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' . SELO DE QUALIDADE
•• GUIA DO ESTUDANTE
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, O selo de qualidade acima, que você também vê
• na capa desta edição, é resultado de uma pes·
quisa realizada com 316 estudantes aprovados
em três dos principais cursos da Universidade
de São Paulo no vestibular 2013. São eles:

O exato e o provável � DIREITO, DA FACULDADE DO


LARGO SÃO FRANCISCO;
� ENGENHARIA, DA ESCOLA POLITÉCNICA; e

A matemática, você sabe, pertence ao grupo das ciências exatas - � MEDICINA, DA FACULDADE DE

aquelas que fazem uso de cálculos e medições precisas, usando MEDICINA DA USP
rigorosamente o método científico (propor uma hipótese, testá-la
e demonstrar que a hipótese não se confirma, caso sejam alteradas algumas ® 7 em cada 10 entrevistados na
premissas). Não há como errar as dimensões de um triângulo retângulo, pesquisa usaram material do
se você aplicar o teorema de Pitágoras. Não tem como aumentar o capital GUIA DO ESTUDANTE durante sua
além do que permite a taxa de juros da aplicação financeira. Tudo isso é preparação para o vestibular
exato. Mas essa ciência da certeza tem um ramo que pode ser definido
como ciência do acaso - a probabilidade calcula a proporção de acertos ® Dos entrevistados
e de erros possíveis e prováveis para determinada hipótese ou situação. que utilizaram o
Trabalha com a sorte e o azar. Não prevê o futuro, mas indica tendências. GUIA DO ESTUDANTE:
A probabilidade é uma das ferramentas mais importantes da ciência dos 82% disseram que o material
séculos XX e XXI. A genética, desde os primeiros estudos com ervilhas, ajuda ou ajudou muito na
desenvolvidos por Gregor Mendel, no século XIX, faz uso da probabilidade. preparação.
A computação emprega as leis probabilísticas para construir sistemas g8% recomendam o guia
criptográficos que garantam o sigilo das informações. Até ciências sociais para outros estudantes.
como a sociologia trabalham com a probabilidade - por exemplo, nas
pesquisas de intenção de voto, que indicam os prováveis vencedores numa
eleição. Sua vida também é feita de certezas e probabilidades: é certo que você
precisa e quer entrar numa faculdade. Mas quais são suas probabilidades?
e Guiado
Estudante
É nisso que queremos ajudar você: a aumentar suas probabilidades
de passar no vestibular. Nesta edição do GUIA DO ESTUDANTE TESTADO E APROVADO!
MATEMÁTICA VESTIBULAR+ ENEM você faz uma revisão dos principais
· conceitos e raciocínios que caem nas principais provas do país, partindo
de acontecimentos da atualidade. Preparado pelo professor Fábio Marson A pesquisa quantitativa por meio de entrevista
pessoal foi realizada nos dias 18 e 19 de fevereiro de
Ferreira, do Colégio Móbile, em São Paulo, o conteúdo foi distribuído
2013, nos campi de matricula dos cursos de Direito,
em 12 aulas, com imagens e textos elaborados pela redação do GUIA DO Medicina e Engenharia da Universidade de São Paulo
ESTUDANTE, tudo bem mastigado, pensando em quem estuda sozinho. Se {USP).
no vestibular, é fundamental que a sorte se apoie em conhecimento, em vez � Universo total de estudantes aprovados nesses

de boa sorte, desejamos a você um bom aprendizado. cursos: 1-455 alunos.


� Amostra utilizada na pesquisa: 316 entrevistados.

� Margem de erro amostrai: 4,9 pontos percentuais.


A redação do GUIA DO ESTUDANTE

4 I GE MATEMÁTICA 1015
10 índice remissivo Logaritmos
Os principais conceitos e onde encontrá-los 68 E o que era sólido se desmanchou
Terremotos redesenham o relevo do planeta. Mas,
Fórmulas para o homem, os mais violentos são catastróficos
12 Para não esquecer
Uma tabela com as expressões matemáticas desta edição Trigonometria
O petróleo é nosso. O problema também
Ponto inicial Vazamentos de plataformas marítimas alertam para os
16 Tudo contém matemática cuidados necessários na exploração da camada do pré-sal
Seja natural, seja fabricado pelo homem, um objeto pode
trazer embutida a exatidão matemática PA e PG
84 Alta nos preços, baixa nos pratos
Área e razão Como o aumento no consumo pode levar à escassez
zo A lei que temos para hoje de alimentos nos países mais pobres
O desmatamento no Brasil e o novo Código Florestal
juros
Volume g:z Lento avanço
30 Crise a curto e a longo prazo A crise econômica continua afetando as nações desenvolvidas.
A estiagem na região Sudeste chama a atenção para o descuido No Brasil, o desafio é manter o crescimento sem inflação
da sociedade no gerenciamento da água
Gráficos e análise combinatória
Çircunferências e elipses 100 O direito de ir e vir, no grito
E a cara da Terra O pais pede transporte público eficiente e barato. Mas a
Encontrado u m exoplaneta que pode conter água líquida mobilidade urbana envolve mais do que o preço da passagem

Funções de 1 o grau Probabilidade e análise combinatória


Promissores, mas polêmicos 108 Acertos e zebras
Os alimentos transgênicos prometem reduzir a fome. Modelos estatísticos preveem os resultados dos jogos
Mas há quem tema os riscos de seu uso da Copa de 2014. Mas o improvável é implacável

Equações de 2° grau Simulado


s:z A bola da vez 117 Teste seus conhecimentos
A Brazuca é considerada a melhor bola de todas as Copas 49 questões com respostas comentadas para testar
quanto você aprendeu
Potenciação e funcões exponenciais
60 No íntimo da matér:a Ponto final
De medicamentos a materiais de construção, 145 Economia de abelha
a nanotecnologiajá criou milhares de produtos A colmeia é construída para aproveitar ao máximo o espaço

6 I GE MATEMÁTICA 2015
Modo de usar Promissores,
mas polêmicos
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O QUE O GRAFICO DIZ DO QUE FALAMOS


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REFRESQUE A MEMÓRIA páginas seguintes


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conteúdo matemático -- .� · : ··
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visto na aula

8 I GE MATEMATICA 2015
Conteúdo ' .
Richter ................... ............................. 70, 73
Esfera ... ................................................... 32, 33
vértice da
pontos notáveis da
. .
......... .................... ...................

.................................
56
55

matemat1co
Excentricidade ... .................................. 42, 43 Paralelogramo .
............... ........... ................. 24
Permutação ........................................ 110, 111
Pirâmide ....................................................... 35
F Pitágoras, Teorema de . .
....... ... ................. 79

En1 ordem alfabética, Porcentagem ............... .. . . 26, 27, 33, 96 a 98


Fatorial .................................. ... .... . . . . ... 111, 118 Potências . . . . .
...... ....... ........ ... ...... ....... ........... . .63
os termos que remetem Figuras planas . ......... . ......................... 22 a 24 Prisma . . .
................... .... ....... .......... ....... ....... . . 35
a diferentes conceitos Funções Probabilidade .. .................. ....... . ...... 116 a 119
exponenciais .................................... 64, 65 Progressão aritmética (PA) ............. 86 a 88
abordados nesta edição
de 1° grau . .
.. ....... .................. .. . ......... 48 a 51 Progressão geométrica (PG) ...... 86, 88, 89
de 2° grau . .
....... ...... ......................... 55 a 57 Proporção . ................... 22, 23, 33, 34, 40
... ..

seno e cosseno . . .
............ ... ... ..... ..... . 79 a 81
A
Área G
Q
de figuras planas ............. ....................... 24 Quadrado ............................................ ......... 24
do círculo .
........................ .................. .. . . . 24 Gráfico
do losango ........ . . .. . ................................. 24 de barras . .
.. ......... ........... .... .... ... ... . .... . . . .. 108
do paralelogramo .................................. 24 de linhas ................................................. 109 R
do quadrado ........ ................................... 24 de setores .
... .................... ................... .. . . 109
do retângulo . .
.............. ...... ....... ... ......... . . 24 histograma . .
........ .... ........ ........ .... ....... . . . 109 Razão . . . .
.. .... .... ....... ................ ..................... 40
do trapézio .
....... ................... ... ........... . ... 24 pictograma . . . .
.... ..... .. .... ........ ......... ... .... . . . 86 Retângulo ... ................................................. 24
do triângulo . .
... ......... ................. ... . ......... 24 Reta .................................... ............... l02a104

J
B s
Juros .
.......... ............ ........ ... . . ................ 96 a 98
Bhaskara, fórmula de .
.. ............................. 56 Senos, lei dos . .
..... ... ....... ............................. 80

L
c T
Logaritmos .
............... .......................... . . 72, 73
Capital . . . . ..
... ...... ... ..... .............. . .... ... .......... . . . 96 Lei Tangente . .. ................................ . ... ........ 79
.... ...

Cilindro .
...... ..... ............................................ 35 dos cossenos ........................... ............... 80 Taxas .
................. ....... ... ...... . . .............. .. 26 e 27
Círculo ................................................... ... ... 24 dos senos .... ............................................ 80 de juro .
.. .............. . . .................... ...... 96 a 98
Circunferência . .
........... ..... .......................... 41 Teorema de Pitágoras .
............... ............... 79
Circunferência trigonométrica . .80, 81
...... .. Trapézio . . . . .
...... .. ....... ........ .. .................... ... . 24
Combinação ...................................... 116 a 119 M Triângulos
Cone ............................................................... 36 área dos .................................... .............. . 24
Conversão de unidades . . .
................ .. ... .... 35 Medidas, equivalência de ....................... 35 semelhança de ............................. .... . 78, 79
Cossenos, lei dos ....................................... 80 Montante ...................................................... 96 Trigonometria . . . . . . . 78 a 81
.... ... ........ .... ... ... ...

Cubo .............................................................. 35

N u
E
Notação científica .. ....................... ....... 34, 62 Unidades, conversão de ............................ 35
Elipse . . . .
..... .. ............. ...... ..................... . . 42, 43
Equações p
da circunferência .................... . .... .......... 41 v
da reta ........................... ........................... 50 Parábola . .
. ....... ............. .... ............. .. . . . 54 a 57
da parábola . .
... ... ...... ....................... 54 a 59 concavidade .... ....................................... 55 Volume de sólidos .
... .......................... .... .. . . 35
Escala equação da . ............................·.................. 55
de redução . . . . .
......... ... .... ....... ... ............... . 22 raízes da . . .
.... .... ......... .................. .... ....... . . 55

10 I GE MATEMÁTICA 2015
Para não CIRCUNFER�NCIA TRIGONOMÉTRICA ESCALA DE REDUÇAO

esquecer Graus

90'
Radtanos

-TT EscaI a = -
medida da imagem
---"--­
medida real d o obje to
2
Uma lista com as
180°
fórmulas desta edição f[
FUNÇAO DE 1° GRAU
270' -
3TT
2 Toda função de 1' grau tem como gráfico uma
ANALISE COMBINATÓRIA reta. A forma geral da função de 1' grau é:
360' 2Tt
Combinação: f(x) = y = a . x + b, em que:
n! " sen" cos" tg"
e a é o coeficiente angular da reta:
(n-k)!. k!
cn,k O' o 1 o

30'
1
- J3
- J3
-
Probabilidade: É sempre u ma parte do total de 2 2 3
possibilidades.
45'
J2
- J2
- 1
2 2 e b é o coeficiente linear da reta: o valor de y
AREA DE FIGURAS PLANAS no ponto em que a reta cruza o eixo y (ou seja, o
J3
- J3
1 ponto que tem a coordenada x = o).
60' -
Retângulo: A = base . altura 2 2
Raiz da função é o valor de y no ponto em que a
Quadrado: A = lado . lado = lado' 90° 1 o l! reta cruza o eixo x:
b
Losango: y = a . x +b:::} O = a.x + b:::} x = --
a
ELIPSE
diag onal maior . diag onal menor
A=
2
FUNÇAO DE 2° GRAU
Trapézio:

( base m aior+ base men or) . h � _�


Forma geral: y = a . x' + b . x + c
A=
A1 f1: _______ · _____ ;F, ;A,
.
: . c c
:

: :
2 Forma fatorada: y = a . (x - x,) . (x - x,)

Paralelogramo: A = base . altura


____ ____ _________ [�· _____________ _ _
a Forma canônica: y = a . (x - x)' + Yv

Triângulo: A = � O é o centro da elipse Fórmula de Bhaskara


2
A1A2 é o eixo maior da elipse
Circulo: A = rr . r' B1B2 é o eixo menor da elipse 2
a. c
-b ± b -4.--
x =- -�-
F, e F, são os focos da elipse 2.a
a é a distância de A, e A, ao centro O
CIRCUNFER�NCIA 2 c é distância focal Coordenadas do vértice da parábola:

-b 6
Comprimento: P = 2 . rr. r Equação: Xv = - y =- -
v

2. a 4. a

Equação: x2 y2
2 + 2 = l , sempre c om a>b
a b Concavidade da parábola:
Se o centro estiver nas coordenadas C (o, o): É definida pelo valor de a na função
XQ' + yQ' = r' Excentricidade: y = a . X' + b . X +C
2c c
Se o centro não coincidir com (o, o): e=-=- e Se a > o, a concavidade é para cima
(xQ - xc)' + (yQ - Ycl' = r' 2a a e Se a < o, a concavidade é para baixo

12 I GE MATEMATICA 2015
JUROS Teorema de Pitágoras: c' = a' + b'

juros simples: Razões trigonométricas no triângulo retângulo:

J=C.i.n

juros compostos: e a' = 1, desde que at-o

Mn= C . (1 + i)"
PROGRESSÃO ARITMÉTICA

LOGARITMOS Termo geral de uma PA:


an = a, + (n-1) . r, para n � 2 A:
Logaritmo do produto:
1ogb (a . c) = 1ogb a+ 1ogbc Soma dos termos de uma PA: cate to oposto aa
sena=--�-­
Logaritmo do quociente: s = n . a i+ an ( ) hipote n usa
n

(�)
Z
cate to adjacen te aa
1ogb = 1ogb a - 1ogb c c os a= - --'----
hipote n usa
PROGRESSÃO GEOMÉTRICA

log
b
(!)
a
= - logb a Termo geral de uma PG:
cate to opo sto aa
tg a = ---'----
cate to adjacen te a a
an = a, . qn·l, n � 2
Logaritmo de potência: Relação fundamental da trigonometria:
Soma dos termos de uma PG finita:

Sn=
ai · ( n
q - 1 ) para q• 1
q -1 Lei dos senos:
a b c
Soma dos termos de uma PG infinita: -- - -----
sen o. sen 0 sen 1
Mudança de base do logaritmo:
lim S = - _5_
lo gb a n-� n q- 1
log a = __ Lei dos cossenos:
' 1o gb c

TRIÃNGULOS

POTENCIAÇÃO Semelhança:
..
' • • • • "I"" . . ...... . .. .
. , - · -- .,.. .....,.. • • • ••,. . .

. ....: .... c .L. ... . .: ... .; ....L .l. . ,..... i


.... ... .,• • • • • . .,••

VOLUME DE SÓLIDOS
L. L
• • • •• • • • • • �-· ..

:
-- .... .L � :......\.. .1 . L .. L L �
... .. ,. . '..... , ... . ...

Notação científica:
.. . .. .. .

:�rJ i fJ.lLmJ.·
n = a . 10', em que 1 s a< 10
... . . . . ...

: : : : : : : (' ;
.
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3 . n r3
=4
. .

Esfera: v ��
.
.
..

Propriedades:

l • • . • •c • • • •• •. ..... '· ·· · · - ..... 3.. ,. ..:.. ,,,,:


• •. . • •:•• • • • •:
Prisma: V = Abase . h
Triângulos são semelhantes quando seus ângulos
e am : a" = am - n
= 31
correspondentes são congruentes (têm valor
igual) e seus lados correspondentes são Pirâmide: Vpir!mide .
A b,.,. . altura
proporcionais.

Razão de semelhança (k): Cilindro: Vcilindro = TT. r' . h

k=�=�=� 1
B B A' ' A'C' 'C' Cone: Vcone = 3 . n . r2 h •

14 I GE MATEMÁTICA 2015
PONTO INICIAL

FUTEBOL PLANO
Repare na figura abaixo:
� um campo é um conjunto
-::lfl"" de figuras geo métricas
planas: um retângulo grande
recortado em seis retângulos
menores. Contém, ainda, uma
circunferência, no meio de
campo, e seis semicircunferências
(as meias-luas da entrada das
grandes áreas e as marcações
de escanteio). A Federação
Internacional de Futebol (Fifa)
definiu, para a Copa do Mundo
de 2014, medidas precisas do
campo: 68 metros de largura por
105 de comprimento. O círculo
central tem raio de 9,15 metros.
A grande área é um retângulo em
que os lados medem 16,5 metros e
40,3 metros. Por fim, a impor­
tantíssima marca do pênalti: a bola
deve ficar a cravados 11 metros da
linha de gol, posição do goleiro.

68 m

Gol
7,3 m x2,4 m

U I GE MATEMATICA 2015
O MINEIRÃO MEDIDO
Os estádios na Copa do
Brasil foram reformados
e construídos segundo
medidas precisas
definidas pela Fita
A lei que
temos
para hoje
O novo Código + Em outubro de 2012, entrou vinha de deputados e senadores
Florestal brasileiro em vigor o Novo Código representantes de fazendeiros
Florestal brasileiro, com e indústrias agropecuárias - a
não deixou felizes regras para ocupar e explorar a terra chamada bancada ruralista. Esses,
ne1n os ambientalistas, e preservar o meio ambiente. A nova naturalmente, querem medidas
lei ficou pronta depois de anos de idas flexíveis na regulação do uso do
nem os ruralistas e vindas entre a Câmara Federal, o solo. De outro, a bancada dos
Senado e a Presidência da República, ambientalistas, com legisladores e
com aprovações, emendas e vetos. A organizações não governamentais,
lei está aí, mas nenhum grupo está exigindo maior controle ambiental.
plenamente satisfeito com ela. A polêmica se deu em torno de
O Legislativo analisou por mais dois focos principais: as áreas de
de uma década diferentes propostas uma propriedade rural que devem
para um novo código, sempre ser mantidas intactas, como as matas
esbarrando nos interesses de grupos ciliares (as Áreas de Preservação
antagônicos. De um lado, a pressão Permanente, APPs), e a proporção da

20 I GE MATEMATICA 2015
área que pode ser explorada, mas com Nem ruralistas, nem ambientalistas MARGEM PROTEGIDA
manejo que garanta a preservação gostaram e prometeram recorrer O novo Código Florestal
ambiental (as Reservas Legais, RLs). ao Supremo Tribunal Federal exige a preservação das
A presidenta Dilma colocou um contra o decreto-lei. matas ciliares. Na foto,
ponto-final no vaivém de discussões Até a entrada em vigor do Novo o rio São Francisco, na
com uma medida provisória (MP), Código, o que estava em vigor era Serra da Canastra
seguida de um decreto-lei, que não o elaborado nos anos 1960. À quela
precisa passar por aprovação do época, a maior parte das propriedades
Congresso. O texto final gradua as rurais concentrava-se nas regiões Sul
exigências ambientais conforme o e Sudeste. Nas décadas seguintes, a
tamanho das propriedades; define ocupação deslocou-se: a criação de
que, para efeito de cálculos da gado e, mais tarde, as plantações de
porcentagem, as áreas de APPs e RLs soja transferiram-se para a região
sejam somadas; e permite a quem Centro-Oeste. Hoje, ultrapassa os
desmatou no passado recuperar as limites do Cerrado e avança sobre a
áreas e, assim, escapar das multas. Floresta Amazônica.

GE MATEMATICA 2015 I 21
A matemática daqui
Escalas e proporções
Ainda é cedo para saber
Escala é uma q uestão de proporção. Encontrar a escala de qualquer representação gráfica,
se o novo Código Florestal
uma fotografia ou um mapa, significa achar a proporção que existe entre o objeto representado
vai efetivamente aumentar
e suas dimensões reais. E isso é feito encontrando·se a proporção entre figuras geométricas.
ou reduzir as queimadas e
derrubadas na Amazônia. No esquema abaixo, o retângulo representa uma máquina fotográfica instalada em um avião.
Por ora, a taxa de desmatamento E o segmento AB, embaixo, determinada área fotografada.
segue caindo há alguns anos.
A taxa é divulgada anualmente 8' A'

. . '}t
t32J
pelo Instituto Nacional de

..
Pesquisas Espaciais (lnpe).
....

.
·,
· ··

E a última refere-se ao período


··
·
·· · ..•
··

.
·· ··
.· ··

2011-2012. É uma proporção


. ·

..

.
···
. •·
·· ·

....
·• ···

·· ..
..

entre o total da área que tem (ou


......
...
. h: '·
··
·.
. . ··
. ..
tinha) matas e a área desmatada. ....
·

.8
··

.
.... ..

.
.
..

O cálculo é feito com base em


··

........
. ··
··
··
··

..
...
··

..
··

fotografias tiradas de satélites


··

. ..
··

A .....
··

a grandes alturas. Nelas, os


objetos aparecem reduzidos e
essa redução obedece a uma
escala. Determinar a escala de Vamos considerar que: Em outras palavras, q ualquer linha de 1 mm na
uma imagem nada mais é do que e o com primento do filme (A'B', na figura) seja imagem representa, na realidade, so ooo mm ou
calcular quanto, na realidade, de 35 m m; seja, so metros.
mede cada milímetro ou cada e a distância d, do orifício da máquina ao filme
fotográfico, seja de 20 m m; o raciocfnio é o mesmo para a área (A).
Um
centímetro da figura.
e a altura h em que o avião voa seja de 1 ooo m. quadrado de 1 mm de lado representa um lote
cujo lado mede so metros.
Nessas condições, qual a distância AB coberta por
u ma fotografia tirada do avião? Sabemos que Aquadrado = lado . lado

Veja que os triângulos AOB e A'OB' são Então,


semelhantes. Isso significa que sua altura e seus
lados correspondentes são proporcionais (veja Aquadrado = so m . so m
mais sobre semelhança de triângulos a partir da
pág. 78). Podemos, então, escrever a relação: Aquadrado = 2 soo m'

AB h Ou seja, cada quadradinho de 1 mm de lado na


A'B' d foto tirada de avião representa u ma área total de
2 soo m'.
Apl icando os valores conhecidos, temos:

AB I 000
CONGRUENCIA E 35 20 NÃO SE ESQUEÇA
SEMELHANÇA Sempre que trabalhar com
Congruência significa mesmas AB = 1750 m
unidades diferentes, é preciso
medidas. Figuras congruentes têm uniformizar as unidades de
mesma área. Semelhança está Portanto, u ma fotografia de 35 mm de
medida. Neste caso, para
relacionada à proporção. Figuras comprimento representa, neste caso, um terreno
encontrar a escala, o metro foi
semelhantes são as que mantêm a com comprimento de 1750 m. Assim, a escala de
convertido em milímetros.
proporção de lados e ângulos. redução é de:

35 mm 35 mm
=

I ?SOm I 750 000 mm 50 000

22 I GE MATEMATICA 2015
ESTIMATIVA DE AREA Decomposição em figuras planas
É possível determinar a área aproximada de uma região representada em um mapa se conhecemos a escala Para incluir as áreas que não são cobertas por
adotada. O truque é recobrir a figura com uma malha quadriculada, na qual cada quadradinho corresponda quadradinhos inteiros, decompomos o mapa em
à unidade da escala indicada. Veja o mapa do Brasil, abaixo: figuras planas conhecidas, cuja área é fácil de ser
calculada (veja na pág. 24).
Veja o exemplo, com parte do litoral do Nordeste:

Repare que o cartógrafo já indicou que


a escala adotada é de 1 unidade para
311 km. Ou seja, cada trecho do mapa
com o comprimento da barrinha da
escala mede, na realidade, 311 km .

Repare que a figura 1 é um trapézio como este:

O·"""
base menor
Se construirmos uma malha quadriculada sobre o mapa, em que cada quadradinho mede o mesmo que a
barra da escala, teremos uma série de quadradinhos idênticos e, portanto, de mesma área.

base maior

Podemos calcular a área de cada um dos Sabemos q ue:


quadradinhos:
. b( ase maior+ base menor) . altura
A trape1<. =
A quadrado = lado . lado 2

Aquadrado = 311. 311 = 96 721 km' Pode-se dizer que:


e a base maior do trapézio mede 311 km nas
Cada q uadradinho representa, então, uma área dimensões reais (o lado do quadradinho)
real de 96 721 km'. e a altura do trapézio também mede 311 km
e por aproximação, a base menor mede 4/s do
lado do quadradinho - ou seja,

base menor = 311 . i= 250


5
Para calcular a área total do país, começamos contando o número de quadradinhos inteiros que existem
sobre o mapa. São 62. e Aplicando esses valores na fórmula da área do
trapézio, temos:

' ' . _:_(31_ 1 _ +__250:.._


) _
. 3_1 1
A rea d o trapeno = -
2
Então, só de quadradinhos inteiros, temos u ma
área real de:

Aquadradosinteiros= 62 96 721 km'


· Procedemos da mesma forma para os demais
trapézios, triângulos, retângulos e losangos que
Aquadradosinteiros= 5 996 7°2 km' aparecem na borda do mapa.

Ao final, somando todas as áreas das figuras


decompostas com a área dos quadradinhos
inteiros, teremos a área total do Brasil. O valor
chega perto de 8,5 milhões de km' - muito
próximo da área oficial do território brasileiro.

GE MATEMÁTICA 2ill5 I 23
ÁREA DAS PRINCIPAIS FIGURAS PLANAS
Nas fórmulas abaixo, a é a base e h, a altura

RETANGULO QUADRADO
A= a . h
I A= a. h= a'

a a
LOSANGO CIRCULO
diagonal maior . diagonal menor A=n. r'
A=
2

o
c::
QJ
E
-;;;
c::
o
00
.�
-c

diagonal maior
TRAPÉZIO
{ base maior+ base menor} . h
TRIANGULO
A=
2
A= �
2

Base média de um trapézio

a

c
!C�
b

Num trapézio C, chama·se base média a reta


paralela às bases que une os pontos médios dos
lados. Alguns conceitos que você deve guardar:
· PARALELOGRAMO e A base média de um trapézio define dois
novos trapézios (A e B);
A = a.h
e A base média tem comprimento igual à média
aritmética das duas bases do trapézio C: a+ b ;

;} I a
e As alturas dos trapézios A e B são congruentes
e medem metade da altura do trapézio C.

24 I GE MATEMÁTICA 2015
Devastação
em queda
...31... Diminuir o ritmo de
7' desmatamento assegura a
integridade de ecossistemas e da
biodiversidade e reduz a emissão
de carbono. No desmatamento, o
carbono dos vegetais é liberado pela
decomposição de galhos e folhas, ou
pela queima da madeira. Na atmosfera,
o carbono agrava o efeito estufa e, por
consequência, o aquecimento global.
Entre 2005 e 2012, a taxa anual
de desmatamento caiu. Segundo o
Inpe, entre agosto de 2011 e julho de
2012, sumiram da Amazônia Legal
4,6 mil quilômetros quadrados de
cobertura vegetal - 29% menos que
a taxa registrada entre 2010 e 2011
e a menor desde 1988. Em 2013,
houve ligeiro aumento. Mas nada que
comprometesse a queda contínua.
Esse bom desempenho é, em boa
parte, atribuído ao Plano de Prevenção
e Controle do Desmatamento na
Amazônia Legal (PPCDAm), do
governo federal. O plano, que faz parte
do Plano Nacional sobre Mudança
do Clima (PNMC), impõe medidas
de monitoramento e controle da
ocupação do solo e preservação da
floresta. Reduzir o desmatamento
e a missão de gases do efeito estufa
é um compromisso que o Brasil na
assumiu 153 Conferência das Partes
da Convenção-Quadro das Nações
Unidas sobre Mudança do Clima
(COP15), em 2009.

A matemática daqui

O PPCDAm considera que a


redução na taxa de desmatamento
seja gradual. Os cálculos
das metas e dos resultados
a cada cinco anos são feitos
aplicando-se porcentagem
sobre porcentagem.

GE MATEMÁTICA 2015 I 25
Taxas e porcentagem
O PPCDAm propõe reduzir a taxa sobre o pro­
jetado para 2020 em 8o%, de maneira gradual, •

em três etapas. O gráfico a segu ir mostra SEGUNDA ETAPA


todas as taxas de desmatamento na Amazônia Para 2011-2015, o plano prevê nova redução Veja no gráfico os valores que já conhecemos:
Legal registradas pelo lnpe entre 1996 e 2012. de 42%. Mas, agora, essa percentagem deve •Em 2011, a taxa de desmatamento foi de
Acompanhe nele o raciocínio para cada u ma ser calculada sobre a média de desmatamento 6 418 km', ligeiramente acima da média esperada;
das etapas propostas no PPCDAm . registrada no quinquênio anterior (2006-2010). •Em compensação, em 2012, a taxa ficou bem
Então abaixo do limite: 4 571 km2;

1.
02011-2015 = 0,006·2010 - 0,006·2010 . 42% · já em 2013, a taxa voltou a subir, para 5 853 km'.
D2011·2015 = 10 662 - 10 662 . OA2
PRIMEIRA ETAPA 0201,.,015 = 6 184 km'/ano Ainda assim, seguimos dentro das metas estabeleci­
Para o quinquênio 2006-2010, a meta era das para o quinquênio. Mas só saberemos se a meta
de queda de 42% sobre a taxa média de Então, para o período 2011-2015, o plano projeta para 2011-2015 foi realmente cumprida quando
desmatamento registrada entre 1996 e 2005. uma taxa máxima de 6 184 km'como média anual. forem divulgados os resultados de 2014 e 2015.
No gráfico, identificamos o valor da taxa em

----- ---
cada um dos anos desse período. A taxa média
nada mais é que a soma de todas essas taxas TAXAS DE DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA LEGAL

--== [jii,;;;;;,;;�
---- -miz
30 000 i- -----


dividida pelo número de anos: 25396

Ip-r
- - - - --
D 1996 + D 1997 + ... + D 2004 + D 2oos 25 000 - 1- ·

=

21 651
0 1996·2005 -"-'---
- -='-------'
- --'- -

10 anos - 1f!l2l .. � 165_ - -


19014
-------- -
I

+ _j
2o o oo hl - f- -
17 383 17 259 -
D,oo6-201o = 19 625 km'/ano -

!
� - - - --
14 286
1 5 00 -
f- -·
1-· ·---- - - ----
__ -j

I
1

l"" ntJ
,
Se para o período 2006-2010 pedia-se a redução
de 42% sobre a taxa média do período, então a r-

queda nesse período deveria ser de:


0,006·2010 = 01996·2005 - 01996·2005 . 42%
D20o6·201o = 19 625 - 19 625. OA2 - -
1996 1997 19 9 8 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
D,oo6·2010 19 625 - 8 242
=
anos
D,oo&-2010 = 11 382 km'/ano Fonte: lnpe
Isso significa que a taxa de desmatamento
máxima esperada para o quinquênio 2006-2010 M ETAS DE REDUÇÃO NO DESMATAM ENTO

� """+ �--=_-4_2_·v._·_- -.-- -- ·- - 42%


-- --
era de 11 382 km'/ano. 2o ooo ,--
lI
I

O gráfico mostra as taxas de desmatamento _ _ _ _ _ "'" - - u , - i


� 1 0 000 1-, - 10 662
�-
(também já medidas pelo lnpe), para os anos 2006 �---.

a 2010. Vamos conferir se essa etapa do plano l


� 5 000
i
foi cumprida. Primeiro, achamos a taxa média �
o c. ..._--- -�--
desses cinco anos. Do mesmo modo que fizemos � = O'> o

o o o o
para a taxa média dos dez anos anteriores, temos:

D 2oo6 + D 20o7 + D 2oo8 + D 2009 + D 202o


D 2oo6·2010 = __::=._.::.
_ .:.:..: _:.:.:..:.
_ ._ =--=::.. O que os gráficos dizem
5 anos O primeiro gráfico mostra a evolução das taxas de desmatamento entre 1996 e 2013, registradas
D20o6·201o = 10 662 km'/ano pelo Inpe. Repare na queda verificadae entre 2005. O segundo gráfico mostra as metas de
redução estipuladas pelo Plano para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia
Ou seja, a meta para o período 2006-2010 Legal (PPCDAm), implantado em 2004. O plano prevê uma redução de 80% na taxa anual de
foi cumprida. A cada ano, em média, foram desmate, até 2020, sobre a média do decênio 1996-2005. Para isso, prevê quedas consecutivas
desmatados 10 662 km' da floresta, abaixo do de 42%. Veja como, para o primeiro quinquênio considerado no plano (2006-2010), a meta foi
patamar do máximo fixado, de 11 382 km'/ano. cumprida, até com algumafolga.

26 I GE MATEMÁTICA 2015
Outra maneira
de medir
A porcentagem é uma ferramenta de comparação VARIAÇÃO ANO A ANO

3.
que permite que se estabeleçam as mais diversas Para encontrar a variação da taxa de
relações, dependendo do modo como é aplicada. desmatamento ano a ano dos últimos 13 anos, é
TERCEIRA ETAPA No caso do desmatamento, a porcentagem pode só calcular a diferença na área desmatada entre
Por fim, para o quinquênio 2016-2020, o plano mostrar a evolução da área desmatada, ano a ano, dois anos consecutivos - 2001 e 2000, 2002 e 2001,
prevê nova redução de 42% sobre a taxa média do ou ao fim de um período maior. Acompanhe: e assim por diante. Oepois, transformar essa
quinquênio anterior. Não podemos ainda calcular diferença em porcentagem. Entre os anos 2008 e
a taxa de desmatamento nos anos 2013, 2014 e VARIAÇÃO TOTAL EM 12 ANOS 2009, por exemplo:
2015. Mas, supondo que a meta estabelecida para A taxa de desmatamento em 2000 foi de 7 464 - 12 911 = - 5 447 km'
o período 2011-2015, de 6 184 km', seja cumprida 18 226 km'. Em 2012, foi de 4 571 km1. Nesse O desmatamento caiu 5 447 km1 nesse período.
com exatidão, a taxa máxima adimitida para período, a taxa, em valores absolutos, variou em: Essa diferença representa em porcentagem sobre
2016-2020 será de: 4 571 - 18 226 = - 13 665 km1 a taxa de 2008:
02016·2020 = 0101H015 - 02011·2015 42%
. O sinal negativo indica u ma redução no
0,16-2020 = 6 184 - 6 184 . 0,42 desmatamento, de 13 665 km1/ano entre 2000 J 12 911 - 100%
02016-2020 = 3 587 km1/ano. e 2012. Agora vamos transformar esse valor l 5 447 - X
absoluto em porcentual do valor do ano 2000:
5 447 . 100
Então, a taxa máxima de desmatamento entre X =

2016 e 2020 não deverá superar os 3 587 km1/ano. J 18 226 - 100% 12 911
Se tudo correr bem, de quanto terá sido a redução l 13 665 - X X= 42%
da taxa de desmatamento em 2020? Daí que a variação na taxa de desmatamento
13 665 . 100
Vamos encontrar então a proporção entre o máximo X = entre 2008 e 2009 foi de 42% (em relação a 2008).
estipulado pelo plano com o desmatamento 18 226
verificado nos dez anos iniciais (de 1996 a 2005): X= 74% Se todas as variações anuais forem colocadas em
01996·2oo5 = 19 625 km1/ano � 100% Ou seja, depois de 12 anos o país está desmatando sequência, obtem-se u m quadro bem mais preciso
02016·2020 = 3 587 km'/ano � x 74°/o menos. Repare: nesse cálculo são deixados da evolução do desmatamento no país.
de lado todas as subidas ou descidas na taxa que
Pela regrinha de três: ocorreram a cada ano do período. Veja no gráfico abaixo todas essas diferenças:
3 587 . 100
X =
19 625 VARIAÇÃO DAS TAXAS DE DESMATAM ENTO, ANO A ANO
30 ___ ]_I!_
X= 18,3% 20 '
I
lO !
Se em 2020 o desmatamento representará 18,3%
do registrado entre 1996 e 2005, a queda na taxa 19
� -10 .
será de 100% - 18,3% = 81,7%. Ou seja, se tudo
-20
seguir no mesmo ritmo, teremos até superado
-30
as expectativas do PPCDAm, que era de reduzir o f
-40
desmatamento em 8o%. -42
-50
ano 00-01 0 1 -02 02-03 03-04 04-05 05-06 06-07 07-08 08-09 09-10 10-11 11-12 12-13
Repare: pela fórmu la adotada pelo plano Fonte: lnpe

para fixar as metas quinquenais, a taxa de


desmatamento registrada a cada ano afeta O que o gráfico diz
diretamente as taxas esperadas para os anos As barras indicam quanto variou a taxa de desmatamento de um ano a outro. Em 2001 a taxa
seguintes. Oesmatamos um pouco mais do foi muito próxima à de 2000. Então, a variação entre esses dois anos é praticamente zero. As
que o admitido, em 2011. Mas esse exagero foi taxas sobem até 2004, para depois começar a cair a partir de 2005. Preste atenção para não
compensado com a baixa taxa registrada em tropeçar na interpretação do gráfico: as variações negativas (barras em verde, abaixo do valor
2012, com sobra. Se essa sobra for ultrapassada O) indicam que a taxa de desmatamento caiu em relação ao ano anterior - o que é bom. Já as
com desmates muito acima da média, barras com valores maiores que zero (em vermelho) indicam que foi desmatada uma área maior
terminaremos o quinquênio 2011-2015 não do que a do ano anterior - o que é péssimo. Entre 2012 e 2013, apesar de comparativamente
cumprindo a meta geral para o período. baixa em relação às taxas de 2004 e 2005, desmatou-se quase 30% mais que em 2012.

GE MATEMATICA 2015 I Z7
Como c a i no v estibular

1.
(Fuvest 2014, adaptada) Uma das piscinas Portanto, no caso dos triângulos equiláteros que RESOLUÇÃO Se cada canhão pode girar 360°,
do Centro de Práticas Esportivas da USP formam cada um dos hexágonos temos: então seu campo de alcance é circu lar. A figura
tem o formato de três hexágonos regulares abaixo representa o campo de alcance de cada
congruentes, justapostos, de modo que cada par htrilnguloequi/Jtero = ]i_ = L h um dos canhões:
de hexágonos tem um lado em com um, conforme 2 2
representado na figura abaixo. A distância entre
lados paralelos de cada hexágono é de 25 metros.
(Dado: '13 1,7)z De onde sai que

L = 25 [;
3
metros

A área do triângulo equilátero em função de seu


lado é dada pela expressão

L
A trilngulo equilátero = --
'
h Os pontos ABC, no centro de cada circunferência
4 são os canhões. E são, também, os vértices de um
triângulo. O alcance do canhão equivale ao raio
Para obter um hexágono regular, temos de de cada círculo: o do canhão A é x, o do canhão B é
Assinale a alternativa q ue mais se aproxima da juntar 6 triângulos equiláteros. Além disso, a y e o do canhão C é z.
área da piscina. piscina é formada por 3 hexágonos regulares.
a) 1.6oo m' Temos então que à área da piscina é: A área total coberta pelos canhões é a soma das
b) 1.8oo m' áreas dos três círculos. Vamos determinar a área
c) 2.ooo m'
d) 2.200 m'
e) 2.400 m' A piscina = 3 · 6 ·
(�)'r; 4
= 1 5 93, 75 ffi
2
que cada canhão protege, partindo da medida dos
lados do triângulo. Segundo o enunciado, cada
lado é dado pela relação
X + y = 9 ( I)
RESOLUÇÃO: Vamos dar uma olhada mais atenta em Aproximando esse valor, temos que a área é de y + z = 8 (li)
um dos hexágonos regulares que formam a piscina: aproximadamente de 1 600 m 1. X+ Z = 6 (111)
Resposta: a
De (I) temos que y = 9 - x.
z. De (111) temos que z = 6 - x.
(Espcex/Aman 2014) Em um treinamento da arma Num sistema de equações, substituindo esses
de Artilharia, existem 3 canhões A, B e C. Cada valores em (li) temos:
h 25 m
z

canhão, de acordo com o seu modelo, tem um raio 9-X+6-x=8


de alcance diferente, e os três têm capacidade de - 2X + 15 = 8
giro horizontal de 360'. Sabendo que as distâncias - 2X = - 7
entre A e B é de 9 km, entre B e C é de 8 km e X= L
entre A e C é de 6 km, determine, em km', a área
Se traçarmos as diagonais do hexágono total que está protegida por esses 3 canhões, Substituindo esse valor nas expressões anteriores
regular, veremos que ele é formado por seis admitindo que os círculos são tangentes entre si. temos y = g_ e z = _i .
triângulos equiláteros cujos lados têm o mesmo 2 2
comprimento dos lados do próprio hexágono. a) 23 Essa é a medida dos raios de cada circunferência.
A'distância de 25 metros entre dois lados -2- ;r E com ela encontramos facilmente a área de cada
paralelos do hexágono equivale às alturas 23
b) - ;r circulo. Você se lembra a fórmula para a área do
de dois dos triângulos equiláteros. 4 círculo: Actrculo = n: . r' Então:
385
c) -- ;r
8
A relação entre a altura h e o lado L do triângulo AA = n: . ( L )'
equilátero é dada por: d) 195 2
-
4 ;r
Ao = n: . ( g_ )'
_
hrriánguloequi/átero -
Lh
-- e) 5 2-
- 9 2
4 ;r
2
Ac = n: . ( Í ) '
2

28 I GE MATEMÁTICA 2015
o
Isto é essen cial

Ãreas
e Retângulo: A = base . altura
A área de cobertura dos canhões é igual à soma
1
e Quadrado: A = lado . lado = lado'

( 7 )' ( 11 )' ( 5 )'


das áreas dos três círculos. Então,
!!. 4 000 000 1 25 000 000
X
7f . 2 + 7f . -2- + 7f . 2
E, 1 4 000 000 1
e Losango:

( 49 121 25 )
Acobertura =
25 000 000

. 4 -- 4
diagonal maior . diagonal menor
r,- = 4 = 6, 2 5
E, 25 A=
A cobertura = 7f + + 2
4
7[
Acobertura = 195 4 km
2 e Trapézio:
Portanto, a escala E, é 6,25 vezes maior que a
Resposta: d escala E,.
A= �
( base
--maior+
----base menor ) . h
---- ��
2
3· Mas a questão faz menção à ampliação da área ­
(Enem 2013) A figura apresenta dois mapas, e não das medidas lineares. Como a relação entre e Paralelogramo: A = base . altura
em que o estado do Rio de janeiro é visto em área e comprimento é q uadrática (se a unidade
a. h
diferentes escalas. de comprimento for em, a unidade de área é '"' " I o: A = -2-
v Tnangu

em '), temos que a ampliação da área de E, para E,


corresponde a (6)5)2 = 39,0625. e Círculo: A = TI . r'
Resposta: d
Escala de redução - numa representação
4· gráfica que obedeça a uma escala, todas
(Uece 2014) O palco de um teatro tem a forma as dimensões dos objetos são alteradas
de um trapézio isósceles cujas medidas de suas proporcionalmente: altura, lado e área.
linhas de frente e de fundo são respectivamente
15 m e 9 m. Se a medida de cada uma de suas EscaIa = ------- --=--
medida da imagem

medida real do obje to


diagonais é 15 m, então a medida da área do
palco, em m', é
a) 8o.
b) 90.
c) 108.
Há interesse em estimar o número de vezes que d) 1182.
foi ampliada a área correspondente a esse estado
no mapa do Brasil. Esse nú mero é RESOLUÇAO: Os trapézios têm dois lados paralelos
a) menor que 10. e dois lados não paralelos. Os lados paralelos são
b) maior que 10 e menor que 20. chamados bases. No caso dos trapézios isósceles, e o triângulo AED é retângulo em E (vértice do
c) maior que 20 e menor que 30. os lados não paralelos são congruentes, o que ângulo reto).
d) maior que 30 e menor que 40. garante que suas diagonais também sejam.
e) maior que 40. Observe a figura abaixo, contruída segundo as Se temos um triângulo retângulo, podemos
informações do enunciado: aplicar o teorema de Pitágoras e, assim, descobrir
RESOLUÇAO: Vamos chamar de E, a escala do o lado desconhecido do triângulo AED:
mapa do estado do Rio de janeiro e de E, a escala 152 = h 2 + 122
do mapa do Brasil. Lembre-se de que as escalas h 2 = 225 - 144 = 81
apresentadas em cada mapa se referem à relação h = 9 m.
entre as medidas lineares dos elementos no mapa
e as medidas lineares da realidade. Isso significa Aplicando a fórmula da área do trapézio,
que, numa escala 1: 4 ooo ooo (lê-se 1 "para" temos que
4 milhões), um elemento q ue, no mapa mede
h
1 em, na realidade corresponde a 4 ooo ooo em. Auap!>� (B + b) 2
= ·

Veja que:
9 24 . 9 '
Para verificar qual foi o aumento nas escalas e AC é congruente a BD e que CE é congruente a FD; Auip!,� (15 + 9) · 2 = -
=
2- = 108 m
lineares de E, para E11 vamos fazer a razão entre e AD é uma das diagonais do trapézio;
E, e E, e simplificar o resultado: e AE é a altura (h) do trapézio; Resposta: c

GE MATEMÁTICA lOlS I 29
.. . .

C rise a curto e
a longo prazo
A estiagem seca os reservatórios de água da
região Sudeste e mostra como se administra
n1al esse precioso recurso natural

Sim, parte da culpa pela agosto o total de água disponível


� escassez de água no Sudeste para a população descia para menos
� pode ser atribuída a São de 15% da capacidade total de
Pedro, que reduziu drasticamente armazenamento no sistema.
as chuvas na região nos meses de No mundo, a crise hídrica é gerada
outubro d e 2013 a março de 2014. É e alimentada de diversos lados,
São Pedro, também, o responsável todos eles com um empurrãozinho
pela seca que deixou o semiárido do homem. A começar pelo ritmo
nordestino em 2013 na pior seca de consumo. Acompanhe: o planeta
dos últimos 50 anos. Mas o homem dispõe de 1,4 bilhão de km3 de água,
tem boa parte de responsabilidade mas apenas 105 mil km3 são potáveis
nessa crise hídrica, pela falta de e de fácil acesso (veja o infográfico
planejamento e de investimentos e, na pág. 32). Desse total, a cada ano
também, pelo mau gerenciamento a humanidade demanda 252 km3
no uso da água. Em curto prazo, só para matar a sede, se alimentar
essa má administração pode deixar e manter a higiene. Parece pouco,
as torneiras secas e afetar a geração mas o ritmo acelerado do consumo
de eletricidade. Mas essa é uma não respeita o tempo necessário
crise mundial, com consequências para que o ciclo hidrológico se
em prazos mais longos - a falta complete - evaporação, precipitação,
de cuidado na preservação dos absorção pelo solo, retorno aos rios
recursos naturais coloca toda a e mares. Além disso, o crescimento
humanidade em risco. desorganizado das cidades polui
Aqui no Brasil, a estiagem entre mananciais, e o aquecimento global
2013 e 2014 deixou os reservatórios altera os regimes de ventos e chuvas,
do Sistema C antareira, que abastecem tornando secas regiões antes férteis.
quase 9 milhões de pessoas na Grande Como consequência, temos cada vez
São Paulo, nos mais baixos níveis de menos água disponível. Segundo
sua história. Em maio, começou a ser a Organização das Nações Unidas
extraída a água do chamado volume (ONU), a água potável já é escassa
morto, aquela acumulada no fundo para pelo menos 1 bilhão de pessoas.
das represas. Mesmo contando com E esse número deve dobrar nos
esse restinho barrento, no início de próximos dez anos.

