EMPREGABILIDADE
Organizaçã o Política dos Estados Democrá ticos
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Índice
INTRODUÇÃO …………………………………………………………………………….....5
3. ONU………………………………………………………………………………………..21
4.NATO………………………………………………………………………………………..24
5. Comunicação Humana…………………………………………………………………..24
Introdução
“ A cidadania é responsabilidade perante nós e perante os outros, consciência
de deveres e direitos, impulso para a solidariedade e para a participação, é sentido de
comunidade e de partilha, é insatisfação perante o que é injusto ou está mal, é
vontade de aperfeiçoar, de servir, de realizar, é espírito de inovação, de audácia, de
risco, é pensamento que age e acção que se pensa.”
Jorge Sampaio, Educação para a Cidadania
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D) Ambiente e Saúde
– Saber agir e reagir: Ser capaz de agir e reagir de forma apropriada perante
situações mais ou menos complexas, através da mobilização e combinação de
conhecimentos, atitudes e procedimentos, num contexto determinado,
significativo e informado por valores
– Saber transferir: não se limitando a repetir. Saber inovar e promover a
evolução da sua competência em função das modificações do contexto.
Deste modo, o cidadão adquire capacidades para a resolução dos problemas diários
tendo sempre em conta a sociedade onde se insere, tal como os valores e atitudes
adoptadas pela mesma, existindo desta forma uma coabitação pacífica, ao mesmo
tempo que o cidadão pode ter um papel interventivo no sentido de melhorar a mesma.
1 - CIDADANIA
O conceito de Cidadania foi alargado consoante a evolução histórica das sociedades
e o papel que os indivíduos assumiam na construção das mesmas. As sociedades em
que os Homens vivem resultam do exercício de cidadania que empreendem. Podemos
definir cidadania como um status jurídico e político mediante o qual o cidadão adquire
os direitos como indivíduo (civis, políticos, sociais) e os deveres (impostos,
tradicionalmente o serviço militar, fidelidade…) relativos a uma colectividade política,
além da faculdade de participar na vida colectiva do Estado. Esta faculdade surge do
princípio democrático da soberania popular. 8
Conceitos chave;
Cidadania – Estatuto de pertença de um individuo a uma comunidade
politicamente articulada e que lhe confere um conjunto de direitos e deveres
(obrigações). É do vínculo de cidadania que decorrem as responsabilidades do
cidadão face ao Estado, nomeadamente o direito de participar na formação da
vontade soberana e as obrigações cívicas, fiscais e de defesa.
Direitos – Civis
- Sociais
- Políticos
Deveres
Conceitos Chave:
Direitos civis – direito à igualdade perante a lei; direito a um julgamento justo; o direito
à liberdade de opinião; entre outros.
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Estamos em 1994.
Ruanda é palco de uma das maiores atrocidades da história da humanidade onde, em apenas 100
dias, quase um milhão de tutsis são brutalmente assassinados por milícias de etnia hutu. No
cenário destas indescritíveis acções um homem promete proteger a família que ama, acabando por
encontrar a coragem para salvar mais de um milhar de refugiados.
'Hotel Ruanda' conta-nos a história verídica de Paul Rusesabagina, um homem que conseguiu
evitar o genocídio de mais de 1200 tutsis durante a guerra civil ao conceder-lhes abrigo no hotel
A Declaração Universal é um marco culminante porquanto os direitos do Homem
que dirigia na capital de Kigali.
foram consagrados num diploma fundamental para a comunidade internacional. A
DUDH apresenta princípios gerais de direitos humanos e liberdades fundamentais e os
O direito internacional tem muitas limitações quanto à sua aplicação, nem todos os
regimes aceitam que os direitos do homem – ou direitos naturais – sejam orientadores
da respectiva lei constitucional.
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Deste modo é essencial mostrar que todos os direitos são importantes e nenhum
deve ser deixado de lado em detrimento de outro, ou seja, tal como todos os
instrumentos numa orquestra são importantes para esta estar em sintonia,
também todos os direitos são inalienáveis, indivisíveis e interdependentes.
