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A NATUREZA QUER VIVER

O futuro parece incerto

Conseqüência do passado
Terra viva, ou será que é deserto

Veja o mundo contaminado


O futuro desse chão a mãe terra está clamando
Consciência é a solução
Da esperança nasce a vida
E preciso plantar, é preciso colher
Resistir, preservar nosso mundo
E o planeta viver
E a juventude crescer
Essa luta é vencer ou vencer.
Vida, a natureza quer vida
A humanidade precisa REFRÃO
Evoluir o saber
Sem destruir, sem morrer.

Composição: Francisco Freitas Amazonas


Lamento de Gaia E no inegável prazer da
confusão
Não entendo como tu me
amas Tu de deleitas com teu feito

Me feres, trucidas, me
esgana
E te envolves no teu ego.
Chamas por mim, mas não
Teu sorriso de cinismo e
me escuta.
vaidade e a letra;
Nesse monólogo, vou me
E o zumbir robótico de tuas
subtraindo
maquinas,
O meu seio te envenena a
Sirenes e armas de guerras
mente
é a melodia dessa mórbida
E a tua mão me sufoca a voz canção

Tu, a criatura perfeita Meus jardins caíram e a flor


que é regada com lagrimas
Imácula, minha obra-prima. de chorume.
Foste acrescido de todos os Contudo, não darei lugar ao
privilégios Caos
Banhados em manjares Sou um Ser, sou Orgânico,
tenho vida.
Concebido com a pureza
Resisto e não me retiro.
Que emana das minhas
veias O teu algoz será o espelho
Promovo tua vida Se insistires na pestilência
de tua loucura.
Com um sutil amor de mãe.
Tu és tão jovem, não exclua
Mesmo assim insuflas, a tua razão.
agitas, delatas minha
criação. Por isso,transforma tuas
utopias. Abaixa os fuzis,
Teu desejo dissimulado de concretiza o abstrato,
beijar o sol rasgando com cristaliza teu agir.
concreto
Antes que a Morfina dos
Minha pele me escarnece, Devaneios se esvaia.
me mutila.
E na Lei Natural dos
Encontros tu te encerres
conhecendo a minha dor

Edwin Costa

O ano nem é tão distante. Tudo parece absurdo. As nuvens são pesadas e
escuras. O Jardim do Éden, hoje não passa de um complexo fabril raivoso,
com suas chaminés imponentes que vomitam toneladas de veneno. Há muito o
brilho das estrelas fora esquecido, ofuscado pelos artifícios da ciência. O
Tempo burlou o seguimento lógico dos acontecimentos, e ao invés de evoluir a
humanidade regrediu. E tudo o que resta agora, são lembranças fragmentadas
de um planeta natural composto por inúmeras espécies das quais nos traziam
o sustento à vida. E mesmo assim, o pouco que ainda sobrou não é
preservado.

CENA 1 ( Família)

FILHO1: - Ei! Olha lá! Não perde esse não. Mira bem na cabeça dele vai!

FILHO2: - Pra onde ele acha que vai com a asa quebrada? Hahaha!

FILHO1: - Vamos lá ver. Acho que ele caiu bem ali. (saem correndo).

PAI – Oh menino pra onde vocês vão, nessa pressa?

FILHO2- Vamos pegar o bichinho ali pai, oh o mano não errou a mira!

PAI- Hahaha! Esses são meus mesmo, não negam o sangue que tem!

(Mãe limpando seus quadros)

MÃE- Ai de novo essas pragas, vou já da um jeito nisso, ficam estragando as


imagens dos meus anjinhos! (sai e vai ate o quintal).

MÃE- Há são vocês que atraem esses bichinhos malditos pro meu santuário!
(ela arranca as plantas e leva a criança). Não sei como tem gente que ainda diz
que essas coisinhas são úteis pra nós, ta vendo filha você não vai ser uma
dessas pessoas que acredita que uma plantinha dessas vai fazer alguma coisa.

Nessa mesma época alguém já gritava anunciando com aspereza que um dia
nosso planeta sucumbiria ao flagelo. Se tornaria um deserto estático cuja única
esperança estaria depositada numa das formas de vida mais frágeis e
singelas.Uma flor, a qual somente uma pessoa poderia encontrá-la e que teria
o mesmo nome dela.Mas sua lucidez não era confiável, por isso era ignorado e
visto como louco.(pessoas zombando dele).
LOUCO- Peguem senhores suas mascaras e se escondam nas sombras. A
terra esta enlouquecendo. A vida vai ser dizimada. A criança! A criança!
Encontrem a criança! Encontrem a flor!

O desrespeito com a vida era tão grande e a ignorância só aumentava As


guerras genocidaram à humanidade sem motivo algum, todos estavam cegos
para o que estava acontecendo.

(Família sendo executada, a criança é arrancada da mãe e é abandonada,


chega o louco e a leva).

2º FASE- O tempo passou a terra seca e infértil, já não dava frutos. O ar


carregado de toda sujeira, não era naturalmente respirável. Os combustíveis
fossem esgotaram e a terra mergulhou na mais profunda escuridão.

(sons do vazio...) Vitoria lamentando a destruição, as flores mortas, tudo um


caos.

VITORIA-Meu Deus a que ponto chegamos? Fazemos-nos de vitimas mas na


verdade não percebemos que somos nós os vilões disso tudo, somos os
culpados pela nossa destruição.Meu Deus, será que ainda existe uma solução?

(Pessoas usando mascaras).

AMIGO1- Vitoria não se desespere cremos que ainda há uma solução.

AMIGO2-Ouvimos dizer que ao norte, ainda existem flores vivas mais que são
poucas.

AMIGO3- É e são poucas porque vivem na água e a água que temos esta
envenenada, eles a chamam de Vitória-Régia elas são fortes e por isso que
são as únicas que resistiram.

VITORIA- Uma flor que nos trás a idéia de esperança com o meu nome?Eu
nunca ouvi falar.

AMIGO1-Sim. Vamos procurá-la então?

VITORIA- Se há uma esperança e essa esta numa flor, faremos de tudo para
encontrá-la, mesmo sabendo que não será tão fácil,não desistiremos,
precisamos dela assim como ela precisa de nós. Vamos!

Em busca de esperança, Vitoria e seu grupo partiu. E nessa empreitada,


descobriram que eles não eram os únicos. Infelizmente, não encontraram a tal
flor, pois quando chegaram ela já não mais existia. A flor não passava de um
mito. Foi quando perceberam a artimanha do Tempo. Na verdade, a flor que
tanto procuravam, estava em cada um deles, convertida em consciência e
valorização pela Vida que dá a vida. Disseminando esse pensamento, foram
‘reflorestando’ o deserto em que se encontravam suas mentes, semeando
assim um novo horizonte.

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