30 I GE MATEMÁTICA 2015
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li VOLUME DA ESFERA DA TERRA
A matemática daqui
Toda a água Conhecer o diâmetro do planeta (12 700 km) já é

A quantidade total de água do


representada suficiente para representá-lo proporcionalmente
na página. Como a Terra é praticamente redonda,
planeta não é um dado exato,
mas uma estimativa que envolve
como esferas o ilustrador recorreu à fórmula de volume da
esfera para calcular o volume do planeta:
cálculos de geometria espacial.
Para representar o volume de água da Terra,
Os especialistas conhecem
o artista que construiu o infográfico acima se
a área e a profundidade dos
baseou em alguns dados que lhe foram fornecidos
oceanos, lagos e aquíferos.
de antemão. A partir deles, calculou valores Se o diâmetro da Terra é de 12 700 km, o raio é de
Com isso, calculam o volume
absolutos, respeitando as proporções e fazendo a 6 350 km. Então:
de água disponível em cada
conversão de unidades.
um desses depósitos. Eles
também avaliam a quantidade
As informações de que o ilustrador dispunha:
de água que escoa pelos rios,
e O diâmetro da Terra: 12 700 km;
a cada segundo, dia ou ano - a
e o total de água do planeta: 1,39 bilhão de kml;
chamada vazão -, bem como
e Desse total, apenas 2,5°/o são de água doce, VTerra = 1,07 trilhão de km 3 OU 1,07 . 1012 kml
o volume que cai na forma de
chuva e evapora de volta para
adequada ao consumo humano;
e Mas a água potável superficial, de fácil acesso,
a atmosfera. Ou seja, o estudo
. representa apenas 0,3% desses 2,5%.
de todo o ciclo hidrológico LEMBRE·SE
emprega matemática. Em matemática, a letra grega rr
Para chegar ao volume que cada esfera deveria
é uma constante que indica a
representar, o ilustrador calculou o raio de cada
proporção entre o comprimento
uma delas. E, para fazer o desenho, respeitou uma
e o diâmetro de uma
limitação gráfica: a menor esfera não poderia ter
circunferência qualquer.
diâmetro menor que 1 mm, ou não seria visível
Seu valor aproximado é 3,14.
para o leitor. Veja o passo a passo do trabalho
do ilustrador:

3Z I GE MATEMATICA 2015
21 A ESFERA DO TOTAL DE ÃGUA Isolando o termo r, ele encontrou: O REFRESQUE A MEMÓRIA
Nesse caso, o ilustrador teve de trilhar o
caminho inverso ao anterior. Partindo do volume 3 3 . 3 , 14 . 1 07 Porcentagem e
valor absoluto
r2 = --'----
conhecido do total de água (1,39 bilhão de km 3), 4 . 3,14
ele calculou o raio (r,) da esfera. Para isso, bastou
aplicar os valores conhecidos na fórmula do
volume da esfera: Se toda a água do planeta tem o volume de
139 . llf km3, qual o volume, em km3,
4 3
=3 . correspondente a 2,5%?
Vesleffi TT . r 3

4 Esse é o raio da esfera que poderia conter toda a 139 . 109 km3 é o total de água do planeta em
1,39 . 1 0 9 -- 3 . 3 , 1 4 . r1
água potável do planeta. valor absoluto. Em termos de proporção, isso
Isolando r, , temos: representa 100%. Matematicamente:
41 A ESFERA DA ÃGUA DOCE SUPERFICIAL
3 3 . 1 , 3 9 . 1 09 O volume de água doce superficial também foi
t = --'----
1
4 . 3,14 fornecido ao ilustrador em termos percentuais:
0,3% dos 3,5 . 107 km3 de água doce.

Fazendo operações semelhantes às realizadas no Então, a expressão 2,5% significa que, de cada 100
item 3, ele chegou à conclusão de que, em termos partes do total de água, 2,5 partes são de água
absolutos, esse valor é de aproximadamente: doce. Matematicamente:

V 105 103 km3


lgua docesuperftcial =
·

Para calcular o raio (r3) da esfera com esse


Esse é o raio da esfera que teria capacidade para volu me, bastou substituir esse valor na fórmula: Para descobrir o valor absoluto correspondente
toda a água da Terra. a 2,5% do total de água do planeta, é só aplicar o
volume total de água:
31 A ESFERA DA AGUA DOCE
O volume de água doce foi fornecido ao ilustrador
3 . 1 0 5 . 1 03
como u ma proporção: apenas 2,5% de toda a água r33
do planeta é potável. 4 . 3,14

Para descobrir esse volume em valor absoluto, r; = 2 5 079


ele simplesmente aplicou a "regra de três" (veja o
quadro Porcentagem e valor absoluto, ao lado). Tirando a raiz cúbica de 25 079, temos: 9
2, 5 . 1, 39 . 1 0 = 1 00 . VÓI)IiO dO<e
E chegou ao valor:
9
v = 2, 5 . 1, 39 . 1 0
água áa<e
Esse é o raio da esfera em que caberia toda a água 100
Aplicando esse valor à fórmula de volume da doce superficial da Terra.
esfera, o ilustrador definiu seu raio (r,):
A partir da medida dos raios, o infografista
calcu lou o diâmetro que teria, no mundo real,
cada esfera de água. Lembrando q ue o diâmetro é Pronto, está descoberto o volume de água doce do
o dobro do raio, ele montou a tabela abaixo: planeta, em valor absoluto.

DIMENSOES REAIS DE CADA ESFERA


LEMBRE·SE Esfera Volume (V, em km') Raio (r, em km)
Como o volume envolve três Terra 1,07 X 1011 r, = 6 350 d, = 12 700
dimensões, a sua unidade de
Agua total 1,39 X 109 r, = 692 9. = � �8
medida deve ser elevada a 3. _ �---- --­

Por exemplo, cm3 e km3• Agua doce 3,5 X 107 r, = 202 d, = �O� _ -·

-
Agua doce superficial 1,05 X 105 r, = 29 d, = 5B
_ __ _

GE MATEMÁTICA 2015 I J3
SI A PROPORÇÃO NA ILUSTRAÇÃO COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTO EM DUAS CIDADES • Volume de esgoto gerado a cada dia
Até aqui, o ilustrador calculou o volume das • Porcentagem de esgoto que passa

t
por tratamento
esferas no mundo real. Para serem reproduzidas
I milhão de pessoas
numa página de revista, elas tinham de ser
reduzidas - sempre mantendo a proporção entre
si, é claro. Sabendo que a esfera menor não
poderia ter diâmetro inferior a 1 mm, ele montou Jacarta
(Indonésia)
a primeira razão:

Assim, a relação entre o diâmetro da esfera 2 está


•11
para o diâmetro da esfera 3, ambas em tamanho
Sydney
natural, na proporção de 404 para ss. (Austrália)
Depois o ilustrador precisava encontrar uma
fração equivalente à primeira, que mantivesse a
proporção. Ou seja:

o O que o infográfico diz


O infográfico compara o tratamento de esgoto em duas cidades, uma num país em
Nessa expressão, d', e d� são, respectivamente, desenvolvimento - Jacarta, na Indonésia -, outra num país desenvolvido - Sydney, na
os diâmetros das esferas de água doce e de água Austrália. Repare que cada bonequinho representa 1 milhão de pessoas. E que a população
doce superficial, nas medidas que cabem na de Sydney (4 milhões de pessoas) produz quase o mesmo volume de esgoto dos 9 milhões
página da revista. Como limite, ele já sabia que d'3 de moradores de Jacarta. Isso significa que um australiano produz quase três vezes mais
deveria ser, no máximo, igual a 1 mm. Então: esgoto que um indonesiano. Por outro lado, em Sydney, praticamente toda a água servida
passa por tratamento antes de voltar para os rios. Já em Jacarta, apenas 3% do esgoto
404
= E.1. é tratado. Os dois exemplos confirmam: em sociedades mais desenvolvidas, o consumo
58 1 per capitade água é bem maior (devido, principalmente, às atividades industriais) . Mas
essas mesmas sociedades mais ricas tratam mais o esgoto, pois dispõem de mais recursos
De novo, fazendo a "regra de três": financeiros e tecnológicos para isso.

d'1 = 6,96 mm � 7mm Finalmente, para determinar o diâmetro da


esfera que representaria a Terra, o artista fez: O REFRESQUE A MEMÓRIA

Notação científica
Essa é a medida em que foi desenhada a esfera de
água doce.

O infografista calculou o diâmetro das duas Números muito extensos - que levam muitos
outras esferas fazendo o mesmo procedimento zeros - podem ser escritos em notação científica.
e tomando por base o diâmetro da esfera menor.
Assim, para a esfera de água totat ele Nesse tipo de notação, qualquer quantidade de
estabeleceu a razão: zeros é traduzido para uma potência de base 10.
d'1 = 2 1 8,96 mm � 22 em Assim.

Ele tinha, agora, o diâmetro de todas as esferas do Valor Em notação cientifica


infográfico:
1 000 103, OU 10 . 10 . 10

Substituindo os valores conhecidos: Diâmetro no 4 300 4a . 1o', ou 4,3 . 10 . 10 . 10


Esfera
infográfico
1 000 000 106, ou 10 . 10 . 10 . 10 . 10 . 10
1 384 = � Terra n em
58 1 4 300 000 4,3 . lo', ou 4.3 . 10 . 10 . 10 . 10 . 10 . 10
Agua total 24 mm

d'1 = 23,86 mm � 24 mm Agua doce 7 mm (Veja mais sobre notação científica na pág. 62)
Agua doce superficial 1 mm

34 I GE MATEMATICA 2015
Volume A REGRA GERAL
O volume de um corpo sólido que tenha bases
lEMBRE·SE
Dois prismas de mes
É uma medida exclusiva dos corpos sólidos ­ iguais e paralelas é dado pelo produto da área ma altura e
mesma área de base
objetos tridimensionais, que têm altura, largura e de sua base por sua altura: têm sempre
o m :smo volume -
profundidade. não importa
se sao retos ou oblí
quos.
Isso também é válido
para cilindros.
É o caso de cubos, prismas, paralelepípedos
(que são um tipo de prisma) e cilindros.

Prismas
Prismas são poliedros que têm bases poligonais
idênticas. Essas bases podem ser dois triângulos,
dois quadriláteros ou dois hexágonos, por exemplo.
Para calcular o volume de qualquer sólido,
é preciso multiplicar as três dimensões.

Calcular o vol ume do cubo abaixo, de arestas com


comprimento de 2 unidades (u), é o mesmo que Prisma quadrangular oblíquo
calcular o número de cubos menores, de aresta de
1 unidade (u), que cabem nele: Cilindros

}
A fórmula geral vale, ainda, para os cilindros:
1 unidade (u)
Prisma triangular

} 1 unidade (u)

altura (h)

O volume do cubo é:
2 x 2 x 2 = 8 cubos de aresta unitária = 8 u 3
Prisma hexagonal

O REFRESQUE A MEMÓRIA Se as bases do prisma tiverem lados de mesma Cilindro reto


medida, então o prisma é chamado de regular.
Conversão de As faces laterais dos prismas são sempre base (b)
paralelogramos. Se, além das faces laterais, as
unidades bases do prisma também forem paralelogramos,
então o prisma é chamado paralelepípedo.
O volume pode ser apresentado tanto em altura (h)
litros (L) quanto em centímetros, metros A altura do prisma é definida como a distância
ou quilômetros cúbicos. entre os dois planos que contêm as bases. Se o
prima for reto, suas faces laterais são retângulos.
1L 10' cm'
1 ml 1 cm• Cilíndro oblíquo

1 ooo L 1 m3
Repare que a base do cilindro é um círculo. A área
1012 L do círculo é dada pela expressão:

Acirculo = n . r'
LEMBRE·SE
O cálculo do volume leva em conta Então, o volume de um cilindro é calculado por:
três dimensões. Por exemplo:
1 km3 = 1000 m . 1000 m . 1000 m Prisma quadrangular reto vcilindro = Tt . r' . h
Então, 1 km3 = 109 mJ
GE MATEMATICA 2015 I 35
VOLUME DE SÓLIDOS COM UMA SÓ BASE
Para sólidos que têm apenas uma base - como
pirâmides e cones -, o raciocínio é semelhante: Como c a i no v estibular
o volume depende tanto da área da base quanto
da medida da altura. Mas o valor desse produto 1. 10% do volume do bloco foi perdido, determine
deve ser multiplicado mais uma vez, agora por (Unicamp 2014) Considere um cili ndro circular qual a quantidade de água obtida transportando­
um fator menor que a u nidade. reto. Se o raio da base for reduzido pela metade e se um iceberg com as dimensões, em metros,
a altura for duplicada, o volume do cilindro indicadas na figura apresentada.
Pirâmides a) é reduzido em so%.
b) aumenta em 50%. RESOLUÇÃO: Vamos dividir o bloco de gelo em
c) permanece o mesmo. quatro partes: três paralelepípedos e um prisma,
d) é reduzido em 25°/o. todos eles com a mesma altura, 12 metros. Para
isso, vamos dividir a face do iceberg que vemos de
RESOLUÇÃO: O volume do cilindro é dado pelo frente na figura em três retângulos e um triângulo:
produto da área da base e sua altura. 56 m
A base do cilindro é um círculo. Então:
40 m 16 m
V,;nndro = Á rea base . altura = rr . r' . h
Pirâmide Pirâmide Vamos calcular o volume do novo cilindro 18 m
triangular quadrangular regular seguindo as informações do enunciado.

. Abas, . altura
o O raio da nova base foi reduzido à metade do 52 m
raio original. Então a área dessa base nova é
3
1
Vpmid• =
Abase = rr . ( .l. ) '
2
16 m
Cones o A altura foi duplicada (2 h).
Tanto para um paralelepípedo quanto para um
Então, o volume é dado por: prisma, o volume é dado pelo produto entre a área

(-;-Y
da base pela altura. Usando a área de cada retângulo
Vnovocilindro = 7( · · 2h = 7( · L · 2h e triângulo encontrados na figura, temos:
Viceberg = [{18 . 40)) + {18 . 16) + (34 . 16) + (34 40)) 12
·

2
Rearranjando a expressão, ficamos com Viceberg = (720 + 288 + 544 + 680). 12

.
Vnovocilindro =
_!_ Jl' r2 · h
Cone reto
2 V;ceberg = 2 232 12 = 26 784 m3
Comparando esse resultado com o volume do
primeiro cilindro (V = rr . r' . h), concluímos que o Este é o volume do iceberg inteiro, antes da
novo cilindro tem a metade do volume do original. viagem. Depois de transportado, o enunciado
Resposta: a informa que ele perde 10% de seu volume.
Então, o volume que chega ao destino é:
z. Vnnat = 26 784 - 2 678,4 = 24 105,6 m 3
(UFG 2014) O projeto lcedream é uma iniciativa que
tem como meta levar um iceberg das regiões geladas Resposta: 24 105,6 m1
para abastecer a sede de países áridos. A ideia do
Cone oblíquo projeto é amarrar a um iceberg tabular uma cinta e 3·
. Abas, . altura
rebocá-lo com um navio. A figura a seguir representa (UEL 2014) Uma empresa que produz embalagens
1
\,,., = 3 a forma que o iceberg tem no momento em que é plásticas está elaborando um reei piente
amarrada à cinta para rebocá-lo. de formato cônico com uma determinada
capacidade, conforme o modelo a seguir.
Assim como ocorre no cilindro, a base do cone é
circular. Portanto, sua área é calculada por:

Acfrculo = TT . r2

48 cm
Então,

Considerando que o iceberg é formado somente


por água potável e que, após o deslocamento,

36 I GE MATEMATICA 2015
o
Isto é ess e n c i a l

Volume d a esfera
Sabendo que o raio desse recipiente mede 36 em Re pare:
vesfm = 3 . 1T . rl
4
e q ue sua altura é de 48 em, a que distância do O a altura do cone não se altera: h = 48 em;
vértice deve ser feita uma marca na superfície o o lado triângulo de 36 em corresponde ao raio
lateral do recipiente para indicar a metade de sua da base do cone; Volume do prisma
capacidade? Dado Vcone = _!_ . Abase . h o y é a reta que define a altura em que o volume
3 é reduzido pela metade;
Despreze a espessura do material do qual é feito o P é o ponto em que esse volume é alcançado;
o recipiente. Apresente os cálculos realizados na o e z é a dimensão a ser determinada: a distância Volume da pirâmide Equivale a 1/3 do
resolução desta questão. do ponto P ao vértice do cone. volume de um prisma de mesma altura e
base de mesma área:
RESOLUÇAO: A dificuldade do problema está em Atenção: o enunciado não pede a altura em que
que, conforme varia a altura do cGne, o raio do P deve estar, mas a distância do vértice. Por isso = 3'1 . A b e altu ra

Vpirâmkle ,.
círculo que determina sua base também varia, procuramos o valor de z.
ou seja, à medida que subimos pelo cone, a Volume do cilindro
base cresce. Então, o mesmo volume ocupa uma 111. Medindo x a partir do vértice do cone, o raio
altura menor. Precisamos combinar a medida do da base será y, de tal modo que vcilindro = n . r' . h
raio da base com a da altura do cone, de modo a 1_ = � = ]_
encontrar o ponto correspondente à metade de X 48 4 Volume do cone Equivale a 1/3 do volume
seu volume. de um cilindro de mesma altura e base de
Como dissemos antes, as medidas do raio da base mesma área:
Mas a área da base e a altura estão sempre e da altura do cone estão amarradas. Então - 1
amarradas, quando se calcula o volume de um Vcone - - . rr .
3 r2 . h
3X
cone. Lembre·se: y=- (a)
4
Vcone = _!_ . Abase . h Equivalência de medidas:
3 O volume do cone que tem raio da base y e altura x é: 1 m 3 = 101 km3 = 109 mm3
I. Primeiro, vamos calcular o volume total da 1 2 1 km3 = 109 m 3
V cone = 3 7!Y X · {b) ·

embalagem, com as medidas fornecidas na figura


do enunciado: Conversão de unidades
Vembalagem = _!_ . n . 36' . 48 = 20 736n cm 3 Substituindo (a) em (b) descobrimos que o volume do e 1 litro {L) = 103 cml

( )2
3 novo cone é metade do volume da embalagem toda: e 1 mL = Hm 3
A metade do volume desse cone equivale, então, 1 3X e 1 m 3 = 1 000 L
10 3687!' = 3 · 7Z' · 4 X
a10 368n cm 3 •
·
e 1 km 3 = 1012 L

11. Para descobrir o ponto da altura em que esse Daí, descobrimos o valor de x:
volume é alcançado, vamos olhar a embalagem gx 3
de lado e fazer um corte vertical sobre o eixo do 16 = 31 104 = 2 7 5 .3
cone. Ao fazer isso, ficamos com um triângulo / . 35 . 24
X3 = 11
retângulo. Em seguida, cortamos esse triângulo, =2 · 3 3 = 29 · 2 2 · 3 3

3,{; em
32
na suposta altura do volume desejado:
x = 23 · 3 · 2t = 24

3,{; em
36 cm

Se y = � Y = l8
4 então I

Vamos chamar 3,{;


em = a e aplicar o teorema
LEMBRE-SE
de Pitágoras no triângulo de lados x, y e z:
48 cm
z' = x' + y' = (24 a )' + (18 a )' = 576 a ' + 324 a '

3,{;
z' = goo a '
z = 30 a = 30 em

Resposta: A marca para metade do volume do


recipiente deve estar a 30 v-; em do vértice.

GE MATEMÁTICA 201S I 37
'

E a cara
da Terra
Astrônomos descobrem
um planeta muito + Pesquisadores que operam
. .

o teles cópio espac ial epler
anunciaram no pnme1ro
o Kepler-186f desperta uma antiga
esperança da ciência: descobrir vida
extraterrestre, nem que seja na forma
p arecido cmn o n o ss o, semestre de 2014 a descoberta de de microrganismos.
e m torno de outro sol um planeta, fora do nosso sistema O Kepler-186f encontra-se a cerca
solar, extremamente parecido de 500 anos-luz da Terra e é o planeta
com a Terra. Batizado de Kepler- mais externo daquele sistema solar.
186f, o exoplaneta é, como o nosso Lembrando que um ano-luz é a
mundinho, um corpo rochoso e distância percorrida pela luz em um
orbita sua estrela na chamada zona ano - arredondando, lO trilhões de
habitável, ou seja, a uma distância a quilômetros (1013 km) -, então o sistema
que a temperatura é suficientemente da estrela Kepler-186 está a 5 . 10'5 km.
amena para a existência de água A órbita do planeta em torno de
no estado líquido. Água líquida é sua estrela tem forma de uma elipse
condição essencial para a vida. Então, - semelhante à elipse que a Terra

38 I GE MATEMÁTICA 2015
percorre ao redor do Sol. Só que que a região ocupada pelo exoplaneta LONGE, MAS PRÓXIMO
a elipse do Kepler-186f tem o eixo é considerada zona habitável. A soo anos·luz de
principal muito menor. Isso o coloca a Na verdade, o Kepler-186f está na distância, o planeta
uma distância máxima de cerca de beirinha da zona habitável, muito Kepler·l86f é
50 milhões de quilômetros de sua perto da região na qual a temperatura parente próximo da
estrela - um terço da distância entre a seria baixa demais, congelando Terra. Tudo indica
Terra e o Sol. toda água. O planeta tem algumas que o astro tem
Se estivesse em nosso sistema características que compensam isso: temperatura para
solar, o Kepler-186f ocuparia, mais ou ele é 10% maior que a Terra. Sua manter água líquida
menos, a órbita de Mercúrio e teria massa ainda não é conhecida, mas
um ambiente tão infernal quanto ele, os pesquisadores avaliam que seja
com temperaturas ultrapassando os suficiente para reter gases na forma
400 graus Celsius durante o dia. Mas a de uma atmosfera leve que abafa o
estrela Kepler-186 é muito menor que planeta o suficiente para manter a
o Sol e emite muito menos calor. Daí água em estado líquido.

GE MATEMÁTICA 2015 I 39
A matemática daqui
Kepler e a Lei das Áreas
A órbita de asteroides e cometas
�O alemão Johannes Kepler não mais distantes dele. E, quanto mais
percebeu apenas que a órbita próximo, mais rápido o planeta viaja.
em torno do Sol é elíptica, como
dos planetas é elíptica. Ele também Essa variação de velocidade obedece
a dos planetas. E a velocidade
notou que a velocidade de cada corpo à 2a Lei de Kepler, ou Lei das Áreas.
desses corpos varia conforme
celeste varia ao longo dessa trajetória. Segundo ela, "a linha que une um
o ponto da elipse em que se
Kepler observou que o Sol não se planeta ao Sol atravessa áreas iguais
encontram. Foi Johannes Kepler
encontra no centro da elipse, mas em intervalos iguais de tempo".
quem descobriu isso, no início
em um de seus focos. Assim, os Veja abaixo o que significa a Lei das
do século XVII. Até então,
planetas estão ora mais próximos, ora Áreas, de Kepler.
imaginava-se que as trajetórias
descritas pelos planetas,
asteroides e cometas tivessem a
forma de circunferência.

1
Quando está próximo
do Sol, um planeta
na posição 1 atinge a
Planeta no
instante t,
posição 2 num intervalo
de tempo t, - t,.

2
O mesmo planeta, quando
está distante do Sol, viaja
Sol mais devagar. Assim, no
· · ===::::_- .. .. .. ..
. .
.
. .
.. .. .. .. .. .. .. .. .. ..
.. .. .. .. .. intervalo de tempo t4 - t3 ,
.
. .
. .
. .
. .
igual a t, - t, , percorre
.
. .
.
uma distãncia menor.

.
.
.
3
.
No entanto, a linha
.

imaginária que une o


. .
.. .. ..
.. _
planeta ao Sol atravessa,
Planeta no . .
. .
. .
instante t, . .
. .
. .
em intervalos de tempo
.

iguais, áreas iguais.

40 I GE MATEMÁTICA 2015
Cônicas ou seja, cujo centro coincida com as coordenadas
(o,o) - é dada pela relação entre as coordenadas
(x, y), que é definida pela relação:
A elipse - curva seguida pelos planetas em sua
órbita em torno do Sol - é uma cônica. Cônicas
são curvas que podem ser obtidas a partir do
cruzamento de um plano com um cone: O centro da circunferência pode não coincidir
com a origem do plano cartesiano:

e C é o ponto que marca o centro da


circunferência.

e A distância de qualquer ponto da


circunferência a C é o raio (r).

e Diâmetro é o dobro do raio (2r).

e o comprimento (ou perímetro) da


circunferência é dado pela expressão: distância entre Q e C � r

elipse
P = 2 . rt . r Nesse caso, a equação que define um ponto
q ualquer (Q) da circunferência é:
Observe que a cu rva é alterada dependendo da
inclinação do plano que corta o cone:

e Um plano perfeitamente horizontal produz LEMBRE·SE em que xc e Yc são as coordenadas do centro (C) da
uma circunferência. rr é uma constante matemática. circunferência.
Para efeito de cálculos, costumamos
e Um plano ligeiramente inclinado deforma a arredondar seu valor para 3,14.
circunferência e cria u ma elipse.

e Aumentando-se a inclinação, a elipse não


mais se fecha, e a curva se transforma numa
parábola. A circunferência no plano cartesiano REPA RE
Sempre podemos desenhar uma circunferência num A equação
que de. fine
pontos ae um os
e Um plano perfeitamente na vertical cria plano cartesiano - aquele em que todos os pontos da .
a Circunferê
uma h ipérbole. figura são definidos pelas coordenadas {x, y):
é a Si
mples aplic ncia
ação do
Te rema de
� Pitágoras a
tflangulo re um
tângulo que
por hipoten tem
CIRCUNFERENCIA · usa o raJa. da
orcunterên
Os gregos antigos acreditavam que os astros · · Nesse triâ
seguiam movimentos circulares no céu. Para eles, os catetos t:; ngulo,
como medid
exatamente a
o movimento aparente do Sol, da Lua, dos planetas a diterença
coordenada " entre as
e das constelações, surgindo e desaparecendo num s uO ponto
e as coorde Q (,x , Y }
ponto diferente do horizonte a cada dia ou mês, no nadas d,o ce Q Q
ntro
decorrer do ano, era explicada como manifestação x
c ( u Ycl
da preferência dos deuses pela perfeição do círculo,
da circunferência e da esfera.

Circunferência é u ma curva formada por todos


os pontos que estão a u ma mesma distância de
outro ponto - seu centro. No plano cartesiano, a posição de qualquer ponto
Q de uma circunferência com centro na origem -

GE MATEMÁTICA 1015 I 41
ELIPSES A distância entre o ponto B, e o centro é sempre
No século XVII, o alemão johannes Kepler (1571· igual à distância entre o ponto B, e o centro.
1630) descobriu que a órbita dos planetas não Então, a distância entre B, e B, = 2 . b
é circular, mas tem a forma de elipse, com o Sol
num dos focos. Isto é uma elipse:
Bl

e = o,o
O é o centro da elipse A elipse no plano cartesiano
Como a circunferência, uma elipse também pode
A,A, é o eixo maior da elipse ser desenhada num plano cartesiano, ou seja,
sobre os eixos x e y:
B, B, é o eixo menor da elipse y

F, e F, são os focos da elipse

A distância entre o ponto A, e o centro O é sempre


igual à distância do ponto A, ao centro O.

Se chamarmos essa distância de a,


temos que A,A, = 2 . a A10 = A,O = a
8 1 0 = 820 = b
e = o,s
F I O = F,O = c

Se a elipse tiver o centro na origem do sistema


cartesiano - ou seja, nas coordenadas (o, o) -,
cada ponto da curva é definido pela equação:

x' y'
2 + 2 = 1 , sempre com a > b
a b

O traçado dos planetas no céu


De modo geral, a elipse da órbita de cada planeta
e = o,S
A distância entre F, e F, e o centro O é sempre é muito próxima de uma circunferência, ou seja,
igual e se chama (c). é pouco achatada. A esse achatamento damos o
nome de excentricidade.
Como F,O = F,O, então a distância entre
F, e F, = 2 . c (distância focal) A excentricidade (e) de uma elipse é a relação
entre a distância focal (2 . c) e o tamanho do eixo o
81 maior (2 . a): •

2c c
e=-=- e = 0,95
Za a

Como c é sempre maior ou igual a o e sempre


menor que a, a excentricidade e será sempre um
F
número positivo e menor que 1. Ou seja: < -

e é tal que o i ... < 1 e = 0,999

42 I GE MATEMATICA 1015
Um planeta disso, Plutão foi rebaixado à categoria
de planeta anão. Por outro lado,
outros corpos foram promovidos a
EXCENTRICIDADE DA ÓRBITA DE
ALGUNS CORPOS DO SISTEMA SOLAR
---·- ---w---·-�-�----·-·---
a menos essa mesma categoria. É o caso de
Ceres, no Cinturão de Asteroides.
Tipo de corpo Excentricidade ...31.. Planeta é um corpo que gira Pela nova definição, para ser
7' em torno de uma estrela, com considerado planeta, um corpo
Vênus Planeta 0,007
massa suficiente para gerar força celeste deve ter, sozinho, mais massa
Netuno Planeta 0,009 gravitacional que lhe dê uma forma do que a soma da massa dos demais
arredondada e "limpar" sua órbita de corpos de sua vizinhança orbital. Essa
Terra Planeta 0,017 outros corpos. A definição, adotada comparação entre massas é dada por
em 2006 pela União Astronômica uma relação de proporção (ou razão):
Urano Planeta 0,047
Internacional, alterou a contabilidade
J úpiter Planeta 0,048 de planetas no nosso sistema solar.
----------
Agora, temos apenas oito planetas. massa do planeta
�---��-

Saturno Planeta 0,054 � = ----- �-----


Quem escapou da conta foi Plutão. massa dos demais corpos na região o rbital
Ceres Planeta anão 0,08 Sim, ele gira em torno de uma estrela
e tem a forma arredondada. Mas é
Marte Planeta 0,093 pequeno demais para limpar sua Veja no gráfico abaixo a diferença
região orbital e, por isso, está rodeado dessa proporção entre os planetas e os
Mercúrio Planeta 0,206
de corpos semelhantes. Em razão planetas anões do sistema solar.
Plutão Planeta anão 0,248

Cinturão Entre 0,07


Asteroides
Principal e 0,35
-- A PROPORÇÃO QUE DEFINE SE U M CORPO É PLANETA OU PLAN ETA ANÃO
Cometa
Halley 0,97
periódico
-- ---- -----

o O que a tabela indica


Repare que a maioria dos planetas segue
órbita de excentricidade muito próxima
de zero, ou seja, descrevem uma trajetória
praticamente circular em torno do Sol.
Dentre todos, Mercúrio é o de órbita mais
achatada. Em segundo lugar vem
oplaneta anão Plutão. Ceres, que faz
parte do Cinturão de Asteroides, tem
órbita com excentricidade mais próxima
de zero do que de 1 .

Muito mais achatada é a órbita de


alguns cometas periódicos - aqueles que O que o gráfico diz
mergulham, em intervalos regulares, dos A razão !! é a proporção entre a massa de um corpo e o total da massa de outros corpos que
confins do Sistema Solar em direção ao Sol. ocupam a mesma região orbital. Repare que !! é dada, no eixo y, em potências de base 10.
É o caso do cometa Halley, que passa por E que três dessas potências têm expoente negativo. Isso indica um valor submúltiplo de 1 0
aqui a cada 75 anos. A excentricidade de (l0-3 0,001; 10-2 0,01 e w-1 0,1). Nesses casos, a razão tem o denominador maior que
= = =

0,97faz com que o Halley quase não feche o numerador; ou seja, a massa do corpo é menor que a soma das massas dos demais corpos
a curva elíptica. Se essa excentricidade que circulam na mesma região. É o que acontece com Ceres e Plutão. Ceres está em meio
fosse igual a 1, o cometa descreveria uma aos asteroides do Cinturão de Asteroides, entre Marte e Júpiter. E Plutão, rodeado por uma
parábola: passaria perto do Sol apenas infinidade de "pedregulhos" cósmicos do Cinturão de Kuiper; nos confins do sistema solar. A
uma vez, daria a volta e escaparia para massa de cada um desses objetos é apenas uma parcela da massa total de seus vizinhos. Por
sempre dos domínios do Sistema Solar isso, eles são considerados planetas anões. Já as potências com expoente positivo indicam
(vejamais sobre parábolas naaulaque múltiplos de 10 (lo> = 100; 10' 1 000 etc.). Isso indica que o numerador da fração (massa do
=

começanapág. 54). corpo) é maior que o denominador (massa de todos os demais objetos). Todos os corpos que
apresentam essa característica são considerados planetas.

GE MATEMÁTICA 2015 I 43
Como c a i no v estibula r

1. Com os valores de x� x,, y, e y,, encontramos três Observe a figura abaixo. Nela está representada
(Fuvest 2014, adaptada) Considere a circunferên­ pontos de intersecção entre a parábola e a uma elipse com centro na origem de um sistema
cia À de equação cartesiana x2 + y2 - 4Y = o e a circunferência: de eixos cartesianos. Seus pontos principais
parábola a de equação y = 4 - x2• Determine os foram nomeados e destacados: os focos (F, e F,) e
pontos pertencentes à interseção de À com a . A (o, 4) C (- r; , 1) os pontos em que a elipse cruza o eixo x (A, e A,) e
o eixo y (B, e B,). Também foi representado o
RESOLUÇÃO: Para determinar o(s) ponto(s) de ponto P, pertencente à elipse, e localizado
intersecção da circunferência com a parábola, z. propositalmente numa das extremidades do eixo
precisamos resolver o sistema com as equações (UFM 2013) Um arquiteto projetou, para um salão de menor, coincidindo, portanto, com o ponto B,.
da circunferência e da parábola (dadas no dimensões 22 m por 18 m, um teto de gesso em
enunciado): formato de elipse com o eixo maior medindo 20 m e
o eixo menor, 16 m, conforme ilustra a figura abaixo.

Isolando x2 na equação {l i), temos


X2 = 4 - y A, A,
18 m
E substituindo em {1), chegamos a
(4 - y) + Y 2 - 4Y = o B,
Y2 - SY + 4 = o

Repare que nessa equação do 2° grau, temos y 22 m Lembre-se: numa eli pse, a soma das distância
em vez de x. Então, resolvendo-a, descobrimos entre um ponto P qualquer ao foco F, e dele ao
um valor para a coordenada y. Aplicando a O aplicador do gesso afirmou que saberia foco F, é constante. Esse valor constante é
fórmula de Bhaskara: desenhar a elipse, desde que o arquiteto numericamente igual ao comprimento do eixo
informasse as posições dos focos. Para orientar o maior da elipse, que corresponde à medida 2 a.
LI = 25 - 4 . 1 . 4 = 25 - 16 = 9 aplicador do gesso, o arquiteto informou que, na Chamando a distância de d, temos então que
direção do eixo maior, a distância entre cada foco d (PF,) + d (PF,) = 2 a.
5±3
y = -- e a parede mais próxima é de
2
a) 3 m. Voltemos à figura. Repare que o triângulo
y, = 4 e y, = 1 b) 4 m. F, PF, é isósceles. Então, os segmentos PF, e PF,
c) s m. são congruentes.
Substituindo esses valores em {li), obtemos: d) 6 m.
Para y,: Sabemos que d {PF,) = d {PF,),
4 = 4 - X2 RESOLUÇÃO: Uma elipse com centro na origem de então d {PF,) = d (PF,) = a.
x2 = o um sistema cartesiano e com eixos maior e menor
x, = o nas direções vertical e horizontal Além disso, com o ponto P localizado sobre o
respectivamente, tem equação reduzida eixo y, os triângulos OPF, e OPF, são triângulos
Para y,: retângulos. Então, podemos aplicar o teroema
1 = 4 - X2 de Pitágoras para descobrir o comprimento
X2 = 3 dos lados:
X2 = ( r; , 1) Sendo a e b a metade dos comprimentos dos eixos a2 = b2 + e2
maior e menor, respectivamente. em que c é metade da distância focal.
Xl = ( - r; , 1) Sendo assim, na elipse do problema, temos que Su bstituindo os valores da elipse em
2 . a = 20 e 2 . b = 16. questão, temos:

44 I GE MATEMÁTICA 2015
o
Isto é ess e n c i a l

Equação d a circunferência

102 = 82 + c2 Então, - 2Yc = - 6y


C2 = 100 - 64 = 36
C=6 Portanto, Yc = 3 e y/ = 9, valor que também deve
ser adicionado aos dois membros da equação (1),
Temos todos os elementos para a resposta: nesse caso, multiplicado pelo 9 que foi colocado
e A distância entre os focos é de 12 m (2 c); em evidência anteriormente.
dfstânciaenrre Q e C '" r
e Se o eixo maior mede 20 m, então entre cada
foco e os pontos da elipse mais próximos na Fazendo isso, ficamos com:
horizontal, a distância é (2o - 12) : 2 = 4 m x2 - 8x + 16 + 9 (y2 - 6y + 9) 88 + 16 + 81
= -

e Se o tamanho da sala é de 22 m por 18 m, (x - 4)2 + 9 (y - 3)2 = 9


então a elipse está afastada em 1 m de cada Equação da elipse
parede. E a distância de cada foco à parede Dividindo ambos os lados por 9, temos:
mais próxima é de s m.
(x - 4) 2 (y - 3) 2
Resposta: c __ + _- = 1
9 1

=
(EpariAfa 2013) Sobre a circunferência de menor Os valores a2 = 9, a = 3 e b2 = 1, b = 1
raio possível que circunscreve a elipse de equação correspondem respectivamente a metade dos B, :
:- - - - - - - " ã" - - - - - - - - - - - - - - - ã- - - -----

x2 + 9Y2 - 8x - 54Y + 88 = o é correto afirmar que comprimentos do eixo maior (na horizontal nesse
xz yz
a) tem raio igual a 1. caso) e do eixo menor (na vertical).
2 + 2 I, se mpre com a > b
b) tangencia o eixo das abscissas. a b
c) é secante ao eixo das ordenadas. Além disso, o centro da elipse é C(4, 3), que vai
d) intercepta a reta de equação 4X - y = o. ser o mesmo centro da circunferência solicitada Excentricidade
no enunciado.
2c c
RESOLUÇAO: O enunciado indica que se trata de e=-=-
uma elipse. Então, a equação dada deve ter sido Para que a circunferência circunscreva a 2a a

obtida do desenvolvimento da equação reduzida elipse, seu raio deve ser r = a = 3. Veja que no
da elipse com centro C(xc, yc): desenho está representada a reta indicada na
alternativa d (falsa, porque a reta não intercepta
(x · xc) 2 (y · yc) 2
--2- + --2- = 1 a circunferência).
a b
Vamos comparar o desenvolvimento dessa y
equação com a equação dada:
X2 + 9Y2 - 8x - S4Y + 88 = o

,.J
x2 - 8x + 9Y2 - S4Y + 88 = o
x2 - 8X + 9 (y2 - 6y) + 88 = o (1)

Desenvolvendo (x - xcf, temos lEMBRE·SE


(x - xc) . (x - xc) = x2 - 2 . x . Xc + x/ = x2 - 8X + x/ Quanto mais pro, .
x mo
Então, - 2 . x . Xc = - 8x valor da exren � dezero for o
Portanto Xc = 4 e x/ = 16
. • · tfield.ad. de
mais ela se ap
· roxima ue um
uma elip }
.
se, .
Este último valor deve ser adicionado aos dois Circunferência. 0" a
uanto ma!s .
membros da equação (1). " 1, mai
ue pro'x,.mo
s achatada
o 1 4 6 7 8 et.a e.,
Fazendo o mesmo para os termos em y, temos
(y - Ycl2 = (y - yc) . (y - yc) = Y2 - 2 . Y . Yc + Yc2
=

y2 - 6y + yc2 Resposta: b

GE MATEMATICA 1015 I 45
Promissores,
mas polêmicos
Os vegetais geneticamente n1odificados podem
ajudar a combater a fome. Mas ainda há dúvidas
sobre os riscos ao ambiente e à saúde humana

+ Há pouco mais de 15 anos


chegaram às prateleiras dos
grandes multinacionais do setor de
agrobiotecnologia - alegam tratar-
supermercados os primeiros se de uma arma poderosa contra a
alimentos transgênicos - organismos fome. De outro, os ambientalistas
que têm o código genético modificado temem que plantas modificadas se
por meio da introdução de genes de espalhem fora dos locais de cultivo e
alguma espécie diferente. Somando contaminem culturas convencionais
tudo o que foi plantado no decorrer ou áreas nativas, eliminando espécies
desta década e meia, os transgênicos silvestres e comprometendo a
já ocuparam 1 bilhão de hectares de biodiversidade dos ecossistemas.
terras do planeta - área maior que Os "verdes" alegam ainda que não
a do território chinês e equivalente existem estudos que comprovem que
a 10% de todo o solo destinado à a ingestão de produtos transgênicos
agricultura no mundo. No início de não oferece riscos à saúde humana e
tudo, em 1996, os poucos fazendeiros animal em longo prazo.
que aderiram aos transgênicos Para a Organização das Nações
estavam nos países desenvolvidos. Unidas para Agricultura e
Hoje, cerca de 15,5 milhões de Alimentação (FAO), os transgênicos
agricultores plantam sementes podem ser, sim, uma grande arma
transgênicas em 148 milhões de contra a fome. Mas preocupam
hectares. Os dados são do relatório tanto os riscos para a saúde e ci
anual do Serviço Internacional meio ambiente quanto os rumos da
para Aquisição de Aplicações em pesquisa: em vez de aumentarem
Agrobiotecnologia (Isaaa, na sigla o valor nutricional de alimentos
para o nome em inglês). Apesar largamente utilizados pela
desse sucesso de mercado, os humanidade - como arroz e batata -,
tiansgênicos continuam no centro os laboratórios vêm investindo
de uma polêmica. pesadamente em grãos de maior
A modificação genética tem valor comercial, como soja, milho
como objetivo tornar uma planta e algodão, matérias-primas para as
resistente a pragas e, com isso, indústrias têxtil, de ração animal,
aumentar a produtividade da óleos e combustíveis. A FAO analisa
lavoura ou elevar o valor nutritivo do ainda os benefícios econômicos dos
alimento. De um lado, os defensores transgênicos que não chegam aos
dessa tecnologia - incluídas aqui as agricultores mais pobres.

46 I GE MATEMATICA 2015
GE MATEMATICA 2015 I 47
CRESCIMENTO 00 PLANTIO DE TRANSGÊNICOS
A matemática daqui Área total de cultivo (em milhões de hectares)
1 60
1 40
A variação de qualquer dado 1 20
no decorrer do tempo pode ser 1 00
indicada por um gráfico. No caso 80
do crescimento da área destinada 60
40
- Crescimento ano a ano
ao cultivo de transgênicos entre - Crescimento médio
20 '
1996 e 2010, esse gráfico se o
aproxima muito de uma reta, e a 1996 1997 1998 1999 2000 2 00 I 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 201 O
variação média pode ser descrita Fonte: Clive !ames, 201 0//SAAA

por uma função de 1° grau.


o O que o gráfico diz
O gráfico mostra dois modos de representar como a área de plantio de transgênicos variou
no mundo, entre 1996 e 2010. Na linha preta, cada ponto é definido pelo valor exato da área
plantada a cada ano. Já a reta laranja foi formada ligando-se o primeiro ao último ponto da

Construção linha original. Esta é a reta média. Ela não fornece os valores exatos da área plantada a cada
ano, mas a taxa de variação média dessa área, no decorrer dos 15 anos.

de uma reta
Repare no gráfico acima: a linha que mostra o Calculando a taxa média de crescimento por ano: FUNÇÃO DE 1° GRAU
crescimento da área de plantio de transgênicos A expressão anterior é u ma tu nção de 1 grau, ouo

(na cor preta) lembra uma reta. Então, podemos e Para a variável x: de 2001 a 2004, passaram-se função afim. Esse tipo de função tem sempre a
ajustar essa curva para o formato de reta, unindo o três anos (2004 - 2001 = 3); seguinte forma:
primeiro ao último ponto da curva original.
e Para a variável y: a área plantada passou de y=a.x+b
Agora, note que a reta passa apenas sobre alguns so milhões para 8o milhões de hectares, ou
dos pontos da curva original. Em relação aos seja, cresceu 30 milhões de hectares. O nome "função de 1° grau" vem do fato de que
demais, a reta às vezes está acima, outras vezes, x não é elevado ao quadrado, ao cubo nem a
abaixo. Então, podemos considerar que esta é a O aumento de 30 milhões de hectares em três anos nenhum outro expoente. No caso da função para
reta média, que retrata a taxa anual média de equivale a um crescimento anual de 10 milhões de o plantio de transgênicos, o b vale zero porque
crescimento da área plantada, a cada ano. hectares. consideramos que, no ano zero (1996), a produção
também é igual a zero.
Com base nessa reta, calculamos a taxa média de Se considerarmos o ano de 1996 ano zero, 1997 ano
crescimento da área plantada: 1, e assim por diante, até o ano 14 (2010), podemos Gráfico da função de 1° grau
escrever a função entre a área plantada (A) e o Toda função de 1° grau tem como gráfico u ma
e Chamamos a área plantada de y; tempo (t), em linguagem matemática: reta. Mas cada função define uma reta com carac·
terísticas próprias. Vamos ver dois exemplos:
e A área plantada depende do ano. Então, o valor A(t) = 10 . t ou y = 10 . X
de y depende de outra variável, o tempo, que 1. Considere a função y = 2 . x - 1.
chamamos de x. Para construir o gráfico dessa função, começamos
montando u ma tabela que atribui valores
Ao escolher locais em que a reta média coincide com REPARE aleatórios a x e, para cada um desses valores de x,
os pontos da curva laranja, descobrimos o valor de x e Y são variáveis porque o valor correspondente de y:

�x
podem
y para cada x nesses pontos. E, assim, montamos as assumir diferentes valores y é
. uma
coordenadas de três pontos da reta média: variável dependente porque
seus 1
I1 na funçãoy = 2 . X · l I
I então,y

R+
valores dependem dos valor valerá
es de x
Area plantada em milhões de hectares (y) 1 Ano , ;) A variá vel 'K, porsua
vez, é chamada y = 2 . (-2) - 1 -5
de variável independente.
50 2001 1 y = 2 . (-1) - 1 -3
80 2004
- -- o y=2.0-1 -1
100 2006
1 y=2.1-1 1

2 y=2.2-1 3

48 I GE MATEMATICA 2015
A tabela poderia seguir indefinidamente, sempre 2. Considere outra função: f(x) = - 3 . x + 4. Observe q ue:
atribuindo um valor qualquer a x e calculando A tabela para a construção do gráfico no plano
o valor correspondente de y. Considerando cada cartesiano é: e Desta vez, ao passarmos de u m ponto a outro da
valor de x e y de u ma coordenada cartesiana, tabela - por exemplo, de (- 2, 10) a
temos aí definidos cinco pontos do gráfico da
função y = 2 . x - 1:
Se x
vale
I
na funçãoy ·3 . X + 4
= I
'
então,y
valerá
(- 1, 7) -, andamos u ma unidade para a direita
no sentido horizontal (do eixo x) e
3 unidades para baixo no sentido vertical
-2 y = -3 . (-2) + 4 !1 10 (do eixo y). Ou seja, para l1x = 1, t1y = - 3. Essa
(x, y) c----

I
--··---- ---------- ------ -

relação é válida para quaisquer pontos da reta;


(- 2, - S) ·1 y = -3 . (-1) + 4 7

I (- 1, · 3) e No ponto em que a reta cruza o eixo y,


y = ·3 . o + 4
f------ 1-----1-------------- ----·---- a coordenada x tem valor o e a y, 4.
(0, · 1)
y = ·3 . 1 + 4
(1, 1) Coeficiente angular da reta
1-----
l Y = -3 · 2 + 4 -2 Nas fu nções dos dois exemplos anteriores,
�!_l
1
__ L------- ..
--·-- -..----·"·--· -'--------·--·-----'
o coeficiente a é exatamente a razão da variação
deye x:
(x,y)
Veja o gráfico que esses pares coordenados a = óY
ÓX
formam num plano cartesiano:
Na função y = 2 . x - 1, a = 2
4 y

a = óY = �=2
ÓX 1

Na função y = - 3 . x + 4, a = - 3

, Novamente, com cada u ma dessas coordenadas


X a = ó Y = -3
-4 -3 -2 -1 cartesianas (x, y), localizamos os pontos e ÓX
traçamos a reta:
O coeficiente a tem a ver com a inclinação da
reta. Por isso, é chamado de inclinação da reta,
declividade da reta ou coeficiente angular da
reta. Para definir o coeficiente angular de uma
reta, precisamos apenas das coordenadas de dois
pontos (xA yA) e (xB' y8) :
-6

Observe que:

e Todos os pontos encontrados na função estão Coeficiente linear da reta


alinhados, formando uma reta; Na função y = a . x + b, o coeficiente b é o
coeficiente linear da reta - é o valor de y para o
e Quando passamos de um ponto a outro - por qual x = o. Ou seja, é o valor de y no ponto em que
exemplo, do ponto de coordenadas (- 2, - s) a reta cruza o eixo y.
para (- 1, - 3) -, deslocamos uma unidade na
horizontal (paralelamente ao eixo x) e duas e Na função y = 2 . X - 1, b = - 1
unidades na vertical (paralelamente ao eixo No gráfico, você confirma: a reta cruza o eixo y
-4 4
y). Ou seja: para l1x = 1, l1y = 2. Essa relação é -3 -2 -1
quando y vale - 1;
-I
válida para quaisquer pontos da reta;
-2 e Na função y = - 3 . X + 4, b = 4
e No ponto em que a reta cruza o eixo y, a De fato, no gráfico você vê: a reta cruza o eixo y
-3
coordenada x tem valor o e a coordenada y, quando y vale 4.
g= �3 . x + 4
valor -1. -4.

