Você está na página 1de 48

CIDADANIA E

EMPREGABILIDADE
Organizaçã o Política dos Estados Democrá ticos

3
Índice
INTRODUÇÃO …………………………………………………………………………….....5

Competências transversais de cidadania e empregabilidade ………………………… 6

1. Cidadania …………………. ……………………………………………………………...8

2. A criação da União Europeia ………………………………………………………….. 16


4
2.1. Caracterização da Guerra Fria………………………………………………………..16

2.2 A União Europeia: porquê?.....................................................................................17

 2.3. As Instituições Europeias…………………………………………………………….19

2.4. Tratado de Lisboa……………………………………………………………………..21

3. ONU………………………………………………………………………………………..21

4.NATO………………………………………………………………………………………..24

5. Comunicação Humana…………………………………………………………………..24

5.1 O que é comunicar …………………………………………………………………….24

5.2. Barreiras à Comunicação ………………………………………………….…………..27

5.3. “O Homem como ser social” ……………………………………………………...…31

5.4. - Comunicação e Liderança …………………………………………………...……..34

5.5. Tipos de personalidade ………………………………………………………………..36

5.6. O que é um conflito? …………………………………………………………….……42

Introdução
“ A cidadania é responsabilidade perante nós e perante os outros, consciência
de deveres e direitos, impulso para a solidariedade e para a participação, é sentido de
comunidade e de partilha, é insatisfação perante o que é injusto ou está mal, é
vontade de aperfeiçoar, de servir, de realizar, é espírito de inovação, de audácia, de
risco, é pensamento que age e acção que se pensa.”
Jorge Sampaio, Educação para a Cidadania
5

“A base da cidadania repousa no sentido de identidade: um sentimento de


pertença. Esta pertença não diz apenas respeito a ser uma parte de uma mesma
nação ou a usar a mesma língua, mas também a uma trama de acontecimentos
históricos que mantêm as pessoas unidas; a pertença projecta-se ainda nas
preocupações comuns acerca do futuro. Quando as pessoas são partes de,
preocupam-se. Quando se preocupam, ocupam-se de, agem, contribuindo para o
bem-estar da sociedade, mesmo antes de surgir a reivindicação dos direitos de
participação.”
Cuidar o Futuro, Relatório da Comissão Independente População e Qualidade de
Vida, 1998

Competências transversais de cidadania e empregabilidade


A) Organização Política dos Estados Democráticos

Competências para trabalhar em grupo

B) Organização Económica dos Estados Democráticos


Competências de adaptabilidade e flexibilidade

C) Educação/Formação, Profissão e Trabalho/Emprego


6
Competências de educação/formação ao longo da vida

D) Ambiente e Saúde

Competências de relacionamento interpessoal

O Relatório para a UNESCO da Comissão Europeia "Educação: um Tesouro a


Descobrir" (1996) acentuou a importância dos quatro pilares da educação ao longo da
vida: aprender a conhecer, isto é, adquirir os instrumentos para a compreensão do
mundo; aprender a fazer, para poder agir sobre o meio envolvente; aprender a viver
em comum, a fim de participar e cooperar com os outros em todas as actividades
humanas e, finalmente, aprender a ser, via essencial que integra as três anteriores.

É neste contexto que ganha importância a aquisição e o desenvolvimento de


competências de vida ou competências -chave que permitam às pessoas
compreender e participar na sociedade do conhecimento, mobilizando através delas o
saber, o ser e o saber resolver os problemas com que o mundo actual em constante
mudança as confronta diariamente. O conceito de competência -chave adquire, deste
modo, uma orientação mais construtivista e ecológica que aponta para a capacidade
de agir e reagir de forma apropriada perante situações mais ou menos complexas,
através da utilização de vários conhecimentos, atitudes e procedimentos pessoais,
num determinado contexto.

Competências de educação/formação ao longo da vida1

– Saber agir e reagir: Ser capaz de agir e reagir de forma apropriada perante
situações mais ou menos complexas, através da mobilização e combinação de
conhecimentos, atitudes e procedimentos, num contexto determinado,
significativo e informado por valores
– Saber transferir: não se limitando a repetir. Saber inovar e promover a
evolução da sua competência em função das modificações do contexto.

– Saber partilhar: não se é competente sozinho - é cada vez mais importante


saber articular as suas competências com as dos outros.

É cada vez mais importante: 7

Educação/formação ao longo da vida muitos conhecimentos


rapidamente se tornam desactualizados, obsoletos

Mutações constantes efeito das novas tecnologias

Deste modo, o cidadão adquire capacidades para a resolução dos problemas diários
tendo sempre em conta a sociedade onde se insere, tal como os valores e atitudes
adoptadas pela mesma, existindo desta forma uma coabitação pacífica, ao mesmo
tempo que o cidadão pode ter um papel interventivo no sentido de melhorar a mesma.

Adaptado de: Cursos de Educação e Formação de Adultos – 1º Seminário Nacional,


Alcochete, Junho de 2000.

1 - CIDADANIA

 
O conceito de Cidadania foi alargado consoante a evolução histórica das sociedades
e o papel que os indivíduos assumiam na construção das mesmas. As sociedades em
que os Homens vivem resultam do exercício de cidadania que empreendem. Podemos
definir cidadania como um status jurídico e político mediante o qual o cidadão adquire
os direitos como indivíduo (civis, políticos, sociais) e os deveres (impostos,
tradicionalmente o serviço militar, fidelidade…) relativos a uma colectividade política,
além da faculdade de participar na vida colectiva do Estado. Esta faculdade surge do
princípio democrático da soberania popular. 8

Power point acerca do conceito de cidadania (Anexo)

Conceitos chave;
Cidadania – Estatuto de pertença de um individuo a uma comunidade
politicamente articulada e que lhe confere um conjunto de direitos e deveres
(obrigações). É do vínculo de cidadania que decorrem as responsabilidades do
cidadão face ao Estado, nomeadamente o direito de participar na formação da
vontade soberana e as obrigações cívicas, fiscais e de defesa.

Direitos – Civis
- Sociais
- Políticos
Deveres

Cidadão – Individuo que pertence a uma comunidade politicamente articulada à


qual deve a protecção de direitos. Na perspectiva do direito internacional, a
cidadania de cada indivíduo é totalmente determinada pela sua nacionalidade.

Fazendo parte da União


FichaEuropeia, como nº
de Trabalho será o conceito de cidadania
1 (Anexo)
europeia e quais serão os meus direitos e deveres?

Power point acerca da Cidadania Europeia (Anexo)


Com o objectivo de os nossos direitos serem assegurados, foi criada a
Declaração Universal dos Direitos Humanos. Quando surge o conceito de
direito
9

Power point acerca dos direitos fundamentais (Anexo)

Conceitos Chave:

Os direitos humanos são:

Direitos civis – direito à igualdade perante a lei; direito a um julgamento justo; o direito
à liberdade de opinião; entre outros.

Direitos políticos – o direito de votar e de ser votado; direito de pertencer a um partido


político, entre outros.

Direitos sociais – direito de usufruir de questões relacionadas com a segurança social;


direito ao atendimento de saúde.

Direitos culturais – direito à educação; direito de participar da vida cultural; direito ao


progresso científico e tecnológico; entre outros.

Direitos económicos – direito à habitação (propriedade privada); direito ao trabalho.

Direitos ambientais – direitos de protecção, preservação e recuperação do meio


ambiente, utilizando recursos naturais sustentáveis.