Conceito Chave:
Gandhi não era um líder de nações, nem tinha dotes científicos. No entanto, este pequeno e modesto homem,
fez o que outros antes dele não conseguiram fazer. Ele conduziu um país inteiro para a liberdade – ele deu ao
seu povo, esperança. Gandhi, o homem do século, é descrito, neste inesquecível e emocionante filme. A vida
de Gandhi, os seus princípios e o seu poder, explodem no ecrã com cenas vívidas, tais como o terrível
massacre de Amristar, onde os Ingleses abriram fogo sobre 15.000 homens desarmados, mulheres e crianças,
e a drástica marcha para o mar, onde Gandhi conduziu milhares dos seus compatriotas indianos para provar
que o sal do mar pertencia a todos e não era apenas um produto britânico.
2 – União Europeia
União Europeia surge após o fim da II Guerra Mundial de da Guerra Fria
2.1 Caracterização da Guerra Fria
• A Guerra Fria iniciou-se logo após a Segunda Guerra Mundial;
OTAN - 1949
• Em resposta à OTAN, a URSS firmou entre ela e seus aliados o Pacto de Varsóvia.
Cronologia da UE
1951
1957
1981
1986
1992
É assinado em Maastricht o Tratado da União Europeia, que entra em vigor
em 1 de Novembro de 1993.
1993
É criado o mercado único europeu.
1995
A Áustria, a Finlândia e a Suécia juntam-se à UE, que passa a ter 15 Estados-
Membros.
1997
Assinatura do Tratado de Amesterdão,
2001
É assinado o Tratado de Nice, que entrou em vigor em 1 de Fevereiro de 2003.
2002
2004
Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Polónia, Eslováquia e Eslovénia aderem à
União Europeia.
2007
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2.3. AS INSTITUIÇÕES EUROPEIAS
PARLAMENTO EUROPEU
COMISSÃO EUROPEIA
Mandato de 5 anos;
CONSELHO DE MINISTROS
CONSELHO EUROPEU
Designa as reuniões periódicas dos chefes de Estado e de Governo dos
Estados-Membros da União Europeia
Ä Tribunal de Justiça
Ä Tribunal de Contas
Ä Convenção Europeia
PRINCIPAIS MENSAGENS:
3 – ONU
A Organização das Nações Unidas (ONU) é uma instituição internacional formada por
192 Estados soberanos e fundada após a 2ª Guerra Mundial para manter a paz e a
segurança no mundo, fomentar relações amistosas entre as nações, promover o
progresso social, melhores padrões de vida e direitos humanos. Os membros são
unidos em torno da Carta das Nações Unidas, um tratado internacional que enuncia os
direitos e deveres dos membros da comunidade internacional”.
• Ser um centro destinado a harmonizar a acção dos povos para a realização desses
objectivos comuns.
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Princípios da ONU
Membros da ONU
Órgãos da ONU
(PNUFID)
4 – NATO
– Organização do tratado do Atlântico Norte (4 de Abril de 1949)
Principal objectivo – Proporcionar o apoio Norte Americano aos estados europeus no
caso de uma agressão Russa.
Defende o propósito dos seus países membros:
“Salvaguardarem a liberdade, a herança comum e a civilização dos povos respectivos,
baseados nos princípios da democracia, da liberdade individual e do respeito pela
lei...”
O tratado estipularia também que o ataque a um dos signatários passaria a ser
considerado como um ataque ao território de todos, levando à assistência mútua.
5 – Comunicação Humana
5.1. O que é comunicar?
Palavra de origem latina (comunicare), acção de partilhar, de dividir uma informação.
A comunicação pode ser definida como um processo pelo qual a informação é trocada
e entendida por duas ou mais pessoas, normalmente, com o intuito de motivar ou
influenciar o comportamento.
É um processo que envolve a transmissão e a recepção de mensagens entre uma
fonte emissora e um destinatário receptor. As informações são codificadas na fonte e
descodificadas no destino A comunicação é, normalmente, COMPLEXA. São
inúmeras as oportunidades de se receber e enviar mensagens.
Codificar e descodificar são fontes potenciais de erros. O conhecimento, as atitudes e
o background actuam como filtros e criam ruídos quando traduzidos de símbolos e
significados
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O processo de comunicação
MODOS DE COMUNICAÇÃO
Comunicação Verbal
Comunicação Não-Verbal
Táctil – linguagem táctil dos cegos, leitura ou exame com a ponta do dedos…
Funções da comunicação
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≠
5.2. Barreiras à Comunicação
Factores Pessoais
- o contacto visual também é um factor pessoal que, apesar de tudo, pode obstruir a
interacção e provocar momentos de embaraço ou, até, de pânico. O olhar, o tempo, o
contexto, a oportunidade, a intensidade, o status de quem olha ou de quem é olhado
impõem um quadro interpretativo, em que cada cultura se encarrega de transmitir aos
seus membros, pelo processo de socialização. Os indivíduos sabem, por intuição, os
parâmetros que condicionam o contacto visual; aprenderam e interiorizaram, no
decorrer do tempo, as regras e os mecanismos de censura que o processo do olhar
implica em sociedade.