GE MATEMATICA 20l.S I 49
Raiz de uma função de 1° grau Para descobrirmos o valor de b, (coeficiente linear,
O ponto em que uma reta cruza o eixo x se chama ou seja, o valor de y quando x = o), vamos usar as Como c a i no v estibular
raiz da função. Observe que qualquer ponto coordenadas do enunciado: M (- 1, o) e os valores
do eixo x tem coordenada y = o. Então, para conhecidos: as coordenadas x e y e o coeficiente 1.
descobrir a raiz de u ma função de 1° grau, basta a = 2, encontrado anteriormente: (UFJF 2012)
calcular o valor da função paray = o: y = a . x + b ==} O = 2 . (- 1 ) + b U ma construtora, para construir o novo prédio da
0 = - 2 + b ==} b = 2 biblioteca de uma universidade, cobra um valor
e Para y = 2 . X - 1, se y = O, temos: fixo para iniciar as obras e mais um valor, que
Repare que o resultado seria o mesmo se aumenta de acordo com o passar dos meses da
I
0 = 2 . X - l ==} 1 = 2 . X ==} x = - usássemos as coordenadas do ponto L (1, 4): obra. O gráfico abaixo descreve o custo da obra,
2
y = a . x + b ==} 4 = 2 . 1 + b em milhões de reais, em função do número de
. - ' I
A ra1z d a f unçao y = 2 . x - 1 e - . 4 = 2 + b ==} b = 4 · 2 ==} b = 2 meses utilizados para a construção da obra.
2
y (milhões de reais)
e Para y = - 3 . X + 4, se y = O, temos: Então, a equação para a reta que passa pelos
pontos L (1, 4) e M (- 1, o) é y = 2 . x + 2
4
0 = - 3 . X + 4 ==} - 4 = - 3 . X ==} x = -
3 8
Então, a raiz da função y = - 3 . x + 4 é � . O REFRESQUE A MEMÓRIA
3
Generalizando: numa função de 1° grau, a raiz é Sistema de equações 12 x (meses)
dada pela expressão:
O valor das incógnitas é às vezes dado por duas a) Obtenha a lei y = f(x), para x 2 O que determina
b
X=-­ equações. É o que se chama sistema de equações. o gráfico.
a
Por exemplo: b) Determine o valor inicial cobrado pela construtora

Equação da reta { 2x + y = 5 (I)


para a construção do prédio da biblioteca.
c) Qual será o custo total da obra, sabendo que a
Para determinarmos a função de uma reta, devemos 5x + 2y = 1 1 (li) construção demorou 10 meses para ser finalizada?
conhecer as coordenadas de pelo menos dois pontos.
Vamos considerar a reta que passa pelos pontos Resolver o sistema significa encontrar valores para RESOLUÇÃO:
L (1, 4) e M (- 1, o). x e y que atendam às duas equações. Uma das a) Como o gráfico que representa a função em
maneiras de fazer isso é somar as duas equações. questão é uma reta, trata·se então de uma função
Precisamos descobrir os valores de a e b da forma Mas, antes, devemos alterar uma delas para que, do 1o grau com forma geral y ax + b.
=

geral da equação de qualquer reta (y = ax + b) nessa soma, uma das incógnitas tenha coeficiente
igual a zero e, assim, desapareça temporariamente. Observando o gráfico, identificamos as
No sistema acima, podemos multiplicar a equação coordenadas de dois pontos que pertencem à
(I) por (-2): reta: (o, 2) e (12, 8). O primeiro ponto indica que
o valor de b, coeficiente linear da função é b = 2.
(- 2) (2x + y) (- 2) . 5 ==} - 4x - 2y = - 1 O (/11)
= (Lembre·se de que o coeficiente linear é o ponto
em que a reta encontra o eixo y).
Voltando essa equação para o sistema, temos:

{. - 4x - 2y = - 1 0 (111)
Usando os dois pontos, podemos também definir
a razão de variação da reta, ou seja, como os
5x + 2y = 11 (11) · valores de y variam conforme mudam os valores
1 X + Oy = 1 => X = 1 de x. Essa razão é o coeficiente angular da reta.
á y ...LL _j_ __!_
a=
Agora, para descobrir o valor de y, basta substituir a x = n - o = 12 = 2
x em qualquer uma das equações: Com isso, podemos montar a função pedida.
Resposta: a função que descreve a reta é
5x + 2y = 1 1 l
5 . 1 + 2y = 1 1
f (x) ::. 2 X + 2
Começamos pelo cálculo da declividade da reta 2y 1 1 - 5 6
= = b) O valor inicial da obra corresponde ao valor
(o coeficiente a): y=3 de y q uando x = O. Lembre-se de que o eixo y é
dado em milhões de reais.
a = � =
4 O
-
4
= __ = .i => a = 2 O conjunto-solução do sistema é o par.ordenado Resposta: o custo inicial da obra é de 2 milhões
Lx 1 - (- 1) 1 + 1 2
5 = f(x, y)f = {(1, 3)!. de reais.

50 I GE MATEMATICA 2015
o
Isto é ess e n c i a l

c) Se a obra vai demorar 10 meses, o custo final Aplicando esses valores às duas funções, temos Forma geral d a função d e 1• grau
da mesma será dado por YA = Ys f(x) = y = a . x + b, em que:
f(10) = 1h . 10 + 2 = 5 + 2 = 7 720 - 10 X = 60 + 12 X
Resposta: O custo final da obra, depois de 10 660 = 22 X e a é o coeficiente angular da reta, definido
meses será de 7 milhões de reais. X = 30 pela diferença entre as coordenadas x ey dê
Resposta: O tempo x, corresponde a 30 horas. dois pontos quaisquer da reta:
z.
(Uerj 2014) O reservatório A perde água a uma 3·
taxa constante de 10 litros por hora, enquanto o (CFTMG 2013)
reservatório B ganha água a uma taxa constante de Os preços dos ingressos de um teatro nos setores
12 1itros por hora. No gráfico, estão representados 1, 2 e 3 seguem u ma função polinomial do
no eixo y, os volumes, em litros, da água contida primeiro grau crescente com a nu meração dos e b é o coeficiente linear da reta: o valor de
em cada um dos reservatórios, em função do setores. Se o preço do ingresso no setor 1 é de y no ponto em que a reta cruza o eixo y
tempo, em horas, representado no eixo x. RS 120,00 e no setor 3 é de RS 400,00, então o (ou seja, o ponto que tem a coordenada x = o).
ingresso no setor 2, em reais, custa
y a) 140. Raiz da função é o valor de y no ponto em
B
b) 180. que a reta cruza o eixo x. Para calcular a raiz
c) 220. de u ma função de 1' grau, basta igualar a
d) 260. função a zero:
b
RESOLUÇÃO: Uma função de primeiro grau define y = a . X + b :=:} 0 = a . X + b :=:} X = --
a
uma reta. Os valores fornecidos no enunciado
Xo X indicam as coordenadas de dois pontos do gráfico Toda função de 1 • grau tem como gráfico
dessa reta. Podemos desenhar esse gráfico: u ma reta:
Determine o tempo x,, em horas, indicado no y
4 y
gráfico.
400
RESOLUÇÃO: Primeiro, vamos descobrir a função
que define o ganho ou perda de água em cada
reservatório. As taxas de perda ou ganho já são 120
'
dadas no enunciado e correspondem às razões ·4 ·l ·2 ·I

de variação das respectivas funções, ou seja, aos 1 3 X


coeficientes angulares de cada reta: O eixo x traz os setores do teatro (variável
e Para o reservatório A, a = -10 (valor negativo independente); o y traz o preço do ingresso para
porque A perde água) cada setor (variável dependente). Portanto, a
e Para o reservatório B, a = 12 (positivo porque B função tem formato y = ax + b.
ganha água) y •· 2 . X · I
·6
O valor dos ingressos para o setor 2 depende
O gráfico fornece os respectivos coeficientes da razão de variação da função (coeficiente
lineares das funções, ou seja, o valor de y angular) e, também do coeficiente linear da reta.
no ponto em q ue cada reta cruza o eixo das Calculamos a razão pelas coordenadas dos dois
ordenadas. pontos conhecidos: (1, 120) e (3, 400).
400 . 120 -
280-
Com esses dados, tiramos as funções que definem
3 · 1 = 2 = l40
as duas retas:
Substituindo esse valor na forma geral da função, Portanto, a função da reta do gráfico é
Reservatório A: YA = 720 - 1ox temos: Y 140 . X - 20
=

Reservatório B: Ys = 6o + 12x y 140 . X + b


=

Para determinarmos o valor do ingresso no setor 2,


O valor de x, corresponde ao ponto em que Para calcular o coeficiente linear (b), resolvemos a basta substituir na função, o valor x = 2. Assim:
as duas retas se cruzam. Nesse ponto, os dois igualdade acima com as coordenadas de qualquer y = 140 . 2 - 20 = 280 - 20 � y = 260
reservatórios contêm o mesmo volume. Então, u m dos pontos conhecidos. Por exemplo,
o valor de y é o mesmo para as duas funções. o ponto (1, 120): 120 = 140 . 1 + b � b = - 20. Resposta: d

GE MATEMATICA 2015 I 51
A bola da vez
A Brazuca, bola oficial d a Copa do Mundo de
2 0 14, é considerada a melhor de todos os tempos.
O segredo está e1n sua aerodinâmica

Bola é tudo igual? Não. aerodinâmica. E isso tem tudo a ver


� Os jogadores de futebol com simetria e textura.
� que o digam. Na Copa do A bola usada na copa brasileira
Mundo da Fifa na África do Sul, é composta de seis painéis de
em 2 010, a Jabulani foi duramente poliuretano (contra os oito painéis da
criticada. Mesmo em chutes com Jabulani), colados termicamente de
nenhum efeito, a pelota descrevia no maneira precisa, de modo a dar forma
ar curvas inesperadas, que pareciam perfeita à esfera. Os painéis da bola
ação de forças sobrenaturais. Muitos do Brasil têm pequenas saliências,
dos pontos marcados naquela Copa que aumentam a rugosidade da
foram atribuídos à pelota, e não à superfície e reduzem a possibilidade
perícia deste ou daquele artilheiro. de zigue-zagues. Conclusão: a lisa
Coisa muito diferente ocorreu Jabulani era mais rápida, mas pouco
na Copa de 2014, com a Brazuca, precisa, enquanto a áspera Brazuca é
considerada a melhor bola de futebol mais aderente, menos veloz, mas mais
de todos os tempos. estável em voo.
As duas bolas são praticamente A bola de futebol passou por
idênticas em peso, circunferência grandes evoluções nos últimos 120
e absorvem pouquíssima água. Por anos. A bola que Charles Miller trouxe
fora, a Brazuca difere da Jabulani ao Brasil, quando aqui introduziu o
apenas nas cores e no design. As esporte, em 1894, era pesada, feita
faixas onduladas coloridas da bola do de couro curtido e com uma amarra
Brasil simbolizam nossas tradicionais externa grosseira, que lembrava os
fitinhas do Nosso Senhor do Bonfim. cadarços de um tênis. O couro foi
Mas não foi a decoração que fez substituído por materiais sintéticos
diferença em campo. A Brazuca apenas na década de 1980. Hoje as
passou pelos pés de mais de 600 bolas são feitas de polímeros, com
jogadores e ex-jogadores e foi usada gomos moldados em três dimensões
por 30 times de dez países. Foi e com densidade e distribuição do
aprovada, também, com louvor, em peso calculadas com precisão. Com
testes realizados pela agência espacial tudo isso, fica muito difícil atribuir
norte-americana, a Nasa, por sua qualquer zebra à redonda.

52 I GE MATEMÁTICA 2015
A curva ....31... Em teoria, um chute funciona como um lançamento de míssil:
--:il" a bola segue uma trajetória balística, subindo pelo ar até que

perfeita a velocidade vertical seja igual a zero e ela comece a cair em queda
livre. Nesse caso, a bola desenha no ar uma parábola perfeita.

gravidade

gravidade

gravidade gravidade
1. z. 3. 4.
IMPULSO ARRASTO E GRAVIDADE SUBIU, TEM DE DESCER DEFORMAÇAO IDEAL
Ao chutar, o jogador A subida começa a ser mesmo quando está parada Com o masto e a gravidade Uma bola que viaje numa
imprime à bola uma força desacelerada por causa do sobre o gramado. Mas, durante agindo contra o movimento, parábola perfeita tem
para a frente e para cima. atrito com as moléculas o movimento, enquanto a em determinado ponto trajetória previsível e, por
Essa força acelera a bola do ar - é o que se chama bola sobe, a gravidade reduz da subida a bola atinge isso, é fácil de ser defendida.
imediatamente, de zero até arrasto. Quanto maior é a componente vertical da velocidade vertical zero. Para surpreender o goleiro,
uma velocidade máxima, o atrito, maior é a taxa velocidade. A bola não deixa de viajar os jogadores criam chutes
100 km/h, digamos. Durante de desaceleração - e isso E, na descida, aumenta na direção horizontal, mas de efeito: batem na bola
o voo da bola, a componente depende, entre outras essa velocidade vertical, no começa a cair. em ângulos que alteram
horizontal da velocidade é variáveis, das irregularidades sentido do chão. Lembre·se: sua rotação no ar e, assim,
constante, ao longo do eixo x. na superfície da bola e da sua a velocidade da bola varia, distorcem a parábola. A curva
Mas a componente vertical, forma esférica. A bola é puxada mas a aceleração da perfeita, no futebol, está
paralela ao eixo y, varia. para baixo pela gravidade gravidade é constante. numa parábola deformada.

Parábola
e O ponto F é o foco da parábola
A parábola é uma das curvas da família das cônicas.
Assim como a circunferência, a elipse e a hipérbole, ela e A reta r é a diretriz
também pode ser obtida pela intersecção de um cone e o ponto v é o vértice
por um plano. A parábola pode ser definida como um
e Passando pelo vértice e pelo
lugar geométrico: dados u m ponto F, chamado de foco, foco, perpendicularmente à
e uma reta r, denominada diretriz, a parábola é formada diretriz, está a reta s, que é o
pelo conjunto de pontos que distam igualmente de F e eixo de simetria da parábola

r. Repare na figura abaixo que, para qualquer ponto da


parábola (P, P' e P", por exemplo), a distância até o foco
F é igual à distância até a diretriz r.

54 I GE MATEMATICA 2015
PONTOS NOTÁVEIS DA PARÁBOLA Observe que: e Quando a concavidade da parábola é voltada
Normalmente, trabalhamos com as parábolas e As três parábolas têm a concavidade voltada para cima, dizemos que o vértice é um ponto de
no plano cartesiano, ou seja, sobre os eixos para cima. mínimo, ou seja, o vértice é o ponto da parábola
x e y. No plano, é possível localizar os chamados e Em todas as tu nções, o coeficiente a = 1. no qual a coordenaday tem o menor valor
pontos notáveis da parábola: Ou seja, o termo x' é multiplicado por 1. possível. Da mesma maneira, se a parábola tem
e A parábola azul-escura não tem raiz (a curva concavidade para baixo, chamamos o vértice de
não cruza o eixo x), a azul-clara tem uma ponto de máximo - aquele em que a coordenada
única raiz, que coincide com o vértice V, y atinge o maior valor possível.
e a vermelha tem duas raízes.
e Nas três funções, o valor do coeficiente c coincide 21 FORMA FATORADA: y = a . (x - x, ) . (x - x, )
com o ponto em que a curva corta o eixoy. Neste caso, x, e x, são as raízes da função ­
ou seja, os valores de x para os q uais y = o.
Agora observe os gráficos de outras três
parábolas: É claro que só se pode representar uma
parábola com a fu nção na forma fatorada se ela
tiver raízes.
v
Desenvolvendo a forma fatorada:
e v é o vértice.
y = a . (x - x,) . (x - x,)
e Os pontos x, e x, são as chamadas raízes da
parábola - os pontos nos quais a curva corta y = a . (x' - x . x, - x . x, + x, . x,)
o eixo x.
y = a . (x' - x . (x, + x ,) + x, . x,)
e o ponto c é a intersecção da parábola com
o eixo y. Vamos considerar que:

e x, + x, = s, ou seja, s é a soma das raízes.

Função e x, . x, = P, ou seja, P é o produto das raízes.

de2°grau Veja que:

e As três têm a concavidade voltada para baixo.


Substituindo S e P na última etapa do
desenvolvimento da fu nção acima, temos:
Toda parábola é definida por u ma fu nção de e Todas as tu nções têm o coeficiente a = 1. -

2• grau. Esse tipo de função pode ser apresentado e A parábola azul-escura não tem raízes, a azul-clara, y = a . (x' - x . S + P)
de três formas distintas. tem uma única raiz, e a vermelha tem duas raízes.
e Cada uma das parábolas cruza o eixo y no ponto y = a . x' - a . S . x + a . P
li FORMA GERAL: y = a . x' + b . x + c que corresponde ao valor de c na função.
É a forma mais conhecida. Observe nos gráficos Comparando essa função com a forma geral:
a seguir como é possível deduzir uma série de
informações sobre a parábola, só analisando a
Da observação dos dois conjuntos de parábolas,
podemos concluir que: y = a . x' · O � .x+
função que a define:
e O parâmetro a está relacionado à concavidade
da parábola:
y = a . x' + @ 6 .x+

Então:
· Se a > o, a concavidade é para cima.
b=a.S ==> 5 =-�
a
· Se a < o, a concavidade é para baixo.

e o parâmetro c é exatamente o valor da c=a.P ==> P = !:_


a
coordenaday do ponto em que a parábola
corta o eixo y (no ponto em que x = o). Isso significa que os coeficientes da forma geral
e o número de raízes está relacionado têm relação direta com as raízes da função.
com o número de pontos em que a parábola
cruza o eixo x.

GE MATEMATICA 2015 I 55
31 FORMA CANONICA: y = a . (x - xv )' + Yv COMO OBTER AS COORDENADAS DO VtRTICE Se substituirmos esse valor na forma geral da
Esta forma descreve a parábola a partir das Quando temos a função de 2• grau em sua forma função de 2• grau, obtermosyv
coordenadas de seu vértice V - ou seja, das geral, podemos obter as coordenadas do vértice
coordenadas (xv , Yv ) - e de mais um ponto. aproveitando o fato de que toda parábola é 6
y' = - -
O parâmetro a, novamente, é a concavidade simétrica. Observe: 4.a
da parábola.
A forma canônica é muito útil na solução de COMO t CONSTRUIDO O M DO MCDONALD'S
problemas em que as coordenadas do vértice Os designers gráficos empregam várias figuras
são conhecidas (veja em Como é construído geométricas no desenho de logotipos. Observe
o M do McDonald's). com atenção o logo da rede de lanchonetes
McDonald's.Repare que as pernas da letra M têm
a forma muito parecida com a de duas parábolas:
O REFRESQUE A MEMÓRIA

Fórmula de Bhaskara
É a fórmula que determina as raízes de uma
função de 2° grau, se elas existirem. Em outras
palavras, a fórmula de Bhaskara é utilizada para
resolver a equação da parábola na forma gerai.· O eixo s é o eixo de simetria.

a . X' + b . X + C = O Repare que a coordenada x do vértice V está bem


no meio do segmento que une as raízes x, e x,:
Para isso, basta substituir os coeficientes a, b e c xv é o ponto médio desse segmento.
na fórmula: Desenhando dois eixos sobre as parábolas,
Então, o valor da coordenada x do vértice V é a estaremos colocando as duas figuras sobre o
x =
-b ±
----
.Jb 1 - 4 . a . c média aritmética das coordenadas x das raízes. plano cartesiano:
Z.a
Por Bhaskara, sabemos que as duas raízes são:
O radicando de Jb1 - 4 . a . c é chamado de
discriminante, ou delta (fl):
X1 =
-b +
---
!6.
2 .a
!J = b' - 4 . a . c
e
A fórmula ficaria, então: - b - !6.
X = ---
2
2.a
x = ---
-b ± !6.
Z.a Se

A equação terá: Simplificando:


e duas soluções se !J > o
e uma solução se !J = o Então:
e ou nenhuma solução se !J < o
-b + !6.
--- + ---
-b - !6.
2.a 2.a
x,
2
ATENÇAO
s� L] ( o a função de
I

...P = -f
20 grau 2.b b
nao tem raízes
reais t que para
encontrar ' e
x x,, pe,,.a fórm' x, = -1

8a.skhara, te ula de
mos de calcular
E nao_
eXJSte raiz qua
/X -1

_ drada real de.


um numero neg b
ativo. X =- - -2
v
2.a

56 I GE MATEMÁTICA 101S
Trabalhando apenas com metade do logotipo, Desenvolvendo: Só de observar a figura já sabemos que:
podemos reconhecer os pontos notáveis da
parábola da esquerda: o vértice v, e as raízes x, y = a . (x - 1) . (x - 1) + 3 e As raízes da função que define essa parábola
e x, da fu nção de 2° grau que define a parábola: são x, = 2 e x, = 4
y = a . (x' - 2.x + 1) + 3 (I}
e o vértice tem como coordenadas vd (3, 3).
Para obter o valor do coeficiente a, substitui mos Vamos substituir as raízes na forma fatorada
v, as coordenadas do outro ponto conhecido, da função:
x, = (2, o). Ou seja, x = 2 e y = o. Então:
y = a . (x - x,) . (x - x,)
o = a . (2' - 2 . 2 + 1) + 3
y = a . (x - 2) . (x - 4)
o = a . (4 - 4 + 1) + 3
-1 5
Efetuando a mu ltiplicação indicada, temos:
I o=a.l+3
-1 y = a . (x' - 6x + 8) (I}
a=-3
-2 Agora, é só substituir as coordenadas do outro
Substituindo esse valor em (1), temos: ponto conhecido, no caso o vértice V (3, 3):

e O vértice tem as coordenadas V (1, 3). y = - 3 . (X' - 2 . X + 1) + 3 3 = a . (3' - 6 . 3 + 8)

e o ponto x, tem como coordenadas (o, o). Aplicando a propriedade distributiva da 3 = a . (9 - 18 + 8)


multiplicação, obtemos:
e o ponto x, tem como coordenadas (2, o). 3 = a . (- 1)
Y = - 3 . X' + 6 . X - 3 + 3
O próprio desenho da parábola já fornece a=-3
algumas dicas: Y = - 3 . X' + 6 . X
Substituindo esse valor em (1), temos:
e A concavidade é voltada para baixo. Isso Está confirmado: o coeficiente a é negativo e o
significa que o coeficiente a deve ser negativo. coeficiente c é nulo. Y = - 3 . (X' - 6 . X + 8)

e A parábola corta o eixo y no ponto zero. 21 A partir das raízes y = - 3 X' + 18 . X - 24


.

Então o coeficiente c deve ser nulo. Se conhecemos as raízes de uma função de


2° grau, conseguimos obter a expressão da função Essa é a forma geral da função de 2° grau que tem
Conhecendo os pontos notáveis da parábola e em sua forma geral a partir da forma fatorada. como gráfico a parábola da direita do logotipo do
com base nessas dicas, podemos deduzir a função Vamos aplicar essa estratégia para obter a função McDonald's.
que define cada um dos pontos da figura, por dois da parábola da direita do logotipo do McDonald's:
camin hos: Observe que, assim como na primeira parábola,
o coeficiente a desta segunda parábola também
11 A partir das coordenadas do vértice (V) é negativo: sua concavidade é para baixo. E tem o
Vamos trabalhar com a forma canônica da função. mesmo valor (- 3).
Para isso, devemos conhecer as coordenadas do
vértice e as de mais um ponto da parábola - o Os outros coeficientes (b e c) também influem na
ponto x, por exemplo. Então, temos estes dados: localização de cada parábola no plano cartesiano.
No caso da parábola da direita, c = - 24 significa
v (1, 3) e x
, (2, o) que, se a parábola fosse prolongada, ela cruzaria
-1 o eixo y na coordenada (o, - 24).
Substituindo as coordenadas do vértice em
-1
y = a . (x - xv )' + Yv , temos:
-2
y = a . (x - 1)' + 3

GE MATEMATICA 2015 I 57
: TECNOLOGIA NO ESPORTE I E
I
� "' UACÕ ES DE 2"GRAU

Como cai n o v es tibular

1. z. e Q, 2 metros à d ireita. Vamos encontrar o


(Espcex/Aman) (2014) Uma indústria produz (Uece 2014) Sejam f: R � R a fu nção definida por valor de x do vértice da parábola definida
mensalmente x lotes de um produto. O valor f(x) = x2 + x + 1, P e Q pontos do gráfico de f tais pela fu nção f(x) = x2 + x + 1, aplicando a
mensal resultante da venda deste produto é que o segmento de reta PQ é horizontal e tem fórm ula con hecida:
V(x) = 3X2 - 12x e o custo mensal da produção é comprimento igual a 4 m. A medida da distância b 1
X v = - -;; = - l
dado por C(x) = 5X2 - 40 X - 40. Sabendo que O lucro do segmento PQ ao eixo das abscissas é
é obtido pela diferença entre o valor resultante das a) 5,25 m. Se P está 2 metros à esquerda da abscissa
vendas e o custo da produção, então o número de b) 5,05 m. do vértice, então

(- f) - - �
lotes mensais que essa indústria deve vender para c) 4,95 m .
obter lucro máximo é igual a d) 4,75 m. Xp = 2 =

a) 4 lotes. Observação: A escala usada nos eixos Portanto, o valor de x para


b) 5 lotes. coordenados adota o metro como unidade de o ponto P é
c) 6 lotes. comprimento. _ 2..
d) ? lotes. 2
e) B lotes. RESOLUÇÃO: Entenda o enunciado, primeiro. A Se Q está à direita, então sua abscissa é

( - f) + 2 = �
questão pede que se determinem dois pontos da
RESOLUÇÃO: Vamos chamar a função que define parábola (P e Q), que atendam a duas condições: XQ =
o l ucro de l(x). Essa função é a diferença entre e a distância entre esses dois pontos é de
o resultado das vendas e o custo de produção. 4 metros; O valor de x para o
Então, l(x) = V(x) - C(x). e e os dois pontos, além de pertencer à ponto P é
parábola, estão numa reta horizontal que ]_
Conhecemos as funções V(x) e C(x). Então, temos corta a parábola. 2
l(x) = 3X2 - m - (5x2 - 40x - 40) Podemos substituir qualquer um desses valores
l(X) = - 2X2 + 28X + 40 Desenhando uma gráfico hipotético que na função f(x) para encontrar a ordenaday dos
represente a situação, temos: dois pontos. O resultado será o mesmo.
Repare que função l(x) tem coeficiente a Adotando Xp, temos

( - � ) ( - �) + 1 = 2: - � + 1
negativo (a < o). Portanto, a parábola em seu y
gráfico tem concavidade voltada para baixo. y = ' +

25 10 4 19
lucro y = - - - + - = - = 4 75 metros
4 4 4 4 '
vértice Resposta: d
I

: xV

4m 3·
(Enem 2013) Du rante uma aula de Matemática,
Repare: ao pedir a distância entre os pontos e o o professor sugere aos alunos que seja fixado
�r------. tempo eixo das abscissas, o problema pede a ordenada um sistema de coordenadas cartesianas
(o valor dey) de P e Q. Como eles estão numa reta (x, y) e representa na lousa a descrição de
paíalela a x, essa ordenada é a mesma para os cinco conjuntos algébricos, I, 1 1, 1 1 1, IV e V,
E o ponto máximo dessa parábola está no vértice. dois pontos. como se segue:
É esse o ponto que procu ramos, o de maior
lucro. Para encontrar esse ponto basta aplicar Agora é sim ples raciocínio. Observe no gráfico: I. é a circunferência de equação x' + y' 9; =

a expressão que define a abscissa do vértice de os dois pontos estão à mesma distância do eixo
uma parábola: de si metria da parábola. (lem bre·se: o eixo de 11. é a parábola de equação y = - x' - 1,
b 28 simetria é uma reta vertical que passa pelo com x variando de -1 a 1;
Xv = - - = - - = 7 vértice). Se a distância entre P e Q é de
2a ·4
4 metros, então cada ponto está a 2 metros do 111. é o quadrado formado pelos vértices
Resposta: d eixo de simetria: P está 2 metros à esquerda, (-2, 1), (-1, 1), (-1, 2) e (-2, 2);

58 I GE MATEMÁTICA 201S
o
Isto é essencial

y Parábola
IV. é o quadrado formado pelos vértices d)
(1, 1), (2, 1), (2, 2) e (1, 2);

V. é o ponto (o, o).

A seguir, o professor representa corretamente


x,
os cinco conjuntos sobre u ma mesma malha
quadriculada, composta de quadrados com lados
medindo u ma unidade de comprimento, cada, V é o vértice da parábola
obtendo u ma figura. x, e x, são as raízes da parábola
y
Qual destas figuras foi desenhada pelo professor? e) Função de 2• grau
e Forma geral: y = a . X' + b . X + C

a) e Forma fatorada: y a . (x - x,) . (x x,)


= -

e Forma canônica: y = a . (x - x)' + Yv

Fórmula de Bhaskara

-b ±
X = ---'-----
,)bz
-4 .a. c
RESOLUÇÃO: Analise item a item, começando
2.a
pelas coordenadas dos quadrados (conjuntos
-g 1 1 1 e IV). Confira nos cinco gráficos que essas b' - 4 . a . c é o delta (LI)
coordenadas estão corretas e se mantêm. O ponto
(o,o), do conjunto V, também se confirma nos A fórmu la de Bhaskara fica, então:
cinco gráficos. Então não podemos nos basear
y 9 nos quadrados e no ponto para escolher o gráfico
x
-b ±
= ---
.[;,
b) correto. Vamos analisar os demais conjuntos: Z.a

I é u ma circunferência. Lembrando que a equação A equação terá:


que define uma circunferência é x' + y' = r', então e duas sol uções se LI > o
a função apresentada nesta alternativa define e uma solução se LI = o
uma circunferência de raio 3. Estão descartadas, e ou nenhuma solução se LI < o
então, as alternativas a e b, nas quais as
circunferências têm raio g . Coordenadas do vértice

li é u ma parábola, de função y x' - 1. O b = - -


(',
= - X =- - yv
v
2.a 4 .a
primeiro detalhe dessa parábola: o coeficiente a é
negativo. Então, sua concavidade é voltada para
y baixo. Descartamos a alternativa c. Concavidade da parábola
c) É definida pelo valor de a na função
O que m uda entre as alternativas restantes, y = a . X' + b . X + C
d e e, é a ordenada do vértice da parábola (yv).
Repare que a equação dada no enunciado, e Se a > o, a concavidade é para cima
y = - x' - 1, não traz o coeficiente b. Então, e Se a < o, a concavidade é para baixo
a abscissa do vértice é nula (xv = o).
Considerando Xv = o na fu nção, encontramos Yv:
Yv = O - 1 � Yv = - 1
Então o vértice está em (o, 1).
-

Resposta: e

GE MATEMÁTICA 2015 I 59
' .

No Intimo
da matéria
A manipulação de átomos e moléculas j á rende
milhares de produtos das m ais variadas áreas,
da cosn1ética à eletrônica, dos alin1entos e
medicmnentos à indústria automobilística

Em 1959, o físico norte­ espessura de um fio de cabelo é


� -americano Richard Feynman monstruosamente grande.
� (1918-1988) fez uma palestra Nas dimensões de 1 bilionésimo
no Instituto de Tecnologia da de metro, a gravidade não faz
Califórnia (Caltech) com o título diferença nenhuma. O que entra
"Há muito espaço lá no fundo". em cena são forças de outra
No que parecia um delírio nada natureza, de tensão e atração
científico, ele previu, entre outras entre as partículas. E, mexendo
maravilhas, a bizarra possibilidade de, nessas forças, é possível dar à
um dia, o ser humano poder engolir matéria propriedades inéditas.
um nanomédico - um minúsculo O setor da nanotecnologia
robô que, ao percorrer o organismo, - hoje considerado tão
identificaria os problemas de saúde revolucionário quanto a eletrônica
e repararia órgãos e tecidos. Parte há algumas décadas - ainda está
dessas previsões está, ainda, na engatinhando, mas cresce. Já estão
esfera do sonho e da ficção científica. no mercado milhares de produtos
Mas a nanotecnologia - técnica de que envolvem nanotecnologia, na
manipulação de átomos e moléculas - indústria cosmética, farmacêutica,
já é realidade. O prefixo grego nano eletrônica e de alimentos,
significa anão. A nanotecnologia lida principalmente. São tecidos
com dimensões de bilionésimos de que repelem a água, tintas que
metro. É como se alguém dividisse resistem a riscos, e espelhos
o metro em 1 bilhão de fatias e retrovisores que desviam
separasse apenas uma. a luz dos faróis.
As propriedades de um material A nanotecnologia tem também
são definidas pela forma como seu lado brincalhão, nos recordes
seus átomos e suas moléculas se que são batidos regularmente. A
combinam, e isso é coisa sabida por fabricante de lâminas de barbear DOUTOR MINOSCULO
físicos e químicos há séculos. Gillette construiu com cientistas A nanotecnologla quer criar
O que ocorre apenas há 50 anos é o da Universidade de Nottingham, nanorrob6s como estes para
desenvolvimento de ferramentas e na Inglaterra, os menores vasculhar jart:éria:s e tecidos
IIUIIII..Ml Flll busca de fOCOS
instrumentos, cada vez mais potentes anúncios publicitários do mundo:
e precisos, que permitem reorganizar os slogans gravados num único fio
as peças fundamentais da matéria. de barba não medem mais que 100
Esses instrumentos lidam com as micrômetros (1 micrômetro vale
leis que regem um mundo em que a 1 milionésimo do metro).

60 I GE MATEMÁTICA 2015
GE MATEMÁTICA 2015 1 61
OS MAIORES MERCADOS DA NANOTECNOLOGIA
600 .----- -----------------------
-- --------------------·----
A matemática daqui
$" �
450
As dimensões diminutas com que "" C>
C> ""

lida a nanotecnologia não podem :�


"" >
300
ser medidas nas unidades usadas i�
no dia a dia, como milímetro !!
� ·- 150
ou mililitro. Átomos e moléculas O'

pertencem a um mundo em que


comprimentos, áreas e volumes
são dados em nanômetros -
bilionésimos do metro.
Para trabalhar nesses extremos, Fonte: Woodrow Wilson lnternational Centerfor Scho/ors I PEN, 2008
usa-se a notação científica,
um método de apresentar
o O que o gráfico diz
medidas na forma de potências
O gráfico acimafoi elaborado sobre dados divulgados pelo Projeto de Nanotecnologias
de base iO.
Emergentes (PEN), uma organização norte-americana que reúne especialistas no estudo do
impacto e dos eventuais riscos da nova tecnologia para a saúde humana e o ambiente. Segundo
esses dados, as indústrias colocaram no mercado, até 2009, mais de mil produtos que envolvem
nanotecnologia. O gráfico mostra os principais setores em que esse crescimento ocorre. Repare
que os setores mais fortes são o de farmacêutica e cosmética e o de alimentos e bebidas - áreas
em que a nanotecnologia trabalha, fundamentalmente, com moléculas orgânicas. Esse é um dos

Notafão indícios de que os investimentos mais pesados estão no desenvolvimento da nanobiotecnologia -


daí a preocupação com relação à segurança ambiental e toxicológica.

científica
Para trabalhar com números mu ito grandes ou No caso de números muito pequenos, em que a Se você transformar tudo em notação científica,
m uito pequenos, usamos a notação científica ­ vírgula é seguida por u ma infinidade de zeros, realiza as operações de maneira muito mais
u ma forma de escrever um número como a o raciocínio é o mesmo. Porém, nesses casos, simples e segura, porque lida com números
multiplicação de um fator de valor igual ou maior a vírgula anda para a direita, e o expoente é menores. Veja:
que 1 e menor que 10 por uma potência de 10. negativo. Veja o exemplo:
150 000 000 000 = 1,5 1011 o

Em linguagem matemática, notação científica é o,ooo 000 003 ? = 3,7 . 10 9


,
aquela em que � 0,000 000 003 7 = 3,7 . 10"9
9 casas
n = a . lO', em que 1 5. a< 10 Então, 150 ooo ooo ooo . o,ooo ooo 0037 =

A notação científica traz uma série de vantagens. 1,5 . 3,7 . 1011 . 10"9 = 5,55 . lO' = 55 5
Veja, por exemplo: o nú mero 300 ooo ooo pode ser A potência de 10 deixa explícita a ordem de
escrito como produto de 3 por 108. grandeza do valor em questão. Sendo assim, Ao substituirmos os valores pelos seus
apenas de observar a potência a que o 10 foi correspondentes em notação científica, ficam
Temos então: 300 ooo ooo = 3 . 108• elevado, pode-se dizer que determinado objeto destacadas duas "categorias" de números:
tem, digamos, espessura cerca de 100 mil vezes decimais e potências de 10.
Da mesma maneira, 150 ooo ooo ooo = 1,5 . 1011• menor que outro. Ou que a velocidade de um corpo
é aproximadamente 10 mil vezes maior que a de Operamos as duas categorias separadamente:
Repare que o expoente da potência de 10 é igual outro corpo. multiplicamos os decimais e, depois, as duas
ao número de casas pelas quais devemos deslocar potências de 10. O resultado é um produto com
a vírgula até que o primeiro fator fique entre 1 e A notação científica também facilita os cálculos um fator decimal e uma nova potência de 10.
10. Veja: e evita erros em razão da imensa quantidade
de zeros. Imagine o que seria fazer, na ponta do Multiplicar potências é tarefa extremamente
150 000 000 000,00 lápis, a seguinte multiplicação: simples q uando se conhecem as propriedades
das potências de mesma base (veja o quadro
11 casas 150 000 000 000 0,000000037
o Refresque a memória, ao lado).

62 I GE MATEMATICA 201S
"Trabalhar nestas dimensões exige extrema
precisão", diz a frase gravada num fio de barba.
O slogan, com apenas 100 micrõmetros de
comprimento, faz parte de uma peça publicitãria
da fabricante de lãminas de barbear Gillette

O REFRESQUE A MEMÓRIA

Potências
Potência de potência Potência de expoente fracionário

A operação chamada potenciação nada mais é do


que a multiplicação por um mesmo fator várias Veja o exemplo: Assim,
vezes. Assim:
(3')' = 3' . 3' 3' 3' = 3'
5 . 5 . 5 . 5 . 5 . 5 = 56

Potência com expoente negativo
6 fatores da multiplicação resultam no expoente 6 Imagine a seguinte operação: Potência de produto
sobre a base 5

Produto de potências de mesma


base Pela propriedade do quociente de potências de Potência de quociente
mesma base, teremos:

Assim,
Mas o que significa esse expoente negativo? Expoente igual a zero
21 • 2 4 = 2 . 2 . 2 ' 2 ' 2 ' 2 . 2 = 23'4 = 2 1 Vamos fazer do modo tradicional.
a' = 1, desde que a � o.
Quociente de potências
de mesma base
ATENÇÃO!
1 1 . Em uma potência
' -- = - = 5 '' qualquer.'
5 . 5 . 5 53 a 6 = c; temas:
Veja porquê
• a é a base

$.$ $
• b é o expoente
Em outras palavras:

( 1 )li
5 1 ' 5' - 57 - 5 ' 5 . 5.5 ' .
c é a potê
--
$7
. �-
$-
·
ncia
. - 53 -

a
·· D
.. - Os valores a, b e c
.a
podem ser
5 = 5 ''
5' 5 ' 5. quaisquer números re
ais.

GE MATEMATICA 2015 I 63
Função
exponencial
Função exponencial é aquela na q ual a variável
independente é o expoente de uma potência.
Ou seja, a variável dependente é definida em
função de uma potência. De modo geral, funções
exponenciais têm a seguinte forma:

f(x) = m . a', em q ue:

e f(x) é a variável dependente;

e X é a variável independente;

e m é um número real qualquer;

e E a é um número real maior que zero


e diferente de 1.

FUNÇÜES CRESCENTES As bactérias, que se multiplicam pela divisão de cada célula em duas, crescem em ritmo exponencial
Como todas as funções, as exponenciais também
podem ser crescentes ou decrescentes. Exemplo de
função crescente é a que descreve o crescimento de Repare que o número de bactérias se du plica a De modo geral, a função que descreve o
bactérias. Esse tipo de microrganismo se reproduz cada etapa. Trata-se de potência de base 2. crescimento desse tipo de bactéria é:
por divisão celular: cada célula simplesmente se Agora imagine que existissem três bactérias na
divide em duas, sequencialmente, a intervalos etapa inicial. Ainda estamos falando em potência y = m . 2 ' , em que:
regulares de tempo. Por causa dessa regularidade de base 2. Mas, agora, todos os valores da tabela
na multiplicação de células, os biólogos podem fazer são multiplicados por 3. A tabela ficaria assim: e m é a quantidade inicial de bactérias em x = o;
uma tabela que indique a quantidade de bactérias
que existirá depois de determinado período. Perlodos e 2 é a razão de crescimento.
N" de
de
bactérias (y)
I magine que certa bactéria se divida a cada 3 horas. 3 horas (x) Como o número de bactérias sempre aumentará,
Vamos chamar de x a quantidade de períodos de o 3
essa é uma função crescente.
3 horas e de y o número de bactérias na população a 1-----------
1 6
cada etapa. Se partirmos de uma única bactéria, r---- FUNÇÜES DECRESCENTES
a tabela teria a seguinte conformação: 2 12 A desintegração radioativa é exemplo de fu nção

I
3 24 exponencial decrescente. Esse fenômeno ocorre

I
Perlodos naturalmente com os materiais radioativos:
N" de 4 48
de em períodos regulares de tempo, que variam
bactérias (y) 5 g6
3 horas (x) conforme a substância, metade dos átomos
o 1 6 192 de u ma amostra perde a radioatividade. Esse
período é chamado "meia-vida". Diferentes
1 2 7 384
átomos radioativos têm diferentes períodos de
2 4 meia-vida. O urânio-238 tem meia-vida de cerca
3 8 A função que descreve o número de bactérias ao de 4,5 bilhões de anos. Já o radônio-220, de pouco
longo do tempo, no primeiro caso, é: mais de so segundos.
4 16
y = 1 . 2'
5 32 O iodo-131, muito utilizado em exames
6 64 Para o segundo caso, começando com 3 bactérias, de diagnóstico por imagem, é outro desses
a função é: materiais radioativos. Essa substância faz o papel
7 128
y = 3 . 2' do que os especialistas chamam de contraste:
inserido no organismo do paciente, concentra-se

64 I GE MATEMÁTICA 2015
Gráficos
nos tumores. Quando o paciente passa por u ma CONCENTRAÇÃO DE IDD0-131

� 11 �
máquina de tomografia computadorizada, o .

y
iodo-131 "denuncia" a presença do tecido de
desenvolvimento anormal. dafunção . : 10.0 (o, to,o) _ ; . .

exponencial
'

: 90 -
Como todo elemento radioativo, o iodo-131 - "'4-
'
... .. - - � ,... . ..�-
'

"'\

também tem seu período de meia-vida. ' 80


. ,- -,
'

' ... ,
.
.. ,
Se injetarmos uma amostra de 100 gramas de Funções crescentes e decrescentes definem _ _ :_ Quantidade i nicial: 1 0 0 g
- ' 70
iodo-131 em um paciente, oito dias depois restarão gráficos diferentes. Retomando os exemplos da '

60
'

_ . . . Meia-vida: 8 dias

()
no organismo apenas so gramas radioativos. Mais duplicação de bactérias (função crescente) e do '
: (1, 50) - 1
oito dias, o material radioativo terá decaído pela decaimento de iodo-131: , , Fu n ç a o : y -
-

100 . -
metade, novamente: restarão apenas 25 gramas 2
- . . .

40 : : :
radioativos. E assim por diante. Ou seja, Duplicação das bactérias: função crescente �
30
o período de meia-vida do iodo-131 é de oito dias. y = a . 2'
20
,
'
.

Considerando-se que a massa de iodo ainda Decaimento radioativo: função decrescente �


'

: 10
,
radioativa seja a variável y, e a quantidade
(n
.
'

de períodos de meia-vida, a variável x, u ma y = 100


:6 :8
.