Declaração Universal Dos Direitos Humanos (Anexo)

Apesar da implantação da Declaração será que a partir de 1948 (ano de


criação da DUHD) os direitos são sempre cumpridos?
Visionamento do Filme Hotel Ruanda (1994)

10

Estamos em 1994.
Ruanda é palco de uma das maiores atrocidades da história da humanidade onde, em apenas 100
dias, quase um milhão de tutsis são brutalmente assassinados por milícias de etnia hutu. No
cenário destas indescritíveis acções um homem promete proteger a família que ama, acabando por
encontrar a coragem para salvar mais de um milhar de refugiados.
'Hotel Ruanda' conta-nos a história verídica de Paul Rusesabagina, um homem que conseguiu
evitar o genocídio de mais de 1200 tutsis durante a guerra civil ao conceder-lhes abrigo no hotel
A Declaração Universal é um marco culminante porquanto os direitos do Homem
que dirigia na capital de Kigali.
foram consagrados num diploma fundamental para a comunidade internacional. A
DUDH apresenta princípios gerais de direitos humanos e liberdades fundamentais e os

Ficha de Trabalho nº 2 (Anexo)

Os seus 30 artigos constituem o ideal das relações Internacionais. Após os três


primeiros artigos, os direitos civis e políticos são contemplados nos artigos 4.º a 21.º e
os artigos 22.º a 27.º proclamam os direitos económicos, sociais e culturais. A ordem
internacional e a responsabilidade de cada pessoa na comunidade mundial são
referidas nos artigos 28.º a 30.º. O objectivo da Declaração Universal é, sem dúvida,
incutir o respeito dos Estados-membros da ONU pelas liberdades e direitos nelas
preconizados. No entanto, não é fácil criar um mecanismo que garanta a aplicação do
grande princípio “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e
direitos” (art. 1.º). Persistem gravíssimas limitações no usufruto dos direitos por todos
os seres humanos independentemente de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião
política ou outra característica de origem nacional ou social, fortuna, nascimento ou
qualquer outra situação (art. 2.º) bem como o direito à vida, liberdade e segurança
pessoal, introduzido no art. 3º.

O direito internacional tem muitas limitações quanto à sua aplicação, nem todos os
regimes aceitam que os direitos do homem – ou direitos naturais – sejam orientadores
da respectiva lei constitucional.

11
Deste modo é essencial mostrar que todos os direitos são importantes e nenhum
deve ser deixado de lado em detrimento de outro, ou seja, tal como todos os
instrumentos numa orquestra são importantes para esta estar em sintonia,
também todos os direitos são inalienáveis, indivisíveis e interdependentes.

Ficha de Trabalho nº 3 (Anexo)

Como serão os direitos humanos respeitados em Portugal? Onde podemos


encontrar os nossos direitos?

Power point acerca da Constituição da República Portuguesa de 1976 (Anexo)

Conceito Chave:

Constituição é um sistema de governação - muitas vezes codificada num


documento escrito - que estabelece as regras e princípios de uma entidade política
autónoma. No caso dos países, este termo refere-se especificamente para uma
constituição nacional que define os princípios políticos fundamentais, e estabelece
a estrutura, procedimentos, deveres e o poder de um governo. A maior parte das
constituições nacionais também garantem certos direitos à população.

Com o intuito de reconhecermos e de estarmos informados acerca dos nossos


direitos e deveres consagrados na Constituição da República Portuguesa.
Ficha de trabalho nº 4 (Anexo)

Apesar de os direitos fundamentais estarem consagrados na Constituição da


República Portuguesa, será que estes serão sempre cumpridos

Textos de Apoio nº 1 (Anexo)


12

A Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia é um documento que


contém disposições sobre os direitos humanos, "proclamada solenemente"
pelo Parlamento Europeu, pelo Conselho da União Europeia e pela Comissão
Europeia em 7 de Dezembro de 2000.

Power point acerca da Carta dos Direitos Fundamentais (Anexo)

A Carta é composta por um preâmbulo de introdução e 54 artigos repartidos em 7


capítulos:

 Capítulo I: Dignidade (dignidade do ser humano, direito à vida, direito à


integridade do ser humano, proibição da tortura e dos tratos ou penas
desumanos ou degradantes, proibição da escravidão e do trabalho forçado);
 Capítulo II: Liberdades (direito à liberdade e à segurança, respeito pela vida
privada e familiar, protecção de dados pessoais, direito de contrair casamento
e de constituir família, liberdade de pensamento, de consciência e de religião,
liberdade de expressão e de informação, liberdade de reunião e de associação,
liberdade das artes e das ciências, direito à educação, liberdade profissional e
direito de trabalhar, liberdade de empresa, direito de propriedade, direito de
asilo, protecção em caso de afastamento, expulsão ou extradição);
 Capítulo III: Igualdade (igualdade perante a lei, não discriminação, diversidade
cultural, religiosa e linguística, igualdade entre homens e mulheres, direitos das
crianças, direitos das pessoas idosas, integração das pessoas com
deficiência);
 Capítulo IV: Solidariedade (direito à informação e à consulta dos
trabalhadores na empresa, direito de negociação e de acção colectiva, direito
de acesso aos serviços de emprego, protecção em caso de despedimento sem
justa causa, condições de trabalho justas e equitativas, proibição do trabalho
infantil e protecção dos jovens no trabalho, vida familiar e vida profissional,
segurança social e assistência social, protecção da saúde, acesso a serviços
de interesse económico geral, protecção do ambiente, defesa dos
consumidores); 13
 Capítulo V: Cidadania (direito de eleger e de ser eleito nas eleições para o
Parlamento Europeu, direito de eleger e de ser eleito nas eleições municipais,
direito a uma boa administração, direito de acesso aos documentos, provedor
de justiça, direito de petição, liberdade de circulação e de permanência,
protecção diplomática e consular);
 Capítulo VI: Justiça (direito à acção e a um tribunal imparcial, presunção de
inocência e direitos de defesa, princípios da legalidade e da proporcionalidade
dos delitos e das penas, direito a não ser julgado ou punido penalmente mais
do que uma vez pelo mesmo delito);
 Capítulo VII: Disposições gerais.

Ficha Informativa nº 1 (Anexo)

“À medida que nos aproximamos do sexagésimo aniversário da Declaração


Universal dos Direitos Humanos, sentimos haver razões para celebrar mas, ao
mesmo tempo, para nos sentirmos desafiados.·
Ao longo de seis décadas celebramos o grande desenvolvimento dos padrões
internacionais de direitos humanos, leis e instituições que melhoram as vidas
de muitas pessoas por todo o mundo.
A Declaração Universal reflecte valores de igualdade e justiça para todo o
mundo. Inspirou a luta que ditou o fim do apartheid na África do Sul e
promoveu a democracia na Europa do Leste, América Latina, África e Ásia.
Estimulou progressos no sentido de acabar com a pena de morte e tortura,
promoveu a igualdade entre sexos, ajudou a proteger os direitos das crianças e
a acabar com a impunidade. Acima de tudo, fez com que uma comunidade de
homens e mulheres comuns, se unissem e lutassem por justiça e igualdade em
todo o mundo.
Mas este momento não é apenas de celebração e auto-congratulação.
Estamos também numa época de desafio – o desafio de fazer dos direitos
humanos direitos reais e de preencher a lacuna entre a promessa da
Declaração Universal dos Direitos Humanos e as atitudes levadas a cabo pelos
governos.
Do Afeganistão ao Zimbabué, os direitos humanos estão a ser violados e
negligenciados pelos governos, grandes companhias e grupos armados. É 14
necessário um compromisso renovado da parte dos governos e da sociedade
civil para converter a teoria em prática, a desilusão em esperança e desespero
em acção
A Declaração Universal dos Direitos Humanos começou por seu uma iniciativa
dos governos, mas hoje em dia é um dever comum de todos nós.
Todo o ser humano tem direitos. É essa a essência da nossa humanidade.
Todos nós temos o dever de lutar, não apenas pelos nossos direitos mas
também pelos direitos dos outros. É esse o espírito da solidariedade
internacional. É esse o verdadeiro significado dos direitos humanos.

