Você está na página 1de 20

MANUAL DO/A FORMANDO/A

MÓDULO 1780

Formadora: Maria Teresa de Paiva Lages

MOD.FP.040.01
FICHA TÉCNICA

Tipologia de Recurso: Manual do Curso/Módulo 1780


Curso: Costureiro/a Modista
Formador: Maria Teresa de Paiva Lages
Autoria: Maria Teresa de Paiva Lages
Data: setembro de 2021
Conteúdo
FICHA TÉCNICA....................................................................................................................................... 1
Índice de figuras..................................................................................................................................... 2
Objetivo geral:................................................................................................................................................ 3
Objetivos específicos: .................................................................................................................................... 3
INTRODUÇÃO......................................................................................................................................... 4
Corte camisas......................................................................................................................................... 6
Elaboração do estudo de encaixe............................................................................................................ 9
Elaboração do risco .............................................................................................................................. 11
Corte do tecido .................................................................................................................................... 12
Corte de entretelas .............................................................................................................................. 15
Conclusão ............................................................................................................................................ 16
BIBLIOGRAFIA/WEBGRAFIA .................................................................................................................. 18

MOD.FP.040.01 1 de 20
Índice de figuras

Figura 1 - camisa clássica ................................................................................................................................... 6


Figura 2 - Esboço de uma camisa clássica ......................................................................................................... 6
Figura 3 - Plano de corte.................................................................................................................................... 8
Figura 4 - camisa com padrões .......................................................................................................................... 9
Figura 5 – Estudo de encaixe ........................................................................................................................... 10
Figura 6 - Estudo de risco ................................................................................................................................ 11
Figura 7 - Molde base ...................................................................................................................................... 14

MOD.FP.040.01 2 de 20
Objetivos do curso

Objetivo geral:

Cortar de camisa

Objetivos específicos:

Corte de camisas em tecidos lisos, e riscas


Elaboração do estudo de encaixe
Elaboração do risco
Corte do tecido
Corte de entretelas

No final da formação o formando deverá ser capaz de:

Planear o corte da camisa


Escolher o tecido
Ajustar linhas
Elaborar um encaixe eficiente
Cortar sem riscos
Cortar e colar entretelas

MOD.FP.040.01 3 de 20
INTRODUÇÃO

O crescimento económico que se vem a verificar em Portugal na área da indústria têxtil e Vestuário,
o aumento da procura internacional, fez com que Portugal fica-se deficitário em mão de obra
especializada nestes sectores. Na análise segmentada aos dados finais de 2016 – que mostram a
"Balança Comercial dos Têxteis e suas Obras" com um saldo positivo de 1.151 milhões de euros,
com uma taxa de cobertura de 129% -, o destaque vai para o subsector do vestuário e acessórios de
malhas, que subiu as vendas ao estrangeiro em 12%, num acréscimo absoluto de 227 milhões euros
no ano passado. Os 5.063 milhões de euros obtidos na exportação em 2016 superam as últimas
estimativas da ATP, que rondavam os 5.055 milhões, e confirmam que o sector, constituído por seis
mil empresas que empregam perto de 134 mil pessoas – equivale a 20% do emprego da indústria
transformadora –, antecipa o "cenário de ouro" para as exportações que o Plano Estratégico para o
"Cluster Têxtil e Moda 2020", divulgado em setembro de 2014, previa para o final da década. Face
a estes números, é imperativo a criação de cursos de formação nesta área, para evitar o
deslocamento das Empresas para outros Países.

A metodologia da UFCD, 1780, cortar camisas deverá ser centrada no formando, enquanto principal
responsável pela gestão das suas próprias aprendizagens, privilegiando-se, deste modo, as atuais
correntes de pedagogia ativa.

O formador deverá, então, assumir-se como o facilitador das aprendizagens, procedendo a uma
intervenção pedagógica diferenciada, focalizada no apoio e no acompanhamento da progressão de
cada formando.

Os processos formativos devem respeitar o ritmo individual de cada indivíduo, o que estimulará o
desenvolvimento das capacidades de autonomia, iniciativa e autoaprendizagem, indispensáveis à
plena integração do público no mercado de trabalho.

Preconiza-se, assim, uma metodologia ativa e participativa baseada em exposições ilustradas com
exemplos concretos, com recurso a exercícios práticos e dinâmicas de grupo.

A abordagem/aprofundamento dos temas deverá ser ajustada aos interesses e necessidades dos
formandos.

