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Muito bem Carolina! Escrevivências Infantis.

“A nossa escrevivência não pode ser lida como história de ninar os da casa-
grande, e sim para incomodá-los em seus sonos injustos.” Conceição Evaristo

Introdução:

Partindo da realidade sócio-cultural dos educandos em relação ao


processo ensino-aprendizagem, verificamos que é necessário repensarmos a
leitura e a escrita dos alunos envolvidos no projeto. Portanto, era preciso
estimular a escrita que trouxesse a exposição de ideias, promoção de
envolvimento e dedicação e mudança de perspectivas. Trazer a leitura do livro,
Quarto de Despejo de Carolina Maria de Jesus, vem cheia de intencionalidade,
pois os alunos envolvidos no projeto tem realidades de vidas muito próxima à
vida da escritora. Promover a escrita do diário individual deles, foi pensado como
forma de desenvolver e valorizar a escrita que nasce do cotidiano, das
lembranças, da experiência de vida (CONCEIÇÃO EVARISTO), pois o que é
escrito não se perde e não muda a intencionalidade, fica registrado por muito
tempo, como incentivo à leitura através da escrita. Segundo PIAGET, 1976: “o
equilíbrio entre a assimilação da experiência às estruturas dedutivas e a
acomodação dessas estruturas aos dados da experiência”.

Objetivo Geral:
 Estimular a leitura e escrita de escrevivências como forma de consolidar
o processo de ensino-aprendizagem.
Objetivo Específico:
 Analisar a realidade da escritora fazendo o comparativo à realidades
vivenciadas pelas crianças da turma;
 Comparar temporalmente as realidades, mudanças e permanências
sociais;
 Desenvolver a escrita livre;
 Estimular o uso das regras gramaticais;
Metodologia
1. Leitura do livro: Quarto de Despejo, diário de uma favelada – Carolina
Maria de Jesus;
2. Rodas de diálogos após a cada momento de leitura, para exposição de
ideias e reflexões;
3. Escrita de diários individuais;
4. Escrita de Cartas para Carolina, como o título: Muito bem Carolina!
5. Produção do Diário Coletivo.
Considerações finais
Após o projeto, percebe-se que os alunos apresentaram melhora significativa
na escrita de texto, passando a escrever com coesão e coerência e fazendo
uso das regras da escrita padrão. Tendo como produto final, produção de diário
coletivo e de cartas para Carolina.
Bibliografia
EVARISTO Conceição. Becos da memória. Belo Horizonte: Mazza, 2006.
Disponível em http://www.scielo.br/pdf/ref/v17n2/19.pdf

JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo: diário de uma favelada. 10


ed. São Paulo: Ática, 2014.

FERRERO, Emília. Passado e presente dos verbos ler e escrever. São


Paulo, editora: Cortez, 2002

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