Como Cidadãos do mundo:


- Acreditamos que os abusos dos direitos humanos em qualquer lado dizem
respeito a qualquer pessoa.
- Apelamos ao poder dos indivíduos para estimular acções a favor da justiça e
igualdade para todos.
- Sentimo-nos ultrajados pelas traições dos nossos líderes e estamos
determinados a responsabiliza-los.
- Comprometemo-nos a criar uma cultura global em que todas as pessoas
tenham conhecimento dos seus direitos humanos.
- Levaremos a mensagem de esperança da Declaração Universal dos Direitos
do Homem a todas as regiões, no seu sexagésimo aniversário.”
Mensagem de Irene Khan, Secretária Geral da Amnistia Internacional, por ocasião do Dia Internacional dos Direitos

Assim sendo, cada um de nós pode fazer a diferença e lutar no sentido de


estes direitos serem cumpridos. Um pequeno gesto pode fazer a diferença.
Podemos verificar o exemplo de Gandhi, que realça a importância da não -
agressão, como forma para a não-violência.
Mohandas Karamchand Gandhi, mais conhecido popularmente por Mahatma
Gandhi ("Mahatma", do sânscrito "A Grande Alma") foi um dos idealizadores e
fundadores do moderno estado indiano e um influente defensor do Satyagraha
(princípio da não-agressão, forma não-violenta de protesto) como um meio de
revolução.
"A não-violência não existe se apenas amamos aqueles que nos amam. Só há 15
não-violência quando amamos aqueles que nos odeiam. Sei como é difícil
assumir essa grande lei do amor. Mas todas as coisas grandes e boas não são
difíceis de realizar? O amor a quem nos odeia é o mais difícil de tudo. Mas,
com a graça de Deus, até mesmo essa coisa tão difícil se torna fácil de
realizar, se assim queremos.”
Mohandas K. Gandhi 1869-1948

Visionamento dos Filme Gandhi (Anexo)

Gandhi não era um líder de nações, nem tinha dotes científicos. No entanto, este pequeno e modesto homem,
fez o que outros antes dele não conseguiram fazer. Ele conduziu um país inteiro para a liberdade – ele deu ao
seu povo, esperança. Gandhi, o homem do século, é descrito, neste inesquecível e emocionante filme. A vida
de Gandhi, os seus princípios e o seu poder, explodem no ecrã com cenas vívidas, tais como o terrível
massacre de Amristar, onde os Ingleses abriram fogo sobre 15.000 homens desarmados, mulheres e crianças,
e a drástica marcha para o mar, onde Gandhi conduziu milhares dos seus compatriotas indianos para provar
que o sal do mar pertencia a todos e não era apenas um produto britânico.

2 – União Europeia
 União Europeia surge após o fim da II Guerra Mundial de da Guerra Fria
2.1 Caracterização da Guerra Fria
• A Guerra Fria iniciou-se logo após a Segunda Guerra Mundial;

• Interesses capitalistas e comunistas;

• Com arsenais nucleares capazes de destruir a Terra em instantes, EUA e União


Soviética não podiam cumprir suas ameaças, por uma questão de sobrevivência;

• Na época, a situação se caracterizava como o equilíbrio do terror

• PLANO MARSHALL - 1947 16

– Esforço para deter avanço da URSS

– Reconstrução das economias dos países europeus através de DOAÇÃO de recursos

– Argumento oficial: luta contra fome, pobreza, desespero e caos

– Extensivo à URSS e ao leste europeu

– URSS define como “instrumento do capitalismo americano”, recusando a ajuda e


obrigando os países de sua área de influência a também recusarem

OTAN - 1949

• Organização do Tratado do Atlântico Norte;

• Em 1949 os EUA e o Canadá, juntamente com a maioria da Europa capitalista,


criaram a OTAN, uma aliança militar com o objectivo de protecção internacional em
caso de um suposto ataque dos países do leste europeu.

• Em resposta à OTAN, a URSS firmou entre ela e seus aliados o Pacto de Varsóvia.

Pacto de Varsóvia - 1955

• Uma aliança militar formada em 14 de Maio de 1955 pelos países socialistas do


Leste Europeu e pela União Soviética;

• Estabeleceu um compromisso de ajuda mútua em caso de agressões militares.

2.2 A União Europeia: porquê?

Após a II Guerra Mundial, os dirigentes dos Estados da Europa Ocidental tomaram


consciência de que só seria possível assegurar a paz e proceder à reconstrução
económica dos seus países se conseguissem edificar uma Europa unida.
Os seis Estados-Membros pretendiam criar um mercado comum, abolir as
fronteiras e permitir a livre circulação de pessoas, bens, serviços e de mercadorias
estabelecer regras destinadas a impedir a degradação do ambiente.
Com o intuito de diminuir as desigualdades criaram-se políticas comuns para
desenvolver a agricultura, indústria, transportes, telecomunicações e desenvolvimento
tecnológico, o desenvolvimento sustentável ganha também, cada vez mais
importância. A Justiça e a protecção social são também tidas em conta, tal como a
solidariedade entre os Estados-membros. 17
Estes países pensaram, também, em facilitar a nossa deslocação nos países
europeus, uma vez que, se viajarmos para outro país da União Europeia não
precisamos de trocar o dinheiro, nem de nos habituarmos a outra moeda.

Os principais objectivos da União Europeia

- Instituir uma cidadania europeia (Os direitos fundamentais; Liberdade de circulação;


Direitos civis e políticos);
- Criar um espaço de liberdade, de segurança e de justiça (Cooperação nos domínios
da justiça e dos assuntos internos);
- Promover o progresso económico e social (Mercado Único; Euro, a moeda comum;
Criação de emprego; Desenvolvimento regional; Protecção do ambiente);
- Afirmar o papel da Europa no mundo (Política externa e de segurança comum; A
União Europeia no Mundo).

Cronologia da UE

1951

Seis países - Bélgica, França, República Federal da


Alemanha, Itália, Luxemburgo e Holanda - assinam em Paris o Tratado que
institui a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA), 

1957

Assinatura em Roma dos Tratados que instituem a Comunidade Económica


Europeia (CEE) e a Comunidade Europeia da Energia Atómica
1973

A Dinamarca, a Irlanda e o Reino Unido aderem às Comunidades Europeias


que passam a ter 9 Estados-Membros.

1981

Entrada da Grécia nas Comunidades Europeias, que passam a contar 10 Estados- 18


Membros.

1986

Espanha e Portugal aderem às Comunidades Europeias, que passam a contar 12


Estados-Membros.

1992 
É assinado em Maastricht o Tratado da União Europeia, que entra em vigor
em 1 de Novembro de 1993.

1993
É criado o mercado único europeu.