O formador deverá fomentar a dinâmica de grupo, através da exploração de materiais didáticos, em


suportes diversificados, recorrendo a técnicas que favoreçam a interação e a entreajuda dos
formandos.

A UFCD, 1780 CORTAR CAMISA, tem por finalidade a integração dos formandos deste pequeno
modulo, no mercado de trabalho do setor têxtil / artesanato ou ainda encontrar uma forma de criar
o seu próprio emprego.

MOD.FP.040.01 4 de 20
A indústria têxtil em geral, e particularmente a indústria do vestuário, vive momentos de grande
dificuldade.

Neste momento, a falta de mão-de-obra qualificada, sobretudo com o envelhecimento das antigas
costureiras, tem colocado várias empresas em situações difíceis de sobrevivência.

As causas são múltiplas, a começar por uma adaptação necessária de mão de obra altamente
qualificada para responder aos condicionalismos impostos por um mercado altamente
concorrencial, evolutivo, e cada vez mais exigente em termos de qualidade, prazos de entrega,
criatividade e preços.

Automatização dos processos operatórios, sempre que possível; Implantação de sistemas de


organização do ciclo produtivo, capazes de dar respostas rápidas às exigências do mercado no que
diz respeito a prazos de entrega e flexibilidade de produção; Redução dos custos da não-qualidade;
Boa relação qualidade/preço;”

Nesta formação de 25 horas vamos tentar atingir os objetivos, dotando os formandos das
ferramentas necessárias para que numa próxima procura de trabalho saibam, pelo menos,
reconhecer as “ferramentas” que vão utilizar.

MOD.FP.040.01 5 de 20
Corte camisas
Materiais:

Mesa de corte
Tesoura
Tecido
Molde
Papel
Giz
Régua de modelagem
Carretilha

Figura 1 - camisa clássica

 Camisa clássica passo a passo: tecidos e corte

Antes de cortar o material, quero dar


uns conselhos sobre os tecidos
adequados para este projeto. A fibra
ideal para este fim é o algodão – a
fibra mais usada em roupas e
provavelmente a mais versátil. Ela
passará à camisa suas propriedades
de absorção de suor, frescura,
conforto e leveza. E, muito mais
importante para nós que vamos fazer
essa camisa, o tecido de algodão Figura 2 - Esboço de uma camisa clássica
geralmente é fácil de costurar. Ele
não enrodilha tanto como o linho, mas vinca muito bem sob o ferro. Como aceita temperaturas
altas, podemos passá-lo até ficar com dobras duradouras.

MOD.FP.040.01 6 de 20
Antes de começar a cortar o tecido faça o teste: pegue um
retalho de tecido de algodão e outro de sintético similar. Tente
vincar os dois da mesma forma. Se usar temperaturas baixas
para os dois, o de algodão vincará um pouco, e o sintético
também. Agora aumente temperatura do ferro. O tecido de
algodão assumirá um vinco ideal para costura, enquanto o
tecido sintético queimará como um plástico, geralmente fica
escuro. (Não recomendo, na verdade, passar o sintético com
uma temperatura alta sem proteção no ferro. Use no máximo a
temperatura indicada para sintéticos na regulagem do ferro.)
Além de ser mais estável e mais fácil de costurar, o tecido de
algodão chegará aos melhores resultados em menos tempo e permite efeitos de costura e
modelagem que outras fibras dificultam. Sem falar que é mais bonito!

A opção mais usada para camisa é o tricoline, dos quais se encontra grande variedade em
qualidade e acabamentos. Escolha sempre o 100% algodão para aproveitar as vantagens de que
falei. Dentre estes, existem os mais simples e os mais luxuosos – que incluem alta numeração de
fio penteado. Use este somente depois de muita prática! Prefira também, se estiver a começar,
tecidos lisos, sem estampas nem linhas, para evitar gastar muito tempo a planear o encaixe de
motivos nas costuras, na frente da camisa e na gola. O tricoline também pode ser encontrado na
versão acetinada, que tem um brilho suave. É um pouco mais leve e fino que o comum.

Outra opção próxima do tricoline é a cambraia, um tecido mais leve e fino que o tricoline, que pode
ser de seda, algodão, linho. Novamente, escolha 100% algodão se é iniciante. Por ser mais fino, é
um pouco mais difícil de manusear que o tricoline. A cambraia de algodão também se encontra na
versão acetinada.

