Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Objetivos de aprendizagem
63
122
Planejamento Estratégico no Agronegócio - UNIGRAN
Seções de estudo
1.1 Introdução
Na resposta às mudanças organizacionais e ao cenário global, nenhuma
empresa pode considerar-se imune às ameaças. Por esse motivo, revisões
periódicas estratégicas de produtos versus mercado e de outras atividades, dentro
de um processo contínuo, são vitais.
Dessa forma, para estabelecer um olhar para “dentro” da organização, ou
seja, colocar em evidência as deficiências e qualidades da empresa que está sendo
analisada, os pontos fortes e fracos deverão ser determinados diante de sua atual
posição no mercado. Essa análise deve tomar como perspectiva de comparação
outras empresas do mesmo setor, sejam elas concorrentes diretas ou indiretas.
Inclinado nesse contexto, Tavares (2005) salienta que a análise do
ambiente interno é o instrumento que propicia à organização conhecer suas
competências e habilidades atuais e potenciais para dar direção e significado ao
cumprimento da sua missão e visão.
Para Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000), ainda que seja possível
encontrar diversos critérios para se classificar e avaliar o conjunto dos componentes
internos de uma empresa há um núcleo comum que não varia. O que muitas vezes
pode ser diferente é o nível de sistematização, ou seja, o rigor nos detalhes e
sofisticação, que uma proposta pode ter em relação à outra. Esse modelo proposto
64
123
Planejamento Estratégico no Agronegócio - UNIGRAN
pelos autores considera a mais comum das análises das potencialidades e fraquezas
da organização, realizada a partir das suas áreas funcionais (marketing, finanças,
recursos humanos e produção), ou dos principais recursos que permitem a atuação
da empresa, composto de funções adicionais como time gerencial, pesquisa e
desenvolvimento e sistemas de informações gerenciais, conforme sugerido pelos
autores acima.
Nessas condições, partindo-se da hipótese de que a equipe gerencial
realmente esteja empenhada em pensar estrategicamente, aconselha-se que, para
cada item descrito em cada um dos grupos de variáveis abordados nas análises
interna e externa, os membros da organização que participam do processo
decisório façam a ponderação no sentido de dizer o quanto cada item é favorável
ou desfavorável à organização.
Na realidade, além dos pontos fortes e fracos da empresa, devem-se
considerar, inclusive, os pontos neutros, que são aqueles que, em determinado
momento ou situação, não estão sendo considerados nem como deficiências nem
como qualidades da empresa. Como o planejamento é um processo dinâmico,
esses pontos neutros vão sendo encaixados como pontos fortes ou pontos fracos
ao longo do tempo (MINTZBERG, AHLSTRAND E LAMPEL, 2000).
Dentre os pontos fortes e pontos fracos destacados no ambiente interno,
têm-se:
• O produto ou Serviço: composto pela marca, embalagem, sabor,
preço, durabilidade, participação de mercado, inovação, entre outros;
• O processo: compreendido pelo custo, agilidade, qualidade, tecnologia
empregada, automação, segurança, entre outros;
• As instalações: analisado pela adequação, localização, layout interno,
conforto, entre outras;
• As máquinas e equipamentos: considerando a modernidade,
adequação, manutenção, facilidade de operação, entre outras;
• A equipe: composto pelo treinamento, capacitação, qualificação,
motivação, experiência, entre outros aspectos.
Considerando os aspectos já abordados e corroborando com essa análise,
na visão de Wright, Kroll e Parnell (2000), esse passo do processo estratégico,
ou seja, na análise do ambiente interno, exige que a administração determine a
orientação que a empresa deve tomar dentro do seu ambiente externo. Bethlem
(2004) menciona ainda que essa análise da empresa como um todo serve para
determinar a estratégia compatível com os recursos de que dispõe, inclusive para
quantificar a disponibilidade atual bem como base para o plano de obtenção de
novos recursos futuros.
65
124
Planejamento Estratégico no Agronegócio - UNIGRAN
Essas ponderações podem ser realizadas também por meio de uma escala
de cinco pontos, como sugerido por Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000): muito
desfavorável; desfavorável; neutro; favorável; e muito favorável.
Esses pontos convergem aos pontos fortes, ou seja, aos fatores,
características, competências internos à empresa que contribuem para sua
competitividade (aumento de vendas, alcance de seus objetivos e propósitos,
entre outros). Podem ser pontuados como de baixo, médio ou alto impacto para
futura priorização.