1995
A Áustria, a Finlândia e a Suécia juntam-se à UE, que passa a ter 15 Estados-
Membros.
1997

Assinatura do Tratado de Amesterdão,

2001
É assinado o Tratado de Nice, que entrou em vigor em 1 de Fevereiro de 2003.

2002

Entrada em circulação das moedas e notas em euros.

2004
 Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Polónia, Eslováquia e Eslovénia aderem à
União Europeia.

2007

Adesão da Bulgária e da Roménia à União Europeia.

19
 2.3. AS INSTITUIÇÕES EUROPEIAS

 PARLAMENTO EUROPEU

 É a voz dos cidadãos na Europa;

 Os seus deputados são eleitos por sufrágio universal, directo e secreto;

 Desde a entrada em vigor do Tratado de Maastricht em 1993, qualquer cidadão


de um país membro da União Europeia que resida noutro Estado-membro da UE pode
votar ou ser eleito no país de residência

 COMISSÃO EUROPEIA

 Mandato de 5 anos;

 Os seus membros actuam com total independência em relação aos países de


origem;

Cada membro da comissão tem responsabilidades específicas.

CONSELHO DE MINISTROS

 É por excelência o órgão de decisão da UE;

 A presidência do Conselho é exercida rotativamente por um período de seis


meses por cada um dos Estados Membros;

 Reúne os ministros dos Estados-Membros de acordo com o assunto inscrito


na ordem de trabalhos.

 CONSELHO EUROPEU
 Designa as reuniões periódicas dos chefes de Estado e de Governo dos
Estados-Membros da União Europeia

 Define o caminho a seguir pela UE

 Reúne-se pelo menos duas vezes por ano

 BANCO CENTRAL EUROPEU

 Assegura a estabilidade dos preços 20

Controla as reservas monetárias e decide as taxas de juro

É independente dos governos

Outras instituições da União Europeia

Ä Tribunal de Justiça

Ä Tribunal de Contas

Ä Comité Económico e Social Europeu

Ä Comité das Regiões

Ä Banco Europeu de Investimento

Ä Convenção Europeia

2.4. TRATADO De LISBOA


 Porquê um novo tratado?

 Aumentar a democracia e a eficiência das instituições europeias, tendo em atenção


as recentes adesões à UE
 Aproximar a Europa dos seus cidadãos, tornando a construção europeia um
processo mais transparente

 Responder aos desafios da globalização, dotando a UE de novas áreas de


competência ou simplificando a tomada de decisões, por exemplo nos domínios da
segurança, da luta contra o terrorismo, das alterações climáticas, da energia

 Reforçar o papel da Europa no mundo


21
 Ultrapassar o impasse político e institucional decorrente da não ratificação do
Tratado Constitucional por todos os Estados membros

PRINCIPAIS MENSAGENS:

I – uma Europa mais democrática e transparente


II – uma Europa mais eficiente
III – uma Europa de direitos e valores, liberdade, solidariedade e justiça
IV – Uma Europa mais forte a nível mundial

3 – ONU
A Organização das Nações Unidas (ONU) é uma instituição internacional formada por
192 Estados soberanos e fundada após a 2ª Guerra Mundial para manter a paz e a
segurança no mundo, fomentar relações amistosas entre as nações, promover o
progresso social, melhores padrões de vida e direitos humanos. Os membros são
unidos em torno da Carta das Nações Unidas, um tratado internacional que enuncia os
direitos e deveres dos membros da comunidade internacional”.

Principais funções da ONU

• Manter a paz e a segurança internacionais;

• Desenvolver relações amistosas entre as nações;


• Realizar a cooperação internacional para resolver os problemas mundiais de carácter
económico, social, cultural e humanitário, promovendo o respeito aos direitos humanos
e às liberdades fundamentais;

• Ser um centro destinado a harmonizar a acção dos povos para a realização desses
objectivos comuns.

22
Princípios da ONU

Todos os Estados Membros gozam de igualdade soberana.

• Todos os Estados Membros devem obedecer à Carta das Nações Unidas.

• Os países devem tentar resolver os seus diferendos através de meios pacíficos.

• Os países devem evitar utilizar a força ou ameaçar utilizar a força.

• As Nações Unidas não podem interferir nas questões internas de um país.

• Os países deverão tentar dar toda a assistência à Organização

Membros da ONU

Órgãos da ONU

As Nações Unidas são constituídas por cinco órgãos principais: a Assembleia-geral,


o Conselho de Segurança, o Conselho Económico e Social, o Tribunal
Internacional de Justiça e o Secretariado.
Temos também as instituições especializadas as mais importantes para os aspectos
económicos são o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial, o Acordo
Geral de Tarifas e Comércio (GATT-OMC”1997”), a Conferência sobre Comércio
e Desenvolvimento (UNCTAD) e a Organização para a Agricultura e Alimentação
(FAO).

Três outras centram-se nos aspectos sociais: a Organização Internacional do


Trabalho (OIT), a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e
23
Cultura (UNESCO) e a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Por fim, temos vários órgãos e programas como:

• Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR)

• Centro de Comércio Internacional (CCI)

• Programa Mundial de Alimentação (PMA)

• Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (PNUAH)

• Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)

• Programa das Nações Unidas para a Fiscalização Internacional de Drogas

(PNUFID)

• Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)

• Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF)

• Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a mulher (UNIFEM)

• Voluntários das Nações Unidas (VNU)

4 – NATO
– Organização do tratado do Atlântico Norte (4 de Abril de 1949)
Principal objectivo – Proporcionar o apoio Norte Americano aos estados europeus no
caso de uma agressão Russa.
Defende o propósito dos seus países membros:
“Salvaguardarem a liberdade, a herança comum e a civilização dos povos respectivos,
baseados nos princípios da democracia, da liberdade individual e do respeito pela
lei...”
O tratado estipularia também que o ataque a um dos signatários passaria a ser
considerado como um ataque ao território de todos, levando à assistência mútua.

Qual o papel da NATO na actualidade?

 A Aliança foi obrigada a reavaliar os seus objectivos estratégicos após a dissolução


da União Soviética , líder da “ameaça comunista” contra a qual a NATO se colocava.

 instabilidades de carácter político, económico e social passaram a ser consideradas 24


as principais ameaças à segurança da Europa, atribuindo um papel mais periférico às
funções militares.

 Participa activamente na guerra do Afeganistão, contudo continua a ter


preocupações com aspectos não militares , em que o elemento central é o Terrorismo
e o tráfico de drogas.

 Outro desafio da organização é conseguir suporte financeiro para as suas missões.


Actualmente e para a existência de um orçamento, todos os Países-Membros,
variando o montante de acordo com os PIBs nacionais. A NATO tem a seu encargo
5200 funcionários civis e 60 mil soldados em missões de combate

5 – Comunicação Humana
5.1. O que é comunicar?
Palavra de origem latina (comunicare), acção de partilhar, de dividir uma informação.
A comunicação pode ser definida como um processo pelo qual a informação é trocada
e entendida por duas ou mais pessoas, normalmente, com o intuito de motivar ou
influenciar o comportamento.
É um processo que envolve a transmissão e a recepção de mensagens entre uma
fonte emissora e um destinatário receptor. As informações são codificadas na fonte e
descodificadas no destino A comunicação é, normalmente, COMPLEXA. São
inúmeras as oportunidades de se receber e enviar mensagens.
Codificar e descodificar são fontes potenciais de erros. O conhecimento, as atitudes e
o background actuam como filtros e criam ruídos quando traduzidos de símbolos e
significados
25

O processo de comunicação

 Emissor ou remetente: é aquele que codifica e envia a mensagem. Ocupa um dos


pólos do circuito da comunicação.
 Receptor ou destinatário: é aquele que recebe e decodifica a mensagem. Ocupa,
em relação ao emissor, o pólo do circuito da comunicação .
 Mensagem: é o conteúdo que se pretende transmitir

MODOS DE COMUNICAÇÃO

Comunicação Verbal

 Oral – rádio, telefone, palestras, …


 Escrita – livros, jornais, revistas, circulares, cartas, sms…

 Audiovisual – televisão, cinema, publicidade, …

Comunicação Não-Verbal

A linguagem não verbal é constituída pelos outros elementos envolvidos na


comunicação, como, tom de voz, postura corporal, luzes, desenhos, gestos, bandeiras,
26
sons (não vocálicos) etc.