'-1 o :I :2 :s :7
tabela que indique o que resta de material : -10
radioativo no organismo do paciente teria Repare que a diferença fundamental entre as ' -2 0 -,. - - - r' - - - - r, -
a seguinte conformação: expressões das duas funções é o valor da base ' -3 0
· ' , ·'·
da potência: - : - - - ; ,. -
.
'

Períodos
de Massa (g) e Na função crescente, trata-se de um valor A respeito dos dois gráficos, podemos ressaltar:
meia-vida maior que 1;
e Ambas as curvas passam pelo ponto (o, m).
e Na função decrescente, a base da potência No gráfico das bactérias, m = 1; no gráfico da
é um valor positivo, ou seja, maior que zero, concentração de iodo, m = 100. Isso ocorre
porém menor que 1. É a lógica: dividir por dois quando o expoente x assume valor zero. E
é o mesmo que multiplicar por 112. qualquer número elevado a zero é igual a 1. Veja:
y = m . a'

1-----�--
y = m . a• = m . 1
6� �---
-- ---- 1 CRESCIMENTO DE BACTÉRIAS
Então, y = m
I 5 I 3,125 J
e As curvas se aproximam do eixo x sem jamais
10 y
tocá-lo, formando aquilo que em matemática
Repare que a sequência de valores parayé obtida ,
'
.
se chama de assíntota: d uas cu rvas que não
dividindo-se o valor anterior por dois. são paralelas tendem a se aproximar mais e
Ora, dividir por dois é a mesma coisa que mais, mas nunca se tocam. Isso ocorre porque
multiplicar por 112. Isso significa que essa o valor de y nunca chegará a zero, pois a base
sequência é uma sucessão de multiplicações por Q u a ntidade inicial: da potência é sempre diferente de zero.
1h. É aí que surge a potência, agora de base 1h. 1 bactéri a

As bactérias se e 0 eixo X representa O tempo. A parte pontilhada


A função que descreve o fenômeno é, então: d u plicam a cada x dias mostra como seria a curva se fosse possível
contar o tempo antes do início (zero).
(n
Função: y ; 1 2'
.

y = 1 00 .

2
' I (1, )
LEM BRE·SE

' (-1: 0, 5) · · · (0, 1),
• • o
Note que a forma geral dessa função é a mesma • • • •
'x Um função exponencial
-5 -3 em que a
-4 -2 -1 '3 4 potenoa tem como base
que a da função para a duplicação de bactérias. um valor
Entretanto, na primeira situação,y era crescente -I maior que 1 é uma função
crescente ·
- Quando a base da potência
e, agora, y é decrescente. Isso se dá porque, -2 � '
é
no primeiro caso, a base da potência era maior menor que 1 e maior que
-3 O'
que 1. Neste segundo caso, a base tem valor a função é decrescente.
positivo, mas menor que 1.

GE MATEMATICA 2Gl5 I 65
Como cai no v estibular
enunciado (T = 160 . r '·8' + 25) é uma função Para que o modelo construído pelo bolsista
1. exponencial. Substituindo t por zero, descobrimos esteja correto, nesse período, o orientador
(lnsper 2014) Sendo x e y dois nú meros reais não a temperatura inicial: deve ter obtido um aumento na quantidade de
nulos, a expressão (x' + y ') ' é equivalente a T = 160 . r'·8' + 25 � 160 . r '·8 o + 25 microrganismos de
T = 160 . 1 + 25 � T = 185 'C. a) 8o.ooo.
x ' y'
a) - ,-- , Para se determinar o instante t em que a b) 160.000.
X +y
temperatura atinge 65'C, basta substituir esse c) 40.000.

b) (_!i__)'
X+y
valor por T na equação dada:
T = l6o . r '·8 ' + 25
65 = 160 . r o,B t t 25
d) 120.000.

RESOLUÇÃO: O gráfico nos fornece dois pontos,


40 = 160 . r o,Bt de coordenadas (o, 10) e (2, 20). Com eles, obtemos
40 ·O 8t os valores dos coeficientes k e a da função
16Q = 2 ' exponencial. Basta substituir os valores das
d) (x + y) ' 1 coordenadas na própria função:
·1 ·l · O 8t
-
4 =4 =2 =2 ' Para o ponto (o, 10), temos
e) x ' + y ' 10 = k . 2° � k = 10
então: Para o ponto (2, 20), temos:
RESOLUÇÃO: Sabemos que - 2 = - 0,8 t 20 = 10 . 2 " � 2 = 2 "
a
·n
=-
a
1
n ·2 1 10
t = - o, 8 = 0,4 = 4 = 2, 5
1 = 2a
1
a=2
para qualquer a � o e para n E R.
Sendo assim, para a expressão dada no Portanto, a temperatura da pizza chega a 65 'C
enunciado, temos em 2,5 minutos. Portanto, o modelo matemático obtido pelo
-l ·l ·1 1 1
x· + y
(x + y ) = ' - 'l = Resposta: c bolsista corresponde à função
__!_ __!_
+ 1.t
x' y'

N = l0 · 2 2
Igualando os denominadores das frações da (UFRN 2013) A pedido do seu orientador, um Para valores de t = 4 horas e t = 8 horas, o
soma, ficamos com bolsista de um laboratório de biologia construiu orientador deve ter obtido os seguintes valores:
l l
1 1 X .y o gráfico a seguir a partir dos dados obtidos no
N (4) = 10 2 t 4 = 10 2 2 = 40
1 1
2+2
y
l
t X
-
l
� monitoramento do crescimento de u ma cultura ·

.!. .
·

s
X .y
-� , de microrganismos.
X y N (8) = 10 2 '
· = 10 · 2 4 = 160
Resposta: a Então, o orientador deve ter observado que na
passagem de 4 para 8 horas houve um aumento
z. de 40 ooo para 160 ooo microrganismos, ou seja,
(UFPR 2014) Uma pizza a 185 ·c foi retirada de um crescimento de 120 ooo.
um forno quente. Entretanto, somente quando Resposta: d
a temperatura atingir 65 ·c será possível segurar 20
um de seus pedaços com as mãos nuas, sem se 4·
queimar. Suponha que a temperatura T da pizza, (UFRGS 2013)
10
em graus Celsius, possa ser descrita em função Um adulto humano saudável abriga cerca de
do tempo t, em minutos, pela expressão 100 bilhões de bactérias, somente em seu trato
T = 160 . r'·8' + 25. Qual o tempo necessário para o digestivo. Esse número de bactérias pode ser
que se possa segurar um pedaço dessa pizza com escrito como
as mãos nuas, sem se q ueimar? a) 109
a) 0,25 minutos. b) 1010
b) o,68 minutos. Analisando o gráfico, o bolsista informou ao c) lO"
c) 2,5 minutos. orientador que a cultura crescia segundo o d) 1012
d) 6,63 minutos. modelo matemático, N = k . 2", com t em horas e) 10'3
e) 10,0 minutos. e N em milhares de microrganismos. Para
constatar se o modelo matemático apresentado RESOLUÇÃO: A q uestão exige apenas que você
RESOLUÇÃO: A expressão que exprime a relação pelo bolsista estava correto, o orientador coletou transcreva os valores em termos exponenciais.
entre a temperatura T e o tempo t dada no novos dados com t = 4 horas e t = 8 horas. Você sabe:

66 I GE MATEMATICA 201S
o
Isto é essencial

10 = 101 6. Notação científica


100 = lO' (Enem 2009) n = a . lO', em que l i a < 10
1 000 = 103 Técnicos concluem mapeamento do aquífero
E assim por diante. Guarani Potenciação É a multiplicação por um
100 bilhões são 100 vezes 1 bilhão = O aquífero Guarani localiza-se no subterrâneo mesmo fator várias vezes:
100 X 1 000 000 000 dos territórios da Argentina, Brasil, Paraguai 103 = 10 . 10 . 10 = 1 000
Conte: são 11 zeros. e Uruguai, com extensão total de 1 200 ooo 84 = 8 . 8 . 8 . 8 = 4 096
São portanto, lO" bactérias quilômetros quadrados, dos quais 840 ooo
Resposta: c quilômetros quadrados estão no Brasil. O Em ab=c
aquífero armazena cerca de 30 mil quilômetros a é a base
s. cúbicos de água e é considerado um dos maiores b é o expoente
(Enem 2009) do m undo. c é a potência, ou seja, o resultado da operação.
Suponha que o modelo exponencial Na maioria das vezes em que são feitas Os valores a, b e c podem ser quaisquer
y = 363e'·'3', em que x = o corresponde ao ano referências à água, são usadas as unidades metro números reais.
2000, x = 1 corresponde ao ano 2001, e assim cúbico e litro, e não as unidades já descritas. A
sucessivamente, e que y é a população em Companhia de Saneamento Básico do Estado Propriedades de potência
milhões de habitantes no ano x, seja usado para de São Paulo (Sabesp) divulgou, por exemplo,
estimar a população com 6o anos ou mais de um novo reservatório cuja capacidade de e am : a" = am · n
idade nos países em desenvolvimento entre 2010 armazenagem é de 20 m ilhões de litros.
e 2050. Desse modo, considerando e'·3 = 1,35, Comparando as capacidades do aquífero
estima-se que a população com 6o anos ou mais Guarani e desse novo reservatório da Sabesp, a
estará, em 2030, entre capacidade do aquífero Guarani é
a) 490 e 510 milhões
b) 550 e 620 milhões a) 1,5 x lO' vezes a capacidade do reservatório
c) 780 e 8oo milhões b) 1,5 x 103 vezes a capacidade do reservatório e a' = l, desde que a 'f. o.
d) 810 e 86o milhões c) 1,5 x 106 vezes a capacidade do reservatório
e) 870 e 910 milhões d) 1,5 x 108 vezes a capacidade do reservatório
e) 1,5 x 109 vezes a capacidade do reservatório Função exponencial f(x) = m . a', em que:
SOLUÇÃO: Esta questão cobra a habilidade e f(x) é a variável dependente
de leitura e interpretação do enunciado e SOLUÇÃO: O candidato deve apenas conhecer a e X é a variável independente
conhecimento das propriedades das potências. relação entre os múltiplos do metro. A notação e m é um número real qualquer
A equação dada é: científica garante rapidez e precisão. e e a é u m número real maior que zero
y : 363 · e O,OJ . X e diferente de 1
Para comparar o volume do aquífero Guarani e o
O enunciado informa que x =o corresponde ao do reservatório da Sabesp, devemos escolher uma
ano 2000 e x = 1, ao ano 2001. Então, podemos única unidade. Escolhemos o m3. E, do enunciado,
concluir que 2030 corresponde a x = 30. Esse é o tiramos os dados importantes:
valor que devemos substituir na equação dada.
y : 363 , e O,OJ . JO Aq u ífero Guarani:
y = 363 . e '·9 o Volume: 30 ooo km 3
o Convertendo km 3 para m 3:
O enunciado também informa que e'·3 = 1,35. 30 ooo km 3 = 30 ooo . 1 ooo m . 1 ooo m . 1 ooo m o Passando para notação científica:
Para usarmos esse dado e encontrar o valor de 30 ooo km3 = 30 ooo . 109 m 3 20 ooo m 3 = 2 . 104 m 3
y em e'·9, precisamos aproveitar a propriedade o Passando para notação científica: Então, o volume do reservatório é 2 . lO' m 3
de potência de potência: 30 000 . 109 = 3 . 104 109 = 3 . 1013 m 3

(am)n = am . n Para encontrar a razão entre os dois valores:


Então, o volume do aquífero, em m 3, é 3 . 1013 3
3 . 101
Então e o,9 = (e o,J p = 3 o,J . J 2-iiT = l, 5 . 109
Y = 363 . e'·9 = 363 . (e'·3P Reservatório da Sabesp:
Temos então que: o Volume: 20 ooo ooo L Então, o aquífero Guarani é 1,5 . 109 vezes maior
y = 363 . l,W = 363 . 2,46 = 893,11 o Convertendo para m 3: que o reservatório da Sabesp.
20 000 000
20 000 000 L = 1 000 m l = 20 ooo m l
Resposta: e Resposta: e

GE MATEMÁTICA 2015 I 67
E o que era sólido
se desmanchou
O s abalos sísmicos redesenham o p erfil dos
continentes e o relevo d o pl aneta. M as, para
o homem, podem ser desastros o s

Entre janeiro e o início de e de outros fatores, como o tipo de


� agosto de 2014, o planeta foi solo, a densidade populacional e a
� abalado por 13 terremotos qualidade das construções. É por isso
de grande intensidade. Em apenas que os eventos de piores consequências
dois dias, 1 o e 3 de abril, o Pacífico costumam ocorrer em regiões mais
ao norte do Chile foi sacudido duas pobres e densamente povoadas. Os dois
vezes, com tremores de magnitude tremores de altíssima magnitude do
8,2 e 7,7 pontos na escala Richter. Chile, em abril, ocorreram numa região
Nicarágua, Papua Nova Guiné, pouco povoada, e deixaram apenas
Ilhas Salomão, México, Tailândia seis mortes. Já o abalo de 6,1 pontos
e o estado norte-americano do que afetou o sudoeste da China em
Alasca também sofreram abalos agosto de 2014 atingiu uma região mais
sísmicos com magnitude acima de 7. povoada e de edificações precárias. O
Essas são regiões em que tremores saldo doi de 600 mortos.
de terra são corriqueiros - nelas, O planeta já assistiu a catástrofes
duas ou mais placas tectônicas, em maiores. Em 2010, um terremoto de
constante movimento, se encontram 7 pontos, seguido de outros 50 abalos
e se enroscam. E, quando se soltam, secundários, derrubou 70% da capital
liberam grande quantidade de haitiana, Porto Príncipe, deixando 250
energia. Aí a terra treme (veja mais mil mortos e 3 milhões de desabrigados.
nas págs. 70 e 71). O paupérrimo país teve a economia
Abalos sísmicos são muito frequentes destruída e depende, até hoje, de ajuda
e, em algumas regiões, praticamente externa. Outro desastre: em 2011, um
rotineiros. A cada dia, os sismógrafos abalo monstruoso de 9 pontos no fundo
acusam 500 mil eventos no planeta do Oceano Pacífico deslocou mais de
- 100 mil deles com intensidade 2 metros a ilha de Honshu, no Japão.
acima de 2 pontos na escala Richter, o Tsunamis avançaram sobre as praias,
suficiente para serem sentidos. Sendo em ondas de até 40 metros, invadiram
assim, por que não temos mais morte a usina nuclear de Fukushima e
e destruição no dia a dia? É que a provocaram o escape de radiação por
magnitude de um terremoto mede a um raio de dezenas de quilômetros,
energia liberada no hipocentro, o ponto obrigando mais de 200 mil pessoas a
exato de choque entre as placas, que evacuar a região. Apesar da intensidade,
pode estar dezenas de quilômetros o tremor do bem preparado Japão teve
abaixo da superfície. Aqui em cima, os saldo de mortos bem menor que o do
danos dependem dessa profundidade Haiti: 16 mil.

68 I GE MATEMATICA 2015
GE MATEMATICA 2015 I 69
AS PRINCIPAIS PLACAS TECTÕNICAS
O lado frágil E SEUS MOVIMENTOS
da Terra
..31... A crosta terrestre é toda recortada
"'7' e, por isso, costuma ser comparada
a uma casca de ovo quebrada. As trincas
são resultado do movimento das placas
tectônicas, que flutuam sobre magma
(rochas derretidas de camadas mais
profundas do planeta, a altíssimas
temperaturas). Porque o magma é
fluído, está em constante movimento,
deslocando as placas. E, à medida que
elas deslizam, podem se enroscar.
Quando isso ocorre, muita energia
se acumula no ponto de choque. Uma
hora os blocos acabam se soltando e FALHAS TRANSFORMANTES
liberando essa energia de uma única São as criadas por duas placas que
vez. A energia se propaga em todas deslizam uma ao lado da outra.
as direções, na forma de ondas que O atrito entre elas guarda muita tensão,
perturbam as camadas de rocha até que pode causar terremotos. Exemplo
a superfície. É aí, então, que o chão de falha transformante é a falha de San
sacode. Se o solavanco ocorre no solo Andreas, que corta a costa da Califórnia
marinho, a energia liberada ergue uma e o litoral oeste do México.
coluna de água que, ao chegar ao raso
das praias, pode superar os lO metros
de altura - os tsunamis.

A matemática daqui

A escala Richter é uma das


escalas usadas para medir a
amplitude das ondas sísmicas,
detectadas por sismógTafos.
Quanto maior é a energia liberada
pelo choque entre duas placas
tectônicas, maior é a amplitude
das ondas. A cada ponto da
escala, a energia aumenta 31,6
vezes. Por exemplo, um tremor
de 5 pontos libera energia igual à
de uma explosão de 32 toneladas
.de dinamite. Outro abalo, de
magnitude 6, libera energia
equivalente a l milhão
de toneladas de explosivos. Vão uma de encontro à outra. A placa mais densa
É que a Richter é uma escala mergulha por baixo da menos densa. É o caso do
logarítmica. Por isso, a diferença
choque entre uma placa oceânica (mais densa)
entre um ponto e outro é uma e outra, continental. Elas se comprimem, dando
relação entre logaritmos. origem a cadeias montanhosas. Regiões em que esse
tipo de choque ocorre são suscetíveis a abalos.

70 I GE MATEMATICA 2015
Quando as placas têm a mesma
densidade (duas placas
continentais, por exemplo), elas
se chocam e se comprimem.
O Himalaia é resultado do
choque das placas Euro­
Asiática e Indiana.

OS MAIORES TERREMOTOS EM MAG N ITUDE


O abalo que atingiu o Japão em março de 2011
está entre os cinco maiores já registrados no mundo

9,5 1960, Valdívía, Chile 1 Mais de 1,6 mil mortos, 3 mil feridos, 1 milhões de desabrigados.
o tsunami provocado pelo abalo matou _!ambém no Havai, no Japão : nas Filipinas.

9,2 1964, Golfo do Alasca 1 O terremoto matou apenas 15 pessoas, mas o tsu nami criado por
ele matou 113 em várias cidades do Alasca.
9,1 2004, Sumatra, Indonésia 1 o tsunami causou 160 mil mortes no Sudeste Asiático e na
Atrica Oriental. As ondas atravessaram todo o Pacífico e o Atlântico.
9,0 2011, Ilha de Honshu, )apão 1 o maior abalo sísmico da história do Japão foi seguido de um
tsunami. Saldo do desastre: cerca de 16 mil mortos e 5 mil desaparecidos.
PLACAS DIVERGENTES 9,0 1952, Península de Kamchatka, Federação Russa I Tsunamis cruzaram o oceano Pacífico
São aquelas que se afastam. Pela falha e atingiram o Havaí. Não há registro oficial de mortes.
8,8
�- ---

aberta na crosta pode escapar magma, 1906, Equador e Colômbia I O tsunami matou entre 500 e 1,5 mil pessoas nos dois países.
dando origem a ilhas vulcânicas, A onda gigante atingiu o Havaí, o Japão e a costa sudoeste dos Estados Unidos.
como as do Havaí. O oceano Atlântico
é cortado de norte a sul por uma
8�8 2010, Chile I Deixou mais de 500 mortos. O tsunami chegou à costa do Japão.
Cidades chilenas se deslocaram alguns metros, e o eixo da Terra, em 8 centímetros.
8,7
falha desse tipo, que está afastando a
1965, Ilhas Rat, Alasca 1 Apesar da intensidade, provocou apenas rachaduras em ruas
América do Sul da Africa. Esse tipo de
e casas. Algumas ilhas foram atingidas por ondas de mais de 10 metros de altura.
estrutura ou borda de placa provoca
menos terremotos. Fonte: US Geo/ogical Survey Organization

GE MATEMATICA 2015 I 71
Logaritmos I magine um problema que exija que se
multipliquem os números:
Em primeiro lugar, vamos simplesmente aplicar
a definição de logaritmo para determinar alguns
deles. Assim:
É uma operação matemática que guarda estreita 100
relação com a operação de potenciação:
10 000
log b a = c � b' = a , em que Ora, se 25 = 32, então, pela definição, log, 32 = 5
0,00001
e a e b são maiores que zero; Assim, também podemos dizer que:
1 000 000 000 000
e b é diferente de 1. log, 256 = 8 , pois 28 = 256.
0,01
A expressão matemática acima diz que: log, 1 = o , pois 2' = 1.
o logaritmo de a na base b é c se b elevado Repare que todos os valores apresentados são
ao ex ponte c é igual a a. Repare que as duas potências de 10: Logaritmo do produto
operações são, essecialmente, uma única, de Qual é o logaritmo em base 2 do produto de 16
potenciação. Só que: 100 = 102 por 64? O que se pede é o expoente a que deve­
mos elevar 2 para obter o produto indicado. Em
e na potência, o que buscamos é o resultado (a) 10 000 = 104 linguagem matemática:
de um número b elevado a outro (c) - ou seja, log, (16 . 24) = log, 1 024
o resultado de mu ltiplicar c vezes o mesmo 0,00001 = 10'5
fator b; Sabemos que:
1 000 000 000 000 = 1012 e 16 = 2'
e já no logaritmo, o que buscamos é o expoente
c - ou seja, q uantas vezes deve-se m ultiplicar o 0,01 = 10·>
mesmo fator b para obter a.
Para multiplicar esses valores, basta manter a Então, 1 024 = 24 • 26
base 10 e somar os expoentes:
Pela propriedade das potências, para m ultiplicar
2 + 4 - 5 + 12 - 2 = 11 potências de mesma base, basta somar os
REPARE
e Tanto na potência quanto no
expoentes. Então, 1 024 210 =

logaritmo, b é a base.
O resultado é 1011 Portanto, log, 1 024 = 10

Seguindo o mesmo raciocínio, a divisão desses Podemos generalizar:


e c, que é o expoente na operação
de potenciação, é o próprio resultado números pode ser feita simplesmente subtraindo-
da operação de logaritmo.
-se os expoentes: 1ogb (a . c) = 1ogb a + 1ogb c

100 : 10 ooo : o,oooo1 : 1 ooo ooo ooo ooo : o,o1 = Logaritmo do quociente
e a, que é o resultado da operação de
lO' : 104 : 10·5 : lO " : 10 ·' Na divisão de potências de mesma base, o que
potenciação, é o logaritmando na
fazemos com os expoentes é subtraí-los, certo?
operação de logaritmo.
Trabalhando com os expoentes, temos: A mesma regra é válida para logaritmos. Acompa­
nhe o exemplo:
Então, quando você calcula um
2 - 4 - (-5) - 12 - (-2) = -7
logaritmo, o que encontra é o expoente
de uma potência.
Se quisermos fazer a divisão 512 por 4, podemos
O resultado será 107 tomar os logaritmos na base 2 para 512 (g) e de 4 (2)
e subtraí-los (9 - 2 = 7). Assim, o resultado de
PROPRIEDADES DOS LOGARITMOS
As propriedades dos logaritmos são diretamente
Uma das vantagens de compreender a relação obtidas das propriedades das potências.
entre logaritmo e potência é que, se você estiver Vamos considerar, nos exemplos a seguir, a
trabalhando com vários valores, todos dados na sequência formada pelas potências de base 2: Generalizamos em:
forma de potências de u ma mesma base, pode
deixar a base de lado e operar somente com os
expoentes. Por exemplo:

72 I GE MATEMÁTICA 201S
\\ t A escala
Richter
Usada pela primeira vez pelo físico norte­
-americano Charles Richter, em 1935, a escala
Richter é logarítmica - cada grau é uma potência
de base 10. Ou seja, de um grau a outro, a
amplitude das ondas sísmicas cresce dez vezes.

COMO CRESCE UMA ESCALA LOGARITMICA


Para comparar a diferença na magnitude de dois
tremores, fazemos:

M1 M1 = log A1 - log A1 ,em que:


·

M1 = magnitude do terremoto 1
Ondas liberadas por um tremor de 6,4 pontos na escala Richter que atingiu Taiwan em março de 2010
M, = magnitude do terremoto 2

Logaritmo de potência Dos dados, concluímos que A1 = amplitude das ondas do terremoto 1
Vamos partir de 10' = 2 e lOY = 3
1ogb a = c A, = amplitude das ondas do terremoto 2
Queremos determinar m, tal que 3m = 2
Se quisermos saber quanto vale Podemos substituir nessa última equação 3 e 2 Aplicando a propriedade de su btração de
1ogb an, por suas potências equivalentes em base 10. logaritmos:

podemos fazer, por conta da propriedade do


produto de potências:
Assim:
(lOY)m 10'
=

lQY · m = lO'
log a - log b = log ( �), temos:

logb an = 1ogb a + 1ogb a + 1ogb a + ... + 1ogb a

-
Temos que y . m = x
n vezes Então, m = -x log 2
=
Temos então: Y log 3
logb an = n . c = n . 1ogb a Assim, podemos generalizar: A diferença de amplitude das ondas de um tremor de
log a 5 pontos e de outro de 9 pontos na escala Richter:
log a = __ b
Ou: ' 1ogb c

5 - ( ::)
9 = log =} -4 = log ( ::)
Mudança de base
ATENÇAO
A partir de um conjunto de valores de logaritmos
Logaritmo natural
de certa base, podemos determinar os logaritmos
O logaritmo natural de um número
de qualquer número em qualquer outra base.
(In) é o logaritmo que tem como base
Na Antiguidade, vários matemáticos se
o número de Euler (e = 2,11828...). Este
preocuparam em obter uma tabela de logaritmos
é um número irracional - um número
em base 10. I magine que tenhamos acesso a uma
real que não pode ser obtido da divisão
dessas tabelas e queiramos calcular o logaritmo
de dois inteiros. O número e é também
de 2 na base 3, a partir dos logaritmos de 2 e de 3
transcendental - não é raiz de nenhuma
na base 10.
equação de coeficiente inteiro. Fique
São dados:
sabendo: rr é um número transcendental
log 2 = x
também. Em termos práticos, o logaritmo
log 3 = y
natural obedece às mesmas propriedades
Isso significa que um tremor de 9 graus
operatórias dos logaritmos em geral. Para
Queremos calcular o valor de m: na escala Richter libera ondas de amplitude
resolver questões que trazem In, basta
log/ = m 10 ooo vezes maior que um tremor de 5 graus.
usar os mesmos processos adotados para
logaritmos de base 2 ou 10.
GE MATEMATICA 2015 I 73
Como ca i no vestibular

1. z. base positiva que resulte em valor negativo.


Aman (2014) Na figura abaixo, está representado o (UEPG 2013, adaptada) Quanto aos valores reais de Esse valor, portanto, deve ser descartado.
gráfico da função y = log x. x para os quais é verdadeira a igualdade Ficamos então com x = 3-
y log 9 (2x 5) + logl
· �=1 Confrontando nosso resultado com as alternativas:
a) Sim, existe u ma única solução (x = 3) e 3 é um
y = log x
Assinale a(s) alternativa(s) corretas. número primo. Verdadeira.
a) Existe u ma única solução, que é um b) )á vimos que existe uma só solução. Falsa.
A3 número primo. c) Falsa pela mesma razão.
b) Existem duas soluções cuja soma é positiva. d) Nosso resultado deu um número inteiro, l Falsa.
c) Existem duas soluções cujo produto é negativo. e) O logaritmo de 625 na base 5 é 4 (625 = 54). E
d) Existe uma única solução fracionária. nossa solução (3) é menor que 4. Verdadeira.
e) Existe uma única solução, que é menor do Resposta: a, e
4 5 6 7 8 X que log5625.
desenho ilustrativo - fora de escala 3·
RESOLUÇÃO: Para somar logaritmos, é necessário (CFTMG 2014) Considere a função f: ] · 2, co( � R
Nesta representação, estão destacados três que as parcelas sejam logaritmos de mesma base. definida por f(x) = log3 (x + 2)

f f (b) então,
retângulos cuja soma das áreas é igual a: Mas a expressão fornecida no enunciado contém
a) log 2 + log 3 + log 5 logaritmos de base 9 e 3- Aplicando a propriedade Se f (a) =
b) log 30 da mudança de base na primeira parcela, 3
c) 1+ log 30 transformando sua base em 3: a) a = vr:--­
b+1
d) 1 + 2 log 15 log 3 (2x 5)· 3 r: -
e) 1 + 2 log 30 log9 (2x S ) =
·
-
b) a = V b + 3
1 og 3 9

RESOLUÇÃO: Vamos observar separadamente as ·


1
log9 (2X S) = 2 log 3 (2X S) · ·
c) a = v;;-�-� = . 2
áreas A, A, e A3 para depois somá-las, como pede 3 r --:
o enunciado. Substituindo esse valor na expressão do enunciado d) a = V b + 2 = + 2
I. O retângulo A, tem um dos lados sobre o e aplicando as propriedades operatórias dos
eixo x, entre x = 2 e x = 3- Então esse lado mede 1. logaritmos, isolamos a incógnita x: RESOLUÇAO. Primeiro, vamos substituir os

� logl (2x 5) + logl � = 1


A medida da altura de A, é dada pelo valor de y valores a e b na função f(x) = log3 (x + 2):
·
correspondente a x = 2 - ou seja, a log 2. f (a) = log3 (a + 2):
Sabemos que a área do retângulo é a base f (b) = log3 (b + 2):
1 1.
multiplicada pela altura. Portanto, 2 1og3 (2x 5) + log3 (3x) 2 1
· = O enunciado fornece, também, a relação
A, = 1 . log 2 log 2
= entre f(a) e f(b):
1 1
11. Aplicando o mesmo raciocínio para o retângulo 2 [ logl (2x 5) + logl (3x) ] = 1
· ·
f (a) = 3 f (b)
A,, encontramos: base = 2 e altura = log l log3 (2x 5) + log3 3x 2
· =
Então, podemos estabelecer que
A, = 2 log 3 1
logl (a + 2) = 3 1og3 (b + 2)
Aplicando a definição de logaritmo temos:
111. Por, fim A3: lados medindo 3 e log 5. (2X 5) . (3X) = 3'
· Usando as propriedades operatórias, temos
A3 = 3 log 5 6x' 15X 9 = O
· · 1
logl (a + 2) = log3 (b + 2) T
Somando as três áreas, temos Resolvendo a equação do segundo grau pela Como os logaritmos estão na mesma base,
Ato�at = A, + A, + A3 = log 2 + 2 log 3 + 3 log 5 fórmula de Bháskara, obtemos podemos igualar os logaritmandos.
11 = 15' - 4 . 6 . (- 9) = 225 + 216 = 441 Ou seja, se log, p = log, q � p = q
Os-logaritmos são de mesma base. Então Assim, ficamos com:
15 ± 21 1
podemos aplicar as propriedades e reescrever a x = -_ _
12 (a + 2) = (b + 2) T
expressão, simplificando-a:
Atol i = log 2 + log 3 2 + log 53 = log (2 . 3 2 . 53) X1 = 3 a+2=�
Atotal = log (2 . 5 . 3 2 . 52) log (10 . 152)
a
= 1 Portanto,
x, = ' 2
� -2
Atotal = log 10 + 2 log 15
Atotal = 1 + 2 log 15 O valor negativo de x não pode ser considerado a=
por conta da própria definição de logaritmo.
Resposta: d Como a base é positiva, 3, não existe potência de Resposta: c

74 I GE MATEMATICA 2015
o
Isto é ess encial
natural é um logaritmo de base e (número de
4· Euler). Para trabalhar com ele usamos as mesmas Logaritmo é a operação matemática que
(Espm 2014) Se log x + log x2 + log X3 + log X4 = 20,
- propriedades operatórias dos logaritmos em geral. nos permite encontrar o expoente de
o valor de x é: uma potência.
a) 10 Vamos chamar a velocidade média no pico da
b) 0,1 manhã de Vm (22,1 km/h) e a da tarde, de v1 (18,5 O logaritmo de a na base b é c se b elevado
c) 100 km/h). O enunciado informa ainda, que as duas ao expoente c é igual a a. Em linguagem
d) 0,01 velocidades caem a taxas diferentes no período matemática:
e) 1 de 4 anos (entre 2008 e 2012):
e Pela manhã, a queda é de s%. Então, em x 1ogba = c <=> b' = a, sendo que
RESOLUÇÃO: A questão exige apenas que você períodos de 4 anos, Vm = 22,1 . 0,95'
aplique as propriedades operatórias dos logaritmos: Se queremos encontrar a metade dessa C) a e b > O
log x + log x2 + log x3 + log X4 = velocidade, basta atribuir à variável Vm, na função C> b é n
=
log x + 2.log x + 3-log x + 4.log x 20
- acima, a metade da Vm registrada em 2012
=
10 . log x -20 =
(vm 11,05 km/h) Então, temos Logaritmo do produto
=
log x -2 e 11,os 22,1 . o,9s'
= =
1ogb (a . c) 1ogb a + 1ogb c
Aplicando a definição de logaritmo, temos que
X= 10-2 0,01
= Logaritmo do quociente

1ogb ( �) = 1ogb a - 1ogb c


Resposta: d
2-1 = ( :o� )' = ( ;2· �� )'
s.
logb (�)
(Unesp 2014) Aplicando o logaritmo natural aos dois membros
O que era impressão virou estatística: a cidade de
São Paulo está cada dia mais lenta. Quem mostra
da igualdade,
-1 5 - 19 ' a = - logb a
é a própria CET (Companhia de Engenharia de
ln 2 = In ( -
2 ,-, ) -5
Tráfego), que concluiu um estudo anual sobre o Agora, vamos substituir valores de In fornecidos no Logaritmo de potência
trânsito paulistano. Os dados de 2012 apontam enunciado e aplicar as propriedades operatórias 1ogb (a") = n . 1ogba
que a velocidade média nos principais corredores dos logaritmos e para calcular o valor de x:
viários da cidade foi de 22,1 km/h no pico da - 1 . 1n 2 [(In s + In 19) - (2 . In 2 + 2 . In sll
=X.
manhã e de 18,5 km/h no pico da tarde. Uma piora - 0,69 =X.
[(1,61 + 2,94) - (2 . 0,69 + 2 . 1,61)]
de s% e 10% em relação a 2008, respectivamente. - 0,69 = X . [4,55 - (1,38 + 3,22)] Mudança de base do logaritmo
- 0,69 =X.
(4,55 - 4,6) log _a
- 0,69 = - 0,05 X log' a = _b
1ogb c
- 0, 69
X= O, OS 13, 8
_
=
Portanto, a velocidade média do pico da
manhã atingiria a metade da velocidade média
registrada no ano de 2012 após 13,8 períodos de
Caso a velocidade média do trânsito nos =
4 anos. Isso corresponde a 13,8 . 4 55,2 anos.
principais corredores viários paulistanos continue Tomando como base o ano de 2012, isso ocorrerá,

In 2 = In ( - 2 ,-5 -, )'
decaindo nos mesmos percentuais pelos próximos aproximadamente, no ano de 2068.
-1 2-3 5 l .

anos e sabendo que In 2 0,69, In 3 1,10, In s


= = =

.
1,61 e In 19 2,94, os anos aproximados em que
= e Para a tarde, usamos o mesmo raciocínio:
as velocidades médias nos picos da manhã e da Vt = 18,5 . 0,90' - 1.1n 2 = X - [(In 2 + 2 . In 3 + In S) - (2 . In 2 + 2 . In sll
tarde chegarão à metade daquelas observadas =
A metade de Vmt 9,25 km/h. Então, substituindo - o,69 = x . [(0,69 + 2,20 + 1,61) - (1,38 + 3,22)]
em 2012 serão, respectivamente, na função, temos - 0,69 = X . (4,5 - 4,6)
a) 2028 e 2019 =
9,25 18,5 . 0,90' - 0,69 = - 0,1 . X
b) 2068 e 2040.
9, 25 X
X = 6,9
c) 2022 e 2017.
18, 5
= 21 = o, 90 A variável x representa períodos de 4 anos.
d) 2025 e 2018. Então, a velocidade média do pico da tarde cairá
e) 2057 e 2029. 2·1 = (�) = (4-f)' para so% do valor de 2012 em 6,9 4 27,6 anos,
_ =
100 ' 2 5 -
aproximadamente, ou seja, perto do ano 2040.
RESOLUÇÃO: Observe que os dados do enunciado Aplicando In a ambos os lados da igualdade e
fazem referência a In. Lembre-se: o logaritmo substituindo os valores dados, ficamos com Resposta: b

GE MATEMATICA 2015 I 75
O petróleo é nosso.
O problema também
O B rasil tem grandes perspectivas na
produção de petróleo. Mas, com elas,
vêm tan1bém grandes desafios an1bientais

+ De pouco adiantam os
protestos dos ambientalistas ­
O mundo já assistiu a diversos
episódios traumáticos de vazamentos
os combustíveis fósseis se em plataformas marítimas. O mais grave
mantêm como as maiores fontes deles foi a explosão do poço Deepwater
primárias de energia no mundo todo. Horizon, no Golfo do México, em
E, segundo os especialistas, isso 2010. Onze pessoas morreram, muitas
deve perdurar por pelo menos mais ficaram feridas e durante dois meses
meio século. Petróleo, gás natural e vazaram para o mar mais de 4 milhões
carvão mineral respondem por quase de barris de petróleo - o suficiente
8 7% de toda energia produzida pelo para comprometer a vida marítima na
homem. No Brasil, essa proporção região e poluir as costas dos estados
é menor: esses combustíveis norte-americanos voltados para o Golfo.
superpoluidores são responsáveis No Brasil, o desastre mais recente foi
por pouco mais de metade de nossa o vazamento de uma plataforma da
produção energética. Mas a situação empresa inglesa Chevron, na Bacia de
pode se alterar, e o petróleo passar a Campos, em 2011, que deixou escapar
responder por uma fatia bem maior 416 mil litros de petróleo. As ações de
de nossa matriz energética, graças, recuperação do ambiente degradado
principalmente, às perspectivas e de prevenção de novos acidentes
animadoras do pré-sal. custaram centenas de milhões de reais.
O pré-sal é uma camada do subsolo A preocupação dos ambientalistas
marinho a mais de 7 quilômetros de não é sem motivo. O óleo vazado de
profundidade. Ali se descobriram uma plataforma intoxica os seres
jazidas preciosas de petróleo e gás marinhos da região, que por sua
natural. As contas indicam que, com vez envenenam seus predadores.
C5 que for extraído do pré-sal, o pais, Além disso, a película criada na
no mínimo, triplicará sua produção superfície impede a entrada da luz,
atual de petróleo e aumentará em seis impedindo que os fitoplânctons façam
vezes a de gás natural. É ai então que os a fotossíntese. O dano se estende pela
ambientalistas elevam a voz de protesto: cadeia alimentar dos demais seres
por maior que seja a experiência marinhos. Comunidades inteiras
brasileira em operações em águas podem ser eliminadas, afetando
profundas, ninguém jamais enfrentou cadeias e teias alimentares num raio
um vazamento em poços tão profundos. muito maior do que o da mancha.

76 I GE MATEMATICA 2015
GE MATEMATICA 2015 I 77
Agua e óleo não
se misturam.
Os acidentes que
provocam vazamentos
de petróleo no mar
deixam manchas que
se espalham, levadas
pelo vento e pelas
correntes maritimas

A matemática daqui
Triângulos guardam alguma proporção. Na figura, o lado
AC é correspondente de A'C ', o AB de A' B' e o BC
de B'C'. Repare que cada par de lados guarda a
As estimativas do volume de um
semelhantes proporção de 2 para 1.
vazamento de óleo podem ser
A semelhança de triângulos éuma das RAZAO DE SEMELHANÇA
feitas com base nas cores que
ferramentas básicas para quem trabalha com Nos triângulos semelhantes, a proporção entre
a mancha apresenta quando
escalas. Veja só: lados correspondentes é chamada razão de
observada por fotografias
�--- ·-,- ...,. . - 'é ::·:: :::::--·::::
semelhança (k). No caso dos triângulos mostrados

[�j
tiradas de satélites ou aviões.
· ·:;·: : . r:·; _:::�: :: ·:· : : ::::: ::; ao lado, a razão é:

• • • l.
Quanto mais escura for a

'··· t ····. ···· ' ···•·•·. r·•• l


tonalidade, mais espessa
será a camada de óleo que k=-
AB
= -5 = 2
A'B' 3
boia sobre a água e, portanto,
maior o volume de óleo ali
t. i .
A razão semantém para os demais pares de lados
concentrado. Conhecendo a -�-- ....: . . .. ]_ . . . . .: .
área correspondente a cada tom,
. . . . .. . .
.
. . . . •'· . . . - - - . . .·. -- .. ,•, .. ···' . __ :_ . . :... . . j
. . -· ..
correspondentes:

k = � = 2 -JS = 2 e k = 4 ..[2 = 2
é possível estimar o volume
É facil perceber que os triângulos ABC e A' B'C'
total. E, para calcular a área real
são bem parecidos. Em linguagem matemática, A'C' .J5 z.J2
com base em uma foto, basta
dizemos que eles são semelhantes por duas razões:
estabelecer a escala que define
a proporção entre as dimensões
Dizemos, então, que o triângulo AB está para A' B'
reais e a representação em
e Seus ângulos correspondentes são na escala de 2 para 1 (em notação matemática,
_
imagem. Aí entram conceitos
congruentes (têm valor igual); 2:1). É esse tipo de escala que permite que se
matemáticos como semelhança
mantenham as proporções em mapas - e que
e Seus lados correspondentes são proporcionais. se saiba com bastante precisão o real tamanho
de triângulos e relações
trigonométricas. da mancha de petróleo no Golfo do México.
Ângulos correspondentes são aqueles que ocupam A razão de semelhança se mantém também
a mesma posição. Na figura acima, o ângulo a é para as demais medidas lineares, ou seja,
correspondente de a', � de W e yde y. aquelas que não são medidas de ângulos nem
Lados correspondentes são aqueles que ocupam de áreas. Veja o que acontece com a altura de
a mesma posição em relação aos ângulos e que dois triângulos semelhantes:

78 I GE MATEMÁTICA 2015
c O REFRESQUE A MEMÓRIA

Teorema de Razões trigonométricas

Pitágoras
num triângulo retângulo
Com a trigonometria, podemos estabelecer
.A
. relações entre a medida dos lados correspondent,es
Você sabe: triângulo retângulo é aquele que de dois triângulos retângulos semelhantes.

- :�

. ·:
. ). A':� . · : B'
tem um ângulo reto, ou seja, de go•. A primeira,
mais conhecida e muito útil relação entre as
medidas dos lados de um triângulo retângulo é
As razões trigonométricas são definidas com
base nas relações entre as medidas dos lados do
tri,1ngulo e têm como referência os ângulos.
definida pelo Teorema de Pitágoras. Foi Pitágoras,
h 4 matemático grego que viveu no século VI a.C, cateto oposto a cr
k=-=-=2 sen u = _c__
h' 2 quem percebeu que: __ _ _

hipotenusa

As medianas mantêm a mesma razão: A soma dos quadrados dos catetos é igual ao
quadrado da hipotenusa. cateto adjacente a ex
·C cos (\C = ----'-
- -­

. ·• hipotenusa
Observe a figura:

cateto oposto a <V.


e tg ex = -- --"-
- --

cateto adjacente a < \

�·
No nosso triângulo retângulo.·

a 4
sen c� = - = -- .......
...
A' : ! • B' ·
c zfij

k=-=-=2
m J0 A z -Jlj = --
zfi3
sen o. = - . � 0 55
m' J0 fij fij 13 -- '

O lado c, oposto ao ângulo reto, é a hipotenusa.


b 6
Triângulos semelhantes têm três ângulos Os lados a e b, adjacentes ao ângulo reto, são os cos <x = ·- = ---- __,

congruentes. Se dois triângulos retângulos (que catetos. Então, por Pitágoras, temos: c zJ13
já têm em comum um ângulo de 90°) tiverem um
vértice em comum, os ângulos opostos definidos 3 - fij 3fi3
por esse vértice também serão congruentes. Como a COS <\ = - = -- � 0 83

soma dos ângulos internos de um triângulo é 180°, Considerando cada quadradinho uma unidade, fij ' fij 13 - '

então os dois triângulos serão semelhantes. Veja: sabemos que a 4 e b 6. Para descobrir a medida
= =

de c (a hipotenusa), basta fazer: a 4 2


A tg (\ = - = - . __. tg o. = - � O, 66
b 6 3

Só existe um ângulo que tenha sen(X:=0,55,


cosa = 0,83 e tgu. = 0,66. Consultando uma
c1 = 52 -> c = J5i unidades tabela de valores trigonométricos, num livro de
matemática, ou recorrendo a uma calculadora
científica, descobrimos que o ângulo u. mede,
A'
lEMBRE·SE aproximadamente, 34 '.
· Os ângulos definidos por C (vértice comum aos lados corresp
ondentes são
dois triângulos) são congruentes. que ocupam a aqueles Ora, se a soma dos ângulos internos de qualquer
· Os ângulos B e B' são retos (90°) e congruentes. mesma posição triângulo é 180", e se sabemos que o nosso
em relação aos
· Temos dois ângulos congruentes e sabemos que ângulos. triângulo tem um ângulo de 90� então é fácil
a soma total dos ângulos internos é 180°. Então,
os ângulos A e A' também são congruentes.
: ngulos congrue
ntes são ângulos
descobrir o último ângulo (fi)'
e mesma medi
da. �1 180° - ( 90° + 34° )
= -> � = 56 o
· Os lados AB e A'B', BC e B'C, e AC e A'C são
correspondentes.

