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Limite Zero

O Sistema Havaiano Secreto


para a Riqueza, a Saúde,
a Paz e Mais

JOE VITALE

IHALEAKALA HEW LEN, PhD


1

Prefácio - Onde Começa a Paz

Morrnah Simeona Nalamaku, a criadora e primeira professora/mestra do Self I-Dentity


Ho'oponopono, tinha em sua mesa uma placa onde se lia: "A paz começa comigo".

Eu testemunhei essa paz além de toda a compreensão durante o tempo em que


trabalhei e viajei com ela, de dezembro de 1982 até aquele dia fatídico em Kirchheim,
Alemanha, em fevereiro de 1992.

Mesmo quando estava em seu leito de morte, cercada pelo caos, ela exalava essa
quietude além de toda a compreensão.
Foi minha grande sorte e honra ter recebido o treinamento de Morrnah em novembro
de 1982 e de ter estado em sua presença por uma década.
Tenho praticado Self I-Dentity Ho'oponopono desde então. Fico feliz que, com a ajuda
do meu amigo Dr. Joe Vitale, esta mensagem possa agora alcançar o mundo.

Mas a verdade é que ela só tem que chegar até você, através de mim, pois todos nós
somos um e tudo acontece dentro de nós.

Paz,

Hew Len Ihaleakala, PhD


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Introdução - O Segredo do Universo

Em 2006 eu escrevi um artigo intitulado "O Terapeuta mais Extraordinário do Mundo".


Era sobre um psicólogo que ajudou a curar uma ala inteira de criminosos doentes
mentais - sem sequer ter visto nenhum deles profissionalmente.
Ele usou um método de cura incomum, do Havaí. Até 2004, eu nunca tinha ouvido falar
dele ou do seu método. Eu o procurei por dois anos antes de encontrá-lo.
Então, eu aprendi seu método e escrevi aquele, agora famoso, artigo.

Esse artigo varreu a Internet. Foi publicado em grupos de notícias e enviado por e-mail
para listas enormes de pessoas, de todas as esferas da vida.
Minha própria lista www.mrfire.com o adorou e o repassou para dezenas de milhares
de outras pessoas. Elas, por sua vez, o enviaram às suas famílias e amigos.
Estimo que cerca de cinco milhões de pessoas leram esse artigo. Todos que o leram
acharam difícil de acreditar. Alguns foram inspirados. Alguns permaneceram céticos.
Todos queriam mais.
Este livro é o resultado do seu desejo e da minha busca.

Mesmo que você seja um veterano dos cinco passos do meu livro anterior, O Fator de
Atração, você pode não entender as incríveis descobertas que eu estou prestes a
revelar aqui, pelo menos não à primeira vista.
O simples processo que vou compartilhar com você neste livro vai ajudar a explicar por
que eu fui capaz de manifestar algumas das minhas grandes realizações, sem
realmente nem tentar fazê-las acontecer.

Aqui estão algumas delas:

- Meu programa de áudio "Nightingale-Conant, The Power of Outrageous Marketing",


aconteceu depois de eu ter batido em suas portas durante 10 anos.

- Como é que eu fui de sem-teto à pobreza, de escritor lutador a autor publicado, a


autor best-seller e guru de marketing na internet sem absolutamente nenhum plano?

- Meu desejo de atrair um carro esportivo BMW Z3 me levou a me inspirar com uma
ideia de marketing de internet que ninguém nunca tinha pensado antes - o que me
rendeu $ 22.500 em um dia e um quarto de milhão de dólares em um ano.

- Meu desejo de comprar e me mudar para uma propriedade rural nas colinas do
Texas, quando eu estava quebrado e passando por um divórcio, levou-me à criação de
um novo negócio que me trouxe US $ 50.000 em um único dia.

- Minha enorme perda de peso de 40 kg só ocorreu depois que eu desisti e me abri


para uma nova maneira de realizar meu desejo.

- Meu desejo de ser o autor de um livro me levou a escrever um best-seller que eu


nunca havia planejado escrever e que nem mesmo foi minha ideia.

- Minha participação em um filme de sucesso, O Segredo, aconteceu sem que eu


pedisse, implorasse, sem que tivesse a intenção ou tivesse orquestrado absolutamente
nada.
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- Meu convite para o programa Larry King Live, em novembro de 2006 e novamente em
março de 2007, aconteceu sem que eu jamais tivesse a intenção de fazê-lo.

- Enquanto escrevo estas palavras, figurões de Hollywood estão falando sobre como
transformar meu livro, O Fator de Atração, em um filme, e ainda outros estão
negociando para que eu tenha o meu próprio programa de televisão.

A lista poderia continuar, mas você pegou a ideia. Há muitos milagres acontecendo em
minha vida.

Mas por que eles estão acontecendo?


Um vez eu fui um sem teto. Hoje eu sou um autor de best-sellers, uma celebridade na
internet e multimilionário.

O que aconteceu comigo, para criar todo esse sucesso?


Sim, eu segui os meus sonhos.
Sim, eu entrei em ação.
Sim, eu fui persistente.
Mas não tem um monte de outras pessoas fazendo essas mesmas coisas e, ainda
assim, não alcançam o sucesso?
O que aconteceu de diferente?

Se você olhar para as realizações que listei com um olhar crítico, você pode ver que
nenhuma delas foi diretamente criada por mim. De fato, o que todas elas têm em
comum é um espírito de planejamento Divino, sendo eu, por vezes, um participante
relutante.

Deixe-me explicar isso de outra forma: no final de 2006, eu ministrei um seminário


chamado Beyond Manifestation, que foi fortemente influenciado pelo o que aprendi
depois que descobri o misterioso terapeuta havaiano e seu método.
Nesse evento, eu pedi a todos os participantes para listar todas as maneiras que eles
conheciam para manifestar ou atrair algo em suas vidas.
Eles disseram coisas como afirmações, visualizações, intenções, métodos de
consciência corporal, "sentir" o resultado final, anotações, EFT ou tapping e muitas,
muitas coisas mais.

Uma vez que o grupo inventariou cada maneira pela qual poderia chegar a criar sua
própria realidade, eu perguntei àquelas pessoas se esses métodos funcionavam o
tempo todo, sem exceção.
Todos concordaram que nem sempre funcionava.
"Bem, e por que não?", eu perguntei.
Ninguém conseguiu dizer, com certeza.

Eu, então, choquei o grupo com minha observação: "Todos esses métodos têm
limitações", declarei. "Eles são brinquedos, com os quais sua mente joga para mantê-lo
pensando que você está no comando. A verdade é que você não está no comando e
os verdadeiros milagres surgem quando você larga seus brinquedos e confia em um
lugar dentro de você, onde há zero limites".
Eu, então, disse a eles que, onde você deve estar na vida é por trás de todos esses
brinquedos, por trás da tagarelice da mente e bem ali com o que chamamos de Divino.
Eu passei a explicar que há, pelo menos, três fases na nossa vida, começando com
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você como vítima, passando então para você como criador de sua própria vida, e
terminando - se você tiver sorte - com você se tornando servo do Divino.
Nesse último estágio, que vamos discutir mais tarde neste livro, os milagres mais
surpreendentes acontecem - quase que sem você tentar.

Hoje, mais cedo, eu entrevistei um especialista em metas para o meu programa


Hypnotic Gold. Ele já escreveu uma dúzia de livros e vendeu milhões de cópias.
Ele sabe como ensinar as pessoas a estabelecer metas. A maior parte da sua filosofia
gira em torno de se ter um ardente desejo de realizar algo.
Mas essa é uma estratégia incompleta. Eu perguntei o que ele sugeria quando alguém
não conseguia encontrar a motivação para definir uma meta e muito menos concluí-la.
"Se eu soubesse disso", ele começou, "eu seria capaz de resolver a maioria dos
problemas do mundo".

Ele passou a dizer que você tem que estar com fome para alcançar um objetivo. Se
você não está, você não vai manter a disciplina necessária para se concentrar nessa
meta e trabalhar em direção a ela.
"Mas, e se você não está com fome o suficiente?", perguntei.
"Então você não vai alcançar o seu objetivo".
"Como você faz para motivar ou dar essa fome a si mesmo?"
Ele não soube responder.

E esse é o problema. Em um certo ponto, todos os programas de autoajuda e de


estabelecimento de metas falham. Eles lutam contra o fato perturbador de que, se
alguém não está pronto para alcançar algo, esse alguém não vai manter a energia
necessária para manifestá-lo. E vai parar.
Todo mundo conhece essa experiência de definir resoluções no dia 1º de janeiro... e
esquecê-las no 2 de janeiro. As boas intenções estavam lá. Mas algo mais profundo
não estava em alinhamento com seus desejos conscientes.

E assim, como você pode lidar com esse estado mais profundo, que não é de "fome"?
É aí que o método havaiano que você vai aprender nesse livro vem a calhar. Ele ajuda
a limpar o inconsciente, que é onde o bloqueio reside.
Ele ajuda a dissolver os programas ocultos que o impedem de alcançar seus desejos,
seja de saúde, riqueza, felicidade ou qualquer coisa mais.
Tudo acontece dentro de você.

Vou explicar tudo isso no livro que você está segurando agora. Por agora, considere o
seguinte:

Há uma citação no livro de Tor Norretranders, The User Illusion, que resume a
essência da montanha-russa mental em que você está prestes a embarcar: "O universo
começou quando nada se via no espelho".

Em suma, Limite Zero é sobre o retorno ao estado zero, onde nada existe, mas tudo é
possível. No estado zero não existem pensamentos, palavras, ações, memórias,
programas, crenças ou qualquer outra coisa.
Simplesmente nada.
Mas, um dia, nada se via no espelho e você nasceu.
De lá, você criou e, inconscientemente, absorveu e aceitou crenças, programas,
memórias, pensamentos, palavras, ações e muito mais.
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Muitos destes programas percorrem todo o caminho de volta ao início da própria


existência.

Todo o propósito deste livro é ajudá-lo a experimentar o espanto, a cada momento. A


partir desse lugar, milagres como os que eu descrevi vão acontecer com você.
Eles serão únicos e exclusivos para você.
E irão ser simplesmente tão maravilhosos, mágicos e milagrosos.

Minha experiência neste foguete espiritual em direção ao poder além da compreensão


tem sido quase indescritível. Eu tenho tido sucesso além dos meus sonhos mais
loucos. Tenho novas habilidades e meu nível de amor por mim mesmo e pelo mundo
está em um patamar de compreensão que as palavras muitas vezes não conseguem
descrever.
Eu vivo em um estado quase constante de admiração.

Deixe-me colocar desta forma: Todo mundo tem uma lente através da qual vê o
mundo. Religiões, filosofias, terapias, autores, palestrantes, gurus e fabricantes de
velas, todos percebem o mundo através de uma determinada mentalidade.
O que você vai aprender neste livro é como usar uma nova lente, para dissolver todas
as outras lentes. E, uma vez que você conseguir, você vai estar no lugar que eu chamo
de limite zero.

Por favor, entenda que este é o primeiro livro na história que revela este método
havaiano, atualizado para a cura, chamado Self I-Dentity Ho'oponopono.
Mas também, por favor, entenda que esta é apenas a experiência de um homem com o
método: a minha.
Apesar de este livro ter sido escrito com a bênção do terapeuta que me ensinou esse
método incrível, tudo o que segue é escrito através da minha própria lente do mundo.

Para entender completamente o Self I-Dentity Ho'oponopono, você precisa assistir a


um treinamento de fim de semana e experimentar por si mesmo. (Os treinamentos são
listados em www.hooponopono.org e www.zerolimits.info.)
Finalmente, toda a essência deste livro pode ser resumida em uma frase - uma frase
que você vai aprender a usar; uma frase que revela o segredo definitivo do universo;
uma frase que eu quero dizer a você e ao Divino exatamente agora: "Eu te amo".

Pegue seu bilhete e tome seu assento. O trem para sua alma está prestes a partir.
Segure seu chapéu.

Eu te amo.
Aloha no wau ia oe.

Dr. Joe Vitale


Austin,Texas
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1 - Começa a Aventura

A Paz esteja com você, toda a minha Paz.

Em agosto de 2004, eu estava falando e trabalhando em um estande na convenção


anual do National Guild of Hypnotists. Eu gostava das pessoas, do evento, da energia e
dos contatos que se faziam.
Mas eu não estava preparado para o evento que mudaria minha vida, e que começaria
naquele dia.

Meu amigo Mark Ryan estava trabalhando no estande comigo. Mark também é
hipnoterapeuta. Ele tem uma mente muito aberta, curiosa, articulada e penetrante,
quando se trata de explorar a vida e todos os seus mistérios.
Frequentemente tínhamos conversas que duravam horas. Nós falávamos sobre nossos
heróis em terapia, de Milton Erickson até certos xamãs menos conhecidos.

Foi durante uma dessas conversas que Mark me surpreendeu perguntando: Você já
ouviu falar do terapeuta que curou centenas de pessoas sem nunca tê-las visto?"

A pergunta me paralisou. Eu já tinha ouvido falar de curandeiros psíquicos ou que


curavam à distância, mas Mark parecia estar sugerindo algo diferente.
"Ele é um psicólogo que curou todo um hospital psiquiátrico cheio de criminosos
insanos, mas nunca viu um único paciente".

"O que ele fez?"


"Ele usou um sistema de cura havaiano, chamado de Ho'oponopono".
Eu perguntei "Ho-oh-o quê?".
Pedi a Mark para repetir o termo cerca de uma dúzia de vezes. Eu nunca o tinha ouvido
antes. Mark não sabia exatamente da história, ou do processo, bem como o suficiente
para me dizer muito mais.
Eu admito que fiquei curioso, mas eu também confesso que estava um pouco cético.
Achei que isso tinha que ser algum tipo de lenda urbana. Curar as pessoas sem vê-
las? Então tá.

Mas Mark passou a me contar a seguinte história:

"Eu viajei para o Mount Shasta, na Califórnia, cerca de 16 anos em busca de mim
mesmo", explicou Mark. "Um amigo me deu um livrinho, que eu nunca esqueci. Era de
papel branco com tinta azul. Era um artigo sobre este terapeuta havaiano e seu
método. Eu li esse artigo repetidas vezes, durante anos. Ele não descreve o que o
terapeuta realmente fez, mas disse que ele curou as pessoas com seu método".

"Onde está esse artigo agora?", perguntei. Eu queria lê-lo.


"Eu não consigo encontrá-lo", disse Mark. "Mas algo me disse para lhe contar sobre
esse artigo. Eu sei que você não acredita em mim, mas eu sou tão fascinado quanto
você está. Eu quero saber mais, também".

Um ano se passou antes da próxima convenção. Durante os meses intervenientes,


eu remexi online, mas não consegui encontrar nada sobre qualquer terapeuta que
tivesse curado as pessoas sem vê-las.
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Claro, há informações sobre a cura à distância, onde alguém cura outra pessoa sem a
essa pessoa estar presente, mas eu entendi que o terapeuta havaiano não fez isso.
Como eu viria a aprender, não há distancia absolutamente, no tipo de cura que ele fez.
Mas, além de tudo isso, eu não sabia sequer como soletrar Ho'oponopono para
procurar online. Então, eu deixei a coisa toda pra lá.

Então, em 2005, na seguinte convenção anual sobre hipnose, Mark novamente


mencionou o terapeuta.
"Alguma vez você encontrou alguma coisa sobre ele?", ele perguntou.
"Eu não sei o nome dele, e também não sei nem como se escreve exatamente como é
esse termo", eu expliquei. "Então, eu não consegui encontrar nada".
Mark é um fuçador. Nós fizemos uma pausa, peguei meu laptop, encontrei uma
conexão de internet sem fio e fui pesquisar. Não demorou muito tempo para encontrar
o principal e único site oficial para o Ho'oponopono, em: www.hooponopono.org.

Olhei em volta e vi alguns artigos. Eles me deram uma visão geral do que eu estava
prestes a descobrir. Eu encontrei até uma definição de Ho'oponopono: "Ho'oponopono
é um processo de desapego das energias tóxicas dentro de você, para permitir o
impacto dos pensamentos divinos, palavras, atos e ações".
Eu não tinha ideia do que isso significava, então eu procurei em volta, para um pouco
mais. Eu encontrei isto:

"Simplesmente colocado, Ho'oponopono significa "fazer direito ", ou "retificar um erro".


De acordo com os antigos havaianos, o erro decorre dos pensamentos que estão
contaminados por memórias dolorosas do passado. O Ho'oponopono oferece uma
maneira de liberar a energia destes pensamentos dolorosos, ou erros, que causam o
desequilíbrio e a doença".

Interessante, sim. Mas o que isso significava?


Enquanto eu explorava o local, à procura de informações sobre o misterioso psicólogo
que tinha curado pessoas sem vê-las, eu aprendi que há uma forma atualizada de
Ho'oponopono, chamada de Self I-Dentity através do Ho'oponopono (SITH).

Eu não pretendo saber o que tudo isso significava. Mark não fingia, também. Nós
éramos companheiros exploradores. Nosso laptop era o cavalo que cavalgávamos na
direção do deserto desta nova terra. Nós estávamos em busca de respostas.
Aguardamos ansiosamente, digitando em frente. Encontramos um artigo que ajudava a
explicar algumas coisas:

"Self I-Dentity Através do Ho’oponopono

Sendo 100 Por Cento Responsável pelos Problemas dos Meus Clientes

By Ihaleakala Hew Len, PhD, and Charles Brown, LMT

Nas abordagens tradicionais para a resolução de problemas e cura, o terapeuta


começa com a crença de que a origem do problema está dentro do cliente, e não
dentro dele próprio. Ele acredita que a sua responsabilidade é ajudar o cliente em
trabalhar através do seu problema.
Poderiam estas crenças ter resultado no esgotamento sistêmico de toda a profissão de
cura?
Para ser um solucionador de problemas eficaz, o terapeuta deve estar disposto a ser
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100% responsável por ter criado a situação/problema; ou seja, ele deve estar disposto
a ver que a origem do problema são pensamentos errôneos dentro dele, não dentro do
seu cliente. Os terapeutas nunca parecem perceber que, a cada vez que há um
problema, eles estão sempre presentes!

Sendo 100% responsável por colocar em prática o problema, isso permite ao terapeuta
ser 100% responsável por resolvê-lo. Usando a abordagem atualizada do
Ho'oponopono, um processo de arrependimento, perdão e transmutação desenvolvido
pela Kahuna Lapa'au Morrnah Nalamaku Simeona, um terapeuta é capaz de ter
pensamentos errôneos dentro de si mesmo e dentro do cliente, transmutados em
pensamentos de amor perfeito.

Seus olhos encheram-se de lágrimas. Trincheiras profundas cercavam os cantos de


sua boca. "Estou preocupada com meu filho", Cynthia suspira suavemente. "Ele está
de volta às drogas, novamente".
Enquanto ela conta sua história dolorosa, eu começo a limpeza dos pensamentos
errôneos, dentro de mim, que já foram concretizados como seu problema.

À medida que os pensamentos errôneos são substituídos por pensamentos amorosos,


no terapeuta e em sua família, parentes e antepassados, eles são substituídos também
no cliente e em sua família, parentes e antepassados.
O processo do Ho'oponopono atualizado permite ao terapeuta trabalhar diretamente
com a Fonte Original, que pode transmutar pensamentos errôneos em AMOR.

Seus olhos agora estão secos. Os vincos ao redor de sua boca suavizam. Ela sorri, o
alívio amanhece em seu rosto.
"Eu não sei por que, mas estou me sentindo melhor". Eu não sei por que, também.
Realmente. A vida é um mistério, exceto para o AMOR, que tudo sabe.
Acabei de deixá-la ir naquele momento, e apenas agradeço ao AMOR, de onde todas
as bênçãos fluem.

Na resolução dos problemas utilizando o processo do Ho'oponopono atualizado, o


terapeuta primeiro pega sua I-Dentity, sua Mente, e os conecta com a Fonte Original, o
que os outros chamam de Amor ou Deus. Com a conexão estabelecida, o terapeuta
então apela para o AMOR, para corrigir os pensamentos errôneos dentro dele que
estão se concretizando como um problema para si mesmo, primeiro, e para o seu
cliente, em segundo lugar.
O apelo é um processo de arrependimento e perdão, por parte do terapeuta - "Eu sinto
muito pelos pensamentos errôneos dentro de mim que causaram o problema para mim
e para o meu cliente; por favor, me perdoe".

Em resposta ao apelo, ao arrependimento e ao perdão do terapeuta, o AMOR começa


o processo místico de transmutar esses pensamentos errôneos. Neste processo de
correção espiritual, o AMOR primeiro neutraliza as emoções errôneas que causaram o
problema, sejam eles o ressentimento, medo, raiva, culpa ou confusão.
No próximo passo, o AMOR então libera as energias neutralizadas dos pensamentos,
deixando-os em um estado de vácuo, de vazio, de verdadeira liberdade.

Com os pensamentos vazios, livres, o AMOR então os preenche consigo mesmo.


O resultado? O terapeuta é renovado, restaurado em seu AMOR. Ao mesmo tempo em
que o terapeuta é renovado, também o é o cliente e todos os envolvidos no problema.
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Onde o que havia era o desespero do cliente, agora há AMOR. Onde havia trevas em
sua alma, existe agora a Luz curativa do AMOR.

O treinamento Self I-Dentity através do Ho'oponopono ensina às pessoas quem elas


são e como podem resolver problemas de momento a momento, e, no processo, ser
renovadas e restauradas em AMOR.
O treinamento começa com uma palestra gratuita de duas horas. Os participantes
recebem uma visão geral de como os pensamentos dentro deles se concretizam como
problemas espirituais, mentais, emocionais, físicos, relacionais e financeiros em suas
vidas e nas vidas dos seus familiares, parentes, antepassados, amigos, vizinhos e
associados.

No treinamento de fim de semana, os alunos são ensinados o que é um problema,


onde os problemas estão localizados, como resolver diferentes tipos de problemas,
utilizando mais de 25 processos de resolução de problemas e como realmente cuidar
bem de si mesmos. A ênfase subjacente no treinamento é em ser 100% responsáveis
por si mesmos e pelo que acontece em suas vidas e na resolução desses problemas
sem esforço.
A maravilha do processo do Ho'oponopono atualizado é que você começa a se
encontrar novamente, a cada momento, e você começa a se apreciar mais e mais a
cada aplicação do processo de renovação do milagre do AMOR.

Eu opero minha vida e meus relacionamentos de acordo com os seguintes


insights:

1. O universo físico é uma concretização dos meus pensamentos.

2. Se meus pensamentos são cancerosos, eles criam uma realidade física cancerosa.

3. Se meus pensamentos são perfeitos, eles criam uma realidade física transbordante
de amor.

4. Eu sou 100% responsável por criar meu universo físico do jeito que ele é.

5. Eu sou 100% responsável por corrigir os pensamentos cancerosos que criam uma
realidade doente.

6. Não existe tal coisa como lá fora. Tudo existe como pensamentos em minha mente".

Mark e eu lemos o artigo e ficamos nos perguntando se o autor era o terapeuta que
procurávamos: Charles Brown ou esse Dr. Hew Len. Nós não sabíamos.Não
poderíamos dizê-lo. E quem era esta Morrnah mencionada no artigo?
E o que era Self I-Dentity Ho-oh, pelo amor de Deus?

Nós continuamos procurando. Encontramos mais alguns artigos que lançavam alguma
luz sobre o que buscávamos. Incluíam declarações reveladoras, como: "Self I-Dentity
através do Ho'oponopono vê cada problema não como uma provação, mas como uma
oportunidade. Os problemas são apenas memórias repetidas do passado, que se
mostram para nos dar mais uma chance de ver com os olhos do amor e agir com
inspiração".

Eu estava curioso, mas não estava entendendo. Os problemas eram "memórias


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repetidas do passado?" Hein? O que esses autores estavam tentando explicar?


Como esse Ho-o-não sei o quê poderia ajudar o terapeuta que curava as pessoas?
Quem era esse terapeuta, afinal?

Eu encontrei outro artigo, este de um repórter chamado Darrell Sifford, que escreveu
sobre o encontro com a criadora deste processo Ho'opo-seja lá o que for.
O nome dela é Morrnah e ela é um kahuna, ou detentora dos segredos.
O que esta Morrnah faz para ajudar a curar as pessoas é "apelar ao divino criador de
nossa escolha", através 'da divindade que está dentro de cada pessoa... que é
realmente uma extensão do criador divino'.

Talvez você entenda isso. Na época, eu não entendi. Nem Mark.


Aparentemente, esta Morrnah dizia algumas palavras, como uma oração, que ajudava
as pessoas a se curar. Eu tomei uma nota mental para localizar essa oração, mas
agora eu estava indo em uma missão diferente: encontrar o tal terapeuta e aprender o
seu método de cura.

Minha ânsia de saber mais e encontrar esse xamã terapeuta estava se tornando cada
vez mais emocionante.
Mesmo que Mark e eu realmente precisássemos estar de volta ao nosso estande na
convenção, nós o deixamos de lado para que pudéssemos continuar nossa busca.

Com base nos artigos e no site da internet, adivinhamos que o terapeuta que
queríamos encontrar se chamava Ihaleakala Hew Len. Algum primeiro nome.
Eu não tinha ideia de como pronunciá-lo, e muito menos como escrevê-lo. Eu não
sabia como localizá-lo, também. O site tampouco tinha qualquer informação de contato
com ele. Mark e eu tentamos o Google, mas deu em nada.

Começamos a pensar se este terapeuta etéreo não seria uma ficção, ou se já estaria
aposentado, ou mesmo morto.
Fechei meu laptop e voltei para a convenção.

Mas a aventura tinha começado.


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2 - Encontrando o Terapeuta mais Incomum do Mundo

Quem olha para fora, sonha; quem olha para dentro, desperta - Carl Jung

De volta à minha casa de Austin, no Texas, eu não conseguia tirar da cabeça a história
do terapeuta que curava as pessoas sem vê-las.
Qual seria o seu método? Quem era ele? Essa história não seria uma farsa?
Em razão dos meus 20 e tantos anos na área do desenvolvimento pessoal, na sua
maioria narrada em meus livros Adventures Within e The Attractor Factor, não deveria
ser uma surpresa para ninguém que eu precisava saber mais.

Eu sempre fui curioso. Passei sete anos com um guru polêmico. Eu entrevistei
mentores de autoajuda e sábios, escritores e oradores, místicos e magos da mente.
Devido ao sucesso dos meus livros atuais, eu poderia hoje chamar muitos dos
principais especialistas no campo do desenvolvimento humano de meus amigos.
Mas eu não conseguia deixar de pensar na história deste terapeuta. Isto era diferente.
Isto era um avanço. Eu precisava saber mais.

E assim, eu novamente fui pesquisar. No passado, eu já havia contratado detetives


particulares para localizar pessoas desaparecidas. Eu fiz isso quando eu escrevi sobre
o gênio da publicidade, Bruce Barton, para o meu livro The Seven Lost Secrets of
Success.
Eu estava a ponto de contratar um profissional para encontrar o Dr. Hew Len, também,
quando uma coisa estranha aconteceu.

Um dia, enquanto fazia mais uma busca pelo Dr. Hew Len, eu encontrei seu nome
associado a um site da internet. Eu não tenho ideia do porque isso não surgiu antes,
nas minhas pesquisas anteriores. Mas lá estava ele.
Eu não consegui encontrar um número de telefone. Mas eu poderia contatar o Dr. Hew
Len, para uma consulta pessoal, por e-mail. Parecia uma maneira estranha de fazer
terapia, mas nestes tempos de internet, vale tudo.
Descobri que seria a melhor maneira de colocar um pé em sua porta e, assim, mandei-
lhe um e-mail através do site. Eu estava excitado além das palavras.
Eu mal podia esperar por sua resposta. O que ele diria? Será que ele escreveria algo
esclarecedor? Será que ele me curaria por e-mail?
Eu mal consegui dormir naquela noite, eu estava ansioso demais para ouvi-lo.

Na manhã seguinte, ele respondeu, escrevendo:

"Joe:
Obrigado por solicitar uma consulta. As consultas são geralmente feitas através da
Internet ou por fax. A pessoa que solicita a consulta me fornece as informações sobre a
natureza da consulta, ou seja, a descrição de um problema, de uma preocupação. Eu
processo e medito sobre a informação para obter instruções Divinas.

Então, eu me comunico de volta com a pessoa, via e-mail, o que eu recebi em


meditação.
Enquanto eu estava fora para o almoço, hoje, um advogado e cliente do Havaí me
enviou por fax informações para que eu as olhasse. Depois de processá-las, vou
retornar para ele o que eu recebi da Divindade em meditação.
As informações sobre a natureza do meu trabalho pode ser obtidas em
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www.hooponopono.org.
Por favor, não hesite em contatar-me, para ver o que vai funcionar melhor para você.

Desejo-lhe paz além de toda a compreensão.

Paz de mim,
Hew Len Ihaleakala, PhD"

Era um e-mail estranho. Ele fala com a Divindade? Advogados o contratam? Eu ainda
não sabia o suficiente sobre ele para fazer algum julgamento ou a seus métodos, mas
tinha certeza de que queria saber mais.
Decidi imediatamente contratá-lo para uma consulta por e-mail. A consulta custaria 150
dólares. Para mim, isso não era nada.
Eu finalmente iria ouvir o milagroso psicólogo há tanto tempo procurado! Eu estava
excitado!

Eu pensei um pouco sobre o que eu deveria perguntar a ele. E estava muito bem em
todos os aspectos da minha vida. Eu tinha meus livros, sucessos, carros, casas,
parceira, saúde e felicidade - mais do que a maioria das pessoas procura.
Eu tinha perdido 40 kg de peso e estava me sentindo ótimo, mas eu também tinha
talvez ainda uns 8 kg ainda para emagrecer.
Desde que eu ainda estava lutando com esses problemas de peso, eu decidi pedir ao
Dr. Hew Len uma consulta sobre isso. E eu fiz.
E ele respondeu dentro de 24 horas, escrevendo este e-mail para mim:

"Obrigado, Joe, pela sua resposta.

Quando eu o olhei, eu ouvi, "Ele está bem".


Fale com o seu corpo. Diga a ele: "Eu te amo do jeito que você é. Obrigado por estar
comigo. Se você se sentiu abusado por mim, de alguma forma, por favor, me perdoe".
Pare agora e, então, durante o curso do dia, visite seu corpo. Deixe que a visita seja de
amor e gratidão.
"Obrigado por me transportar. Obrigado por respirar, pelo batimento do nosso coração".
Veja seu corpo como um parceiro em sua vida, e não como servo. Fale com seu corpo
como você falaria a uma criança pequena. Seja amigo dele. Ele gosta de muita e muita
água para funcionar melhor, junto com seu self. Você pode sentir que está com fome,
mas ele pode estar lhe dizendo que ele está com sede.

Beber água solarizada azul transmuta memórias, que repetem problemas na mente
subconsciente (a Criança), e isso ajuda seu corpo a "Deixá-las ir embora e permitir a
Deus". Consiga uma garrafa de vidro azul. Encha-a com água da torneira. Coloque
uma rolha ou envolva o topo em papel celofane. Coloque a garrafa no sol ou sob uma
lâmpada incandescente durante pelo menos uma hora.

Beba dessa água; lave seu corpo com essa água após o banho ou ducha. Use a água
solarizada azul para cozinhar, lavar suas roupas e para tudo o mais que você quiser.
Você pode fazer seu café ou chocolate quente com a água solarizada azul.

O seu e-mail tinha uma sensação de simplicidade elegante, um presente além de toda
a comparação. Talvez possamos nos visitar novamente, como companheiros de
viagem para limpar o nosso caminho para casa.
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Desejo-lhe paz além de toda a compreensão.


Paz de mim,

Ihaleakala"

Enquanto eu gostei da paz da sua mensagem, fiquei querendo mais.


Então era assim que ele dava suas consultas? Tinha sido assim que ele havia curado
aquelas pessoas no hospital psiquiátrico?
Se assim foi, algo estava seriamente faltando.
Eu duvido que a maioria das pessoas teria aceitado seu e-mail como o veredicto final
sobre uma questão de perda de peso. Dizendo-me: "Você está bem" não é exatamente
uma solução para nada.
Eu lhe escrevi de volta, pedindo mais informações. Eis o que ele escreveu em
resposta:

"Joe:
A paz começa comigo.

Meus problemas são memórias se repetindo em meu subconsciente. Meus problemas


não têm nada a ver com ninguém, com qualquer lugar ou qualquer situação. Eles são o
que Shakespeare tão poeticamente observou, em um de seus sonetos, como "gemidos
antes lamentados".

Quando eu experimento memórias repetindo problemas, não tenho escolha. Eu posso


ficar ocupado com elas ou eu posso pedir à Divindade para libertá-las através da
transmutação, restaurando assim minha mente ao seu estado original de zero, de
vazio... de estar livre de memórias. Quando estou de memória livre, eu sou o meu Eu
Divino, como a Divindade me criou, à sua exata semelhança.
Quando meu subconsciente está no estado zero, ele é atemporal, ilimitado, infinito,
imortal.
Quando as lembranças é que ditam, ele está preso no tempo, lugar, problemas,
incerteza, caos, pensamentos, enfrentamento e gestão.
Ao permitir que nossas memórias governem, eu desisto da clareza da mente,
juntamente com meu alinhamento com a Divindade.
Sem alinhamento, sem inspiração. Sem inspiração, nenhum propósito.

Ao trabalhar com as pessoas, estou sempre pedindo à Divindade para transmutar as


memórias dentro do meu subconsciente, as quais se reproduzem como minhas
percepções, meus pensamentos, minhas reações a eles.
Do estado zero, a Divindade então inunda minha mente subconsciente e consciente
com Inspirações, permitindo que a minha alma experimente as pessoas assim como a
Divindade as experimenta.

Ao trabalhar com a Divindade, as memórias que foram transmutadas em meu


subconsciente são transmutadas no subconsciente de todas as mentes, não apenas
nas pessoas, mas nos reinos mineral, animal, vegetal e em todas as formas de
existência, visíveis e invisíveis.

Como é maravilhoso perceber que a Paz e a Liberdade começam comigo.

Paz de mim,
Ihaleakala"
14

Bom, eu ainda não havia entendido. Decidi perguntar se eu poderia trabalhar com ele,
para escrever um livro sobre o que ele fazia.
Parecia um caminho lógico, para levá-lo a derramar os feijões sobre o seu método e
aprender sobre seus anos de trabalho no hospital psiquiátrico.
Eu disse que queria ajudar os outros. Eu disse que iria fazer a maior parte do trabalho.
Eu enviei o meu e-mail a ele e esperei.

Ele respondeu, dizendo:

"Joe:
A paz começa comigo.

A humanidade tem acumulado memórias viciantes de perceber os outros como


necessitando de ajuda, auxílio. O Self I-Dentity através do Ho'oponopono (SITH) é
sobre a liberação dessas memórias dentro do nosso subconsciente, que reproduz as
percepções que dizem que os problemas estão "lá fora", não aqui dentro.
Cada um de nós veio com os nossos "gemidos antes lamentados" já prontos.
Memórias/problema não tem nada a ver com pessoas, lugares ou situações. Elas são
oportunidades para se libertar.

O propósito de SITH, como um todo, é restaurar a Self I-Dentity da pessoa, um ritmo


natural com a Inteligência Divina. Ao restabelecer este ritmo original, o zero se abre e a
alma é repleta de Inspirações.

Historicamente, as pessoas que fazem SITH querem compartilhar a informação com as


outras pessoas, com a intenção de que isso irá ajudá-las.
E sair do modo "Eu posso ajudá-las" é algo difícil.

