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Manual 1780
Manual 1780
MÓDULO 1780
MOD.FP.040.01
FICHA TÉCNICA
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Índice de figuras
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Objetivos do curso
Objetivo geral:
Cortar de camisa
Objetivos específicos:
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INTRODUÇÃO
O crescimento económico que se vem a verificar em Portugal na área da indústria têxtil e Vestuário,
o aumento da procura internacional, fez com que Portugal fica-se deficitário em mão de obra
especializada nestes sectores. Na análise segmentada aos dados finais de 2016 – que mostram a
"Balança Comercial dos Têxteis e suas Obras" com um saldo positivo de 1.151 milhões de euros,
com uma taxa de cobertura de 129% -, o destaque vai para o subsector do vestuário e acessórios de
malhas, que subiu as vendas ao estrangeiro em 12%, num acréscimo absoluto de 227 milhões euros
no ano passado. Os 5.063 milhões de euros obtidos na exportação em 2016 superam as últimas
estimativas da ATP, que rondavam os 5.055 milhões, e confirmam que o sector, constituído por seis
mil empresas que empregam perto de 134 mil pessoas – equivale a 20% do emprego da indústria
transformadora –, antecipa o "cenário de ouro" para as exportações que o Plano Estratégico para o
"Cluster Têxtil e Moda 2020", divulgado em setembro de 2014, previa para o final da década. Face
a estes números, é imperativo a criação de cursos de formação nesta área, para evitar o
deslocamento das Empresas para outros Países.
A metodologia da UFCD, 1780, cortar camisas deverá ser centrada no formando, enquanto principal
responsável pela gestão das suas próprias aprendizagens, privilegiando-se, deste modo, as atuais
correntes de pedagogia ativa.
O formador deverá, então, assumir-se como o facilitador das aprendizagens, procedendo a uma
intervenção pedagógica diferenciada, focalizada no apoio e no acompanhamento da progressão de
cada formando.
Os processos formativos devem respeitar o ritmo individual de cada indivíduo, o que estimulará o
desenvolvimento das capacidades de autonomia, iniciativa e autoaprendizagem, indispensáveis à
plena integração do público no mercado de trabalho.
Preconiza-se, assim, uma metodologia ativa e participativa baseada em exposições ilustradas com
exemplos concretos, com recurso a exercícios práticos e dinâmicas de grupo.
A abordagem/aprofundamento dos temas deverá ser ajustada aos interesses e necessidades dos
formandos.
A UFCD, 1780 CORTAR CAMISA, tem por finalidade a integração dos formandos deste pequeno
modulo, no mercado de trabalho do setor têxtil / artesanato ou ainda encontrar uma forma de criar
o seu próprio emprego.
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A indústria têxtil em geral, e particularmente a indústria do vestuário, vive momentos de grande
dificuldade.
Neste momento, a falta de mão-de-obra qualificada, sobretudo com o envelhecimento das antigas
costureiras, tem colocado várias empresas em situações difíceis de sobrevivência.
As causas são múltiplas, a começar por uma adaptação necessária de mão de obra altamente
qualificada para responder aos condicionalismos impostos por um mercado altamente
concorrencial, evolutivo, e cada vez mais exigente em termos de qualidade, prazos de entrega,
criatividade e preços.
Nesta formação de 25 horas vamos tentar atingir os objetivos, dotando os formandos das
ferramentas necessárias para que numa próxima procura de trabalho saibam, pelo menos,
reconhecer as “ferramentas” que vão utilizar.
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Corte camisas
Materiais:
Mesa de corte
Tesoura
Tecido
Molde
Papel
Giz
Régua de modelagem
Carretilha
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Antes de começar a cortar o tecido faça o teste: pegue um
retalho de tecido de algodão e outro de sintético similar. Tente
vincar os dois da mesma forma. Se usar temperaturas baixas
para os dois, o de algodão vincará um pouco, e o sintético
também. Agora aumente temperatura do ferro. O tecido de
algodão assumirá um vinco ideal para costura, enquanto o
tecido sintético queimará como um plástico, geralmente fica
escuro. (Não recomendo, na verdade, passar o sintético com
uma temperatura alta sem proteção no ferro. Use no máximo a
temperatura indicada para sintéticos na regulagem do ferro.)