Para descobrir a metragem de tecido necessária, prepare uma mesa de pelo menos 70cm de largura,
que é a largura do tecido dobrado. Marque sobre a mesa, com fita crepe, a largura do tecido, para
poder então posicionar os moldes sobre a mesa e simular o plano de corte. Meça então a altura de
tecido mínima para o projeto.

MOD.FP.040.01 7 de 20
Plano de corte camisa

Figura 3 - Plano de corte

Preparação do tecido

Matéria têxtil

As matérias-primas utilizadas na indústria têxtil são diversas, e a principal finalidade é proporcionar,


ao mercado e às organizações, as mais distintas soluções em fibras. Nesse sentido, é primordial que
os colaboradores do setor de vestuários conheçam os tipos de tecido e como cada material utilizado
se comporta.

Dessa forma, eles poderão direcionar com propriedade qual trama de tecido é mais adequada a
cada modelo de roupa. Por isso, é importante saber que as matérias-primas aplicadas na indústria
têxtil podem ser de origem química ou natural.

Os fios que provêm da natureza podem ser de fonte animal, por exemplo, a lã, a seda, ou vegetal,
como linho, o algodão e o rami. Já as matérias-primas de origem química aplicadas na indústria têxtil
podem ser de procedência vegetal ou petroquímica e classificadas como artificiais e sintéticas, como
o acetato e viscose.

MOD.FP.040.01 8 de 20
Só corte o tecido depois de o preparar adequadamente.

Tenha em conta o fio do tecido


A textura
A medida da peça

Corte

Com os ajustes feitos e os moldes prontos, confira-os uma última vez.

Estique o tecido sobre uma superfície grande o suficiente para acomodar a sua extensão. Posicione
os moldes sobre o tecido e observe as indicações do fio do mesmo, o número de vezes que cada
peça deve ser cortada, e quais as que podem ser dispostas sobre a dobra. Neste ponto, a gola e o
pé de gola não serão cortados. A foto anterior pode servir como plano de corte, mas sem a gola e o
pé de gola, e com o punho mais uma vez.

Para conferir se o fio do molde está paralelo ao fio do tecido, meça a distância entre a linha do fio e
a ourela na extremidade superior e inferior do molde. Se a distância for a mesma, confirma-se que
o molde está paralelo.

Meta pesos sobre os moldes para estes não se deslocarem, depois é só riscar com giz. Tire os pesos
e alfinete os cantos do desenho do molde.

Corte com uma tesoura bem afiada, levantando o tecido o


mínimo possível, só o quanto é necessário para passar a lâmina
da tesoura. Não mova o tecido do lugar. Assim garante que o
tecido será cortado no tamanho e na forma exata do molde.

Nos tecidos de riscas ou linhas terá de ter em conta a posição de


cada uma delas, a parte de trás da camisa deverá casar com a
parte da frente. Assim sendo as linhas deverão unir-se
perfeitamente, na parte dos botões as linhas deverão estar
alinhadas.

Figura 4 - camisa com padrões

Elaboração do estudo de encaixe

MOD.FP.040.01 9 de 20
Figura 5 – Estudo de encaixe

Estudo de encaixe

 Coloque sobre a mesa várias folhas de tecido, atenção ao fio e á medida da mesa.

 Coloque as peças do molde no enfesto a parte reta do molde

 Tente encaixar as partes da manga nos espaços deixados pelo resto do molde, aproveite
bem os espaços – meta o molde sempre no sentido do fio

 Aproveite os espaços deixados pelo molde para colocar o molde dos vivos para os bolsos

 As golas podem colocar-se no sentido horizontal dependendo do modelo a confecionar.

O aproveitamento de todos os espaços na mesa de corte permite poupar cerca de 20% de tecido no
final do corte. As empresas modernas usam o CAD, Software que permite fazer os moldes em serie
e o estudo do encaixe, tornando-as mais eficientes e competitivas.

10 de
MOD.FP.040.01 20
Elaboração do risco

Figura 6 - Estudo de risco

11 de
MOD.FP.040.01 20
 RISCO CORTE COSTURA

O visual, e a qualidade da roupa, dependem, além de uma boa modelagem, do conhecimento e da


destreza dos profissionais de corte, risco e costura

Riscar a modelagem no tecido exige o uso de algumas regras, para que a roupa pronta fique perfeita,
sem defeitos ... sabe quando um lado fica diferente do outro, deformando a roupa, ou a costura
entorta, fica fora do lugar ... então, no tecido plano, provavelmente não foi erro nem de modelagem,
nem de costura, e sim o posicionamento errado do molde sobre o tecido, causando várias
deformações e imperfeições na roupa pronta e, mesmo se tentássemos concertar a roupa , essa
ficaria sempre imperfeita

esses problemas são evitados com regras simples de risco,

seguindo as orientações do fio do molde como já falei anteriormente.