"Explicar" SITH às pessoas, no todo, não libera memórias problemáticas. Fazer SITH
sim. Se estamos dispostos a limpar nossos "gemidos antes lamentados", ficaremos
bem, todos ficarão bem e todo resto também. Por isso, nós não encorajamos as
pessoas a compartilhar SITH com as outras; ao invés disso, nós as incentivamos a
desistir das coisas dos outros, tornando-se livres, em primeiro lugar, e todos os outros
também se tornarão livres, em segundo lugar.
"A paz começa comigo".

Paz de mim,
Ihaleakala"

Bem, eu ainda não entendia.


Eu lhe escrevi de volta, novamente, perguntando se eu poderia falar com ele por
telefone. Eu disse que queria entrevistá-lo.
Mais uma vez, ele concordou. Marcamos para falar na sexta-feira seguinte, dali a
poucos dias. Eu estava tão excitado que escrevi a meu amigo Mark Ryan e lhe contei a
notícia de que eu, finalmente, iria falar com o misterioso xamã havaiano sobre o qual
ele tinha me contado anos antes. Ele, também, ficou bastante animado.
Ambos estávamos curiosos sobre o que iríamos aprender.

Mal sabíamos o que iríamos experimentar.


15

3 - Nossa Primeira Conversa

Todo homem toma os limites de seu próprio campo de visão pelos


limites do mundo - Arthur Schopenhauer

Finalmente eu falei com o Dr. Hew Len pela primeira vez, em 21 de outubro de 2005.
Seu nome completo é Dr. Ihaleakala Hew Len. Mas ele me disse para chamá-lo de "E".
Sim, como a letra do alfabeto. Ok, eu posso fazer isso.
"E" e eu provavelmente passamos uma hora falando, em nossa primeira conversa
telefônica.
Pedi que ele me contasse a história completa do seu trabalho como terapeuta.

Ele explicou que havia trabalhado no Hospital Estatal do Havaí durante três anos.
O pavilhão onde se encerravam os criminosos loucos era perigoso. Os psicólogos
abandonavam seu trabalho mês a mês. A equipe avisava que estava muito doente, ou
simplesmente desistia.
As pessoas caminhavam por aquela ala com as costas contra a parede, com medo de
serem atacadas pelos pacientes.
Não era um lugar agradável para se viver, trabalhar ou visitar.

O Dr. Hew Len, ou "E", me disse que nunca viu seus pacientes profissionalmente.
Ele jamais fez algum aconselhamento com eles. Ele apenas concordou em rever seus
arquivos e prontuários.
Enquanto olhava para os prontuários, ele trabalharia em si mesmo. E, na medida em
que ele trabalhava em si mesmo, os pacientes começaram a se curar.

Isto se tornou ainda mais fascinante quando eu aprendi o seguinte:


"Depois de alguns meses, os pacientes que antes eram mantidos contidos ou
algemados estavam tendo permissão para andar livremente", ele me disse.
"Outros, que tinham sido fortemente medicados, começaram a ter seus remédios
reduzidos. E aqueles que eram vistos como não tendo nenhuma chance de serem
liberados, começaram a ser libertados".

Eu estava em êxtase.

"Não só isso", ele continuou, "mas o pessoal começou a gostar de ir trabalhar. O


absentismo e as substituições desapareceram. Nós acabamos com mais pessoal do
que precisávamos, porque os pacientes eram liberados e toda a equipe estava
aparecendo para trabalhar.
Hoje, toda aquela ala do hospital está fechada".

Aqui foi onde eu tive que fazer a pergunta de milhões de dólares:

"O que você estava fazendo dentro de si mesmo que levou aquelas pessoas a mudar?"

"Eu simplesmente estava limpando a parte de mim que eu compartilhava com eles", ele
disse. O quê???
Eu não entendi.

Dr. Hew Len me explicou que a total responsabilidade por sua vida significa que tudo
em sua vida - simplesmente porque isso está em sua vida - é sua responsabilidade.
16

Em um sentido literal, o mundo inteiro é sua criação.

Uau! Isso era difícil de engolir. Ser responsável pelo que eu digo ou faço é uma coisa.
Ser responsável pelo que todos na minha vida, dizem ou não é outra completamente
diferente.

No entanto, esta é a verdade: Se você assumir completa responsabilidade por sua


vida, então tudo o que você ver, ouvir, saborear, cheirar, tocar ou experimentar de
qualquer forma, é da sua responsabilidade, porque isso está em sua vida.
Isso significa que os terroristas, o presidente, a economia - qualquer coisa que você
experimente e não goste - você deve curar.
Nada disso existe, em uma maneira de dizer, exceto como projeções de dentro de
você. O problema não é com eles; é com você.
E para mudá-los, você tem que mudar a si mesmo.

Eu sei que isso é difícil de entender, muito menos de aceitar ou de realmente viver.
Culpar é muito mais fácil do que a responsabilidade total.

Mas, enquanto falava com o Dr. Hew Len, eu comecei a perceber que a cura, para ele
e para o Ho'oponopono, significa amar a si mesmo.
Se você quer melhorar sua vida, você tem que curar sua vida. Se você deseja curar
alguém - mesmo um criminoso mentalmente doente - você o faz curando a si mesmo.

Perguntei ao Dr. Hew Len como ele fazia para curar a si mesmo. O que ele ficava
fazendo, exatamente, enquanto observava os prontuários daqueles pacientes?
"Eu simplesmente me mantinha dizendo 'Me desculpe' e 'Eu te amo', mais e mais
vezes", ele explicou.

Só isso?
Sim só isso.
Acontece que amar a si mesmo é a melhor maneira de melhorar a si mesmo.
E, à medida que você melhora a si mesmo, você melhora o mundo.
Enquanto o Dr. Hew Len, ou "E", trabalhava no hospital, tudo o que vinha para ele, ele
entregava para a Divindade e pedia que isso fosse liberado.

Ele sempre confiou. Ele sempre trabalhou. O Dr. Hew Len se perguntava, "O que está
acontecendo em mim, que fez com que eu provocasse este problema, e como eu
posso corrigir este problema em mim?"

Aparentemente, este método de cura de dentro para fora é o que é chamado de Self I-
Dentity Ho'oponopono.

Parece haver uma versão mais antiga do Ho'oponopono que foi fortemente influenciado
pelos missionários no Havaí. Envolvia um facilitador, o qual ajudava as pessoas a curar
seus problemas falando com elas.
Quando conseguiam cortar o cordão de um problema, o problema desaparecia.

Mas o Self I-Dentity Ho'oponopono não precisa de um facilitador. É tudo feito dentro de
você mesmo.
Fiquei curioso e sabia que eu iria entender isso melhor com o tempo.
O Dr. Hew Len não tem nenhum material sobre o seu processo ainda. Eu me ofereci
para ajudá-lo a escrever um livro, mas ele não me pareceu interessado.
17

Existe um antigo vídeo disponível, o que eu encomendei.

Ele também disse para eu ler The User Illusion, de Tor Norretranders. Desde que eu
sou um viciado em livros, eu saltei on-line instantaneamente e pedi o livro na Amazon.
Assim que chegou, eu o devorei rapidamente.
O livro argumenta que as nossas mentes conscientes não têm a menor ideia do que
está acontecendo. Norretranders escreve: "O fato é que, a cada segundo, milhões de
bits de informação inundam nossos sentidos. Mas a nossa consciência processa,
talvez, só quarenta bits por segundo - no máximo. Milhões e milhões de bits são
condensados numa experiência consciente que não contém, praticamente, nenhuma
informação, absolutamente".

Como eu entendi o Dr. Hew Len dizer, já que não temos nenhuma consciência
verdadeira do que está acontecendo, em um determinado momento, tudo o que nós
podermos fazer é transformá-la e confiar.
É tudo sobre os 100% de responsabilidade por tudo em sua vida: tudo.

Ele diz que seu trabalho é sobre limpar a si mesmo. E é isso. À medida que ele limpa a
si mesmo, o mundo se torna limpo, porque ele é o mundo. Tudo fora dele é projeção e
ilusão.

Enquanto algumas destas afirmações soam com algo Jungiano, no sentido de que o
exterior que você vê é o lado sombrio da sua própria vida, o que o Dr. Hew Len parecia
descrever ia muito além de tudo isso.
Ele parecia estar reconhecendo que tudo é um espelho de si mesmo, mas ele também
diz que é da sua responsabilidade consertar tudo o que você experimenta, e de dentro
de si mesmo, conectando-se com o Divino.

Para ele, a única maneira de corrigir qualquer coisa externa é dizendo "Eu te amo"
ao Divino, que poderia ser descrito como Deus, a Vida, o Universo, ou qualquer
número de termos para esse poder maior coletivo.

Uau! Foi uma grande conversa. Dr. Hew Len não me conhecia antes, mas, ainda
assim, ele estava me dando muito do seu tempo. E me confundindo ao longo do
caminho. Ele tem quase 70 anos de idade e é, provavelmente, um guru para alguns e
um excêntrico para outros.
Eu estava emocionado por ter falado com o Dr. Hew Len, pela primeira vez, mas eu
queria mais.

Eu não entendia claramente o que ele estava me dizendo. E seria muito fácil resistir a
ele ou dispensá-lo. Mas o que me assombrava tinha sido sua história da utilização
deste novo método para curar os chamados casos descartáveis, tais como aquele dos
criminosos doentes mentais.

Eu sabia que o Dr. Hew Len tinha um próximo seminário marcado, e lhe perguntei
sobre ele.
"Você acha que eu poderia tirar proveito dele?"
"Você vai obter tudo o que você tiver que obter", disse ele.
Bem, isso soava como a velha afirmação da década de 1970: O que quer que você
receba, isso é o que você deveria receber.

"Quantas pessoas vão estar em seu seminário?", perguntei.


18

"Eu continuo a limpeza, de maneira que apenas as pessoas prontas estejam lá", ele
disse. "Talvez 30 ou 50. Eu nunca sei".

Antes de terminar nossa conversa, eu perguntei a "E" o que significava a assinatura em


seus e-mails.

"Significa Paz de Mim", ele explicou. "É a paz que ultrapassa todo o entendimento".

Eu não entendi o que ele quis dizer, na época, mas, hoje, faz todo o sentido.
19

4 - A Chocante Verdade Sobre as Intenções

Nossa vida interior subjetiva é o que realmente importa para nós, como seres
humanos. No entanto, nós sabemos e entendemos relativamente pouco de
como ela surge e como ela funciona em nossa vontade consciente
de agir - Benjamin Libet, Mind Time

Após minha primeira ligação com o Dr. Hew Len, eu ansiosamente queria saber mais.
Perguntei-lhe sobre o seminário que ele estaria ministrando algumas semanas mais
tarde. Ele nem tentou me vender a ideia.
Ele disse que estava constantemente se limpando, de forma que apenas as pessoas
certas comparecessem. Ele não queria uma multidão. Ele queria corações abertos.
Ele confiava que a Divindade - seu termo favorito para o poder maior do que todos nós,
ainda assim de todos nós - faria o arranjo correto.

Perguntei ao meu amigo Mark Ryan, o homem que primeiro me falou sobre o Dr. Hew
Len, se ele queria participar. Eu me ofereci para pagar sua passagem, como um
presente por ele ter me contado sobre esse milagre e esse milagreiro.
Mark concordou, é claro.

Eu fiz um pouco mais de pesquisas, antes da viagem. Eu me perguntava se esse


método do terapeuta tinha algo a ver com Huna, um método de cura popular no Havaí.
Como eu aprendi, eu vi que o termo não tinha nada a ver com isso. Huna é o nome que
o empresário - que depois se transformou em autor - Max Freedom Long deu à sua
versão do espiritualismo havaiano.
Ele alegava ter aprendido uma tradição secreta de amigos havaianos, enquanto
trabalhava como professor no Havaí.
Ele fundou a Huna Fellowship, em 1945, e mais tarde publicou uma série de livros, um
dos mais populares sendo The Secret Science Behind Miracles. Embora fascinante, o
trabalho de Long não tinha nada a ver com o terapeuta que eu estava investigando.

Como eu estava começando a aprender, o terapeuta estava praticando algo que Long
nunca tinha ouvido falar, pelo menos não da forma como o Dr. Hew Len praticava.
À medida que eu continuava lendo e aprendendo, a minha curiosidade só aumentava.
Eu mal podia esperar pelo dia em que iria voar e conhecer o próprio curador.
Eu voei para Los Angeles, me reuni com Mark e fomos para Calabasa, na Califórnia.

Mark me mostrou Los Angeles, antes de prosseguirmos, e nós nos divertimos muito.
Mas nós dois queríamos conhecer o homem sobre quem tanto tínhamos ouvido falar.
Enquanto Mark e eu tivemos estimulantes e profundas conversas no café da manhã, o
que nós dois queríamos era o seminário.
Quando chegamos à sala de eventos, encontramos um público de cerca de umas 30
pessoas. Eu ficava tentando ficar na ponta dos pés, para que pudesse ver mais sobre a
cabeça de todo mundo. Eu queria ver o curador. Eu queria ver o homem/mistério.
Eu queria ver o Dr. Hew Len.
Quando finalmente chegou à porta, o Dr. Hew Len me cumprimentou.

"Aloha, Joseph", ele disse, estendendo a mão. Ele tinha aquela sua voz suave, embora
com carisma e autoridade. Ele usava calças Dockers, tênis, uma camisa aberta e uma
jaqueta. Ele também usava um boné de beisebol, que eu mais tarde aprendi ser sua
marca registrada.
20

"Aloha, Mark", disse ele ao meu amigo. Houve alguma conversa fiada, quando ele
perguntou sobre o nosso voo, quanto tempo levou para chegar do Texas a Los
Angeles, e assim por diante. Eu amei esse homem imediatamente.
Algo sobre a sua calma confiança e estilo de avô de ser me fez entrar imediatamente
em ressonância com ele.
O Dr. Hew Len gosta de começar na hora. Assim que o evento começou, ele me
chamou.

"Joseph, quando você deleta alguma coisa do seu computador, para onde ela vai?"
"Eu não tenho ideia", eu respondi. Todos riram. Tenho certeza de que eles também não
tinham nenhuma ideia.
"Quando você apaga alguma coisa do seu computador, para onde vai essa coisa?", ele
perguntou à sala.
"Para a lixeira", alguém gritou.
"Exatamente", disse o Dr. Hew Len. "Ainda é no seu computador, mas está fora da
vista. Suas memórias são como isso. Elas ainda estão em você, apenas fora da vista.
Mas o que você quer fazer é apagá-las, completa e permanentemente".

Achei isso fascinante, mas eu não tinha ideia do que significava ou para onde ele
estava indo. Por que eu iria querer minhas memórias permanentemente excluídas?
"Você tem duas maneiras de viver sua vida", explicou o Dr. Hew Len.
"A partir da memória ou da inspiração.

As memórias são programas antigos, que se repetem. A inspiração é o Divino, dando-


lhe uma mensagem. Você quer viver a partir da inspiração.
A única maneira de ouvir o Divino e receber sua inspiração é limpar todas as suas
memórias. A única coisa que você tem que fazer é limpar".

Dr. Hew Len passou muito tempo explicando como o Divino é o nosso estado zero - é
onde nós temos limites zero. Não há memórias. Não há identidade. Nada, além do
Divino. Em nossas vidas, nós temos momentos em que visitamos o estado de limite
zero, mas a maior parte do tempo, temos lixo - que ele chama de memórias - se
desenrolando.

"Quando eu trabalhava no hospital psiquiátrico e olhava para os prontuários dos


doentes", ele nos disse: "Eu sentia dor dentro de mim. Esta era uma memória
compartilhada. Era um programa que levou aqueles pacientes a agir da maneira que
agiam. Eles não tinham nenhum controle. Eles foram apanhados em um programa.
Quando eu senti o programa, eu o limpei".

A limpeza tornou-se o tema recorrente. Ele nos contou uma variedade de maneiras de
limpar, a maioria das quais eu não posso explicar aqui, porque são confidenciais.
Você tem que participar de um workshop de Ho'oponopono para aprendê-las todas (ver
www.hooponopono.org).

Mas aqui está o método de limpeza que o Dr. Hew Len usava mais, e ainda usa, e
aquela que eu uso hoje:
Há simplesmente quatro afirmações que você diz, repetidamente, sem parar, dirigindo-
as para o Divino.

"Eu te amo".
"Eu sinto muito".
21

"Por favor, me perdoe".


"Obrigado".

Depois que nós passamos por este primeiro dia do final de semana do evento, a frase
"Eu te amo" tornou-se parte da minha tagarelice mental. Assim como, às vezes, você
acorda com uma música tocando em sua cabeça, eu acordava ouvindo "Eu te amo" em
minha cabeça. Se eu a dizia conscientemente ou não, lá estava ela.
Era uma sensação linda.
Mas eu não sabia se ela estava realmente limpando algo; mas, ainda assim, eu fazia
isso, de qualquer maneira. Como poderia "Eu te amo" ser ruim de qualquer maneira ou
forma?

Em um ponto do evento, no caso, o Dr. Hew Len novamente me escolheu. Ele


perguntou: "Joseph, como você sabe se algo é uma memória ou uma inspiração?"
Eu não entendi a pergunta.
"Como você sabe que, se alguém tem câncer, essa pessoa o deu a si mesma ou se lhe
foi dada pelo Divino, como um desafio para ajudá-la?"
Fiquei em silêncio, por um momento. Tentei processar a pergunta. Como você sabe
quando um evento vem da sua própria mente ou da mente do Divino?
"Eu não tenho ideia", respondi.
"Nem eu", disse o Dr. Hew Len. "E é por isso que você tem que constantemente limpar,
limpar, limpar. Você tem que limpar tudo e qualquer coisa, pois você não tem ideia se
isto é uma memória ou uma inspiração. Você limpa para chegar a um lugar de zero
limites, que é o seu estado zero".

O Dr. Hew Len afirma que nossa mente tem uma visão pequena do mundo e que esse
ponto de vista não é apenas incompleto mas, também, impreciso.
Eu não "comprei" este conceito até que eu li o livro, The Wayward Mind, de Guy
Claxton.
Nele, Claxton escreve sobre experimentos que provam que o nosso cérebro nos diz o
que fazer antes que nós, conscientemente, decidamos fazê-lo.
Em um experimento famoso, um neurocientista chamado Benjamin Libet conectou
algumas pessoas a uma máquina de eletroencefalograma (EEG), que mostrava o que
estava acontecendo em seus cérebros.
O experimento revelou que um aumento da atividade cerebral ocorria antes que a
pessoa tivesse a intenção consciente de fazer algo, sugerindo que a intenção vinha do
inconsciente e, depois, entrava na percepção consciente.

Claxton escreve que Libet "descobriu que a intenção de se mover apareceu cerca de
um quinto de segundo antes de o movimento começar - mas, que uma onda de
atividade no cérebro apareceu de forma confiável cerca de um terço de segundo antes
da intenção!"

De acordo com William Irvine, em seu livro, On Desire: Why We Want What We Want,
"Experimentos como esses sugerem que as nossas escolhas não são formadas de
uma maneira consciente e racional. Em vez disso, elas borbulham da nossa mente
inconsciente e, quando finalmente chegam à superfície da consciência, nós nos
apropriamos delas".

E o próprio Benjamin Libet, o homem que dirigiu as controversas e reveladoras


experiências, escreveu em seu livro, Mind Time: "O surgimento de uma intenção
22

inconsciente de agir não pode ser controlado conscientemente. Só a sua consumação


final, em um ato motor, poderia ser conscientemente controlada".

Em outras palavras, o desejo de pegar este livro pode lhe parecer como se viesse da
sua escolha consciente, mas, na realidade, primeiro o seu cérebro enviou um sinal para
buscá-lo e, em seguida, sua mente consciente seguiu com uma intenção afirmada, algo
como: "Este livro parece interessante. Acho que vou pegá-lo".

Você poderia ter escolhido não pegar este livro - o que você teria racionalizado de
alguma outra forma -, mas você não pode controlar a origem do próprio sinal que o
estava cutucando para agir.
Eu sei que isso é difícil de acreditar. De acordo com Claxton, "Nenhuma intenção
jamais eclode na consciência; nenhum plano jamais a colocou lá. Intenções são
premonições; ícones que piscam nos cantos da consciência para indicar o que pode
estar prestes a ocorrer".

Aparentemente, uma clara intenção nada mais é do que uma clara premonição.
A única coisa que me incomoda é esta: De onde é que vem o pensamento?
Isto é alucinante. Desde que eu escrevi sobre o poder da intenção em meu livro O
Fator de Atração, e desde que eu falei sobre isso no filme O Segredo, e vim a perceber
que as intenções não são a minha escolha, absolutamente, isso foi um choque.
Parece que, o que eu pensava que estava fazendo quando eu definia uma intenção,
era simplesmente verbalizar um impulso já em movimento a partir do meu cérebro.

A questão torna-se, então, o que ou quem fez meu cérebro enviar a intenção?
De fato, mais tarde eu perguntei ao Dr. Hew Len: "Quem está no comando?"
Ele riu e disse que amou a pergunta.
Bem, qual é a resposta?
Confesso que ainda estava confuso sobre as intenções.

Eu perdi 40 kg sendo mentalmente forte e afirmando a minha intenção de perder peso.


Mas então, eu estava declarando uma intenção ou apenas respondendo a um sinal do
meu cérebro para perder peso? Foi uma inspiração ou uma memória?

Eu escrevi e perguntei ao Dr. Hew Len. Ele respondeu, dizendo:

"Nada existe no Zero, sem problemas, incluindo a necessidade da intenção.


Preocupações com o peso são simplesmente recordações, e estas memórias deslocam
seu Zero. Para voltar ao Zero, você precisa que a Divindade apague as memórias por
trás das suas preocupações com o peso.
Apenas duas leis ditam as experiências: a Inspiração da Divindade e a Memória
armazenada na Mente Subconsciente, a antiga nova em folha e a segunda antiga.

Supõe-se que Jesus tenha dito: "Buscai primeiro o Reino (Zero) e tudo o mais vos será
acrescentado (Inspiração)".

Zero é a residência, sua e da Divindade... "a partir da qual e a partir de quem todas as
bênçãos - a Riqueza, a Saúde, a Paz - fluem".

Paz de Mim,
Dr. Hew Len"
23

Pelo que pude ver, o Dr. Hew Len estava olhando intenções passadas e indo à fonte -
ao estado zero, onde não há limites. A partir de lá, você experimenta uma memória ou
uma inspiração.
A preocupação com o peso é uma memória. A única coisa a fazer é amá-la e perdoá-
la, e mesmo dar graças por isso.
Ao limpá-la, você garante que o Divino tenha a chance de vir com uma inspiração.

O que parece ser a verdade é que o meu desejo de comer demais, o que me tornou
obeso durante a maior parte da minha vida, era um programa. Ele borbulha do meu
inconsciente. A menos que eu o limpe, ele vai ficar lá e continuar borbulhando.
À medida que chega à superfície, eu tenho que continuar sendo consciente da minha
escolha: comer demais ou não.
Isso acaba sendo uma batalha ao longo da vida. Isso não é nem um pouco divertido.
Sim, você pode substituir a tendência a se satisfazer, dizendo não a ela.
Mas, obviamente, isso leva a um enorme gasto de energia e diligência. Com o tempo,
dizer não a ceder pode tornar-se um novo hábito. Mas que inferno você tem que
percorrer para chegar lá!

Em vez disso, limpando a memória, ela um dia irá desaparecer. Então, o desejo de
comer demais já não irá mais à superfície. Somente a paz permanecerá.

Em suma, a intenção era apenas um trapo, comparado com a inspiração.


Enquanto eu continuava com a intenção de fazer algo, eu me mantive lutando com
isso. Assim que cedi à inspiração, minha vida se transformou.

Eu ainda não tinha certeza se era assim que o mundo realmente funcionava, e eu
ainda estava confuso sobre o poder da intenção. Então, eu decidi continuar
explorando.
Jantei com Rhonda Byrne, criadora e produtora do filme O Segredo. Eu perguntei a ela
algo que há muito eu desejava saber.
Eu perguntei: "Você criou a ideia para o filme, ou você recebeu a ideia?"

Eu sabia que ela tinha recebido a inspiração para criar o agora famoso trailer do filme,
que causou uma epidemia de marketing viral. (Veja em www.thesecret.tv).
Ela me disse uma vez que a ideia para a promoção do filme lhe veio, de repente e em
alguns segundos. Ela fez a pré-visualização do filme em apenas 10 minutos.

Claramente, ela havia recebido algum tipo de inspiração, o que a levou à fazer o teaser
de filme mais forte da história.
Mas eu queria saber se a ideia para o argumento final do filme, em si, veio de alguma
inspiração ou se ela achava que fez isso por algum outro motivo.
Este era o ponto crucial da minha preocupação sobre as intenções. Onde nós
exprimimos as intenções que fizeram a diferença ou recebemos ideias que, mais tarde,
nós chamamos de intenções?
Foi isso que eu perguntei a ela, enquanto nós nos sentamos juntos para o jantar.
Rhonda ficou em silêncio por bastante tempo.

Ela olhou para mim, contemplando minha pergunta, buscando dentro de si mesma a
resposta. Por fim, ela falou. "Eu não tenho certeza", disse ela. "A ideia veio a mim, com
certeza. Mas eu fiz o trabalho. Eu o criei. Então, eu diria que eu o fiz acontecer".
Sua resposta foi reveladora. A ideia veio até ela, o que significa que veio a ela como
uma inspiração. Uma vez que o filme é tão poderoso, tão bem feito e comercializado de
24

forma tão brilhante, eu só posso acreditar que tudo foi um desdobramento Divino.
Sim, havia um trabalho a fazer e Rhonda o fez. Mas a ideia, em si, veio como uma
inspiração.

É interessante que, depois que o filme tinha sido lançado há vários meses, e o barulho
provocado por ele havia atingindo proporções históricas, Rhonda enviou um e-mail a
todos os participantes, dizendo que o filme agora tinha uma vida própria.
Mais do que afirmar intenções, ela estava respondendo chamadas e aproveitando as
oportunidades. Um livro estava saindo. Larry King estava fazendo um especial em duas
partes, com base nas ideias do filme.Uma versão em áudio também estava sendo
lançada. Sequências estavam em sendo feitas.

Quando você vem a partir do estado zero, onde há zero limites, você não precisa de
intenções. Você simplesmente recebe e age. E os milagres acontecem.

Mas você pode parar a inspiração, no entanto. Rhonda poderia ter dito não à cutucada
que a exortava a fazer o filme. Esse parece ser o lugar onde o livre arbítrio entra em
jogo. Quando a ideia de fazer alguma coisa surge em sua mente - vindo ou da
inspiração ou da memória - você pode escolher agir sobre ela ou não, se você está
ciente do impulso.

De acordo com Jeffrey Schwartz, em seu poderoso livro, The Mind and the Brain, a sua
vontade consciente - o seu poder de escolha - pode vetar o impulso que começou em
seu inconsciente.
Em outras palavras, você pode ter o impulso de pegar este livro, mas você pode
substituir esse impulso, se você quiser fazê-lo.
Isso é o livre-arbítrio, ou, nesse caso, como descreve Schwartz, o "arbítrio-não livre".
Ele escreve que "nos últimos anos, Libet abraçou a noção de que o livre arbítrio serve
como um guardião para os pensamentos borbulhando no cérebro, e não evita as
implicações morais disso".

William James, lendário psicólogo, achava que o livre arbítrio acontecia depois de o
impulso de fazer alguma coisa e antes que você realmente fazia isso.
Mais uma vez, você pode dizer sim - ou não - a isso. É preciso atenção para ver a
escolha.

O que o Dr. Hew Len estava me ensinando era limpar constantemente todos os
pensamentos, seja de inspiração ou de memória, e assim eu seria melhor capaz de
escolher o que era certo naquele momento.
Comecei a ver que a minha perda de peso aconteceu porque eu escolhi não obedecer
à memória, ou ao hábito, que me estava empurrando para comer mais e me exercitar
menos. Ao optar por não seguir aqueles impulsos aditivos, eu estava chutando por
minha vontade própria ou da habilidade do arbítrio-não livre.
Em outras palavras, o desejo de comer demais era uma memória, não uma inspiração.
Esse desejo vinha de um programa, não do Divino. Eu estava ignorando o programa ou
o substituindo.

Disse que eu juntei, o Dr. Hew Len sugeriria como uma melhor abordagem amar o
programa até que este se dissolvesse e tudo o que restaria era a Divindade.
Eu ainda não entendo muito bem tudo isso, mas eu estava ouvindo e optando por não
cancelar nada porque era novo.
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Mal sabia eu o que estava me esperando, na sequência.


5 - Quais Exceções?

Eu sou a história do que você pensa que você vê - Byron Katie, All War
Belongs on Paper

O evento do final de semana foi mais profundo do que eu esperava. O Dr. Hew Len
explicou que tudo o que você procura e tudo o que você experimenta - tudo - está
dentro de você.
Se você quer mudar alguma coisa, você deve fazê-lo dentro de você, não fora.
A ideia toda é sobre a responsabilidade total. Não há ninguém para culpar. É tudo seu.

"Mas, o que acontece quando alguém é estuprado?", perguntou uma pessoa. "Ou se
houver um acidente de carro? Nós não somos responsáveis por tudo isso ou somos?"

"Você já reparou que, sempre que você tem um problema, você está lá?", ele
perguntou. "É tudo sobre os 100% de responsabilidade por tudo. Não há exceções.
Não há nenhuma lacuna que permita que você saia fora do gancho, por algo que você
não gosta. Você é responsável por tudo isso - por tudo".

Mesmo quando ele trabalhou no hospital psiquiátrico, com assassinos e estupradores,


ele assumiu a responsabilidade. Ele entendeu que eles estavam agindo a partir de uma
memória ou um programa. Para ajudá-los, ele teve que remover a memória. E a única
maneira de fazer isso é através da limpeza.
Isto foi o que ele quis dizer quando disse que nunca viu os clientes profissionalmente,
em um ambiente terapêutico. Ele apenas observava seus prontuários.
Enquanto fazia isso, ele dizia silenciosamente para o Divino: "Eu te amo","Me
desculpe", " Por favor, me perdoe" e "Obrigado".
Ele estava fazendo o que ele sabia fazer para ajudar os pacientes a voltar a um estado
de limites zero. E, enquanto o Dr. Hew Len fazia isso dentro de si mesmo, aqueles
pacientes eram curados.

O Dr. Hew Len explicou, "Colocando simplesmente, ho'oponopono significa 'fazer


direito' ou 'corrigir um erro'. Ho'o significa 'causa' em havaiano e ponopono significa
"perfeição'. De acordo com os antigos havaianos, o erro surge de pensamentos que
estão contaminados por memórias dolorosas do passado. O Ho'oponopono oferece
uma forma de liberar a energia desses pensamentos dolorosos - ou erros - que causam
desequilíbrio e doença".

Em resumo, ho'oponopono é simplesmente um processo de resolução de problemas.


Mas ele é feito inteiramente dentro de si mesmo.

Este processo novo e melhorado foi criado por Morrnah, a amada kahuna que ensinou
seu método para Dr. Hew Len, em novembro de 1982.
Dr. Hew Len tinha ouvido falar de uma "operadora de milagres" que proferia palestras
em hospitais, faculdades e até mesmo nas Nações Unidas.
Ele a conheceu, viu-a curar seu próprio filho de herpes e deixou tudo para estudar com
ela e aprender seu método de cura simplificado.

Desde que o Dr. Hew Len também estava experimentando dificuldades em seu
casamento naquela época, ele deixou sua família, também.
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Isso não é muito de incomum. Existe uma longa história de pessoas deixando suas
famílias para estudar com um professor espiritual. E o Dr. Hew Len queria aprender o
método de Morrnah.

Mas ele não aceitou de imediato os seus estranhos métodos. Ele se inscreveu para um
workshop ministrado por ela e saiu depois de três horas. "Ela estava falando com
espíritos e aquilo parecia muito louco", disse ele. "Então eu saí".

Mas ele voltou uma semana depois, pagou sua inscrição de novo e tentou assistir um
outro workshop com ela. Mas ele ainda não conseguiu fazê-lo.
Tudo o que ela ensinava parecia tão louco para sua mente de formação universitária
que novamente deixou o seminário.
"Eu voltei ainda uma terceira vez e, desta vez, fiquei por todo o fim de semana", ele me
disse. "Eu ainda pensava que ela era louca, mas algo sobre ela falava ao meu coração.
E fiquei com ela até sua transição, em 1992".

O método interno autodirigido de Morrnah operava milagres, segundo o Dr. Hew Len e
outros. Sua oração, de alguma forma, apagava as memórias e programas apenas por
ser dita. Eu sabia que queria aprender aquela liturgia e não descansaria até que eu a
soubesse.

Morrnah sugeriu seu método em um artigo que escreveu para o livro I Am a Winner:
"Eu tenho usado o sistema antigo, desde os dois anos de idade; eu renovei o processo,
embora ele mantenha a 'essência' da 'sabedoria antiga'".

Mabel Katz, em seu pequeno livro, The Easiest Way, diz: "O Ho'oponopono é um
processo de perdão, arrependimento e transformação. Toda vez que usamos qualquer
uma das suas ferramentas, estamos assumindo 100% de responsabilidade e pedindo
perdão - para nós. Nós aprendemos que tudo que aparece em nossas vidas é apenas
uma projeção dos nossos programas".

Eu me perguntava como Morrnah havia atualizado o processo Self I-Dentity


Ho'oponopono, de maneira diferente do ho'oponopono tradicional.
Dr. Hew Len explicou desta forma:

Self I-Dentity Ho'oponopono Traditional Ho’oponopono

1. A resolução de problemas é 1. A resolução de problemas é


intrapessoal. interpessoal.

2. Só você e eu estamos envolvidos 2. Um membro sênior media a sessão de


resolução de problemas, com todos os
participantes.

3. Só você está fisicamente presente. 3. Todos os envolvidos no problema devem


estar fisicamente presentes.

4. Arrependimento para o Eu. 4. Cada participante precisa pedir perdão a


cada um dos outros participantes.

5. Perdão para o Eu. 5. Cada participante precisa pedir perdão a


cada um dos outros participantes.
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No ho'oponopono tradicional, o membro sênior, treinado na dinâmica da resolução de


problemas, é responsável por verificar que todos tenham uma chance de dizer o que
cada um vê como o problema.
Esta é sempre uma área de contenção no ho'oponopono tradicional, porque cada
participante vê o problema de forma diferente.

Eu tenho que admitir que gosto desse novo e melhorado processo, pois tudo acontece
dentro da própria pessoa. Você não precisa de ninguém mais, absolutamente.
Isto faz mais sentido para mim. Desde que eu mesmo sou um estudante de mestres
junguianos, como a autora best-seller Debbie Ford (The Dark Side of the Light
Chasers), eu já havia entendido que o lugar para a mudança é dentro de você, e não o
ambiente ou qualquer outra pessoa.

"Junto com o processo do Ho'oponopono atualizado", continuou o Dr. Hew Len,


"Morrnah foi orientada a incluir as três partes do Self, que são a chave para Self I-
Dentity. Estas três partes - que existem em cada molécula da realidade - são
chamadas de Unihipili (criança/subconsciente), Uhane (mãe/consciência) e Aumakua
(pai/ superconsciente). Quando esta 'família interna' está em alinhamento, uma pessoa
está em ritmo com o Divindade. Com este equilíbrio, a vida começa a fluir.
Assim, o Ho'oponopono ajuda a restaurar primeiro o equilíbrio no indivíduo, e depois
em toda a criação".

Ele passou a explicar mais sobre esse processo surpreendente: "O Ho'oponopono é
realmente muito simples. Para os antigos havaianos, todos os problemas começam
com o pensamento. Mas ter um pensamento não é um problema.
Então, qual é o problema? O problema é que todos os nossos pensamentos estão
imbuídos de memórias dolorosas - memórias de pessoas, lugares ou coisas.
O intelecto trabalhando sozinho não pode resolver estes problemas, porque o intelecto
só administra. Administrar as coisas não é maneira de resolver problemas.
Você quer deixá-los ir embora! Quando você faz Ho'oponopono, o que acontece é que
a Divindade pega o pensamento doloroso e o neutraliza ou purifica. Você não purifica a
pessoa, o lugar ou a coisa. Você neutraliza a energia que você associa com aquela
pessoa, lugar ou coisa. Assim, o primeiro estágio do Ho'oponopono é a purificação
dessa energia.