Além de ser mais estável e mais fácil de costurar, o tecido de
algodão chegará aos melhores resultados em menos tempo e permite efeitos de costura e
modelagem que outras fibras dificultam. Sem falar que é mais bonito!
A opção mais usada para camisa é o tricoline, dos quais se encontra grande variedade em
qualidade e acabamentos. Escolha sempre o 100% algodão para aproveitar as vantagens de que
falei. Dentre estes, existem os mais simples e os mais luxuosos – que incluem alta numeração de
fio penteado. Use este somente depois de muita prática! Prefira também, se estiver a começar,
tecidos lisos, sem estampas nem linhas, para evitar gastar muito tempo a planear o encaixe de
motivos nas costuras, na frente da camisa e na gola. O tricoline também pode ser encontrado na
versão acetinada, que tem um brilho suave. É um pouco mais leve e fino que o comum.
Outra opção próxima do tricoline é a cambraia, um tecido mais leve e fino que o tricoline, que pode
ser de seda, algodão, linho. Novamente, escolha 100% algodão se é iniciante. Por ser mais fino, é
um pouco mais difícil de manusear que o tricoline. A cambraia de algodão também se encontra na
versão acetinada.
Para descobrir a metragem de tecido necessária, prepare uma mesa de pelo menos 70cm de largura,
que é a largura do tecido dobrado. Marque sobre a mesa, com fita crepe, a largura do tecido, para
poder então posicionar os moldes sobre a mesa e simular o plano de corte. Meça então a altura de
tecido mínima para o projeto.
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Plano de corte camisa
Preparação do tecido
Matéria têxtil
Dessa forma, eles poderão direcionar com propriedade qual trama de tecido é mais adequada a
cada modelo de roupa. Por isso, é importante saber que as matérias-primas aplicadas na indústria
têxtil podem ser de origem química ou natural.
Os fios que provêm da natureza podem ser de fonte animal, por exemplo, a lã, a seda, ou vegetal,
como linho, o algodão e o rami. Já as matérias-primas de origem química aplicadas na indústria têxtil
podem ser de procedência vegetal ou petroquímica e classificadas como artificiais e sintéticas, como
o acetato e viscose.
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Só corte o tecido depois de o preparar adequadamente.
Corte
Estique o tecido sobre uma superfície grande o suficiente para acomodar a sua extensão. Posicione
os moldes sobre o tecido e observe as indicações do fio do mesmo, o número de vezes que cada
peça deve ser cortada, e quais as que podem ser dispostas sobre a dobra. Neste ponto, a gola e o
pé de gola não serão cortados. A foto anterior pode servir como plano de corte, mas sem a gola e o
pé de gola, e com o punho mais uma vez.
Para conferir se o fio do molde está paralelo ao fio do tecido, meça a distância entre a linha do fio e
a ourela na extremidade superior e inferior do molde. Se a distância for a mesma, confirma-se que
o molde está paralelo.
Meta pesos sobre os moldes para estes não se deslocarem, depois é só riscar com giz. Tire os pesos
e alfinete os cantos do desenho do molde.
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Figura 5 – Estudo de encaixe
Estudo de encaixe
Coloque sobre a mesa várias folhas de tecido, atenção ao fio e á medida da mesa.
Tente encaixar as partes da manga nos espaços deixados pelo resto do molde, aproveite
bem os espaços – meta o molde sempre no sentido do fio
Aproveite os espaços deixados pelo molde para colocar o molde dos vivos para os bolsos
O aproveitamento de todos os espaços na mesa de corte permite poupar cerca de 20% de tecido no
final do corte. As empresas modernas usam o CAD, Software que permite fazer os moldes em serie
e o estudo do encaixe, tornando-as mais eficientes e competitivas.
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Elaboração do risco
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RISCO CORTE COSTURA
Riscar a modelagem no tecido exige o uso de algumas regras, para que a roupa pronta fique perfeita,
sem defeitos ... sabe quando um lado fica diferente do outro, deformando a roupa, ou a costura
entorta, fica fora do lugar ... então, no tecido plano, provavelmente não foi erro nem de modelagem,
nem de costura, e sim o posicionamento errado do molde sobre o tecido, causando várias
deformações e imperfeições na roupa pronta e, mesmo se tentássemos concertar a roupa , essa
ficaria sempre imperfeita
O corte deve ser feito após ter sido riscado o molde no tecido e é necessário que haja firmeza nas
mãos para cortar o molde exatamente como está riscado. sem aumentar ou diminuir a peça. Pode
ser utilizada a tesoura própria para tecidos, máquina de cortar piloto, para o corte de uma ou duas
peças, ou máquina de corte a disco ou de faca, para produções maiores.