 Gestual – linguagem gestual, gestos dos sinaleiros,…

 Codificada ou Simbólica – código de sinais de trânsito…

 Táctil – linguagem táctil dos cegos, leitura ou exame com a ponta do dedos…

“Os gestos e os movimentos expõem os sentimentos ocultos”. Desta forma é


impossível não comunicarmos, uma vez que não conseguimos impedir a linguagem
não-verbal. Um bocejo, o cenho franzido de atenção,o olhar vago e distante, os olhos
que se fecham, a expressão de duvida são indícios significativos para quem quer
receber uma mensagem.

Funções da comunicação

• Função de informação - difusão de conhecimentos

• Função de persuasão e de motivação – controle social de acordocom o grupo de


inserção

• Função de educação – transmite a herança cultural e social

• Função de socialização – permite a integração dos sujeitos no grupo

• Função de distracção - varia em função da qualidade de vida


A comunicação deve ser...

CLARA, PERTINENTE, ORIGINAL,PERSUASIVA,DURÁVEL, IMPACTANTE,


CRÍVEL

27


5.2. Barreiras à Comunicação

As interacções sociais, ao nível das relações face-a-face, estão sujeitas à


influência de um conjunto de variáveis de carácter manifesto ou latente, que lhes
determinam, ou pelo menos influenciam, a condução dos processos comunicacionais.

Comunicar torna-se, assim, uma arte de bem gerir mensagens, enviadas e


recebidas, nos processos de interacção. O tempo, o espaço, o meio físico envolvente,
o clima relacional, o corpo, os factores históricos da vida pessoal e social de cada
indivíduo em presença, as expectativas e os sistemas de conhecimento que moldam a
estrutura cognitiva de cada actor social condicionam e determinam o jogo relacional
dos seres humanos.

- Factores que podem facilitar ou dificultar os processos de comunicação humana,


temos:

 Factores Pessoais

Não é segredo para ninguém que os factores de índole pessoal assumem


importância excepcional na comunicação oral. Há pessoas com mais facilidade que
outras em expor as suas ideias, a defendê-las ou em as fazer aceitar.

- nível de conhecimento que o indivíduo tem e revela na decorrência do processo


conversacional, ou, o nível de conhecimento que os outros intervenientes lhe atribuem
ou reconhecem ter sobre o assunto a tratar. Este aspecto pode conduzir à maior ou
menor credibilidade a atribuir ao emissor e trazer-lhe um estatuto que pode marcar o
desempenho do seu papel enquanto comunicador.

- a aparência do sujeito enunciador do discurso, a aparência do outro não é


indiferente, para a maioria das pessoas. O estar cuidado ou não, o parecer este ou
aquele tipo profissional, o estar ou não enquadrado num ou noutro grupo marca a
relação, mais que não seja pelas expectativas que provoca, sobretudo, nas primeiras 28
impressões.

- postura corporal, nesta matéria há sempre posturas próprias, eminentemente


individuais. Mas o que interessa aqui ressaltar são, sobretudo, as posturas corporais
que, apesar de pessoais, fazem parte de um léxico social, às quais é possível atribuir
significados também sociais. É o caso de uma postura que, em determinados
contextos se espera que não seja excessivamente rígida ou excessivamente
descontraída.

- o contacto visual também é um factor pessoal que, apesar de tudo, pode obstruir a
interacção e provocar momentos de embaraço ou, até, de pânico. O olhar, o tempo, o
contexto, a oportunidade, a intensidade, o status de quem olha ou de quem é olhado
impõem um quadro interpretativo, em que cada cultura se encarrega de transmitir aos
seus membros, pelo processo de socialização. Os indivíduos sabem, por intuição, os
parâmetros que condicionam o contacto visual; aprenderam e interiorizaram, no
decorrer do tempo, as regras e os mecanismos de censura que o processo do olhar
implica em sociedade.

- a expressão facial a expressão facial é, talvez, um dos meios de comunicação mais


importante nas relações face-a-face, quer para confirmação de expectativas, quer para
afirmação de determinados estados de espírito, sejam eles espontâneos ou
engendrados. Em determinados contextos torna-se fundamental, uma expressão de
desqualificação, de preocupação, de simpatia, de compreensão, de alegria, de bem-
estar, de aceitação, etc.

- a fluência com que os indivíduos falam ou discursam, bem como a articulação, a


modulação, o ritmo ou o timbre que colocam à sua voz não escapam à observação
social e cultural de determinados meios. São indicadores pessoais que os restantes
actores têm em conta nas relações sociais que estabelecem. As matrizes em vigor em
cada sistema social dizem aos indivíduos, muitas vezes, a forma como devem
interpretar não só a personalidade como também o carácter e o meio social de origem
do falante. Claro está que, neste processo de adivinhação muitos erros e equívocos
condicionam as relações interpessoais, constituindo, por isso mesmo barreiras à
comunicação não desprezíveis.
29

 Factores Sociais

Temos vindo a abordar factores de origem pessoal que podem afectar a dimensão
social das relações. Debrucemo-nos agora, por instantes, sobre alguns factores
sociais:

- flexibilidade ou da rigidez dos sistemas de conhecimento, que impregnam e


condicionam as formas como os indivíduos pensam o mundo. Os sistemas de
conhecimento condicionam e são condicionados por uma multiplicidade de factores.

- a educação é um deles, ao inculcar nos indivíduos determinados princípios como


certos e absolutos, Mas, não são só os princípios e os valores da educação a
determinar os olhares do mundo.

- a cultura que marca a origem de cada actor social, dá aos indivíduos uma orientação
normativa às suas formas de pensar, de sentir e de agir, assim nos refere o sociólogo
americano Talcott Parsons. Por isso, os padrões de cultura que embebem o trajecto
pessoal e social dos indivíduos geram, frequentemente, aproximação ou afastamento
entre si. Como é sabido, a décalage resultante dos padrões culturais pode, em casos
extremos, redundar em conflitos e incompreensões, devido ao desfasamento na
interpretação das diferenças culturais. Entendemos, por isso, que a presença física por
si só dos indivíduos uns com os outros não evita os conflitos interrelacionais. Só a
compreensão, mediante processos de conhecimento, das características de cada
padrão cultural permitem uma (re)aprendizagem das diferenças, as quais por si
mesmas podem constituir motivos de comunicação e convívio, sem riscos de perda de
identidade cultural e social.
- as crenças ocupam no panorama dos factores sociais que condicionam os sistemas
de conhecimento um lugar primordial. Pode dizer-se, que, elas são princípio, meio e
fim dos sistemas de conhecimento. Se tivermos em conta que, sobretudo, as crenças
que assentam na ignorância ou que tomam como certos determinados princípios
podem gerar guerras ou conflitos. A complexidade das crenças na vida das pessoas é,
pois, um dos factores que mais risco pode trazer às relações interpessoais e, por
consequência, barreiras à comunicação.
30

- normas sociais, através do processo de socialização, dizem aos indivíduos como


devem estar no mundo, ao nível orgânico, psíquico, social, cultural e simbólico. A
coacção que as normas sociais exercem sobre os indivíduos provoca-lhes o receio de
serem ou virem a ser considerados desviantes do sistema em que estão inseridos. Por
essa razão, é previsível a importância que têm as normas sociais nos padrões de
relacionamento e de comunicação entre os diferentes agentes e actores sociais.