Agora, algo maravilhoso acontece. Não somente essa energia é neutralizada; ela
também é liberada, então passa a existir um estado totalmente novo.
Os budistas o chamam de Vazio. O passo final é que você permita à Divindade entrar e
preencher o vazio com a luz.

Para fazer Ho'oponopono, você não tem que saber qual é o problema ou o erro. Tudo o
que você tem a fazer é perceber qualquer problema que você está enfrentando,
física, mental ou emocionalmente, seja o que for. Uma vez que você o perceba, a sua
responsabilidade é começar imediatamente a limpar, dizendo: "Me desculpe. Por favor
me perdoe".

Enquanto eu pesquisava sobre Morrnah, eu até mesmo encontrei DVDs de entrevistas


com ela, e finalmente encontrei a oração que ela fazia para curar as pessoas, quer elas
as visse ou não.
A liturgia que ela seguia era assim: "Divino Criador, pai, mãe, filho como um só... Se
eu, minha família, parentes e antepassados o ofendemos, sua família, parentes e
antepassados, em pensamentos, palavras, atos e ações, desde o início da nossa
28

criação até o presente, nós pedimos seu perdão... Permita que esta limpeza,
purificação e liberação corte todas as memórias negativas, bloqueios, energias e
vibrações e transmute estas energias indesejáveis em pura luz... E está feito".

Eu não tinha certeza de como este desbloqueio curaria algo dentro de alguém, mas eu
podia ver que tudo era baseado no perdão.
Aparentemente, Morrnah - e agora o Dr. Hew Len - achava que, pedindo perdão, nós
clareávamos o caminho para a cura se manifestar. O que estava bloqueando o nosso
bem-estar não era nada mais do que a falta de amor. O perdão abria a porta para
permitir que ele voltasse.

Eu achava tudo aquilo fascinante. Embora eu ainda não tivesse certeza de como o
ho'oponopono poderia me ajudar a curar a mim, a você ou ao doente mental.
Mas eu continuava ouvindo.
O Dr. Hew Len passou a me explicar que nós temos que assumir 100% de
responsabilidade por nossas vidas - sem exceções, sem desculpas, sem fugas.

"Você pode imaginar se todos nós soubéssemos que somos 100% responsáveis?", ele
perguntou. "Eu fiz um acordo comigo mesmo 10 anos atrás, que eu iria me presentear
com um sundae de chocolate tão grande que me deixaria doente - se eu pudesse
passar um dia sem fazer nenhum julgamento de alguém. Eu nunca fui capaz de fazer
isso! Percebo-me pegando a mim mesmo fazendo isso mais vezes, mas eu nunca
consegui passar um só dia assim".

Bem, agora eu sabia que ele era humano! Eu poderia me relacionar com sua confissão.
Tanto trabalho que eu fiz em mim mesmo, mais eu ainda me atrapalho com pessoas ou
situações que eu gostaria que fossem diferentes.
Hoje, eu sou muito mais capaz de tolerar a maioria das coisas que entram em meu
caminho na vida, mas também estou longe de ser totalmente amoroso em cada
situação.

"Mas como faço isso com as pessoas - se somos cada um 100% responsáveis pelos
problemas?", ele perguntou.
"Se você quiser resolver um problema, trabalhe em si mesmo. Se o problema é com
uma outra pessoa, por exemplo, simplesmente pergunte a si mesmo: 'O que está
acontecendo em mim que está fazendo com que essa pessoa me incomode?' As
pessoas só aparecem na sua vida para aborrecê-lo! Se você souber disso, você pode
elevar qualquer situação. Como? É simples: 'Me desculpe por tudo o que está
acontecendo. Por favor me perdoe'".

Ele passou a me explicar que, se você é um terapeuta massagista ou quiroprático e


alguém chega até você com dor nas costas, a pergunta a se fazer é: "O que está
acontecendo dentro de mim que se mostra como a dor nas costas dessa pessoa?"

Esta é uma nova forma de olhar para a própria vida, uma forma totalmente nova. Isso
provavelmente explica, em parte, como o Dr. Hew Len foi capaz de curar todos
aqueles criminosos doentes mentais. Ele não trabalhou com eles; ele trabalhou
em si mesmo.
Ele passou a explicar que, no fundo, somos todos puros, sem programas, memórias ou
mesmo inspirações. Esse é o Estado Zero. Não há limites no estado zero.
Mas, enquanto vivemos, nós "pegamos" esses programas e memórias, exatamente
como algumas pessoas pegam uma gripe.
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Nós não somos ruins quando pegamos uma gripe, mas nós temos que fazer o que for
preciso para limpá-la.

Com os programas ocorre o mesmo. Nós os pegamos. Quando vemos um programa


em outra pessoa, nós o temos, também. A única saída é limpá-lo.
O Dr. Hew Len disse: "Há uma saída para os problemas e doenças de qualquer
indivíduo disposto a ser 100% responsável pela criação de sua vida da maneira que ela
é, de momento a momento.

No antigo processo de cura havaiano do ho'oponopono, as petições individuais de


Amor corrigem erros dentro de si mesmo.
Você diz, 'Eu sinto muito. Por favor, me perdoe pelo que está acontecendo dentro de
mim que se manifesta como seu problema'. A responsabilidade do Amor, então, é
transmutar os erros dentro dele que se manifestam como o problema".

Ele acrescentou: "O Ho'oponopono vê cada problema não como uma provação, mas
como uma oportunidade. Os problemas são apenas memórias passadas se repetindo,
se mostrando para nos dar mais uma chance de ver com os olhos do amor e de agir a
partir da inspiração".

Mais uma vez, estou proibido de compartilhar os detalhes íntimos do workshop. Estou
falando sério! Eu tive que assinar um acordo de confidencialidade.
A maioria desse acordo é destinado a proteger a privacidade dos participantes.
Mas eu posso dizer-lhe isto: Trata-se de assumir total responsabilidade pela sua vida.
Eu sei que você já ouviu isso antes. Assim como eu. Mas você nunca tomou isso na
extensão abrangente ensinado no workshop.

A responsabilidade completa significa aceitar tudo - até mesmo as pessoas que entram
em sua vida com seus problemas, porque os problemas delas são os seus problemas.
Elas estão em sua vida, e, se você assumir total responsabilidade por sua vida, então
você tem que assumir a total responsabilidade por aquilo que elas estão
experimentando também. (Releia isso. Eu desafio você).
Este é um conceito de abertura da mente, de dar nós à cabeça e cólicas ao cérebro.
Vivê-lo é transformar sua vida como você nunca fez antes.

Mas, mesmo para compreender a ideia dos 100% de responsabilidade está além do
que a maioria de nós está pronta para fazer, e muito menos aceitar.
Mas, uma vez que você a aceite, a próxima questão é como transformar você mesmo,
de maneira que o resto do mundo mude, também.
A única maneira segura é com "Eu te amo".
Esse é o código que desbloqueia a cura. Mas você o usa em você, não nos outros. Seu
problema é o seu problema, lembre-se, por isso, trabalhar sobre as outras pessoas não
vai ajudar você. Eles não precisam de cura; você sim. Você tem que curar a si mesmo.
Você é a fonte de todas as experiências.

Essa é a essência do processo Ho'oponopono modernizado.

Vá em frente e o mastigue por algum tempo.


Enquanto estiver fazendo isso, eu vou continuar dizendo, "Eu te amo".
Um dos pontos-chave deste seminário de fim de semana é que você ou está agindo
pela memória ou pela inspiração. A memória é o pensamento; a inspiração é
permissão.
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A maioria de nós, de longe, está vivendo de memórias. Somos inconscientes delas,


porque nós estamos basicamente num período inconsciente.
Nesta maneira de ver o mundo, o Divino envia uma mensagem de cima para baixo, até
sua mente. Mas, se as suas memórias estão "rodando" - o que elas quase sempre
estão fazendo -, você não vai ouvir a inspiração e muito menos vai agir sobre ela.
Como resultado, a Divindade não vai conseguir fazer com que uma única palavra
chegue até lá. Você está muito ocupado com o ruído acontecendo em sua cabeça para
ouvi-la.

O Dr. Hew Len desenhou algumas ilustrações para esclarecer seus pontos. (Veja o
diagrama do Estado de Vazio). Um deles é um triângulo. Ele disse que era você, o
indivíduo. No núcleo, não há nada além da Divindade. Esse é o estado zero, onde há
limites zero.

Da Divindade, você receberá a inspiração. Uma inspiração é Divina, mas a memória é


um programa no inconsciente coletivo da humanidade.
Um programa é como uma crença, uma programação que partilhamos com os outros
quando nós a percebemos nos outros.
Nosso desafio é limpar todos os programas, de maneira que voltemos estado zero,
onde a inspiração pode chegar.

O Dr. Hew Len passou muito tempo explicando que as memórias são compartilhadas.
Quando você aponta algo em outra pessoa de que você não gosta, você tem isso em
você, também. Seu trabalho é limpá-lo. Ao fazer isso, essas memórias vão deixar a
outra pessoa também.
Na realidade, ela acabará por deixar o mundo.

"Um dos programas mais insistentes no mundo é o ódio das mulheres pelos homens",
o Dr. Hew Len anunciou. "Eu continuo limpando, mas é como tirar as ervas daninhas
de um campo gigante de ervas daninhas. Cada erva é uma perna do programa.
Há um ódio profundo dos homens, por parte das mulheres. Devemos amá-las, para
permitir que esse ódio vá embora".

Eu não entendo muito bem todo esse diagrama. Parece mais um modelo ou mapa do
mundo. Cada psicólogo, filósofo e religião tem um.
Estou interessado neste porque parece que pode ajudar a curar o planeta inteiro.
Afinal, se o Dr. Hew Len pôde curar toda uma ala de criminosos doentes mentais, o
que mais seria possível?
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Mas o Dr. Hew Len também apontou que o Ho'oponopono não é fácil. É preciso
compromisso. "Esta não é a abordagem de um McDonald para a vida", ele disse.
"Esta não é uma janela do fast-food onde você instantaneamente pega seu pedido.
Deus não é um entregador de pedidos. É preciso foco constante na limpeza, limpeza,
limpeza".

Ele contou histórias de pessoas que usaram o método de limpeza para fazer o que os
outros poderiam pensar ser impossível.
Uma história era sobre uma engenheira da NASA, que veio até ele por causa de um
problema com um de seus foguetes.
"Desde que ela veio até mim, eu assumi que eu era uma parte do problema", o Dr. Hew
Len explicou. "Então eu limpei. Eu disse: 'Eu sinto muito' para o foguete. Mais tarde,
quando a engenheira voltou, ela explicou que o foguete, de alguma forma, corrigiu a si
mesmo seu curso".

Será que fazer ho'oponopono influenciou o foguete? O Dr. Hew Len e a engenheira
pensam que sim.
Fui falar com a engenheira, e ela disse que era impossível que o foguete corrigisse a si
mesmo. Alguma outra coisa tinha que ter acontecido, que era da natureza de um
milagre. Para ela foi a limpeza, com a ajuda do Dr. Hew Len.
Eu não posso dizer que eu engoli muito bem essa história, mas eu também tenho que
admitir que não tenho nenhuma outra explicação para isso.

Um homem veio até mim, durante uma pausa no evento, e disse: "Há um famoso
marqueteiro da internet, que tem o mesmo nome que você".
Eu não sabia se ele estava brincando, então eu perguntei: "Sério?"
"Sim, ele escreveu um monte de livros e escreve sobre marketing espiritual e escrita
hipnótica. É um cara legal".
"Bom, sou eu", eu disse.
O cavalheiro parecia muito embaraçado. Mark Ryan tinha ouvido toda a conversa e
pensava que tinha sido divertido.

Não importava se as pessoas soubessem o meu status de celebridade on-line ou não,


pois eu estava ficando conhecido na própria sala. Dr. Hew Len me chamou tantas
vezes durante o evento que as pessoas pensavam que ele estava me destacando.
Uma pessoa perguntou: "Você é um tipo de sócio do Dr. Hew Len?"
Eu disse que não e perguntei por que ele pensava que eu poderia ser. "Eu não sei; ele
parece que apenas está se concentrando em você".

Eu nunca me senti destacado de forma negativa. Eu gostava da atenção e assumi que


era para me ajudar pessoalmente, desde que o Dr. Hew Len sabia que eu escrevia
livros e tinha uma sequência na Internet.
Tenho certeza de que uma parte dele sabia que, se eu captasse aquela mensagem de
cura, eu seria capaz de ajudar muitas pessoas.

Eu não sabia na época que ele, sendo inspirado pelo Divino, estava me preparando
para me tornar uma espécie de guru. Mas não um guru para o mundo; um guru para
mim mesmo.
32

6 - Eu Te Amo

Você não pode negar tudo o que é perfeito, pleno, completo e correto para você
quando você é primeiro seu Self. Sendo primeiro seu Self você automaticamente
experimenta a perfeição na forma dos pensamentos, palavras, atos e ações divinas.
Permitindo que seus pensamentos tóxicos sejam os primeiros, você automaticamente
experimenta a imperfeição, na forma de doença, confusão, ressentimento, depressão,
julgamento e pobreza - Dr. Ihaleakala Hew Len

Eu absorvi a mensagem do Dr. Hew Len o melhor que pude, mas havia muito mais que
eu queria e precisava aprender.
Eu sempre fui bom em ser uma espécie de esponja, "captando" as ideias apenas me
permitindo estar aberto a elas.
Quando eu me sentei neste primeiro evento, comecei a sentir que meu único trabalho
na vida seria dizer "Eu te amo" para qualquer coisa que entrasse em meu caminho, não
importa se eu visse isso como algo bom ou ruim.

Quanto mais eu pudesse dissolver os programas limitantes que eu via ou sentia, mais
eu poderia alcançar o estado de zero limites e trazer a paz para o planeta através de
mim.
Mark tinha um pouco mais de dificuldade em captar a mensagem do seminário. Ele
continuava querendo colocá-la em um quadro lógico.
Tornava-se claro, para mim, que a mente não tem nenhuma ideia do que está
acontecendo, de modo que tentar encontrar uma explicação lógica era, por si mesmo,
uma receita para o fracasso.

Dr. Hew Len sublinhava repetidamente que existem 15 bits disponíveis para a mente
consciente, mas 15 milhões de bits acontecendo em um determinado momento.
Nós não temos nenhuma chance de compreender todos os elementos em jogo em
nossas vidas. Nós devemos deixar ir. Nós devemos confiar.
Eu admito que grande parte daquilo tudo estava soando insano. Em um ponto do
evento, um cavalheiro disse que viu um portal aberto em uma das paredes e havia
pessoas mortas flutuando através ele.

"Você sabe por que você está vendo isso?", perguntou o Dr. Hew Len. "Porque nós
tínhamos falado sobre espíritos, mais cedo", disse alguém.
"Exatamente", Dr. Hew Len, reconhecendo. "Você os atraiu ao falar deles. Você não
quer olhar para outros mundos. Você tem o suficiente a fazer para permanecer, neste
momento, neste mundo".

Eu não vi nenhum fantasma. Eu não sabia o que fazer com aqueles que os viram. Eu
gostei do filme O Sexto Sentido, mas como filme. Eu não quero espíritos aparecendo e
falando comigo.
Mas, aparentemente, isso é normal para Dr. Hew Len.
Ele contou a história de quando trabalhava no hospital mental e que ouvia descargas
nos banheiros à meia-noite - tudo por si mesmas.
"O lugar estava cheio de espíritos", disse ele. "Muitos pacientes morreram nas
enfermarias, nos anos anteriores, mas não sabiam que estavam mortos. Mas eles
ainda estavam lá".

Ainda lá e usando o banheiro? Aparentemente sim.


33

Mas se isso não fosse estranho o suficiente, o Dr. Hew Len passou a explicar que, se
você falar com alguém e perceber que seus olhos são quase completamente brancos,
com um filme nublado em torno das bordas, então essa pessoa está possuída.
"Não adianta tentar falar com ela", ele aconselhou. "Em vez disso, apenas limpe você
mesmo e espere que sua limpeza possa remover a escuridão dessa pessoa".

Eu sou um cara de mente muito aberta, mas essa conversa de espíritos, almas
possuídas e fantasmas que usam o banheiro à noite era um pouco demais, até para
mim. Ainda assim, eu continuava pendurado lá. Eu queria saber os definitivos segredos
da cura, de maneira que eu pudesse ajudar a mim mesmo e aos outros com a riqueza,
a saúde e felicidade.
Eu nunca teria esperado ter que andar através do mundo invisível e entrar na zona de
penumbra para chegar lá.

Em outro momento do evento, nós estávamos deitados no chão, fazendo exercícios


para abrir a energia em nossos corpos. O Dr. Hew Len me chamou até ele.
"Quando eu olho para essa pessoa, eu vejo toda a fome do Sri Lanka", ele me disse.
Eu olhei para a pessoa, mas só vi uma mulher estendida sobre um tapete.
"Nós temos muita coisa para limpar", disse o Dr. Hew Len.

A despeito da minha confusão, eu dei o meu melhor para praticar o que eu entendia.
A melhor coisa a fazer era simplesmente dizer "Eu te amo" o tempo todo.
E assim eu fiz. Quando fui ao banheiro, uma noite, eu senti o início de uma infecção
urinária. Eu disse "Eu te amo" para o Divino, enquanto sentia a infecção.
Logo me esqueci daquilo e, pela manhã, tudo havia ido embora.

Eu continuei a dizer "Eu te amo" mentalmente, várias vezes, não importava o que
estivesse acontecendo, de bom, mau ou diferente. Eu estava tentando dar o melhor de
mim para limpar qualquer coisa naquele momento, se eu estivesse ciente disso ou não.
Deixe-me dar-lhe um rápido exemplo de como isso funcionava:

Um dia, alguém me enviou um e-mail que me chateou. No passado, eu iria lidar com
isso trabalhando meus aspectos emocionais ou tentando raciocinar com a pessoa que
me enviou a mensagem.
Desta vez, eu decidi tentar o método do Dr. Hew Len.

Eu me mantive em silêncio, dizendo "Me desculpe" e "Eu te amo". Eu não disse isso a
ninguém em particular. Simplesmente estava invocando o espírito do amor, para curar
dentro de mim o que estava criando ou atraindo aquela circunstância externa.
Dentro de uma hora, recebi outro e-mail da mesma pessoa. Ele se desculpava pela
mensagem anterior.

Tenha em mente que eu não realizei nenhuma ação externa para obter essa desculpa.
Eu nem sequer escrevi-lhe de volta. Contudo, ao dizer: "Eu te amo", eu, de alguma
maneira, curei dentro de mim o programa limitante oculto do qual ambos estávamos
participando.
Fazer este processo nem sempre significa obter resultados instantâneos. A ideia não é
alcançar resultados, mas a alcançar a paz.
Quando você fizer isso, você muitas vezes obtém os resultados desejados, em primeiro
lugar. Por exemplo, um dia, um dos meus funcionários desapareceu de mim. Ele
deveria estar fazendo um trabalho sobre um projeto importante, com um prazo urgente
para terminar. Não só ele não terminou, mas ele parecia ter desaparecido do planeta.
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Eu não aceitei isso muito bem. Embora naquele momento eu já conhecesse o método
do Dr. Hew Len, eu achava difícil dizer "Eu te amo", quando tudo o que eu queria dizer
era "Eu quero matar você".
Sempre que eu pensava nesse meu funcionário, eu sentia raiva. Ainda assim, eu não
parava de dizer "Eu te amo" e "Por favor, me perdoe" e "Me desculpe".

Eu não estava dizendo isso a ninguém. Eu estava dizendo por dizer. Eu certamente
não sentia amor.
Na verdade, levei três dias fazendo este processo, antes de eu chegar a qualquer lugar
perto de um ponto de paz dentro de mim.
E foi aí que meu funcionário apareceu. Ele estava na prisão. Ele me ligou para pedir
ajuda.
Eu fiz o que ele pediu, e continuei a prática do "Eu te amo" enquanto eu lidava com o
problema. Enquanto eu não vi resultados imediatos, a minha encontrada paz interior foi
um resultado suficiente para me fazer feliz. E de alguma forma, naquele momento, o
meu funcionário sentiu isso, também.
Foi quando ele pediu a um carcereiro para usar o telefone, e ele me ligou. Uma vez no
telefone, eu fui capaz de conseguir as respostas que eu precisava para completar meu
projeto urgente.

Quando eu assisti o primeiro workshop sobre Ho'oponopono dirigido pelo Dr. Hew Len,
ele elogiou meu livro, O Fator de Atração. Ele me disse que, à medida que eu me
limpasse, a vibração do meu livro aumentaria e todos iriam sentir isso quando o
lessem. Resumindo, à medida que eu melhorasse, meus leitores também melhorariam.

"E sobre os livros que já estão vendidos e lá fora?", eu perguntei. Meu livro havia sido
um best-seller e já tinha inúmeras edições, e agora estava saindo em brochura. Eu me
preocupava com todas as pessoas que já tinham cópias do meu livro.
"Esses livros não estão lá fora", explicou ele, mais uma vez fundindo minha mente com
sua sabedoria mística. "Eles ainda estão dentro de você".
Em suma, não há nenhum "lá fora".

Levaria um livro inteiro para explicar esta técnica avançada com a profundidade que ela
merece - e é por isso que eu estou escrevendo isto com o consentimento do Dr. Hew
Len. Basta dizer que, sempre que você quiser melhorar alguma coisa em sua vida, das
finanças aos relacionamentos, há apenas um lugar para olhar: dentro de si mesmo.

Nem todo mundo no evento captou o que o Dr. Hew Len estava falando. Perto do final
do último dia do evento, as pessoas começaram a bombardeá-lo com perguntas, todas
elas vindo do lado lógico da mente, tais como:

"Como pode a minha limpeza afetar outra pessoa?"


"Onde fica o livre-arbítrio em tudo isso?"
"Por que há tantos terroristas nos atacando?"

O Dr. Hew Len estava calmo. Ele parecia olhar diretamente para mim, e eu estava
sentado no fundo da sala. Ele me parecia frustrado.
Considerando que a sua mensagem inteira foi sobre não haver "lá fora", que tudo
estava dentro de você, ele provavelmente sentia que a falta de compreensão de todos
refletia sua própria falta de compreensão.
Parecia que ele estava suspirando. Eu só posso imaginar que ele estava dizendo,
dentro de si mesmo: "Me desculpe. Eu te amo".
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Notei que muitas pessoas no evento tinham nomes havaianos, ainda que não
parecessem havaianos. Mark e eu lhes perguntamos sobre isso.
Fomos informados que, se você sentisse o desejo, o Dr. Hew Len poderia dar-lhe um
novo nome. A ideia era de se identificar com um novo self, no caminho para não ter self
e fundir-se com a Divindade no estado zero.
Eu sabia do poder de um novo nome. Em 1979, eu me tornei Swami Anand Manjushri.
Esse foi um nome dado a mim pelo meu professor na época, Bhagwan Shri Rajneesh.
Naquela época da minha vida, quando eu ainda lutava com meu passado, com a
pobreza e a busca de sentido, o nome me ajudou a começar de novo.
E eu usei aquele nome por sete anos.
Era natural saber se o Dr. Hew Len iria ou poderia dar-me um novo nome.

Quando eu lhe perguntei sobre isso, ele disse que iria verificar com a Divindade.
Quando ele se sentisse inspirado, ele disse que o faria. Mais ou menos um mês depois
do primeiro seminário, ele me escreveu:

"Joe:
Eu vi uma nuvem surgir em minha mente outro dia. Começou uma transformação do
seu Self, agitando-se lentamente em um amarelo suave e macio. Então seu Self se
estendeu como uma criança ao acordar em invisibilidade. Da invisibilidade, o nome Ao
akua, "Piedoso", veio à tona.

Recebi essa citação como parte de uma mensagem de um e-mail hoje: "Ó Senhor, que
me dá a vida, empresta-me um coração repleto de gratidão".

Desejo-lhe paz além de toda compreensão.

Paz de Mim,
Ihaleakala"

Eu amei o nome Ao Akua, mas eu não tinha a menor ideia de como pronunciá-lo. Então
eu escrevi e pedi ajuda. Eis o que ele escreveu de volta:

Joe:
A é o som para a letra a como em father.
O é o som para a letra como em Oh.
K é o som como em kitchen.
U é o som como em blue.

Paz de Mim,
Ihaleakala"

Eu era capaz de pronunciá-lo e gostei do meu novo nome. Eu nunca o usei em público,
mas eu o faço quando escrevo para o Dr.Hew Len.

Mais tarde, quando comecei meu blog, www.JoeVitale.com, comecei a assiná-lo


usando "Ao Akua". Muito poucas pessoas questionaram isso. Eu adorei, porque
parecia que eu estava pedindo à Divindade para limpar meu blog usando uma frase
que significava, para mim, a separação das nuvens para poder ver Deus.

Enquanto o treinamento do final de semana instalou o "Eu te amo" em minha cabeça,


pelo menos temporariamente, eu ainda queria mais.
36

Eu escrevi e perguntei ao Dr. Hew Len se ele viria ao Texas falar sobre ho'oponopono
a um pequeno grupo de amigos.
Esse era o meu plano para ter mais dele para mim. Ele voaria até o Texas para uma
pequena palestra e ficaria comigo.
Enquanto ele estivesse comigo, eu ira pegar suas ideias sobre o que ele sabe,
incluindo a forma como ele curou toda a ala de criminosos doentes mentais.
Dr. Hew Len concordou e escreveu o seguinte para mim:

"Joe:
Obrigado por tomar seu tempo para me chamar. Você não tinha que fazê-lo e ainda
assim você o fez. Sou grato.
Eu gostaria de propor a você um "formato de entrevista" para minha visita informal a
Austin, em fevereiro.
Talvez a abordagem para a entrevista pudesse ser uma espécie de levantamento e
abordagem para a resolução de problemas, que você cobriria em seu livro, Adventures
Within: Confessions of an Inner World Journalist.
Eu vejo você sendo mais do que um entrevistador e eu mais do que um entrevistado
neste arranjo.

A clareza é muito importante na transmissão das informações, seja em qualquer forma


de arte que se tome. Por exemplo, há muita imprecisão quanto ao que é um problema,
e muito menos quanto à sua causa. Como é que se resolve um problema, quando não
se tem clareza sobre ele? Onde está o problema a ser encontrado, para que ele seja
processado? Na mente? O que é isso? No Corpo (que é onde a maioria das pessoas
coloca suas apostas)? Ou nos dois? Talvez não seja em nenhum desses locais.

Há ainda a questão de quem ou o que faz com que o problema se resolva.


Como você mencionou em seu livro, é difícil manter o julgamento à distância, até
mesmo como uma tentativa de resolver problemas usando métodos como Opção ou
Fórum. O verdadeiro problema são os julgamentos ou as crenças?
Deixe o verdadeiro problema se levantar para que todos possam vê-lo.

A entrevista informal não seria algo bom ou mau e nem sobre os métodos e conceitos
certos ou errados. Seria uma forma de provocar uma recorrente falta de clareza. Você
e eu promoveríamos um tremendo serviço se clareássemos as águas, apenas um
pouco que fosse.
Claro, cada momento carrega seus próprios ritmos e marés peculiares. No final, como
disse Brutus (parafraseando) na peça de Shakespeare Júlio César: "Nós vamos ter que
esperar até o final do dia para ver como tudo acaba".
E nós também.

Conte-me seus pensamentos sobre o arranjo proposto para a entrevista. Eu não estou
casado com ele, como Brutus, até o fim.

Paz,
Ihaleakala"

Eu rapidamente anunciei um jantar privado, comigo o com o Dr. Hew Len. Eu pensei
que cinco ou seis pessoas poderiam aparecer. Em vez disso, quase 100 pessoas
mostraram interesse. E 75 pessoas pagaram para reservar seu lugar na mesa do
nosso agradável jantar
37

Dr. Hew Len me surpreendeu ao pedir uma lista de todos os que iriam participar do
evento. Ele queria fazer uma limpeza neles. Eu não sabia o que isso significava, mas
eu lhe enviei a lista. Ele me escreveu de volta, dizendo:

"Obrigado pela lista, Ao Akua.


É apenas sobre limpeza, a chance de ficar claro sobre as coisas e de ser claro com
Deus.

Então, alma, viva tu estás sobre a perda do teu servo


Deixando que o pinho agrave sua guarda;
Compre termos Divinos vendendo horas de escória;
Dentro seja alimentado, sem ser rico não mais:
Então tu deverás se alimentar da Morte, que se alimenta de homens,
E a Morte, uma vez morta, não haverá mais morte então.

A paz esteja com você,


Ihaleakala"

Quando o Dr. Hew Len chegou em Austin e eu o peguei no aeroporto, ele


imediatamente começou a me fazer perguntas sobre a minha vida.
"O livro que você escreveu sobre sua vida (referindo-se a Adventures Within) mostra
que você fez uma grande variedade de coisas para encontrar a paz", ele começou.
"O que realmente funcionou?"

Eu pensei sobre isso e disse que tudo tinha seu valor, mas talvez o Processo de Opção
fosse o mais útil e confiável. Eu expliquei que é uma maneira de questionar as crenças
para descobrir o que é real.
"Quando você questiona suas crenças, com qual delas você fica?"
"Com a qual você é deixado?" Eu repeti. "Você é deixado com uma clareza sobre a
escolha".
"De onde vem esta clareza?", ele perguntou.
Eu não tinha certeza de onde ele queria chegar.
"Por que uma pessoa pode ser rica e, ainda assim, ser um idiota?", ele de repente me
perguntou.

Fui pego de surpresa com a pergunta. Eu queria explicar que riqueza e "burrice" não
são exclusivos. Não há nada escrito que diga que apenas os anjos são ricos.
Talvez a pessoa detestável tenha clareza sobre o dinheiro, de maneira que ela possa
ser rica e ainda soltar palavrões. Mas eu não podia encontrar as palavras no momento.

"Eu não tenho ideia", confessei. "Eu não acho que você tem que mudar sua
personalidade para ser rico. Você apenas tem que ter crenças que aceitem a riqueza".
"De onde é que essas crenças vêm?", ele perguntou.
Tendo participado do seu curso de formação, eu sabia o suficiente para responder,
"São programas que as pessoas 'pegam' em suas vidas".

Mais uma vez ele mudou de assunto, dizendo que eu sou verdadeiramente um escritor
hipnótico. Ele estava começando a cogitar a ideia de um livro sobre ho'oponopono,
escrito por mim.
"Você está pronto para que eu escreva o livro agora?", perguntei.
"Vamos ver como vai ocorrer o fim de semana", disse ele.
38

"Falando nisso, como vamos fazer esse jantar?", perguntei. Eu sempre quis controlar a
situação, para ter certeza que eu estivesse bem e as pessoas conseguissem o que
desejavam. "Eu nunca planejo", disse ele. "Eu confio na Divindade".
"Mas você vai falar primeiro, ou eu ou o quê? E você teria uma introdução que você
quer que eu leia para você?"
"Vamos ver", ele disse. "Não faça planos".

Isso me deixava desconfortável. Eu gosto de saber o que se espera de mim. O Dr. Hew
Len estava me empurrando para a escuridão. Ou, talvez, para a luz.
Eu não tinha certeza, naquele momento. Ele passou a dizer alguma coisa mais sábia
do que eu sabia na época: "O que nós, seres humanos, somos incapazes de ter
consciência, em nossa existência de momento a momento, é uma resistência constante
e incessante à vida", ele começou.

"Esta resistência nos mantém em um estado constante e incessante de deslocamento


do nosso Self I-Dentity e da nossa Liberdade, da nossa Inspiração, e acima de tudo, do
próprio Criador Divino. Simplificando, somos pessoas deslocadas, vagando sem rumo
no deserto das nossas mentes. Nós somos incapazes de atender o preceito de Jesus
Cristo: "Não resista. Nós não temos conhecimento de outro preceito, 'A paz começa
comigo'".

"A resistência nos mantém em um estado constante de ansiedade e empobrecimento


espiritual, mental, físico, financeiro e material", ele acrescentou.
"Ao contrário de Shakespeare, temos consciência de que estamos em um estado
constante de resistência, ao invés do fluxo.
Para cada bit de consciência que experimentamos, há pelo menos um milhão de bits
inconscientes. E esses bits são inúteis para a nossa salvação".
Aquela iria ser uma noite fascinante.

Ele pediu para ver a sala onde iríamos jantar. Era um enorme salão, no piso superior
de um hotel no centro de Austin, Texas.
A gerente foi educada e nos conduziu até o local. Dr. Hew Len perguntou se nós
poderíamos ficar sozinhos nele. A gerente concordou e foi embora.
"O que você percebe?", ele me perguntou.
Olhei em volta e disse: "O tapete precisa ser limpo".
"Que impressões você tem?", ele perguntou. "Não há certo ou errado. O que você
percebe pode não ser o que eu percebo".

Eu me permiti relaxar e me concentrar no momento. De repente, eu senti como que


uma grande quantidade de tráfego, um cansaço, uma escuridão.
Eu não tinha certeza do que era ou o que aquilo significava, mas eu o disse ao Dr. Hew
Len. "A sala está cansada", ele disse. "As pessoas entram e saem e nunca a amam.
Ela precisa de reconhecimento".

Eu pensei que isso era um pouco estranho. A sala é como uma pessoa? Ela tem
sentimentos? Bem, seja lá o que for.
"Esta sala diz que seu nome é Sheila".
"Sheila? Esse é o nome da sala?"
"Sheila quer saber se nós a apreciamos".
Eu não tinha certeza de como responder a isso.

"Nós precisamos pedir permissão para realizar o nosso evento aqui", disse ele.
39

"Então, estou perguntando a Sheila se está tudo bem para ela".


"E o que ela está dizendo?", perguntei, sentindo-me um tanto tolo por fazer a pergunta.
"Ela diz que está tudo bem".
"Bem, isso é bom", eu respondi, lembrando que o meu depósito para o aluguel da sala
não era reembolsável.

Ele começou a me explicar: "Uma vez, eu estava em um auditório, me aprontando para


fazer uma palestra e estava conversando com as cadeiras. Eu perguntei: 'Existe
alguma de vocês que eu esqueci? Alguém tem algum problema que eu preciso cuidar?'
Uma das cadeiras disse, 'Você sabe, havia um cara sentado em mim hoje, durante um
seminário anterior, que tinha problemas financeiros e agora eu me sinto morta!' Então
eu a limpei desse problema, e eu pude ver a cadeira se endireitando. Então eu ouvi,
'Ok! Estou pronta para lidar com o próximo cara!'"

Ele está falando com cadeiras agora??


De alguma forma, eu deixei minha mente aberta para ouvir mais sobre este seu
processo tão incomum.
Ele continuou: "O que eu realmente tento fazer é ensinar à sala. Eu digo para a sala, e
para tudo que está nela, 'Você quer aprender a fazer Ho'oponopono? Afinal, logo eu
vou sair. Não seria bom se você pudesse fazer este trabalho por si mesma?' Algumas
dizem que sim, outras dizem que não e algumas dizem, 'Estou muito cansada!'"

Lembrei-me de que muitas culturas antigas consideravam tudo como vivo.


No livro Clearing, Jim PathFinder Ewing explica que os locais muitas vezes têm
energias presas. Não deveria ser muita maluquice imaginar salas e cadeiras tendo
sentimentos.
Era, sem dúvida um pensamento que expandia a mente. Se a física estiver certa, de
que não há nada além de energia tornando-se o que percebemos como sólido, então,
falar com salas e cadeiras poderia ser apenas uma forma de reorganizar essa energia,
de alguma forma nova e mais limpa.
Mas cadeiras e salas falando com você, respondendo? Eu não estava realmente pronto
para isso naquele momento.