GE MATEMÁTICA 2015 I 79
Leis dos senos O REFRESQUE A MEMÓRIA e Essa hipotenusa forma com o lado positivo do
eixo x um ângulo a;
e dos cossenos A circunferência
e O ponto A tem coordenadas A (X, y);
Para triângulos que não são retângulos trigonométrica
(chamados acutângulos ou obtusângulos}, e Como na circunferência trigonométrica o eixo
duas outras relações são muito importantes. As leis dos senos e dos cossenos podem ser x é o eixo dos cossenos e o y, o eixo dos senos,

São as leis dos senos e dos cossenos. aplicadas em qualquer tipo de triangulo. então as coordenadas de A são
E, no caso de triângulos obtusângulos, precisamos A (cos a, sen a).
Observe o triângulo obtusângulo abaixo: calcular os valores das razões trigonométricas
para angu/os maiores que 90'. Para isso, lançamos Repare que:
mão da circunferência trigonométrica.
e Podemos fazer um segmento que ligue
qualquer ponto A da circunferência ao ponto O
(o, o), no centro;

e Esse segmento vai sempre determinar um


ângulo a com o lado positivo do eixo x (eixo
A dos cossenos);

A lei dos senos estabelece que: e O ponto A será, então, definido pelas
a b c coordenadas A (cos a, sen a).
170'
-- - -- - --

sen a sen i3 sen 1


Os quadrantes
E a lei dos cossenos, que: Observe que: Quando o ponto A está no quadrante I, o ângulo
e A circunferência é desenhada sobre um plano a terá valor entre o' e 90'. E os valores do seno, do
a2 = b2 + c2 - 2 . b . c . cos a
cartesiano (eixos x e y); cosseno e da tangente serão positivos:
Repare que, nessa formulação, a é o ângulo oposto
ao lado a. Da mesma maneira, podemos estabelecer e O centro da circunferência está sobre o ponto
a lei dos cossenos para os demais ângulos: O, de coordenadas {o,o);

2
b2 = a + c 0, e O eixo x corresponde à medida do cosseno (cos);
2
- 2. a. c. cos

em que � é o ângulo oposto ao lado b; 180'


e O eixo y corresponde à medida do seno (sen);
c2 = a2 + b2
2 . a . b cos 1 ,
- .

em que yé o ângulo oposto ao lado c. e O raio da circunferência é uma unidade;

e A circunferência é dividida em quatro 170'


O REFRESQUE A MEMÓRIA quadrantes (1, 11, 111, e IV};
Se o ponto A estiver no quadrante 11, o ângulo
Graus e radianos e Os graus, na circunferência, são lidos a partirda direi· a terá como medida um valor entre g(f e 18o•.
ta, no sentido anti-horário: (f, g(f', J8(f', 27[f e 36(f. Nesse caso, o seno será positivo, mas o cosseno,
Qualquer angulo pode ser medido em graus negativo; a tangente também será negativa:
ou em radianos (rad). Os 350° de uma Dentro da circunferência podemos desenhar
circunferência equivalem a 2 rr rad. Os 180" (meia angulos de o• a 360' e obter o valor das razões
volta na circunferência) equivalem a rr rad. trigonométricas. Acompanhe atentamente na figura:
Com essa informação, calculamos qualquer outro
angulo, pela regra de três. Por exemplo: quanto e o segmento OA é a hipotenusa de um triangulo

}
mede, em graus, um angulo de !L rad? retângulo formado pelos pontos OAP;
6
Zrr rad - 360°
6ra
rr d x - .
=> Zrr x = 360° . . (K6 ) e já havia sido definido que o raio da
circunferência tem medida 1. Então,
o comprimento do segmento DA
X = 30°
(a hipotenusa) é 1; 170°

80 I GE MATEMATICA 2015
.

Pztagoras e a
,
Para um ponto A que esteja no quadrante 11/, o valor Simetria na circunferência
de a ficará entre 1Bo• e 210'. O seno e o cosseno trigonométrica • •

serão negativos. A tangente será positiva: Podemos calcular o valor para um ângulo et de
qualquer quadrante trabalhando apenas com
trzgonometrza
ângulos do quadrante I. É que qualquer ponto Se aplicarmos o Teorema de Pitágoras num
da circunferência tem três pontos simétricos triângulo desenhado no 1• q uadrante da
em relação aos eixos cartesianos nos outros três circunferência trigonométrica, teremos:
quadrantes. Veja.
goo sen tan

/
180' sen /

tan n

cos
270'
-I

Finalmente, para um ponto que esteja no


quadrante IV, a estará entre 270' e 360'. e Os dois catetos do trângulo AOP são os valores
Nesse caso, o cosseno é positivo e o seno de seno e cosseno do ângulo rt;
e a tangente, negativos.· e A hipotenusa, que é o raio da circunferência
Os pontos A, A ; A" e A"' são simétricos em trigonométrica, tem medida 1.
relação aos eixos cartesianos. Traduzindo: Então sen\)'. + cos2 = 1
90° sen as coordenadas desses pontos têm os mesmos Essa é a chamada relação fundamental da
valores absolutos. A única diferença são os sinais, trigonometria.
que variam conforme o quadrante. Ou seja,
os ângulos definidos por esses pontos têm seno Ainda no triângulo AOP, podemos calcular a
e cosseno iguais, em valores absolutos. Só muda tangente do ângulo et e obter outra relação:
o sinal, dependendo do quadrante em que o sen ac
tg c" = --
ponto se encontra.
cos <X
Essa simetria é muito útil quando precisamos
trabalhar com triângulos que contenham um
270' ângulo maior que go•. O ATENÇÃO

Lado e ângulo oposto


Num triângulo qualquer, a razão entre a medida
de um lado e o seno do ângulo oposto a esse lado

VALORES TRIGONOMÉTRICOS PARA ANGULOS NOTAV EIS


tem valor igual ao diâmetro da circunferência que

mais importantes circunscreve o triângulo. O diâmetro é d = 2 _ r .


vale a pena decorar os valores de seno, cosseno e tangente dos ângulos

Então, na lei dos senos, temos que

--
a -- --
b - c -- - 2
- - r
sen a sen f3 sen y ·

GE MATEMATICA 2015 I 81
Como cai no v estibular

1.
IUECE 2014) Sejam XV um segmento de reta cujo Temos de definir a posição de P. O enunciado diz e A hipotenusa tem a medida do raio;
comprimento é 4 m e Z um ponto da mediatriz que X, V e Z são equidistantes de P. Então, esses Um dos catetos (a) tem a distância da
do segmento XV cuja distância ao segmento XV três pontos só podem estar numa circunferência mediatriz até o ponto V (a = 2 metros);
é 6 m. Se P é um ponto equidistante de X, V e Z, que passe por esses pontos. E P é o centro dessa e A medida do outro cateto (b) deduzimos
então a distância, em metros, de P ao segmento circunferência. da posição dada ao ponto Z. Segundo o
XV é igual a enunciado, Z está a 6 metros do segmento XV.
Veja que podemos traçar um triângulo com os Então b = 6 - r.
a) !. pontos X, V e z. E traçar a mediatriz de qualquer
3 um dos outros lados do triângulo, por exemplo, Aplicando o teorema de Pitágoras:
b) l_ do lado VZ. O ponto de encontro das mediatrizes r2 = (6 - r)2 + 22
3 é o circuncentro do triângulo, ou seja, o centro r2 = 36 - 12 r + r2 + 4
c) .i da circunferência que passa pelos três vértices o = 40 - 12 r
4 do triângulo (circunferência circunscrita no 1H = 40
d) l_ triângulo). Veja:
4 r = ...!Q..
3

RESOLUÇÃO: A questão exige diversas manobras Portanto, a distância do ponto P ao segmento XV é


geométricas. Vamos passo a passo. Primeiro 10 18 10 8
vamos lembrar o que é uma mediatriz: u ma reta 6·r= 6 --=---=-
3 3 3 3
que corta perpendicularmente um segmento de
reta em seu ponto médio. Veja: Resposta: a

m
z.
(UNICAMP 2014)
O perímetro de um triângulo retângulo é igual a
6,o m e as medidas dos lados estão em progressão
aritmética (PA). A área desse triângulo é igual a
a) 3,o m'.
b) 2,o m'.
A
Novo passo: a distância de P a qualquer um C) 1,5 m'.
dos outros pontos é o raio da circunferência (r). d) 3,5 m'.
Podemos montar um triângulo retângulo de
hipotenusa r. Veja: RESOLUÇÃO: Vamos chamar a razão da PA
de r e o termo central de x.
AM = MB
- - - - · r · - - · - l · - - -- ,- - - - --,- - - - - - ,
I I I I O
A PA formada pelo comprimento dos lados do
Agora vamos desenhar a figura seguindo as triângulo é, então, (x - r, x, x + r).
. ' .

-
indicações do enunciado: Se o perímetro do triângulo é de 6 metros,

-
, � - - - · " (" · - · - · r· - - - . , - - - -- ,- - - - · - - - · · · r - · · · . . , .. · - - - - - -...- -, sabemos então que
' > J < ' I I
---

1 I 0 > I I I
I I < t '
I
:-- - - - ·-�
I
--7--
--
J
--
O I
· -l · - - -- - -
; - ·· - - - ' --
I
I
I
I
- - - �---- - f --- -- - -- - -: - - - - -
x- r+x+X+r=6
3X = 6

( : : �, ,. . • ''. X = 2.

Os lados do triângulos medem,

[·l------r-----r-
·�· · •f • •-�,·-----· ·rI----· ·. · · · : :·· · · ·
então, (2 - r, 2, 2 + r).

Agora preste atenção ao enunciado: o triângulo


---- - � - - - - - � - -- - - - --!- -----: em questão é retângulo. Portanto, o lado maior
(2 + r) é a hipotenusa. Podemos então aplicar o

t::::r::r:::::::::;:____ z : Repare nas medidas dos lados do triângulo


retângulo:
teorema de Pitágoras:
(2 + r)2 = 2 2 + (2 - r)2

82 I GE MATEMÁTICA 2015
o
Isto é ess encial

Triângulos semelhantes têm ângulos


correspondentes congruentes (de valor
4 + 4r + r' 4 + 4 - 4r + r'
= igual) e seus lados correspondentes
Simplificando, ficamos com: proporcionais. Nos triângulos semelhantes,
Sr = 4 as demais medidas lineares (como altura e ·

r = lf2 medianas) são também proporcionais.


Portanto, os lados do triângulo têm medidas
(2 - lf2, 2, 2 + lf2) = (3/2, 2, 5/2). Teorema de Pitágoras Num triângulo
retângulo qualquer, c' = a' + b', em que c é a
Num triângulo retângulo, os catetos são Voltando à figura do enunciado: hipotenusa, a e b são os catetos.
perpendiculares. Um deles é a base, o outro, a
altura do triângulo. Com isso, encontramos a área c Razões trigonométricas no
do triângulo: 3 triângulo retângulo
base . aitu ra 2 2 3 ,
·
cateto oposto a oc
Atri!n gulo =
2- 2
= = m sen oc = -'--
-
-- - ­

hipotenusa
Resposta: c

3· cateto adjacente a oc
cos <X = ___.:..._ . __
(INSPER 2014) hipotenusa
Considere o quadrilátero convexo ABCD mostrado C = 3 Cm
na figura, em que AB = 4 em, AD = 3 em e à = go· . cateto oposto a oc
e tg oc = - - -'- - - ­
cateto adjacente a oc
c
b = 4 cm B
Lei dos senos
a
__ = __ = _ c_ =
b 2r
Repare que BD é a bissetriz do ângulo 2 a . E é,
sen oc sen 0 sen 1
também, a hipotenusa a do triângulo retângulo
BÃD. Pelo teorema de Pitágoras descobrimos a
medida de a: Lei dos cossenos
a' = b' + c'
a' = 16 + 9 = 25 � a = 5 a2 = b2 + c2 - 2 . b . c . cos oc
em que a é o ângulo oposto ao lado a.
Para descobrir o ângulo 2 a , usamos a fórmula
B do cosseno:
cateto oposto
Se a diagonal BD está contida na bissetriz do cos a = .
hipotenusa
ângulo ABC e BD = BC, então a medida do lado
em centímetros, vale
Então temos
a) 2 {2
cos a = i
j;
5
b) x' = c' + y' - 2 . b . y . cos a

c) r;;. O outro triângulo formado pela bissetriz (DBC) é X' = 52 + 52 - 2 . 5 5 j_ · ·

isósceles. O enu nciado informa que os lados BD e 5


d) 2 /3 BC são congruentes. Então BC = BD e y 5 em.
= X' = 25 + 25 - �
5

e) J;.5 Desse triângulo, sabemos também que o ângulo X' = 50 - 40 = 10

M cm
a é igual ao ângulo do primeiro triângulo. E já
RESOLUÇÃO: Lem bre·se das aulas de desenho conhecemos o cosseno desse ângulo. Com esses x=
geométrico: bissetriz é uma reta que divide um dados encontramos o comprimento de CD (x), pela
ângulo em dois ângulos iguais. 'veja lei dos cossenos para o ângulo oposto ao lado CD: Resposta: b

GE MATEMATICA 201 S I 83
Alta nos preços,
baixa nos pratos
O aumento do consumo pode levar à
sub i d a de preço s e à escassez d e a li mentos
nos países mais pobres

A humanidade, de maneira maiores taxas de natalidade. Com


� geral, está se alimentando menos dinheiro para comprar comida
--::1fl"" melhor. Mas há no mundo, e mais bocas a alimentar, é fácil
ainda, cerca de 1 bilhão de pessoas compreender a dificuldade enfrentada
que não têm acesso a alimentos de por países como Burundi, Com ores e
qualidade e em quantidade suficiente. Eritreia. A situação é pior ainda em
E o contingente de famintos pode regiões de conflito, como Darfur, no
subir, caso se concretize o temor da Sudão, onde tribos disputam terras,
Organização das Nações Unidas águas e poder. Segundo a Organização
(ONU) de que ocorra uma nova das Nações Unidas para a Alimentação
escalada de preços como a que levou e a Agricultura (FAO), quase 40% dos
à crise alimentar de 2007-2008. sudaneses vivem em subnutrição.
Entre 2007 e 2008, a primeira crise A prosperidade das economias
da era globalizada provocou tamanha emergentes contribui para agravar a
redução de estoques e elevou tanto situação. Se uma parte da humanidade
os preços que estouraram rebeliões e passa a consumir mais carne, por
protestos por falta de comida em mais exemplo, cresce o consumo de
de 30 países, não apenas na África, grãos para alimentar o gado. Como
mas também na América Latina e na consequência, faltam grãos para as
Ásia. A partir de 2009, o problema populações mais pobres. Secas e
recuou um pouco, mas em meados de inundações também têm sua parcela
2011 os índices dos preços agrícolas já de culpa na escassez de alimentos.
superavam os níveis da crise anterior. A situação tende a piorar com as
Uma crise alimentar não afeta alterações climáticas causadas pelo
todos de igual maneira. Enquanto nos aquecimento global. Em 2010, uma
Estados Unidos os gastos com comida onda de calor comprometeu 40%
consomem apenas 10% do orçamento da safra de grãos da Rússia. Em
familiar e, no Brasil, 20%, nos países consequência, o preço do trigo no
da África Subsaariana, as famílias mercado internacional foi às alturas.
comprometem 70% dos rendimentos Há outro fator que encarece os
com a compra de alimentos. alimentos: o uso da terra para plantio
As nações mais pobres sofrem a não de alimentos, mas de produtos
ameaça por diversos fatores. Não agrícolas destinados à indústria. É o que
bastasse a população ter poucos ocorre com o milho nos Estados Unidos
recursos para adquirir alimentos, e a cana no Brasil, culturas voltadas à
·
essas nações são as que registram as produção de biocombustíveis.

84 I GE MATEMÁTICA 2015
GE MATEMÁTICA 2015 I 85

O R ITMO D E A U M E NTO DE U M A POPULAÇÃO


A matemática daqui

)
Ano O POPULAÇÃO
-- .

T
Quanto maior é uma população,
mais recursos são necessários l cilhõ"' " " """ ""
"
"
para mantê-la - seja em

)
25 anos

t t
termos de energia, seja em
termos de alimentos. Ainda no

,
, ,, 1
1< c" h""'
século XVIII, um economista "
e demógrafo inglês entendeu 50 anos--·--· ---·
---
••' '''""'"" '
. . .
· ------ ·
--

.
-- · -
.
que a produção de alimentos

' ,, , , ,. ,�,. 1
jamais seria suficiente para m ulti p licad o s por 2
28 milhões
abastecer o mundo todo. Para
75 anos
ele, a produção de alimentos
. . . . .
e a população cresceriam em


multi plicad os por 2
ritmos distintos: o primeiro 5 6 milhões
em progressão aritmética
1 0 0 anos

. ,:"'l tttttttltiTTitl
e o segundo, em progressão
geométrica.

O RITMO DE A U M E NTO DA P R O D U ÇÃO DE A L I M E NTOS

Ano o

) '' " '


ALIM ENTOS
7 milhões

O fantasma 25 anos " "

de Malthus
1 ) ·'•" '"
14 milhões

1�
....31... A crise de alimentos trouxe 50 anos

"'7' à discussão, em pleno século XXI,



o que os economistas têm chamado
'
2 1 milhões

de "espectro de Malthus". Em 1798, _ •. · ? milhões


75 anos

t11 )
o economista e demógrafo inglês
Thomas Malthus (1766-1834) publicou
28 m1lhões
seu mais célebre trabalho, Ensaio
sobre o Princípio da População, no qual "
100 anos ·' """

11111
afirmou: "O poder de crescimento
da população é indefinidamente
35 milhões
maior que o poder que a Terra tem de
fornecer recursos para a subsistência
do homem". Malthus observara que
a população crescia em progressão
geométrica, enquanto a capacidade o O que o gráfico diz
do planeta de prover sustento As duas pirâmides acima - de homens e de espigas, o que se chama pictograma - constituem
para essa população aumentava um gráfico em que as quantidades são representadas não por linhas, pontos ou barras, mas por
em progressão aritmética, ou seja, figuras. O primeiro representa o raciocínio de Malthus sobre o crescimento da população da
em ritmo muito mais lento. Como Inglaterra, à época estimada em 7 milhões de habitantes. O segundo, o aumento na produção
consequência, a humanidade de alimentos. Ambas trabalham sobre o mesmo período, de 100 anos. Repare que, enquanto a
estaria fadada a lutar eterna e população dobra de tamanho a cada 25 anos, a quantidade de alimentos aumenta apenas
incansavelmente pela sobrevivência. 7 milhões no período equivalente.

86 I GE MATEMÁTICA 1015
C R E SC I M E NTO E M D ESCO M PASSO . li TIPOS DE PA
Uma PA pode ser crescente, decrescente ou
1 1 2 milhões • • • • • • - • • - ·· - • - · - • • - - • • • • • • • • • · - - · - - - - - - - - - - - • - - - • - -
Depois de 1 00 anos,
constante, dependendo do valor da razão:
: a população terá

.
: atingido 1 12 milhões
e Se r > o, a PA é crescente.
: de pessoas
' A sequência (-6, -1, 4, g, . .) é u ma
PA crescente, porque r = 5;

e Se r< o, a PA é decrescente.
A sequência (23, 20, 17, 14, ...) é uma
PA decrescente porque r= - 3;

5 6 milhões - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
e Se r = o, então todos os termos
: Mas haverá alimento
' suficiente para apenas da PA serão iguais. A PA é constante.
; 35 milhões. Ou seja ,
' 77 milhões de pessoas
A sequência (5, 5, 5, ...) é uma PA constante porque
3 5 m i lhões - - - - - - - - - - - · - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
1
- - - - - - - _,_ - - - - - - -�
: passarão fome r= o.
:,__---- :
�----- :
- - - -
· -
28 milhões - - - - - - - - - - - - · - - - - - - -
21 TERMO GERAL DE UMA PA
- - - - - - - - - - - - -

2 1 milhões - - - -
: :
- - - - - - - - - - - - - -
Podemos escrever todos os termos de uma PA
14 milhões _
- _
- � � - - - -�.: ' : - População
conhecendo apenas:
--� , :
-
- -

: • Alimentos
? milhões , '

, '
e O primeiro termo e a razão da PA; ou
Ano 25 anos 50 anos 75 anos 100 anos e Dois termos e suas posições na sequência.
zero depois depois depois depois

Considere a PA abaixo, em que r= 5:


o O que o gráfico diz

(�/�\j �3'� �-�,)


O gráfico mostra novamente a teoria de Malthus. Repare que, nos primeiros 25 anos, a produção
de alimentos acompanharia o crescimento de uma população de 7 milhões de pessoas (ambos
subiriam 7 milhões). Mas, a partir de então, a cada 25 anos, a população dobraria de tamanho +5 +5 +5 +5 +5 +5 +5 +5
e a produção de alimentos continuaria crescendo apenas 7 milhões. Ao cabo de um século,
a quantidade de alimento disponível seria suficiente para apenas um terço da população. É possível deduzir o valor de um termo qualquer
(a,) descobrindo a lei matemática que define cada
termo da PA:

Progressão aribnética al = a1 + r

A defasagem entre o crescimento da população e A cada 25 anos, a quantidade de alimentos a3 = a, + r ou a3 = a, + r + r = a3 = a, + 2 . r


o aumento da produção de alimentos, pela ide ia aumenta, mas ainda é suficiente para alimentar
de Malthus, ocorre porque o primeiro seguiria mais 7 milhões de pessoas, apenas: Da mesma maneira:
uma progressão geométrica, e o segundo, uma
progressão aritmética. 7 , 14 , 21 , 28 , 35 (em milhões) a, = a3 + r ou a, = a, + r + r + r = a, = a, + 3 . r

Progressão aritmética (PA) é uma sequência de


vvvv
valores (ou termos) em que a diferença (ou razão, r) +7 + 7 + 7 + 7 (em milhões)
entre um termo qualquer e seu antecedente a6 = as H OU as = al H H H H H =

é sempre a mesma, ou seja, é constante. Dizemos que a sequência (7, 14, 21, 28, 35) é uma
Em linguagem matemática: PA em que n = 5 e r= 7. Ou seja, é uma sequência de
cinco valores que variam seguindo a razão 7, pois:
(a,, a, , a3 , a,, ..., a,, ... ) é PA desde que Repare que o fator que multiplica r vale sempre n-1:
a, - a, = a3 - a, = a, - a3 = ... =a, - a,., = r, a, - a, = 14 - 7 = 7
quando n � 2 a, = a, + l . r = 1=2-1
a3 - a, = 21 - 14 = 7
É o que ocorre com o ritmo de aumento a3 = a, + 2 . r = 2=3-1
na produção de alimentos no exemplo a, - a3 28 - 21 = 7 etc.
=

proposto por Malthus. a, = a, + 3 . r = 3=4-1

GE MATEMATICA 2015 I 87
Então, podemos concluir que a fórmula para 2 + 17 = 19 li TIPOS DE PG
calcular o valor de qualquer termo da PA é: 7 + 12 = 19 U ma PG pode ser crescente, decrescente ou
oscilante, conforme o sinal da razão (q) e do
a, = a, + (n-1) . r , para n 2 2 Então, \ 2 .19 = 38
= primeiro termo (a,):

Confira com a fórmula: e Quando a, ) o e q ) 1 ou a, ( o e o ( q ( 1,


31 SOMA DE TERMOS DE UMA PA a PG é crescente.
Em toda PA finita, a soma de quaisquer dois e A sequência (2, 6, 18, 54, 162) é uma
termos equidistantes dos extremos é igual à soma PG crescente com a, = 2 e q 3- =

dos extremos. Observe: e A sequência (-5, -2,5, -1,25, -0,625) também é


uma PG crescente, em que a, = -5 e q = o,s.
( 2, 7, 12, 27' 32, 37)

[J
e Quando a, ) o e o ( q ( 1 ou a, ( o e q ) 1,
a PG é decrescente.
s = 4 . (2 + 17) e A sequência (40, 20, 10, 5, .. .) é uma PG
4
2 decrescente porque a, = 40 e q = o,s.
soma � 39 e A sequência (-4, -8, -16, ... ) também é uma PG
s = � = 38 decrescente, porque a,= -4 e q = 2.
2
soma � 39
4

soma � 39 e Quando q < o, a PG é alternada ou oscilante -


soma � 39
ou seja, ora o termo é negativo, ora positivo.

Com a propriedade acima, podemos calcular a Progressão .


A sequência (4, -4, 4, -4, ...) é uma
PG oscilante, em que q = -1.
soma de todos os termos de uma PA finita.
geometrica
,

Na PA (2, 7, 12, 17, 22, 27, 32, 37), 21 TERMO GERAL DE UMA PG
já calculamos a soma de dois termos O crescimento populacional, segundo Malthus, Conhecendo o primeiro termo (a,) e a razão (q) de
equidistantes dos extremos: 39. Para a soma ocorreria em progressão geométrica. Progressão uma PG, podemos escrever todos os demais termos.
de todos os oito termos (5 ), temos, então: geométrica (PG) é uma sequência de números Considere a PG abaixo, em que q = 3 e a, = 2:

( � j �·� , ... , a, )
8
reais não nulos em que o quociente entre um
a, + a = 39 termo qualquer e o termo antecedente é sempre
8
o mesmo. Esse quociente constante é chamado
a, + a7 = 39 razão da PG e é indicado por q. Em linguagem .3 .3 .3 .3
matemática:
Repare que: a, = a, . q
(a,, a,, a , a4, ..., a,, ... ) é PG desde que a3 a, . q ou a3 = a, . q . q
= = a = a, . q'
3 3
a, : a, = a3 : a, = a : a3 = ... = a, : a,_, = q,
4 a, = a3 • q ou a, = a, . q . q . q = a, = a, . q J
Então, 5 = 39 + 39 + 39 + 39 = 4 . 39 156
= para n u
8
Repare que, como os termos foram somados aos No exemplo proposto por Malthus, a população, que
pares, para uma PA de oito termos, temos quatro se duplica a cada 25 anos, cresce em PG - ou seja, Repare que o expoente de q é sempre n - 1:
pares. Então, podemos definir a regra para a soma a cada 25 anos a população multiplica-se por 2:
total dos termos de uma PA: a, a, . q'
= = 1=2-1
7 , 14 , 28 , 56 , 112 (em milhões)
'-...>4 '---.>4 '-...>4 '---.>4 a3 = a, . q' = 2=3-1
.2 .2 .2 .2
a = a, . q3 = 3=4-1
4
Com a mesma expressão, calcula-se a soma dos n A sequência (7, 14, 28, 56, 112) é uma PG
primeiros termos de u ma PA. Veja: de cinco termos (n = s) e razão q = 2, pois:

Se na PA (2, 7, 12, 17, 22, 27, 32, 37) quisermos a2 : a1 = 2 Então podemos concluir que a fórmula para o
calcular a soma dos quatro primeiros termos a3 : a, = 2 valor de qualquer termo de uma PG é:
(54 ), recorreremos de novo à soma dos termos a4 : a3 = 2
equidistantes dos extremos: a5 : a = 2
4

88 I GE MATEMATICA 2015
31 SOMA DE TERMOS DE UMA PG FINITA
Uma PG é finita quando tem u m nú mero n de
termos, finito. Nesse caso, a soma de quaisquer
n termos da PG é dada por:

(qn - 1)
q - 1 paraq • 1
= a1 •

5
n

41 SOMA DE TERMOS DE UMA PG INFINITA


É possível, também, calcular a soma dos
infinitos termos de uma PG, desde que ela seja
decrescente, ou seja, tenha como primeiro termo
um número positivo e como razão também u m
número positivo, porém menor q u e 1.

Nesse caso, por maior que seja o primeiro


termo, como a PG é decrescente, os termos O desenvolvimento tecnológico aumentou muito a produção de alimentos a partir do século XX
vão dim inuindo e se aproximando cada vez
mais de zero, mas sem jamais alcançá-lo.
Matematicamente, dizemos que, quando n
(o número de termos) tende a infin ito, o termo
a tende a zero.
n
Malthus Jeffrey Sachs, afirma que o
desenvolvimento tecnológico levou o

Isso acontece porque, se q, a razão da PG, é u m


nú mero menor q u e 1, então q" , para u m valor
estava certo? homem a explorar cada vez mais os
recursos do planeta.
Conseguimos mais energia porque
de n mu ito grande (infinito), fica muito pequeno, ...3... Com o passar do tempo, aprendemos a explorar jazidas de
tendendo também a zero. --:I' percebeu-se que o demógrafo petróleo cada vez mais profundas e
inglês não havia levado em conta a construir imensas barragens, que
Considere a fórmu la geral da soma de termos de algumas variáveis que surgiriam no bloqueiam os grandes rios. Temos
uma PG: decorrer da história. Ele não tinha matéria-prima em abundância porque

al ( q" - 1)
como adivinhar o modo com que a estamos esgotando as reservas de

n q-1
urbanização, o uso de contraceptivos minério. E produzimos mais alimentos
=
5 e o planejamento familiar reduziriam à custa das reservas hídricas, do
o crescimento demográfico. comprometimento de grande parte
Tampouco podia imaginar o grande do solo e do esgotamento das reservas
Se qn tende a zero para valores de n muito desenvolvimento tecnológico que pesqueiras. "Convertemos os estoques
grandes, então podemos substitu ir qn por zero: levaria à Revolução Verde, a partir de de capital natural do planeta em altas

1)
meados do século XX. Novas técnicas correntes de consumo constante",
(o
q-1 1
a1 . - a de melhoramento de sementes, escreve Sachs.
lim 5 = =- - 1
n-� n
q-
sistemas mais eficientes de irrigação, Mesmo a redução no ritmo de
desenvolvimento de fertilizantes crescimento populacional não atinge
e pesticidas e a mecanização das o planeta de maneira uniforme.
A expressão matemática acima indica que o limite lavouras aumentaram muito a A Terra continua ganhando 80 milhões
da soma de n termos de uma PG de razão q e produtividade da agricultura e, de habitantes a cada ano - a maioria
primeiro termo a,, quando n tende a infinito, é portanto, a oferta de alimentos. em países muito pobres, nos quais

_a_
1
No entanto, alguns especialistas o planejamento familiar ainda não

q-1
= - consideram que Malthus não estava chegou. A perspectiva é que cheguemos
lim 5
n
n -·� tão errado assim, se levarmos em a meados deste século com 9 bilhões
conta a maneira como a humanidade de habitantes. A solução, para o
Sabemos que o termo an é m uito pequeno e seus tem obtido mais alimentos. Num economista de Columbia, está na ajuda
sucessores são menores ainda. Assim, cada um artigo publicado na revista Scientific internacional, para os países africanos
deles contribui mu ito pouco para aumentar a American, de 2008, o diretor do se desenvolverem mais rapidamente,
soma nos n termos. Por isso, dizemos que essa Instituto da Terra da Universidade e no uso da tecnologia em busca de
soma tende a um valor, sem jamais atingi-lo. de Columbia, nos Estados Unidos, um modo sustentável de vida.

GE MATEMÁTICA 201S I 89
Como cai no v estibular

1. Assinale a alternativa correta. 3·


(Uece 2014) Seja (an) uma progressão aritmética a) Somente as afi rmativas I e 1 1 1 são verdadeiras. (Uece 2014)
crescente, de números naturais, cujo primeiro b) Somente as afirmativas I, 1 1 1 e IV são Se a sequência de números reais positivos
termo é igual a 4 e a razão é igual a r. Se existe u m verdadeiras. x, , x, , X3 , ..., x, , ... é u ma progressão geométrica
termo desta progressão igual a 25, então a soma c) Somente as afirmativas I e 11 são verdadeiras. de razão igual a q, então a sequência
dos possíveis valores de r é d) Somente as afirmativas 1 1 1 e IV são verdadeiras. y,, y,, y1, .. ., y,, ... definida para todo n natural por
a) 24. e) Todas as afirmativas são verdadeiras. y, = log x, é uma progressão
b) 28. a) aritmética cuja razão é igual a log q.
c) 32. RESOLUÇÃO: b) aritmética cuja razão é igual a q.log q.
d) 36. Se f(a,) = ..!. , então c) geométrica cuja razão é igual a log q.
8 d) geométrica cuja razão é igual a q.log q.
RESOLUÇÃO: O problema exige que encontremos os
possíveis valores para a razão de uma PA que comece RESOLUÇÃO:
com 4 e contenha um termo igual a 25. O enunciado Consideremos a PG x, , x,, x1 , ... , x, , ... .
informa que essa razão r é positiva (r> 0). Organizando ·3 = 2X - 5 Se chamarmos o primeiro termo de a e a razão
essas informações, temos: x 1, ou seja, a, = 1.
= de q, então a sequência pode ser reescrita como
a, = 4 (a, a . q, a . q2, a . q 3, ... a . q• - >, ...).
a, = 25 Da PA já conhecemos seu primeiro termo (a, = 1) e Assim, a segunda sequência é:
r>O sua razão (r = 3). (l og a, log a . q, log a . q2, log a . q 3, ... log a . q" - ', ...)
Podemos então escrevê-la: Aplicando as propriedades operatórias dos
Substituindo os valores conhecidos no termo (1, 4, 7, 10, ...) logaritmos, temos:
geral de u ma PA, temos (log a, log a + log q, log a + 2 log q, log a + 3 log q, ...),
a, = a, + (n - 1) . r Agora analisamos as proposições apresentadas: que deixa de ser uma PG e se transforma em uma
25 = 4 + (n - 1) . r I) Pelo termo geral da PA, temos que PA de razão log q.
21 (n - 1) . r
= a53 = 1 + 52 . 3 1 + 156 = 157.
= Resposta: a
A proposição é verdadeira.
Fatorando o número 21, encontramos várias 4·
possibilidades de chegar a ele: 11) Vamos calcular o 11° termo e a soma dos 11 (UFG 2014)
21 = 1 . 21 primeiros termos: Candidatos inscritos ao vestibular da UFG/2014-1
21 = 21 . 1 an = 1 + 10 . 3 = 31 leram o livro O cortiço, com 182 páginas, de uma
21 = 3 . 7 Usando a fórmula para cálculo da soma dos determinada edição, iniciando-se na página 1.
21 = 7 . 3 termos, temos Considere que dois desses candidatos leram o livro
11 do seguinte modo: o primeiro leu duas páginas
Su = (1 + 31) · 2 = 16 11 = 176 ·
Então r pode assumir os valores 1, 21, 3 ou ?. no primeiro dia e, em cada um dos dias seguintes,
Atenção: a questão pede a soma desses valores. A proposição é falsa. leu mais duas páginas do que no dia anterior,
Então 1 + 21 + 3 + 7 = 32 enquanto o segundo leu uma página no primeiro
111) a5 = 1 + 4 . 3 = 13 dia e, em cada um dos dias seguintes, leu o dobro
Resposta: c Substituindo esse valor na expressão de f, temos: do número de páginas do dia anterior. Admitindo·
f(a5) = f(13) = 2113 - 5 = 2" -se que os dois candidatos começaram a ler o livro
2. A proposição é verdadeira. no mesmo dia e que o primeiro acabou a leitura
(Udesc 2014) no dia 26 de outubro, determine em qual dia o
Considere a função f(x) = 2"·5• IV) Substituindo os valores dos termos da segundo candidato acabou de ler o livro.
Sejam (a, , a,, a3 ,. .. ) u ma progressão aritmética seq uência (1, 4, 7, 10, ...) na expressão da Dado: log, 183 = 7,6
de-razão 3 e f(a,) = ..!. função f, temos
8 (2' l - 5, 2 ' 4 - s, 2 " 7 - s, 211' - s, ...) equivale à RESOLUÇÃO: Vamos chamar o primeiro candidato
Analise as proposições. sequência (r3, 21, 2 9, 2 '5, ...), em que a razão, no de candidato I, e o segundo, de 11 e analisar o
I. asJ = 157 caso de u ma PG, é ritmo de leitura de cada um.
11. A soma dos 11 primeiros termos da progressão 15 3
2 29 2 6 Para o candidato 1:
aritmética é 145. q = 7 = 7 = 7 = 2 = 64 Com os dados do enunciado determinamos o dia
111. f(a5) = 2" A proposição é verdadeira. em que ele começou a leitura.
IV. (f(a,), f(a,), f(a3), ...) é uma progressão A quantidade de páginas que I leu em cada u m
geométrica de razão 64. Resposta: b dos dias forma a PA (2, 4, 6, 8, ...) .

90 I GE MATEMÁTICA 2015
o
Isto é e ss e n c i a l

Portanto, pelo termo geral das PAs, no n·ésimo b) Sejam a, b e c termos consecutivos de uma P A é u ma sequência de termos em que
dia ele terá lido an páginas: progressão harmôn ica. a diferença (ou razão, r) entre u m termo
an = 2 + (n - 1) . 2 = 2 + 2 n - 2 � an = 2 n
Sabemos que I leu todas as 182 páginas do livro
Verifique que
b = �
a+c
qualquer e seu antecedente é constante:
a, - a, = al - a, = a4 - al = ... =an - an·l = r,
até o n·ésimo dia. Então, 182 é a soma dos n RESOLUÇÃO: quando n 1 2
primeiros termos da PA: a) Preste atenção: uma sequência harmônica não
n é, ela mesma, uma PA. A sequência dos inversos Termo geral de uma PA
Sn = (2 + 2n) · 2 da sequência harmônica é que forma a PA. (Você an = a, + (n·1) . r, para n � 2
Sn = n + n2 pode confirmar isso verificando que não existe
182 = n + n2 uma razão na sequência harmônica apresentada Soma dos termos de uma PA
n2 + n - 182 = o no enu nciado.) Então temos de trabalhar com a
sequência dos inversos da sequência
(
n . a , + a, }
( �I ti �I . . )
s = -'-- --'-
n

Resolvendo essa equação do 2° grau, obtemos dois 2

possíveis valores para o dia de término da leitura: PG é u ma sequência de nú meros reais em


-
n, = 14 e n, = 13. Dispensamos n, pois não é A sequência de inversos é, então que o quociente (razão, q) entre u m termo
possível ler as 182 páginas em "menos" 14 dias.
Ficamos com n, = 13. Ou seja, o candidato I levou 13 (f, f, f, . . ) qualquer e seu antecedente é constante:

dias para completar a leitura. Voltando no calendário Vamos encontrar sua razão (r). Lembrando que r é
esses 13 dias a partir de 26 de outubro, chegamos a diferença entre termos subsequentes, temos
ao dia 14 do mesmo mês. Foi esse o dia que os dois
candidatos começaram a leitura do livro.
..!!. j_ 1. =
-
10 1
Termo geral de uma PG Encontra-se
9 4 4 4
qualquer termo (a ) de uma PG,
1 0
Para o candidato 11:
2 1. = 8 1. calculando-se:
1 4 4 4 4 n
O ritmo de leitura de 11 define uma PG (1, 2, 4, 8, ...t e an = a, . q · •, n ! 2
o total de páginas lidas até o dia n equivale à soma Portanto, trata-se de uma PA decrescente, de
dos n primeiros termos da PG. Conhecemos desta PG razão r = _!. Soma dos termos de uma PG finita

(qn - 1)

o termo inicial (a, = 1), a razão (q = 2) e a soma total 4


de páginas lidas (Sn 182). Aplicando esses valores
= Encontramos o sexto termo usando a fórmula a, .
Sn = para q " 1
na fórmula da soma dos termos da PG temos: geral da PA: q-1

Sn =
0
a, . (q • 1)
q·1
a& = f + 5. (. f) = f · � =
1:
·f=f Soma dos termos de uma PG infinita
Perceba q u e encontramos aqu i o sexto termo da a,
1. (2 " . 1) lim S = - __
182 = =1 sequência dos inversos. Precisamos transformar n-oo n
q- 1
2.1
esse a6 no sexto termo da sequência harmônica
n
1 · (2 • 1) correspondente. É sim plesmente o inverso de a6,
182 =
2.1 ou seja, ..!!.
Então 183 = 2° 5
Como log, 183 = 7,6 , então, n = 7,6 dias. Contando b) Em qualquer PA, o termo central é igual à
a partir do dia 14 de outubro, verifica-se que o média aritmética dos termos equid istantes.
candidato 11 terminou a leitura no dia 21 de outubro. Podemos fazer esse cálculo usando qualquer 2
b =
termo, o termo antecessor e o sucessor. _1___t 1
- -

Resposta: O segundo candidato terminou o livro A expressão matemática para o termo médio é a c (I)
dia 21 de outubro. an · 1 + a n + 1 Lembrando como se calcula a soma de frações de
am =
denomi nador diferente (encontrando o mínimo
s. Pelo enunciado, se (a, b, c... ) é uma sequência mú ltiplo com u mt chegamos a:
(Unicamp 2014) Dizemos que uma sequência harmônica, então ( -!. .!. _!. ) é uma PA.
de n ú meros reais não n u los (a,, a,, a3 , a4 , ...) é a bI C I Como _!. + _!. = � + -ª- = � (li)
a c ac ac ac
uma progressão harmônica se a sequência dos Vamos encontrar o termo médio dessa PA:
inversos
(_!_a, ' _!_a, ' _}aJ ' _!_a4 ' ... )
_

1
1
- +-
1 S u bstituindo (11) em
2 2ac
(1), temos:
=
ª-. !;,
b -- --· -- ·---

+� . . )
__ ____ __

é uma progressão aritmética (PA). I) c + a c + a


a) Dada a progressão harmônica .2., ..!!.,
encontre o seu sexto termo.
( 5 9
Usando truques da matemática, podemos
inverter ambos os mem bros da igualdade:
ac
CQD (como queríamos demonstrar).

GE MATEMÁTICA 2015 I 91
Lento
avanço
A economia 1nundial Faz seis anos que a economia países desenvolvidos, justamente os
mundial começou a ruir mais afetados.
ainda vive o rescaldo
como um castelo de cartas Os Estados Unidos (EUA) - os
da crise econômica de baralho, depois do estouro da pais da crise - retomam lentamente
deflagrada em 2008 crise imobiliária nos Estados Unidos a normalidade, com a redução nas
(veja na página 94). E ainda hoje a taxas de desemprego e o aquecimento
economia mundial engatinha rumo à do mercado interno de consumo.
recuperação. Em 2012 e 2013, o produto Os países da União EUI·opeia (UE)
interno bruto (PIB) mundial cresceu crescem de maneira desigual, com
menos de 3%. Para 2014, a Organização a maioria ainda em queda no PIB.
das Nações Unidas (ONU) estima Mas no conjunto a UE deve crescer
meros 2,8% de crescimento - muito 1,4% em 2014. Em comum, UE e EUA
aquém dos 5% registrados nos anos enfrentam problemas nas contas
anteriores à crise. Nada disso era públicas. Na Europa, em países como
inesperado. Surpresa mesmo é quem Grécia, Portugal, Espanha e Islândia, a
assume as rédeas da retomada - não quebra de confiança dos investidores
as economias emergentes, mas os freou a entrada de recursos. Como

92 I G E MATEMÁTICA 2015
{

r. w ·�".::
1
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.....
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.. ti .. ..

consequência, as dívidas com credores no preço das commoditíes (matérias­ DESEMPREGO


nacionais e estrangeiros, que já eram -primas básicas como café, minério Na Espanha, poucos
altas, ficaram impossíveis de serem de ferro e soja, que têm seu preço têm dinheiro para
pagas sem ajuda da própria União. internacional ditado pela oferta e sacar dos caixas
Já nos Estados Unidos, o problema procura nas bolsas de valores) . E eletrônicos. O nível
está na dívida que o governo contraiu esses preços subiram porque a China de desemprego é alto
justamente para tentar evitar a crescia à impressionante taxa de 10%
expansão da crise deflagrada em 2008. ao ano. Hoje isso mudou. Primeiro,
Essa dívida já vinha alta havia uma porque os gargalos de infraestrutura
década, em função dos gastos militares. da China (e dos demais emergentes)
Piorou quando o governo Obama impediram que essas economias
destinou grande parcela do orçamento sustentassem o crescimento
federal para salvar as financeiras inicial; segundo, porque sem esse
falidas, no início da crise. crescimento, o preço das commodítíes
Os emergentes, como China, Índia caiu; e, terceiro, porque as nações
e Brasil, entraram na crise crescendo, em crise pararam de comprar bens
graças principalmente ao aumento produzidos nos emergentes.

GE MATEMATICA 2015 I 93
OWNtD
A matemática daqui
A evolu ção Assim, bancos do mundo todo
ficaram sem dinheiro para fazer
novos empréstimos a empresas,
A economia de uma nação cresce da crise que, por sua vez, sem poder crescer,
começaram a demitir. Quanto maior
quando as empresas crescem.
E, para crescer, uma empresa ..31... A crise mundial teve início for o número de desempregados,
� nos Estados Unidos, com o menos gente haverá para consumir.
necessita de capital para comprar
equipamentos, modernizar endividamento de grandes bancos As vendas de todos os setores também
instalações e contratar de investimento. Esses bancos caíram, comprometendo ainda mais o
funcionários. Esse capital trabalhavam, havia vários anos, com um rendimento das companhias. E, pela
pode vir tanto de empréstimos tipo de empréstimo para a aquisição globalização, a onda de desastres foi
bancários quanto de investidores da casa própria chamado subprime, se alastrando pelo mundo.
que compram ações nas bolsas de que era concedido a pessoas que No Brasil, a renúncia fiscal adotada
valores. Mas o investidor precisa ofereciam poucas garantias de poder no início da crise - a isenção
. confiar que o investimento dará quitar a dívida. Enquanto os juros eram do Imposto sobre Produtos
bom rendimento. E os bancos baixos, tudo deu certo. Mas em 2007, Industrializados (IPI) para algumas
que fazem empréstimos têm de com os juros bem mais altos, muitos indústrias - movimentou o mercado
acreditar que a empresa terá tomadores deixaram de pagar o que interno. Repassada aos consumidores
condições de devolver deviam. Começou a sobrar imóveis no a redução de custo, a indústria
o dinheiro tomado e pagar mercado, e os preços despencaram, e, automobilística, particularmente,
os juros, que é o custo com eles, as atividades da construção vendeu como nunca. Ao mesmo tempo,
do empréstimo. civil. Os títulos subprime, que os bancos as autoridades iniciaram uma dança de
negociavam no mercado financeiro equilibrismo com a taxa básica de juros
internacional, também perderam valor. (Selic): para incentivar o consumo e

94 I GE MATEMATICA 2015
EVOLUCÃO DO PRODUTO INTERNO BRUTO DA UNIÃO EUROPEIA
Variação em relação ao ano anterior (em %)

3,2

1,4

2007 2014*

• Projeção Fonte: Comissão Europeia, Eurostar

o O que o gráfico diz


O gráfico mostra como o PIB dos países da União Europeia se comportou nos últimos seis anos e
a projeção da Comissão Europeia para 2014. Os valores negativos representam retração do PIB -
ou seja, os países produziram menos riquezas do que no ano anterior. Repare que em 2007, antes
Residência no subúrbio da crise, a economia do bloco econômico havia crescido 3,2% em relação a 2006.
de Washington, em Não é muito, mas bem mais do que o valor de 2008, quando o crescimento foi praticamente nulo.
abril de 2009: a família O ano de 2009 marcou o estouro da crise e a economia encolheu quase 5%. A partir de então,
não conseguiu pagar a gangorra do PIB alternou retração com aumento pífio. A economia europeia está paralisada.
as prestações do
empréstimo e perdeu
o imóvel. A placa diz: O APERTO DOS MAIS ENDIVIDADOS
"Propriedade do banco"
Dívida pública (em % do P/8)

os investimentos no país, a taxa cai. A


cada vez que a inflação ameaça crescer
muito, a taxa sobe. Em outubro de
2012, a Selic atingiu o recorde mínimo

O
de 7,25% ao ano (veja napág. 96).
governo alterou também a
remuneração da caderneta de
poupança. Até maio de 2012, BO
o poupador tinha garantida a 70

remuneração mínima anual de 6,17% 60


e Irlanda
sobre o valor aplicado mais a Taxa 'i O e Grécia
Referencial (TR, uma taxa calculada 40 e Espanha

sobre o rendimento de papéis de Itália
zo e Chipre
investimento chamados CDBs).
tQ e Portugal
A TR foi mantida, mas, se a Selic for
menor ou igual a 8,5%, a remuneração 2007 2008 2009 2010 20 1 1 2012
não passará dos 70% dessa taxa. Isso
Fonte: Comissão Europeia, Eurostat
é válido para contas abertas a partir o O que o gráfico diz
de maio de 2012. A alteração na regra As linhas mostram como cresceu a dívida pública dos seis países mais endividados entre 2007
representa perda para o poupador: e 2012. Uma das regras para um país ingressar na UE é manter a dívida pública abaixo do
para uma Selic de 8%, por exemplo, patamar de 60% do valor do PIB. Repare que algumas nações já vinham com a dívida muito
o poupador não receberá mais os acima desse patamar antes mesmo da crise - destaque para Grécia e Itália, com dívidas que
6,17% tradicionais, mas apenas 70% superam o PIB. Em outras - Irlanda, Espanha e Chipre - as contas se desequilibraram um
de 8%, ou seja, 5,6%. pouco mais tarde. Todas essas economias acabaram mergulhadas em dívidas exorbitantes.

GE MATEMATICA 2015 I 95
EVOLUÇÃO DA TAXA DE JUROS
Taxas Taxa Seli c, em % ao ano

de juro
...311.. A taxa básica de juros (Selic) é
7' uma taxa que o Banco Central
cobra dos bancos para lhes emprestar
recursos, caso eles precisem de
caixa para cobrir as retiradas dos
correntistas. Funciona como um
seguro contra a quebra. Na prática, a
Selic serve como referência para os
próprios bancos definirem os juros
cobrados de seus clientes. Se a Selic 2010 20 12
sobe, os juros para empréstimos Fonte: Banco Central

bancários e financiamentos também o O que o gráfico diz


sobem - o que torna difícil para as O Banco Central define a taxa básica dejuros conforme os cenários nacional e internacional,
indústrias financiar seu crescimento e como quem se equilibra numa corda bamba. A taxa de 8,75%, no início do gráfico,foi mantida
para o consumidor comprar a crédito. no período mais agudo da crise econômica mundial, entre agosto de 2009 e julho de 2010. Juros
As autoridades monetárias usam baixos facilitaram às empresas tomar empréstimos e aos consumidores comprar a crédito. A
dessa lógica para controlar o nível de cada vez que a inflação ameaça subir, a taxa volta a aumentar. Em agosto de 2011, chegou a
consumo e a quantidade de dinheiro 12,5%. Comjuros mais altos, as pessoas pensam duas vezes antes de comprar a prazo, o consumo
no mercado. Quando quer incentivar cai e os preços tendem a cair também. Se a economia desacelera, o governo volta a descer a Selic.