O corte deve ser feito após ter sido riscado o molde no tecido e é necessário que haja firmeza nas
mãos para cortar o molde exatamente como está riscado. sem aumentar ou diminuir a peça. Pode
ser utilizada a tesoura própria para tecidos, máquina de cortar piloto, para o corte de uma ou duas
peças, ou máquina de corte a disco ou de faca, para produções maiores.

Ao costurar, é preciso muito conhecimento, na qual a mistura das habilidades manuais e a escolha
dentre as diversas técnicas de costura, tipos de acabamento e regulagem da máquina, determinam
a qualidade e resultam em roupas desde as mais baratas até as peças mais elaboradas e caras,

às vezes com a mesma modelagem.

Corte do tecido
Saber como cortar tecido sem prejudicar o caimento da peça ou desperdiçar material não é uma
tarefa tão simples. Além de conhecer as características de cada fibra, é necessário ter conhecimento
das técnicas certas, ajustar o posicionamento do molde e alinhar as estampas.

Pode começar por:

 Encontrar o lado e a direção do tecido

12 de
MOD.FP.040.01 20
Todo tecido tem lado e direção, e saber identificá-los é essencial para garantir precisão no corte. O
lado direito é o que deve ficar para fora quando a roupa for costurada, enquanto o lado avesso fica
para dentro.

Alguns tecidos são mais fáceis de identificar, como as estampadas, em jeans, veludo ou outros
materiais com textura acentuada. No caso onde não há diferença na composição, vai ser a costureira
a determinar o lado do tecido.

 como cortar tecido - lado e direção

Identificar o lado avesso é o primeiro passo no corte de tecido, pois é nele que as marcações serão
feitas e o molde será baseado.

A direção da fibra vai dizer o sentido em que o corte será feito, baseando-se sempre na ourela, que
é o acabamento lateral da peça. A decisão é feita de acordo com a elasticidade e caimento
desejados, já que cada sentido contribui para o resultado final da roupa.

Quando o fio é posicionado paralelamente à ourela e cortado no sentido do comprimento, é


chamado de urdume. Esse tipo de corte proporciona mais resistência ao tecido, diminuindo
possíveis deformações.

O corte feito em direção à trama forma um ângulo de 90º com a ourela, entregando leveza e volume.
Outro corte de tecido muito utilizado na confeção de moda é no sentido do viés, que é feito em um
ângulo de 45º e garante maleabilidade e elasticidade para as peças.

 As especificidades da fibra

Saber como cortar tecido sem desfiar ou prejudicar o caimento envolve conhecer bem a fibra com
a qual você está a trabalhar. Tecidos finos, por exemplo, são delicados e são mais difíceis de
manusear, por isso, é indicado colocar um papel de seda por baixo e cortar os dois materiais de uma
só vez.

Couro e outras fibras resistentes devem ser cortadas em uma tábua própria e com cortadores
rotativos. Peles falsas, ao contrário do habitual, apresentam melhor resultado quando cortadas do
lado avesso.

Outro passo importante é saber se o tecido encolhe depois dos processos de lavagem e secagem.
Caso não tenha essa informação, é recomendado fazer o chamado pré-encolhimento, que consiste
em lavar um pequeno fragmento do tecido, seguindo as instruções do fabricante, e observar como
reage.

13 de
MOD.FP.040.01 20
O corte das fibras de cores sólidas normalmente é feito com o tecido dobrado ao meio, para
economizar tempo. Tecidos estampados, porém, precisam de atenção redobrada. Para não
desalinhar as padronagens, corte primeiro um conjunto de peças, usá-las como molde para
combinar as estampas e, só então, cortar os demais conjuntos.

 Use moldes e marcações

Como cortar tecido com molde é uma das principais dúvidas de quem ainda não sabe muito sobre
produção de roupas. Embora alguns alfaiates façam o corte de tecido diretamente no material, a
maneira mais fácil de acertar na modelagem é fazer um molde de papel.

como cortar tecido - molde

Além de prático e acessível, o molde de papel é um dos grandes segredos para quem quer saber
como cortar tecido corretamente.

Faça marcações com lápis, para conseguir modificar traçados incorretos, e invista em uma régua de
modelagem para auxiliar o processo. Na hora de cortar o molde, lembre-se de calcular um espaço
extra para a borda – normalmente, esse espaço mede de 1 a 2 cm.