Ao costurar, é preciso muito conhecimento, na qual a mistura das habilidades manuais e a escolha
dentre as diversas técnicas de costura, tipos de acabamento e regulagem da máquina, determinam
a qualidade e resultam em roupas desde as mais baratas até as peças mais elaboradas e caras,
Corte do tecido
Saber como cortar tecido sem prejudicar o caimento da peça ou desperdiçar material não é uma
tarefa tão simples. Além de conhecer as características de cada fibra, é necessário ter conhecimento
das técnicas certas, ajustar o posicionamento do molde e alinhar as estampas.
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Todo tecido tem lado e direção, e saber identificá-los é essencial para garantir precisão no corte. O
lado direito é o que deve ficar para fora quando a roupa for costurada, enquanto o lado avesso fica
para dentro.
Alguns tecidos são mais fáceis de identificar, como as estampadas, em jeans, veludo ou outros
materiais com textura acentuada. No caso onde não há diferença na composição, vai ser a costureira
a determinar o lado do tecido.
Identificar o lado avesso é o primeiro passo no corte de tecido, pois é nele que as marcações serão
feitas e o molde será baseado.
A direção da fibra vai dizer o sentido em que o corte será feito, baseando-se sempre na ourela, que
é o acabamento lateral da peça. A decisão é feita de acordo com a elasticidade e caimento
desejados, já que cada sentido contribui para o resultado final da roupa.
O corte feito em direção à trama forma um ângulo de 90º com a ourela, entregando leveza e volume.
Outro corte de tecido muito utilizado na confeção de moda é no sentido do viés, que é feito em um
ângulo de 45º e garante maleabilidade e elasticidade para as peças.
As especificidades da fibra
Saber como cortar tecido sem desfiar ou prejudicar o caimento envolve conhecer bem a fibra com
a qual você está a trabalhar. Tecidos finos, por exemplo, são delicados e são mais difíceis de
manusear, por isso, é indicado colocar um papel de seda por baixo e cortar os dois materiais de uma
só vez.
Couro e outras fibras resistentes devem ser cortadas em uma tábua própria e com cortadores
rotativos. Peles falsas, ao contrário do habitual, apresentam melhor resultado quando cortadas do
lado avesso.
Outro passo importante é saber se o tecido encolhe depois dos processos de lavagem e secagem.
Caso não tenha essa informação, é recomendado fazer o chamado pré-encolhimento, que consiste
em lavar um pequeno fragmento do tecido, seguindo as instruções do fabricante, e observar como
reage.
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O corte das fibras de cores sólidas normalmente é feito com o tecido dobrado ao meio, para
economizar tempo. Tecidos estampados, porém, precisam de atenção redobrada. Para não
desalinhar as padronagens, corte primeiro um conjunto de peças, usá-las como molde para
combinar as estampas e, só então, cortar os demais conjuntos.
Como cortar tecido com molde é uma das principais dúvidas de quem ainda não sabe muito sobre
produção de roupas. Embora alguns alfaiates façam o corte de tecido diretamente no material, a
maneira mais fácil de acertar na modelagem é fazer um molde de papel.
Além de prático e acessível, o molde de papel é um dos grandes segredos para quem quer saber
como cortar tecido corretamente.
Faça marcações com lápis, para conseguir modificar traçados incorretos, e invista em uma régua de
modelagem para auxiliar o processo. Na hora de cortar o molde, lembre-se de calcular um espaço
extra para a borda – normalmente, esse espaço mede de 1 a 2 cm.
Modelos similares têm cortes parecidos, o que facilita bastante na hora de cortar as peças da sua
coleção. Ao mesmo tempo, cada corpo tem proporções diferentes e cada detalhe acrescenta novas
dimensões ao molde. Fazer um molde base pode ajudar bastante, mas tenha em mente que essas
medidas não serão eternas.
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Corte de entretelas
Existem vários tipos de entretela, a escolha é feita de acordo com a estrutura que se deseja dar à
peça.