O
o aumento desse volume, o Banco
Central baixa a Selic. valor é fixado
em reuniões periódicas do Comitê de Juros Sua classe planeja uma viagem de formatura.
Como alguns alunos não dispõem dos
Política Monetária do Banco Central
(Copom). Com as taxas baixas, os
bancos voltam a emprestar mais,
bancários RS 1 200,00 para pagar pelo pacote turístico,
a agência de viagens propõe que o valor seja
o consumidor, a comprar mais, e j u ro é o custo do dinheiro, o valor que o tomador dividido em seis parcelas, com j u ros de s'/o ao
as empresas, a investir mais - a de recursos deve pagar a mais sobre o valor mês. Ao dividir o pagamento, a agência está
economia se aquece. emprestado, depois de determinado período. É financiando a viagem, emprestando d i n heiro a
Mas aí entra outro fator: o risco de como se o devedor pagasse ao credor um aluguel quem não consegue pagar à vista.
elevar a inflação. Por isso, o sobe e pelo d i n heiro emprestado. A taxa de j u ros é o
desce da Selic. No primeiro semestre valor, em porcentagem, desse aluguel, Se o valor do pacote (RS1 2oo,oo) é dividido
de 2009, o Banco Central baixou a a ser pago a cada dia, mês ou ano, até a em seis vezes, a cada mês o viajante deve pagar
Selic de 13,75% para 8,75%. Mas, a liquidação total da dívida. RS 200,00.
cada ameaça de inflação, a taxa volta
a subir. E, quando a economia esfria, é A quantia sobre a qual incidem os j u ros é o Só que, por esse parcelamento, a agência vai
reduzida novamente (veja o gráfico no capital. E o capital i n icial acrescido de todos cobrar s% por mês sobre o valor inicial da divida:
alto desta página). os j u ros chama·se montante. Quem aplica
5 . 1 200' OO
em caderneta d e poupança e fundos de 5% de R$ 1 200 I
00
=
= R$ 60 00°
1 00
investimento está emprestando d i n h e i ro ao
banco. Nesse caso, o banco devolve ao investidor A cada mês, então, o viajante deverá pagar
a quantia acrescida de j u ros, proporcionais ao RS 6o,oo a mais. Ao final dos seis meses, terá pago
tempo da apl icação - os rendimentos. seis prestações de RS 260,00. Isso sign ifica que o
pacote turístico terá saído não mais por
JUROS SIMPLES RS 1 2oo,oo, mas por RS 1 s6o,oo. Ou seja,
São os j u ros lançados sobre a quantia original, o pacote saiu 30% mais caro. Veja:
n u ma taxa fixa a cada período. Não importa em
quantos dias, meses ou anos o em préstimo será
pago, a taxa de j u ros será sempre a mesma e
sempre sobre o capital inicial, apl icada período a
período. Veja o exemplo: X = 130%

96 I GE MATEMATICA 2015
PRESTE A Spread
:v��o�eríodo (n) de
TENÇÃO
bancário
A untda
de usada
compatíve
l com ve se r
aue da tax
a.
Se a taxa fo Em maio de 2012, a presidente Dilma Rousseff
r mensill' o
considerar , ulo do m
calc apelou aos bancos para "reduzir a ganância",
n númer ontante ue
n - 3, porq
=
o de mese "' vera
, abrindo mão de parte dos lucros embutidos
_
ue 90 dias s. Para 90
eqw.valem dias '
no spread bancário. O spread é a diferença
a tres mes

es.
Se a taxa fo
r dia'n.a, n entre o que um banco paga como rendi mento
P.'élra 90 dia será o nu, de investimentos de seus correntistas e o que
s, então' n - mero de
- 9o. dias ·

recol he de juros para em prestar dinheiro. Nem


tudo no spread é l ucro. Incl uem-se ali, também,
outros valores, como o risco estimado de
Destes 130%, 100% equ ivalem ao valor original inadim plência dos tomadores de em préstimo e
do pacote. E 30%, ao acréscimo de RS 6o,oo por os cu stos ad ministrativos (veja o gráfico abaixo).
seis meses.
O spread é o responsável pelas altas taxas
A fórmula para o cálculo do total de juros simples é: bancárias - sempre m u ito superiores à Sei i c.
Em maio de 2012, por exemplo, a Sei i c valia g%
J = C . i . n, em que: Ao final dos quatro meses de apl icação de ao ano. Mas os bancos cobravam nos cheques
RS 8oo,oo (capital), seu colega terá j u ntado especiais, nos cartões d e crédito e no crédito ao
C J são os j u ros; RS 886,50 (montante). Abatendo essa quantia consumo j u ros de até 300% ao ano. Ao mesmo
C C é o capital; dos RS 1 200,00 (valor do pacote), ele precisará tempo, pagavam, em méd ia, 1% ao mês de
C i é a taxa de ju ros; financiar apenas RS 313,50. remuneração a seus apl icadores.
C n é o nú mero de períodos (dias, meses ou anos).
Repare que o montante ao final de cada período
O montante (M), ou seja, o total devido (capital (de cada mês) se transforma no capital do mês
mais o total de j u ros) é calculado por: seguinte. É sobre esse capital - agora engordado ­
que incidirá a taxa de juros de 2,6%. O QUE COMPÕE O SPREAO BANCÁRIO*
M = C+J = C+C. i . n =

Se a taxa for a mesma, mas o capital aumentar,


M = C . (1 + i . n) o novo montante também aumentará num ritmo
cada vez mais rápido.
JUROS COMPOSTOS
São j u ros que variam. A taxa é apl icada sobre u m A fórmula para o cálculo do montante em j u ros
montante que aumenta o u d i m i n u i no decorrer com postos é:
do tempo. É o sistema pelo qual são pagos os
rendimentos de u ma apl icação financeira. Veja: M, = C (1 + i)" , em q u e: * Valores
arredondados fonte: BC/FSP

A fim de pagar pela viagem de formatu ra, um de C M = montante (valor final, depois de apl icados
• Resíduo (i nc lui o lucro d o banco ) . Tributos e taxas
seus colegas depositou, em j u l ho, RS 8oo,oo numa todos os juros); pagos pelo banco
aplicação financei ra que rendia 2,6% ao mês. A C C = capital (o valor inicial sobre o q u al incidem • Risco de inadimpl ê n cia • De pósito compulsório
passagem será comprada em novem bro. Veja na os juros); (que os bancos são

• Custos administrativos
obrigados a fazer no BC)
tabela abaixo q uanto ele consegu i rá acumular C i = taxa de j u ros;
nesses q uatro meses: C n = período em que o juros incidem sobre o capital.
o O que o gráfico diz
Estes são os componentes do spread
bancário - a diferença entre as taxas de
juro que os bancos cobram de quem toma
empréstimo ou financia a aquisição de
820,80 820,80 . 2,6% 820,80 + 21,34 = 842,14 bens e aquela que a instituição paga como
-·--·-··--

retorno do dinheiro deixado nas aplicações


842,14 842,14 . 2,6% 842,14 + 21,90 864,04
=
�-------+----------------t-----------------+ ---- financeiras. Repare que nem tudo é lucro,
864,04 864,04 . 2,6% 864,04 + 22,46 886,50
=
mas este representa uma boa fatia da pizza.

GE MATEMATICA 201S I 97
Quando Você pega um empréstimo no valor total de
RS 1oo,oo, que deve ser quitado em três meses, aos
Repare que, a cada mês, o saldo da aplicação será
a soma de todos os depósitos feitos até então e o
ojuro é vilão juros de 12% ao mês. Quanto você pagará ao final?
Os dados são:
que cada parcela rendeu de j u ros:

Os j u ros entram tanto nos em préstimos e e O capital (o valor emprestado) é RS 1oo,oo; e A parcela de RS 1oo,oo de janeiro rendeu cinco
financiamentos que contraímos em bancos e e o prazo é de três meses; meses e chega em junho valendo 100 . 1,015;
lojas quanto nos investimentos que realizamos, e A taxa de 12% ao mês significa que, a cada e A parcela depositada em fevereiro rendeu
como a pou pança. Na verdade, quando fazemos mês, os RS 1oo,oo serão acrescidos de uma quatro meses e chega em junho valendo
u m a compra a prazo, estamos tomando u m fração de 0,12. 100 . 1,W. E assim por diante;
empréstimo da loja ou da financeira q u e emite o e o saldo final, em j u nho, será a soma das seis
carnê. Esse em préstimo envolve três fatores: Aplicando esses valores na fórmula para cálculo parcelas mais o que cada uma delas rendeu.
a quantia que pegamos emprestada, a taxa de do montante, temos: Essa é a soma de u ma PG de seis termos, com o
j u ros q u e será cobrada pelo empréstimo e o 1• termo igual a 100 e razão igual a 1,01:

( ) ( )
tempo que levaremos para q u itar a dívida. M = 100 . (1 + 0,12)3 = 100 . 1,12 3
3
Os j u ros com postos são os mais com u mente M = 100 . 1,4049 = 140,49
3 5 = 1 00 . 1,016 - 1 = 100 . 1,0515 - 1
usados nos contratos comerciais e fi nanceiros. 6
1,01 - 1 0,01
E a fórmula para cálculo do montante da dívida, Financiando a compra, a dívida teve um aumento
nesse caso, você já viu, é: de RS 40,49 - o que representa mais de 40% sobre
o valor original da compra, de RS 100,00. 5 = 100 . 0,06 1 5 = �=
6 515
0.01 0.01
Se o comprador resolver pagar a dívida em
Repare como essa expressão matemática é 6 meses, o cálculo será: RS 615,00 é o resultado da apl icação de RS 1oo,oo
parecida com a fórmula do termo geral da PG por mês, por seis meses, a 1% de juros ao mês.
(veja na pág. 88): M6 = 100 . 1,12 6 = 100 . 1,9738 = 197,38
E se a aplicação for feita por 40 anos? Como os
Dobrando o tempo de pagamento (e, portanto, o j u ros são contabilizados mês a mês, temos de
expoente), a dívida subiu mais de 97 °/o. considerar o n ú mero de meses em
Veja que: 40 anos: 40 . 12 = 480 meses.
e O enésimo termo (an ) corresponde ao QUANDO O JURO E MOCINHO
montante (M), ou seja, ao valor da dívida, Por causa do spread, os bancos sempre pagarão Apl icando o capital inicial, os juros e o período de
depois de n períodos (meses, anos, dias etc.); menos j u ros do que cobram. Ainda assim, 480 meses na fórmu l a da soma de PG, temos:

( ) ( )
e O primeiro termo da PG (a,) corresponde ao é possível fazer o d i n heiro trabalhar a seu favor,
capital (C) tomado no empréstimo; economizando e fazendo uma aplicação. 8
5 = 100 . 1 , 0 1 4 0 - 1 = 1 00 . 1 18,6477 - 1
e A razão q da PG ocupa a mesma posição da 480
1, 0 1 - 1 0,01
soma (1 + i) na fórm u l a do montante; Existem diversas modalidades de investimento.
e Na fórm ula do montante, a expressão Quanto maior o risco, maior é a taxa de retorno.
(1 + i)" inclui um fator que é exponencial, Aplicar em ações na bolsa de valores pode 5 = 100 . 1 1 7, 5477 = 1 1 764 , 77 =
480
1 176 477' 25
ou seja, resultado de u ma potência cuja base render m u ito, mas é bastante arriscado. Outros 0,01 0,01
depende da taxa de j u ros (i) e cujo expoente investimentos - como fundos de renda fixa ou
(n) é o tempo. caderneta de poupança - no geral remuneram Isso significa que, se você começar hoje a poupar
menos, mas são mais seguros. N u ma simulação: a cada mês RS 1oo,oo em uma aplicação que
Então, podemos concluir: o montante de uma renda 1% ao mês, daqui a 40 anos você terá u m a
dívida contraída a j u ros compostos cresce numa Você dispõe de RS 100,00 para depositar todo mês belíssima pou pança: m a i s de 1 m i l hão de reais.
progressão geométrica que depende da taxa de numa aplicação que lhe dá 1% ao mês de juros. A
juros e do tempo do empréstimo. tabela mostra como a aplicação renderá, mês a mês:

--

I 100
I
-- -· ------·---�

A DIFERENÇA QUE O TEMPO FAZ Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. )un. -
Qualquer PG de razão q maior que 1 é crescente. 100 . 1,01' 100. 1,013
100 . 1,01 100 .1,01' 100. 1,015
Se essa razão q for exponencial (elevada a uma
potência), bastará um pequeno aumento no
expoente para ter um grande au mento no resultado

r
--
100. 1,01
100
I
100 .1,01'
100
100. 1,01
100 . 1,013
100 . 1,01'
100. 1,014
100 . 1,013
da potência. Isso significa que, numa compra
----1--��r----+�--J-100:.� 100 . 1,01'
financiada, o consumidor sempre paga um valor
bem além do origi nal, à vista. Veja o exemplo:
� -�-r====-- -=----t--- �-��- 100 . 1,01
100
98 I G E MATEMÁTICA 2015
o
Isto é ess e n c i a l

Como c a i no v estibular Juro é o custo d o din hei ro, o q u e o s bancos


cobram n u m empréstimo ou pagam ao
1. Para encontrar os j u ros em porcentagem por mês, cliente no caso de aplicação financei ra.
(UPE 2014) Antônio foi ao banco conversar com é só fazer a regrinha de três: Capital é a quantia sobre a q ual recaem o�
seu gerente sobre investimentos. Ele tem u m 10 000 - 100% j u ros. Montante é a quantia total depois da
capital inicial de RS 2 soo,oo e deseja saber depois 1 200 - x% incidência de j u ros sobre o capital.
de quanto tempo de investimento esse capital, X = 12%
apl icado a j u ros compostos, dobrando todo Resposta: A taxa de juros cobrada foi de 12% ao mês. Juros simples são os lançados sobre a
ano, passa a ser maior q u e RS 40 ooo,oo. Qual a quantia original, n u ma taxa fixa a cada
resposta dada por seu gerente? 3· período. A fórm ula para calcular o total
a) 1,5 anos (Uece 2014) O pagamento de uma dívida da de j u ros sim ples é:
b) 2 anos em presa AI R.PORT foi dividido em três parcelas,
c) 3 anos nos segui ntes termos: a primeira parcela igual a J = C.i.n
d) 4 anos um terço do total da dívida; a segunda igual a dois
e) s anos q u intos do restante, após o primeiro pagamento, Juros compostos variam conforme o
e a tercei ra, no valor de RS204.ooo,oo. Nestas aumento ou a redução do capital. O
RESOLUÇÃO: A fórm ula para cálculo de j u ros condições, pode·se concluir acertadamente que o montante de cada período transforma-se no
com postos é M = C . (1 + i)', onde C é o capital valor total da dívida se localiza entre capital do período segui nte. A fórmula para
investido a u ma taxa i a cada determinado a) RS 475.000,00 e RS 490.ooo,oo. trabalhar com j u ros com postos é:
período (por mês, por ano), resultando em um b) RS 490.ooo,oo e RS sos.ooo,oo.
montante M ao final de t períodos. Se o capital c) RS 505.000,00 e RS 5 20.000,00. M"= C (1 + i)"
.

dobra a cada ano, então a taxa de j u ros do d) RS 520.000,00 e RS 535.000,00.


investimento em q uestão é de 100% ao ano.
Su bstitu indo os valores conhecidos na RESOLUÇÃO: Vamos chamar o total da dívida de
fórm ula, temos: x. E vamos montar o raciocínio sobre os dados
40 ooo = 2 soa . 2' fornecidos no enu nciado:
2' = 40 000 : 2 500 � 2' = 16 e 1a parcela: X/3
Como 16 = 24, temos então que t = 4 anos. Esse é e 2• parcela: (X - X/3) . 2/5
o tempo necessário para q u e o montante atinja o 2X/3 . 2/5 = 4X/15
valor exato de RS 40 ooo. e 3. parcela: 204 000
j u ntas as três parcelas devem somar a dívida total Utilize a tabela abaixo.
Resposta: d (x). Então

1 4 X o 0,1 0,2 0,3 0,4


2. ·3 X + ls X + 204 000 = X
(CFTMG 2014) Uma concessionária anunciou 1 1,0718 1,1487 1,2311 1,3195
5 4
um veículo no valor de RS30 ooo,oo à vista. ls X + ls X + 204 000 = X
Após negociação, um cliente adq u i riu o veículo
pagando RS2o ooo,oo de entrada e RS 11 200,00 9 6 RESOLUÇÃO: Na situação descrita, pela fórm ula
204 000 = X · ls X = ls X
após 30 dias. A taxa mensal de j u ros cobrada do cálculo do montante aplicado a j u ros
nessa venda foi de X = 510 000,00. com postos, temos:
a) 4%. 2 c = c . (1 + i)"
b) 6,6%. Resposta: c 2 = (1 + i) lO

c) 11,2%.
d) u%. 4· Tiramos a raiz déci m a de ambos os lados da
(Fgv 2013) Se uma pessoa faz hoje uma apl icação igualdade, ou seja, elevamos os dois membros da
RESOLUÇÃO: A q uestão exige apenas raciocínio. financeira a juros compostos, daq u i a 10 anos o igualdade a 1/10:
Se o valor total do carro era de RS 30 ooo e o montante M será o dobro do capital aplicado C. 21/10 = (1 + i)
cliente pagou uma entrada de RS 20 ooo, então Qual é a taxa anual de j u ros? A tabela fornecida no enu nciado informa
sobraram RS 10 ooo a pagar. Foi sobre esse valor a) 6,88% que 2 11" = 1,0718, então
financiado que incidiram os j u ros. E foram os b) 6,98% 2 1110 = 1,0718 = (1 + i)
j u ros q u e fizeram esses RS 10 ooo subir para c) 7,08% Isolando i chegamos a i = 0,0718 = 7,18%
RS 11 200. Os j u ros são, então, a diferença dentre d) 7,18%
os dois valores: RS 1 200. e) 7,28% Resposta: d

GE MATEMÁTICA 2015 I 99
O direito
de ir e vir,
no grito
A população protesta Em junho de 2013, várias 300 mil pessoas ocuparam importantes
por um transporte ..31.... cidades brasileiras tiveram as vias das capitais, como o largo da
-;T' ruas tomadas por milhares de Candelária, no Rio, e a avenida Paulista,
público de qualidade pessoas que reclamavam seus direitos, em São Paulo. Foram registrados vários
e preço justo. Mas a com faixas e gritos contra a corrupção episódios de depredação, vandalismo e
e os serviços públicos de má qualidade, choques entre manifestantes e polícia.
mobilidade urbana dentre eles, o transporte público. O Nos primeiros dias, o tamanho
envolve outros fatores - aumento das passagens de ônibus, e a persistência das manifestações
metrô e trens urbanos foi o estopim dos deixaram mudos os governantes
fluidez no trânsito e
protestos. As marchas foram iniciadas municipais, estaduais e federais. Mas
acões

sustentáveis em Porto Alegre, São Paulo e Rio de o movimento conquistou algumas
Janeiro, com estudantes e jovens vitórias inéditas: as autoridades vieram
trabalhadores, principalmente. Ao longo a público anunciar que tomariam
dos dias, o elenco das marchas foi se providências imediatas para atender
diversificando e aumentando. E estima­ às principais reivindicações. Algumas
se que, em algumas ocasiões, mais de dependem de negociações políticas e

100 I GE MATEMÁTICA 2015


levarão meses e anos para se efetivar. um estudo que avaliou a mobilidade PROTESTO NAS RUAS
Mas uma primeira grande vitória da urbana em nove capitais. Numa escala Manifestações em São
população foi a revogação do aumento de O a 10, o Rio de Janeiro ficou na Paulo, contra o aumento da
das tarifas do transporte urbano pelos melhor posição, com 7,9 pontos. São tarifa do transporte para
governos das cidades e dos estados. Paulo, na pior, com 2 pontos. 3,20 reais. O preço caiu, mas
O cancelamento do aumento é mais A promessa de melhorar esse a qualidade no sistema e a
do que cabível. As tarifas nas capitais quadro já está no papel. Em 2012, a mobilidade na cidade ainda
brasileiras estão entre as mais caras presidente Dilma Rousseff instituiu são problemas
do mundo (veja o gráfico na pág. 102). a Política Nacional de Mobilidade
Mas o problema da mobilidade urbana Urbana. A lei divide entre a União,
é mais do que uma questão de bolso e os estados, municípios e o Distrito
desembolso. O direito de ir e vir passa Federal a responsabilidade de planejar,
por sistemas que garantam a fluidez do implantar e fiscalizar serviços de
trânsito, com transporte de qualidade transporte de qualidade, com a
e redução do impacto ambiental. Em redução do impacto ambiental e
2011, a ONG Mobilize Brasil divulgou econômico da circulação de veículos.

GE MATEMÁTICA 2015 I 101


QUANTAS PASSAGENS UM SALÁRIO COM PRA?
Proporção entre a tarifa de ônibus urbano sobre a renda média mensal

A matemática daqui 3500 .--- -- ----.


2986
3000 f-•.-------------------------
-- ------
-- ------ �
Os resultados de pesquisas são
normalmente apresentados 2500 f-11---·- --- ----- -------·
2002
em tabelas, e toda tabela pode 2000 f-·h------------1
1609 1581 1471
ser transformada num gráfico. 1500 1-111-1---
1055
Por um gráfico é possível,
1000 �--·-·-
--
por exemplo, comparar o
comportamento do trânsito 500
em diversas cidades, ou
salientar a evolução dos
congestionamentos numa única
delas, ano a ano. O rodízio de
• Cidades do mundo • Cidades do Brasil
Fonte: Mobilize Brasil
automóveis de São Paulo, o dia
da semana em que cada veículo
o O que o gráfico diz
fica proibido de trafegar pelas
O gráfico indica o peso que a tarifa de ônibus tem sobre a renda média mensal da população
regiões centrais da cidade, é
de diferentes cidades. Colocadas lado a lado, as barras são ideais para comparar a situação
definido pelo último algarismo
entre as capitais. Quanto maior a barra, maior a quantidade de passagens que o cidadão
da placa. E uma placa nada mais
pode comprar com seu salário. Das capitais avaliadas no gráfico, aquela na qual a tarifa
é do que a combinação
pesa menos no bolso do cidadão é a Cidade do México. Então, em termos relativos, os
de letras e algarismos.
mexicanos pagam menos por uma passagem do que, por exemplo, um morador de Milão
ou de Sydney. Repare na posição lanterninha das capitais brasileiras: os moradores dessas
cidades gastam de seu salário uma parcela quase cinco vezes maior com transporte do que
os mexicanos e trP.s vezes maior que os nova-iorquinos.

Um gráfico MOBILIDADE URBANA SUSTENTÁVEL (201 1)


10
vale por mil 7,9

palavras
U m a das maneiras mais fáceis de visualizar o
comportamento de u m a variável é por meio
de u m gráfico. Existem gráficos de diferentes
formatos, cada um adequado para estabelecer
esta ou aq uela relação e com paração.

GRÁFICO DE BARRAS
Mostra o comportamento de uma mesma
Rio de Curitiba Brasília Belo Salvador Natal Porto Cuiabá São Paulo
variável qualquer em situações i ndepende ntes, Janeiro Horizonte Alegre
como fotografias de diversos momentos. t o Fonte: Mobilize Brasil

tipo d e gráfico ideal para comparar o que ocorre


com uma variável sob diferentes condições, o O que o gráfico diz
lúgares ou popu lações. Os dois exemplos Os dados são de um estudo realizado pela ONG Mobilize Brasil, em 2011. As notas foram
desta página fazem isso. No primeiro gráfico, concedidas sobre a análise de alguns dados - como o uso de transporte público, o preço das
a variável é o "preço da passagem de ônibus passagens e a existência de ciclovias. Por exemplo, a alta nota alcançada pelo Rio de Janeiro
em relação à renda média mensal". Já o gráfico se deve, principalmente, ao uso intensivo de transporte urbano: apenas 13% dos cariocas
ao lado compara nove capitais brasi leiras na recorriam, em 2011, ao automóvel ou à motocicleta. Em São Paulo, por outro lado, naquele
variável "mobilidade sustentável". Repare q ue, ano, um terço da população só andava de automóvel - o que, naturalmente, aumenta os
em ambos os gráficos, as cidades são anal isadas congestionamentos e, por isso, reduz a mobilidade urbana. Mas esses dados você só pode
isoladamente, o u seja, a situação de uma cidade conhecer se ler a pesquisa completa. O que o gráfico fornece é um retrato da situação geral
não interfere na situação das demais. da mobilidade urbana em cada capital que permite fazer a comparação entre elas.

102 I GE MATEMÁTICA 2015


HISTOGRAMA GRÁFICO DE SETORES
Indica a evolução da variável ao longo de uma sequência contínua de intervalos. Os exemplos abaixo Mostra a proporção entre diferentes valores de
mostram como o tempo perdido em congestionamentos evoluiu ano a ano, em méd ia, entre 2005 e 2008. uma mesma variável. Os valores podem ser dados
O levantamento foi feito pela Fundação Dom Cabral. em nú meros absolutos ou em porcentagem. Mas,
na divisão da "pi zza", o tamanho, em ângulos,
EVOLUÇÃO NO TEMPO MÉDIO DE CONGESTIONAMENTO EM RELAÇÃO AO ANO ANTERIOR, POR CIDADE de cada fatia é proporcional ao valor que ela ·

Porto Alegre São Paulo representa. Veja no exemplo abaixo, sobre outra
20 20 pesquisa realizada pela ONG Nossa São Paulo.
18 18

16 16
VOCÊ DEIXARIA DE USAR O CARRO SE HOUVESSE
14 14

� c 12 UMA BOA ALTERNATIVA DE TRANSPORTE?


f iO
12
� 10

" 8 � 8
� �

2005 2006 2007 2008 2005 2006 2007 2008

Anos Anos
Fonte: FDC

o O que os gráficos dizem


Cada histograma apresenta, isoladamente, os dados levantados em São Paulo e Porto
Alegre entre os anos de 2005 e 2008. Repare como fica fácil perceber em cada um dos
gráficos como evoluiu no decorrer dos anos a variável "tempo de congestionamento".
Fonte: lbope lnteligéncia/Nossa São Paulo
As colunas não são separadas por espaço porque os intervalos são apresentados
de maneira contínua: um ano começa assim que termina o ano anterior.
o O que o gráfico diz
GRÁFICO DE LINHAS Todas as respostas dadas à questão "deixaria
Deixa ainda mais claro a evolução de uma variável em razão de outra. o carro em casa se tivesse boas alternativas
Um gráfico de l i nhas pode ser construído com base em um histograma, de transporte público?" equivalem a 100%
u nindo os pontos médios de cada barra. da amostra, que deve corresponder a 100%
dos ângulos da circunferência. Como uma
EVOLUÇÃO NO TEMPO DE CONGESTIONAMENTO DE ANO A ANO circunferência tem 360 graus, cada 1% vale
3,6 graus. Veja a proporção de cada fatia:

1.. Deixaria de usar o carro?


Com certeza
I Porcentagem ,
43°/o 154,8°
Provavelmente 39°/o 140,4°
------
Dificilmente 7% 25,2°
Não g% 32,4°
Sem resposta 2% 7,20
2005 2006 2007 2008 Anos
Total 100% 360°
O gráfico de l i nhas pode, também, elim inar completamente as barras. Veja:

EVOLUÇÃO DA FROTA DE VEÍCULOS E DA POPULAÇÃO DE SÃO PAULO


G O que o gráfico diz
12 000
• Popul ação A pesquisa da ONG Nossa São Paulo comparou dados da capital

1 0 000 _ _-,.: -- • Frotatotal
paulistana entre o mês de janeiro de 2005 e o de 2011. Cada linha se
Frota de
8 000
a utomóveis refere a uma variável (população, frota total, frota de automóveis
f'>. -<>
6 000 • Frota de ônibus e frota de ônibus). Repare que a população cresceu num ritmo
"V" �
4 000 ( constante (sua reta é praticamente horizontal). A frota de ônibus
2 000 f------- --- (a linha "colada" ao eixo x) não aumentou nada. Já a curva da frota
de automóveis e a da frota total de veículos seguem uma mesma
JAN JAN JAN JAN JAN JAN JAN Anos tendência ascendente. Isso significa que a frota total cresceu porque
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Fonte: Nossa São Paulo existem mais automóveis.

GE MATEMÁTICA 2015 I 103


lEMBRE·
SE
A fó rm ula
geral pa ra
ca �:: ar

m b ma ç
O rodízio o nú m ero
p ossíveis
de c o

"'
é:

paulistano W
n!
t • .•

...311.. Se não há vias para tantos


7' automóveis, seguremos parte
deles na garagem por algum tempo.
Essa foi a ideia que orientou a
prefeitura de São Paulo a instituir o
rodízio de veículos nos horários de
pico, em 1997. A cada dia da semana,
parte da frota não pode circular numa
grande região da capital (chamada
centro expandido), entre 7 e 10 horas e,
depois, entre 17 e 20 horas. A definição
de quem deve abrir mão do carro a
cada dia é feita pela placa: veículos com
final 1 e 2 têm restrição na segunda­
-feira; 3 e 4, na terça; e assim por diante,
até sexta-feira, quando são proibidos
de circular nos horários de pico
automóveis com placas de final 9 e O.
O rodízio paulistano não atinge a O sistema de placas com três letras e quatro algarismos permite emplacar mais de 175 milhões de veículos
totalidade da frota. Vários veículos
são isentos da restrição, como ônibus,
táxis, motocicletas e ambulâncias. A combinação Assim, para a primeira posição das letras
temos 26 opções, 26 para a segunda e mais
Ainda com essas exceções, seria de
esperar que o rodízio retirasse de
circulação 20% da frota paulistana
nas placas possibilidades de escolha para a terceira posição.
As possibilidades de variação das letras são:
26

de automóveis nos horários de pico. No Brasil, as placas de veículos são


Mas especialistas afirmam que o confeccionadas com uma combinação de letras
rodízio não funciona mais. Em 2008, e algarismos. O país já adotou diversos sistemas
1• posição ! 2• posição 3• posição
A ! A A
apenas a parcela de veículos liberados de combinação. Todos permitem criar um n ú mero
para circular nos horários de pico já fi nito de placas, e, com o tempo, o aumento da A A B
era 20% maior do que a frota total frota nacional esgota as possibilidades. Aí, é A A c
preciso adotar um novo sistema, que crie um
existente à época do início do rodízio, f�
i
A A o
11 anos antes. número maior de combinações.
A A
Há diferenças também entre os
dias. As sextas-feiras continuam tendo O sistema atual é válido desde 1990. Por ele, as
o trânsito mais pesado. A explicação é
simples. De acordo com levantamento
placas são com postas de três letras seguidas
de quatro algarismos. O cálculo de quantas
�--
l
A

A
...
B A

B
feito em novembro de 2008 pelo placas podem ser montadas em todo o território
A B c
jornal Folha de S.Paulo, sexta-feira é nacional, sem repetir nenhu ma, é questão de
o dia em que o rodízio surte menos uma simples ope ração de combi nação, que segue
efeito simplesmente porque menos algumas regras: B A A
motoristas escolhem placas de final B A B
9 ou O. Naquele ano, eram 132 mil e as três letras são escolhidas entre as 26 do ·t I
B A c
placas a menos que o número de alfabeto; .f ·-
'1
placas de final 5 e 6, que sofrem L - -)·
restrição às quartas-feiras, por e os quatro algarismos, entre o, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, z w
exemplo. Essa diferença superava, 8 e 9; z z X
- J
à época, a frota inteira de municípios z z y
da região metropolitana de São Paulo, e Em cada placa, tanto as letras quanto os
z z z
como Diadema ou Osasco. algarismos podem se repetir.

104 I GE MATEMATICA 2015


O total de opções para cada u ma das posições e Não importa a ordem em que as letras e os e Para a última posição, resta-nos o 8.
é 26 (todas as l etras do alfabeto). E o total de n ú meros aparecem.
combi nações para as três posições é: A quantidade de opções possíveis entre os quatro
e Nenhuma combi nação se repete. algarismos é, então:
26 ' 26 ' 26 = 17 576
OUTRO MODO DE AGRUPAR ELEMENTOS 4 ' 3 ' 2 ' 1 = 24
Para os quatro algarismos, o raciocínio é o Quando o n ú mero total de elementos é igual
mesmo: cada uma das casas pode receber ao nú mero de posições, os agrupamentos Ou seja, pela permutação de quatro algarismos,
qualquer u m dos 10 algarismos. Então, o total de diferenciam-se u ns dos outros apenas se os temos 24 possíveis agrupamentos.
possíveis combi nações dos números é dado por: ele mentos trocarem de posição. Nesse caso,
fazemos uma perm utação sim ples. Associando a permutação de letras com a de
algarismos, temos o n ú mero total de placas que
Veja, por exemplo, como calcular o nú mero de poderiam ser confeccionadas com três letras e
j o ---l I placas que podem ser formadas apenas com as quatro n ú m e ros:

i ·- '
--1-1
r- - !i 1 I letras R, s e T e os números s, 6, 7 e 8, sem repetir

r --
� · j-
I
i nenhuma letra e nenhum nú mero. 6 ' 24 = 144

- --i
r o 1 o
I� -r--· +-·-----+ Repare que devemos escol her três letras distintas Repare que, diferentemente do que ocorre
I : .. I · 1
entre as três disponíveis para ocupar três posições: na com bi nação, na permutação escolhemos
r-
-- --�--- -+ - --l
9
!� ---------l-----9 ---1I -- ---
9 !
c=J
i n elementos distintos entre n elementos
-9 i 9 :I 9
I e Para a primeira posição, temos todas as disponíveis, para formar uma sequência em que a
L_ -· -- ____

três opções (R, S ou T). Suponha que a letra ordem im porta. Ou seja, na permutação criamos
escolhida seja R. uma sequência ordenada de elementos distintos.
O total de opções para cada posição é 10 (todos
os algarismos). E o total de opções para as quatro e Ficamos com duas opções para a segunda A quantidade de sequências que podem ser
posições é: posição (S ou T). Escolhemos S. formadas é dada por:

10 ' 10 ' 10 ' 10 = 10 000 e Resta-nos apenas uma opção para a ú ltima
posição: T.
Há um detalhe: a legislação brasileira não
permite placas com quatro zeros (oooo). Então, do e Qualquer que seja a letra esco l h ida para a
total das 10 ooo possibilidades, uma delas deve primeira posição, restarão para as posições
cair. E o total de opções para números fica sendo seguintes duas e u ma opção.
de 9 999- O produto n . (n - 1) . (n - 2) . ... . 3 . 2 . 1 chama-se
A quantidade de opções possíveis entre as três n fatorial e é ind icado pelo símbolo n!
O total de placas é a com b inação de todas as letras é, então:
variações possíveis de letras e números: Então, o número de perm utações simples de n
3.2.1=6 elementos distintos é indicado por P, e é dado por:
17 576 ' 9 999 = 175 742 424
Ou seja, pela permutação de três letras, temos P , = n!
Concl usão: o atual sistema brasileiro permite a seis possíveis agru pamentos.
confecção de 175 742 424 placas.
O mesmo raciocínio é válido para variar os
A defin ição dos grupos de letras e números de nú meros: devemos escolher quatro algarismos
cada placa é feita por combi nação - a operação distintos entre os quatro disponíveis para ocupar f AlOR\Al
) ... . 2 · 1'


que permite encontrar todas as possi bilidades quatro posições: . (n-2) . (n-3
n ' = " · (n -1) al
de agru par, numa ordem q ualquer, u m nú mero nú mero tot
m qu e n é o
p de elementos retirados de u m conjunto de n e Para a primeira posição, temos quatro opções os e n l 2
d e ele ment
elementos, sendo p < n. Repare que, no raciocínio (5, 6, 7 ou 8). Escolhemos, por exemplo, o 5-
das placas:
e Para a segunda posição, ficamos apenas com
e Variamos três letras retiradas de um total de 26. três opções (6, 7 ou 8). Escolhemos o 6.

e Variamos quatro nú meros retirados de u m e Para a terceira posição, temos só duas opções
total de 1 0 algarismos. (7 ou 8). Ficamos com o 7.

GE MATEMÁTICA 2015 I 105


Como c a i no v estibular

1.
(Unicamp 2014) A pizza é, sem dúvida, o ali mento Resposta: O consumo de pizzas em São Paulo é de RESOLUÇÃO: A q uestão exige atenção. Você terá
preferido de muitos pau listas. Estima·se que o 855 ooo a cada dia. de com binar informações dos dois gráfi cos. Veja
consumo diário no Brasil seja de 1,5 mil hão de que o primeiro informa a partici pação de cada
pizzas, sendo o estado de São Paulo responsável c) O gráfico mostra que, do total de pizzas produto (%) no total dos mais vendidos pela
por 53% desse consumo. O gráfico abaixo exibe a consumidas no estado de São Paulo, 6o% são i ntern et; o segundo, a evo l u ção dos valores de
preferência do consumidor paulista em relação de mozarela ou calabreza (35% + 25% = 6o%). venda pela internet, em b i l h ões d e reais. Esse
aos tipos de pizza. Novame nte, uma regra de três dá a quantidade de gráfico d e evolução traz, ainda, uma informação
pizzas correspondente a essa porcentagem: i m portante: o último dado (2013) é u ma
1oo% � 8ss ooo projeção, baseada nas vendas reali zadas nos
6o% � y primeiros seis meses.
35 %
1oo . y = 6o . 8ss ooo Se as vendas no 2• semestre correspondem à
100 . y = 51 300 000 mesma porcentagem das vendas do 1• semestre,
22% y = 51 300 ooo I 100 = 513 ooo os produtos eletrônicos deverão corresponder
também a g% das vendas no segundo semestre.
Resposta: São consumidas 513 ooo pizzas de Se para o ano todo de 2013 projeta-se um total
Mozarela 2 5% mozarela ou calabresa por dia em São Paulo. de RS 28 bil hões de vendas e, no 1" semestre
• Calabresa foram realizadas RS 12.74 bil hões, então para o 2"
• Margue rita semestre esperam-se vendas de
• Outras z. 28 bil hões - 12,74 bil hões = 15,26 bil hões.
(UFG 2014) Os gráficos a seguir apresentam os
a) Se não for considerado o consumo do estado dados referentes ao comércio eletrônico no Brasil O enu nciado pede que se mantenha a
de São Paulo, quantas pizzas são consumidas em 2013. partici pação dos produtos nesse total das vendas,
diariamente no Brasil? para ambos os semestres. A partici pação dos
b) Quantas pizzas de mozarela e de calabresa Os produtos mais vendidos no primeiro e letrônicos é de g% sobre o total. Então, é só
são consumidas diariamente no estado de semestre de 2013, em % calcular g% desse valor:
São Paulo? Roupas e acessórios g% . 15 260 ooo ooo 1 373 400 ooo reais.
=

Utensílios domésticos
RESOLUÇÃO: Resposta: Arredondando, as vendas de
a) Segundo o enu nciado, o estado de São Paulo Cosméticos eletrônicos pela internet correspondem a
é responsável por 53% do consumo d e pizzas no Eletrônicos RS 1,37 bil hão.
país. Então, os demais estados respondem por
Livros e revistas
100% · 53% = 47"/o do total de pizzas consumidas.
Uma simples regra de três é capaz de determinar Evolução das vendas, em bilhões 3·
quantas pizzas equivalem aos 43%: (Uece 2014) Paulo possui 709 livros e identificou
� 1 soo 000 22, 5 28
100% 18,7 - cada um destes livros com um código formado
43°/o �X por três letras do nosso alfabeto, seguindo a
"ordem alfabética" assim definida: AAA, AAB,. ..,
Multipl icando em cruz temos: 2011 2012 2013* AAZ, ABA, ABB, ..., ABZ, ACA, ... Então, o primeiro
100 . X = 43.1 500 000 * Projeção
livro foi identificado com AAA, o segundo com

X =· 64 soo 000 I 100 = 645 000


1oo . x = 64 soa ooo RS 12,74 bilhões foi o total vendido AAB, ... Nestas condições, considerando o
no primeiro semestre de 2013 alfabeto com 26 letras, o código associado
ao último livro foi
Resposta: São consumidas 645 ooo pizzas por dia De acordo com os dados dos gráficos, a) BAG.
em todos os estados brasileiros, desconsiderando considerando que os produtos mais vendidos b) BAU.
o estado de São Paulo. no segundo semestre mantenham o mesmo c) BBC.
percentual de vendas do primeiro semestre de d) BBG.
b) Levando em conta o resultado obtido no item 2013, calcule o valor correspondente às vendas
anterior, o consumo diário de pizzas no estado de de produtos e letrônicos no segundo semestre RESOLUÇÃO: O raciocínio é s i m p l es, mas exige
São Paulo é de 1 soo ooo - 645 ooo = 855 ooo. de 2013. atenção:

106 I GE MATEMÁTICA 2015


o
Isto é ess e nc i a l

Gráficos d e barras permitem comparar o


comportamento de u ma variável qualquer
em situações independentes, como se
e De AAA até AAZ alteramos apenas a letra da a) 140. fossem fotografias de um momento.
última posição (AAA, AAB, AAC...). São 26 letras b) 120.
MOBILIDADE URBANA SUSTENTÁVEl (1011)
no alfabeto, então temos 26 códigos; c) 70.
d) 60. '·'

': 1 llllilli
7,0
e Se a sequência envolve a troca da segunda e) 40. ..
. "

�6 5,1
letra (AAA, AAB, AAC, . . . ABA, ABB, A BC...), de
AAA a AZZ temos as 26 possibilidades para a RESOLUÇÃO: Consideremos os gru pos A e B d o
letra da última posição e outras 26 para a l etra torneio. Tenha em mente: não faz diferença s e o
da posição intermediária. Então, de AAA até grupo com duas seleções sul-americanas é o A ou o B.
AZZ, o total de possíveis códigos é
26 . 26 = 6]6. e As três seleções s u l-americanas não podem Histogramas mostram a evol ução d e u ma
ficar no mesmo gru po. Então temos três variável ao longo de u m a sequência de
e Se Paulo tem 709 livros, faltam 33 códigos para possibilidades para uma seleção no grupo intervalos contínuos.
cobrir toda a bibl ioteca. Ele tem de começar a A e d uas seleções no grupo B. Há ainda SioPulo
" r---:-:--:-----;-;;- ---,
variar a letra da primeira posição (AAA, ... AZZ, outras três possi b i l idades com duas sel eções 18
16
BAA, ... BZZ, CAA... CZZ). no grupo A e uma no grupo B. Total de 6
possi bilidades (1). g :;
I:
e
� \0
e Com o código BAA ele classifica o 677° livro. E
assim, tem mais 26 códigos apenas trocando a e No grupo (A ou B, não i m porta) em que uma
letra da ú ltima posição (BAA, BAB, BAC... BAZ). das vagas foi preenchida com uma seleção
zoos 2006 2007 2008
Faltam ainda os códigos para ? livros. sul-americana, temos outras três vagas
Anos
para seleções e u ropeias. S2o cinco seleções
e Esses 7 novos códigos exigem que se mude europeias. Então: são s possi bil idades para a Gráficos de linha salientam os períodos de
a letra da posição intermediária de A para B primeira vaga, 4 para a segunda vaga e 3 para crescimento e decrescimento do valor da
e, de novo a sequência do alfabeto na última a terceira vaga. Total de possibilidades: variável. 5h Paulo
posição (BBA, B B B, BBC...). 5 . 4 . 3 = 60.

-- �_:_.:�_:._::-::;
l0 . --
18 �- -- •
16 �
g l• i
e Contando a sequência de ? letras na ú ltima e Mas, como a ordem do sorteio não i m porta, - -- --- -1
i :�l- .
•..•

_
posição, temos B BA, B B B, BBC, BBD, BBE, BBF e
BBG. Esse é o código do 709° livro.
devemos dividir esse produto por 3- Ficamos
com 20 possibilidades. (li)
i 6i
•:
,,
o'
2005
_·::::.- -
2006
-
.. :_· · .
2007
.
::�-:j::t�:-�
Resposta: d e Depois de sortear as três e u ropeias, sobram Gráficos de setores mostram uma relação
apenas d uas delas para integrar o outro gru po, de proporção. No geral, são apresentados em
que já conta com as duas su l-americanas. E há porcentagem, e a soma dos valores de todos
4· uma ú nica possibilidade para elas i ntegrarem os setores (ou fatias) sempre será 100%.
(lnsper 2014) Um d i rigente sugeriu a criação o outro grupo.
de um torneio de futebol chamado Copa dos
Cam peões, di sputado apenas pelos oito países e Até aqui, teríamos 6 . 20 possibilidades de
que já foram campeões m u nd i ais: os três sul· montar grupos que não contenham todas as
·americanos (U ruguai, Brasil e Argentina) e os três seleções sul-americanas. Mas lembre-se
cinco e u ropeus (Itál ia, Alemanha, I nglaterra, do que foi dito no início da resolução: o grupo
França e Espanha). As oito seleções seriam com duas seleções su l-americanas pode ser Permutação
divid idas em dois grupos de q uatro, sendo os tanto o A quanto o B, não i m porta. Nesse caso, P n
= n!
jogos do grupo A di sputados n o Rio de Janei ro, o nú mero de possibilidades cai pela metade:
e os do grupo B, em São Paulo. Considerando 6 . 20
-- =
os integrantes de cada grupo e as cidades onde 2 6o
serão realizados os jogos, o nú mero d e maneiras
diferentes de dividir as oito seleções de modo Resposta: Existem 6o possíveis combinações das
que as três s u l-americanas não fiquem no seleções de modo a não reu n i r as três seleções
mesmo grupo é su l-americanas num ún ico grupo.