Dr. Hew Len olhou pela janela, para a linha do horizonte do centro da cidade. Os
enormes edifícios, o capitólio, o horizonte pareciam lindos para mim.
Mas não para o Dr. Hew Len. "Eu vejo lápides", ele disse. "A cidade está cheia de
mortos".

Eu olhei pela janela. Eu não via túmulos. Ou morte. Eu via uma cidade. Mais uma vez,
eu estava aprendendo que o Dr. Hew Len usava ambos os lados do cérebro em cada
momento, de forma que ele podia ver estruturas como metáforas e falar a elas como
ele as via. Mas eu não, no entanto. Eu estava dormindo de sapatos e com os olhos
abertos.

Ficamos na sala do hotel por talvez 30 minutos. Tanto quanto eu poderia dizer, o Dr.
Hew Len andava ao redor, limpando o ambiente, pedindo perdão, amando Sheila e
limpando, limpando, limpando.
Em um certo momento, ele deu um telefonema. Ele disse à pessoa do outro lado onde
ele estava, descreveu o local e convidou-a a dar suas impressões.
Ele parecia para obter confirmação sobre suas próprias impressões. Depois que ele
desligou, nós nos sentamos em uma mesa e conversamos.
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"Meu amigo me disse que esta sala vai nos permitir fazer o nosso jantar aqui, desde
que nós a amemos", ele me disse.
"Como podemos amá-la?"
"Basta dizer 'Eu te amo' para ela", respondeu.

Aquilo me parecia estúpido. Dizer "Eu te amo" para uma sala?


Mas eu fiz o melhor que pude. Eu já havia aprendido que você não tem que realmente
sentir o "Eu te amo" para que funcione; você só tinha que dizer isso.
Então, dizer isso era o que importava. Depois você diz algumas vezes, você realmente
começa a sentir isso.

Depois de alguns minutos de silêncio, o Dr. Hew Len falou mais algumas palavras de
sabedoria:
"O que nós temos individualmente bloqueado, memórias ou inspirações, tem um
impacto imediato e absoluto sobre tudo, da humanidade ao reino mineral, vegetal, e
animal", disse ele. "Quando uma memória é convertida a zero pela Divindade, na
mente subconsciente, ela é convertida a zero em todas as mentes subconscientes - em
todos esses reinos!"

Ele fez uma pausa antes de continuar: "Então, o que acontece em sua alma, momento
a momento, Joseph, acontece em todas as almas no mesmo momento. Como é
maravilhoso perceber isto! Mais maravilhoso, no entanto, é apreciar que você pode
apelar ao Divino Criador para cancelar estas memórias a zero, em sua mente
subconsciente, e substituí-las em sua alma e nas almas de todos, pelos pensamentos,
palavras, atos e ações da divindade".

Como você responde a isso?


Tudo o que eu conseguia pensar era: "Eu te amo".
41

7 - Jantando com o Divino

O Ho'oponopono Atualizado, um processo de arrependimento, perdão e


transmutações, é uma petição ao Amor para anular e substituir as energias
tóxicas pelo seu Self. O Amor realiza isso fluindo através da mente, começando
com a mente espiritual, o superconsciente. Em seguida, continua seu fluxo através
da mente intelectual, a mente consciente, libertando-a das energias pensantes.
Finalmente, ele se move para a mente emocional, o subconsciente, anulando os
pensamentos de emoções tóxicas e preenchendo-os com seu Self - Dr. Ihaleakala
Hew Len

Mais de 70 pessoas vieram ao nosso jantar privado, comigo e com o Dr.Hew Len.
Eu não tinha ideia de que haveria tanto interesse neste mestre tão incomum.
Os participantes voaram para Austin vindo do Alasca, de Nova York e outros locais.
Alguns dirigiram desde Oklahoma. Eu nunca poderia descobrir por que todos eles
vieram. Alguns estavam curiosos. Alguns eram fãs dos meus livros, tais como Fator de
Atração, e queriam dar os próximos passos comigo.

Eu ainda não sabia o que dizer. Eu ainda não sabia por onde começar. O Dr. Hew Len
parecia confortável em seguir com o fluxo.
Ele jantava em uma das mesas e todos se fixavam em cada palavra sua.

A seguinte experiência é da minha amiga Cindy Cashman (que, a propósito, pretende


ser a primeira pessoa a se casar no espaço; veja www.firstspacewedding.com).

Era sábado, 25 de fevereiro de 2006. Eu fui para o centro de Austin para ouvir o Dr.
Hew Len falar. Sentei-me ao lado dele no jantar. Sua mensagem é ser 100%
responsável. Eu tive que testemunhar algumas poderosas mudanças de energia.

Uma senhora, em nossa mesa, se mantinha culpando um homem por não ligar para o
hospital, quando ela teve um ataque de asma.
O Dr. Hew Len fez uma pausa e disse: "Eu estou muito interessado em você, e eu ouvi
que você precisa beber mais água e que isso vai ajudar com sua asma".
Sua energia se deslocou imediatamente, da culpa para a gratidão. Eu estava tão
excitada por testemunhar isso, porque eu percebi que eu estava, silenciosamente,
julgando-a, dizendo a mim mesma: "Ela é a culpada", e eu me descobri querendo ir
para longe das pessoas que se sentem culpadas.

O que o Dr. Hew Len fez foi pegar essa energia negativa e transformá-la totalmente em
uma energia amorosa e positiva.
Em seguida, eu tirei minha própria garrafinha de água. Apontando para a água do
hotel, eu disse ao Dr. Hew Len, "Essa água não é muito boa!"
E o Dr. Hew Len me disse: "Você percebe o que você fez?"

Quando ele disse isso, eu percebi imediatamente que eu tinha apenas enviado
vibrações negativas à água. Uau! Mais uma vez, eu fiquei grata por me tornar ciente do
que eu estava fazendo.

Ele estava me dizendo como ele limpa a si mesmo o tempo todo, o que significa que,
quando esta senhora estava culpando o marido, o Dr. Hew Len perguntou a si mesmo,
"O que está acontecendo em mim que fez com que isto surgisse nela?
42

Como eu posso ser 100% responsável?"


Ele envia sua energia até o Divino e diz: "Obrigado - Eu te amo - Me desculpe".
Ele ouviu o Divino dizer, "Diga a ela para beber mais água".
Ele também me disse: "Eu sei como limpar, de maneira que ela consegue o que ela
precisa e eu consigo o que eu preciso".
Ele fala com Deus e Deus fala com ele. Quando eu estou limpa, eu vou ver todas as
pessoas como Deus as vê.

Perguntei ao Dr. Hew Len se eu poderia marcar uma consulta para vê-lo, e ele disse
que não, porque o Divino disse a ele que eu já tinha um conhecimento interior.
Essa foi uma bela confirmação para que eu ouvisse.

No geral, a mensagem que eu aprendi esta noite foi:

1. Testemunhar como o Dr. Hew Len transformou a energia da senhora, da culpa e da


queixa para a de gratidão.
2. Começar a ver como eu julgava a senhora e a água.
3. Compreender o sistema que ele usa para limpar a si mesmo e quão poderoso isto é
para todos nós usarmos.
4. Lembrar de dizer "Obrigado" e "Eu te amo", muitas e muitas vezes.

Abri o jantar, explicando espontaneamente como eu tinha conhecido o misterioso


terapeuta que havia curado uma ala inteira de doentes mentais.
Eu tinha a atenção de todos. Eu convidei as pessoas a fazer perguntas, enquanto Dr.
Hew Len e eu mantínhamos o discurso público, assim como Sócrates e Platão
poderiam ter feito, só que eu me sentia mais como o boneco Play-Doh de que Platão.

O Dr. Hew Len começou dizendo: "As pessoas me fazem perguntas como, 'Bem, o que
dizer das crenças? E sobre as emoções? E quanto a esse tipo de coisa?'
Eu não lido com essas coisas. Eu não lido com 'como eu cheguei' a esse tipo de
problema. Mas vocês vão me perguntar isso, então eu tenho que lidar com isso! Mas é
como se eu me aproximasse e tocasse alguma coisa e ela me queimasse; rápida e
imediatamente eu vou levantar minha mão. Assim, quando algo surgir, mesmo antes de
surgir, eu já levantarei minha mão".

"É como se antes de eu entrar nesta sala - esta sala é sagrada - antes de entrar eu me
assegurasse de ter falado com a sala. Perguntei o nome da sala, porque ela tem um
nome. Então, eu disse para a sala, 'Está tudo bem para eu entre?' A sala disse, 'Ok,
você pode entrar'. Mas vamos dizer que a sala dissesse, 'Não. Você é um tipo de -
desculpe a linguagem - algo sujo'. Então, eu iria começar a olhar para mim mesmo e
fazer o que é preciso fazer, para que, quando eu entrar, você vai ouvir a velha frase
sobre os médicos, 'Cura-te!' Assim, eu quero ter certeza de que eu quero entrar curado,
sem problemas, pelo menos por um momento".

Eu o interrompi para definir o cenário para todos. Eu queria que todos soubessem
quem era o Dr. Hew Len e por que estávamos ali.
O que estávamos fazendo era espontâneo e de forma livre. Aconselhei a todos para
relaxar e ficar abertos. Com o Dr. Hew Len, você nunca sabe o que vai ser dito ou feito.

Ele perguntou a todos por que alguém poderia ter câncer de mama. Ninguém
respondeu. Nem podiam. Ele ressaltou que há milhões de bits de informação flutuando
43

ao nosso redor, em qualquer momento, mas não temos conhecimento de mais do que
talvez 20 bits de cada vez.
Esse era um tema recorrente para ele. Mas era a essência da sua mensagem: Nós não
temos a menor ideia.

"A ciência não tem certeza do que está acontecendo em nossas vidas", ele explicou.
"Mesmo a matemática não é clara, por causa do zero. No final do livro de Charles
Seife, Zero:The Biography of a Dangerous Idea, o autor conclui: "Tudo o que os
cientistas sabem é que Cosmos foi gerado do nada e vai voltar ao nada de onde veio.
O Universo começa e termina com zero".

Dr. Hew Len passou a dizer: "Então, eu tenho levado o universo da minha mente de
volta para zero. Não existem dados lá. Você pode ouvir diferentes tipos de formas de
chamar isso: vazio, vácuo, pureza. Eu não me importo como vocês o chamem. Minha
mente está de volta a zero agora. Não importa o que está chegando, mesmo quando
eu não estou ciente disso, o processo do qual eu vou falar é um constante e
incessante zerar, de maneira que eu possa estar em zero".

Eu podia ver que a maioria das pessoas estava com os olhos cravados no Dr. Hew
Len, mas algumas estavam, como eu, ainda no escuro.
Mas o Dr. Hew Len continuou, dizendo: "O que acontece é que somente quando sua
mente está em zero a criação pode acontecer, e a isso chama-se 'inspirar'.
Em havaiano este 'inspirar' é chamado Ha.

"Então, se você nunca foi ao Havaí, a palavra Ha significa 'inspiração'. Wai é 'água', e I
é "o Divino. Assim, 'Hawaii' é 'a inspiração e a água do Divino'. Isto é o que a palavra
Havaí quer dizer. A própria palavra Havaí é um processo de limpeza, por isso quando
estou em qualquer lugar e eu verifico - eu digo, por exemplo, antes de eu ir para o meu
quarto, 'O que é que eu preciso limpar que eu não sei? Eu não tenho ideia do que é,
então, o que é isso?' Então, se eu aplicar um processo de limpeza que é chamado de
'Hawaii', ele vai obter dados dos quais eu não tenho nem mesmo consciência e me
levar de volta a zero".

"Só em zero... e algo que você precisa entender é que a mente só pode servir a dois
senhores, um de cada vez. Ou ela vai servir ao que esteja acontecendo em sua mente
ou ela vai servir à inspiração. Esta outra coisa é chamada de memória".

Isso estava ficando ainda mais fascinante. De lá, o Dr. Hew Len foi ainda mais fundo.

"A Divina Inteligência é de onde vem toda essa inspiração, e isso está em você!! Não
está lá fora, em lugar nenhum. Você não tem que ir lá! Você não tem que ir lá fora ou
lá adiante! Você não tem que procurar ninguém lá. Já está em você!
O próximo nível aqui é chamado de superconsciente. Isso é bastante simples. Os
havaianos chamam isso de Aumakua.
Au significa 'através de todo o tempo e espaço', e Makua significa 'espírito sagrado ou
um deus', o que significa que há uma parte de você que é atemporal e há uma parte de
você que não tem limites. Essa parte de vocês sabe exatamente o que está
acontecendo".

"Então, você tem a mente consciente; os havaianos a chamam de Uhane. E então,


você tem o subconsciente, que os havaianos chamam de Unihipili".
44

"Então, uma das coisas mais importantes para se ter consciência é questionar, "Quem
sou eu?" Então, o que estamos dizendo - o que eu estou compartilhando com vocês -,
é que a sua identidade consiste desses elementos da mente.
Agora, é importante que você saiba que esta mente está vazia! Então, essa mente é
zero.

Então, quem é você? Você é um ser Divino - que é zero. Então, por que você quer ser
zero? Quando você é zero, tudo está disponível! Tudo! Então, agora, isso significa que
você é criado à imagem do Divino. Vou ser claro sobre isso, porque eu ouço certas
coisas... mas eu quero que você seja clareado pelo Divino.

"Então, você é criado à imagem do Divino. Isso significa que você foi criado vazio, de
um lado da moeda, e infinito. Logo que você estiver disposto a deixar ir embora o lixo e
permanecer vazio, então o que acontece imediatamente é que a inspiração preenche o
seu ser e agora você está em casa, livre.
Você nem mesmo tem que saber que você está livre em casa, porque a maioria do
tempo que você não vai saber. 'Onde está? Onde está? Eu fui limpo! Vamos, me diga
onde está? Vou trabalhar mais'. A maior parte do tempo, você não vai saber!

"Quando o intelecto é fisgado e fica preso, oh, ele fica ainda mais preso. É o que os
havaianos chamam de - desculpem minha linguagem - Kukai Pa'a. Alguém sabe o que
Kukai Pa'a significa? Significa prisão de ventre intelectual".

Uma pessoa perguntou: "Mas, se você tem um desafio com outra pessoa, você está
dizendo que sou eu, e não a outra pessoa, que precisa ser corrigido?"

"Se você tem um desafio com alguém, então não é com essa pessoa!", o Dr. Hew Len
declarou. "É com essa memória que está emergindo e a que você está reagindo. É
com ela que você tem um desafio. Não é com a outra pessoa.

"Agora, eu já trabalhei com pessoas que odiavam seu marido ou odiavam sua esposa.
Uma mulher uma vez me disse, 'Eu estou pensando em ir para Nova York. Eu vou ter
uma chance melhor lá'. Então eu ouvi a Divindade dizer, 'Bem, onde quer que ela vá,
isso é o que vai com ela!'"

Dr. Hew Len explicou então que, quando alguém o contata para uma sessão de
terapia, ele olha para si mesmo, e não para a pessoa que ligou.

"Por exemplo, recentemente eu recebi um telefonema da filha de uma senhora que


tinha 92 anos. Ela disse: 'Minha mãe está tendo essas dores severas no quadril por
várias semanas'. Enquanto ela estava falando comigo, eu estava fazendo esta
pergunta para a Divindade: 'O que está acontecendo em mim que tenho provocado a
dor nesta mulher?' E então eu perguntei: 'Como eu posso corrigir esse problema dentro
de mim?' As respostas a estas perguntas vieram, e eu fiz tudo o que me foi dito.

"Talvez uma semana depois, a mulher me ligou e disse: 'Minha mãe está se sentindo
melhor agora!' Isso não significa que o problema não vai retornar, porque muitas vezes
há várias causas para o que parece ser o mesmo problema. Mas eu continuo
trabalhando em mim, não nela".

Outra pessoa perguntou sobre a guerra. A pessoas queria saber se ele também era
responsável por ela. Mais exatamente, ele queria saber o que o Dr. Hew Len estava
45

fazendo sobre isso. "Oh, eu me considero responsável!", afirmo o Dr. Hew Len em
termos inequívocos. "Eu faço a limpeza todos os dias, mas eu não posso dizer que, só
porque estou fazendo a limpeza, somente eu vou conseguir. Só Deus sabe o que pode
acontecer. Mas, eu estou fazendo a minha parte, que é fazer a limpeza.
É como limpar hospitais. Nós não temos mais uma unidade de hospital psiquiátrico
para as pessoas que matam pessoas no Havaí. Não lá!
Eu fiz a minha parte o melhor que eu pude. Talvez, se eu tivesse limpado ainda mais,
haveria resultados ainda melhores. Mas eu sou humano e eu faço o melhor que
posso".

Eu podia ver que o Dr. Hew Len estava ficando cansado e achei que ele queria
terminar a noite. Tinha sido um momento marcante para todos.
Mas isso não parou naquela noite. Na manhã seguinte, depois da nossa palestra e
jantar, várias pessoas tomaram café da manhã juntas, inclusive eu, o Dr. Hew Len,
Elizabeth McCall (autora de The Tao of Horses) e algumas outras pessoas.

Sempre que eu estou com o Dr. Hew Len ao meu redor, eu começo a ficar quieto por
dentro. Eu poderia estar se sentindo no estado zero. Ou não. Quem sabe?
Mas, em um determinado momento eu tive uma súbita inspiração para realizar um
evento de fim de semana, e chamar-lhe de algo como "O Final de Semana da
Manifestação". Eu não sei de onde veio a ideia. Pelo menos, eu não sabia na época.
Agora eu sei que havia sido uma inspiração da Divindade. Mas, no café da manhã, eu
achei que parecia uma boa ideia que eu não queria levar adiante.

Eu estava muito ocupado com projetos, viagens, promoções, concursos de fitness e


mais. Eu não precisava de mais um item de tarefas na minha mesa. Tentei resistir à
a ideia. Decidi esperar e ver se ela simplesmente iria embora.
Mas não foi. Ela ainda estava na minha cabeça, três dias depois.

O Dr. Hew Len me disse que, se uma ideia ainda está lá depois de várias limpezas, aja
sobre ela. Assim, eu escrevi o que se tornou o meu e-mail mais mal escrito de toda
minha vida, e o enviei ao meu banco de dados de contatos.
Para o meu espanto, uma pessoa ligou e se inscreveu para o evento, três minutos após
eu ter enviado o e-mail. Ela devia estar ali, sentada na frente do seu computador,
quase à espera de ouvir aquilo de mim.
O restante das inscrições foram também muito rápidas. Eu queria apenas 25 pessoas
para o evento. Era minha própria limitação autoimposta, simplesmente porque eu
achava que eu poderia falar com 25 pessoas mais fácil do que eu podia para 2.500.
Além disso, eu nunca tinha feito este seminário antes. Na verdade, eu não tinha nem
mesmo ideia de como fazê-lo.
Eu contei ao Dr. Hew Len sobre a inspiração e as minhas preocupações.

"Meu único conselho é não planejar", disse ele.


"Mas eu sempre planejo", eu expliquei. "Eu escrevo minhas palestras, crio pontos de
poder e tenho apostilas. Eu me sinto melhor quando eu sei onde estou em minhas
palestras".
"Você vai se sentir melhor quando você confiar no Divino para cuidar de você", ele
respondeu. "Vamos limpar isso".
Mas eu sabia que disse aquilo porque a questão entrou em sua experiência, isso
significava que era algo que ele precisava para limpar, também.
Mais uma vez, tudo é compartilhado. Sua experiência é a minha experiência e vice
versa, uma vez que estejamos conscientes disso.
46

E assim, e fiz o meu melhor para não planejar o evento. Eu cedi aos meus medos, em
determinado ponto, e criei um manual para distribuir a todos. Mas eu não o usei e
nunca olhei para ele. E ninguém se importou com isso.

Comecei o evento, dizendo: "Eu não tenho nenhuma ideia do que fazer neste evento".
Todos riram.
"Não, realmente", eu disse. "Eu não tenho nem ideia do que dizer".
Todos riram novamente.

Eu, então, comecei a contar a todos sobre o Dr. Hew Len, o ho'oponopono e como a
afirmação: "Você cria a sua própria realidade" significa mais do que eles poderiam ter
pensado.

"Quando alguém está em sua vida, e que você não gosta", eu expliquei, "Você criou
isso. Se você cria a sua própria realidade, então você criou essa pessoa, também".

O fim de semana foi maravilhoso. Até hoje, quando eu olho para a foto do grupo
daquele evento, eu sinto o amor que todos nós compartilhamos.

Mas isso foi apenas o começo para mim.


Eu ainda tinha muito que aprender.
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8 - Como Criar Resultados Mais Rápidos

Você não diz "Por favor, me perdoe" ao Divino porque Divino precisa ouvi-lo;
você diz isso porque você precisa ouvi-lo - Dr. Ihaleakala Hew Len

Apesar de todas as evidências que você leu no capítulo anterior, eu ainda tinha minhas
dúvidas. Eu disse ao Dr. Hew Len que eu nem sempre conseguia ver os resultados
imediatos da limpeza.
Ele disse: "Se você pudesse ver a matriz dos resultados da sua limpeza e da limpeza
dos outros, você ficaria espantado. E você faria ainda mais limpeza. Você guarda os
erros do mundo em sua alma, assim como eu, na minha", acrescentou.

"Shakespeare é realmente incrível em sua visão:


'Pobre alma, o centro da minha terra pecadora,
Escraviza a estes poderes rebeldes que a ordem (Soneto 146)'.

Shakespeare observa que a razão (o intelecto) provoca loucura, confusão, falta de


clareza:
'Razão passada caçada; e não tinha, antes,
Razão passada, odiada, como uma isca engolida,
De propósito colocada para deixar louco o captor... (Soneto 129)'

Shakespeare observa o problema das memórias:


'Quando nas sessões de doce pensamento silencioso
Eu reúno lembranças das coisas passadas,
Eu suspiro a falta de muitas das coisas que eu buscava,
E com antigas aflições novas, lamentarei meus queridos tempos passados...
Então eu posso lamentar em precipitadas queixas,
E pesadamente, de aflição em aflição, contar a ela
A triste conta do gemido antes lamentado (Soneto 30'"

Morrnah observa o propósito do presente da vida, vindo da Divindade: "Limpe, elimine,


apague e encontre seu próprio Shangri-la. Onde? Dentro de si mesmo".

Shakespeare e Morrnah são mensageiros, nos dando insights sobre o mistério da


existência.
Eu era tão mente aberta quanto uma pessoa poderia ser - pelo menos uma pessoa
chamada Joe Vitale, ou mesmo Ao Akua. Mas eu ainda não estava entendendo a
essência do que o Dr. Hew Len estava tentando me dizer.
Mas eu consegui me desligar disso. Lembrei-me do que eu escrevi em meus livros
anteriores: confusão é aquele estado maravilhoso antes da clareza.
Bem, eu estava nesse "estado maravilhoso".

Muitos terapeutas vêm ao Dr. Hew Len, reclamando que se sentem doentes ou sentem
como se não pudessem ajudar as pessoas que os consultam.
Eu poderia compreender isso. Eu comecei um programa de coaching, em
www.miraclescoaching.com, e queria que meus treinadores entendessem que a
maneira de curar os outros é curando a si mesmos; os outros já estão, de fato,
perfeitos.
O Dr. Hew Len me explicou isso em um e-mail como este:
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"Joe,
Um estudante da Self I-Dentity através do Ho'oponopono passou o último final de
semana comigo em Calabasas, Califórnia; de repente, ele deu um grito alto, durante a
sessão da tarde, enquanto eu estava falando:
'Meu Deus. Agora eu sei por que me sinto doente do meu estômago quando faço a
cura com meus clientes. Eu estou deliberadamente assumindo suas desgraças. E eu
não preciso fazer isso. Posso limpar e fazer com que suas desgraças se afastem'.

Esse estudante captou parte da percepção que os 'curadores' não percebem. O que
eles não entendem é que o cliente é perfeito. O cliente não é o problema. O curador
não é o problema. O problema é o que Shakespeare fala em 'E, com antigas aflições
novas, lamentarei meus queridos tempos passados...'

O problema são as memórias de erro se repetindo no subconsciente, o Unihipili, que o


'curador' compartilha, em comum, com seu cliente.
O Self I-Dentity através Ho'oponopono é um processo de resolução de problemas de
arrependimento, perdão e transmutação que qualquer um pode aplicar a si mesmo.
É um processo de petição à Divindade para converter as memórias de erro, no
Unihipili, a zero, a nada.

Por isso, tudo é sempre com você. Memórias de erro no seu Unihipili estão repetindo
problemas, sejam eles problemas de excesso peso, problemas com seu filho ou o que
seja. E a Mente Consciente, o intelecto, não tem noção disso. Ela não tem ideia do que
está acontecendo.
Sendo assim, o Ho'oponopono apela para a Divindade interna, que sabe, para
converter quaisquer memórias que estejam se repetindo no Unihipili, a zero.

Um ponto precisa ser esclarecido. Expectativas e intenções não têm nenhum impacto
sobre a Divindade. A Divindade fará o que e quando, em sua própria maneira e no seu
próprio tempo".

Embora eu não estivesse entendendo tudo isso ainda, eu mantive meu poder de dizer
"Eu te amo". Isso me parecia bastante inocente. Que dano poderia vir de dizer "Eu te
amo", o tempo todo? Nenhum. De fato, zero.

Como o Dr. Hew Len explicou certa vez: "Para abrir o caminho para a entrada da
riqueza Divina, é necessário primeiro cancelar memórias. Enquanto as memórias
(bloqueios/ limitações) estiverem presentes no nosso subconsciente, elas impedem a
Divindade de nos dar o pão nosso de cada dia".

Eu comecei a sentir que toda esta ferramenta de limpeza, apagamento e desobstrução


"Eu te amo" precisava ser compartilhada com o mundo.
Desde que sou empresário suficiente de um para ver um produto aqui, eu falei com um
dos meus parceiros de negócio, Pat O'Bryan, sobre como fazer um áudio especial
sobre o método. Ele rapidamente concordou.
Enquanto ele escrevia a música e eu gravava as quatro frases, eu também escrevi o
esboço do web site. (www.milagroresearchinstitute.com/iloveyou.htm.)

Este site e áudio tornaram-se um best-seller para nós. Mas o que eu achei melhor que
as vendas foi o fato de que estávamos ajudando as pessoas a despertar para o poder
de um processo de limpeza tão simples.
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Imagine o pensamento de milhares de pessoas, todas dizendo "Eu te amo"!


Mark Ryan - o amigo que pela primeira vez me contou sobre o misterioso terapeuta que
ajudou a curar doentes mentais criminosos - também se juntou a mim na criação de um
produto baseado nos insights do Dr. Hew Len. Mark e eu desenvolvemos um DVD
subliminar.
A ideia é fazer com que a mudança seja fácil e sem esforço. Tudo que você faz é
colocar seu DVD em qualquer tocador, sentar e assistir o show.
O que você vai ouvir são histórias, contadas por Mark ou por mim, ouvindo a música
original. O que você vê conscientemente são belos cenários, como ilhas e nuvens.
O que você não vê conscientemente são as mensagens subliminares que piscam na
tela, por apenas alguns momentos.
Essas mensagens são como telegramas para o seu inconsciente. Elas fazem piscar as
palavras necessárias para ajudá-lo a deixar ir embora qualquer ressentimento, de
maneira que você possa sentir amor. O DVD é concebido para ajudar as pessoas a
perdoar e amar novamente. (www.subliminalmanifestation.com).
Este produto foi pensado para ajudar as pessoas a limpar os bloqueios negativos
dentro de si mesmas. Enquanto são limpos, elas podem experimentar a bem-
aventurança do estado de ser de zero limites.

Eu estava aprendendo que as ideias estavam vindo a mim, à medida que eu


continuava a me limpar. Comecei a chamar isso de Marketing Inspirado.
No passado, eu poderia tentar criar um novo produto através da combinação de ideias
ou produtos existentes. Agora eu estava achando muito mais poderoso - e menos
estressante - simplesmente permitir que as ideias viessem a mim.
Tudo o que eu tinha que fazer naquele momento era agir sobre elas.
Foi assim que Pat e eu fizemos a gravação "Eu te amo". Foi assim que Mark e eu
criamos o DVD subliminar.
As ideias apareciam em minha mente e eu agia sobre elas.

Se você parar e considerar as implicações disto, você pode ficar-se em êxtase.


O que estou dizendo é que simplesmente manter a limpeza é muito mais importante do
que qualquer outra coisa. Enquanto você limpa, as ideias são dadas a você.
E algumas delas podem tornar você muito, muito rico.

O Dr. Hew Len nos oferece várias maneiras de fazer a limpeza contínua, todas de sua
própria criação. Uma delas é um símbolo que surgiu para ele, um dia, em um momento
de inspiração.
O símbolo é este:

Ele colocou o símbolo em seu cartão de visitas e fez adesivos e buttons dele. A palavra
Ceeport significa, ele me disse, "Limpe, Apague, Apague, enquanto retorna de volta ao
Porto - o estado zero". (Clean, Erase, Erase, while returning back to Port - the zero
state).
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Porque hoje eu estou convencido de que a limpeza é a única maneira de obter


resultados mais rápidos, eu uso dois símbolos. Eu também coloco esse símbolo como
um adesivo em tudo, dos meus carros ao meu computador, da minha carteira ao meu
equipamento de ginástica. Eu o colocaria na própria testa, se eu não achasse que
ficaria estranho. Claro, eu sempre poderia fazer dele uma tatuagem.

Um dia, quando o Dr. Hew Len veio me visitar para discutir este livro, eu mostrei a ele o
meu novo cartão de visita. Um amigo tinha tirado uma foto minha, de pé na frente do
meu último carro novo, um Panoz Esperante 2005 GTLM, um exótico carro esportivo
de luxo feito à mão em Atlanta.
Eu sabia que eu parecia confiante e que provavelmente irradiava riqueza na foto, mas
eu não tinha ideia de quão poderosa era a imagem. (Veja a foto de Francine e eu no
meu cartão de visitas).

"Esta é uma ferramenta de limpeza", disse o Dr. Hew Len, depois de olhar para ela por
alguns momentos. "Você pode limpar memórias e negatividade passando seu cartão
de visitas sobre as coisas, pessoas ou sobre si mesmo".

Se ele está certo ou não, eu com certeza me senti melhor sobre o meu cartão e estava
mais do que disposto a passá-lo para as pessoas.
Instantaneamente, passei o cartão por sobre todo o meu corpo, para limpar qualquer
negatividade ao meu redor. O Dr. Hew Len sorriu... e depois caiu na gargalhada.

O Dr. Hew Len disse que o logotipo da empresa Panoz, fabricante do carro, uma crista
original com um redemoinho yin-yang e um trevo de três folhas no centro, também era
uma ferramenta de limpeza.
Ele olhou para as cores, o vermelho, o branco e o azul brilhantes, mais o trevo verde, e
disse que também era um símbolo poderoso de limpeza.
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Desde que eu amo meu Panoz e o dirijo bastante, pensar que ele estava me limpando
enquanto eu estava sentado ao volante, me fez sorrir.
E a coisa mais bonita sobre o meu cartão de visitas é que ele contém uma foto do meu
carro, com o logotipo Panoz bem ali sobre o capô.
Assim, meu cartão de visitas é uma ferramenta de limpeza de duplo poder.

Eu tenho certeza de que falar assim que faz as pessoas pensarem que o Dr. Hew Len
é maluco. Mas, se você acha que ele é louco ou não, os resultados que eu e outros
estamos obtendo com as "loucas" ferramentas de limpeza, como o meu cartão de
visitas ou seu símbolo Ceeport, são reais.
Listar esses resultados aqui não vai fazer muita diferença, porém, se a sua mente for
totalmente cética.

Afinal, ouvir falar de pessoas que colam símbolos Ceeport em seu escritório para
aumentar as vendas provavelmente parece algo estúpido ou, na melhor das hipóteses,
supersticioso. Bem, talvez seja o efeito placebo: ele funciona porque você acredita que
funciona. Se for assim, eu digo que vou continuar fazendo isso.

Marvin, por exemplo, um vendedor sobre quem você vai ler sobre no próximo capítulo,
está quebrando todos os seus recordes de venda de carros de luxo para seus clientes.
Ele me disse que cola os adesivos Ceeport "em todo lugar".
"Eu os colo sob minha mesa, no teto, no meu computador, na minha cafeteira, sob os
carros, no showroom, na sala de espera e mais", disse ele.
"E eu não tenho nenhum desconto para comprar esses adesivos, também. Eu compro
centenas e os uso em todos os lugares".

Talvez seja a sua crença na ferramenta de limpeza que a faz funcionar.


Ou, talvez, a própria ferramenta faça todo o trabalho.
Quem sabe com certeza?
Um médico uma vez me disse: "Toda a medicina envolve a propaganda e os placebos".

Se o meu cartão de visita é um placebo, ele é muito menos caro do que muitos outros.
E eu digo que, se funciona, faça-o.

E limpe, limpe, limpe.


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9 - Como Receber a Maior Riqueza

Eu Sou o “I.”, Owau no ka “I.”

Meu próximo seminário com o Dr. Hew Len foi diferente do primeiro.
Enquanto a mensagem ainda era sobre limpar e apagar programas ou memórias, sua
abordagem foi ainda mais relaxada e improvisada.

Ele começou segurando uma bola de beisebol e perguntando qual era o objetivo do
jogo.
"Para fazer uma corrida até a base", disse alguém.
"Ganhar", disse outro.
"Manter seu olho na bola", eu disse.
"Exatamente!", o Dr. Hew Len respondeu, com seu sotaque havaiano pesado.
"Para ganhar ou fazer uma corrida até a base, você deve manter seu olho na bola, em
todos os momentos. Mas o que é o baseball em sua vida?"
Todo mundo ficou em silêncio.
"Sua respiração", disse alguém.
"Este momento", alguém mais disse.

O Dr. Hew Len podia ver que não estávamos chegando ao ponto, então ele ofereceu
uma resposta: "O beisebol é a Divindade", disse ele. "Você deve permanecer focado
em voltar para zero. Sem memórias. Sem nenhum programa. Zero".
E limpe. Limpe. Limpe.

Tudo o que todos vocês que estão aqui têm a fazer é limpar ou não limpar. Você pode
escolher tudo o que você gosta, mas você não decide se você vai conseguir ou não.
Você confia na Divindade para fazer o que é certo para você. Você sabe melhor do que
a Divindade? Dificilmente. Então, libere.
E limpe. Limpe. Limpe.

"Minha intenção é estar em alinhamento com a intenção do Divino"


Eu disse ao Dr. Hew Len. "Bom para você, Joseph".

As intenções são limitações. Você decide que quer um lugar na primeira fila do
estacionamento. Você pretende isso, você tem a intenção.
Mas Divindade dá-lhe um lugar para estacionar a um quilômetro de distância. Por que?
Porque você precisa andar mais. Solte-se. Libere. Deixe ir.
E limpe. Limpe. Limpe.

Eu passei mais dois dias com o Dr. Hew Len. Treze pessoas estavam na sala.
Todo o foco estava em como os problemas ocorrem.
"Você sempre vai ter problemas", ele declara. Eu resisto a essa afirmação, mas a
escrevo, de qualquer maneira. Limpe. Limpe. Limpe.

"Os problemas são memórias se repetindo", diz ele. "Memórias são programas. Elas
não são apenas suas. Elas são compartilhadas. A maneira de liberar as memórias é
enviar amor à Divindade. A Divindade ouve e responde, mas da melhor maneira para
todos, no momento certo para todos.
Você escolhe, mas você não decide. A Divindade decide".
Eu não entendi. Limpe. Limpe. Limpe.
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Marvin, um companheiro meu feliz e amplamente sorridente das Filipinas, levanta-se e


explica que vende 150 milhões de dólares de carros de luxo por ano, isso não tentando
vender nada a ninguém. Tudo o que ele faz é limpar.