Modelos similares têm cortes parecidos, o que facilita bastante na hora de cortar as peças da sua
coleção. Ao mesmo tempo, cada corpo tem proporções diferentes e cada detalhe acrescenta novas
dimensões ao molde. Fazer um molde base pode ajudar bastante, mas tenha em mente que essas
medidas não serão eternas.

Figura 7 - Molde base

14 de
MOD.FP.040.01 20
Corte de entretelas

Existem vários tipos de entretela, a escolha é feita de acordo com a estrutura que se deseja dar à
peça.

 Entretela de TNT: conhecida também por “entretela de papel”. É um dos tipos mais baratos
e acessíveis. Pode ser encontrada em diversas espessuras e é fácil de aplicar. A desvantagem
é que se arrodilha e rasga com mais facilidade e é difícil conseguir reaproveitá-la.

 Entretela de Tecido plano: é uma entretela um pouco mais cara, mas também com mais
benefícios. A estrutura é com fios na trama e urdume, ou seja, semelhante ao tecido. Por
isso, é mais encorpada e mais resistente. Pode ser reaplicada caso aplicação não tenha sido
satisfatória e a costureira precise refazer.

 Entretela de malha: entre os tipos de entretela, esse é o que mais mantém o caimento do
Tecido, já que a entretela de malha é mais maleável. É usada geralmente em peças de malha,
tecidos finos e em alfaiataria. Apesar de encorpar a peça, a entretela de malha não deixa a
roupa dura.

A qualidade da entretela é definida por alguns aspetos fundamentais: a cor, a uniformidade na


aplicação de sua resina, a qualidade da colagem (que tem de ser perfeita e não pode apresentar
bolhas) e a resistência às sucessivas lavagens.

Resumo

Finalidade: Reforçar e evitar a deformação de determinadas partes de uma peça de vestuário.

Aplicação: Partes inteiras, como golas, punhos e lapelas ou áreas da peça de vestuário, como a
frente, bainha, decote, cavas e fendas.

Critérios de seleção: Antes de fazer a aplicação é necessário levar em consideração que a entretela
utilizada dependerá das características do tecido que precisa ser entretelado. Depois de escolher a
entretela correta, é importante analisar qual parte da peça irá precisar de reforço (gola, punho ou
cós, por exemplo). E por fim, qual caimento que essa roupa precisa ter, se mais firme ou mais leve.

Entretelas costuráveis: Alinhave antes de costurar para melhorar o acabamento.

15 de
MOD.FP.040.01 20
Entretelas termocolantes: Corte a entretela no formato do molde e posicione o lado com cola
(geralmente mais brilhante ou mais áspero) sobre o avesso do tecido. Deixe o ferro numa
temperatura média e aplique pressionando o ferro sobre a entretela sem passar de um lado para o
outro. Espere que esfrie para costurar.

Para cortar a entretela use o molde.

Conclusão

O tema proposto, além de causar imensa curiosidade, mostrou-se, desde o início,


bastante difícil de ser tratado, na medida em que a história do vestuário, especialmente para o
período medieval, tem tido muito pouco desenvolvimento em Portugal. A inexistência de peças
reais para análise, além da escassa documentação até hoje coligida e dos poucos investimentos
historiográficos, nos levou a apoiar a nossa investigação maioritariamente em autores
estrangeiros e a partir de então direcionarmos suas teorias para o caso português e tomarmos
nossas próprias conclusões. Dito isto, para esta investigação acerca do vestuário dentro da
História da Arte em Portugal, a contextualização histórica e artística, mais do que essencial,
revela como estes dois objetos de estudo – arte e indumentária – estão sensivelmente ligados.
Depois de toda uma contextualização acerca da representação feminina na arte gótica e
ainda uma reflexão relativa à condição da mulher na Idade Média, a partir do segundo capítulo
desenvolvemos sobre o traje e a moda feminina na Europa nos séculos XIV e XV. Este
desenvolvimento teve por objetivo evidenciar as teorias de alguns dos principais investigadores
sobre história da indumentária e descrever grande parte do conjunto das peças que compunham
o traje daquele período.
Ao iniciar a análise do traje das peças escolhidas, a começar pelas esculturas femininas
de Mestre Pêro, nos deparamos com características peculiares que podem e devem ser
consideradas pontos importantes na descrição do traje medieval feminino em Portugal. Mesmo
que o artista em questão tenha um padrão idealizado de fisionomia e uma plasticidade própria,
inspirada em padrões franceses, acreditamos que acabou por adotar pormenores verdadeiros da
indumentária feminina usada neste período em Portugal, principalmente no que se refere aos
ornamentos da roupa. Ainda supomos que os detalhes das mangas bifurcadas e pontiagudas,
podem vir a ser considerados uma característica do traje feminino no país no século XIV, tendo
também sido representada no jacente de Maria de Vilalobos e de Inês de Castro, não
conhecendo nós indícios desta característica em outros países.
confirma nas obras de arte por ela encomendadas.

