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Proposta 7

Medidas para a diminuição da educação autoritária no Brasil


INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO

1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.


2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta preta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas
copi adas desconsiderado para a contagem de linhas.
4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
4.1. tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”.
4.2. fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
4.3. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.
4.4. apresentar nome, assinatura, rubrica ou outras formas de identificação no espaço destinado ao texto.

TEXTOS MOTIVADORES

TEXTO I

“A educação é um ato político, mas antes disso é um ato de amor”, disse Paulo Freire. E bem o disse!
Colocação apropriada pra essa nossa escola que, há muito tempo e ainda hoje, continua sendo um lugar de
más políticas e vazio de amor.
No desbaratino das informações, no desobjetivo da instituição escolar, perdeu-se a linha de raciocínio: para
que serve a escola? O que formamos nas escolas? O que queremos dela? E dos alunos?
Encontramos nas (lotadas) salas de aulas, públicas e privadas, um contingente de alunos e alunas
desinteressados, desnorteados e desmotivados. Não sabem por que estão ali (ou sabem: é porque os pais
obrigam!) e não querem estar ali. Em contraposição à rua, ao lazer ou a qualquer outro projeto
pedagógico/cultural (a aula de dança, de canto, o esporte, etc), a escola é algo negativo na vida do aluno. É
uma referência ruim – com exceção dos amigos! São eles a melhor parte da escola! Ou seja, o melhor momento
dentro da instituição é o recreio: é estar fora da sala de aula. Não há prazer em estudar.
Não é pra menos. Maria Montessori, em seu livro Pedagogia Científica, fala do esforço dos cientistas
(antropólogos, médicos, higienistas) em preparar a escola para a criança: pensaram nos bancos, por exemplo:
fixos, para que não se movessem, com a altura certa para que as crianças não desenvolvessem escoliose (!),
com abas laterais, para que o aluno não pudesse sair de um lado ou outro. O banco é a melhor representação
da escola: pensado para manter o aluno imóvel e para prevenir até problemas de saúde que possam ser
causados pela própria imposição rígida. Completamente artificial e estranho ao aluno e sua condição natural
enquanto ser humano.
Fonte: https://mundodesalienado.wordpress.com/2015/03/26/o-autoritarismo-na-educacao-por-que-nao-formamos-mais-pensadores/.

TEXTO II

Fonte: https://mundodesalienado.wordpress.com/2015/03/26/o-autoritarismo-na-educacao-por-que-nao-formamos-mais-pensadores/.
TEXTO III

Autoritarismo na educação
Pedro Cardoso Da Costa

Um grave engano da sociedade brasileira seria creditar autoritarismo apenas aos militares ou aos governos
ditatoriais. Tal equívoco decorre principalmente das torturas praticadas após o golpe militar de 1964. Embora
esteja mais presente nos regimes militares, o autoritarismo norteia as atitudes diárias dos brasileiros, com
maior frequência nos órgãos públicos.
As escolas não ficam isentas. Serventes, auxiliares, professores e mais acentuadamente os diretores são
autoritários. Falam de forma grosseira com os pais, gritam com os alunos, sempre os responsabilizando pelos
atritos ou quaisquer outros problemas ocorridos nos estabelecimentos de ensino. Muitos pais ou os
responsáveis por alunos querem contribuir para melhorar a escola dos filhos e esbarram na má vontade dos
diretores. Além de outros meios, qualquer cidadão ajudar a capinar, limpar, plantar árvores, pintar, consertar
mesas e cadeiras, doar livros para aumentar e atualizar o acervo ou criar bibliotecas nas escolas que não
tivessem e até fornecer computadores. Poderiam, ainda, dar aulas de reforço a alunos, especialmente àqueles
que tivessem dificuldade em determinadas matérias, considerando que muitos pais possuem graduação em
nível superior.
Fonte: http://www.jornalmetas.com.br/opinião/artigos/autoritarismo-na-educação-1.1651184.

TEXTO IV

O professor Régis de Morais disse que “o autoritarismo é a doença da autoridade” e que “toda autoridade é um
valor, pois que é garantia da liberdade” (Morais, 1988). É óbvio que existem os autoritários de ocasião, e nada
como acordos, negociações, contratos e leis para criar limites. Todavia, como recuperar a autoridade
discricionária do professor sobre o aluno que, no espaço doméstico, sequer conversa com o pai e com a mãe?
Como pensar em autoridades capazes de servir como exemplo de vida, verdadeiros arautos, lideranças a
seguir no intuito de controlar interesses e impulsos? Em toda parte perdemos a capacidade de respeitar o
poder, seja ele institucionalizado ou não: o poder que, por natureza, os pais têm sobre os filhos, os mestres
sobre os alunos, o pastores e padres sobre os devotos e assim por diante. Não exercitamos a obediência. Por
vezes a vemos como algo a ser execrado, desconfiado, como se fosse somente parte de um processo de
submissão. O fato é que nem todas as circunstâncias são assim. A autoridade carrega por natureza a
possibilidade da ordem, da harmonia e da liderança. Liderança conquistada por mérito baseado na hierarquia
latente ou manifesta. Diferentemente dos mecanismos autoritários, nos quais não lidamos com lideranças, mas
com chefes, verdadeiros capatazes, os quais mandam e não sugerem a ponto de matar ou torturar – a
autoridade se firma no bem continuado, na liberdade da ação e do diálogo. O autoritarismo – por definição – é
um mal descontínuo. Todavia, são dois lados de uma mesma moeda que, no jogar para cima, contra qualquer
lei da probabilidade, tem caído em favor do lado do autoritarismo.
Fonte: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/10/2/educaccedilatildeo-e-escola-entre-a-autoridade-e-o-autoritarismo.

PROPOSTA DE REDAÇÃO

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o
tema “Medidas para a diminuição da educação autoritária no Brasil”, apresentando proposta de
intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

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