GE MATEMÁTICA 2015 I 107


Acertos e zebras
Un1 progrmna d e computado r que segue modelos
e statísticos previu, co1n boa marge1n de precisão,
os resultados da Copa de 2 014. Só não tinha como
driblar as surpresas do futebol

+ Pesquisadores da Universidade
Federal de São Carlos
a probabilidade do vencedor de cada
jogo. A cada partida, o banco de dados é
(UFSCar) e da Universidade realimentado com os novos resultados
de São Paulo (USP), também de São e os cálculos são refeitos, ou seja, a
Carlos, desenvolveram um programa probabilidade de um time se tornar
que prevê resultados de partidas de campeão se altera a cada partida.
futebol com base nas leis da estatística. Não há modelo estatístico que
Disponível no site Previsão Esportiva pudesse prever a zebra acachapante
(www.previsaoesportiva.com.br), do Brasil diante da Alemanha, por
o programa faz previsões para o 7 a 1, mas a seleção canarinho já
Campeonato Brasileiro e para alguns entrou nas semifinais com uma
europeus. Para a Copa de 2014, errou probabilidade não exatamente alta
nas finais. No entanto, teve uma boa de levar a taça: 28%, contra 37% da Alemanha
taxa de sucesso: nas oitavas de final, Argentina, 22% para a Alemanha e
por exemplo, a taxa foi de 69%, ou seja, 13% para a Holanda. Caímos e o páreo
na média, as previsões do conjunto ficou entre Alemanha e Argentina,
de partidas daquela fase ficaram bem com chances muito próximas, 45% e
mais perto do acerto (100%) do que do 55%, respectivamente. De novo, deu
erro (0%). "O nosso modelo estatístico zebra: Alemanha.
funcionou muito bem, principalmente Salasar explica por que as previsões
se considerarmos as zebras, como a estatísticas nem sempre se confirmam Argentina
queda rápida da Espanha e da Itália na realidade: "Dizer que a Argentina
e as vitórias da Costa Rica", diz Luís tinha 55% de chances de vitória
Brasil
Ernesto Bueno Salasar, professor do significa dizer que em 100 partidas
Espanha
departamento de Estatística da UFSCar, realizadas em condições idênticas,
Bélgica
um dos coordenadores do projeto. o time venceria 55 delas. Mas numa
Holanda
O modelo estatístico da previsão partida de futebol, que é um evento França
mescla dados objetivos, como a único, há outras 45 chances de ser Colômbia
posição dos times em rankings de derrotado. Foi isso o que aconteceu com
federações, e dados subjetivos, como a Argentina". Ou seja, a probabilidade
opiniões de especialistas e cotação matemática não adivinha o futuro. Costa Rica
das equipes em bancos de apostas. Simplesmente levanta as chances de
Esses dados são combinados de cada evento. E o futebol continua sendo
lO mil maneiras diferentes e, daí, é tirada uma caixinha de surpresas. 13 março 11 junho

108 I GE MATEMÁTICA 2015


50

AS CHANCES E AS ZEBRAS
O gráfico mostra as chances de cada seleção vencer
a Copa do Mundo de 2014.. segundo o programa
desenvolvido por pesquisadores de São Carlos. Ao 40
longo da competição, a curva de probabilidade se
alterou, porque a cada jogo, as chances de cada time
também se alteravam. Repare que nas semifinais, o
Brasil tinha 28% de chances de levar a taça - acima
dos 13% da Holanda e bem próximo dos 22% da
Alemanha, mas muito abaixo dos 37% previstos
para a Argentina. Na final, o páreo estatístico estava
praticamente empatado: 55% para Argentina e 45% -
para Alemanha �
-
30
o
'"'
Cll
Ct.
E
"'
""'
...
Cll
"'
Cll
"''
Cll
""'
c
22 % "'
.c
u
20

10

1g junho 23 junho 27 junho 2 julho 6 julho 10 julho

Fonte:site Previsão Esportin GE MATEMATICA 2015 I 109


A princípio, a proporção deveria ser de so%. Mas
A matemática daqui
Até que ponto
, """
a manteiga atingiu o chão numa razão bem maior
que o estimado pelas leis da probabilidade: 62%.

Vários acontecimentos do e questao Conclusão: a torrada tende, sim, a cair com a face
de manteiga voltada para o chão.
cotidiano - do resultado
do lançamento de dados às de sorte e O segundo experimento verificou se o
peso da manteiga tinha alguma influên·
chances de você ganhar na
...31... Por que uma torrada parece cia na queda da torrada.
Mega-Sena ou encontrar todos
"'7' sempre cair com a face de
os semáforos abertos numa
manteiga voltada para baixo? O físico Os a l u nos voltaram a derru bar torradas da
avenida - envolvem o acaso.
Robert Matthews, da Universidade mesma altura (90 centímetros). Só que, agora, em
São os chamados eventos
Aston, em Birmingham, na Inglaterra, vez de ser lambuzada com manteiga, uma das
aleatórios, objeto de estudo de
resolveu desvendar o mistério que faces foi assinalada com a letra M, em tinta.
um dos ramos da matemática,
existe por trás desse exemplo clássico

f
a probabilidade. Para analisar
da Lei de Murphy.
se determinado resultado Total de torradas derrubadas
Pela lógica, uma torrada só pode 9 748
é mais ou menos provável, da mesa (T)
parar no chão de duas maneiras: com a
os matemáticos trabalham
manteiga para cima ou com a manteiga Número de vezes em que a torrada
com cálculos de análise 5 663
para baixo. E, se nada interferir na caiu com a face M para o chão (M)
combinatória.
queda, ela tem 50% de probabilidade
de cair de uma maneira ou de outra.
São as mesmas chances de obter cara I Razão (em porcentagem) 58,1%

ou coroa quando se lança uma moeda


para o alto. No entanto, a Lei de Novamente, a face M deveria ter se espatifado
Murphy diz que uma torrada sempre no chão em metade dos lançamentos. Mas o
cai com a manteiga voltada para baixo. resultado de mais de sB% mostrou que a face
E, diariamente, a cada café da manhã, superior tende sempre a cair no chão, não
boa parte da humanidade derruba seu i m portando se contém manteiga ou não.
pãozinho e confirma a lei. Conclusão: a manteiga não i nflui no movimento
Matthews analisou em detalhes da torrada durante a q ueda.
o movimento de várias torradas
e descobriu que o infortúnio tem e O terceiro experimento analisou se a
menos a ver com sorte ou azar e altura da mesa tinha alguma coisa a ver com
mais com a altura da qual o pedaço o modo como a torrada chegava ao chão.
de pão cai. O físico também propôs
três experimentos aleatórios a alunos Os alu nos mudaram a altura do lançamento das
torradas, de 90 centímetros para 2,5 metros.

L_:
de escolas inglesas: derrubar várias
vezes torradas com manteiga, sempre
sob as mesmas condições, e registrar
al de torradas derrubadas
o que acontecia. Acompanhe: 2 038
EXPERI MENTOS de 2,5 metros (T)
ALEATÓRIOS e o primeiro experimento verificou se é Número de vezes em que a manteiga
São aqueles que podem verdade que a torrada sempre cai com a
953
caiu no chão (M)
ser repetidos indefinidas manteiga voltada para o chão.
vezes, sempre apresentando Razão (em porcentagem) 46,8%
resultados não conhecidos Os alunos lançaram torradas de uma mesa de
previamente.
altura-pad rão, cerca de 90 centímetros.
A proporção (quase 47°/o) de torradas caídas com a

I
.--------------r-- ---
Num experimento aleatório, face de manteiga voltada para o chão é muito menor
Total de torradas lançadas (T) 9 8n

I
podemos apenas avaliar os que os 62% encontrados no primeiro experimento,
possíveis resultados e calcular Número de vezes que a face com
6 101 de lançamento de uma mesa de altura-padrão.

����:��� �,1%i
__j
a probabilidade de obter este manteiga caiu no chão (M)
ou aquele.
l __
__ Raz
---- -
Conclusão: a altura da mesa é a princi pal causa
de a manteiga espatifar-se no chão.

110 I GE MATEMÁTICA 2015


li TODAS AS POSSIBILIDADES
A árvore das possibilidades é um diagrama para
calcular o número de resultados possíveis de u m
LEMBRE·SE
Possibilidades são todos os
resultados que determinado
I
'
31 COMBINAÇAO
No exemplo da moeda, a cada lançamento havia
sempre d uas possibilidades de resultado. Mas

t
evento e a probabilidade de obter cada resultado. evento pode ter. Probabilidade existem eventos cujo número de possibilidades
Veja a árvore de possibilidades para a sequência é a chance de que determinado varia de etapa para etapa. Veja o exemplo:
de três lançamentos de u ma moeda. resultado ocorra. A probabilidade

J
Repare que, a cada vez em que a moeda é pode ser apresentada como Uma sorveteria oferece quatro sabores de
lançada, há duas possibilidades: cara ou coroa. porcentagem ou como "uma sorvete: chocolate (C), fiocos (F), limão (L) e
Assim, a cada novo lançamento, o número de chance em x vezes". morango (M). Quantas combinações um cliente
possibilidades é mu ltiplicado por 2: pode fazer com três bolas de sabores distintos,
não importando a ordem em que elas são
colocadas na casquinha?

@ !�
1 • lançamento 2° lançamento 3 ° lançamento Sequências

@
....... . . .......... ........

2• bola 3• bola
j 1• bola

f) l fXM)
. . . . . . . . . . . . . . ............. . . (restam (restam
(4 poSSIVeiS . . . .
b pOSSIVeiS 2 pOSSIVeiS
sa ores) 3

f)
................... ........
sabores) sabores)
<v�'õ
i

@ ! 1)1)@
..................


...........................


l f)f)f)
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. . . ........................

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i
@ l @t)@
.................. M


. . . ............ ............


c

f) l�
..... . . . . . . . . . . . . . . . . . . ....

...........................

M
Lançamento N úmero de possibilidades de obter coroa num único lançamento de
I
---�
moeda é de 1 em 2, ou seja, de so%. c

2.2=4
_ji
e Para os dois primeiros lançamentos, M
2.2.2 =8 existem quatro possibilidades de resultados
combinados. Mas somente um desses possíveis
resultados é de tirarem-se duas coroas.
21 A PROBABILIDADE A probabilidade de obter apenas coroa em
A árvore das possibilidades também permite dois lançamentos, então, é de 1 em 4,
calcular a chance de obter este ou aquele conjunto ou seja, de 25%. e Para a primeira bola de sorvete, o cliente tem
de resultados. Observe no diagrama de três quatro possibilidades de sabor (C, F, L e M).
lançamentos da moeda, acima, que: e Em três lançamentos, existem oito possíveis
resultados. Mas apenas uma dessas possibilidades e O cliente não vai repetir sabores. Assim,
e Das duas possibilidades para o primeiro é de três coroas. A probabilidade de obter uma quando a primeira bola é definida,
lançamento, há uma única probabilidade de sequência de três coroas em três lançamentos é, as possibilidades para a segunda bola
dar coroa. Isso significa que a probabilidade então, de 1 para 8, ou seja, n,s%. se reduzem a três.

GE MATEMÁTICA 2015 I 111


e Para não se repetir sabor na terceira bola,
restam apenas d uas possibilidades.
.0 7 08. 09.
e Mas, como a ordem das bolas não faz 17 1 8' 19
10
20
diferença, há várias combinações que se 27 28' 29 '3
0
37 38, 39
repetem na lista de sequências possíveis. 47 48 49
40.
50
A combinação de chocolate, limão e fi ocos, 57. 58 59 '60
por exemplo, é a mesma para CFl, ClF, FCl,
07 08. 09 10
FlC, lCF e lFC (grifadas em amarelo, na tabela
_ .,.
17 18 19 20
'
da pág. anterior). Isso também é válido para 27 28 29'
-
30
37 38 39
-
40
o conjunto das demais combinações, grifadas 47 48
-
49 50
em azul, azul-claro e vermelho. Então, as '57 58, 1 59 1 60
-
24 sequências de sabores resumem-se, na -
verdade, a apenas quatro: -
-
-
-
- ' -
- �'\
- �\í
- t.\\
- <;,\
- \\
- ,_
-
-

Portanto, o total de possibilidades de combinar


três sabores distintos entre quatro sabores é
quatro. Em notação matemática:

c4,l = 4

Esse tipo de combinação é chamado combinação


simples e sua notação matemática é cn,k· lê-se:
Quase
a combinação (C) de n elementos, tomados k a k.
A fórmula matemática para o cálculo do total de
impossível
combinações simples é: ...3... Jogos de loteria são eventos
"'7" aleatórios que envolvem O REFRESQUE A MEMÓRIA

Fatorial
= n! combinações. A Mega-Sena, por
Cn.k (n exemplo, consiste na combinação de
- k) ! . k!
seis números selecionados de uma
em que c é a combinação sequência de 1 a 60. O jogador pode Indica a multiplicação de números naturais
n é o total de elementos do conjunto combinar de seis a 15 números numa consecutivos:
k é o número de elementos q ue devem ser única aposta. A Caixa Econômica
combinados a cada vez Federal (CEF) sorteia, a cada n! n . (n - 1) . (n - 2) . (..) . 3 . 2 . 1, para n i 2
=

E -o sinal de exclamação (!) significa fatorial. concurso, apenas seis números, e cada
número sorteado é retirado do jogo. Por exemplo: 6' 6. 5 . 4 . 3 . 2 . 1 720
= =

No caso dos sorvetes, a fórmula confirma a Ou seja, na combinação da Mega-Sena


contagem pela árvore de possibilidades: não é possível haver número repetido. Podemos indicar o fatorial em qualquer ponto
E os prêmios são distribuídos entre da sequência de multiplicações. Isso é útil para
=
4
c ! quem faz a quadra (acerta quatro simplificar operações de divisão:
4'3 (4-3) ! . 3 ! números), a quina (cinco números)
10' - 1 0 · 9-r ? - 6! = 1
ou a sena (seis números), qualquer 0 . 9 . 8 . 7 · 90 . 56 · 5 040
4 . 3 . 2 . 1 = 24
= =
6! !
c '3 4 que seja a ordem do sorteio. ·

4 1.3.2. 1 6

112 I GE MATEMÁTICA 2015


A probabilidade de acertos não depende apenas Essas são todas as possibil idades. Calcule mos,
da q uantidade de nú meros em que se aposta, mas agora, a probabilidade de serem sorteados c .c 324
= --
1
Probabilidade = � =
também de quantos nú meros se espera sejam exatamente os seis números em que se apostou. C 50 063 860 1 54 5 1 8
60.6
sorteados (quadro, quina ou se na). Acompanhe: Ou seja, do total de 50 063 86o possibilidades, só
um resultado é válido. Então, a probabilidade de Então, a chance de alguém acertar a q u i n a é d e
Qual a chance de fazer a Mega·Sena acertar a se na é de 1 em 50 063 86o: aproximadamente 1 a cada 1 5 0 ooo apostas - o u
·

apostando em apenas seis números? seja, d e o,ooo65%.


= 1 = 1
Probabilidade -- = O, 000002%
O primeiro passo é verificar qual o número total c,0, 6 50 063 860 Por fim, qual a chance de alguém fazer
de possi bil idades de aposta, ou seja, q uantas com· a quadra (acertar quatro números)
binações de seis n ú meros o apostado r pode fazer, A chance de acertar a se na é, aproximadamente, apostando em seis números?
entre 1 e 6o. Lembre que: de 1 em 50 mil hões de apostas.
Seguindo o mesmo raciocínio desenvolvido para

C =
n! Qual a chance de fazer a quina (acertar a quina, a aposta deve ter exatamente 4 dos
n. k
( n k) l . k!
- cinco números) apostando apenas em seis 6 números sorteados (C6) e 2 entre os 54 não
números? sorteados (C 54,1) .
=
e n 60 (total de elementos do conju nto)
e k 6 (número de elementos q u e devem ser
= Calculamos, primeiro, as possíveis combinações Assim, o n ú mero de combi nações possíveis para
combi nados a cada vez) dos seis números sorteados, cinco a cinco: uma quadra é dado pela expressão:

601
c60.6 = 6! = 6 . $! =
c6 5 = 6
(60 - 6 ) 1 . 6 ! , (6 - 5 ) ! . 5 1 1 1 . $1

6! 54!
Existem seis possíveis combinações dos seis c6.4 . c14,2 =
� (6 - 4 ) ! . 4 ! ( 54 - 2) 1 . 2 !
c60.6 =
54! . 61 números sorteados, cinco a cinco. Só que cada uma
dessas seis possíveis combinações deve "casar"
� 54 . 53 . 5 2 !
O fatorial de 6o ind ica a m u ltipl icação de todos com um sexto número que não será sorteado. c6,4 . c54, =
2
os números natu rais, em ordem decrescente, do 21 . 4! 52! . 2 !

6o até 1. Então: Se a cada concurso são sorteados seis n ú meros


dentre 6o, o total de números não sorteados é 54.
c6'4 . c 54. = �
54 . 53 . 5 2 !
6o! = Go . 59 . 58 . 57 . 56 . 5 5 .(...) . 3 . 2 . 1 Existem, então, 54 possi bil idades de apostar n u m 2 2 . 1 . 4! 52! . 2. 1
nú mero não sorteado. Em linguagem matemática:
Uma vez que podemos indicar o fatorial em Fazendo as simpl ificações:
qualquer ponto da operação, simpl ificamos = 54! = 54 . 56f =
c 1 54
a divisão: 14• (54 - 1 ) 1 . 1 ! .)31 6 . 5 .A{ 54 . 53 . .0.
c6,4 . c54, =
2 2 . 1 .� · ,5l! . 2 . 1
6o! = 6o . 59 . 58 . 57 . 56 . 55 . 54! Finalmente, calculemos o total de possíveis
combinações de cinco n ú meros que devem ser
. = 60 . 59 . 58 . 57 . 56 . 5 5 . 54!
� 54 . 5 3
ASSim' c60.6 ------
sorteados e u m que não deve ser sorteado: c6, 4 . c 54. 2 = .
54! . 6 ! 2 2

C 6. 5 . C54. 1 5 . 54
= =
324
60 . 59 . 58 . 57 . 56 . 5 5 . 541 c6,4 . c54.2 = 1 5 . 1 4 3 1 = 2 1 465
c60,6 =
54 ! . 6 ! Isso significa q ue, em cada concu rso da Mega­
·Sena, o apostado r tem 324 possíveis combinações Portanto, o apostado r tem 21 46S combinações
Fazendo a s simplificações: de cinco números entre os seis sorteados e u m possíveis para fazer a quadra. A aposta só será
que não será sorteado. vencedora se for sorteada exatamente uma dessas
= %. 59 . 58 . 57 . 56 . 55 . .54!" 21 465 combinações, entre todas as 50 063 86o
c60.6
,541 y.)i. 4 . 3 )':' 1 Agora, vamos calcular a probabil idade de possi bilidades do sorteio:
acertar cinco n ú m e ros. Para fazer a q u i na, C6'4 . C 14.z 21 465 1
é preciso q u e os seis n ú meros sorteados Probabilidade = = =- -
= 600 766 320 =
c60.6 50 063 860 C 60.6 5 0 063 860 2 332
12 coincidam exatamente com uma dessas 324
possi bil idades. O u seja, é preciso que u ma - e
Portanto, n a Mega-Sena é possível obter apenas u ma - dessas 324 possibil idades seja Então, a chance de um apostador fazer a quadra
50 063 860 combinações de seis nú meros sorteada, do total de 50 063 86o possíveis num concurso da Mega-Sena é de 1 em
escolhidos entre 1 e 6o. resultados do sorteio: 2 332 vezes, ou seja, cerca de 0,043°/o .

GE MATEMÁTICA 2015 l 113


Como c a i no v estibular

1.
(Uerj 2014) Em u m escritório, há dois porta-lápis: o O lápis retirado de A não tem ponta: a)
1
5040
porta-lápis A, com 10 lápis, dentre os q uais 3 estão e Dos 10 lápis em A, 7 não têm ponta. Então a
apontados, e o porta-lápis B, com g lápis, dentre probabilidade de retirar um desses é de 7/10 (70%). b)
1
945
os quais 4 estão apontados.
1
e B fica com 10 lápis, 6 deles sem ponta. A c)
252
j j probabilidade de que esses dois eventos
1
aconteçam em sequência é d)
120

RESOLUÇÃO: Antes de mais nada, compare as


Considerando as duas probabilidades para o duas fotos. Repare que para um armazenamento
lápis retirado de A, a probabilidade de que o lápis perfeito, basta "casar" halteres de mesma cor.
retirado de B não tenha ponta é igual a A ordem dos pares (ou das cores) não importa.
42 57 Essa informação é i mportante para a última
15
P=-+-=- etapa da resolução.
100 100 100
P = 57 % = 0,57 e Em um armazenamento perfeito, os dois
Um funcionário retira u m lápis qualquer ao halteres de mesma massa/cor estão sempre
acaso do porta-lápis A e o coloca no porta-lápis B. casados. Então, cada par pode ser tratado
Novamente ao acaso, ele retira um lápis q ualquer Resposta: b com um único elemento. Assim, em vez de
do porta-lápis B. dez posições para os dez halteres, temos cinco
posições para cinco pares.
A probabilidade de que este último lápis retirado 2.
não tenha ponta é igual a: (Uerj 2014) Em u ma sala, encontram·se dez e Temos cinco possibilidades para a primeira
a) 0,64 halteres, distribuídos em cinco pares de cores posição; para a segunda posição, 4 pares, para
b) 0,57 diferentes. Os h alteres de mesma massa são da a terceira, três pares..., e assim por diante.
c) 0,52 mesma cor. Seu armazenamento é denominado Então o número de possibilidades para as
d) 0,42 "perfeito" quando os h alteres de mesma cor são cinco posições é 5! (ou seja, 5 . 4 . 3 . 2 . 1).
colocados juntos.
RESOLUÇÃO: o primeiro lápis, retirado do porta­ Nas figuras abaixo, podem-se observar dois e Agora, vamos considerar os 10 h alteres
·lápis A e colocado no porta·lápis B, pode ou não ter exemplos de armazenamento perfeito. individualmente. O total de combinações
ponta. E isso influi na segunda retirada, do porta­ desses halteres em pares (independentemente
·lápis B. Vamos analisar cada uma das possibilidades. das cor ou da massa) é 10!
(ou seja, 10 . g . 8 ... 1).
O lápis retirado de A tem ponta:
e Se A tem 10 lápis, 3 deles com ponta, a e Há mais um detalhe a ser levado em conta:
probabilidade de que o lápis retirado tenha no suporte, tanto faz se a combinação traz o
ponta é de 3/10 30%
= par AZUl l, AZUL 2, ou AZUL 2, AZU l l. Então,
dividimos o total de 10! por 2, tantas vezes
e B continha g lápis, 4 com ponta. Agora contém quantos os pares existentes (são cinco pares,
10, 5 deles com ponta. Então a probabilidade então dividimos por 2 5). Ficamos com
·de retirar um lápis com ponta é de lf2 (50%) - a 10 !
mesma probabilidade de retirar um lápis
sem ponta.
Este é o número de possibilidades de quaisquer
e A probabilidade de que os dois eventos (lápis combinações dos cinco pares de halteres.
com ponta de A e sem ponta de B) ocorram em
sequência é de Arrumando-se ao acaso os dez h alteres, e Agora vamos calcular a probabilidade de

P = ( � ) · ( � ) = ( �� ) a probabilidade de que eles formem um


armazenamento perfeito equivale a:
que os pares de halteres sejam ordenados da
maneira prefeita, como quer o enunciado:

114 I GE MATEMÁTICA 201S


o
Isto é essencial

Eventos mutuamente exclusivos ou


excludentes são aqueles em que a
ocorrência de um elimina completamente
a possibilidade de ocorrência de qualquer
outro. Entre eventos desse tipo, a soma
das probabilidades é sempre igual a 1,
ou seja, 100%.
1 3 1
7
9. 94 5 Eventos independentes são aqueles nos
.
quais o resultado de um não infiui no
Resposta: b resultado dos demais. A probabilidade
de eventos independentes acontecerem
simultaneamente é igual ao produto
3· e região I
das probabilidades de cada um deles
(Unicamp 2014) Um caixa eletrônico de certo banco acontecer isoladamente.
e região 1 1
dispõe apenas de cédulas de 20 e 50 reais. No
e região 1 1 1
caso de um saque de 400 reais, a probabilidade do Combinação
número de cédulas entregues ser ímpar é igual a
n!
Cn , k = (n k) ! . k!
-
a) ..!.. Um atirador de dardos sempre acerta alguma
4
região do alvo, sendo suas probabilidades
b) l._ de acertar as regiões I, 11 e 1 1 1 denominadas, Fatorial
respectivamente, P1, Pu e Pu1. Para esse atirador, n! = n . (n 1) . (n 2) . (...) . 3 . 2 . 1,
- -

c) l._ valem as seguintes relações: para n 2 2.

d) l.. O Pu = 3 P1
O Pm = 2 Pu

RESOLUÇÃO: Começamos com um raciocínio Calcule a probabilidade de que esse atirador


simples: as possíveis combinações de notas de acerte a região I exatamente duas vezes ao fazer
RS 20 e RS 50 que somam RS 400: dois lançamentos.

RESOLUÇÃO: Se o atirador sempre acerta


8 . 50 par
qualquer uma das três regiões, então a soma
6 . 50 + 5 . 20 ímpar P1 + Pu + Pu1 = 100%.
4 . 50 + 10 . 20 par
Conforme o enunciado, Pm = 2 Pu e Pu = 3 P1.
2 . 50 + 15 . 20 ímpar Então, podemos transformar a expressão acima
em P1 + 3 P1 + 6 P1 = 10 P1 = 100%
20 . 20 par Portanto, P1 = 10%.

Repare que do total de cinco combinações, Essa é a probabilidade que o atirador tem de
apenas duas trazem número ímpar de notas. acertar o centro do alvo em um lançamento.
Então, a probabilidade de o saque ser pago com
número ímpar de notas é 2/5. A probabilidade de que ele acerte duas vezes
seguidas é igual ao produto das probabilidades
Resposta: b de cada lançamento separadamente:

= 1
p 10% . 10% _..!.._ . _..!.._ --
= =


10 10 100

(Uerj 2014) Um alvo de dardos é formado por três Resposta: A probabilidade de que o atirador
círculos concêntricos que definem as regiões I, li e acerte no centro em dois lançamentos seguidos é
1 1 1, conforme mostra a ilustração. de 1/100, ou seja, 1%.

GE MATEMATICA 2015 I 115


QUALIDADE TESTADA
E APROVADA*
*Pesquisa quantitativa por melo de entrevista pessoal, realizada nos dias 18 e 19 de fevereiro de 2013, nos campus de matricula dos cursos de Direito, Medicina e Engenharia da Untversldade de São Paulo.
Universo total de estudantes aprovados nesses cursos: 1.455 alunos • Amostra utilizada na pesquisa: 316 entrevistados - M3rgem de erro amostrai: 4,9 pontos percentuais

CONFIRA OS MESES D E LANÇAMENTO

- - -·- - � -

Fevereiro/20 1 4 Abril/201 4 Abril/201 4 Maio/201 4 Junho/20 1 4 Julho/201 4 Julho/20 1 4 Setembro/2014 Setembro/2014

COMPRE NAS BANCAS E LIVRARIAS


Sabendo-se que um dos lados do paralelogramo mede 4,5 em, quanto mede a
área desse paralelogramo?

Questões a) 12 em'
b) 16 em'
c) 24 em'
d) 32 em'
e) 36 em'

O s problemas a seguir foram


selecionados de alguns dos mais Questão 3
(PUC-RJ 2013) O retângulo ABCD tem dois vértices na parábola de equação
c oncorridos vestibulares do Brasil e 2
x 11
envolvem os principais conteúdos y = - - - x + 3 e dois vértices no eixo x, como na figura abaixo.
6 6
matemáticos tratados nas y
n1atérias desta edição

Questão 1
(UTFPR 2013) Seja a a circunferência que passa pelo ponto B com centro no
ponto C, e f3 a circunferência que passa pelo ponto A com centro no ponto
C, como mostra a figura dada. A medida do segmento AB é igual à medida
do segmento BC e o comprimento da circunferência a é de 12 rr em. Então a
área do anel delimitado pelas circunferências a e f3 (região escura) é,
em em', igual a: Sabendo que D = (3,0), faça o que se pede.
a) Determine as coordenadas do ponto A.
b) Determine as coordenadas do ponto C.
c) Calcule a área do retângulo ABCD.

Questão 4
(UFG 2013) Alguns agricultores relataram que, inexplicavelmente, suas
plantações apareceram parcialmente queimadas e a região consumida pelo
fogo tinha o padrão indicado na figura a seguir, correspondendo às regiões
internas de três círculos, mutuamente tangentes, cujos centros são os
a) 108 rr em vértices de um triângulo com lados medindo 30, 40 e so metros.
b) 144 rr em
c) 72 rr em
d) 36 rr em
e) 24 rr em

Questão z
(UPE 2013) Dois retângulos foram superpostos, e a intersecção formou u m
paralelogramo, como mostra a figura abaixo:

t
Nas condições apresentadas, a área da região queimada, em m', é igual a:
4 cm a) 1 100 rr

'-------JI ! "'
'-------JI
b) 1 200 rr
c) 1 300 rr
d) 1 400 rr
e) 1 550 rr

GE MATEMATICA 2015 I 117


t}uestão s t}uestão B
{Fuvest 2013) O mapa de u ma região utiliza a escala de 1:200.000. A porção {Ufpa 2013) Uma indústria de cerâmica localizada no m unicípio de São Miguel
desse mapa, contendo u ma Area de Preservação Permanente (APP), está do Guamá. no estado do Pará, fabrica tijolos de argila (barro) destinados à
representada na figura, na qual AF e DF são segmentos de reta, o ponto G construção civil. Os tijolos de 6 furos possuem medidas externas: 9 x 14 x 19
está no segmento AF, o ponto E está no segmento DF, ABEG é um r� ngulo centímetros e espessura uniforme de 8 milímetros, conforme a figura abaixo.
e BCDE é um trapézio. Se AF = 15, AG = 12, AB = 6, CD = 3 e DF = 5 .j 5 e
indicam valores em centímetros no mapa real, então a área da APP é

g cm
Utilizando 1 metro cúbico de argila, o número de tijolos inteiros que podem
c D ser fabricados é, aproximadamente:
a) 740
b) g6o
c) 1 020
a) 100 km' d) 1 090
b) 108 km' e) 1 280
c) no km'
d) 240 km'
e) 444 km' t}uestão g
{UFPR 2013) Um reservatório tem internamente o formato de um cilindro com
3,4 m de diâmetro e 10 m de comprimento, conforme indica a figura.
t}uestão 6 10 m
{Uerj 2013) Dois terrenos, A e 8, ambos com a forma de trapézio, têm as
frentes de mesmo comprimento voltadas para a Rua Alfa. Os fundos dos dois
terrenos estão voltados para a Rua Beta. Observe o esquema:

20 m
a) Qual o volume total que esse reservatório comporta?
b) Num certo momento, a altura do líquido no interior do reservatório é de
2,5 m, como indica a figura. Qual a área da su perfície do líqu ido exposta ao
ar dentro do reservatório?

As áreas de A e 8 são, respectivamente, proporcionais a 1 e 2, e a lateral Questão lo


menor do terreno A mede 20 m. Calcule o comprimento v, em metros, da {UFPR 2013) Considerando a circunferência C de equação (x - 3)' + (y - 4)' = 5,
lateral maior do terreno 8. avalie as seguintes afirmativas:
1. O ponto P(4, 2) pertence a C.
2. O raio de C é 5.
t}l(estão 7
{lnsper 20121 Em u ma pirâmide q uadrangular regular, a área lateral é o dobro 3. A reta y = _i x passa pelo centro de C.
da área da base. Neste caso, cada face lateral forma com o plano da base u m 3
ângulo q u e mede Assinale a alternativa correta.
a) 15' a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
b) 30' b) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
C) 45' c) As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
d) 6o ' d) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
e) 75' e) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.

118 I GE MATEMATICA 2015


Questão ll Questão 14
IEspcex 20121 Num estádio de futebol em forma de elipse, o gramado é o (UNB 20121
retângulo MNPQ, inscrito na cônica, conforme mostra a figura. Escolhendo o
sistema de coordenadas cartesianas indicado e tomando o metro como
unidade, a elipse é descrita pela equação
2
X y
- ' + -' = 1
36 6o c
Sabe-se também que os focos da elipse estão situados em lados
do retângulo MNPQ.
y

A figura acima ilustra a situação em que um cometa (C) percorre uma órbita
elíptica de centro na origem de um sistema de coordenadas cartesianas
ortogonais xOy. Nessa órbita el íptica, o Sol (S) aparece em um dos focos.
Considere que a elipse seja representada pela eq uação
2
X y
- ' +- ' =1
a b
em que a > b > o, e tenha excentricidade igual a 0,96. Nesse caso, se a distância
mínima desse cometa ao Sol for igual a 0,58 UA (unidade astronômica), em
que 1 UA = 150 . 106 km é a distância média da Terra ao Sol, então a distância
máxima do cometa ao Sol, em milhões de km, será
Assim, a distância entre as retas MN e PQ é a) inferior a 3 700.
a}48 m b) superior a 3 700 e inferior a 4 ooo.
b) 68 m c) superior a 4 ooo e inferior a 4 300.
c}84 m d) superior a 4 300.
d) 92 m
e} g6 m
QuestãO IS
IPUC·RJ 20131 Sejam f e g funções reais dadas por f(x) = 2 + x' e g(x) = 2 + x.
Questão lz Os valores de x tais que f(x) g(x) são:
=

IEpcar 20131 O gráfico de uma função polinomial do segundo grau y = f(x), que a) X = O OU X = -1
tem como coordenadas do vértice (5, 2) e passa pelo ponto (4, 3), também b) X = O OU X = 2
passará pelo ponto de coordenadas C) X = O OU X = 1
a) (1, 18) d) X = 2 0U X = -1
b) (0, 26) e) X = O OU X = 1/2
c) (6, 4)
d) (-1, 36)
Questão 16
IUERJ 20131 Um imóvel perde 36% do valor de venda a cada dois anos. O valor
Questão 13 V(t) desse imóvel em t anos pode ser obtido por meio da fórmula a seguir, na
IUFF 20121 Fixado u m sistema de coordenadas retangulares no plano, sejam T qual V, corresponde ao seu valor atual.
o triângulo cujos vértices são os pontos (-2,0), (2,0) e (0,3), e R o retângulo de t
vértices (-x,o), (x,o), o< x < 2, e cujos outros dois vértices também estão sobre Vltl = V o · (0, 64) 2
os lados de T.
Determine o valor de x para o qual a área de R é máxima. Admitindo que o valor de venda atual do imóvel seja igual a so mil reais,
justifique sua resposta. calcule seu valor de venda daqui a três anos.

GE MATEMÁTICA 2015 I 119


Questão 17 Questão 19
(UFJF 20121 Seja f: P � P uma função definida por f(x) = 2'. Na figura abaixo (UFPE 20121 Em u ma aula de Biologia, os alunos devem observar u ma
está representado, no plano cartesiano, o gráfico de f e um trapézio ABCD, cultura de bactérias por um intervalo de tempo e informar o quociente
retângulo nos vértices A e O e cujos vértices B e C estão sobre o gráfico de f. entre a população final e a população inicial. Antônio observa a cultura de
bactérias por 10 minutos e informa u m valor Q. lniciando a observação no
mesmo instante que Antônio, Beatriz deve dar sua i nformação após 1 hora,
y f(x) 2'
= =

mas, sabendo que a população de bactérias obedece à eq uação P(t) = P, . ek�


Beatriz deduz que encontrará uma potência do valor informado por Antônio.
Qual é o expoente dessa potência?

Questão 2o
(UFPR 20131 Para determinar a rapidez com que se esquece de u ma
·1 1 2
A o
informação, foi efetuado um teste em que listas de palavras eram lidas a um
grupo de pessoas e, num momento posterior, verificava-se quantas dessas
A medida da área do trapézio ABCD é igual a: palavras eram lembradas. Uma análise mostrou que, de maneira aproximada,
a) 2 o percentual S de palavras lembradas, em função do tempo t, em minutos,
após o teste ter sido aplicado, era dado pela expressão
b) -ª- S = - 18 . log (t + 1) + 86
3
c) 3 a) Após g minutos, que percentual da informação inicial era lembrado?
d) 4 b) Depois de quanto tempo o percentual S alcançou so%?
e) 6

Questão u
Questão JB (Unicamp 20131 A superfície de um reservatório de água para abastecimento
(IFSC 20121 No século 111, o matemático grego Diofante idealizou as seguintes público tem 320 ooo m' de área, formato retangular e um dos seus lados
notações das potências: mede o dobro do outro. Essa su perfície é representada pela região hachurada
x - para expressar a primeira potência; na ilustração abaixo. De acordo com o Código Florestal, é necessário manter
xx - para expressar a segunda potência; ao redor do reservatório u ma faixa de terra livre, denominada Area de
xxx - para expressar a terceira potência. Proteção Permanente (APP), como ilustra a figura abaixo. Essa faixa deve ter
No século XVII, o pensador e matemático francês René Descartes (1596-1650) largura constante e igual a 100 m, medidos a partir da borda do reservatório.
introduziu as notações x, x', x3 para potências, notações essas que usamos até
hoje.
Fonte: GIOVANNI; CASTRUCCI; GIOVANNI )R. A conquista da matemática. 8' ed., São Paulo: FTD, 2002.

Analise as igualdades abaixo:


l 4 4 1 16
L (x y ) = x 2 y

a) Calcule a área da faixa de terra denominada APP nesse caso.


b) Suponha q ue a água do reservatório diminui de acordo com a expressão
o 1
2 + - V(t) = Vo 2'1, em que Vo é o volume inicial e t é o tempo decorrido em meses.
2
111. - -- = - 2 Qual é o tempo necessário para que o volume se reduza a 10% do volume
1
- - 3o inicial? Utilize, se necessário, log,, 2 ;,: 0,30
4

• o ·1 o ·1 5
IV. (4 + 4 ) + (4 - 4 ) = - Questão n
3 Unsper 20131 O número de soluções reais da equação
Assinale a alternativa correta. log, (x + 3) + log, (x - 2) = 2 é
a) Apenas as igualdades I e 1 1 são verdadeiras. a) o.
b) Apenas as igualdades I, 1 1 1 e IV são verdadeiras. b) 1.
c) Apenas as igualdades li e IV são verdadeiras. c) 2.
d) Apenas a igualdade IV é verdadeira. d) l
e) Todas as igualdades são verdadeiras. e) 4-

110 I GE MATEMATICA 201S


Questão z3 Questão zs
(PUC·RJ 2013) O retângulo DEFG está inscrito no triângulo isósceles ABC, como (Unicamp 2013) Um satélite orbita a 6 400 km da superffcie da Terra. A figura
na figura abaixo: abaixo representa uma seção plana q ue inclui o satélite, o centro da Terra e
o arco de circunferência AB. Nos pontos desse arco, o sinal do satélite pode
c ser captado. Responda às questões abaixo, considerando que o raio da Terra
também mede 6 400 km.

Assumindo DE = GF = 12, IT = DG = 8 e AB = 15, a altura do triângulo ABC é:

a) li
4


b) a) Qual o comprimento do arco AB indicado na figura?
7 b) Suponha que o ponto C da figura seja tal q ue cos e = 3/4.
Determine a distância d entre o ponto C e o satélite.
c) �
7
Questão z6
d) .ill.. (FGV 2012) No triângulo retângulo abaixo, os catetos AB e AC medem,
7 respectivamente, 2 e 3- A área do quadrado ARST é que porcentagem da área
do triângulo ABC?
e) li
5 B

Questão z4
(Fuvest 2013) U m teleférico transporta turistas entre os picos A e B de dois
morros. A altitude do pico A é de 500 m, a altitude do pico B é de Soo m,
e a distância entre as retas verticais que passam por A e B é de goo m.
Na figura, T representa o teleférico em u m momento de sua ascensão e x
e y representam, respectivamente, os deslocamentos horizontal e vertical
do teleférico, em metros, até esse momento.
a)42%
B
b) 44%

1
C)46%
d) 48%
� e) 5o%
8oo m

"-----l--J...-
!+-- goo m ---+i
�1 Questão z1
(PUC·RJ 2013) Se a soma dos q uatro primeiros termos de uma progressão
aritmética é 42, e a razão é 5, então o primeiro termo é:
a) 1
a) Qual é o deslocamento horizontal do teleférico quando o seu b) 2
deslocamento vertical é igual a 20 m? c) 3
b) Se o teleférico se desloca com velocidade constante de 1,5 m/s, quanto d) 4
tempo o teleférico gasta para ir do pico A ao pico B? e) 5

GE MATEMATICA 201S I 1Zl


t}uestão zB /3
(CFT·MG 20121 A figura abaixo representa u ma circunferência trigonométrica d) s m
em que MN é diâmetro e o ângulo a mede � radianos. 3
6
13
e) -- m
3

t}uestão 30
(Unesp 20131 A soma dos n primeiros termos de uma progressão aritmética é
dada por 3n' - 2n, em que n é um número natural. Para essa progressão, o
primeiro termo e a razão são, respectivamente,
a) 7 e 1.
b) l e 6.
c) 6 e 1.
d) l e 7.
A razão entre as medidas dos segmentos AB e AC é e) 6 e ?.

a) 26 !3
t}uestão 31
b) /3 (Espcex 20131 Um fractal é um objeto geométrico que pode ser dividido em partes,
/3 cada uma das quais semelhantes ao objeto original. Em muitos casos, um fractal
c) é gerado pela repetição indefinida de um padrão. A figura abaixo segue esse
2 princípio. Para construí-la, inicia-se com uma faixa de comprimento m na primeira
linha. Para obter a segunda linha, uma faixa de comprimento m é dividida em
três partes congruentes, suprimindo-se a parte do meio. Procede-se de maneira
análoga para a obtenção das demais linhas, conforme indicado na figura.

t}uestão zg m
(UFJF 20121 Uma praça circular de raio r foi construída a partir da
planta a seguir:

- ­ - ­

I I I I I I I I

11 11 11 1 1 11 11 11 1 1

1111 1111 1111 1111 1111 1111 1111 1111

Se, partindo de uma faixa de comprimento m, esse procedimento for efetuado


Os segmentos AB, BC e CA simbol izam ciclovias construídas no interior da infinitas vezes, a soma das medidas dos comprimentos de todas as faixas é
praça, sendo que AB = So m. De acordo com a planta e as informações dadas, a) 3 m
é correto afirmar que a medida de r é igual a: b) 4 m
160 /3
. c) s m
a) --- m d) 6 m
3 e) ? m

b) so /3 m
3 t}uestão 3z
16 /3 (Unicamp 20131 Um automóvel foi anunciado com u m financiamento "taxa
c) -- m zero" por RS24 ooo,oo (vinte e quatro mil reais), que poderiam ser pagos
3 em doze parcelas iguais e sem entrada. Para efetivar a compra parcelada,

121 I GE MATEMÁTICA 2015


no entanto, o consumidor precisaria pagar RS720,oo (setecentos e vinte Questão u
reais) para cobrir despesas do cadastro. Dessa forma, em relação ao valor (Uibra 20121 Carlos aplicou RS 500,00 num banco a uma taxa de juros
anunciado, o comprador pagará um acréscimo compostos de 20% ao ano. Sabendo que a fórmula de cálculo do montante
a) inferior a 2,5%. é M = C (1 + i) n, em que M é o montante, i, a taxa de juros, C, o valor da
b) entre 2,5% e 3,5%. apl icação e n, o período da aplicação, qual o tempo necessário, aproximado,-
c) entre 3,5% e 4,5°/o. para que o montante da aplicação seja RS 8 ooo,oo?
d) superior a 4,5°/o. Dados: log 2 = 0,301 e log 12 = 1,079

a) 20 meses e 14 dias.
Questão 33 b) 12 anos, 6 meses e 10 dias.
(Epcar 20131 Gabriel aplicou RS 6 500,00 a juros simples em dois bancos. c) 15 anos, 2 meses e 27 dias.
No banco A, ele aplicou u ma parte a 3°/o ao mês durante 5/6 de um ano; no d) 15 anos e 10 dias.
banco B, aplicou o restante a 3,5% ao mês, durante 3/4 de um ano. e) 12 anos.
O total de juros que recebeu nas duas aplicações foi de RS 2 002,50.
Com base nessas informações, é correto afirmar que
a) é possível comprar u m televisor de RS 3 100,00 com a quantia aplicada no Questão 36
banco A. (UPE 20131 Um dos reservatórios d'água de u m condomínio empresarial apre­
b) o juro recebido com a aplicação no banco A foi menor que RS 850,00. sentou um vazamento a uma taxa constante, às 12 h do dia 1" de outubro.
c) é possível comprar u ma moto de RS 4 6oo,oo com a quantia recebida pela As 12 h dos dias 11 e 19 do mesmo mês, os volu mes d'água no reservatório
aplicação no banco B. eram, respectivamente, 315 mil litros e 279 mil litros. Dentre as alternativas
d) o juro recebido com a aplicação no banco B foi maior que RS 1110,00. seguintes, qual delas indica o dia em que o reservatório esvaziou totalmente?
a) 16 de dezembro
b) 17 de dezembro
Questão 34 c) 18 de dezembro
(UFSM 20131 Os aeroportos brasileiros serão os primeiros locais que muitos d) 19 de dezembro
dos 6oo mil turistas estrangeiros, estimados para a Copa do Mundo Fita 2014, e) 20 de dezembro
conhecerão no Brasil. Em grande parte dos aeroportos, estão sendo realizadas
obras para melhor receber os visitantes e atender a uma forte demanda
decorrente da expansão da classe média brasileira. Questão 37
Fonte: Disponlvel em <http://www.copa2014.gov.br>. Acesso em: 7 jun. zon (adaptado) (Unicamp 20131 A numeração dos calçados obedece a padrões distintos,
conforme o país. No Brasil, essa numeração varia de u m em u m, e vai de 33 a
45, para adu ltos. Nos Estados Unidos a numeração varia de meio em meio, e

�:� � -_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-�-�
vai de 3,5 a 14 para homens e de 5 a 15,5 para mulheres.
� a) Considere a tabela abaixo.

!
'ãj

""'
6,7

4,0
i: D Numeração brasileira (t)
35
Comprimento do calçado (x)
23,8 em
"'
o. 42 27,3 em

Suponha que as grandezas estão relacionadas por funções afins t(x) ax + b


=

2010 2014 Ano para a numeração brasileira e x(t) ct + d para o comprimento do calçado.
=

Encontre os valores dos parâmetros a e b da expressão que permite obter


O gráfico mostra a capacidade (C), a demanda (O) de passageiros/ano em 2010 e a numeração dos calçados brasileiros em termos do comprimento, ou os
a expectativa/projeção para 2014 do Aeroporto Salgado Filho (Porto Alegre, RS), valores dos parâmetros c e d da expressão que fornece o comprimento
segundo dados da lnfraero - Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeronáutica. em termos da numeração.
De acordo com os dados fornecidos no gráfico, o número de passageiros/
ano, quando a demanda (O) for igual à capacidade (C) do terminal, será, b) A numeração dos calçados femininos nos Estados Unidos pode ser
aproximadamente, igual a estabelecida de maneira aproximada pela função real f definida por
a) sete milhões, sessenta mil e seiscentos. f(x) = 5(x - 20) 1 3, em que x é o comprimento do calçado em em.
b) sete mil hões, oitenta e cinco mil e setecentos. Sabendo que a numeração dos calçados n1 forma uma progressão
c) sete milhões, cento e vinte e cinco mil. aritmética de razão 0,5 e primeiro termo n , = 5, em que nk = f (,k),
d) sete milhões, cento e oitenta mil e setecentos. com k natural, calcule o comprimento c5•
e) sete milhões, cento e oitenta e seis mil.

GE MATEMÁTICA 2015 I 123


l}uestio JB respectivamente, da área do setor circular que indica as escolas que tiveram
(UFSJ 20121 Os gráficos das funções f(x) 2, g(x) 2x - 4 e h(x) -x + 2 delimi· = = = melhora, mas não atingiram a média nacional.
tam uma região do plano cartesiano, cuja área, em unidades de área, é Diante do exposto, determine o número das escolas que melhoraram e atingi·
a) 6 ram a média, das que mantiveram a nota e das que pioraram.
b) 2
c) 3
d) 4 Questão 41
(Uerj 2013) Na ilustração abaixo, as 52 cartas de um baralho estão agrupadas em
linhas com 13 cartas de mesmo naipe e colunas com 4 cartas de mesmo valor.
l}uestão 39
(Unesp 2013) O gráfico informa o percentual de variação do PIB brasileiro, em
três setores produtivos, quando comparado com o mesmo trimestre do ano
anterior, em um perfodo de sete trimestres.
. .
� .. . . .
T
. . H • H • ••••• •••••• H • •
16% . .

:• ,..: . ..................... i... . . . . . . . . .. . " ... �


14% .. . . .......· ..

12% . !. . . ... .. .... . . . . . . . .. . , .


. . . . . .. . . .. .

10% 00
::l'
H 0000 '! � �
000 O 0 0 0 0 000 00 - ·········· ······· ····························

co
' Denomina-se quadra a reunião de quatro cartas de mesmo valor. Observe, em
� •
.. ..... ..... .. i .. ;:..s-�-
8% ..

i/!1�1-·
················ ·· ············ ......................