"Tudo que eu faço é dizer 'Eu te amo' durante todo o dia", explica ele, com seu sotaque
inglês. "Eu limpo enquanto ouço as pessoas. Tudo que eu faço é limpar, limpar, limpar.
Eu sempre limpo".
"Você não foca em nada? Não tem a intenção de vender nada?", eu perguntei, cético.
Eu achava que ele, pelo menos, tinha a intenção de vender carros, já que é o seu
trabalho.
"Nunca", ele responde. "Sem expectativas. Eu só apareço para trabalhar e limpo".
Limpo. Limpo. Limpo.

Passei dois dias ouvindo histórias sobre a limpeza, de pessoas comuns como você e
eu. Mas é tudo muito difícil de aceitar. Apenas limpar e dizer "Eu te amo" e o mundo
muda? Você vende mais carros? Você faz mais dinheiro? Hein?

"Você é totalmente responsável por tudo isso", diz o Dr. Hew Len. "Tudo é com você.
Tudo isso. Não há exceções. Você tem que limpar em si mesmo ou então não vai se e
limpar".
Limpar o terrorismo?
Limpe. Limpe. Limpe.
Limpar a economia?
Limpe. Limpe. Limpe.
Limpar o ... (preencha o espaço em branco)?
Limpe. Limpe. Limpe.

"Se está em sua experiência, é sua responsabilidade limpar", diz Dr. Hew Len.
Quando eu faço uma pausa e ligo para casa, para ver como estão Nerissa e nossos
animais de estimação, Nerissa me surpreende, dizendo que passou o dia fazendo uma
surpresa para mim. Ela tinha uma longa lista de afazeres. Fazer qualquer coisa por
mim não parecia provável.
"O que foi?", perguntei.
"Uma grande surpresa".
"Me conte".
"Você nunca vai adivinhar, nem um milhão de anos", disse ela.
"Não me faça adivinhar. Eu não tenho um milhão de anos".

Antes de eu contar o que ela disse, deixe-me fazer um retrocesso de um segundo.


Nerissa tem estado estressada, por causa de tantos projetos em sua mesa. Ela não
está conseguindo dar conta de tudo.
Ela está trabalhando em um vídeo para mim e outro para um cliente. Ela criou um
software que quer promover.
Ela também tem os bichos e a casa para cuidar, enquanto estou fora. Ela mal tem
tempo para planejar seu dia, muito menos de trabalhar em seus muitos projetos.
Então, imagine minha surpresa quando ela me disse o seguinte:
"Eu desmontei seu armário e o reconstruí".
Limpe. Limpe. Limpe.

Fiquei atordoado. Limpar meu armário não estava nem sua lista de coisas a fazer, ou
mesmo na minha.
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"Peguei todas as suas roupas, tirei as prateleiras, construí novas prateleiras,


rependurei suas roupas, coloquei suas roupas empilhadas em cabides e reorganizei as
roupas que estavam no chão".

Isto era tão chocante para mim como se ela tivesse deixado um cheque quando eu
estava fora, digamos, de uns cinco milhões de dólares.
Isso era inacreditável.

"O que fez você fazer tudo isso?", perguntei.


"Eu queria fazer isso, já há algum tempo", ela respondeu.
Ela queria fazer? Talvez sim. Mas ela não tinha tempo. Isso aconteceu de repente.

O Dr. Hew Len diz que, quando você limpa suas memórias, o que emerge é inspiração.
Nerissa estava aparentemente inspirada para limpar o meu armário.
É uma metáfora e prova que a limpeza interna leva a resultados exteriores.
Você não pode ter a intenção de quais serão os resultados externos. Mais uma vez,
você pode escolher, mas não pode decidir.

Mais tarde, no quarto do motel do Dr. Hew Len, eu e ele nos sentamos como mestre e
discípulo.
A única coisa estranha é que ele me trata como o mestre.
"Joseph, você é um dos 10 Deuses originais".
"Eu sou?"
Estava lisonjeado, mas admito que eu não tinha nenhuma ideia do que ele estava
falando.
"Você veio aqui para ajudar a despertar o Divino nas pessoas", ele explicou.
"Sua escrita é hipnótica. É o seu dom. Mas há mais".
"Mais?"
Limpe. Limpe. Limpe.

"Você é o homem J para os negócios", disse ele. "Você sabe o que é isso?"
Eu não tinha a menor ideia, e disse isso a ele.
"Você é o Jesus dos negócios", disse ele, "o homem de ponta para a mudança".
Enquanto ele fala, eu fico pensando que seria melhor manter essa conversa para mim
mesmo. Ninguém nunca vai acreditar. Eu, pelo menos, não.
Limpe. Limpe. Limpe.

"Quando eu estava com Morrnah", diz ele, refletindo sobre seus anos com a kahuna
que o ensinou a forma atualizada de Ho'oponopono, que ele ensina hoje, "Eu pensei
que ela era louca, nos cinco primeiros anos. Mas então, um dia, esse pensamento foi
embora".

O estilo do Dr. Hew Len é desmedido, poético e visionário. Ele parece usar os lados
direito e esquerdo do cérebro ao mesmo tempo, enquanto o resto de nós se apoia num
ou noutro lado.
Ele prossegue me dizendo que eu sou o salvador dos negócios, para me contar sobre
Morrnah. Em sua própria maneira, ele é hipnótico. Estou paralisado. Eu quero mais.

"Há uma coroa ao redor da sua cabeça, Joseph", disse ele, vendo alguma coisa que eu
não via nem sentia. "É feita de símbolos monetários, como águias".

Por alguma razão, eu senti uma vontade de mostrar-lhe um anel que eu uso. É um
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anel de ouro maciço de 2.500 anos de idade, da Roma antiga. Ele estende o braço e
eu o coloco na palma da sua mão.
"A palavra sobre o anel é em latim", eu explico. "Fidem significa fé".

O Dr. Hew Len fica em silêncio, enquanto segura o anel. Ele parece estar recebendo
imagens ou impressões. Estou quieto, enquanto ele parece estar fazendo sintonia com
o próprio anel.
"Você foi um grande orador em uma vida passada", disse ele. "Mas você foi atacado e
assassinado. Este anel está curando essa memória para você".

Isso era interessante. Muitas vezes, eu tive flashes de ser um lendário orador do
passado, mas eu temia falar em público hoje, porque fui morto no passado depois de
falar. Eu pensei que era uma memória projetada do ego, não uma vida passada.
De alguma forma, o Dr. Hew Len captou essa memória, ao segurar meu anel.
"Eu raramente o uso", eu confessei.

"Use-o", disse ele. "Sempre". Ele fixa detidamente o anel. "Isso é incrível", ele disse.
"Este anel foi usado por um curandeiro que conhecia o valor do 'Conhece a ti mesmo'".

Eu estava fascinado. O Dr. Hew Len tem a aura de um mar calmo em uma tempestade
de realidade. Enquanto o mundo redemoinha à sua volta, ele ainda parece calmo.
Ele fala do coração, aceitando o que vier e tudo o que for dito. Ele olha para mim e,
depois, olha para os meus pés.
"Joseph, meu Deus, eu deveria estar sentado aos seus pés", disse ele, genuinamente
afetado por tudo o que ele vê em mim.
"Você é como os deuses".
Limpe. Limpe. Limpe.

"Nós estamos aqui somente para limpar", ele me lembra - e a todos os outros -, durante
o nosso treinamento de fim de semana.
"Limpe sempre, incessantemente, até limpar todas as memórias, de maneira que o
Divino possa inspirar-nos a fazer o que viemos fazer aqui".
Limpe. Limpe. Limpe.

Durante o treinamento eu percebi que eu tinha limpado um dos meus livros e não os
outros. Eu tinha passado um tempo amando O Fator de Atração, que se tornou meu
maior best seller. Mas eu não queria gastar muito tempo amando um dos meus outros
livros, There’s a Customer Born Every Minute, que não tinha vendido muito bem.
Eu percebi isso como um raio de energia subindo pela minha coluna. Foi por isso que
eu não tinha feito o mesmo com os meus outros livros.

Quando assisti o primeiro treinamento, eu aprendi que eu poderia usar a ponta de


borracha de um lápis para me ajudar a limpar. Eu poderia bater no item com a ponta de
borracha do lápis. Era isso. É um símbolo, se não um fato, a limpeza das memórias.
Eu consegui uma cópia do meu novo livro do momento, Life’s Missing Instruction
Manual, e coloquei o lápis sobre ele. Todos os dias, durante meses, eu bati nele.
Não importava onde eu estivesse, eu fazia uma pausa, pegava o lápis e batia a ponta
de borracha sobre o livro.

Pode chamar de loucura. Mas era um gatilho psicológico para me ajudar a limpar as
memórias que cercavam o livro. Bem, esse livro se tornou um best-seller instantâneo e
ficou em primeiro lugar por quatro dias.
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Grandes empresas compraram milhares de cópias do livro. O Wal-Mart fez um estoque


dele. A revista Woman’s Day o destacou em suas páginas.

Mas eu não tinha feito nehuma limpeza em There’s a Customer Born Every Minute.
O livro foi lançado. Ele até aproximou-se da lista dos best-sellers, mas não atingiu o top
10. Eu também organizei uma grande campanha de publicidade para ajudar a chamar
a atenção para o livro. Ele obteve um pouco de atenção, mas não vendas imediatas.
Eu contei sobre isso ao Dr. Hew Len.

"Embeba o livro, em sua mente, em um copo d'água com frutas nele", ele aconselhou.
"Eu sei que é louco. Mas marque a data de hoje, umedeça o livro em água, e veja o
que acontece".
Ele também me surpreendeu, perguntando sobre Oprah.
"Você quer aparecer em seu show?"
Eu gaguejei que eu adoraria, em algum momento. Naquela época, eu ainda não tinha
ido no Larry King Live show e, assim, o show de Oprah parecia um salto muito grande.
"Você tem que ser limpo para que você não engasgue", ele aconselhou.
Limpe. Limpe. Limpe.

"Dois autores foram lá e engasgaram", ele explicou.


"Eu não quero isso", eu disse.
"Quando você for ao programa da Oprah, será pelos motivos dela, não pelos seus",
disse ele.
"Isso soa profundo", comentei.
"Você tem que desistir da ideia de que as pessoas fazem as coisas para você. Elas
fazem as coisas por si mesmas. Tudo que você tem a fazer é limpar".
Limpe. Limpe. Limpe.

Antes de eu deixar o Dr.Hew Len nesta viagem, eu perguntei novamente a ele sobre
seus anos como psicólogo e funcionário no hospital para criminosos doentes mentais.
"Eu quero que você seja claro sobre uma coisa", ele me disse. "Não foi fácil e eu não
fiz aquilo sozinho".
Eu o deixei querendo saber mais. Muito mais.
Limpe. Limpe. Limpe.

Parece que todo mundo que faz Ho'oponopono tem uma história hipnótica para contar.
Por exemplo:

Caro Dr. Hew Len,


Eu assisti à reunião sobre Ho'oponopono na Filadélfia, recentemente. Eu quero
agradecer-lhe profunda e humildemente, com o coração derretido por me lembrar do
caminho de casa. Sou eternamente grata ao Divino, a você e a todas as crianças que
ajudaram-no a fazer este trabalho de ensino.
O que se segue é um testemunho em resposta ao workshop.

É uma partilha para aqueles que podem se perguntar sobre o poder do Ho'oponopono.
Se for útil compartilhar, por favor, faça-o. Se não for do seu interesse, descarte e que
minha gratidão a todos possa ser suficiente.
Sinceros e profundos agradecimentos a todos vocês.

Que Deus lhe conceda toda a paz, sabedoria, saúde e uma vida longa, em que possa
limpar e voltar para Casa.
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Muito, muito amor e bênçãos,


Dana Hayne

Testemunho Após o Encontro de Ho’oponopono da Filadélfia

"Dr. Hew Len começou o workshop com uma palestra e alguns desenhos.
Ele estabeleceu a cosmologia do Ho'oponopono. Depois ele nos perguntou: "Quem são
vocês? Vocês sabem?"
Juntos, exploramos a incrível, eterna, ilimitada, completa e vazia realidade do zero total
do nosso verdadeiro eu, de onde toda a paz emana. "Casa" ele o chamou.
Nós então exploramos com ele a natureza do "O que é um problema?"
"Você já notou", ele perguntou, "que, onde quer que haja um problema, você está lá?
Isso lhe diz alguma coisa?"

Como o velho Sócrates, ele nos envolveu no processo, nos intuindo perguntas e
respostas.
Mal sabia eu que o Dr. Hew Len estava habilmente exumando estas memórias e
julgamentos escondidos para limpeza e transformação.

Presa na teia, eu levantei a minha mão, fiz perguntas e fiz comentários.


No entanto, como o passar dos dias, eu comecei a sentir como se, a cada vez que eu
fazia ao Dr. Hew Len uma pergunta, ele me colocava para baixo.
Eu me sentia "humilhada". Cada resposta me queimava e eu me sentia publicamente
envergonhada e humilhada.

Na manhã de domingo, eu estava tão irritada com o Dr. Hew Len que eu queria ir
embora. Eu o julguei arrogante, controlador e dominador. Sentei ansiosa, irritada e a
ponto de chorar. Eu estava com tanta raiva que queria ir embora.
Sem saber se iria receber de volta meu depósito antecipado do valor curso ou não, eu
me levantei e fui ao banheiro, com medo de que eu pudesse começar a chorar ali
mesmo, na sala de reunião.

Eu me sentei em uma daquelas barracas e senti a raiva, o que minha raiva tinha se
tornado. Oh, eu sentia uma raiva assassina.
Uma parte de mim não queria deixar ir embora aquela raiva. Mas algo mais me
mantinha alertando para continuar dizendo: "Me perdoe. Me perdoe. Eu te amo".

Eu não parava de dizer isso, mais e mais, para minha raiva. E então eu percebi que
aquele não era um sentimento novo, que eu já tinha sentido essa mesma raiva antes,
se infiltrando, disfarçando a si mesma como uma queimadura lenta no fundo da minha
consciência - sempre que meu marido me colocava para baixo ou sempre (e sempre)
que minha mãe advogada insistia em que eu fosse correta. E, oh, ela era alguém cujas
palavras poderiam fazer o branco parecer negro, confundindo o inocente coração desta
criança.

Foi então que eu entendi. Eu "captei". Ahá! É isso aí! Esta é uma memória antiga, a
trave no meu olho, a trave que eu enfiei no coração dos outros. Esta é a espada da
memória que eu carrego em meu coração e arrasto comigo para o meu "agora", e com
ela destruo os outros - o Dr. Hew Len, minha mãe, meu marido, Bush, Saddam
Hussein, e quem quer que eu possa acusar e 'matar' lá fora. É sobre isto que o Dr. Hew
Len está falando, o loop contínuo da fita que continua tocando, outra e outra vez.
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Eu não fui embora. Voltei para a sala de conferência e experimentei uma calma
profunda pelo resto do dia. Eu me mantive em silêncio, dizendo em minha cabeça: "Eu
sinto muito. Por favor, me perdoe. Obrigado. Eu te amo".

Quando o Dr. Hew Len respondia as perguntas depois disso, eu somente senti amor
vindo dele, e nenhuma das emoções anteriores. E ele não tinha mudado nada.
Algo em mim tinha.
Algum tempo depois, voltei para a sala, enquanto o Dr. Hew Len compartilhava uma
experiência pessoal sobre a sua própria introdução ao Ho'oponopono.
Ele tinha abandonado o curso, não uma, mas três vezes, a cada vez que pensando que
o instrutor era "louco" e a cada vez desistindo do valor pago pelo workshop.
Será que ele sabia o que eu estive pensando? Será que ele sabia que eu, também,
quase tinha simplesmente ido embora, porque eu achava que ele era louco?

Durante o próximo intervalo, eu cautelosamente me aproximei do Dr. Hew Len.


Muito amorosamente, ele me explicou que a antiga e repetida memória da dominação
pelos homens muitas vezes tinha levantado sua cabeça. Ele explicou que esta era uma
memória comum a muitas pessoas e que precisava de muita persistência e diligência
para ser curada.
E não foi até que eu voltei para casa que eu pude começar a entender a profundidade
da cura que tinha ocorrido em mim no workshop.

Durante todo o final de semana, o Dr. Hew Len nos deu ferramentas para a
transformação, ferramentas que desafiavam totalmente o intelectualismo.
Não esperando resultados, eu obedientemente - mas com ceticismo - segurei meu
lápis, disse "Gota de Orvalho", e bati sobre as três palavras que eu tinha escrito em
uma folha de papel, palavras que, para mim, representavam problemas - "computador",
"filho" e "marido".
Novamente, eu não saberia do poder destas palavras até que eu cheguei em casa.

Quando cheguei em casa, meu marido e meu filho me cumprimentaram. Ambos


sorrindo, disseram: "Adivinha o que fizemos enquanto você estava fora?"
"Um novo computador?", eu imaginei. Nós estávamos tendo problemas com o
computador, que nos tomavam horas e horas (não é mentira) de suporte técnico em
casa, ao ponto de pensar seriamente que nós tínhamos uma máquina maquiavélica,
fosse ela um gênio ou um fantasma.

Mais importante, nós tínhamos tido muitos desastres em família nas últimas semanas,
além dos nossos instáveis computadores. Eu não me importava com os computadores.
Eu só queria harmonia.
Eu fiquei um pouco surpresa quando ambos, meu marido e meu filho, disseram que
sim, que eles tinham comprado um novo computador. pois eles haviam concordado,
bem na noite anterior, em esperar mais seis meses para conseguir um com o novo
processador de 64-bits.

Eles, então, disseram: "Adivinha de que marca". Eu percorri a lista: Dell, Hewlett-
Packard, Sony, Gateway, Compac e assim por diante. Dei o nome de todo o tipo de
computador que você poderia pensar. "Não. Não. Não", disseram após cada palpite.
"Eu desisto!", gritei.

Agora, meu marido de há 30 anos, é um homem de ideias muito fortes. Ele tem uma
vontade de ferro, que, quando focado e consciente, tem uma determinação nada
59

menos do que fantástica. Quando ele não é tão consciente, esta determinação, no
entanto, pode ser sentida mais como teimosia e nada pode demovê-lo.

Ele tinha sido um defensor ferrenho do PC, e nada, eu quero dizer nada, o faria ter
mudado de ideia.
Então, quando ambos gritaram para mim, "Apple!" foi como se eu tivesse batido com
minha cabeça no chão.
Você vê, originalmente eu queria um Apple, mas os Apples não eram permitidos em
nossa casa mais do que a carne de porco é permitida em uma casa kosher.

Isso pode parecer trivial para alguns. Mas eu sou casada há 30 anos. E, por 30 anos,
meu casamento atravessou montanhas e vales, nós dois nós lutando em direção a um
objetivo comum de unidade e igualdade.
Esta escolha aparentemente inconsequente sobre computadores representava "baixar
as espadas", algo que só aqueles engajados na batalha iriam reconhecer.
Quero dizer, se você tivesse me dito que a China havia libertado o Tibet, eu não teria
ficado mais surpresa.

Lembrei-me mentalmente de levantar meu lápis, dizendo "Gota de Orvalho", e


bater sobre "marido", "computador" e "filho". Poderiam 30 anos de conflito ser tão
rápida e facilmente dissolvidos?
Poderia apenas dizer "Sinto muito", "Me perdoe", "Obrigado" e "Eu te amo" transformar
uma vida inteira de conflitos com minhas figuras de autoridade - mãe, companhia
telefônica e marido?

Tudo o que eu sei é que faz agora duas semanas desde o workshop.
Eu pratico diariamente o que o Dr. Hew Len me ensinou, tão religiosamente quanto eu
posso. Meu filho, meu marido e eu estamos dialogando sobre coisas que eu costumava
manter ocultas e reprimidas.

Ah, e ontem à noite ele disse: "Sabe, querida, se você quiser, você pode comprar
um destes pequenos laptops para você"".
60

10 - As Mentes Céticas Querem Saber

O propósito da vida é ser restaurado de volta ao Amor, momento a


momento. Para cumprir com esta finalidade, o indivíduo deve reconhecer que
ele é 100 por cento responsável por criar sua vida do jeito que ela é. Ele deve ver que
são os seus pensamentos que criam sua vida da maneira que ela é, momento
a momento. Os problemas não são as pessoas, lugares e situações mas, sim,
os pensamentos delas. Deve-se passar a compreender que não existe tal
coisa como "lá fora" - Dr. Ihaleakala Hew Len

Como já mencionei antes neste livro, eu escrevi um artigo chamado "O Terapeuta Mais
Incomum do Mundo" e o postei em meu blog. Eu o adicionei ao meu site em
www.mrfire.com, também. Também foi publicado em um livro de David Riklan, 101
Great Ways to Improve Your Life.

Este artigo tornou-se o mais amplamente compartilhado e comentado que eu já havia


escrito. As pessoas o postaram em seus grupos de notícias, passaram aos amigos,
enviaram para suas listas pessoais de e-mails e muito mais.

Aparentemente, a mensagem foi inspiradora para todos. Foi esse mesmo artigo que
chamou a atenção do meu editor, John Wiley & Sons, e levou a que eu escrevesse
este livro para você.

Mas nem todo mundo amou o artigo. Algumas pessoas não conseguiram acreditar que
alguém, nem mesmo um psicólogo, pudesse ajudar a curar mentalmente criminosos
doentes em um hospital.
Uma pessoa escreveu ao Dr. Hew Len e exigiu provas. A pessoa queria saber os fatos
sobre as experiências do Dr. Hew Len naquele hospital psiquiátrico.

E assim eu também fiz, verdade seja dita. Aqui está o que o Dr. Hew Len escreveu,
numa resposta detalhada:

"A história, como a maioria das histórias, precisam de esclarecimento. É verdade que:

1. Passei vários anos como psicólogo no Hospital Estadual do Havaí, uma instalação
psiquiátrica gerida pelo Departamento de Saúde do Estado do Hawaii.

2. Passei três anos, de 1984 a 1987, como psicólogo, 20 horas por semana, em uma
unidade de alta segurança para pacientes do sexo masculino que haviam cometido
atos criminosos de assassinato, estupro, uso de drogas, assalto e agressão contra
pessoas e propriedades.

3. Quando entrei na unidade de alta segurança, em 1984, como psicólogo chefe, todos
os quartos do isolamento estavam ocupados por pacientes violentos.

4. Em um dia típico na unidade, havia vários pacientes com restrições metálicas nos
tornozelos e pulsos, para prevenir qualquer violência contra os outros.

5. A violência na unidade, de pacientes contra pacientes e pacientes contra a equipe,


era uma ocorrência comum.
61

6. Os pacientes que não estavam intimamente envolvidos nos seus cuidados e


reabilitação.

7. Não havia atividades de reabilitação nas unidades.

8. Não havia trabalho de reabilitação externa, recreação ou trabalho.

9. As visitas de familiares na unidade eram extremamente raras.

10. Nenhum paciente era deixado fora da unidade de alta segurança sem autorização
escrita do psiquiatra e apenas com algemas nos tornozelos e punhos.

11. A permanência na unidade de um paciente típico, era de alguns anos, os custos


chegando, creio eu, em torno de US$ 30.000 por ano, na época.

12. As licenças médicas dos funcionários eram extremamente elevadas na enfermaria.

13. O ambiente físico da unidade era monótono e algo degradado.

14. O pessoal da unidade era composto basicamente de pessoas maravilhosas e


cuidadosas.

15. O que acabei de descrever é provavelmente típico na maioria das unidades


psiquiátricas em outras partes do país.

Quando deixei a unidade e suas instalações, em Julho de 1987:

1. As salas de isolamento já não estavam em uso.

2. As restrições de pulso e tornozelo não estavam mais em uso.

3. Os atos violentos eram extremamente raros, geralmente envolvendo novos


pacientes.

4. Os doentes eram responsáveis por seu próprio cuidado, inclusive de buscar


residência, trabalho e serviços jurídicos, antes de deixar a unidade.

5. As atividades recreativas fora da unidade, como corrida e tênis, estavam em curso,


não necessitando da aprovação de um psiquiatra ou o uso de dispositivos de retenção.

6. As atividades de trabalho fora da unidade foram iniciadas, como a lavagem de


carros, sem a aprovação de um psiquiatra ou do uso de retenções.

7. O trabalho interno na unidade consistia em assar pães, biscoitos e polimento de


sapatos.

8. As visitas na unidade pelas famílias ocorriam normalmente.

9. A ausência do pessoal da equipe, por doença, já não era um problema crônico.

10. O ambiente da unidade melhorada grandemente com a pintura e a manutenção e


porque as pessoas se importavam e cuidavam.
62

11. O pessoal da unidade estava mais envolvido no apoio a que os pacientes fossem
100 por cento responsáveis por si mesmos.

12. O tempo de recuperação dos doentes, da admissão até a alta hospitalar, foi
grandemente reduzida a meses, ao invés de anos.

13. A qualidade de vida, tanto dos pacientes como dos funcionários mudou
dramaticamente, de restritiva da liberdade para algo familiar, com as pessoas cuidando
umas das outras.

O que eu fiz, de minha parte, como psicólogo da unidade? Fiz o processo Self I-Dentity
através do Ho'oponopono, que é um processo de arrependimento, perdão e
transmutação para tudo o que estava acontecendo em mim que eu experimentava,
consciente e inconscientemente, como problemas antes, durante e depois de deixar a
unidade a cada vez.

Eu não fiz qualquer terapia ou aconselhamento com os pacientes da unidade.


Eu não compareci a nenhuma reunião do pessoal da direção sobre os pacientes.
Assumi 100 por cento de responsabilidade por mim mesmo, para limpar as coisas em
mim que me causavam os problemas como psicólogo.

Eu sou uma criação do EU SOU, perfeito, como tudo e todos o são. O que é imperfeito
são as p_ _c, as memórias que reagem e se reproduzem como julgamento,
ressentimento, raiva, irritação, e Deus sabe o resto dos s_ _t que eu trago na Alma.

Paz de Mim,
Ihaleakala Hew Len, PhD, Presidente Emérito da Fundação de I,
Inc. Freedom ao Cosmos
www.hooponopono.org"

Embora eu ainda estivesse aprendendo o ho'oponopono, eu às vezes o ensinava aos


outros, se eu sentia que eles estavam abertos a ouvir sobre ele.
Naturalmente, o seu ser se abre como um reflexo de mim, não deles.
Quanto mais claro eu me torno, mais claras as pessoas ao meu redor se tornam.
Mas isso é um fato difícil de aceitar.
É muito mais fácil querer mudar o exterior do que o interior.

Em Maui, um corretor de imóveis nos conduziu para olhar algumas casas.


Ao longo do caminho, nós falamos muito sobre curas, espiritualidade, o filme O
Segredo e o crescimento pessoal. Foi tudo muito interessante, mas algo esclarecedor
ocorreu, em um segmento do nosso percurso.

O corretor havia lido meu artigo, agora famoso, sobre o Dr. Hew Len e o processo de
cura havaiano ho'oponopono, que ele usou para curar toda uma ala de criminosos
doentes mentais.
Como todo mundo, o corretor achou o artigo inspirador. E, como todo mundo, ele não o
entendeu muito bem.
Enquanto nos dirigíamos ao redor da bela ilha de Maui, eu ouvi o corretor reclamar de
uma casa que ele não conseguia vender.

O comprador e o vendedor estavam brigando muito sobre ela, causando muita raiva,
ressentimento e muito mais.
63

A venda tinha ficado presa nessas brigas, e parece que não iriam fechar negócio logo.
O corretor de imóveis estava, obviamente, frustrado por suas ações.
Eu o escutei por um tempo e, então, me senti inspirado a falar.

"Você gostaria de saber como o Dr. Hew Len poderia lidar com essa situação, usando
o ho'oponopono?", perguntei.
"Sim!", exclamou o corretor, obviamente curioso. "Estou definitivamente interessado.
Diga a mim".

"Isso deve ser bom", diria Nerissa.


"Bem, eu não sou o Dr. Hew Len", comecei, "mas estou escrevendo um livro com ele e
tenho treinado com ele. Então, eu acho que sei como ele poderia lidar com isso".

"Conte-me!"

"O que o Dr. Hew Len faz é olhar dentro de si mesmo para ver o que está dentro dele
que está compartilhando a experiência que ele vê do lado de fora", eu comecei.
"Quando ele trabalhava naquele hospital psiquiátrico, ele olhava para os prontuários
dos pacientes".
Se ele sentia repulsa pelos seus atos ou algo mais, ele não lidava com a pessoa; ele
lidava com os sentimentos que ele próprio experimentava.
À medida que ele limpava o que estava dentro de si mesmo, eles, os pacientes,
começaram a ficar limpos e se curar".

"Eu gosto disso", disse o corretor.

"A maioria das pessoas não tem ideia do que significa responsabilidade", eu continuei.
"Eles sentem culpa. À medida que crescem e se tornam mais conscientes, elas
começam a considerar que são responsáveis pelo que dizem e fazem.
Além disso, à medida que você se torna ainda mais consciente, você pode começar a
perceber que você é responsável por aquilo que todos dizem ou fazem, simplesmente
porque elas estão em sua experiência.
Se você cria a sua própria realidade, então você criou tudo o que você vê, mesmo as
partes de que você não gosta".

O corretor de imóveis estava sorrindo, acenando com a cabeça.

Eu continuei falando.
"Não importa o que o comprador ou o vendedor fazem, nesta situação", eu disse. "Só
importa o que você faz. O que o Dr. Hew Len faz é simplesmente repetir 'Eu te amo',
'Me desculpe', 'Por favor, me perdoe' e 'Obrigado'. Ele não diz isso às pessoas, ele diz
isso para o Divino. A ideia é limpar a energia compartilhada".

"Eu vou fazer isso", disse o corretor.

"Mas você não faz isso para obter alguma coisa", continuei. "Você faz isso porque é
assim que nós limpamos a energia compartilhada, para que ninguém tenha a que
experimentá-la novamente, nunca. É uma limpeza e você nunca para de fazer isso".
Fiz uma pausa.

O corretor parecia ter compreendido. Seus olhos estavam arregalados e seu sorriso
era enorme.
64

"Se algo surge em sua consciência", eu continuei "então é com você limpar e curar.
Desde que você trouxe essa situação do comprador e vendedor para a minha atenção,
então eu tenho que limpá-la, também. Porque agora ela é parte da minha experiência
de vida. Se eu sou o criador da minha experiência, então isto é algo pelo que eu sou
responsável, também".

Eu deixei tudo isso sobre a pia, enquanto nós continuávamos nosso passeio para olhar
outras casas em Maui.
Poucos dias depois, eu recebi um e-mail do corretor. Ele disse que continuava a usar o
processo do Dr. Hew Len.
É assim que funciona.
É tudo amor.
É contínuo.
E você é totalmente responsável.

Um dia, eu ministrava um seminário com Mindy Hurt, que dirige umaa unidade da Igreja
de Wimberley, Texas. O seminário foi chamado de "O Segredo do Dinheiro".
Mais tarde, durante o mesmo seminário, eu falava a todos sobre o método de limpeza.
do ho'oponopono.

Depois, um senhor se aproximou e disse: "Eu tenho um problema em dizer "Sinto


muito" e "Por favor me perdoe".
Por quê?", eu perguntei. Eu nunca tinha ouvido isso antes. Fiquei curioso.
"Eu não posso imaginar um Deus ou Divindade amorosa que necessita que eu peça
perdão", disse ele. "Eu não acho que o Divino tem que me perdoar por qualquer coisa".

Eu pensei sobre isso e, mais tarde, soube a resposta que eu deveria ter dado a ele:
"Você não está dizendo que essas afirmações devem ser perdoadas pela Divindade;
você as está dizendo para limpar a si mesmo. Você as diz para a Divindade, mas elas
são para limpar você".

Em outras palavras, o Divino já está regando Amor em você. Isso nunca parou.
No estado zero, onde existem zero limites, o mais próximo que podemos descrevê-lo é
como um estado de puro amor. Ele está lá. Mas você não está.

Assim, dizendo, "Eu te amo, Eu sinto muito, Por favor, me perdoe, Obrigado", você está
limpando os programas em você que o estão impedindo de estar no estado puro: o
Amor. Mais uma vez, o Divino não precisa de você para fazer o ho'oponopono; mas
você precisa fazê-lo.

Recentemente recebi um comovente e-mail de uma querida amiga minha. Ela


perguntou:
"O que você diria para alguém que está lendo seu livro, que assistiu O Segredo, que lê
seu blog todos os dias, que dá o melhor de si, mas ainda está quebrada, infeliz e
falhando? Eu continuo tendo problema após problema. Isso nunca acaba.
O que você diria?"

Eu podia sentir sua dor. Afinal, em um determinado momento, eu fui um sem-teto. Lutei
com a pobreza por uma década. Meu sucesso "da noite para o dia" provavelmente
levou 20 anos para ocorrer. Eu sei como é se sentir como você estivesse preso em
areia movediça.
65

O que você diria a essa pessoa?

No passado, eu iria oferecer soluções. Eu diria para que ela lesse The Magic of
Believing, de Claude Bristol. Para assistir o filme O Segredo sete vezes.
Criar um cenário de como você quer que a sua vida seja. Usar seu tempo disponível,
todos os dias, para meditar. Trabalhar sobre as questões de auto-sabotagem.

Mas essa é a abordagem frontal para a mudança. Eu aprendi - e o Dr. Hew Len irá
atestar - que essa abordagem raramente funciona.
Então o que resta?

Como você, eu ou qualquer um poderia ajudar alguém preso na dor?


De acordo com o ho'oponopono, o único caminho é limpando a mim mesmo.
As pessoas que vieram antes de mim, inclusive a pessoa que me escreveu - estão
compartilhando um programa comigo.
Elas o pegaram, como um vírus da mente. Elas não são as culpadas. Elas sentem-se
aprisionadas ou encurraladas.
Eu posso jogar uma corda para elas, mas, mais frequentemente do que não, elas não
irão usá-la, ou então vão usá-la para se enforcar.
Então, o que é que você faz?

Tudo o que eu posso fazer é limpar a mim. Quando eu me limpo, as pessoas ficam
limpas. Quando nós limpamos os programas que compartilhamos, eles se levantam de
toda a humanidade. Isto é tudo o que faço nos dias de hoje.
É o que o Dr. Hew Len primeiro me disse que ele fazia, naquele primeiro telefonema
que demos, há muito tempo: "Tudo que eu faço é limpar, limpar, limpar".

Tudo que eu faço é dizer: "Eu te amo", "Me desculpe", "Por favor, me perdoe", e
"Obrigado." O resto é com a Divindade.
Eu não acho que isso seja cruel, mas a coisa mais sincera que eu posso fazer.
E é o que eu estou fazendo agora mesmo, enquanto eu escrevo estas palavras.

Finalmente, considere este aspecto spiritual:


Desde que a história desta pessoa que me escreveu agora faz parte da sua própria
experiência, isso significa que é com você se curar, também.
Afinal, se você cria a sua própria realidade, então você teve que criar esta situação,
também, pois ela agora faz parte da sua realidade.

Eu sugiro que você use as afirmações "Eu te amo" para curar isso.
À medida que você cura a si mesmo, a pessoa que me escreveu, e todas as outras que
compartilham esse programa, vão ficar melhor.
66

11 - A Escolha É uma Limitação

Podemos apelar para a Divindade, que conhece o nosso modelo pessoal, para a
cura de todos os pensamentos e memórias que estão nos bloqueando neste
momento - Morrnah Simeona

O Dr. Hew Len voou para Austin, Texas, para passar alguns dias comigo em Outubro
de 2006. Quando eu o peguei no aeroporto, nós imediatamente começamos a falar
sobre a vida, Deus, programas, limpeza e muito mais.