Entretela de TNT: conhecida também por “entretela de papel”. É um dos tipos mais baratos
e acessíveis. Pode ser encontrada em diversas espessuras e é fácil de aplicar. A desvantagem
é que se arrodilha e rasga com mais facilidade e é difícil conseguir reaproveitá-la.
Entretela de Tecido plano: é uma entretela um pouco mais cara, mas também com mais
benefícios. A estrutura é com fios na trama e urdume, ou seja, semelhante ao tecido. Por
isso, é mais encorpada e mais resistente. Pode ser reaplicada caso aplicação não tenha sido
satisfatória e a costureira precise refazer.
Entretela de malha: entre os tipos de entretela, esse é o que mais mantém o caimento do
Tecido, já que a entretela de malha é mais maleável. É usada geralmente em peças de malha,
tecidos finos e em alfaiataria. Apesar de encorpar a peça, a entretela de malha não deixa a
roupa dura.
Resumo
Aplicação: Partes inteiras, como golas, punhos e lapelas ou áreas da peça de vestuário, como a
frente, bainha, decote, cavas e fendas.
Critérios de seleção: Antes de fazer a aplicação é necessário levar em consideração que a entretela
utilizada dependerá das características do tecido que precisa ser entretelado. Depois de escolher a
entretela correta, é importante analisar qual parte da peça irá precisar de reforço (gola, punho ou
cós, por exemplo). E por fim, qual caimento que essa roupa precisa ter, se mais firme ou mais leve.
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Entretelas termocolantes: Corte a entretela no formato do molde e posicione o lado com cola
(geralmente mais brilhante ou mais áspero) sobre o avesso do tecido. Deixe o ferro numa
temperatura média e aplique pressionando o ferro sobre a entretela sem passar de um lado para o
outro. Espere que esfrie para costurar.
Conclusão
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Em relação a modelagem, além da moulage –método bastante utilizado na alta-costura– e da
modelagem plana manual, os sistemas computadorizados surgiram para acelerar os processos de
produção das grandes indústrias, construindo moldes planos (ou bidimensionais) com um alto grau
de qualidade no espaço de tempo bastante reduzido.
O sistema CAD é o mais utilizado na atualidade nas indústrias de grande porte. Ele é composto de
um “monitor”, uma mesa digitalizadora ou scanner e um plotter.
A mesa digitalizadora é usada para se fazer as marcações de pontos ao longo das bordas de um
molde; esses pontos são convertidos em caracteres codificados (forma que o computador entende),
para então serem transferidos para o monitor. Uma vez transferidos, o computador permite fazer
alterações nos moldes, graduação e encaixe. O plotter permite a impressão dos moldes em tamanho
natural e com o encaixe, prontos para seguirem para o setor de corte. (Araújo: 1996).
Segundo o mesmo autor, a maioria dos modelistas que trabalha com esses sistemas
computadorizados, prefere fazer manualmente o molde base (feito sempre em tamanho médio,
para facilitar a graduação) e depois digitalizá-lo para o computador e, então, fazer alterações,
graduações, etc.
Esses sistemas possuem funções que permitem a qualidade total. Entre esta, podemos citar:
Nestes primeiros cinco anos do século XXI, transformações contínuas ocorrem na base do sistema
do vestuário.
Nesse contexto, a escolha do tipo de modelagem a ser utilizada se apresenta como um diferencial,
uma ferramenta de fundamental importância para o desenvolvimento dos modelos com um alto
padrão de qualidade.
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Com isso, o profissional, acima de tudo, deve saber relacionar o modelo a ser desenvolvido com a
segmentação de mercado consumidor e / ou cliente específico, para obter modelagens no “design”
do vestuário pautado no conforto, na praticidade, funcionalidade, além do aspeto estético visua
BIBLIOGRAFIA/WEBGRAFIA
Manual do curso de modelagem e confeção 2003, Escalado, Maria Teresa de Paiva Lages
WEB. Título O TRAJE E A MODA NA ARTE EM PORTUGAL
NOS SÉCULOS XIV E XV: CARACTERÍSTICAS E
REPRESENTAÇÕES
Autor/a Lis Madeira Farias
Orientador/a Professora Doutora Joana Filipa Fonseca Antunes
Ano 2017
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%20Evolu%C3%A7%C3%A3o%20da%20moda.html----------evolução da moda
FIM
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