 Factores de Personalidade

A comunicação é, com frequência, complicada, senão mesmo impossível,


quando esta procura ocorrer no seio das chamadas personalidades difíceis. Há, neste
campo, um conjunto de aspectos que conviria referenciar como potenciadores de
bloqueios à comunicação entre os indivíduos. Um deles diz respeito à conhecida auto-
suficiência. De facto, torna-se complicado interagir com sujeitos que presumem saber
tudo sobre determinado assunto.

 Factores de Linguagem

O uso constante de palavras abstractas por parte de determinados


comunicadores é motivo frequente de desorientação e equívocos de compreensão
entre os indivíduos.

Não são também raras as vezes que a confusão nos processos comunicacionais
tem origem no desencontro de sentidos que cada um dos interlocutores atribui às
palavras dos outros e às suas próprias mensagens. Os equívocos de compreensão
oriundos destes desencontros não deixam de constituir, por isso, mais um factor de
barreiras à comunicação.

Quando os sujeitos em interacção não conseguem separar as coisas entre si ou


aspectos da realidade que só aparentemente são iguais, estamos perante processos
comunicacionais em que predominam as chamadas indiscriminações.

31

 Factores Psicológicos (mundo subjectivo)

O problema centra-se na tendência que determinados sujeitos revelam em


associar duas características de um indivíduo, como se houvesse uma relação causal
linear: se A, então B. Ora, sabendo nós que a realidade, mesmo a física, nem sempre
se rege por esta simplicidade, muito mais prudência deverá haver no estabelecimento
desta relação quando se trata de factores comportamentais. Os processos de
comunicação humana não estão imunes a esta dificuldade.

Temos também, a tendência de alguns indivíduos avaliarem os outros e situá-los no


campo extremo da escala de apreciação. A esta deturpação da informação no
processo inter relacional, dá-se o nome de efeito de polarização.

5.3. “O Homem como ser social”

O homem vive em sociedade e esse facto não é acidental ou fortuito pois sem a
socialização o indivíduo humano não se desenvolve enquanto ser humano... O homem
só se realiza como Pessoa na relação com os outros, relação essa que tem vários
níveis e assume múltiplas formas

A Pessoa realiza-se em três dimensões fundamentais:

1. A Intimidade
2. A Sociabilidade
3. A Universalidade
CONCEITO DE GRUPO

Um conjunto de duas ou mais pessoas que:

• Estejam psicologicamente conscientes da presença umas das outras

• Tenham um objectivo comum


32
• Interajam umas com as outras para atingir tal objectivo

- Grupos primários – grupos de pequenas dimensões caracterizados


fundamentalmente por motivações afectivas.

-Grupos secundários – maior número de elementos e relacionamento marcado pela


impessoalidade e formalidade de papéis desempenhados.

FACTORES DE COESÃO DOS GRUPOS

1. Grau de concordância e consenso face aos objectivos do grupo

2. Frequência e tipo de interacções que se estabelecem no seio do grupo

3. Existência de conflitos, rivalidades ou antagonismos no seio do grupo

4. Proximidade ou semelhança cultural entre os membros do grupo

5. A história de sucessos anteriores por parte do grupo

6. Quanto mais difícil for a acessibilidade de admissão ao grupo, maior a probabilidade


de coesão interna

5.4. - Comunicação e Liderança

Liderança

Capacidade de um indivíduo para influenciar, motivar, e habilitar outros a


contribuírem para a eficácia e sucesso das organizações de que são membros
House, et al., 1999

Na maior parte dos grupos, emerge um indivíduo que coordena as actividades e


mobiliza as energias dos seus membros para que os objectivos possam ser atingidos.
A autoridade de quem dirige deverá ser reconhecida e aceite, e não imposta. O líder
de um grupo para além de saber-ser e saber-estar na relação com os que o rodeiam.

33
Estilos de Liderança

 Líder autoritário:

- Fixa directrizes sem a participação do grupo,

- Determina as técnicas para a execução das tarefas.

- É também ele que designa qual a tarefa de cada um dos subordinados, e qual será o
companheiro de trabalho de cada sujeito.

- É dominador, provocando tensão e frustração no grupo

Postura

Tem uma postura essencialmente directiva, dando instruções concretas, sem deixar
espaço para a criatividade dos liderados. Este líder é pessoal, quer nos elogios, quer
nas críticas que faz.

Consequência

As consequências desta liderança estão relacionadas com uma ausência de


espontaneidade e de iniciativa por parte dos liderados, bem como pela inexistência de
qualquer amizade no grupo, visto que os objectivos são, o lucro e os resultados de
produção.

 Líder liberal, também denominado de laissez faire:

- não há imposição de regras.


- o líder não se impõe ao grupo e consequentemente não é respeitado.

- os liderados têm liberdade total para tomar decisões, quase sem consultar o líder.

- não há grande investimento na função, havendo participações mínimas e limitadas


por parte do líder.

- quem decide sobre a divisão das tarefas e sobre quem trabalha com quem, é o
próprio grupo
34
Postura

Os elementos do grupo tendem a pensar que podem agir livremente, tendo também
desejo de abandonar o grupo, visto que não esperam nada daquele líder. Como não
há demarcação dos níveis hierárquicos, corre-se o risco do contágio desta atitude de
abandono entre os subordinados.

Consequência

Este é frequentemente considerado o pior estilo de liderança, pois reina a


desorganização, a confusão, o desrespeito e a falta de uma voz que determine
funções e resolva conflitos.

 Líder democrático:

- assiste e estimula o debate entre todos os elementos.

- é o grupo, em conjunto, que esboça as providências e técnicas para atingir os


objectivos.

- todos participam nas decisões.

- as directrizes são decididas pelo grupo, havendo contudo um predomínio (pouco


demarcado) da voz do líder.

Postura

O grupo solicita o aconselhamento técnico do líder, sugerindo este várias alternativas


para o grupo escolher. Cada membro do grupo decide com quem trabalhará e é o
próprio grupo que decide sobre a divisão das tarefas. O líder tenta ser um membro
igual aos outros elementos do grupo. O líder democrático, quando critica ou elogia,
limita-se aos factos, é objectivo.

Consequência

Este tipo de liderança promove o bom relacionamento e a amizade entre o grupo,


tendo como consequência um ritmo de trabalho progressivo e seguro. O
comportamento deste líder é essencialmente de orientação e de apoio. Surgem, em 35
resumo, grandes qualidades de relação a nível interpessoal, bem como bons
resultados ao nível da produção / resultados

1. Produtividade elevada;
2. Nível de motivação e satisfação baixo;
Liderança autoritária 3. Desinteresse e desinvestimento e
frequentes conflitos entre os membros do
grupo.
1. Produtividade baixa;
Liderança liberal 2. Nível de satisfação e motivação baixo;
3. Frequentes conflitos entre os membros do
grupo.
1. Produtividade satisfatória;
Liderança democrática 2. Elevado nível de motivação e satisfação;
3. As relações entre os elementos do grupo
são marcadas pela cooperação e inter
ajuda.