Ele perguntou o que eu estava fazendo aqueles dias. Eu contei a ele como estava
animado. "Não é um filme onde um personagem diz: 'Algumas pessoas estão
despertas e vivem em um constante estado de assombro'. Estou bastante próximo a
esse estado", eu disse. "Eu tenho magias e milagres e me sinto ébrio pela vida".

"Conte-me mais", ele insistiu.

Eu contei a ele sobre o meu carro novo, que eu adoro. É um Panoz Esperante GTLM
2005 um carro esporte exótico de luxo. Eles são feitos pela Família Panoz.
Cada um é montado à mão, cada um é assinado pelas pessoas que o constroem e a
cada um é dado um nome. Meu carro chama-se Francine.
Eu sabia que o Dr. Hew Len iria apreciar o amor colocado no carro, e o fato de que ele
é tratado como uma pessoa viva. Para ele, tudo é vivo.

Eu contei a ele sobre ter ido no programa de televisão Larry King Live, como resultado
da minha aparição no filme O Segredo.
Ele queria saber como era Larry King. Eu disse a ele. King era direto, amigável,
inteligente. Eu gostava dele.
Eu então disse ao Dr. Hew Len sobre o sucesso dos meus livros, como O Fator de
Atração e Life’s Missing Instruction Manual.
Depois de alguns minutos, ele podia ver que eu estava simplesmente borbulhando de
energia.

"O que você acha que está diferente agora, desde que você fez o primeiro treinamento
de ho'oponopono?"
Eu pensei por um momento e disse: "Eu parei de controlar tudo. Eu deixei ir. Tudo que
eu faço é limpar, apagar e ter a intenção de chegar a zero".

Ele bateu no meu ombro e sorriu, numa forma a ancorar o momento, reconhecendo
que, o que ele sentia, era o certo para mim.
Começamos a caminhar para o meu carro e, depois de alguns metros, ele parou e
olhou para mim.
"Você deu um salto em sua cminhada", disse ele, quase em reverência. "Você anda
com molas".
"Bem, eu estou feliz em vê-lo", eu disse.

Fomos jantar e eu lhe disse que estava desapontado porque o meu livro sobre P. T.
Barnum, There’s a Customer Born Every Minute, não estava indo bem.
"Joseph, você tem que amá-lo".

Eu queria que o meu livro vendesse, então eu não entendia o que o amor tinha a ver
67

com ele.
"Joseph, se você tivesse três filhos e um deles fosse lento na escola, você diria que
você estava decepcionado com ele?"
"Não", eu respondi. E, de repente, um insight me bateu firme. Meu livro é um filho para
mim, e eu estava dizendo que ele não era tão bom quanto os meus outros filhos.
Eu senti isto a um grau tão real que eu quase comecei a chorar no restaurante.

"Bem, você pegou a ideia Joseph", disse o Dr. Hew Len. "Você deve amar todos os
seus filhos".
Comecei a me sentir terrível por ter alienado o meu "filho" por ele não estar tendo um
bom desempenho na escola da vida. Eu me sentia realmente triste.
Comecei a dizer "Eu te amo", "Me desculpe", "Por favor, me perdoe" e "Obrigado" em
minha mente para o Divino, enquanto mantinha a sensação do livro em meu coração.
Mais tarde, quando cheguei em casa e vi o livro, eu o peguei e segurei sobre meu
coração, abraçando-o, amando-o, pedindo perdão por não apreciá-la apenas por ser.

Mais tarde, levando o Dr. Hew Len para a área da minha residência, em Wimberley,
Texas, ele disse que viu um duende em mim.
"Um o quê?"
"Um duende", repetiu ele.
Já estou acostumado com ele ver coisas que eu não vejo. Ele não chamaria isso de
capacidade psíquica, mas apenas um desdobramento em cada momento.

"O duende tem olhos grandes e orelhas grandes. Ele quer ficar do lado de dentro e não
sair em público".
"Essa é a parte de mim que quer ficar em casa e trabalhar em meu computador e não
interagir com as pessoas".
"Há uma outra parte de você que gosta dos holofotes, no entanto."
"Dois terços de mim querem estar no Larry King e na Oprah e conseguir atenção", eu
confessei, "mas outra parte quer ficar dentro de casa e ser recluso".
"Seu duende irá mantê-lo saudável", explicou o Dr. Hew Len. "As pessoas que não
querem nada além do estrelato vão acabar loucas. As pessoas que não querem nada
além de viver em uma caverna mantém sua luz sob um alqueire. Você tem equilíbrio".

Mais tarde naquele dia, eu disse a Nerissa, meu amor, sobre o meu duende.
"Como se chama a parte de você que gosta de estar no palco?", perguntou ela.
"Eu não sei".
Ela refletiu por um momento e disse: "Eu acho que ela chama Sprite".
"Sprite?"
"Sim, Sprite. Esse nome parece se encaixar".
Eu ri e tive que concordar. No dia seguinte, quando eu disse ao Dr. Hew Len que
Nerissa chamou minha parte extrovertida de Sprite, ele riu alto e adorou.
"Sprite gosta da luz", ele cantarolou.

No dia após o Dr. Hew Len ter chegado, fui de carro me encontrar com ele. Encontrei-o
sentado em uma mesa, com duas mulheres mexicanas aposentadas, que pareciam
estar grudadas em cada palavra sua.
Ele fez um sinal para eu entrar. Eu peguei um pouco de café e fiz menção de me sentar
na cadeira ao lado dele. Ele me deteve e pediu para que eu sentasse na cadeira ao
lado, uma cadeira mais para longe dele, mas em frente às duas senhoras.
"Conte a estas senhoras que você faz", disse ele para mim.
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Eu falei a elas sobre os meus livros, meu aparecimento no filme e como eu tento ajudar
as pessoas a encontrar a felicidade.
"Diga-lhes como você lida com seus problemas", disse ele.
"No passado, eu costumava tentar resolver os problemas, tanto os meus próprios como
os das outras pessoas. Hoje eu os deixo ser, mas eu limpo as memórias que os
causaram. Quando faço isso, eles são resolvidos e eu fico bem enquanto eles são
resolvidos".

"Joseph, você pode lhes dar um exemplo?"


"Minha irmã me frustra", confessei. "Ela sempre viveu no bem-estar, mas teve sua casa
arrombada, teve sua identidade roubada e muito mais.Ela não está feliz e isso me
frustra. Eu tentei ajudar, enviando-lhe dinheiro, livros, filmes e até mesmo o leitor de
DVD para reproduzir os filmes.
Ela não faz qualquer esforço para mudar. Mas agora eu não tento mais mudá-la".

"E o que você faz?", uma das senhoras perguntou.


"Eu trabalho em mim", eu disse. "Agora, eu entendo que a vida que ela tem não é
qualquer coisa que ela esteja fazendo. É um programa, ou memória, que está sendo
rodado e ela foi apanhada em sua teia. É como se ela tivesse pegado um vírus. Não é
falha dela, absolutamente. E porque eu sinto isso, porque eu sinto sua dor, isso
significa que eu partilho do mesmo programa. Eu tenho que limpar. À medida que eu
limpo, o programa irá sair dela, também".
"O que você faz para limpar?"
"Tudo que eu faço é dizer 'Eu te amo', Me desculpe', 'Por favor, me perdoe', e
'Obrigado', muitas e muitas vezes".

O Dr. Hew Len explicou que, na simples frase "Eu te amo", estão três elementos que
podem transformar qualquer coisa. Ele disse que essas coisas são a gratidão, a
reverência e a transmutação.

Eu passei a explicar o que - eu pensava -, acontecia. "As frases que eu digo são como
palavras mágicas que abrem a trava da combinação para o universo. Quando recito as
frases, que emergem como um poema, eu estou me abrindo para que o Divino me
limpe e apague todos os programas que me impedem de estar aqui agora".

O Dr. Hew Len disse que gostou de como eu descrevi o método de limpeza do
ho'oponopono.

"Dizer que alguém 'pegou um vírus' é exato", disse ele. "É um programa que está no
mundo e que nós o pegamos. Quando alguém o tem e você o percebe, então você
também tem esse programa. A ideia é assumir 100% de responsabilidade. Quando
você se limpa, você limpa o programa em todos".

Ele fez uma pausa e acrescentou: "Mas há muitos programas. Eles são como ervas
daninhas em zero. Para chegar ao limite zero, temos mais limpeza a fazer do que você
jamais poderia imaginar".

As senhoras pareciam ter entendido, o que me surpreendeu. Estávamos falando de


conceitos malucos, mas elas pareciam se relacionar bem com eles.
Eu não pude deixar de admirar, mas gostaria de saber se elas simplesmente estavam
em sintonia com a vibração do Dr. Hew Len, muito parecido com um diapasão, que
define um tom para tudo em torno dele que pode sentir sua nota.
69

O Dr. Hew Len e eu fomos dar uma caminhada. Foi um passeio de mais ou menos um
quilômetro, no ar fresco da manhã, em uma poeirenta estrada de cascalho.
Ao longo do caminho, um cervo caminhou próximo a nós. Em um determinado ponto,
nos deparamos com um grupo de cães latindo, suas cabeças em nossa direção, mas
continuamos andando e conversando.
De repente, o Dr. Hew Len acenou com a mão para eles, como que os abençoando, e
disse: "Nós amamos vocês".
Os cães pararam de latir.
"Tudo o que cada um de nós quer é ser amado", ele disse. "Você, eu e até mesmo os
cachorros".
Um pequeno cão, atrás dos outros, deu um leve ganido. Eu não pude deixar de pensar
que ele estava dizendo, "É isso aí" ou talvez "Obrigado". Ou ainda: "Eu também te
amo".

Nossas conversas eram sempre estimulantes. Em um ponto, o Dr. Hew Len mexeu
com minha cabeça, explicando que a nossa única escolha na vida é limpar ou não.
"Você está vindo de uma memória ou inspiração", ele explicou.

Eu respondi: "Eu sempre disse às pessoas que elas têm a escolha de vir da inspiração
ou não. Isso é o livre-arbítrio. O Divino envia uma mensagem e você pode agir sobre
ela ou não. Se fizer isso, tudo está bem. Se você não fizer, você pode ter problemas".

"Sua escolha é limpar ou não", disse ele. "Se você está limpo, então, quando a
inspiração vem, você simplesmente age. Você não pensa sobre isso. Se você pensar
sobre isso, então você está comparando a inspiração com alguma coisa, e ao que você
a está comparando é com uma memória. Limpe a memória e você não tem escolha.
Você só tem a inspiração e você age sobre ela sem pensar. Ela apenas é".

Ufa! Essa percepção realmente me balançou. Eu me senti mal porque eu estava


escrevendo e falando sobre a escolha ser de livre arbítrio; e agora eu aprendo que o
livre arbítrio significa que você ainda está preso a uma memória.
Quando você está no estado zero e há zero limites, você não faz nada além do que
está lá para você fazer. Simples assim.

"É como se nós estivéssemos em uma grande sinfonia", explicou o Dr. Hew Len.
"Cada um de nós tem um instrumento para tocar. Eu tenho um, também. Seus leitores
têm os deles. Nenhum de nós tem os mesmos instrumentos. Para que o concerto
aconteça e todos o apreciem, cada um precisa tocar sua parte e não a de outro.
Nós ficamos em apuros quando não pegamos o nosso instrumento ou achamos que
alguém tem um melhor que o nosso. Isso é memória".

Comecei a ver que um concerto tem ajudantes, promotores e o pessoal da limpeza.


Todos têm um papel.

Eu também refleti sobre as diferentes pessoas que eu conhecia, e que pareciam não
ter noção do seu próprio método de sucesso.
Havia James Caan, o famoso ator de O Poderoso Chefão e da série de TV Las Vegas.
Eu o encontrei várias vezes.
Seu estrelato é tanto um mistério para ele, assim como o é para você ou para mim.
Ele é um ator brilhante, mesmo lendário. Mas tudo o que ele está fazendo é ser ele
mesmo. Ele está desempenhando sua parte no roteiro do universo.
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O mesmo poderia ser dito de mim. Algumas pessoas que me encontram agem como se
eu fosse algum tipo de guru. Se eles me viram no filme O Segredo ou leram algum dos
meus livros, especialmente o Fator de Atração, eles acham que eu estou conectado
numa linha direta com Deus.
A verdade é - eu só estou tocando o meu instrumento no concerto da vida.

Quando você desempenha o seu papel e eu represento o meu, o mundo funciona.


Quando você tenta ser eu ou eu tento ser você é que surgem os problemas.
"Quem estabeleceu todos esses papéis?", eu perguntei ao Dr. Hew Len.
"A Divindade", disse ele. "Zero".
"Quando isso foi criado?"
"Muito antes de que você e eu tivéssemos surgido, até mesmo como uma ameba".
"Isso significa que absolutamente não há livre-arbítrio? Que nós apenas estamos
presos em nossos papéis?"
"Você tem total livre-arbítrio", disse ele. "Você está criando enquanto você respira, mas
para viver em zero você deve deixar ir todas as memórias para estar lá".

Eu tenho que admitir que eu não entendia completamente tudo isso. Mas a parte que
eu percebi foi que é o meu trabalho tocar meu instrumento. Se eu tocar o meu, então
eu sou uma peça do quebra-cabeça da vida que encontrou seu local de encaixe.
Mas se eu tentar me encaixar em outra área do quebra-cabeça, não vou caber lá e
toda a imagem ficará desarmônica.

"Sua mente consciente vai tentar entender tudo", esclareceu o Dr. Hew Len. "Mas sua
mente consciente está ciente de apenas 15 bits de informação, enquanto existem 15
milhões de bits acontecendo o tempo todo. Sua mente consciente não tem ideia do que
está realmente acontecendo".
Isso não era muito reconfortante. Pelo menos não para a minha mente consciente.

Como eu mencionei anteriormente, eu ministrei um seminário chamado "The Secret


of Money". Eu disse a todos no seminário que eles terão dinheiro se eles estiverem
limpos. Se eles estão quebrados, eles não estão limpos.
Eu falei ao Dr. Hew Len sobre isso, e ele concordou.
"As memórias podem manter o dinheiro longe de você", disse ele. "Se você estiver
limpo sobre o dinheiro, você irá tê-lo. O universo irá dá-lo se você vai aceitá-lo. São as
memórias e programas rodando que o mantêm longe de você ou você de vê-lo".
"Como você consegue limpar?"
"Mantenha-se dizendo 'Eu te amo'".
"Você diz isso para o dinheiro?"
"Você pode amar o dinheiro, mas é melhor dizê-lo para o Divino. Quando você está em
zero, você tem limites zero e até mesmo o dinheiro pode vir até você. Mas quando você
está em suas memórias, você vai impedi-lo. Há muitas memórias a respeito do
dinheiro. À medida que você as limpa, elas são limpas para todos".

Fomos até uma delicatessen e pedimos café. O lugar estava tranquilo quando nos
sentamos lá, mas aos poucos as pessoas começaram a chegar e o lugar ficou mais
agitado e barulhento. A energia do lugar cresceu.
"Você percebe isso?", ele me perguntou.
"Há um zumbido no local", eu disse. "As pessoas parecem mais felizes".
"Nós chegamos e trouxemos os nossos eus mais limpos, e o lugar está sentindo isso",
disse ele.
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Ele me contou que fazia nos restaurantes da Europa. O negócio parecia devagar, mas
depois que ele o visitava, os negócios melhoravam.
Ele tentou isso em alguns lugares diferentes, para ver se a mesma coisa acontecia.
Acontecia. Ele então foi ao proprietário de um restaurante e disse: "Se viermos aqui e o
seu negócio melhorar, você nos dá uma refeição grátis?"
O proprietário concordou. O Dr. Hew Len costumava receber refeições gratuitas a partir
de apenas ser ele mesmo.

Notei que ele dava do seu dinheiro livremente. Nós entramos em uma pequena loja.
Ele comprou alguns itens de vidro para os amigos. Então, ele colocou uma nota de
US$ 20 sobre o balcão e disse: "E isto é para você!"
O balconista parecia surpreso e, naturalmente, ele acrescentou: "É apenas dinheiro!"
Mais tarde, em um restaurante, eu dei uma boa gorjeta para a garçonete. Ela olhou,
de boca aberta. "Eu não posso aceitar isso", disse ela. "Sim, você pode," eu respondi.
Ainda mais tarde, eu tive uma ideia para um produto que eu sabia que me daria um
bom dinheiro.
Dr. Hew Len apontou, "O universo o recompensará pela sua generosidade. Você deu,
e então ele lhe dará de volta. Ele deu-lhe aquela inspiração. Se você não tivesse dado,
ele não teria dado".

Ah, e aí estava o verdadeiro segredo do dinheiro.

"Nós, americanos, nos esquecemos do que está escrito bem no nosso dinheiro: 'Nós
Confiamos em Deus'", disse o Dr. Hew Len. "Nós imprimimos os dizeres, mas não
acreditamos nisso".

Em um dado momento, o Dr. Hew Len me perguntou sobre a empresa de nutrição, que
eu tinha fundado com um médico e uma nutricionista. Nós a criamos para comercializar
uma fórmula natural para baixar o colesterol, a que chamamos de Cardio Secret.
O Dr. Hew Len havia me perguntado, algum tempo atrás, sobre o nome do produto,
bem como sobre o nome da empresa. Ele estava curioso para ver até onde nós
chegamos com ela.

"Está em espera agora", eu disse. "Contratei um advogado da FDA para rever o nosso
site e as nossas embalagens, e estamos esperando por ele. Mas, como resultado do
trabalho sobre este produto, eu tive uma ideia para um produto ainda mais excitante,
algo a que eu chamei de Fit-a-Rita".
Expliquei que Fit-a-Rita é uma mistura natural para margarita. Recebi esta ideia
enquanto bebia com os amigos.
Eu estava participando de um concurso de fitness e musculação, na época e, portanto,
tomar uma margarita era uma coisa rara e especial para mim. Enquanto bebia, eu
disse: "O que nós precisamos é de uma margarita para fisiculturistas".
Logo que eu disse isso, eu sabia que era uma boa ideia.

"Bom para você, Joseph", disse o Dr. Hew Len. "Você não estava ligado ao primeiro
produto e queria que as coisas seguissem seu caminho, então, o Divino deu-lhe uma
nova ideia para ganhar dinheiro.
Muitas pessoas se bloqueiam numa ideia e tentam forçá-la para atender suas
expectativas, e o que elas estão fazendo é bloquear a própria riqueza que querem
receber. Bom para você, Joseph, bom para você".
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Ele está certo, é claro. Enquanto eu ficar aberto às ideias do Divino, elas continuam
vindo. Além do produto Fit-a-Rita, eu também recebi uma ideia para "redinhas de
limpeza". São esteiras sobre as quais você coloca sua comida para limpá-la - e a você
também - antes de jantar.
Mas não parou por aí. Dr. Hew Len recebeu uma ideia, também. "Eu nunca vi um site
que limpe as pessoas enquanto elas se sentam e navegam por ele", ele me disse.
"Vamos fazer um web site para o nosso livro dessa maneira. Quando as pessoas o
acessarem, elas vão ser limpas por aquilo que nós infundirmos no site".
Nós fizemos exatamente isso, também. Veja em www.zerolimits.info.

Não há fim para a quantidade de ideias e dinheiro que você pode receber, uma vez que
você deixe ir suas necessidades e permita que tudo chegue até você.
A chave, como sempre, é simplesmente se manter limpando, limpando e limpando.

"O que os terapeutas fazem quando eles vêm seus clientes?", perguntei, querendo
sondar métodos específicos para ajudar as pessoas a se curar.
"Eles apenas os amam", o Dr. Hew Len respondeu.
"Mas, e se alguém chegar até você porque estava traumatizado a tal ponto que isto
está acima dele?", perguntei, querendo levar o Dr. Hew Len às cordas e forçá-lo a
espremer algum método que eu poderia usar.
"Tudo o que todos querem é ser amados", disse ele. "Não é isso que você quer? Não
importa o que você diga ou faça, desde que você ame a pessoa".
"Então, eu poderia ser um terapeuta junguiano, freudiano, reichiano ou qualquer outra
coisa?"
"Não importa", ele frisou. "O que importa é que você ame a pessoa, porque ela é uma
parte de você, e o seu amor vai ajudar a apagar e limpar o programa ativado em sua
vida".
Eu não estava contente com essa resposta, embora eu pudesse ver seu ponto.

"Mas, e se alguém estiver comprovadamente louco?"

"Eu tive uma mulher que veio a mim e que era considerada esquizofrênica", ele
começou. "Eu pedi que ela me contasse sua história. Você tem que entender que,
qualquer coisa que ela ou que alguém me diz não é o problema real. Sua história é a
sua interpretação consciente dos acontecimentos. O que realmente está acontecendo
está fora da sua percepção. Mas ouvir a história é o ponto de partida".

"O que ela disse?"


"Ela me contou sua história e eu a ouvi. Eu só ficava repetindo 'Eu te amo' em minha
mente, para o Divino, confiando que tudo o que precisava ser limpo seria limpo. Em um
determinado ponto, ela me disse seu nome completo, que era um desses nomes com
hífen".
"Como Vitale-Oden ou algo assim?"

"Exatamente. Eu sabia que isso era parte do problema. Quando alguém tem um nome
dividido, isso cria uma personalidade dividida. Ela precisava possuir seu nome de
nascimento".
"Você pediu que ela mudasse legalmente seu próprio nome?"
"Ela não teve que ir tão longe", ele explicou. "Ao dizer a si mesma que seu nome tinha
apenas uma palavra, ela começou a relaxar e a se sentir inteira de novo".
"Mas foi a mudança de nome ou você dizendo 'Eu te amo' que fez a diferença para
ela?"
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"Quem sabe?"

"Mas eu quero saber", eu disse. "Eu comecei um programa chamado Miracles


Coaching. Eu quero ter certeza se os meus treinadores dizem e fazem a coisa certa,
para que eles realmente possam ajudar as pessoas".

Ele passou a me explicar que os terapeutas pensam que eles estão aqui para ajudar as
pessoas ou salvar as pessoas. Mas, na realidade, o seu trabalho é curar a si mesmos
do programa que eles vêm em seus pacientes. Quando essas memórias são
canceladas no terapeuta, elas também são canceladas no paciente.

"Não importa o que você ou seus treinadores digam ou façam, desde que eles se
mantenham amando a pessoa que está com eles", ele explicou novamente.
"Lembre-se, a pessoa que você vê é o espelho de você. O que ela experimenta é
compartilhado por você. Limpe o programa compartilhado e ambos ficarão bem".
"Mas como?"
"Eu amo você", ele disse.

Eu estava começando a sentir um tema recorrente aqui.

Eu tenho tentado descobrir como o mundo funciona desde que eu tinha idade
suficiente para ler livros infantis e depois gibis. "Superman" e "The Flash" eram muito
fáceis de entender. Hoje, eu tenho que lidar com ciência, religião, psicologia e filosofia,
assim como com meus próprios devaneios mentais.

Justamente quando eu acho que tenho uma das mãos sobre as coisas, surge um outro
livro para perturbar minha visão de mundo. Desta vez, eu estava lendo A Consciência
Fala, de Balsekar, quando comecei a ficar com dor de cabeça.
Se eu tivesse que resumir sua mensagem, nas palavras de um homem confuso por ler
esse livro, eu diria que nada do que fazemos vem do livre-arbítrio.
Está tudo sendo solicitado através de nós. Nós apenas pensamos que somos atores
conscientes. Estamos errados. Esse é o nosso ego falando. Em alguns aspectos,
somos fantoches, com o Divino, como a energia em nós, puxando nossas cordinhas.

Agora imagine o seguinte:


Eu sou o cara que escreveu O Fator de Atração, um livro que explica um processo de
cinco etapas para ter, fazer ou ser qualquer coisa que você desejar.
Eu e outros usamos este método para atrair tudo, da riqueza aos carros, de cônjuges à
saúde, de empregos a... bem, a qualquer coisa.
É tudo uma questão de declarar sua intenção e, então, agir sobre o que surgir em seu
caminho ou borbulhar de algo para torná-lo manifesto.
Em suma, você é o marionetista e o mundo é o seu fantoche.

Então, como posso encaixar essas duas filosofias, aparentemente conflitantes, em


minha cabeça sem ficar maluco?

Eu acho que funciona assim:


Em primeiro lugar, nós estamos vivendo em um mundo orientado pela crença. Tudo em
que você acredita, essa crença vai funcionar. Ele vai conduzi-lo ao longo do seu dia, de
qualquer forma. Ela vai enquadrar suas experiências em percepções que fazem sentido
para você.
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E, quando algo surge em seu caminho que não parece corresponder ao seu sistema de
crença/visão de mundo, você vai encontrar uma maneira de racionalizá-lo e forçá-lo a
se encaixar. Ou então você toma um Valium.

Em segundo lugar, eu não posso evitar de perguntar se ambas as filosofias estão


corretas: Nós somos o fantoche e o bonequeiro. Mas isso só funciona quando saímos
do nosso próprio caminho. É a nossa mente que nos impulsiona a beber demais, comer
demais, nos divertir, roubar, mentir e até mesmo passar muito tempo nos preocupando
sobre como o mundo funciona.

Nossas mentes ficam no caminho do fluxo natural das coisas. Nossas mentes sabem
que estão condenadas e não podem suportar essa ideia, então elas constroem vícios
que as façam se sentir bem para ajudá-las a sobreviver.
Na realidade (seja lá o que isso for), sua mente é uma interferência que o faz
experimentar a felicidade deste momento.
Se isto for assim, então todas as técnicas de limpeza - sobre as quais eu falo no
terceiro passo de O Fator de Atração - estão aí para ajudá-lo a tirar a interferência fora
do plano do Divino.
Por exemplo, quando você usa um método como a Emotional Freedom Technique
(EFT) - uma abordagem onde você faz tapping sobre os seus problemas - você
dissolve os problemas que o incomodam.
Mas então, o que acontece? Então você assume uma ação positiva.

Bem, mas você não estava indo assumir essa ação positiva, de qualquer maneira?
Não é por isso que você sabia que havia um problema, para começar?
Em outras palavras, o empurrão para agir foi enviado a você pelo Divino, e a sua
ansiedade sobre isso foi a interferência.
Tire a interferência e você volta a ser uno com o Divino, o que significa que você é,
novamente, o fantoche e o marionetista.

Então deixe-me tentar resumir o que, pelo menos, faz sentido para mim hoje:

Você veio a este mundo com um dom, um presente, dentro si mesmo. Você já pode
conhecê-lo agora ou não. Você pode nem mesmo saber disso agora.
Em algum momento, você vai senti-lo dentro de você.
Agora, sua mente vai julgá-lo. Se a sua mente o julga como ruim, você vai procurar
uma terapia, métodos, drogas ou vícios para lidar com isso, para escondê-lo, resolvê-
lo, libertá-lo ou aceitá-lo.
Mas, uma vez que você tenha removido essa interferência que o está impedindo de
agir em seu dom, em seu presente, você vai agir sobre esse dom.
Resumindo, você vai ser o fantoche do Divino, mas você vai ser o marionetista de sua
própria vida.
Sua escolha é ir com o fluxo, ou não.

Isso é o livre-arbítrio. Alguns chamam isso de "arbítrio não livre" porque a sua
verdadeira decisão é atuar ou não sobre o impulso.
Até mesmo o grande showman e homem de marketing P. T. Barnum, sobre quem eu
escrevi em meu livro There’s a Customer Born Every Minute, sabia disso. Ele entrou
em ação. Ele fez as coisas em grande escala. Mas ele sempre estava obedecendo a
uma ordem superior. Em sua lápide está escrito: "Não a minha vontade, mas a tua seja
feita".
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Ele agia em suas ideias sem a interferência da sua mente, e ele permitia que os
resultados fossem o que fossem, confiando que tudo era parte do quadro maior do
universo. Ele era capaz de deixar ir, enquanto tomava suas ações.
E esse é o passo cinco do meu livro, O Fator de Atração.
Hoje à noite eu terei o mundo descoberto. (Eu acho).
Amanhã eu não tenho tanta certeza.
Anseio por histórias em quadrinhos novamente.

"Todo mundo tem um dom", me disse o Dr. Hew Len, em um dos nossos passeios.
"E sobre Tiger Woods?", perguntei, sabendo a resposta, mas querendo levar a uma
questão mais profunda.
"Ele está representando seu papel na peça Divina".
"Mas o que acontece quando ele começa a ensinar outras pessoas a jogar golfe?"
"Ele nunca vai ter sucesso", disse o Dr. Hew Len. "Seu papel é jogar golfe, não ensinar
golfe. Esse é o papel de outra pessoa. Cada um de nós tem a nossa parte".
"Mesmo um faxineiro?"
"Sim! Há faxineiros e coletores de lixo que amam seu trabalho", disse ele. "Você não
acha isso porque você está imaginando representar seus papéis. Mas eles não podem
desempenhar o seu papel, também".

Lembrei-me de repente uma regra de um velho curso de autoaperfeiçoamento: "Se


Deus lhe disse o que fazer, você tem que fazê-lo e ser feliz. Bem, o que você está
fazendo é o que Deus quer que você faça".

O ponto é não resistir ao seu papel. Eu bem poderia ser um compositor, como Michelle
Malone, um ator como James Caan, um fisiculturista como Frank Zane ou um escritor
como Jack London.
Eu poderia até ficar muito bom em escrever canções, atuar ou escrever romances. Mas
o meu papel é ser inspirador. Eu escrevo livros para despertar as pessoas, ou, para ser
mais exato, para me despertar.

Enquanto eu me desperto, eu desperto você.


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12 - Charutos, Hambúrgueres e Matando o Divino

A limpeza ajuda a reduzir a hipoteca de sua alma - Dr. Ihaleakala Hew Len

Um dia, o Dr. Hew Len queria comer alguma coisa. Era uma segunda-feira a tarde.
Estávamos em minha pequena cidade, onde todo mundo fica ocupado em entreter
turistas durante o fim de semana e muitas vezes fecha na segunda para descansar.

Havia somente um lugar aberto em que eu consegui pensar, uma hamburgueria


chamada Burger Barn. Eu não queria nem mencionar o lugar, pois eu imaginava que o
Dr. Hew Len não gostaria de alimentos não saudáveis.
Além disso, com a minha mudança de estilo de vida e novos hábitos alimentares, eu
não ousava nem mesmo dirigir perto de algum fast-food.
Mas eu falei do local ao Dr. Hew Len, de qualquer maneira.

"Um hambúrguer cairia muito bem!", disse ele, obviamente animado.


"Você tem certeza?", eu perguntei.
"Sim! Eu adoro um bom hambúrguer".

Nós nos dirigimos para o local e estacionamos. Entramos e sentamos. O menu


não tinha lá muita escolha de natureza saudável.
"Eu vou querer um duplo de carne e um duplo cheeseburger em pão branco", pediu o
Dr. Hew Len.

Eu estava atordoado. Essa era uma típica "comida de ataque cardíaco", na minha
opinião. Carne? Queijo? E pão branco? Eu não podia acreditar.
Eu também não podia acreditar que eu pedi a mesma coisa. Eu pensei que, se aquilo
era bom o suficiente para o xamã, deveria ser bom o suficiente para mim.
"Você não fica preocupado com queijo, carne e pão?", perguntei a ele.
"Nem um pouco", disse ele. "Eu como um chili dog todo dia no café da manhã. Eu amo
essas coisas".
"Você ama?"
"Não é a comida que é perigosa", ele explicou. "É o que você pensa sobre a comida".

Eu já tinha ouvido esse comentário antes, mas eu nunca acreditei nele. Imaginei que o
sólido superava o pensamento. Mas talvez eu estivesse errado.
Ele passou a explicar: "Antes de eu comer, qualquer coisa que seja, na minha mente
eu digo para a comida, 'Eu te amo! Eu te amo! Se eu estou trazendo alguma coisa para
esta situação que me faça sentir mal enquanto estou comendo, não é você! Nem
mesmo eu! É algo que o provoca e pelo qual estou disposto a ser responsável!' Eu,
então vou em frente e desfruto da refeição, porque agora ela está limpa".

Mais uma vez, seus insights me espantaram, e me despertaram. Eu passei tanto tempo
lendo sobre questões de saúde e alertas sobre alimentos que acabei ficando tão
paranoico que não conseguia desfrutar de um simples hambúrguer. Eu decidi limpar
isto. Quando a comida chegou, nós a comemos com gosto.

"Este hambúrguer é o melhor que eu já comi", ele anunciou. O Dr. Hew Len ficou tão
impressionado que entrou e pediu para falar com o cozinheiro, e, em seguida, o
agradeceu.
O cozinheiro não estava acostumado com as pessoas reconhecendo seus
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hambúrgueres fritos. Ele não sabia o que dizer. E nem eu.

Quando fiz com o Dr. Hew Len um passeio pela minha casa, incluindo minha
academia, eu prendi a respiração. Eu guardo charutos na academia.
Parece irônico malhar de manhã e fumar à noite, mas lá vamos nós; essa é a minha
vida. Mas eu me preocupava com o que o Dr. Hew Len poderia dizer sobre eu fumar.

Mostrei-lhe meus vários tipos de equipamentos, fotos de fisiculturistas famosos nas


paredes e os certificados que recebi nos concursos de fitness em que eu participei.
Eu tentei mantê-lo afastado dos charutos, sentado em um banco. Mas ele os notou.
"O que é isso?", ele perguntou.
"Charutos", eu disse com um suspiro.
"Você fuma enquanto malha?"
"Não, não, mas eu o faço à noite", eu expliquei. "É o meu momento de meditação. Eu
sento no deck, fumo e sinto gratidão por minha vida".

Ele ficou em silêncio, por um momento. Eu fiquei esperando que ele recitasse todas
as estatísticas, mostrando por que fumar é ruim para você.
Finalmente, ele falou.
"Eu acho que é bonito".
"Você acha?", perguntei.
"Eu acho que você deveria fumar um charuto com seu carro Panoz".
"O que você quer dizer? Tirar uma foto minha na frente de Francine, com um charuto
na mão?"
"Talvez, mas eu estava pensando que você poderia fumar enquanto o está polindo ou
tirando o pó".

"Eu pensei que você iria me ridicularizar por fumar", eu finalmente disse. "Uma pessoa
leu meu blog, viu que eu mencionava charutos e me escreveu que eu estava colocando
toxinas em meu corpo e prejudicando a mim mesmo".
"Eu acho que essa pessoa nunca ouviu falar do costume dos índios americanos, de
passar o cachimbo da paz", disse ele, "ou como o fumo, em muitas tribos, é um rito de
passagem e uma maneira de se relacionar, compartilhar e ser uma família".

Eu estava, mais uma vez, aprendendo que a chave para o Dr. Hew Len é amar todas
as coisas. Quando você o faz, isso muda as coisas. Fumar é ruim quando você acha
que é ruim; os hambúrgueres são ruins quando você acha que eles são ruins.
Como em tudo, nas antigas tradições havaianas, tudo começa com o pensamento, e o
grande curador é o amor.
Eu estava finalmente começando a compreendê-lo, e como é importante chegar ao
estado de zero limites.

Mas nem todo mundo achava o mesmo que eu.


Uma noite, eu participei de um seminário online e contei a todos sobre as minhas
experiências com o Dr. Hew Len, a maioria das quais eu já lhe mostrei aqui.
Eles ouviram atentamente. Fizeram perguntas. As pessoas pareciam entender o que
eu estava explicando.
Mas, para minha surpresa, no final, eles retomaram à sua forma normal de pensar.
Enquanto todos concordaram que precisamos assumir 100% de responsabilidade por
nossas vidas, eles estavam novamente falando sobre outras pessoas.

Enquanto todos concordaram que o método de limpeza que o Dr. Hew Len havia me
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ensinado era poderoso, eles novamente voltaram aos seus velhos hábitos.
Uma pessoa disse: "Eu não quero dizer 'Me desculpe', porque o que quer que eu diga
depois de "Eu sou" é o que eu vou me tornar".