Já os pontos fracos são fatores, características e competências internos à
empresa que atrapalham e/ou prejudicam a execução e/ou alcance dos propósitos
da organização. Assim, como os pontos positivos, podem ser pontuados como de
baixo, médio ou alto impacto para futura priorização, pois, em geral, não haverá
recurso financeiro suficiente para correção de todas as fraquezas.
Para estabelecer esse cruzamento, é preciso observar analiticamente todos
os departamentos da organização e definir tudo o que é bom e ruim. Olhar cada
área e perguntar/analisar quais são os pontos fortes e quais são os pontos fracos.
Preferencialmente, deve ser feita com a participação dos colaboradores das áreas,
pois, estes serão os primeiros a indicar os pontos fortes e fracos de seu setor.
1.2 Conceitos
CONCEITO
Para elucidar o conceito mais apropriado de análise interna recorremos a Maximiano
(2008, p.235) que trata esse assunto como a “a idenƟĮcação de pontos fortes e fracos
dentro da organização anda em paralelo com a análise do ambiente”. Nesse senƟdo,
o estudo das potencialidades e fragilidades organizacionais é pautado na análise das
áreas funcionais de uma organização sejam elas vinculadas a produção, markeƟng,
recursos humanos e/ou Įnanças, além da comparação do desempenho destas áreas
com organizações de destaque, para alguns autores deĮnidos como benchmarking
que para o mesmo autor Maximiano (2008, p.235-236):
66
125
Planejamento Estratégico no Agronegócio - UNIGRAN
2.1 Análise dos pontos fortes e pontos fracos segundo a matriz SWOT
Seguindo a proposição de Peter e Certo (1993), depois de concluídas as
análises interna e externa, uma das etapas mais importantes do processo decisório
racional é o cruzamento das tendências ambientais com as condições internas da
empresa. Avaliar se um ponto interno considerado fraco, relativamente a uma
tendência ambiental tida como ameaça, trará consequências negativas de difícil
superação, ou, se os pontos fortes permitirão explorar as prováveis oportunidades,
são exemplos das avaliações que devem ser realizadas nesta etapa.
Os autores Peter e Certo (1993), ainda acrescentam que o chamado
modelo SWOT (Strenghts = Forças, Weakness = Fraquezas, Opportunities
= Oportunidades, Threats = Ameaças), é uma das mais difundidas formas de
proceder esses cruzamentos. Sua lógica é bastante simples, consiste em listar os
principais pontos fracos e fortes (obtidos a partir do julgamento da análise interna)
e as principais ameaças e oportunidades (obtidos a partir do julgamento da análise
67
126
Planejamento Estratégico no Agronegócio - UNIGRAN
68
127
Planejamento Estratégico no Agronegócio - UNIGRAN
69
128
Planejamento Estratégico no Agronegócio - UNIGRAN
Figura 3: Liderança
70
129
Planejamento Estratégico no Agronegócio - UNIGRAN
71
130
Planejamento Estratégico no Agronegócio - UNIGRAN
Figura 8: Operações
72
131
Planejamento Estratégico no Agronegócio - UNIGRAN
Figura 9: Clientes
Para cada uma das oito dimensões será atribuída uma pontuação, sendo
possível verificar imediatamente até que ponto a empresa é competitiva ou necessita
de agir rapidamente no sentido de melhorar e em que áreas deverão agir com mais
intensidade. No último separador é apresentado um sumário com o diagnóstico
final que o ajudará a identificar as forças, fraquezas, ameaças e oportunidades.
Esta folha de cálculo é compatível com o Microsoft Excel versão 2007 ou
superior e utiliza macros que terão de ser ativadas. A folha está preenchida com
dados de demonstração (http://www.portal-gestao.com, 2014).
74
133
Planejamento Estratégico no Agronegócio - UNIGRAN
Ou seja, cada elo dessa cadeia de atividades está ligado à seguinte estrutura.
Nessa perspectiva, adquirir vantagem competitiva utilizando a cadeia de valor como
ferramenta estratégica, a organização necessita compreender toda a sua cadeia assim
como dos seus principais concorrentes, como percebido por Maximiano (2008) na
utilização da técnica do benchmarking principalmente na determinação dos custos
para possibilitar uma vantagem competitiva de liderança estratégica.
75
134
Planejamento Estratégico no Agronegócio - UNIGRAN
Sugestão de leitura
76