Todos estilos possuem vantagens e desvantagens. Na prática, o administrador poderá


utilizar os três estilos de liderança, de acordo com a tarefa a ser executada, as
pessoas e a situação. O administrador tanto poderá mandar cumprir as ordens como
sugerir aos colaboradores a realização de certas tarefas, ou ainda consultar antes de
tomar decisão. O desafio está em saber como aplicar cada estilo, com quem e em que
circunstância e tarefas a serem desenvolvidas.

5.5. Tipos de personalidade

Todos os dias somos confrontados com diferentes comportamentos. Esta situação fica
a dever-se, ao facto, de convivermos com pessoas diferentes, que têm atitudes
diferentes. No nosso quotidiano conhecemos pessoas que têm conflitos todos os dias,
dias, enquanto outras são conciliadoras, diplomatas e amadas pela maioria. Isto
acontece porque somos todos diferentes, ou seja, temos traços de personalidade
diferentes e têm formas diferentes de resolverem os problemas e os conflitos que
surgem. Podemos concluir que comportamento gera comportamento. Por exemplo, se
chegarmos ao local de trabalho e as pessoas nos responderem mal, a tendência é
para respondermos mal, também, apesar de até irmos bem dispostos.

 Personalidade Agressiva
36
O agressivo procura dominar os outros

Valorizar-se à custa dos outros

Personagens agressivas:

• aquele que é sempre do contra

• o sabotador

COMPONENTE VERBAL

• defender os seus direitos à custa dos direitos dos outros

• fazer exigências

• menosprezar as capacidades dos outros

COMPONENTE NÃO VERBAL

• rosto tenso

• sobrancelhas carregadas

• olhos muito abertos ou semi-cerrados

 gestisculação exagerada
Atitudes do agressivo

- Atitude predominante: os outros não são ninguém

- Interpretação do sucesso: eu sou capaz de ganhar

a qualquer um.

- Auto-suficiência: alta ou baixa, muito oscilante


37
- Estilo de tomada de decisão: toma decisões unilaterais e
não leva em consideração o interesse

dos outros.

- Estilo de liderança: controla, domina, intimida

- Atitudes face ao conflito: usa a cólera para castigar e para

 Personalidade Manipuladora

O manipulador apresenta uma relação táctica com os outros

É especialista em rumores (diz que disse)

Hábil em criar conflitos nos momentos que lhe convém

Apresenta-se sempre cheio de boas intenções


Personagens manipuladoras:

• o conspirador

• o grande exibicionista

COMPONENTE VERBAL

• utiliza a linguagem como disfarce, habitualmente ao serviço de


interesses próprios e em detrimento dos alheios 38

• não se afirma directamente

• é frequente a bajulação

COMPONENTE NÃO-VERBAL

• como é um comportamento dissimulado, não existem gestos nem


sinais físicos próprias do comportamento manipulador

Atitudes do Manipulador

- Atitude predominante: acredita que não se pode


confiar em ninguém.

- Interpretação do sucesso: joguei bem

- Auto-suficiência: parece alta mas é muitas vezes


baixa

- Estilo de tomada de decisão: toma decisões


baseando-se em

mecanismos de influência sobre os outros.

- Estilo de liderança: manipula

- Atitudes face ao conflito: usa o sarcasmo, a


ironia ou a

culpabilização; por vezes, gosta de fazer o papel


de mártir.
 Personalidade Passiva

Implica medo de se envolver

tendência a evitar a todo o custo os conflitos

Deixa que os outros abusem dele

Tem medo de importunar os outros


39
Personagens passivas:

• o homem dos bastidores

• o homem votado aos papéis secundários

• o explorado

COMPONENTE VERBAL

• evitar expressar opiniões, vontades e sentimentos próprios,


submetendo-se aos dos outros

• sentimentos de auto-desvalorização

• quando o comportamento passivo chega ao limite, é frequente


existirem momentos (raros) de explosão intensa

COMPONENTE NÃO VERBAL

• riso nervoso e forçado

• mexer constante dos pés e das mãos

• ombros descaídos

• voz sumida
40

 Personalidade Assertiva

Privilegia a responsabilidade individual

prática da auto-afirmação

fala sempre na primeira pessoa “eu”

enfrenta o interlocutor olhos nos olhos

COMPONENTE VERBAL

• defender os seus direitos respeitando e promovendo as opiniões,


vontades e sentimentos do interlocutor

• transparência na linguagem: simplicidade e ser directo

• rigor na afirmação
• resolução de conflitos através da negociação

COMPONENTE NÃO VERBAL

• congruência entre o que se diz e a gesticulação

• rosto descontraído

• modulação do tom de voz consoante o que está a ser dito


41
Atitudes do assertivo

- Atitude predominante: somos ambos importantes

- Interpretação do sucesso: eu merecia isto

- Auto-suficiência: habitualmente elevada

- Estilo de tomada de decisão: toma decisões


baseadas em dados de informação e apropriadas
às situações concretas.

- Estilo de liderança: negoceia, avalia, actua.

- Atitudes face ao conflito: assume abertamente o


conflito, manifesta claramente os sentimentos de
desagrado, não insulta, tenta resolver o problema.
Princípios da Assertividade

• Exprimir as minhas
opiniões, sentimentos e vontades, sem violar os direitos dos outros

• Escutar activamente as opiniões dos outros

• Não utilizar nem entender subentendidos

• Não se sentir na obrigação de justificar os seus comportamentos

• Solicitar informação sempre que não compreender algo

• Estabelecer as minhas próprias prioridades

Ser ASSERTIVO a expressar afecto e prazer

• Ser breve e directo

• Elogiar actividades e resultados concretos


• Utilizar com frequência o EU

• Evitar comparações com os outros ou com o passado

• Elogiar de forma imediata

• Variar a forma de elogiar consoante o grau de agrado

Ser ASSERTIVO a receber elogios


42
• Aceitar o elogio, quando se considera o elogio merecido

• No caso de se considerar o elogio não merecido, agradecer e exprimir a


nossa opinião

• Ser breve

• Não pensar que é presunção concordar com os elogios

Ser ASSERTIVO a fazer pedidos

• Não se desculpar nem se auto-justificar enquanto se pede

• Ser discreto e breve

• Não explorar a boa vontade do outro

• Dar razões para o pedido (poucas mas autênticas)

Ser ASSERTIVO a recusar pedidos

• Esclarecer o pedido

• Reconhecer o pedido

• Dar razões que justifiquem a recusa

• Não “almofadar a recusa” com pedidos de desculpa e com razões


suplementares

5.6. O que é um conflito?


Do latim conflictu, embate dos que lutam; discussão acompanhada de
injúrias e ameaças, desavença; guerra, luta, combate; colisão, choque; o
elemento básico determinante da acção dramática, a qual se desenvolve
em função da oposição e luta entre diferentes forças”.

“Processo que se inicia quando uma das partes se apercebe que a outra
vai ou está a afectá-la negativamente em assuntos do seu interesse ou
43
que lhe são particularmente importantes.”