Factores Sociais
Temos vindo a abordar factores de origem pessoal que podem afectar a dimensão
social das relações. Debrucemo-nos agora, por instantes, sobre alguns factores
sociais:
- a cultura que marca a origem de cada actor social, dá aos indivíduos uma orientação
normativa às suas formas de pensar, de sentir e de agir, assim nos refere o sociólogo
americano Talcott Parsons. Por isso, os padrões de cultura que embebem o trajecto
pessoal e social dos indivíduos geram, frequentemente, aproximação ou afastamento
entre si. Como é sabido, a décalage resultante dos padrões culturais pode, em casos
extremos, redundar em conflitos e incompreensões, devido ao desfasamento na
interpretação das diferenças culturais. Entendemos, por isso, que a presença física por
si só dos indivíduos uns com os outros não evita os conflitos interrelacionais. Só a
compreensão, mediante processos de conhecimento, das características de cada
padrão cultural permitem uma (re)aprendizagem das diferenças, as quais por si
mesmas podem constituir motivos de comunicação e convívio, sem riscos de perda de
identidade cultural e social.
- as crenças ocupam no panorama dos factores sociais que condicionam os sistemas
de conhecimento um lugar primordial. Pode dizer-se, que, elas são princípio, meio e
fim dos sistemas de conhecimento. Se tivermos em conta que, sobretudo, as crenças
que assentam na ignorância ou que tomam como certos determinados princípios
podem gerar guerras ou conflitos. A complexidade das crenças na vida das pessoas é,
pois, um dos factores que mais risco pode trazer às relações interpessoais e, por
consequência, barreiras à comunicação.
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Factores de Personalidade
Factores de Linguagem
Não são também raras as vezes que a confusão nos processos comunicacionais
tem origem no desencontro de sentidos que cada um dos interlocutores atribui às
palavras dos outros e às suas próprias mensagens. Os equívocos de compreensão
oriundos destes desencontros não deixam de constituir, por isso, mais um factor de
barreiras à comunicação.
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O homem vive em sociedade e esse facto não é acidental ou fortuito pois sem a
socialização o indivíduo humano não se desenvolve enquanto ser humano... O homem
só se realiza como Pessoa na relação com os outros, relação essa que tem vários
níveis e assume múltiplas formas
1. A Intimidade
2. A Sociabilidade
3. A Universalidade
CONCEITO DE GRUPO
Liderança
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Estilos de Liderança
Líder autoritário:
- É também ele que designa qual a tarefa de cada um dos subordinados, e qual será o
companheiro de trabalho de cada sujeito.
Postura
Tem uma postura essencialmente directiva, dando instruções concretas, sem deixar
espaço para a criatividade dos liderados. Este líder é pessoal, quer nos elogios, quer
nas críticas que faz.
Consequência
- os liderados têm liberdade total para tomar decisões, quase sem consultar o líder.
- quem decide sobre a divisão das tarefas e sobre quem trabalha com quem, é o
próprio grupo
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Postura
Os elementos do grupo tendem a pensar que podem agir livremente, tendo também
desejo de abandonar o grupo, visto que não esperam nada daquele líder. Como não
há demarcação dos níveis hierárquicos, corre-se o risco do contágio desta atitude de
abandono entre os subordinados.
Consequência
Líder democrático:
Postura
Consequência
1. Produtividade elevada;
2. Nível de motivação e satisfação baixo;
Liderança autoritária 3. Desinteresse e desinvestimento e
frequentes conflitos entre os membros do
grupo.
1. Produtividade baixa;
Liderança liberal 2. Nível de satisfação e motivação baixo;
3. Frequentes conflitos entre os membros do
grupo.
1. Produtividade satisfatória;
Liderança democrática 2. Elevado nível de motivação e satisfação;
3. As relações entre os elementos do grupo
são marcadas pela cooperação e inter
ajuda.
