Sessão de Desagravo: ​30 dias.

7. O COMPROMISSO A SER PRESTADO PELO ADVOGADO

Esta é uma regra constante no art. 20 do Regulamento Geral, bem como no art. 8º, VII do
Estatuto da Advocacia e OAB.

Art. 20. O requerente à inscrição principal no quadro de advogados presta o


seguinte compromisso perante o Conselho Seccional, a Diretoria ou o Conselho
da Subseção: “Prometo exercer a advocacia com dignidade e independência,
observar a ética, os deveres e prerrogativas profissionais e defender a
Constituição, a ordem jurídica do Estado Democrático, os direitos humanos, a
justiça social, a boa aplicação das leis, a rápida administração da justiça e o
aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas.”

ATENÇÃO: a natureza deste compromisso é personalíssima, ou seja, ele é


indelegável e não poderá ser prestado por outra pessoa, senão pelo próprio
requerente à inscrição.

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8. SOCIEDADES – RESPONSABILIDADES DOS SÓCIOS

O tema epigrafado pode ser encontrado no Regulamento Geral, do seu art. 37 ao art. 43. Mas,
neste primeiro momento, vamos nos ater à responsabilidade, especificamente à inteligência do
artigo 40:
Art. 40. Os advogados sócios e os associados respondem subsidiária e
ilimitadamente pelos danos causados diretamente ao cliente, ​nas hipóteses de
dolo ou culpa e por ação, ou omissão, no exercício dos atos privativos da
advocacia​, ​sem prejuízo da responsabilidade disciplinar em que possam
incorrer.

ATENÇÃO: mesmo que o sócio ou associado não tenha atendido ao cliente, ou


diretamente participado da ação, ele responderá na hipótese do seu colega perder um
prazo, por exemplo.

9. RECEITA

A OAB se mantém por meio de receitas que encontram suporte tanto no Estatuto da Advocacia e
da OAB (art. 46) quanto no Regulamento Geral (Art. 55).

Art. 46. (EAOAB): Compete à OAB fixar e cobrar, de seus inscritos, contribuições, preços de
serviços e multas.
Art. 55. (Reg. Geral): Aos inscritos na OAB incumbe o pagamento das anuidades, contribuições,
multas e preços de serviços fixados pelo Conselho Seccional.
Ou seja, o Conselho Seccional é o responsável pela arrecadação.

Para que o valor referente aos repasses chegue às demais esferas, o art. 56 do Regulamento
Geral traz o regramento para distribuição da arrecadação:
Art. 56. As receitas brutas mensais das anuidades, incluídas as eventuais
atualizações monetárias e juros, serão deduzidas em 60% (sessenta por cento)
para seguinte destinação:
I – ​10%​ (dez por cento) para o Conselho Federal;

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II – ​3%​ (três por cento) para o Fundo Cultural;


III – ​2% (dois por cento) para o Fundo de Integração e Desenvolvimento
Assistencial dos Advogados - FIDA, regulamentado em Provimento do Conselho
Federal;
IV - ​45% (quarenta e cinco por cento) para as despesas administrativas e
manutenção do Conselho Seccional.

A receita pode ser classificada como:


Essencial:​ pilar de sustentabilidade, contribuições;
Excepcional:​ ocorre sem a OAB buscar preços. Ex: aluguel do espaço da OAB;
Acidental: decorre de um acidente não desejado, sanções pecuniárias, multas que a OAB aplica
aos seus advogados e aos estagiários, etc.

De quem é competência para fixar, alterar e receber a receita da OAB? Do Conselho Seccional
(art. 58, IX, do Estatuto da OAB).

ANUIDADES

Natureza jurídica: ​não é tributo. A prescrição que corre contra a OAB para executar o advogado
inadimplente é de 10 anos, segundo o Código Civil.
Mas, cuidado! Não confunda com o prazo que corre contra o advogado para cobrar o cliente
inadimplente, que é de 05 (cinco) anos.

ATENÇÃO: ​a execução da OAB é Civil.

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10. ESTÁGIO

Os artigos que disciplinam o estágio profissional no Regulamento Geral estão situados entre o art.
27 e 31.

O estágio profissional de advocacia, inclusive para graduados, é requisito necessário à inscrição


no quadro de estagiários da OAB e meio de quadro de aprendizagem prática (art. 27, caput, do
Regulamento Geral).

Ele pode ser oferecido por instituição credenciada pelo MEC, ​em convênio com a OAB​. Além
disso, possui carga horária mínima de 300 horas.