Eu queria dizer: "Bem, nós podemos limpar isso", sabendo que a sua afirmação era
apenas uma crença. Mas eu simplesmente disse: "O Dr. Hew Len diz para você fazer
o que funciona para você".

Eu admito, a princípio, que achei isto frustrante. Mas então, eu percebi que eu tinha
que limpar isso, também. Afinal, se eu assumo 100% de responsabilidade pelo que eu
experimento, eu também estou experimentando. E, se a única ferramenta com que
limpar é "Eu te amo", então eu preciso limpar o que eu vejo nos outros, pois o que eu
vejo nos outros está em mim.

Esta pode ser a parte mais difícil de entender do ho'oponopono. Não há nada lá fora.
Tudo está em você. Tudo o que você experimenta, você experimenta dentro de si
mesmo.
Uma pessoa me desafiou sobre esta questão, me perguntando: "E sobre as 50 milhões
de pessoas que votaram para o presidente de quem eu não gosto? É evidente que eu
não tinha nada a ver com suas ações!"
"Onde você experimenta essas 50 milhões de pessoas?", eu perguntei.
"O que você quer dizer com onde eu as experimento?", ele respondeu. "Eu li sobre
elas, eu as vejo na televisão e é um fato que elas votaram nele".
"Sim, mas onde é que você experimenta todas essas informações?"
"Na minha cabeça, como notícias".
"Dentro de você, certo?", perguntei.
"Bem, eu processo a informação dentro de mim, sim, mas elas estão fora de mim. Eu
não tenho 50 milhões de pessoas dentro de mim".
"Na verdade, você tem", eu disse. "Você as experimenta em você, então, elas não
existem, a menos que você olhe para dentro de si mesmo".
"Mas eu posso olhar para fora e vê-las".
"Você as vê dentro de si mesmo", eu disse. "Tudo o que você processa está dentro de
você. Se você não processa algo, esse algo não existe".
"Isso é como se, quando uma árvore cai em uma floresta e ninguém estiver lá, ela não
faz nenhum som?"
"Exatamente".
"Isso é loucura".
"Exatamente", eu disse. "Mas é o caminho de casa".

Eu, então, decidi testá-lo ainda mais. Eu perguntei: "Você pode me dizer qual será o
seu próximo pensamento?"
Ele ficou quieto por um momento. Ele queria deixar escapar uma resposta, mas
percebeu que não podia.
"Ninguém pode prever seu próximo pensamento", eu expliquei. "Você pode verbalizá-
lo, uma vez que ele ocorra a você, mas o pensamento, por si mesmo, surge a partir do
seu inconsciente. Você não tem controle sobre ele. A única escolha que você tem é,
assim que o pensamento aparece, agir sobre ele ou não".
"Eu não entendi".
"Você pode fazer uma série de coisas quando o pensamento surgir, mas ele está
sendo gerado no seu inconsciente", eu expliquei. "A fim de limpar seu inconsciente, de
modo a obter melhores pensamentos, você tem que fazer algo mais".
"Tal como?"
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"Bem, eu estou escrevendo todo um livro sobre isso", eu respondi, me referindo a este
livro que você está lendo.
"E o que isso tem a ver com os 50 milhões de pessoas lá fora?"
"Elas não estão mais lá fora do que estão seus próprios pensamentos", eu disse.
"Está tudo dentro de você. Tudo o que você pode fazer é limpar, a fim de esvaziar o
armazém de programas em sua mente. À medida que você limpa, os pensamentos que
surgem se tornam mais positivos, produtivos e até mesmo amorosos".
"Eu ainda acho que tudo isso é coisa de maluco", disse ele.
"Bem, eu vou limpar isso", eu respondi.

O mais provável é que ele nunca conseguiu. Mas, se eu desejo chegar ao limite zero,
eu tenho que assumir a responsabilidade total por ele não conseguir.
Sua memória é minha memória. Seu programa é o meu programa. O simples fato de
que ele expressou isso para mim, significa que eu o compartilho com ele.
Então, à medida que me limpo disso, ele também ficará limpo.

Enquanto eu estou escrevendo isso, eu estou dizendo "Eu te amo" em meus


pensamentos, por trás das palavras, por trás da digitação, por trás do computador, por
trás da cena.

Ao dizer "Eu te amo" enquanto trabalho, escrevo, leio, brinco, converso ou penso, é a
minha tentativa de fazer a limpeza sem parar, apagando e esvaziando tudo e qualquer
coisa entre mim e zero.

Você pode sentir o Amor?

Certa manhã, o Dr. Hew Len disse que viu um logotipo para mim, contendo um trevo de
quatro folhas. "A quarta é dourada, como uma língua", disse ele.
Ele passou vários minutos descrevendo o que estava vendo em sua mente, ou no ar.
Eu não tenho certeza de onde ele estava recebendo a sua impressão. E nem ele.
"Você precisa encontrar um artista para desenhar o logotipo para você", disse ele.

Depois, fomos dar um passeio pela cidade. Almoçamos e depois visitamos algumas
lojas. A primeira loja vendia objetos de vidro e vitrais. Ambos ficamos impressionados.
Enquanto admirávamos a obra da lojista, ela disse: "Se você precisar de um logotipo
ou de um esboço, nós podemos fazê-lo para você".

O Dr. Hew Len sorriu e inclinou-se em minha direção, enquanto eu também sorri e
inclinei-me na sua.
Vindo do zero, significava que a sincronicidade tinha acontecido.

Enquanto eu estava escrevendo esta seção do livro, eu tive que parar para ser
entrevistado por outro filme. Este é como O Segredo, mas focado em ser saudável com
seus pensamentos.
Comecei a entrevista dizendo que os pensamentos não eram tão importantes como
nenhum pensamento.
Tentei explicar o estado de ser do limite zero, onde você permite que o Divino cure
você, e não que você cura a si mesmo. Eu não sabia por que eu estava dizendo tudo
aquilo. Uma parte de mim questionava a minha sanidade. Mas eu fui com o fluxo.
Depois que a câmera foi desligada, a mulher observando tudo quase deixou escapar
que ela curava as pessoas, entrando no estado zero.
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Acontece que ela era uma médica, mas que agora cura animais entrando no estado de
não-pensamento, no limite zero de ser, enquanto na presença de animais doentes.
Ela me mostrou fotos de cães com catarata, e então as fotos de depois do tratamento,
onde eles estão completamente curados.
Mais uma vez, o Divino estava provando que o Divino tem todo o poder, não eu.
Eu posso apenas limpar, de maneira que eu possa ouvi-lo e obedecê-lo.

Ontem à noite eu passei uma hora e meia no telefone, com um autor best-seller e guru
da autoajuda. Eu tenho sido fã dele há anos. Eu amo todos os seus livros.
Eu sou fanático pela sua mensagem. Desde que ele também gosta do meu trabalho,
nós finalmente entramos em contato e nos falamos.
Mas eu fiquei atordoado com o que nós falamos.

Este especialista em crescimento pessoal narrou uma horripilante história verdadeira


do seu último par de anos. Ele havia sido vitimado e abusado por alguém que ele
amava. Enquanto escutava, eu me perguntava como ele poderia dizer que era uma
vítima, quando sua mensagem publicada era sobre assumir responsabilidade por sua
própria vida.

Comecei a perceber que quase todo mundo - até mesmo os especialistas em


autoajuda que tentam nos ensinar a como viver - inclusive eu - não têm a menor ideia
do que estão fazendo.
Ainda está faltando a eles uma peça do quebra-cabeça. Eles chegam a um ponto em
que acham que, o que funcionou no passado para eles, vai funcionar em todos os
momentos do futuro, e para todas as outras pessoas.
Mas a vida não é assim. Somos todos diferentes e a vida está sempre mudando.
Justamente quando você pensa que descobriu, junto vem um novo empurrão e sua
vida parece fugir do controle, mais uma vez.

O trabalho do Dr.Hew Len nos ensina a relaxar e confiar no Divino, enquanto limpamos
constantemente todos os pensamentos e experiências que surgem em nosso caminho
de ouvir o Divino. Através deste trabalho contínuo, nós podemos limpar as ervas
daninhas dos programas, de maneira que possamos melhor lidar com a vida, com
graça e facilidade.

Enquanto ouvia o autor de autoajuda narrar sua jornada de infortúnios, eu continuava


dizendo em silêncio "Eu te amo", em da minha mente, para o Divino.
Quando terminou de falar, ele parecia mais leve e mais feliz.

Como o Dr. Hew Len continua sempre lembrando, a mim e a todos os outros, "O Divino
não é um mordomo. Você não pede as coisas; você apenas limpa".

Eu adorava passar meu tempo com o Dr. Hew Len. Ele nunca parecia se importar com
as minhas perguntas. Um dia, eu lhe perguntei se havia algum método avançado para
a limpeza.
Afinal, ele tem feito ho'oponopono há mais de 25 anos. Certamente ele criou ou
recebeu alguns outros métodos além de "Eu te amo" para limpar memórias.
"O que você faz, nos dias de hoje, para limpar?", perguntei.

Ele riu e disse: "Mato o Divino".


Eu fiquei atordoado.
"Mata o Divino?", eu repeti, imaginando o que ele quis dizer.
81

"Eu sei que mesmo a inspiração é um passo distante do estado zero", ele explicou. "Me
disseram que eu tenho que matar o Divino para estar em casa".
"Mas como você mata o Divino?"
"Continuo limpando", disse ele.

Sempre, sempre e sempre nós continuávamos voltando a um refrão singular que


curava todas e quaisquer feridas: "Eu te amo, eu sinto muito, por favor, me perdoe,
obrigado".

Quando eu estive em Varsóvia, na Polônia, no final de 2006, eu decidi introduzir a ideia


do limite zero e do estado zero ao meu público. Eu já estava lá falando durante dois
dias, sobre o marketing hipnótico e sobre meu livro, O Fator de Atração.
Eu achei aquele povo amoroso e receptivo a novas ideias e ansioso para aprender.
Então, eu lhes ensinei o que eu tenho compartilhado aqui com você: que você é
responsável por tudo em sua vida e que o caminho para curar tudo é com um simples
"Eu te amo".

Embora o público precisasse de um tradutor para a minha apresentação, ele pareceu


absorver cada palavra minha. Mas uma pessoa me fez uma pergunta interessante:

"As pessoas, aqui na Polônia, passam o dia todo orando a Deus e indo à igreja; ainda
assim tivemos guerra, nossa cidade foi bombardeada por Hitler, vivemos sob lei marcial
durante anos e temos sofrido muito.
Por que essas orações não funcionaram e o que há de diferente com esta havaiana?"
Fiz uma pausa para considerar a resposta certa, desejando que o Dr. Hew Len
estivesse aqui para me ajudar. No momento, eu dei a seguinte resposta:

"As pessoas não obtém o que elas dizem, mas o que elas sentem. A maioria das
pessoas que reza não acredita que será ouvida ou que será ajudada. A maioria das
pessoas ora a partir de um lugar de desespero, o que significa que irá atrair mais do
que está sentindo: mais desespero".

Meu questionador pareceu compreender e aceitar a minha resposta. Ele assentiu com
a cabeça. Mas, quando voltei para os Estados Unidos, eu escrevi ao Dr. Hew Len e
perguntei o que ele teria respondido. Ele escreveu de volta o seguinte e-mail:

"Ao Akua:
Obrigado pela oportunidade de limpar o que está acontecendo em mim que eu
experimento como sua pergunta.
Uma norte-americana estava no seminário que eu ministrei em Valência, na Espanha,
dois anos atrás.
"Meu neto estava doente com câncer", ela me disse, em um dos intervalos. "Eu orei por
ele, pedindo que ele não morresse, mas ele morreu de qualquer maneira. Por quê?"
"Você rezou para a pessoa errada", disse eu. "Seria melhor ter rezado para si mesma,
pedir perdão por tudo o que estava acontecendo em você que você experimentava
como seu neto doente".
As pessoas não vêm a si mesmas como a fonte das suas experiências.
Raramente as orações são direcionadas para o que está acontecendo com aquele que
pede.

Paz de Mim,
Ihaleakala"
82

Eu amei sua resposta totalmente honesta. Mais uma vez, seu tema é que nada está
fora de nós. Quando a maioria das pessoas ora, age como se não tivesse poder ou
responsabilidade.
Mas, no ho'oponopono, você é totalmente responsável. A "oração" é pedir perdão por
tudo o que está em você que causou a circunstância exterior.
A oração é uma reconexão com o Divino. O resto é confiar no Divino para curar você.
Enquanto você se cura, assim acontece com o exterior.
Tudo, sem exceção, está dentro de você.

Larry Dossey disse muito bem em seu livro, Healing Words: "Precisamos nos lembrar
nessas horas que a oração, em sua função como ponte para o Absoluto, não tem
nenhuma taxa de falha. Ela funciona de 100% das vezes - a não ser que nós
impedimos essa concretização, permanecendo indiferentes a ela".

Uma coisa que me incomodava sobre o meu trabalho com o Dr. Hew Len. Enquanto eu
me mantinha crescendo e tendo insights, por outro lado eu temia que todos os meus
livros anteriores estavam errados e induzindo as pessoas ao erro.
Em Fator de Atração, por exemplo, eu louvo o poder da intenção. Agora, anos depois
de escrever esse livro, eu sabia que a intenção é jogo de um tolo, um brinquedo do
ego, e que a verdadeira fonte do poder é a inspiração.

Eu agora sabia, também, que concordar com a vida - e não controlar a vida - é o
grande segredo da felicidade. Muitas pessoas, eu inclusive, estavam visualizando e
afirmando, de modo a manipular o mundo. Eu agora sabia que isso não é necessário.
Você está melhor quando segue com o fluxo, enquanto limpa constantemente tudo o
que vem à tona.

Comecei a me sentir como Neville Goddard deve ter se sentido. Neville é um dos meus
escritores místicos favoritos. Seus primeiros livros falavam sobre a criação da sua
própria realidade, transformando o "sentimento em fato".
Ele chamou isso de "A Lei" em livros como The Law and the Promise. "A Lei" se referia
à sua capacidade de influenciar o mundo com o sentimento. "A Promessa" se referia a
render-se à vontade de Deus.

Neville começou sua carreira ensinando às pessoas como conseguir o que elas
queriam com o que ele chamou de "imaginação desperta". Uma curta descrição dessa
frase se refere à frase favorita de Neville "a imaginação cria a realidade".
Seu primeiro livro foi intitulado At Your Command, que eu mais tarde atualizei. Nele, ele
explicou que o mundo está de fato "sob seu comando".
Ou seja, diga a Deus, ou ao Divino, o que você quer e isso lhe vai ser entregue.

Mas, nos últimos anos de Neville, depois de 1959, ele havia despertado a um poder
maior: o de relaxar e deixar o Divino operar através de você.

A coisa toda é: ele não conseguia fazer um recall dos seus livros anteriores, como um
fabricante de automóveis pode fazer para reparar um carro com defeito.
Eu não tenho ideia se isso o perturbou ou não. Eu estou supondo que não.
Ele os deixou no mundo, porque sentiu que a "A Lei" era útil para ajudar as pessoas a
passar pelos solavancos da vida.

Mas eu queria fazer um recall dos meus livros. Eu sentia que eles estavam iludindo as
pessoas.
83

Eu falei ao Dr. Hew Len que eu sentia como se estivesse prestando um desserviço ao
mundo.

"Seus livros são como degraus", me explicou o Dr. Hew Len.


"As pessoas estão em várias etapas, ao longo dos seus caminhos. Seus livros falam a
elas onde elas estão. À medida que as pessoas usam esse livro para crescer, elas
tornam-se prontas para o próximo. Você não precisa 'refazer' seus livros,
absolutamente. Todos eles são perfeitos".

Enquanto eu pensava em meus livros, em Neville, no Dr. Hew Len e em todos os meus
leitores passados, presentes e futuros, tudo o que eu podia dizer era: "Sinto muito, por
favor me perdoe, obrigado, eu te amo"

E limpar. Limpar. Limpar.


84

13 - A Verdade Por Trás da História

Não é sua culpa, mas é sua responsabilidade - Dr. Joe Vitale

Eu não tinha terminado com o Dr. Hew Len. Eu ainda não tinha a história completa
sobre o seu trabalho no hospital psiquiátrico.
"Você nunca viu os pacientes?", eu lhe perguntei novamente, um dia. "Nunca?"
"Eu os via no corredor, mas nunca como pacientes em minha sala", disse ele. "Uma
vez, eu vi um deles e ele me disse, 'Eu poderia matá-lo, você sabe'. Eu respondi, 'Eu
aposto que você poderia fazer um bom trabalho também'".

O Dr. Hew Len começou dizendo: "Quando comecei no hospital estadual, trabalhando
com criminosos doentes mentais, nós tínhamos três ou quatro grandes ataques entre
os próprios pacientes a cada dia. Havia talvez 30 pacientes naquela época. As pessoas
eram algemadas, colocadas em isolamento ou ficavam restritas à enfermaria.
Os médicos e enfermeiros caminhavam pelos corredores com as costas contra as
paredes, com medo de ser atacados. Depois de apenas alguns meses de limpeza, nós
vimos uma mudança completa para melhor: as algemas não eram mais necessárias,
assim como o isolamento, e as pessoas foram autorizadas a sair e fazer coisas como
trabalhar e praticar esportes".

Mas o que ele fez, exatamente, para começar essa transformação?


"Eu tive que assumir completa responsabilidade, dentro de mim mesmo, para a
concretização dos problemas fora de mim", disse ele. "Eu tive que limpar meus próprios
pensamentos tóxicos e substituí-los pelo amor. Não havia nada errado com os
pacientes. Os erros estavam em mim".

Como o Dr. Hew Len explicou, os pacientes e até mesmo a ala não sentiam amor.
Então, ele amava tudo e todos.

"Eu olhei para as paredes e viu que elas precisavam ser pintadas", ele me disse. "Mas
as novas pinturas não permaneciam. Elas descascavam quase que imediatamente.
Então, eu simplesmente disse as paredes que eu as amava. Então, um dia alguém
decidiu pintar as paredes e, desta vez, a pintura se manteve".

Isso soava estranho, para dizer o mínimo, mas eu estava ficando acostumado a este
tipo de conversa com ele. Eu finalmente tinha que fazer a pergunta que mais estava me
incomodando.

"Todos os pacientes foram liberados?"


"Dois deles nunca foram", disse ele. "Eles foram ambos transferidos para outros locais.
Ainda assim, a ala inteira tinha sido curada".

Em seguida, ele acrescentou algo que realmente me ajudou a entender o poder do que
ele vinha fazendo.
"Se você quer saber como foi durante aqueles anos, escreva par Omaka-O-Kala
Hamaguchi. Ela trabalhou como assistente social durante o tempo em que eu estive
lá".

Eu fiz isso. Ela escreveu o seguinte para mim:


85

"Caro Joe,
Obrigada por esta oportunidade.
Por favor, saiba que eu estou escrevendo isso em colaboração com Emory Lance
Oliveira, que é uma assistente social que trabalhava na unidade com o Dr. Hew Len.

Fui designada como assistente social da unidade forense da recém-inaugurada


unidade do hospital psiquiátrico estadual no Hawaii. Ela era chamada Unidade de
Segurança Intensiva Fechada. A unidade abrigava prisioneiros/pacientes que tinham
cometido crimes hediondos como homicídio, estupro, assalto, roubo, abuso sexual e
suas combinações, e também pacientes que eram diagnosticados como tendo um
transtorno mental grave.

Alguns dos prisioneiros/pacientes haviam sido inocentados, por motivo de insanidade e


foram condenados a estar lá; alguns eram psicóticos e precisavam de tratamento, e
alguns estavam lá para exame e avaliação para determinar sua aptidão para continuar
(ou seja, sua capacidade de compreender as acusações contra eles e participar da sua
própria defesa).

Alguns eram esquizofrênicos, alguns bipolares e alguns mentalmente retardados,


enquanto outros eram diagnosticados psicopatas ou sociopatas. Havia também
aqueles que estavam tentando convencer os tribunais de que se encaixavam em algum
- ou todos - dos diagnósticos anteriores.

Todos eram trancados na unidade de 24/7 e apenas autorizados a sair escoltados e


com restrições nos punhos e tornozelos, para consultas médicas ou judiciais.
A maioria dos seus dias era passada em uma sala de reclusão, uma sala trancada com
paredes e tetos de concreto, um banheiro trancado e sem janelas.
Muitos eram pesadamente medicados. As atividades eram poucas e distantes entre si.

Os "incidentes" eram ocorrências esperadas - pacientes atacando o pessoal do


hospital, pacientes atacando outros pacientes, pacientes atacando a si mesmos,
pacientes tentando fugir.
Os "incidentes" com o pessoal do hospital também eram um problema - o pessoal
manipulava os pacientes; drogas, licenças médicas; problemas de compensação dos
trabalhadores; discórdia entre o pessoal; perpétua rotatividade dos psicólogos,
psiquiatras e administradores; problemas elétricos e no encanamento e assim por
diante. Era um lugar intenso, volátil, deprimente e selvagem para se estar.

Mesmo as plantas não cresciam. E, mesmo quando a unidade foi transferidas para
uma outra recém adaptada, muito mais segura e com uma área de lazer cercada,
ninguém esperava que algo realmente mudasse.

Assim, quando "outro daqueles psicólogos" apareceu, assumiu-se que ele iria tentar
melhorar as coisas, tentando implementar novos programas de estado da arte - para,
em seguida, ir embora logo depois de ter chegado.
No entanto, desta vez, foi o Dr. Hew Len que, além de ser amigável o suficiente, nos
parecia fazer quase nada.

Ele não fazia avaliações, apreciações ou diagnósticos; ele não passava nenhuma
terapia e não realizava qualquer teste psicológico. Muitas vezes ele chegava atrasado,
e não fazia o pessoal assistir reuniões sobre os casos ou participava da manutenção
de registros.
86

Ele, ao invés disso, praticava um "estranho" processo, chamado por ele de Self I-
Dentity Ho'oponopono (SIH), que tinha algo a ver com assumir 100% de
responsabilidade por si mesmo, olhando apenas para si mesmo e permitindo a
remoção de energias negativas e indesejadas dentro de você.
Esquisito, para dizer o mínimo.

Mais estranho de tudo era a observação de que esse psicólogo parecia sempre à
vontade e que estava até mesmo realmente se divertindo! Ele ria muito, se divertia com
pacientes e funcionários, e parecia realmente desfrutar do que estava fazendo.
Em troca, todos pareciam amá-lo e apreciá-lo, mesmo que ele parecia não trabalhar
muito.
E as coisas começaram a mudar. As salas de isolamento começaram a ficar vazias; os
pacientes começaram a se tornar responsáveis por suas próprias necessidades e
trabalho; eles também começaram a participar no planejamento e execução de
programas e projetos para si próprios.
Os níveis de medicação também estavam caindo e começou-se a permitir aos
pacientes que deixassem a unidade sem restrições.

A unidade se tornou viva - mais calma, mais leve, mais segura, mais limpa, mais ativa,
divertida e produtiva. As plantas começaram a crescer, os problemas nos
encanamentos tornaram-se quase inexistentes, os incidentes de violência na unidade
tornaram-se raros e a equipe parecia mais harmônica, descontraída e cheia de
entusiasmo.
Ao invés dos problemas de faltas por doença e da falta de pessoal, a preocupação
agora era com o excesso de pessoal.

Duas situações específicas deixaram um impacto especialmente memorável para mim.


Havia um paciente paranoico, seriamente delirante, com uma história de violência de já
ter ferido gravemente várias pessoas no hospital e fora dele, e que tinha tido vários
internamentos hospitalares.
Ele foi enviado para a unidade daquela vez por ter cometido um assassinato. Ele era
arrepiantemente assustador para mim. Os cabelos na parte de trás do meu pescoço se
eriçavam quando ele estava em qualquer lugar por perto.
Foi então que, para minha surpresa, um ano ou dois após o Dr. Hew Len ter assumido,
eu o vi caminhando em minha direção, acompanhado, mas sem algemas ou restrições,
e os cabelos do meu pescoço não se eriçaram.
Parecia como se eu apenas o estivesse observando, sem julgamento, mesmo quando
passamos um pelo outro, quase que ombro a ombro. Aquela não era a minha reação
habitual de pronta-para-correr.

Na verdade, eu notei que ele parecia calmo. Eu não estava mais trabalhando na
unidade naquele momento, mas tinha que descobrir o que havia acontecido.
Eu soube que ele já estava fora do isolamento e sem algemas ou restrições há algum
tempo e a única explicação foi que alguns dos funcionários estavam fazendo
ho'oponopono, que o Dr. Hew Len tinha ensinado a eles.

A outra situação ocorreu enquanto eu estava assistindo ao noticiário na televisão. Eu


tinha tirado um dia de folga, para ficar longe do trabalho e relaxar. Um paciente da
unidade, que tinha molestado e assassinado uma menina de três ou quatro anos,
apareceu no noticiário. Esse paciente havia sido hospitalizado, pois ele era
considerado inapto para se defender das acusações contra ele.
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Ele foi examinado e avaliado por vários psiquiatras e psicólogos e recebeu um leque de
diagnósticos que, naquela época, teriam muito provavelmente chegado a um
julgamento de que ele não era culpado por razões de insanidade.
Ele não teria que ir para a prisão e teria se comprometido com o ambiente menos
restritivo do hospital estadual com a possibilidade de uma liberdade condicional.

O Dr. Hew Len havia interagido com este paciente, que, eventualmente, pediu para ser
ensinado o processo SIH e supostamente ele era muito persistente e coerente na sua
prática, como ex-oficial da marinha que ele era.
Ele, agora, tinha sido considerado apto para prosseguir e teve uma data marcada pela
corte para analisar seu pedido.

Enquanto a maioria dos outros pacientes e seus advogados teriam optado, e


provavelmente sempre iriam optar, por este dispositivo chamado NGRI (Não Culpado
Por Razão de Insanidade), esse paciente não o fez.

No dia antes de ele comparecer ao tribunal, ele demitiu seu advogado. Na tarde do dia
seguinte, ele estava na corte, encarando o juiz e com pesar e humildemente,
proclamou: "Eu sou responsável e eu sinto muito".
Ninguém esperava por isso. Demorou alguns instantes antes de o juiz poder entender o
que tinha acabado de acontecer.
Eu tinha jogado tênis com o Dr. Hew Len e este companheiro em duas ou três ocasiões
e, embora o paciente fosse mais educado e atencioso, eu tinha feito julgamentos sobre
ele. No entanto, naquele momento, eu só senti ternura e amor por ele e percebi uma
enorme mudança em toda a sala do tribunal também.
As vozes do juiz e do promotor eram agora gentis, e todos aqueles ao seu redor
pareciam estar olhando para ele com sorrisos suaves. Foi um momento inesquecível.

E assim, quando o Dr. Hew Len perguntou se algum de nós gostaria de aprender sobre
o ho'oponopono depois do tênis, uma tarde, eu pulei rápido e alto, esperando
ansiosamente que o jogo de tênis acabasse.
Hoje, quase 20 anos depois, eu ainda estou impressionada com o que eu aprendi
desde então - era a Divindade, trabalhando através do Dr. Hew Len, que agia no
Hospital Estadual do Havaí.
Sou eternamente grata ao Dr. Hew Len e ao "estranho" processo que ele trouxe
consigo.

A propósito, caso você esteja querendo saber, esse paciente foi declarado apenas
culpado e foi, em um certo sentido, recompensado pelo juiz, que concedeu seu pedido
para cumprir a pena em uma penitenciária federal em seu estado natal, onde ele
poderia estar perto de sua esposa e filhos.

Ah, apesar de quase 20 anos terem se passado, eu recebi uma ligação esta manhã, do
ex-secretário da unidade, querendo saber se o Dr. Hew Len estaria disponível em
algum momento em breve, para se reunir com algumas pessoas da antiga equipe, a
maioria dos quais desde então se aposentaram.

Nós iremos nos reunir a eles em um par de semanas. Quem sabe o que pode se
desdobrar? Eu vou manter a minhas antenas direcionadas para novas histórias.

Paz,
O.H."
88

E assim foi. O Dr. Hew Len tinha realmente conseguido um milagre no hospital. Ao
praticar o amor e o perdão, ele transformou pessoas que estavam sem esperança e, de
muitas maneiras, consideradas descartáveis pela sociedade.
Esse é o poder do amor.

Eu queria saber ainda mais, é claro.


Quando eu estava completando o primeiro rascunho deste livro, eu o enviei para o Dr.
Hew Len para revisão.
Eu também queria que ele preenchesse alguns furos na história sobre seus anos no
hospital psiquiátrico.

Mais ou menos uma semana após ter recebido o manuscrito, ele escreveu o seguinte
e-mail para mim:

"Ao Akua:
Esta é uma nota confidencial para você e só para você. Ele vem da minha leitura do
rascunho de Zero Limits. Eu tenho outros comentários a fazer sobre o trabalho, mas
vou deixá-los para e-mails posteriores.

"Você terminou", disse Morrnah, sem ser enfática.


"Eu terminei o quê?", eu respondi.
"Você terminou seu trabalho no Hospital Estadual do Havaí".

Embora eu sentisse o caráter definitivo do seu comentário, naquele dia de verão, em


julho de 1987, eu disse, "Eu tenho que dar-lhes um aviso prévio de duas semanas".

É claro que eu não o fiz. Isso nunca aconteceu. E ninguém no hospital jamais fez
menção a isso.
Eu nunca mais voltei ao hospital, mesmo quando fui convidado para participar da
minha festa de despedida. Meus amigos a fizeram sem mim. Os presentes de
despedida foram entregues na sede da "Foundation of I" após a festa.

Eu amei a minha estadia no Hospital Estatal do Havaí, na unidade forense. Eu amei


o pessoal da enfermaria. Em algum momento, eu não sei quando, eu passei de
psicólogo a um membro da família.
Eu vivi de perto com funcionários, pacientes, regras, políticas, facções e forças visíveis
e invisíveis naquela ala por três anos, 20 horas por semana.
Eu estava lá quando as salas de isolamento, as algemas e restrições metálicas, a
medicação e outras formas de controle eram modos de operação normais e aceitáveis.

Eu estava lá quando o uso das salas de isolamento e restrições de metal simplesmente


evaporaram, em algum momento. Quando? Ninguém sabe.
A violência física e verbal desapareceu, também, quase que completamente.
A queda no uso de medicamentos aconteceu por conta própria.

Em algum ponto, quem sabe quando, os pacientes deixaram a unidade para as


atividades de recreação e trabalho sem restrições e sem necessidade de aprovação
médica.
A transformação da ala, de um local louco e tenso em um lugar simplesmente pacífico,
ocorreu sem nenhum esforço consciente.
A transformação dos trabalhadores de toda a ala, de cronicamente insuficiente para
"excesso de pessoal" simplesmente aconteceu.
89

Então, quero deixar claro que eu era um membro muito próximo e ativo da família
daquela unidade. Eu não era um espectador.
Sim, eu realizava a terapia. Mas eu não realizava testes psicológicos. Eu não
participava das reuniões da equipe do hospital. Eu não participava de conferências
sobre casos de pacientes.

Eu, entretanto, tornei-me intimamente envolvido nos trabalhos da ala. Eu estava


presente quando o primeiro projeto de trabalho interno apareceu - fazer biscoitos para
a venda. Eu estava presente quando a primeira atividade externa surgiu - lavagem de
carros. Eu estava presente quando começou o primeiro programa de lazer fora da
unidade.

Eu não realizava as funções normais de um psicólogo, não porque achava que elas
seriam inúteis. Eu só não as fazia talvez por motivos desconhecidos.
Eu, entretanto, andava pela ala e participava do cozimento de biscoitos e na pista de
jogging e quadras de tênis fora da ala.

Mas, mais do que tudo, eu fazia minha própria limpeza antes, durante e depois de
cada visita à ala, semana após semana, durante três anos. Eu limpava tudo o que
estava acontecendo em mim e com a ala todas as manhãs e todas as noites, e sempre
que alguma coisa sobre a ala vinha à minha mente.

Obrigado.

Eu te amo.
Paz de MIm,
Ihaleakala"

Eu amei mais estes esclarecimentos. Enquanto revelavam a humildade da parte do Dr.


Hew Len, isso também ajudava a explicar o que ele fez e o que não fez enquanto
trabalhava no hospital.
Eu escrevi a ele de volta e pedi sua permissão para incluir o e-mail aqui, para
compartilhá-lo com os leitores. Ele respondeu com apenas uma palavra - aquela que
eu esperava que ele escrevesse: "Sim".

Eu ainda não terminei com o que eu posso aprender com esse homem incrível. Nós
decidimos que começaríamos a ministrar seminários juntos e, claro, ser os coautores
deste livro.
Mas, pelo menos agora, eu tinha a história completa sobre como ele ajudou a curar
uma ala inteira de criminosos doentes mentais.
Ele fez isso como ele faz tudo: trabalhando em si mesmo.
E a maneira como ele trabalha em si mesmo é com três simples palavras: "Eu te amo".

Este é o mesmo processo que você e eu podemos fazer, também, é claro. Se eu


tivesse que resumir o método modernizado do Self I-Dentity Ho'oponopono que o Dr.
Hew Len ensina em poucos passos, poderia parecer algo assim:

1. Limpar continuamente.

2. Agir sobre ideias e oportunidades que surgem em seu caminho.

3. Limpar continuamente.
90

E é isso. Este pode ser o caminho mais curto para o sucesso jamais criado.
Ele pode ser o caminho de menor resistência. Pode ser a rota mais direta para o
estado zero.
E tudo começa e termina com uma frase mágica: "Eu te amo".

Esse é o caminho para entrar na zona de limites zero.


E sim, eu te amo.
91

Epílogo - Os Três Estágios do Despertar

Meu trabalho aqui na terra é duplo. Meu trabalho é, antes de tudo, para fazer as
reparações. Meu segundo trabalho é despertar pessoas que possam estar
dormindo. Quase todo mundo está dormindo! A única maneira pela qual eu
posso despertá-las é trabalhando em mim mesmo - Dr. Hew Len Ihaleakala

Outro dia um repórter me perguntou: "Onde você se vê daqui a um ano?"


No passado, eu teria dado a ele um relato sincero do que eu esperava alcançar.
Eu ira falar sobre meus planos, objetivos e intenções. Eu iria contar-lhe sobre livros que
eu queria escrever ou coisas que eu queria ser, fazer, criar ou comprar.

Mas, em razão de todo o trabalho que fiz com o Dr. Hew Len, eu já não estabeleço
mais metas ou intenções nem faço planos para o futuro.
Então, eu respondi com a verdade deste momento:
"Onde quer que eu esteja, será muito melhor do que eu posso imaginar agora".

Há mais profundidade nessa resposta do que você pode primeiro perceber. Ela veio da
inspiração. A resposta me surpreendeu quando eu a disse.
Ela também revelou onde a minha mente está nos dias de hoje: Eu estou mais
interessado neste momento do que no próximo.

E, enquanto eu presto atenção a este momento, todas as coisas futuras vão se


desdobrar maravilhosamente.
Como uma vez eu disse ao Dr. Hew Len, "Minha intenção, nos dias de hoje, é honrar a
intenção do Divino".

Eu retransmiti a pergunta do repórter e minha resposta inspirada para um amigo,


poucos minutos atrás. Ele adorou.
Ele está fazendo ho'oponopono comigo há alguns meses, então ele compreendeu a
verdade suprema: Quando você vai deixar ir seu ego e os desejos do ego, você
permite que algo melhor o oriente: o Divino.

Esse novo eu e essa nova compreensão, é tudo parte de minha vivificação.