16 de
MOD.FP.040.01 20
Em relação a modelagem, além da moulage –método bastante utilizado na alta-costura– e da
modelagem plana manual, os sistemas computadorizados surgiram para acelerar os processos de
produção das grandes indústrias, construindo moldes planos (ou bidimensionais) com um alto grau
de qualidade no espaço de tempo bastante reduzido.

O sistema CAD é o mais utilizado na atualidade nas indústrias de grande porte. Ele é composto de
um “monitor”, uma mesa digitalizadora ou scanner e um plotter.
A mesa digitalizadora é usada para se fazer as marcações de pontos ao longo das bordas de um
molde; esses pontos são convertidos em caracteres codificados (forma que o computador entende),
para então serem transferidos para o monitor. Uma vez transferidos, o computador permite fazer
alterações nos moldes, graduação e encaixe. O plotter permite a impressão dos moldes em tamanho
natural e com o encaixe, prontos para seguirem para o setor de corte. (Araújo: 1996).
Segundo o mesmo autor, a maioria dos modelistas que trabalha com esses sistemas
computadorizados, prefere fazer manualmente o molde base (feito sempre em tamanho médio,
para facilitar a graduação) e depois digitalizá-lo para o computador e, então, fazer alterações,
graduações, etc.

Esses sistemas possuem funções que permitem a qualidade total. Entre esta, podemos citar:

• O arquivamento dos moldes na memória do computador, evitando os danos causados pelos


moldes feitos manualmente em papel Kraft; Precisão nas medidas, obtendo assim moldes perfeitos;
• Desenho e impressão de peças com encaixe, apenas em alguns segundos, caso venham ser
utilizados novamente, formando outros lotes para a produção.
O sistema “Accumarc Silhouete”, permite ao modelista o uso de suas ferramentas preferidas. Ele é
uma combinação da automatização computadorizada com o desenho.

Nele encontram-se todas as ferramentas utilizadas na modelagem plana manual, permitindo ao


modelista o uso ou não das mesmas.

Nestes primeiros cinco anos do século XXI, transformações contínuas ocorrem na base do sistema
do vestuário.

As indústrias de confeção procuram novas tecnologias para melhorar o processo de produção


sempre com novos diferenciais para competirem no mercado, atendendo uma clientela que está
sempre a exigir mais conforto e mais qualidade como uma forma de valorização da estética.

Nesse contexto, a escolha do tipo de modelagem a ser utilizada se apresenta como um diferencial,
uma ferramenta de fundamental importância para o desenvolvimento dos modelos com um alto
padrão de qualidade.

17 de
MOD.FP.040.01 20
Com isso, o profissional, acima de tudo, deve saber relacionar o modelo a ser desenvolvido com a
segmentação de mercado consumidor e / ou cliente específico, para obter modelagens no “design”
do vestuário pautado no conforto, na praticidade, funcionalidade, além do aspeto estético visua

BIBLIOGRAFIA/WEBGRAFIA

Manual do curso de modelagem e confeção 2003, Escalado, Maria Teresa de Paiva Lages
WEB. Título O TRAJE E A MODA NA ARTE EM PORTUGAL
NOS SÉCULOS XIV E XV: CARACTERÍSTICAS E
REPRESENTAÇÕES
Autor/a Lis Madeira Farias
Orientador/a Professora Doutora Joana Filipa Fonseca Antunes
Ano 2017
file:///C:/Users/teres/OneDrive/%C3%81rea%20de%20Trabalho/S%C3%A9culo%20XX_%201910%20-
%20Evolu%C3%A7%C3%A3o%20da%20moda.html----------evolução da moda

Tecnologia de costura Web


file:///C:/Users/teres/OneDrive/%C3%81rea%20de%20Trabalho/_tecnologia%20da%20costura.pdf
1st July 2013RenataCamisa 7 Comments

FIM

18 de
MOD.FP.040.01 20

Você também pode gostar