Robbins (1979)

CONOTAÇÃO POSITIVA

 Serve como “sensor”

 Motiva busca de soluções

CONOTAÇÃO NEGATIVA

 Causa tensão

 Leva á agressão

 Ambiente improdutivo

Principais Causas de Conflitos

 Choques de interesses individuais, grupais e organizacionais

 Ansiedades e frustrações

 Luta pelo poder


 Intrigas de colegas

 Falhas de Comunicação

 Inveja

 EXEMPLOS:
44
 Que horas são?

- São 11.00h

 Que horas são?

- Sei Lá! Porque é que não compras um relógio?

Onde está o abre de latas?

- Estás cego, não vês em cima da mesa? Vê lá se te morde!

- Quanto custa este perfume?

- É muito caro.

Categorias do conflito

 Conflitos Intrapessoais

Este conflito ocorre dentro do indivíduo. Pode estar associado a conflito de ideias,
pensamentos, emoções, valores, predisposições.

 Conflitos Interpessoais

Os conflitos interpessoais surgem entre indivíduos pelas seguintes razões:


- diferenças individuais

As diferenças a vários níveis entre pessoas podem causar situações inevitáveis de


conflito. Essas diferenças podem estar presentes nos valores, crenças, atitudes, sexo,
idades e experiências. Fazendo com que as várias situações sejam analisadas de
múltiplas maneiras, pelos vários sujeitos, dando inevitavelmente a situações de
divergência de pontos de vista.

45

- disponibilidade de recursos

As organizações, grupos ou famílias, não dispõe dos recursos de que necessitam ou


desejam. Logo para que a partilha dos recursos seja efectuada de uma forma justa há
necessidade de tomada de decisões:

• Quem ocupa o espaço?

• Quem executa este trabalho?

• Quem usa este recurso?

• Quem é informado?

• Quem tem o poder?

Por os recursos serem limitados, estes são alvo de competição. É difícil a unanimidade
quando se distribui equitativamente, pois existe sempre quem ache que fique
prejudicado.

- diferenciação de papéis

Da dificuldade de definição de quem pode dar ordem ao outro poderá dar origem a
conflitos interpessoais. Se esta ordem não é aceite pelo outro, dá-se o conflito.

 Conflitos Organizacionais
A própria estrutura duma organização constitui uma fonte de potencial conflito.
Diversos estudos sobre a cooperação, a estabilidade e as fontes geradoras de
conflitos no seio das organizações, identificam as seguintes principais razões pelas
quais “a paz é quebrada”:

1. Relações de trabalho: a relação empregador/empregado é a causa de pelo menos


dois tipos de conflito: a equivalência atribuída à troca da força do trabalho pelo salário
recebido; e o relacionamento subordinação/autoridade entre o empregado e o 46
empregador.

2. Competição em função de recursos escassos: como os recursos são geralmente


escassos, o modo como o pessoal, o dinheiro, o espaço e os equipamentos são
partilhados, pode ser uma fonte de conflito.

3. Ambiguidade em relação à autoridade e à responsabilidade: quando não existe


clarificação e aceitação acerca da autoridade de quem manda e de quem deve
obedecer, especialmente em relação a determinadas obrigações a serem cumpridas,
pode desencadear-se um conflito. Ou apenas a estrutura de regras da empresa que se
tenta impor nos trabalhadores pode também ser uma fonte de conflito.

4. Interdependência: quando existe encadeamento entre diversas pessoas no que se


refere à realização de determinadas tarefas, o não cumprimento atempado das
obrigações por parte de algumas delas, pode dar origem a um conflito, pelo facto de
esse incumprimento se reflectir no desempenho de todas.

5. Diferenciação: quando existe elevada especialização nas tarefas e funções, os


membros de um grupo podem estabelecer a sua própria cultura e achar que os
membros de outros grupos são menos competentes ou merecedores, particularmente
quando é a própria organização a vincar a competitividade intergrupal.
6. A autonomia: demonstrada pelas pessoas que trabalham numa empresa, assim
como o aumento do espírito crítico e a maior aspiração profissional pode ser uma fonte
potencial de conflito.

 Os conflitos são inevitáveis. As diferentes partes que constituem as organizações,


têm necessariamente pontos de vista e interesses diferentes, que por isso potenciam o
conflito. 47
Isto implica que os conflitos não podem deixar de ser considerados, estes podem ser
de grande utilidade, na importância de não cair na estagnação, assim como estimula a
inovação e novas ideias e novas metodologias. Este pode ser um factor importante,
embora possa ser bastante perigoso, se os indivíduos envolvidos evoluam no sentido
de se ajustarem.

Sugestões para uma Boa Gestão de Conflitos

 1. Procure Soluções, Não Culpados.

 2. Analise a Situação (QUAL? QUEM? O QUE? Desde QUANDO?


ONDE? POR QUE?)

 3. Mantenha um Clima de Respeito

 4. Aperfeiçoe a Habilidade de Ouvir e Falar

 5. Seja Construtivo ao Fazer uma Crítica.

 6. Evite preconceitos e estereótipos

 7 . Quando Estiver Errado, Reconheça o Erro.

 8. Lembre-se que: gerir conflitos significa também gerir –se a si


próprio.

Para conseguir gerir uma situação conflituosa, é preciso um certo feeling (tato,
sensibilidade), embora, em alguns momentos, não será, por si só, suficiente para
alcançar uma solução eficiente e eficaz, que atenda a todas as partes envolvidas.
Nesse caso, deverão ser utilizados alguns procedimentos, expostos adiante, para
gerir o conflito, a fim de possibilitar um resultado que agrade às partes envolvidas.
Tais procedimentos não constituem regras seguidas para todas as pessoas,
tampouco para todas as situações. Na verdade, devem ser considerados apenas
como princípios que devem ser levados em consideração, e aplicados de acordo
com o bom senso. Afinal, cada caso é um caso.
48

Bibliografia
AFONSO, Maria Rosa, (2007) - Educação para a cidadania, Ministério da
Educação Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular.

LELEUX, Claudine, (2006) – Educar para a cidadania, Edições Gailivro

Conferência Episcopal Portuguesa (2001) – Cidadania Pessoal –


Responsabilidade Colectiva, Paulinas Editora

FONSECA, António Manuel (2001) – Educar para a Cidadania – Motivações.


Princípios e Metodologias, Porto Editora
ALVEY, John (1995) - Formas de Comunicação, Lisboa, Teorema

BERLO, David (1979) - O Processo de Comunicação, São Paulo, Martins


Fontes Editora.

BITTI, Pio et al. (1993) - A Comunicação como Processo Social, Lisboa,


Editorial Estampa

49
HENRIQUES, M.; Reis, J.; Cunha, F. e Rodrigues, A (2000) - A educação
para a cidadania. Lisboa, Plátano (2ª ed.)

MIRANDA, Jorge; Silva, Jorge P. (2006) - “Constituição da República


Portuguesa” - 5ª edição”.

Recursos www:

www.direitoshumanos.usp.br

www.eurocid.pt

www.cantareira.br

www.fadepe.com.br

www.un.org

www.nato.int

http://prof.santana- esilva.pt/gestao_de_empresas/trabalhos

www.gddc.pt/direitos-humanos/textos-internacionais-dh

Centros de Informação

- Centro de Documentação da União Europeia de Coimbra:

* Boletim informativo “A Europa em 12 lições”, Edição: Comissão Europeia, 2007

* “Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia”, Nice 2000,


50

Você também pode gostar