Isso tudo não aconteceu durante a noite, é claro. Mas quando eu digo "Eu te amo" e as
outras declarações, eu tenho sido levado a uma consciência mais profunda, o que
alguns poderiam chamar de um despertar ou, talvez, até mesmo a própria iluminação.
Eu vim a entender que há, pelo menos, três etapas para esse despertar, e elas são
quase um mapa da jornada espiritual da vida. Elas são:

1. Você é uma vítima. Praticamente todos nós nascemos sentindo que somos
impotentes. A maioria de nós continua desse jeito. Nós achamos que o mundo está
fora do nosso alcance: o governo, os vizinhos, a sociedade, os caras maus, sob
qualquer forma que parecem assumir. Nós não achamos que temos qualquer
influência. Nós somos o efeito da causa do resto do mundo.
Nós nos queixamos, reclamamos, protestamos e nos reunimos em grupos para lutar
contra aqueles que estão no comando. Exceto por uma festa de vez em quando, a
vida, em geral, é uma porcaria.

2. Você está no controle. Em algum momento você vê um filme que muda sua vida,
como O Segredo, ou você lê um livro, como O Fator de Atraçãor ou The Magic of
92

Believing, e você acorda para o seu próprio poder.


Você percebe o poder de definir intenções. Você percebe o poder que você tem ao
visualizar aquilo que você quer, entrar em ação e alcançá-lo. Você começa a
experimentar um pouco de magia.
E você começa a experimentar alguns resultados interessantes.
A vida, em geral, começa a lhe parecer muito boa.

3. Você está despertando. Em algum momento após a segunda fase, você começa a
perceber que as suas intenções são limitações. Você começa a ver que, com todo o
seu poder recém-descoberto, você ainda não é capaz de controlar tudo.
Você começa a perceber que, quando você se entrega a um poder maior, os milagres
tendem a acontecer. Você começa a deixar ir, e confia. Você começa a praticar, a cada
momento, a consciência da sua conexão com o Divino. Você aprende a reconhecer a
inspiração quando ela vem até você, e você age sobre ela. Você percebe que você tem
escolha, mas não o controle da sua vida.
Você percebe que a coisa mais importante que pode fazer é concordar com cada
momento. Nesta etapa, os milagres acontecem e eles constantemente o surpreendem
pela maneira como o fazem.
Você vive, em geral, em um constante estado de espanto, admiração e gratidão.

Eu já entrei na terceira fase, e talvez você também, por agora. Desde que você veio de
carona comigo, deixe-me tentar explicar um pouco mais o meu próprio despertar. Isso
pode ajudá-lo a se preparar para o que você em breve irá experimentar, ou ajudá-lo a
entender melhor o que você está experimentando atualmente.

Eu tive um vislumbre do Divino no primeiro seminário com o Dr. Hew Len. Foi durante
aqueles primeiros dias com ele que eu parei com minha tagarelice mental. Eu aceitei
tudo. Havia uma paz, quase que além da compreensão.
O amor era o meu mantra. Era a música que sempre tocava em meu cérebro.
Mas esse vislumbre não parou por aí.
Sempre que eu estava na presença de Dr.Hew Len, eu sentia paz. Tenho certeza de
que era o efeito diapasão. Sua vibração me afetava.
Isso me levou à harmonia com a paz.

Durante o segundo seminário, eu comecei a ter o que alguns chamam de flashes


psíquicos. Eu vi auras.
Eu vi anjos em torno das pessoas. Recebi imagens. Eu ainda me lembro de ter visto
gatos invisíveis ao redor do pescoço de Nerissa.
Quando eu contei isso a ela, ela sorriu. Se a imagem era real ou não, com certeza
alterou seu humor. Ela sorriu.

O Dr. Hew Len muitas vezes vê pontos de interrogação flutuando acima das cabeças
das pessoas, o que lhe diz qual pessoa chamar em um evento. Sempre que ele vê
símbolos ou seres invisíveis, ele acrescenta, "Eu sei que parece loucura. Os
psiquiatras iriam internar alguém por dizer coisas como essas".

Ele está certo, é claro, mas uma vez que um despertar acontece, não há volta atrás. No
meu primeiro fim de semana Além da Manifestação, eu li alguns dos campos de
energia das pessoas. Elas estavam em reverência.
Eu não posso dizer que este é de fato um "presente", mas sim uma abertura. Uma
parte não utilizada anteriormente do meu cérebro foi ligada e iluminada.
Agora meus olhos vêm, se eu permitir.
93

Eu contei ao Dr. Hew Len, "Tudo parece falar comigo. Tudo parece vivo".
Ele sorriu, com conhecimento de causa.
Já no meu segundo final de semana Além da Manifestação, eu tive outra experiência -
chamada satori.
Satori é um vislumbre de iluminação, um gosto do Divino. É como se uma janela se
abrisse por um momento, e você se funde com a fonte da vida.

É tão difícil de explicar como descrever uma flor de outro planeta.


Eu tenho essa experiência como uma referência. Eu posso me lembrar dela e voltar a
ela. Em um determinado nível isso é maravilhoso, como se fosse o meu bilhete de volta
para a felicidade. Mas, em outro nível, esta é apenas uma outra memória, evitando que
eu experimente este momento.
Tudo o que posso fazer é continuar limpando.

Às vezes, quando eu estou em uma reunião, eu relaxo e desfoco meus olhos, e eu


consigo ver a verdade por trás de uma situação. É como se o tempo parasse ou, pelo
menos, se tornasse mais lento. O que eu, então, percebo, é a tapeçaria subjacente da
vida. É um pouco como descascar a camada superior de uma pintura para encontrar
uma obra-prima sob ela.
Chamam isso de visão psíquica, visão de raios-X ou visão divina.
Eu diria que "Joe Vitale" (e até mesmo "Ao Akua") desaparece no estado zero, ou
então meus olhos o perceberiam.
Lá, não há limites. Você apenas é. Naquele lugar, não há confusão. É tudo clareza.

Eu não vivo nesse estado. Eu ainda volto para a chamada realidade. Eu ainda tenho
desafios. Quando Larry King me perguntou se eu tinha dias ruins, eu disse que sim.
E continuo tendo.
O Dr. Hew Len disse que eu sempre teria problemas. Mas o ho'oponopono é uma
técnica de resolução de problemas.

Enquanto eu continuo dizendo "Eu te amo" para o Divino e mantenho a limpeza, eu


volto para o local de limites zero.
O sinal para zero é, se nós tentarmos colocar palavras sobre ele, é "amor". Então,
dizendo: "Eu te amo" sem parar nos ajuda a sintonizar. Repetindo, isso ajuda a
neutralizar as memórias, programas, crenças e limitações que estão no caminho do
seu próprio despertar.
À medida que eu continuo a limpeza, eu me mantenho em sintonia com a inspiração
pura. Quando eu ajo sobre essa inspiração, milagres maiores do que eu jamais poderia
ter imaginado acontecem.
Tudo o que tenho a fazer é manter limpando.

Algumas pessoas pensam que entendem a voz da inspiração ao prestar atenção ao


tom das vozes que elas ouvem em suas cabeças.
Um amigo me disse uma vez: "Eu sei a diferença entre a voz do meu ego e a voz da
inspiração, porque o ego tem uma urgência nele e a inspiração é mais suave".

Eu acho que isso é ilusório. Uma voz que soe severa e uma voz que soe suave ainda
são vozes do ego. Mesmo agora, enquanto você lê estas palavras, você está falando
consigo mesmo. Você está questionando o que você está lendo. Você veio a se
identificar com aquela voz e acha que é você. Não é.
A Divindade, e a inspiração, estão por trás daquelas vozes.
94

À medida que você continua praticando o ho'oponopono, você vai percebendo mais
claramente o que é, realmente, a inspiração - e o que não é.
Como o Dr. Hew Len continua sempre nos lembrando: "Esta não é uma abordagem
fast-food para a cura. Isso leva tempo".

Eu gostaria de acrescentar que o despertar pode acontecer a qualquer momento. Até


mesmo durante a leitura deste livro. Ou fazendo uma caminhada. Ou acariciando seu
animal de estimação.
A situação não importa. Seu estado interno, sim.

E tudo começa, e termina, com uma linda frase: "Eu te amo".


95

Anexo A - Princípios Básicos do Limite Zero

1. Você não tem ideia do que está acontecendo.

É impossível estar ciente de tudo o que está acontecendo ao seu redor, consciente ou
inconscientemente.

Seu corpo e sua mente estão regulando a si mesmos exatamente agora, sem você
estar ciente disso. E numerosos sinais invisíveis estão no ar, de ondas de rádio a
formas-pensamento, dos que você não tem absolutamente nenhuma percepção
consciente.
Você está, de fato, cocriando a sua própria realidade agora, mas isto está acontecendo
inconscientemente, sem o seu conhecimento ou controle consciente.
É por isso que você pode ter pensamentos positivos de tudo o que você gosta e ainda
estar quebrado financeiramente.
Sua mente consciente não é a criadora.

2. Você não tem controle sobre tudo.

Obviamente, se você não sabe de tudo o que está acontecendo, você também não
pode controlar isso tudo. É uma viagem do ego pensar que você pode ter o mundo sob
seu comando.
Desde que o seu ego não pode ver muito do que está acontecendo no mundo agora,
deixar seu ego decidir o que é melhor para você não é nem um pouco sensato.

Você tem escolha, mas você não tem controle. Você pode usar sua mente consciente
para começar a escolher o que você prefere experimentar, mas você tem que relaxar
sobre se você vai manifestar isso ou não, ou como, ou quando. A rendição é a chave.

3. Você pode curar tudo o que surge em seu caminho.

O que quer que apareça em sua vida, não importa como isso chegou aí, é passível de
cura, simplesmente porque agora isso está no seu radar.
A suposição aqui é que, se você pode sentir, você pode curar.
Se você pode vê-lo em outra pessoa, e isso incomoda você, então é passível de cura.

Ou, como eu disse uma vez à Oprah: "Se você pode detectar, você tem isso".
Você pode não ter nenhuma ideia do porque isso está em sua vida ou como chegou lá,
mas você pode liberá-lo, porque agora você está ciente disso.
Quanto mais você curar o que lhe vem à tona, mais limpo você está para manifestar o
que você prefere, porque você vai liberar energia presa para usar para outros assuntos.

4. Você é 100% responsável por tudo o que você experimenta.

O que acontece em sua vida não é sua culpa, mas é sua responsabilidade. O conceito
de responsabilidade pessoal vai além do que você diz, faz e pensa. Isso inclui o que os
outros dizem, fazem e pensam e que se mostra em sua vida.

Se você assumir completa responsabilidade por tudo o que aparece em sua vida,
quando alguém surge em sua presença com um problema, então esse também é seu
96

problema. Isto se relaciona ao Princípio 3, que afirma que você pode curar tudo o que
surge em seu caminho.

Resumindo, você não pode culpar nada nem ninguém pela sua realidade atual.
Tudo o que você pode fazer é assumir a responsabilidade por ela, o que significa
aceitá-la, reconhecê-la e amá-la.
Quanto mais você cura o que lhe vem à tona, mais você entra em sintonia com a fonte.

5. No seu bilhete para o limite zero, está escrita a frase "Eu te amo".

A passagem que o leva à paz além de toda a compreensão, à cura e à manifestação é


a simples frase "Eu te amo". Dizê-la para o Divino limpa tudo em você, de maneira que
pode experimentar o milagre deste momento: limite zero.

A ideia é amar tudo. Amar a gordura extra, o vício, a criança problema, o vizinho ou o
cônjuge; ame tudo isso. O amor transmuta a energia estagnada e a libera.
Dizer "Eu te amo" é o "Abre-te sésamo!" para experimentar o Divino.

6. A inspiração é mais importante do que a intenção.

A intenção é um brinquedo da mente; a inspiração é uma instrução vinda do Divino.


Em algum momento você vai se render e começar a ouvir, ao invés de implorar e
esperar.
Intenção é tentar controlar a vida com base na visão limitada do ego; inspiração é
receber uma mensagem do Divino e, em seguida, agir sobre ela.
A intenção funciona e traz resultados; a inspiração funciona e traz milagres.
Qual você prefere?
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Anexo B - Como Curar a Si Mesmo (ou Qualquer Outra Pessoa) e


Descobrir a Saúde, a Riqueza e a Felicidade

Aqui estão duas maneiras comprovadas de curar a si mesmo (ou qualquer outra
pessoa) de qualquer coisa que você perceba, através do Ho'oponopono.

Lembre-se que, o que você vê no outro também está em você, então, toda cura é
autocura. Ninguém mais tem que fazer estes processos, além de você. O mundo inteiro
está em suas mãos.

Em primeiro lugar, esta é a oração que Morrnah Simeona (a criadora deste novo
processo) fazia para ajudar a curar centenas - senão milhares - de pessoas. É simples,
mas poderosa:

"Divino Criador, pai, mãe, filho como Um Só...


Se eu, minha família, meus parentes e antepassados ofendemos você, sua família,
parentes e antepassados em pensamentos, palavras, atos e ações desde o início da
nossa criação até o presente, nós pedimos seu perdão...
Permita que esta limpeza, purificação e liberação corte todas as memórias, bloqueios,
energias e vibrações negativas e transmute essas energias indesejadas em pura luz...
Está feito".

Em segundo lugar, a forma como o Dr. Hew Len gosta de curar é primeiro dizendo
"Sinto muito" e "Por favor, me perdoe".
Você diz isso para reconhecer que algo - sem você saber o que é - está em seu
sistema corpo/mente. Você não tem nenhuma ideia de como isso chegou lá. Você não
precisa saber o que é, também.

Por exemplo, se você está acima do peso, você simplesmente "pegou" esse programa
que o está deixando dessa maneira.
Ao dizer "Sinto muito", você está dizendo ao Divino que você quer o perdão, dentro de
você, por qualquer coisa que trouxe esse programa até você.
Você não está pedindo ao Divino para perdoá-lo; você está pedindo ao Divino para
ajudá-lo a perdoar a si mesmo.

Daí, você diz "Obrigado" e "Eu te amo".


Quando você diz "Obrigado", você está expressando gratidão. Você está mostrando
sua fé de que o problema será resolvido, para o bem maior de todos os interessados.

O "Eu te amo" transmuta a energia bloqueada, impedida de fluir. Isso o reconecta ao


Divino. Desde que o Estado Zero é aquele do amor puro e tem limite zero, você está
começando a chegar a esse estado expressando o Amor.

O que acontece a seguir é com o Divino. Você pode ser inspirado para agir de alguma
maneira. Seja o que for, faça-o. Se você não tiver certeza sobre qual ação tomar, use
este mesmo método de cura para sua a confusão momentânea.
Quando você estiver limpo, você vai saber o que fazer.

A descrição acima é uma versão simplificada dos principais métodos de cura do


Ho'oponopono modernizado.
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Anexo C - Quem Está no Comando?

Dr. Ihaleakala Hew Len

Obrigado por estar junto comigo na leitura deste apêndice. Eu lhe sou grato.
Eu amo o Self I-Dentity Ho'oponopono e a querida Morrnah Nalamaku Simeona,
Kahuna Lapa'au, que tão graciosamente o compartilhou comigo em Novembro de1982.

Este artigo é baseado em pensamentos documentados em meu caderno de 2005.

09 de janeiro de 2005

Os problemas podem ser resolvidos sem saber que diabos está acontecendo!
Perceber e apreciar isso é um absoluto alívio e alegria para mim.
Resolução de problemas, parte do propósito da nossa existência, é do que trata o
Self I-Dentity Ho'oponopono.
Para resolver problemas, duas questões devem ser abordadas: Quem sou eu? Quem
está no comando?
Apreender a natureza do cosmos começa com a percepção de Sócrates: "Conhece-te
a ti mesmo".

21 de janeiro de 2005

Quem está no comando?


A maioria das pessoas - incluindo os membros na comunidade científica -, lida com o
mundo como este sendo uma entidade física.
A pesquisa atual sobre o DNA, para identificar causas e remédios para as doenças
cardíacas, câncer e diabetes é um exemplo primário disto.

A Lei de Causa e Efeito: Modelo Físico

Causa Efeito

DNA defeituoso Doença cardíaca


DNA defeituoso Câncer
DNA defeituoso Diabetes
Física Problemas Físicos
Física Problemas Ambientais

O intelecto, a Mente Consciente, acredita que é o solucionador de problemas, que


controla o que acontece e o que é experimentado.
Em seu livro The User Illusion: Cutting Consciousness Down to Size, o jornalista
científico Tor Norretranders pinta um quadro diferente da Consciência.

Ele cita estudos e pesquisas - particularmente de Benjamin Libet, da Universidade da


Califórnia, em San Francisco - que mostram que as decisões são tomadas antes que a
Consciência o faça, e que o Intelecto não tem conhecimento disso, acreditando que ele
decide.
Norretranders também cita uma pesquisa que mostra que o Intelecto apenas está
consciente de entre 15 e 20 bits de informação por segundo, dos milhões de bits que
estão abaixo de sua consciência!
99

Se não é o Intelecto nem a Consciência, então, quem está no comando?

08 de fevereiro de 2005

As memórias se repetem, ditando o que a Mente Subconsciente experimenta.


A Mente Subconsciente experimenta indiretamente, imitando e ecoando as memórias
se repetindo. Ela se comporta, vê, sente e decide exatamente como as memórias
ditam. A Mente Consciente também opera, sem a sua percepção, através das
memórias se repetindo. Elas ditam o que ela experimenta, como os estudos e
pesquisas mostram.

A Lei de Causa e Efeito: Self I-Dentity Ho'oponopono

Causa Efeito

Memórias se repetindo na Físico - Doença cardíaca


Mente Subconsciente

Memórias se repetindo na Físico - Câncer


Mente Subconsciente

Memórias se repetindo na Físico - Diabetes


Mente Subconsciente

Memórias se repetindo na Problemas Físicos - o Corpo


Mente Subconsciente

Memórias se repetindo na Problemas Físicos - o Mundo


Mente Subconsciente

O corpo e o mundo residem na Mente Subconsciente, como criações das memórias se


repetindo, raramente como Inspirações.

23 de fevereiro de 2005

A Mente Subconsciente e a Mente Consciente, que compreendem a Alma, não geram


suas próprias ideias, pensamentos, sentimentos e ações. Como já foi observado
anteriormente, eles experimentam indiretamente, por meio das memórias que se
repetem e das Inspirações.
É essencial perceber que a Alma não gera experiências por si própria e que ela vê
como as memórias vêm, sente com as memória sentem, se comporta como as
memória se comportam e decide como as memórias decidem.
Ou, raramente, ela vê, sente, se comporta e decide como a Inspiração vê, sente, se
comporta e decide!

É crucial, na solução de problemas, perceber que o corpo e o mundo não são os


problemas, por si mesmos, mas os efeitos, as consequências das memórias se
repetindo na Mente Subconsciente! Quem está no comando?

12 de março de 2005

O Vazio é o fundamento do Self I-Dentity, da Mente, do cosmos. É o estado precursor


100

da infusão de Inspirações da Inteligência Divina na Mente Subconsciente. (Veja a


Figura C.1.) Tudo o que os cientistas sabem é que o Cosmos foi gerado do nada, e
retornará ao nada de onde ele veio. O universo começa e termina com zero - Charles
Seife, Zero: The Biography of a Dangerous Idea.

Figura C.1 - Estado de Vazio

As memórias se repetindo deslocam o Vazio da Self I-Dentity, impedindo a


manifestação das Inspirações. Para remediar esse deslocamento, para restabelecer a
Self I-Dentity, as memórias precisam ser transformadas em vazio, através da sua
transmutação pela Inteligência Divina.
Limpe, apague, apague e encontre o seu próprio Shangri-la. Onde? Dentro de si
mesmo - Morrnah Nalamaku Simeona, Kahuna Lapa'au

22 março de 2005

A existência é um presente da Divina Inteligência. E o presente é dado para o único


propósito de restabelecer a Self I-Dentity através da resolução de problemas.

Self I-Dentity Ho'oponopono é uma versão atualizada de um antigo processo havaiano


de resolução de problemas através do arrependimento, do perdão e da transmutação.

Não julgueis e não sereis julgados. Não condeneis e não sereis condenados. Perdoai e
sereis perdoados - Jesus, em Lucas: 6

O Ho'oponopono envolve a plena participação de cada um dos quatro membros da Self


I-Dentity - a Divina Inteligência, a Mente Superconsciente, a Mente Consciente e a
Mente Subconsciente - trabalhando juntos como uma unidade do Uno.
Cada membro tem o seu papel e função únicos na resolução dos problemas de
memórias se repetindo na Mente Subconsciente.

A Mente Superconsciente é livre de memórias. Ela não é afetada pelas memórias que
se repetem na Mente Subconsciente. É sempre una com a Divina Inteligência.
No entanto, a Inteligência Divina se move, e assim também se move a Mente
Superconsciente.
101

A Self I-Dentity opera pela Inspiração e pela Memória. Apenas uma delas, memória ou
inspiração, pode estar no comando da Mente Subconsciente em um dado momento. A
Alma da Self I-Dentity serve somente a um mestre de cada vez, geralmente o espinho
da memória ao invés da rosa da Inspiração.

Figura C.2 Estado de Inspiração e Estado de Memória se Repetindo

30 de abril de 2005

O Vazio é o terreno comum, o equalizador de todas as Self Identidades tanto


"animadas" como "inanimadas". É a base indestrutível e eterna de todo o cosmos,
visível e invisível.

As memórias deslocam o terreno comum da Self I-Dentity, tirando a Alma da Mente de


sua posição natural de Vazio e Infinito.
Embora as memórias desloquem o Vazio, eles não podem destruí-lo.
Como pode o nada ser destruído?

05 de maio de 2005

Para que a Self I-Dentity seja a Self I-Dentity, momento a momento, isso requer
Ho'oponopono incessante. Como as memórias, o Ho'oponopono incessante nunca
pode entrar em férias. O Ho'oponopono incessante nunca pode se aposentar. O
Ho'oponopono incessante nunca pode dormir. O Ho'oponopono incessante nunca pode
parar...

12 maio de 2005

A Mente Consciente pode iniciar o processo do Ho'oponopono para liberar memórias


ou pode envolvê-las com a culpa e o pensamento (Veja a Figura C.3).

1. A Mente Consciente inicia o processo de resolução de problemas Ho'oponopono,


uma petição à Divina Inteligência para transmutar as memórias em Vazio. Ela
reconhece que o problema são as memórias de repetindo em sua Mente
Subconsciente, e que é 100% responsável por elas. A petição se move para baixo, da
Mente Consciente para a Mente Subconsciente. (Veja a figura C.4.)
102

Figura C.3 - Arrependimento e Perdão

2. O fluxo da petição para a Mente Subconsciente delicadamente agita as memórias


para a transmutação. A petição, em seguida, sobe para a Mente Superconsciente,
desde a Mente Subconsciente.

3. A Mente Superconsciente revisa a petição, faz as mudanças quando apropriado. Por


estar sempre em sintonia com a Divina Inteligência, ela tem a capacidade de analisar e
fazer alterações. A petição é, então, enviada para a Inteligência Divina para revisão
final e consideração.

4. Depois de analisar a petição enviada pela Mente Superconsciente, a Divina


Inteligência envia energia de transmutação para dentro da Mente Superconsciente.

5. A energia de transmutação então flui da Mente Superconsciente para a Mente


Consciente.

6. E, em seguida, a energia de transmutação flui da Mente Consciente para a Mente


Subconsciente. A energia de transmutação, primeiro, neutraliza as memórias
designadas. As energias neutralizadas são, então, liberadas para armazenamento,
deixando um Vazio.

12 de junho de 2005

Pensamento e culpa são memórias que se repetem (Veja a Figura C.2).

A Alma pode ser inspirada pela Divina Inteligência sem saber que diabos está
acontecendo. O único requisito para a Inspiração, a criatividade Divina, é que a Self I-
Dentity seja Self I-Dentity. Para que a Self I-Dentity seja a Self I-Dentity , isso requer
uma incessante limpeza de memórias.

As memórias são companheiras constantes da Mente Subconsciente. Elas nunca


deixam a Mente Subconsciente para sair de férias. Elas nunca deixam a Mente
Subconsciente para se aposentar.
As memórias nunca param a sua incessante repetição!
103

Figura C.4 - Transmutação pela Divina Inteligência

Para acabar com as memórias, de uma vez por todas, eles devem ser limpas e se
tornarem nada, de uma vez por todas.

"Foi em Iowa, em 1971, que eu caí de cabeça e me apaixonei pela segunda vez em
minha vida.
Nossa querida M, nossa filha, nasceu.

Enquanto eu observava minha esposa cuidar de M, eu sentia cada vez mais um


profundo amor por ambas.
Eu tinha duas pessoas maravilhosas para amar agora.
Depois de concluir minha pós-graduação em Utah, naquele verão, minha esposa e eu
tínhamos uma escolha a fazer: voltar para casa, no Havaí, ou continuar o treinamento
da pós-graduação em Iowa.

Quando começamos nossa vida no Estado Hawkeye, dois obstáculos imediatamente


nos confrontaram.
Primeiro, M nunca tinha parado de chorar depois que nós a trouxemos para casa, do
hospital!
Segundo, aconteceu o pior inverno do século, em Iowa. A cada manhã, durante
semanas a fio, eu tinha que chutar várias vezes a parte inferior da porta da frente do
nosso apartamento e martelar suas bordas com as mãos, para quebrar o gelo aderido
do outro lado.

Por volta do seu primeiro ano, manchas de sangue apareceram nos cobertores de M.
Só agora, enquanto escrevo esta frase, eu percebo que o choro constante era sua
reação ao grave problema de pele, que só mais tarde foi diagnosticado.
104

Eu chorei muitas noites, enquanto observava impotente M coçando-se, mesmo no sono


profundo. Os medicamentos esteróides mostraram-se impotentes para ajudá-la.

Aos três anos, o sangue escoava continuamente das rachaduras nos cotovelos e
joelhos de M. O sangue gotejava das fissuras nas articulações dos seus dedos das
mãos e pés. Grassas mantas de pele dura cobriam a parte interna de seus braços e ao
redor do pescoço.

Um dia, nove anos mais tarde, depois que tínhamos voltado para o Havaí, eu estava
dirigindo para casa, com M e, agora, com sua irmã mais nova.
De repente, sem premeditação consciente, eu me vi virando o carro e indo na direção
do meu escritório em Waikiki.

"Oh, vocês vieram me visitar", disse Morrnah baixinho, enquanto nós três
marchávamos para dentro do seu escritório. Enquanto embaralhava alguns papéis em
sua escrivaninha, ela olhou para M.
"Você quer me perguntar alguma coisa?", disse ela suavemente.
M estendeu os dois braços, revelando os anos de dor e sofrimento neles gravados,
como em pergaminhos fenícios.
"Ok", foi a resposta de Morrnah, e ela fechou os olhos.

O que Morrnah estava fazendo? A criadora da Self I-Dentity Ho'oponopono estava


fazendo Self I-Dentity Ho'oponopono.

Um ano mais tarde, 13 de anos de hemorragia, cicatrizes, dor, angústia e


medicamentos tinham chegado ao fim". - Estudante de Self I-Dentity Ho'oponopono

30 de junho de 2005

O propósito da vida é ter a Self I-Dentity como a Divindade criou a Self I-Dentity: à sua
exata semelhança, Vazia e Infinita.

Todas as experiências da vida são expressões de memórias e Inspirações.


Depressão, pensamento, culpa, pobreza, ódio, ressentimento e tristeza são "gemidos
antes lamentados", como Shakespeare notou em um de seus sonetos.

A Mente Consciente tem uma escolha: ela pode iniciar a limpeza incessante ou pode
permitir que as memórias reproduzam os problemas incessantemente.

12 de dezembro de 2005

A consciência trabalhando sozinha é ignorante do dom mais precioso da Divina


Inteligência: a Self I-Dentity. Como tal, ela é ignorante de qual é o problema.
Esta ignorância resulta na solução ineficaz do problema. A pobre Alma é deixada com
seu incessante e desnecessário sofrimento, por toda a sua existência.
Como isso é triste.
A Mente Consciente precisa ser despertada para o presente da Self I-Dentity, a
"riqueza além de todo o entendimento."

A Self I-Dentity é indestrutível e eterna, como é a sua Criadora, a Divina Inteligência.


A consequência dessa ignorância é a falsa realidade da pobreza sem sentido e
implacável, da doença, da guerra e da morte, geração após geração.
105

24 de dezembro de 2005

O físico é a expressão das memórias e Inspirações que ocorrem na Alma da Self I-


Dentity. Altere o estado da Self I-Dentity e o estado do mundo físico mudará.
Quem está no comando - as inspirações ou as memórias se repetindo? A escolha está
nas mãos da Mente Consciente.

07 de fevereiro de 2006 (Um salto para 2006)

Aqui estão quatro processos de resolução de problemas do Self I-Dentity


Ho'oponopono, que podem ser aplicados para restabelecer a Self I-Dentity através do
esvaziamento das memórias que repetem problemas na Mente Subconsciente:

1. "Eu te amo"

Quando a Alma experimentar memórias repetindo problemas, diga-lhes mentalmente,


ou silenciosamente: "Eu as amo, queridas memórias. Eu sou grato pela oportunidade
de libertar, a mim e a todas vocês".
"Eu te amo" pode ser repetido em silêncio, muitas e muitas vezes.

As memórias nunca entram em férias ou se aposentam, a menos que você as


aposente.
"Eu te amo" pode ser usado mesmo se você não está consciente dos problemas.
Por exemplo, pode ser aplicado antes de você se envolver em qualquer atividade,
como fazer ou atender um telefonema ou antes de entrar em seu carro para ir a algum
lugar.

Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam - Jesus, Lucas: 6

2. "Obrigado"

Este processo pode ser usado com, ou no lugar de, "Eu te amo". Tal como acontece
com "Eu te amo", ele pode ser repetido mentalmente, muitas e muitas vezes.

3. Água Solarizada Azul.

Beber muita água é uma prática de resolução de problemas maravilhosa,


especialmente se for água solarizada azul.

Consiga um recipiente de vidro azul, com uma tampa não metálica. Despeje a água da
torneira no recipiente. Coloque o recipiente de vidro azul no sol ou sob uma lâmpada
incandescente (não fluorescente), durante pelo menos uma hora.

Depois que a água for solarizada, ela pode ser utilizada de várias maneiras. Beba-a.
Cozinhe com ela. Enxágue seu corpo com ela, depois de um banho ou ducha.
Frutas e legumes amam ser lavados em água solarizada azul!

Como ocorre com os processos "Eu te amo" e "Obrigado", a água solarizada azul
esvazia as memórias que repetem problemas na Mente Subconsciente.
Portanto, beba-a a vontade!
106

4. Morangos e Mirtilos.

Estes frutos esvaziam as memórias. Eles podem ser consumidos frescos ou secos.
Podem ser consumidos como doces, geleias e até mesmo em forma de xarope com
sorvete!

27 de dezembro de 2005 (Um salto de volta a 2005)

Eu tive a ideia, há alguns meses, de um "glossário falante" dos "personagens"


essenciais do Self I-Dentity Ho'oponopono. Você pode se familiarizar com cada um
deles em seus momentos de lazer.

Self I-Dentity: Eu sou a Self I-Dentity. Eu sou composta de quatro elementos: a Divina
Inteligência, a Mente Superconsciente, a Mente Consciente e a Mente Subconsciente.
Minha fundação, Vazio e Infinito, é uma réplica exata da Divina Inteligência.

Divina Inteligência: Eu sou a Divina Inteligência. Eu sou o Infinito. Eu crio as Self I-


Dentities e as Inspirações. Eu transmuto as memórias em Vazio.

Mente Superconsciente: Eu sou a Mente Superconsciente. Eu supervisiono as


Mentes Consciente e Subconsciente. Eu revejo e faço as alterações necessárias na
petição do Ho'oponopono à Divina Inteligência, iniciada pela Mente Consciente. Eu
não sou afetada pelas memórias que se repetem na Mente Subconsciente.
Eu sou sempre una com o Divino Criador.

Mente Consciente: Eu sou a Mente Consciente. Eu tenho o dom da escolha. Eu posso


permitir que incessantes memórias ditem experiências para mim mesma e para a
Mente Subconsciente; ou eu posso iniciar a liberação delas por meio de incessante
Ho'oponopono. Eu posso pedir instruções para a Divina Inteligência.

Mente Subconsciente: Eu sou a Mente Subconsciente. Eu sou o depósito de todas


as memórias acumuladas, desde o início da criação. Eu sou o lugar onde as
experiências são vivenciadas como memórias que se repetem ou como Inspirações.
Eu sou o lugar onde o corpo e o mundo residem como memórias que se repetem e
como Inspirações. Eu sou o lugar onde os problemas vivem como memórias reagindo.

Vazio: Eu sou o Vazio. Eu sou a base da Self I-Dentity e do Cosmos. Eu sou onde as
Inspirações brotam na Divina Inteligência, o Infinito. As memórias que se repetem na
Mente Subconsciente podem me deslocar - embora não possam me destruir -
impedindo o influxo de Inspirações da Inteligência Divina.

Infinito: Eu sou o Infinito, a Divina Inteligência. As Inspirações fluem, como rosas


frágeis, de mim para o Vazio da Self I-Dentity, facilmente deslocado pelos espinhos
das memórias.

Inspiração: Eu sou a Inspiração. Eu sou uma criação do Infinito, da Divina Inteligência.


Eu me manifesto do Vazio para a Mente Subconsciente. Eu sou experimentada como
um acontecimento totalmente novo.

Memória: Eu sou a memória. Eu sou um registro, na Mente Subconsciente, de uma


experiência passada. Quando acionada, eu repito experiências passadas.
107

Problema: Eu sou um problema. Eu sou uma memória que repete uma experiência do
passado novamente na Mente Subconsciente.

Experiência: Eu sou uma experiência. Eu sou o efeito das memórias se repetindo ou


das Inspirações, na Mente Subconsciente.

Sistema Operacional: Eu sou o sistema operacional. Eu opero a Self I-Dentity com o


Vazio, a Inspiração e as Memórias.

Ho'oponopono: Eu sou o Ho'oponopono. Eu sou um antigo processo havaiano de


resolução de problemas, atualizado para o uso atual por Morrnah Nalamaku Simeona,
Kahuna Lapa'au, reconhecida como Tesouro Vivo do Havaí em 1983. Eu sou composto
de três elementos: o arrependimento, o perdão e a transmutação.
Eu sou uma petição, iniciada pela Mente Consciente e dirigida à Divina Inteligência,
para apagar memórias de maneira a restabelecer a Self I-Dentity. Eu começo na Mente
Consciente.

Arrependimento: Eu sou o arrependimento. Eu sou o começo do Ho'oponopono, o


processo iniciado pela Mente Consciente como uma petição à Divina Inteligência, para
transmutar as memórias e apagá-las. Comigo, a Mente Consciente reconhece sua
responsabilidade pelas memórias repetindo problemas em sua Mente Subconsciente,
tendo-as criado, aceitado e acumulado.

Perdão: Eu sou o perdão. Junto com o Arrependimento, eu sou uma petição da Mente
Consciente para Divino Criador para transformar as memórias na Mente Subconsciente
em Vazio. Não é que a Mente Consciente esteja apenas triste, ela também está
pedindo perdão à Divina Inteligência.

Transmutação: Eu sou a transmutação. A Divina Inteligência me usa para neutralizar


e liberar as memórias na Mente Subconsciente. Estou disponível para uso somente
pela Divina Inteligência.

Abundância: Eu sou a abundância, a riqueza, a prosperidade. Eu sou a Self I-Dentity.

Pobreza: Eu sou a pobreza. Eu sou as substituições das memórias. Eu desloco a Self


I-Dentity, impossibilitando a infusão de Inspirações da Divina Inteligência para a Mente
Subconsciente!

Desejo-lhe paz além de toda compreensão.


A paz esteja com você,

Ihaleakala Hew Len, PhD


Presidente Emérito - The Foundation of I, Inc. Freedom of the Cosmos

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