O estagiário poderá praticar ISOLADAMENTE quatro atos:


a) retirar e devolver autos;
b) obter certidões junto aos cartórios;
c) assinar petição de juntada de documentos em processos administrativos ou judiciais e
d) atos extrajudiciais, desde que autorizado ou substabelecido.

11. PATRIMÔNIO DA OAB

O patrimônio do Conselho Federal, do Conselho Seccional, da Caixa de Assistência dos


Advogados e da Subseção é constituído de bens móveis, imóveis e outros bens e valores que
tenham adquirido ou venham a adquirir (art. 47, do Regulamento Geral).

A alienação ou oneração de ​bens imóveis depende de aprovação do Conselho Federal ou do


Conselho Seccional, competindo à Diretoria do órgão decidir pela aquisição de qualquer bem e
dispor sobre os bens móveis (art. 48 do Regulamento Geral).

A alienação/oneração de ​bens imóveis ​depende de autorização da maioria das delegações​, no


Conselho Federal, e da maioria dos ​membros efetivos​, no Conselho Seccional.

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Lembre-se de que cada Conselho Seccional manda para o Conselho Federal três representantes,
eleitos na chapa. Essa é a chamada DELEGAÇÃO.

12. ÓRGÃOS DA OAB

A OAB é formada:
a) pelo ​Conselho Federal​ - órgão supremo: ​só existe um​ em todo o território brasileiro;
b) pelo C​ onselho Seccional - ​em cada estado da federação há um, portanto são 27 seccionais
(26 estados + 1 Distrito Federal);
c) pelo terceiro órgão, que é criado pela Seccional, chamado ​Caixa Assistencial - no entanto,
ressalta-se que o Conselho Seccional pode criá-lo ou não. Portanto, a sua criação não é
obrigatória.

Cada Conselho Seccional pode criar Subseções dentro de sua área de atuação.

QUEM NÃO É ÓRGÃO DA OAB

1º - ​Conferência Nacional do Advogado CNA - é um órgão de consulta. Sua função é emitir


orientações. A cada triênio, os advogados e estagiários se reúnem em um grande congresso,
para discutir e emitir opiniões sobre a sua classe. Sendo assim, a Conferência Nacional dos
Advogados é um órgão consultivo do Conselho Federal (art. 145 do Regulamento Geral).

Quem vota na Conferência Nacional do Advogado CNA:


● Os membros efetivos (advogados e estagiários) votam.

Em regra, os advogados e estagiários precisam se inscrever e pagar uma taxa de inscrição para
participar da Conferência, salvo quem ocupa cargo importante; estes estão isentos.
Os membros convidados só votarão se forem advogados.

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OBSERVAÇÃO: acerca dos entendimentos votados pela maioria na Conferência, caberá ao


Conselho Federal cumprir ou não, pois o entendimento tem caráter de orientação, de
recomendação.

2º - ​Conselho de Subseções (CONSUB)

A Subseção pode vir a crescer. Desse modo, cria-se um Conselho da Subseção, que não é um
órgão da OAB federal, mas, sim, um subórgão da Subseção.

PERSONALIDADES DOS ENTES DA OAB

Tem personalidade jurídica própria: ​Conselho Federal, Conselho Seccional e a Caixa Assistencial;
Ente despersonalizado:​ Subseções.

ÓRGÃOS INTERNOS DA OAB FEDERATIVA:

Há duas categorias de órgãos dentro de sua estrutura:

a) Órgão executório (art. 64 do Regulamento):

● Presidente da OAB:​ a natureza jurídica do Presidente do Conselho Federal da OAB é


ser um órgão, que tem funções executivas;
● Diretoria: ​dos 81 Conselheiros, são escolhidos cinco para compor a Diretoria, que é um
órgão-diretor. A diretoria do Conselho Federal é composta de um Presidente, de um
Vice-Presidente, de um Secretário-Geral, de um Secretário-Geral Adjunto e de um
Tesoureiro;
● Conselho Pleno;
● Órgão Especial do Conselho Pleno;
● 1ª Câmara, 2ª Câmara e 3ª Câmara.

b)​ ​ ​Órgão consultivo:​ Conferência Nacional dos Advogados (art. 145 do Regulamento).

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13. CONSELHO FEDERAL

O Conselho Federal da OAB atua mediante os seguintes órgãos:


a) Conselho Pleno;
b) Órgão Especial do Conselho Pleno;
c) Primeira, Segunda e Terceira Câmaras;
d) Diretoria;
e) Presidente.