Todos os dias somos confrontados com diferentes comportamentos. Esta situação fica
a dever-se, ao facto, de convivermos com pessoas diferentes, que têm atitudes
diferentes. No nosso quotidiano conhecemos pessoas que têm conflitos todos os dias,
dias, enquanto outras são conciliadoras, diplomatas e amadas pela maioria. Isto
acontece porque somos todos diferentes, ou seja, temos traços de personalidade
diferentes e têm formas diferentes de resolverem os problemas e os conflitos que
surgem. Podemos concluir que comportamento gera comportamento. Por exemplo, se
chegarmos ao local de trabalho e as pessoas nos responderem mal, a tendência é
para respondermos mal, também, apesar de até irmos bem dispostos.
Personalidade Agressiva
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O agressivo procura dominar os outros
Personagens agressivas:
• o sabotador
COMPONENTE VERBAL
• fazer exigências
• rosto tenso
• sobrancelhas carregadas
gestisculação exagerada
Atitudes do agressivo
a qualquer um.
dos outros.
Personalidade Manipuladora
• o conspirador
• o grande exibicionista
COMPONENTE VERBAL
• é frequente a bajulação
COMPONENTE NÃO-VERBAL
Atitudes do Manipulador
• o explorado
COMPONENTE VERBAL
• sentimentos de auto-desvalorização
• ombros descaídos
• voz sumida
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Personalidade Assertiva
prática da auto-afirmação
COMPONENTE VERBAL
• rigor na afirmação
• resolução de conflitos através da negociação
• rosto descontraído
• Exprimir as minhas
opiniões, sentimentos e vontades, sem violar os direitos dos outros
• Ser breve
• Esclarecer o pedido
• Reconhecer o pedido
“Processo que se inicia quando uma das partes se apercebe que a outra
vai ou está a afectá-la negativamente em assuntos do seu interesse ou
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que lhe são particularmente importantes.”
Robbins (1979)
CONOTAÇÃO POSITIVA
CONOTAÇÃO NEGATIVA
Causa tensão
Leva á agressão
Ambiente improdutivo
Ansiedades e frustrações
Falhas de Comunicação
Inveja
EXEMPLOS:
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Que horas são?
- São 11.00h
- É muito caro.
Categorias do conflito
Conflitos Intrapessoais
Este conflito ocorre dentro do indivíduo. Pode estar associado a conflito de ideias,
pensamentos, emoções, valores, predisposições.
Conflitos Interpessoais
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- disponibilidade de recursos
• Quem é informado?
Por os recursos serem limitados, estes são alvo de competição. É difícil a unanimidade
quando se distribui equitativamente, pois existe sempre quem ache que fique
prejudicado.
- diferenciação de papéis
Da dificuldade de definição de quem pode dar ordem ao outro poderá dar origem a
conflitos interpessoais. Se esta ordem não é aceite pelo outro, dá-se o conflito.
Conflitos Organizacionais
A própria estrutura duma organização constitui uma fonte de potencial conflito.
Diversos estudos sobre a cooperação, a estabilidade e as fontes geradoras de
conflitos no seio das organizações, identificam as seguintes principais razões pelas
quais “a paz é quebrada”:
Para conseguir gerir uma situação conflituosa, é preciso um certo feeling (tato,
sensibilidade), embora, em alguns momentos, não será, por si só, suficiente para
alcançar uma solução eficiente e eficaz, que atenda a todas as partes envolvidas.
Nesse caso, deverão ser utilizados alguns procedimentos, expostos adiante, para
gerir o conflito, a fim de possibilitar um resultado que agrade às partes envolvidas.
Tais procedimentos não constituem regras seguidas para todas as pessoas,
tampouco para todas as situações. Na verdade, devem ser considerados apenas
como princípios que devem ser levados em consideração, e aplicados de acordo
com o bom senso. Afinal, cada caso é um caso.
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Bibliografia
AFONSO, Maria Rosa, (2007) - Educação para a cidadania, Ministério da
Educação Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular.
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HENRIQUES, M.; Reis, J.; Cunha, F. e Rodrigues, A (2000) - A educação
para a cidadania. Lisboa, Plátano (2ª ed.)
Recursos www:
www.direitoshumanos.usp.br
www.eurocid.pt
www.cantareira.br
www.fadepe.com.br
www.un.org
www.nato.int
http://prof.santana- esilva.pt/gestao_de_empresas/trabalhos
www.gddc.pt/direitos-humanos/textos-internacionais-dh
Centros de Informação