Os órgãos serão presididos:


a) Conselho Pleno pelo Presidente do Conselho Federal da OAB;
b) Órgão Especial do Conselho Pleno pelo Vice-Presidente da OAB;
c) Primeira Câmara pelo Secretário Geral da OAB; Segunda Câmara pelo Secretário Geral
Adjunto e Terceira Câmara pelo Tesoureiro.

O voto em qualquer órgão colegiado do Conselho Federal é tomado por delegação (Estado), em
ordem alfabética​, seguido dos ex-presidentes presentes, com direito a voto.

ESTRUTURA DO CONSELHO FEDERAL

Membros efetivos:
a) Conselheiros Federais​: ​três conselheiros que vêm de cada estado e do DF, formando um
total de 81 membros, entre membros temporários e transitórios. Participam de forma
direta, ou seja, têm direito a voz e a voto;
b) Ex-presidentes do Conselho Federal​: membros permanentes, membros honorários e
vitalícios;
● Regra:​ só têm direito só a voz, ou seja, sua participação é participação indireta;
● Exceção:​ têm direito a voz e a voto os ex-presidentes até 1994.

Membros convidados:
a) Homenageados com a medalha Rui Barbosa:​ têm direito a voz; participação indireta;
b) Presidente do Instituto Brasileiro dos Advogados:​ têm direito a voz; participação indireta;

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c) Presidentes do Conselho Seccional:​ têm lugar reservado junto à delegação respectiva e


direito somente a voz.

Como é feita a votação em qualquer órgão colegiado do Conselho Federal (art. 68 do


Regulamento):

Regra:​ por delegação em ordem alfabética, seguidas dos presidentes com direito a voto;
Exceção:​ ​na eleição dos membros da Diretoria do Conselho Federal, somente votam os
Conselheiros Federais individualmente (art. 68, § 3º, Reg.).

Atuação dos Conselheiros Federais (art. 65 do Regulamento):

Os Conselheiros Federais atuam no interesse nacional e não apenas no interesse dos seus
representados diretos. Desse modo, quando é aberta uma deliberação para votações, a
delegação que tiver interesse na matéria pode atuar. Se a delegação for suspeita, será excluída.

Um Conselheiro pode acumular cargos nos diferentes órgãos do Conselho Federal e pode ser
membro do Conselho Pleno e membro da Câmara.
Um Conselheiro não pode acumular cargo em outros órgãos da OAB (Conselho Federal,
Conselho Seccional, Caixa e Subseção).

14. CONSELHO PLENO

Competências:

Apenas algumas matérias são feitas em Pleno. Por esse motivo, o Conselho Pleno é dividido em
três Câmaras:
1º Câmara - 27 Conselheiros;
2º Câmara - 27 Conselheiros;
3º Câmara - 27 Conselheiros;
Órgão especial do Conselho Pleno: 27 Conselheiros, um por delegação.
Obs.: ​um Conselheiro Federal pode acumular cargos.

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Atribuições:
● Presidente​ preside o Conselho Pleno;
● O vice-presidente​ preside do Órgão Especial;
● Secretário-geral​ preside a 1ª Câmara;
● Secretário-geral adjunto​ preside a 2ª Câmara;
● Tesoureiro​ preside a 3ª Câmara;
● O Secretário Geral​ secretaria o Conselho Pleno;
● O Secretário Adjunto​ secretaria o Órgão Especial do Conselho Pleno.

ATENÇÃO: ​só terão direito a voto os ex-presidentes que tenham exercido mandato
antes de 1994. Os que exerceram após o referido ano têm direito somente a voz.
O Conselheiro Federal opina, mas não participa da votação de matéria de interesse
específico da unidade que representa.

NOVIDADE:​ ​Eleições:​ são admitidas a registro apenas chapas completas, que deverão atender
ao mínimo de 30% (trinta por cento) e ao máximo de 70% (setenta por cento) ​para
candidaturas de cada sexo, com indicação dos candidatos aos cargos de diretoria do Conselho
Seccional, de conselheiros seccionais, de conselheiros federais, de diretoria da Caixa de
Assistência dos Advogados e de suplentes, se houver, sendo vedadas candidaturas isoladas ou
que integrem mais de uma chapa​ ​(art. 131 do Regulamento Geral da OAB).

Não deixe de ler a íntegra do Regulamento Geral da OAB ​ACESSAR REGULAMENTO


GERAL DA OAB EM PDF.

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