#- · · · · · · . .
um conjunto de cinco cartas, um exemplo de quadra:
6% ..
:F � : -
4% ..

��� �-
!\ . �líi! ''
2% ..
0%
-2% agropecuária indústria
� �
'f ' serviços
2010/11 2010/111. 2010/IV . 2011/1 • 2011/11 • 2011/111. 2011/IV
O número total de conjuntos distintos de cinco cartas desse baralho que
Comparando-se os dados do gráfico, verifica-se que, no 3" trimestre de 2011 contêm uma quadra é igual a:
(2011/111), quando comparado ao 3" trimestre de 2010 (2010/111), o PI B dos a) 624
setores de agropecuária, indústria e serviços, respectivamente, b) 676
a) caiu 3,4%, 5,8% e 1,1%. c) 715
b) avançou 7,0%, 8,3% e 4,9%. d) 720
c) avançou 6,9% e caiu 0,7% e 1,4%.
d) caiu 0,1%, 7,3% e 2,9%.
e) avançou 6,9%, 1,0% e 2,0%. Questão 41
(PUC·SP 2013) Certo dia, Nair, Raul e seus quatro filhos foram jantar em um
restaurante e lhes foi reservada uma mesa de formato retangular com 8
Questão 40 cadeiras dispostas da forma como é mostrado na figura abaixo.
(UFG 2013) O gráfico a seguir representa, em um semicfrculo, como foi a
evolução do ldeb (fndice de Desenvolvimento da Educação Básica) de 2011
em comparação ao ldeb de 2007, considerando-se as 2700 escolas públicas
i i i
brasileiras que obtiveram as menores notas em 2007.

Tendo em vista que as cadeiras eram fixadas no solo e considerando que Raul
e Nair sentaram-se apenas nas cabeceiras da mesa, de quantos modos toda a
famflia pode ter se acomodado nas cadeiras para desfrutar do jantar?
a) 720
Pelo gráfico, sabe-se que as escolas que melhoraram, mas não atingiram b) 360
a média nacional são representadas pelo setor circular determinado por c) 180
um ângulo de 140' e que os setores circulares que indicam as escolas que d) 150
mantiveram a mesma nota e as que pioraram correspondem a 2/35 e 1/7, e) 72

1Z4 I GE MATEMATICA 201S


Questão 43 Questã0 47
(PUC·RJ 2013) Em uma sorveteria há sorvetes nos sabores morango, chocolate, (Espcex 2013) A probabilidade de se obter um número divisível por 2 na
creme e flocos. De quantas maneiras podemos montar u ma casquinha com escolha ao acaso de uma das permutações dos algarismos 1, 2, 3, 4, 5 é
duas bolas nessa sorveteria?
1
a) 10 maneiras a) -
b) g maneiras 5
c) 8 maneiras
d) 7 maneiras b) 2.
e) 6 maneiras 5

c) _l
Questão 44 4
(Fuvest 2013) Vinte times de futebol disputam a Série A do Campeonato
Brasileiro, sendo seis deles paulistas. Cada time joga duas vezes contra d) _!_
cada um dos seus adversários. A porcentagem de jogos nos quais os dois 4
oponentes são paulistas é
1
a) menor que 7%. e) -
b) maior q ue 7%, mas menor que 10%. 2
c) maior que 10%, mas menor que 13°/o.
d) maior que 13°/o, mas menor que 16%.
e) maior que 16%. Questão 4B
(UFPA 2013) Uma comissão é formada por 4 participantes de cada um dos
municípios Abaetetuba, lgarapé·Miri, Cametá, Barcarena e Moju, totalizando
Questão u 20 pessoas. Escolhendo-se aleatoriamente 5 pessoas desse grupo, a probabili·
(UFMG 2013) Permutando-se os algarismos do número 1234S6, formam-se dade de que exista u m representante de cada município é:
números de seis algarismos. Supondo-se que todos os números formados a) 64/969
com esses seis algarismos tenham sido colocados numa lista em ordem b) 8/14535
crescente, c) 1/2075
a) determine q uantos números possui essa lista. d) 5/15504
b) determine a posição do primeiro número que começa com o algarismo 4. e) 1/15S04
c) determine a posição do primeiro número que termina com o algarismo 2.

Questão 4g
Questão 46 (UFPR 2013) Para verificar a redução de efeitos colaterais de um novo
(Unicamp 2013) Para acomodar a crescente quantidade de veículos, estuda-se tratamento, pesquisadores ministraram a dois grupos distintos de
mudar as placas, atualmente com três letras e quatro algarismos numéricos, voluntários o tratamento convencional e o novo tratamento.
para quatro letras e três algarismos numéricos, como está ilustrado abaixo. Os resultados obtidos estão descritos na tabela a seguir:

ABC 1234 ABCD 123


Apresentou efeitos colaterais
Considere o alfabeto com 26 letras e os algarismos de o a g. O aumento obtido SIM NÃO
com essa modificação em relação ao número máximo de placas em vigor seria Tratamento convencional 54 41
a) inferior ao dobro. Novo tratamento 51 34
b) superior ao dobro e inferior ao triplo.
c) superior ao triplo e inferior ao quádruplo. a) Qual a probabilidade de um voluntário, escolhido aleatoriamente dentre
d) mais que o quádruplo. os participantes dessa pesquisa, ter apresentado efeitos colaterais?
b) Qual a probabilidade de um voluntário ter sido submetido ao novo
tratamento, dado que ele apresentou efeitos colaterais?

GE MATEMÁTICA 2015 I 125


Questão 3
Primeiro, preste bastante atenção para não confundir os vértices de que

Respostas fala o enunciado: os vértices ABCD são do retângulo, e não da parábola.


Agora analise as informações do enunciado e localize no gráfico:
• ABCD é um retângulo;
• CD está sobre o eixo x;
• Se D tem como coordenadas x = 3 e y = o;
• O lado AD é vertical;
• Então a coordenada x do ponto A é igual à do ponto D: xA = Xo = 3.
· Pelo mesmo raciocínio, identificamos o valor de y para os pontos B e C. Veja:
Questão I
Você se lembra que o comprimento (ou perímetro) de u ma circunferência é
dado pela equação C = 2 . TI . r, em q ue r corresponde à medida de seu raio.
O enunciado afirma que o comprimento da circunferência a é de 12 TI em.
Então, C a = 2 . TI. r � 12 TI = 2 . TI . r a � r a = 6 em

Repare que o segmento corresponde ao raio da circunferência a. vale,


portanto, 6 em. O enunciado também informa que CB = BA.
x, = 3 V x, = x, = ?
Portanto, o raio da circunferência f3 é o dobro do raio da circunferência a : y, = ? y, = y, = ?
r (3 = 2 . r a � r (3 = 1 2 em
a. O ponto A pertence à parábola que, pelo enunciado, representa a função
Repare que a área do anel assinalada na figura é igual à diferença entre 2
X 11
as áreas dos círculos f3 e a. Você deve se lembrar, também: a área de u m y = - " - X + 3
círculo é dada por A = TI . r2• 6 6
Daí temos que A a = TI . 62 = 36 TI cm2• Substituindo xA na equação, obtemos y,:
E a área da circunferência f3 é A (3 = TI . 122 = 144 TI cm2• I

3 11.3 9 33
Y• = - - - + 3 = - + - + 3
Por fim, a diferença entre as áreas dos dois círculos: 6 6 6 6
Aanel = 144 TI - 36 TI = 108 TI cm2 Então y, = - 1.
Alternativa correta: a As coordenadas do ponto A são (3, 1). -

b. Este item da questão exige atenção na interpretação da figura do


Questão 2 enunciado. Repare que:
A questão exige mais capacidade de observação do que cálculos. Observe na · Você já viu: o ponto C está sobre o eixo x, então a coordenadaYc = o.
figura em que os dois retângulos aparecem sobrepostos: O mesmo vale para o ponto D: Yo = o.
· Todos os vértices do retângulo (A, B, C e D) estão à mesma distância do eixo
de simetria da parábola (que é perpendicular ao eixo x e passa pelo vértice da
parábola). Então, se descobrirmos a distância entre xA e x8, conheceremos a
distância entre Xc e Xo, e daí Xc.

Vamos chamar o vértice da parábola de ponto V, e suas coordenadas, x, e y,.


Você se lembra da aula que a coordenada x, é dada pela expressão
·b
Xv = -- Então,
2 ·a

Agóra repare: óbvio que o comprimento do lado a do paralelogramo tem de


( 1
ser maior que 8 em. Então este não é o lado que tem o valor de 4,5 em. Essa - -� )
11
medida só pode corresponder ao comprimento da base b do paralelogramo. Xv = --- = - a � Xv = 5,5 ·

2 2
Para calcular a área de um paralelogramo você não precisa saber a medida 6
de todos os lados. Basta a de um deles (a base) e a altura da figura: Sabemos q ue xA = 3. A distância entre xA e Xv é, então, Xv - x, = 5,5 - 3 = 2,5
A=b.h Já vimos q ue Xo = x, = 3. Então a distância entre Xo - Xv = 2,5.
A = 4,5 . 8 = 36 cm2
Alternativa correta: e E Xo 5,5 + 2,5 � Xo = 8.

126 I GE MATEMATICA 2015


Confira todo o raciocínio na figura a seguir: A área total pedida na q uestão é a soma das áreas dos três círculos:
Atotal = (900 + 400 + 100) rr = 1400 rr
Alternativa correta: d

Questão s
A q uestão combina conhecimentos sobre área de figu ras planas, proporção
(escala) e semel hança entre triângulos. Primeiro, vamos transpor as
informações do enu nciado para a figura:

A r-------�--���
As coordenadas do ponto C são C (8, o).

c. Já encontramos as coordenadas de todos os vértices do retângulo:


A (3, - 1); B (8, - 1); c (8, o) e D (3, o).
A área do retângu lo, você se lembra, é calculada por A = base . altura
A base b corresponde à diferença entre XA e Xs = 8 - 3 = 5;
A altu ra é a distância entre YA e Ys = o - (- 1) = 1.
Portanto, A = 5 . 1 .
A área do retângulo e de s u2. c o
Obs: Figura ilustrativa, sem escala.

Questão 4 Os pontos EFG formam um triângulo retângulo do qual conhecemos a


Chamando a, b e c os raios de cada um dos círculos, montamos o esquema: medida dos dois catetos (6 e 3). A hi potenusa (x), pelo teorema de Pitágoras, é:
X' = b' + C'
X2 = 6' + 32 � X' = 36 + 9 � X' = 45

A medida do lado DF é dada no enu nciado: 5 /5


Então, o comprimento de DE é y = 5 /5 - 3 /5 = 2 /5
111
Como AF e BE são segmentos paralelos, os triângulos EFG e DEH são seme­
Repare q ue a é o raio do círculo I ; b, o raio do círculo 1 1, e c, o raio do círculo l hantes. Então, seus lados são proporcionais. Daí,
111. Repare, também, que a > b > c. Do enunciado, conhecemos a relação
(1 1 1)
entre esses raios: a + b = 50 (I); a + C = 40 (li); b + C = 30
3 /5 6
= - � Z=4
2 /5
--

Com essas equações podemos montar um sistema. E vamos fazer (I) - (11) - (111): A área total da APP é a soma das áreas dos trapézios ABEF e BCDE.
(I) iH 9= 50 Lembrando a fórmula para a área do trapézio:
( l i) - a - c = - 40
base maior + base menor
(1 1 1) - b - E = - 30 A = · a lt ura
2
--- --

- 2 . c = - 20 � c = 10

(15 + 12) . 6 (12 + 3) . 4 2


Podemos substituir o valor de c em q ualquer das equações na qual essa Atotal = + = 81 + 30 = 111 em
variável aparece. Vamos substituir c na equação 111, e obter o valor de b: 2 2

(1 1 1) - b - c = - 30 � - b - 10 = - 30 � - b = - 30 + 10 � - b = - 20 � b = 20 Repare que essa é a área em em'. A escala 1 : 200 ooo indica q ue, nas
d i mensões reais, cada u nidade de medida corresponde a 200 ooo unidades da
Agora, substituindo o valor de b na equação I, mesma medida. Neste caso, cada 1 em vale, na verdade, 200 ooo em.
(I) a + b = 50 � a + 20 = 50 � a = 30
Defin ido o raio de cada círculo, encontramos a área de cada um deles. A Mas, atenção, essa escala é linear. Indica a proporção entre cada lado
fórmula para a área do círculo: A = rr . r' representado no mapa e seu tamanho real. A q uestão pede a área da APP.
· Para o círculo 1: AI = rr . 30' = 900 . rr E áreas são sempre dadas em u n idades elevadas ao q uadrado (em', m' ou
· Para o círculo 11: A l i = rr . 20' = 400 . rr km'). Portanto, a relação entre a área do mapa e a real deve corresponder ao
· Para o círculo 111: A l i I = rr . 10' = 100 . rr quadrado dos valores ind icados na escala. lll>

GE MATEMATICA 201S I 127


Vamos chamar de A a área real do terreno. Se a base médiay vale a média aritmética das bases inferior e superior,
Vamos, também, passar a u nidade cm2 para km': 1 em' = 10-" km' temos que
Então, temos:
20 + X
111 . 10
·10
( -1 '
y= --
2
= - -)
A 200 ooo Lembrando a fórmula para a área do trapézio,

A = 111 . 10·10 • 4 . 1010 = 111 . 4 = 444 km'


(
base maior + base menor
A = �------�---
altura ) ·

Alternativa correta: e 2

Descobrimos as áreas dos trapézios A e B:

Questão 6
20 + X
(
20 + ____ . h
2
)
Ao pedir o comprimento de x, a q uestão pede a medida da base maior do A A = ---�--
trapézio B. Mas repare q u e os dois trapézios, A e B, formam um trapézio 2

maior. Vamos chamá·lo de trapézio C.


(-_
20 X
+_
+ X) . h
Da análise da figu ra, tiramos algumas conclusões:
2
As = ---=--- --
· As frentes dos dois terrenos voltadas para a rua Alfa são congruentes,
conforme diz o e n u nciado. Lem bre-se que lados congruentes têm o mesmo
comprimento. Então as frentes têm a mesma medida. O enunciado diz, ainda, que as áreas dos trapézios A e B são proporcionais a 1 e 2.
Portanto,
· Os dois terrenos formam dois trapézios de bases paralelas. E os lados que
constituem a frente e os fundos de cada terreno fazem o mesmo ângu lo .&_ = :!.
com essas bases. Então, os fundos também são congruentes. As 2

• E se tudo é parte de um trapézio maior (C), então a altura dos dois trapézios Com essa relação de proporcionalidade, descobrimos o valor de x:
(A e B) também são congruentes. Essa altura corresponde à metade da
altu ra do trapézio maior (C). ( 20 + X
20 + -- ) . h
2
· A base maior do terreno A corresponde à base menor do terreno B.

-- + x ) . h
1
Essa é a chamada base média do trapézio C, que vamos chamar de y.
( 20 + X 2

Você sabe, da aula, que a base média de u m trapézio tem comprimento igual 2
à média aritmética de suas duas bases, a superior e a inferior.

O trapézio maior é As duas frentes constituem um (


20 + � ) - h -- + x ) . h
( 20 + X

formado pela junção dos lados do trapézio C. Então


2 . 2 2
dos trapézios A e B as frentes são congruentes. 2

\ / Vamos simplificar a expressão, eliminando elementos que aparecem dos dois

)
lados da igualdade:
2o m

cLJ A � ( 20 + X
11
w

��h�c i -- -- �
-- + x ·

2
-s Y�
� --�� 1 1

( 20 + X ( 20 + X
2 · 20 + -- ) = -- + X )
Os dois fundos constituem um 2 2
dos lados do trapézio C. Então
os fundos são congruentes.
40 + 20 + X = 10 + _!_ + X � 60 - 10 = _!_ � X = 100
2 2

A base maior do trapézio B (o segmento x) mede 100 metros.

128 I GE MATEMATICA 2015


Questão 7 Questão I
Apesar de tratar de uma pirâmide, um sólido geométrico, a q uestão trabalha A q uestão exige, fundamentalmente, raciocinio. Veja na figura: o tijolo é u m
fundamentalmente com noções de área e a relação entre ângulos. Uma paralelepípedo. E os furos são seis paralelepípedos menores. O volume d e
pirâmide quadrangular regular é aquela que tem como base u m quadrado e argila para cada tijolo é igual a o volume que seria uti lizado para fazer u m
suas faces são triângulos isósceles. Veja: tijolo com pacto, menos a argila q u e não entra nos furos.

g cm
A
Então é só calcular o vol ume de dois tipos de paralelepipedos - o maior (tijolo
com pacto) e os seis menores (os fu ros). Depois, s u btrair um do outro.

Você se lem bra, da aula: Vparaleleplpedo = altura . largura . profundidade


c
Então, o volume do paralelepípedo maior (o tijolo i nteiro) é
O enunciado diz que a área lateral, correspondente à área somada dos quatro Vtijolo = 19 . 9 . 14 = 2 394 cm3
triângulos laterais, é o dobro da área da base:
Alateral = 2 . Abase Vamos calcular o volume dos seis furos. Sabemos que eles têm a
profundidade igual a um dos lados do tijolo, 19 em. Falta encontrar a altura e
Identifique na figura acima: a largura de cada um deles.
• A área da base corresponde à área do quadrado de lados iguais ao segmento AB;
· A área de cada triângulo das faces corresponde à área do triângulo ABV, de A altura é calculada a partir da observação da figu ra:
base AB e altura HV. · altura do tijolo = 14 em
· espessura das paredes = o,8 em
Lembrando da fórmula de área de um triângu lo, • número de paredes na altura = 4
• n ú mero de furos na altu ra = 3
A tr�n&ulo
_ base altura ·
Então Altura1uro = (14 - (4 . 0,8)) : 3 = 3,6 em.
-
2
Então, para o triângulo ABV, O mesmo raciocínio para a largura d e cada furo:
· largura do tijolo = 9 em
AB · HV
A ABV = · espessura das paredes = 0,8 em
2 · nú mero de paredes na largura = 3
· A área lateral é a soma da área dos quatro triângulos laterais. Então · nú mero de fu ros na largura = 2
4 . AABV = 2 • AABCD ·Então Largu ra1uro = 9 - (3 . 0,8) : 2 = 3a em
AB . HV
4 ·
= 2 · AB' � AB . HV = AB2 � HV = AB Pela fórmula de volume de um paralelepípedo, encontramos o vol ume de
2 cada furo: Vturo = 19 . 3,6 . 3,3 = 22V2 cm3
Vamos considerar um ponto P, no centro do quadrado da base. Observe
na figura que o triângulo VPH é retângulo. Além disso, VH = AB e P H vale Este é o valor para u m ú nico furo. O tijolo tem seis furos. Então
metade de um dos lados do quadrado da base, ou seja, metade do lado AB. Vturos = 6 . 225,72 = 1 354,32 cm3
Para um triângulo retângulo do qual conhecemos a medida de dois lados, Assim, o vol u me de argila em um tijolo, com seus seis fu ros, é
descobrimos o ângulo entre eles encontrando seu cosseno: Vtijo lo = 2 394 - 1 354,32 = 1 039,68 cm3
cateto adjacente a a
cos a = Para calcular quantos tijolos podem ser feitos com 1 metro cúbico de argila:
AB
hipotenusa • Convertemos m 3 para cm 3: 1 m 3 = 1 ooo ooo cm3
PH 2 1
No caso, o cosseno de a é dado por cos a = - = - = - • Dividimos esse valor pelo volume de um tijolo:
VH AB 2
n = 1 ooo ooo : 1 039,68 = 961,83. Esse é o n ú mero d e tijolos que se pode
Se cos a = 'h, o ângu lo a mede 6o' fabricar com 1 m 3 de argila.

Alternativa correta: d Alternativa correta: b

GE MATEMATICA 2015 I 129


Questão 9 t}uestão 1o
a) O volume do reservatório é calculado pela fórmula de volume de A equação da circunferência (x - 3)' + (y - 4)' = 5 está apresentada na
um cilindro: a área do círculo correspondente à base mu ltipl icada chamada forma reduzida
pela altura do cilindro. (x - xc)2 + (y - yc)2 = r2

A base do cilindro é um círculo. E sua área, portanto, é dada por Nessa expressão, Xc e Yc são as coordenadas do centro C. E r é o raio.
Aclrculo = Tt . r' com Tt 3,14.
I = Então, a circunferência em q uestão tem centro no ponto C (3, 4).

O enunciado não fornece o raio do círculo, mas seu diâmetro: 3,4 m. a) Para saber se um ponto pertence a essa circunferência, basta substitu ir
Então o raio mede 1,7 m. E a área do círculo é suas coordenadas na equação e verificar se a igualdade se confirma.
Acirculo = 3,14 . 1,7' = 3,14 . 2,89 = 9,0746 m2
Para o ponto P(4, 2), temos
Para encontrar o volume do cilindro, basta m u ltiplicar essa área pela altura: (x - 3)' + (y - 4)' = 5
Vcilindro = 9,0746 . 10 = 90,746 m3 (4 - 3)' + (2 - 4)' = 5
12 + (-2)2 = 5
b) A área da superfície do líquido exposta ao ar dentro do tanque corresponde a 1 +4 = 5
um retângulo cuja dimensão maior é igual ao comprimento do cili ndro 5=5
(1o metros). Vamos calcular a medida dos lados menores . A figura abaixo Sim, o ponto P(4, 2) pertence à circunferência. A afirmação é verdadeira.
mostra a situação descrita no enu nciado, vista de uma das bases do cilindro:
=
b) Pela equação da circunferência dada no e n u nciado, r2 5.
Esse é o valor do raio elevado ao quadrado.

Assim, o raio da circunferência é r = /5.


A afirmação é falsa.

c) Descobrir se determinada reta passa pelo centro da circunferência


significa confirmar se o ponto C pertence a essa reta. Pela equação da
circunferência fornecida no enunciado já deduzimos que as coordenadas do
centro da circu nferência são C(3, 4). Substituindo esses valores na equação da
Vamos entender a figura: reta dada, temos que
• 3,4 m é a largura do cilindro (ou o diâmetro da base circu lar);
4
• 2,5 m é a largura do cilindro que é ocupada pelo liquido; y = - . X
• O raio da base tem 1,7 m; 3

· O líquido não ocupa todo o círculo. Ele deixa vazio 3,4 - 2,5 = 0,9 m;
1
· Subtraindo 0,9 m do raio de 1,7 m, ficamos com 0,8 m; 4 = . . 3
· E, assim, temos um triângulo retângulo do q ual conhecemos dois lados. 3

4=4
Apl icando o teorema de Pitágoras, encontramos o valor do lado x
no triângulo: A igualdade se confirma. Portanto, o ponto C pertence à reta e
a afirmação é verdadeira.
(1,7)2 = (0,8)2 + X 2
X2 = 2,89 - 0,64 Alternativa correta: e
x2 = 2,25
x = 1,5 m

Repare q u e x é a metade do lado menor do retângulo que representa a


su perfície do l íq u ido. Então esse lado, intei ro, mede 1,5 . 2 = 3 m.

Para encontrar a área do líquido q u e permanece em contato com o ar, basta


calcular a área do retângulo: 10 m . 3 m = 30 m'.

A área do liquido que permanece em contato com o ar é de 30 m'.

UO I GE MATEMATICA 2015
Questão 11
A linguagem do e n u nciado é meio rebuscada. Mas a questão exige, apenas, Repare:
que apliquemos fórmulas para descobrir a distância focal da elipse. Veja: · A distância A,O equivale à medida de a - a metade do comprimento do
eixo maior;
· O enu nciado diz que o retângulo está inscrito na cônica. Isso significa · A medida B,O equivale a b, metade do comprimento do eixo menor;
que os vértices do retângulo estão sobre a elipse e que, portanto, suas · Os focos F, e F, são pontos q u e pertencem aos lados MN e PQ do retângulo.
coordenadas obedecem à equação dessa cu rva; A distância entre esses pontos é a distância focal (2c). É essa distância que é
pedida na questão.
· O en unciado diz, ainda, que os focos estão sobre lados do retângu lo do
gramado. Então os focos são pontos que pertencem aos lados MN e PQ; A medida de F,O equivale a c, metade da distância focal. Ligando F, a B, e O,
obtemos o triângulo retângulo F,OB,. Desse triângulo conhecemos o valor de
· Por fim, a distância entre as retas MN e PQ, que se pede, nada mais é do que dois lados (a = 6o e b = 40). Aplicando o teorema de Pitágoras, temos:
a distância focal (2c). a' = b' + c'
6o' = 362 + c'
Agora preste mu ita atenção: por definição, a é o semieixo maior da elipse ­ c' = 3 6oo - 1 296 = 2 304
ou seja, a > b. Trad icionalmente, as elipses são desenhadas com o eixo maior c = 48 m � 2c = 2 . 48 = g6 m
(2 a) na d i reção do eixo x, das abscissas. Quando isso ocorre, a equação da A distância entre as lin has de fundo do campo de futebol é de g6 metros.
eli pse é: Alternativa correta: e

Questão n
O enu nciado fornece as coordenadas do vértice da parábola. Então vamos
Mas, nesta questão, o eixo maior está na di reção do eixo y. Então, a e b utilizar a forma canônica da fu nção de segundo grau e, depois, testar qual
trocam de posição. A equação fica assim: dos pontos dados também pertence ao gráfico dessa fu nção.
l l
X y
-+- l
=1 Lembrando: a forma canônica da fu nção q uadrática é:

�+�=1
bl a
, , Y = a (x - Xv) ' + Yv
Então, na equação da elipse apresentada no enu nciado,
36 60 Substituindo as coordenadas de V(5, 2) obtemos:
a' = 6o' � a = 6o y = a (x - 5)2 + 2
b' 36'
= � b 36 = y = a (x' - 10 x + 25) + 2 (I)

Observe a figura abaixo, com os valores conhecidos apl icados: Vamos determinar o valor do coeficiente a, s u bstituindo em (I)
as coordenadas do outro ponto da parábola fornecido no enunciado, P(4, 3):
3 = a . (4' - 10 . 4 + 25) + 2
3 = a . (16 - 40 + 25) + 2
3=a+2
a=1

Portanto, a expressão de f(x) é:


y = X2 - 10X + 25 + 2
y = X2 - 10X + 2 7

Substituindo as coordenadas do ponto da alternativa a (1, 18), obtemos:


18 = 1 - 10 + 27
18 = 18

Então o ponto (1, 18) pertence ao gráfico d e f(x). Os pontos citados nas demais
alternativas não obedecem à expressão de f(x). Pode testar.

Alternativa correta: a

GE MATEMÁTICA 2015 I 131


t}uestão JJ t}uestãO Jf
A pri meira coisa a fazer é desenhar o triângulo T e o retângu lo R seguindo a Na figura abaixo estão ind icadas as posições do cometa quando está mais
receita do enunciado: próximo do Sol (C,) e quando está mais distante do Sol (C,). Aparecem ali,
também, os valores dos parâmetros a (metade do eixo maior da elipse) e c
(que corresponde à metade da distância focal).

(o, 3)

(2
'

:h
'

(-2, o) (-x, o) (x, o) (2, o)

Repare que temos dois triângulos isósceles: A distância de C, ao Sol é 0,58 UA.
· O triângulo maior, cuja base vai de -2 a 2, no eixo x (medida da base = 4) e
cuja altura vai de o a 3, no eixo y (medida da altura = 3); Se S é um dos focos da elipse, então a distância de C, a O é
· O segundo triângulo, destacado em ci nza, tem base de -x a x (medida da a = 0,58 + C (I)
base = 2 x). Desconhecemos a altura deste triângulo. Mas sabemos que ela
é a diferença entre a altura do primeiro triângulo e a altu ra do retângulo R A excentricidade de uma elipse é dada pela expressão e = �
a
(vamos chamar essa altura de h).
A excentricidade é fornecida no enunciado: e = o,g6. Então
Os dois triângulos são semelhantes e, portanto, proporcionais em todas as
c
medidas. Então, a razão entre os lados é válida para a relação entre as alturas. e = 0, 96 = - - c = 0,96 a (li) ·

Podemos escrever: a

S u bstitu i ndo 1 1 em I, temos:


base de triângulo 1 _3
=
_ a = 0,58 + 0,96 . a
base de triângulo 2 3 h·
a - 0,96 . a = 0,58
o,o4 . a = 0,58
3
- 4- = - -, em q u e h é a altura do retângu lo R.
3 - h 0, 58
2 X
a = - = 14, 5 {111)
0, 04
Multipl icando em cruz e isolando h obtemos:
12 - 4 . h = 6 . x
- 4 . h = 6 . X - 12 Pela análise da figu ra, concluímos que a maior distância entre o cometa
e o Sol (que equivale ao segmento com extremidades em S e C,) tem
.
h = • l x + 3 (I) comprimento d = c + a {IV)
2

A área do retângulo R é dada por: Su bstituindo 11 e 111 em IV, temos:


AR = 2 . X . h (li) d = 0,96 . a + a
d = 1,96 . a
Substituindo I em 1 1, temos d = 1,96 X 14,5 = 28,42 UA

.
AR = 2 x ·
( l x + 3) � AR = - 3 x2 + 6 x
· Fazendo a transformação de UA para q u i lômetros, obtemos
2 d 28,42 . 150 . 106 = 4 263 . 106 km = 4 263 mil hões de q u i lômetros
=

Repare que esta é u m a função do segundo grau, cujo gráfico é uma parábola.
Como o coeficiente a, em x', é negativo, a concavidade é voltada para baixo. Alternativa correta: c
Então, o valor máximo dessa fu nção é o vértice da parábola. O valor de x,
abscissa do vé rtice, é dado por:

b 6
Xv = · -- = · -=1
2·a ·6

O valor d e x que torna a área d o retângulo R máxima é x = 1.

132 I GE MATEMÁTICA 2015


Questão 1s Questão 17
Para determinar as abscissas dos pontos pedidos, basta igualar as equações A q uestão combina conteúdos diversos: área de figura plana e fu nção
de f(x) e de g(x) do modo como ind icado pelo enunciado. exponencial.

Se f(x) = g(x), então A área de u m trapézio é dada pela expressão


2 + x' = 2 + x
(8 + b ) . h
x' - x = o A = , em que
2

Colocando x em evidência e fatorando a expressão, obtemos • 8 é a base maior (correspondente ao segmento CD no nosso caso);
X (X - 1) = O • b é a base menor (correspondente ao segmento A8);
· h é a altura (correspondente ao segmento AD, que mede 1 u n idade).
Esse produto é igual a zero quando um de seus fatores é zero.
Portanto, as raízes da equação são x = o e x = 1. Para determinar os valores de 8 e b, vamos calcular as coordenadas dos
pontos 8 e C. Conhecemos as abscissas desse pontos e sabemos que eles
Ou seja, os valores de x que tornam f(x) = g(x) são o e 1. pertencem ao gráfico de f(x).

Alternativa correta: c Do ponto B, Xu = xA = 1. Portanto, Ys = 2 ' = 2


Do ponto C, Xc = Xo = 2. Portanto, Yo = 22 = 4
Veja só: os valores de x pedidos na q uestão correspondem às abscissas dos
pontos em que os gráficos de f(x), uma parábola, cruzam com o gráfico de Então, temos que 8 = 4 e b = 2. A área do trapézio é:
g(x), uma reta:
(4 + 2) . 1
A = = 3
2

Alternativa correta: c

Questão 18
A q uestão exige apenas q u e se saiba operar com potências. Vamos tomar
as expressões dadas, uma a uma, e anal isá-las à luz das propriedades
operatórias das potências:

11. Falsa, pois - 5° + 3' - (- 4)' = - 1 + 1 - 1 = - 1 t 1

111. Verdadeira, pois


Questão 16 o 1 1 3
2 + - 1 + - -
Quando se trabalha com nú meros grandes demais ou pequenos demais, é
interessante aplicar as propriedades das ope rações com potência.
que vamos fazer aq ui.
É isso o � = _
1
__
2
= � � . ( �) �
= - = - = - 2
- - 3 - - 1 --

4 4 4
Substituindo V, = so ooo e t = 3 na equação fornecida no enu nciado, temos
v(,) = so ooo . (o,64P'' IV. Verdadeira, pois

Pense: 0,64 = o,82. Então podemos substituir esse valor na eq uação. (4


o
+ 4
-1) :
(4
o
- 4
-1)
= ( 1 + _!_4 ) : ( 1 _!_4 ) �
-

Ficamos com V111 = so ooo . (o,8')l''


Uma das propriedades de ope rações com potências afi rma que (a') b'' = ab .i : .l = .i . .i = .i
Daí que vil) = 50 000 . (o,W 4 4 4 3
8
O valor 0,8 pode ser expresso como - . Então

( -8 )'
l 10
Alternativa correta: b
= =
8 511
V, 50 000 · 50 000 · -, = 50 000 X -- = 50 · 511 = 15 600
3 10 1 000
O valor do imóvel após três anos será de RS 25 6oo.

GE MATEMATICA 201S I 133


t}uestão 1g t}uestão n
Os alunos devem informar a proporção entre a população final e a inicial. Esta q uestão trabalha com logaritmo, cálculo de área de figuras planas e
Trabalhando com a eq uação fornecida no e n u nciado,P(t) = P, . e k', operações com porcentagem.
a razão é
a. Vamos transpor as i nformações do enu nciado para a figura que representa
P (t)
- = e o reservatório:
kt

Po

O enunciado informa q u e Antônio observou a cultura por 10 mi nutos e


encontrou o valor Q. = e''k .

)á para Beatriz, q u e observou a cu ltura por 1 hora, ou 6o min utos,


o valor Q8 será Qs = e 6' k_

Se Qs é u m a potência de Q.., então podemos escrever Qs = (Q.) '.

Substituindo os valores de Q8 e de Q.., obtemos e6'k = (e''k) '. A área do reservatório é de 320 ooo m2, e um de seus lados tem o dobro do
comprimento do outro. Então, pela fórm ula da área de u m retângu lo, temos:
Se as bases são iguais, podemos dispensá-las, pois a igualdade dependerá só A = base . altura
dos expoentes. Dai, 6o k = 10 k . x � x = 6. 320 ooo = x . 2x � 320 ooo = 2 . x2 � x2 = 160 ooo � x = 400 m

O expoente da potência que Beatriz encontrará é 6. Se o lado menor do retângu lo mede 400 m, o lado maior, com o dobro
dessa medida, tem Boa m. Então sabemos que a área denominada APP
é formada por dois retângulos de Boa m x 100 m e outros dois retângulos
t}uestão zo de 400m x 100 m. Veja:
Antes de mais nada, atenção ao significado do percentual S: é o n ú mero de
palavras lembradas, e não de palavras esquecidas.

a) Para determinar a porcentagem de informação lem brada após nove


minutos, basta s u bstituir na equação a variável t por 9 e aplicar as
propriedades dos logaritmos:

s = - 18 . log (9 + 1) + 86
S = - 18 . log10 + 86
Há, ainda, os quatro cantos em semicírculo (áreas pontilhadas, na figu ra).
Sabemos que log 10 = 1. Então Cada semicírculo tem raio r = 100 m.
s = -18 . 1 + 86
s = 68% Quatro semicírculos somam um círculo inteiro. Então, a área ocupada por
esses cantos é a área de um círculo cujo raio r = 100 m:
Depois de 9 minutos, 68"/o das palavras eram lembradas. Acircuto = rr . r2 = rr . 1002 = 10 ooo . rr m2

b) Neste caso, devemos substituir S pelo valor 50% e resolver a equação: A área total reservada à APP é a soma da área desse círculo com a dos
retângulos:
50 = -18 . log (tn) + 86 AAPP = (2 . Boa . 100) + (2 . 400 . 100) + 10 ooo rr
-36 = -18 . log (t + 1) AAPP = (240 ooo + 10 ooorr) m2
2 = log (t + 1)
b. Dez por cento de um valor inicial V, é o mesmo q u e 0,1 v•.
Aplicando a definição de logaritmos, 1ogb a = c - b' = a, temos que Fazendo V(t) = 0,1 V, e substituindo esse valor na equação, temos:
102 = (t + 1) 0,1 V, = V, . r' � 0,1 = r'
100 = t + 1
t 99 minutos
= Aplicando o logaritmo em am bos os lados da equação, ficamos com
log 0,1 = log r'
O percentual S atinge so"'o depois de 99 minutos. log 1o· ' = log r'
- 1 = log r'
- 1 = -t . log 2

134 I GE MATEMÁTICA 2015


Questão z4
O enunciado informa o valor do logaritmo de 2 ( 0,30). Então,
z A questão envolve conteúdos de matemática e, também, de física. Observe a
- 1 = - t . 0,30 figu ra, agora com indicações das informações obtidas do enu nciado:

1
t = __ = ]:2_
0, 30 3

t 3,3
z

Lembrando que t refere-se a meses, o tempo necessário para que o volume


de água no reservatório atinja u m décimo do volume inicial é de aproximada­
mente 3 meses e 30% de um mês, ou seja, cerca de 3 meses e 10 dias.

Questão zz
Para verificar a quantidade de soluções reais que uma equação logarítmica Repare que:
adm ite, temos de resolvê-la. Para isso, vamos aplicar as propriedades · Os triângulos ACT e ADB são semel hantes, já que têm um ângulo em comum
operatórias dos logaritmos. Sabemos que a soma de logaritmos de mesma (o relativo ao vértice A) e u m ângulo reto cada um. Consequentemente, o
base é igual ao logaritmo do produto dos logaritmandos. Assim: terceiro ângulo de cada triângulo será congruente;
log, (x + 3) + log, (x - 2) = 2 · A medida do lado DB do triângulo ADB vale 8oo - soa = 300 m);
log, (x + 3) . (x - 2) = 2 · O deslocamento vertical de 20 metros é o segmento y do triângulo ACT.
log, (x' + x - 6) = 2
a) A questão pede a medida de x - o deslocamento horizontal quando
Lembrando a definição de logaritmo: o teleférico alcança o ponto T. Considerando as medidas conhecidas e a
1ogb a = c - b' = a semelhança entre os triângulos ACT e ADB, podemos escrever a razão entre
Portanto, para a expressão log, (x' + x - 6) = 2, temos que os lados correspondentes e resolver a regra de três:
X2 = X2 + X - 6
20 - -
- X
O=X-6
X=6 300 900

Esta é ú n ica solução para a equação dada.


900 . 20
Alternativa correta: B x = x = 6o m
300

Quando o teleférico sobe 20 metros, seu deslocamento horizontal


Questão z3 é de 6o metros.
Os triângulos ABC e DGC são semelhantes, pois têm os três ângulos corres­
pondentes congruentes. Além disso, a razão entre a altura de cada um dos b) O lado AB do triângulo ADB é sua h ipotenusa e representa o deslocamento
triângulos é igual à razão de semel hança entre os lados correspondentes dos entre os picos A e B, que aq u i chamaremos de segmento d. Conhecemos a
dois triângulos - ou seja, tudo é proporcional. Desse modo, chamando de h a medida dos dois outros lados do triângulo ADB. Podemos, então, calcular d
altura do triângulo ABC, estabelecemos a razão entre as alturas: apl icando o teorema de Pitágoras:
d ' = A O' + BD' � d' = 900' + 300'

Aproveitando uma das propriedades das operações com potência, reescreve­


mos a igualdade:
d' = 9' . 1002 + 3' . 1002 � d' = (92 + 3') 1002
DE = GF = 12 d' = (81 + 9) . 1002 � d' = 9 . 10 . 1002
EF = DG = 8
AB = 15 Tirando a raiz quadrada dos dois lados da igualdade, temos

h - 12 8
d = 3 . f; . 100 � d = 300 f; m
h 15 Aq u i entra a física. O cálculo da velocidade é dada pela expressão V = -º-
t
15h - 180 = 8 h Substituindo os valores conhecidos, temos

h =

1, 5 =
300 j; � t =
300 j; i
� t = 200 v 10 s
7 t 1.5

Alternativa correta: d O tempo de viagem entre os picos A e B é de 200 v1o segundos.

GE MATEMÁTICA 2015 I 135


Questão zs Questão z6
Vamos chamar o centro da Terra d e ponto P; o ponto em que se encontra o Para defi nir a área de um quadrado basta conhecer a medida de u m de
satélite será o ponto S; e o raio da Terra, r. seus lados. Os triângulos BRS e BAC são semelhantes, pois têm três ângulos
correspondentes congruentes. Vamos então determinar o comprimento do
segmento RS, que define u m desses lados (vamos chamar de lado x):

Agora estabelecemos a relação de semelhança entre os lados


correspondentes dos dois triângulos: AB e BR de um lado e AC e RS, d e outro.
Sabemos que AB = 2 e AC = 3; vamos considerar BR = 2 - x. Então
Repare q u e:
AB AC
· O segmento PB tem a medida do raio da Terra (r = 6 400 km);
· No triângulo retângulo PBS, a h ipotenusa (BS) mede o dobro do raio da BR RS

Terra (6 400 km de raio da Terra + 6 400 km de altura do satélite);


_ 2 _ l_
· O triângulo PBS é um triângulo retângulo, pois q ualquer segmento =
tangente a uma ci rcunferência, como SB, forma ângu lo reto com um raio da 2 · X X

circu nferência, como PB, no ponto de tangência (B). 2X = 6 - 3X


6 = sx
Então, podemos escrever para o ângulo a, no vértice P: X = 1,2

cos a =
cateto adjacente
� cos a =
PB
- � R
-
1
= - A área do quadrado é dada pela expressão A = a'. Então
cateto oposto PS 2R 2 AARsr = 1,2' = 1,44 un idades ao quadrado (u')
Portanto, temos que a = 6o'
Vamos encontrar a porcentagem da área do quadrado sobre a área do triân·
Mas repare também que Go• é o ângulo que define metade do arco AB. Então a guio BAC. A fórmula para a área de um triângulo:
medida total desse arco é de no'. O comprimento do arco é proporcional a esse
base ·
altura
ângulo. Isso é verificado montando uma regra de três com a expressão que dá a A triângulo =
2

{
medida de uma circunferência (C = 2 rr r) e o ângulo que temos (no•):
2 rr . 6 400 - 360'
AB - no' A oAc =
2 . 3
-- = 3 u2
2

AB =
no"
-- · n Soa · 1C =
n Soa · 1C
km � AB = 4 266,6 . rr km Por fim, a porcentagem é a razão entre as duas medidas:
360° 3
A ARST 1, 44
O arco AB mede, aproximadamente, 13 400 km -- = -- = o, 4S = 4S%
A oAc 3

b. No triângulo PCS podemos aplicar a lei dos cossenos: Alternativa correta: d


d' � a' + b' - 2 . a . b . cos e (ângulo oposto ao lado d)
d' = PC' + PS' - 2 . PC . PS . cos e
Substitu indo os valores conhecidos:

2 2 2 3 2 2 2
d =r + (H) · 2 . r . 2r . - = r + 4r · 3r
4

d2 = 2r 2 � d = r f""; = 6 4oo f""; km


A distância entre o ponto C e o satélite é de 6 400 '/2 km.

136 I GE MATEMÁTICA 2015


Questão 27
A q uestão pede apenas q u e se aplique a expressão que dá a soma dos termos Lembrando a relação de ângulos notáveis, sabemos que ângulos da família
de u ma PA fin ita. a = 30° têm seno e cosseno com valores absolutos de

/3
Se chamarmos o primeiro termo da PA de x, o quarto termo será a, x + 3 . r = .!. e (você deve guardar de memória essa i nformação)
Sabemos, pelo enunciado, q u e r = 5. Então a, = x + 15 2 2
Substituindo esses valores na fórmula da soma de uma PA, obtemos: O ângulo a = 150°. Se go o < a < 180°, a está no quadrante 1 1.
Portanto, sen a > o e cos a < o
n . (a1 + a n) n
(a 1 + a n)
Sn =

2
� Sn = · -

2 Da1. que sen a = - e cos a


1
= ·
13
--

2 2
(x + x + 15) · 4
s4 = 42 = --'-----"'--'- Chamando de f3 o ângulo que define o ponto N (que se encontra no
2 quadrante IV), podemos dizer que
21 2 . X + 15 � 2 . X 6 �X 3
= = =

sen f3 = ·
1
- e cos f3 = --
13
Alternativa correta: C 2 2
Repare q u e, pela figura do enunciado, sen a corresponde ao segmento AC e
cos {3, ao segmento AB. Conhecemos esses dois valores. Podemos, portanto,
Questão 28 determinar a razão pedida na q uestão:
Na q uestão, os ângulos são medidos em radianos (rad). Mas, como os ângulos
aq u i são notáveis, pode ser mais fácil raciocinar em termos de graus. Lem·
n · n
cos --
13
AB 6
brando, a conve rsão é sim ples:
AC
- --"-

5 n
-
=
_ 2-
1
= 13
• Uma circunferência trigonométrica tem raio u nitário, ou seja, mede 1 unidade. sen --

Uma volta completa tem ângulo de 360' - o que equ ivale a um arco de compri· 6
mento c = 2 . Tt radianos. Então, um arco de Tt radianos (metade da circunferên· Alternativa correta: b
cia) equivale a um ângulo de 180°. A conversão de qualquer arco de radianos
para graus, e vice-versa, é feita sempre por essa relação de proporção.
Questão 29
· Se o ângu lo a = 2E. ra d , então esse ângu lo, em graus, vale Da aula você se lembra que se o triângulo ABC está inscrito numa
6 circunferência de raio r, então
°
5 . 180 o a b c
a = --- = 150 -- = -- = -- = 2 · r
6 sen a sen f3 sen y
Esse é o ângulo a, que define o ponto M .
Substituindo os valores de cada par lado-ângulo oposto, temos:
S e o segmento M N , n a figura do enunciado, corresponde a o d iâmetro d a
80 80
circunferência, então o ponto N é simétrico a M e m relação à origem d o
/3
--- = -- =2·r
sistema cartesiano. Lembrando: dois pontos simétricos têm coordenadas de sen 60 °

mesmo valor absoluto, diferindo apenas no sinal, positivo ou negativo, em


relação aos eixos do plano cartesiano. Então, os ângulos que definem esses
pontos simétricos também têm seno e cosseno de mesmo valor absoluto, mas 2 r = 2/3
. 80

diferentes no sinal, dependendo do quadrante em que se encontram.

1 sen
r = /3
8o
=
8o /3
--- metros
3

Alternativa correta: b

GE MATEMÁTICA 2015 I 137


Questão 30 Questã0 33
O enunciado fornece uma expressão para a soma dos n termos de uma PA. A partir do enunciado, vamos organizar as informações referentes a cada
Parece que não dispomos de dados suficientes para responder à q uestão. Mas uma das apl icações:
pela expressão fornecida, conseguimos perceber que S, = a,. Veja:
Banco A:
Para a, , n = 1. Então · Valor aplicado: x
5 1 = 3 . 12 - 2 . 1 = 3 - 2 = 1 · Taxa de j u ros: 3"/o a.m.
a, = 1. Então 5 1 = a1 • Prazo: s/6 de u m ano = 5/6 de 12 meses = 10 meses
Vamos agora calcular 5,. De maneira similar, para a,, n = 2. Então · j u ros relativos a essa apl icação:
s, = a, + a, = 3 . 22 - 2 . 2 = 12 - 4 = 8 J=C.i.n

] A = X . - -. 10
3
Sabemos que a, = 1 e q u e a, + a, = 8. Então a, = 8 - 1 � a, = 7 (i)
100

A razão de u m a PA é dada por r = a, - a, Banco B:


Então, 7 - 1 = 6 · Valor aplicado: 6 500 - x
• Taxa de j u ros: 3,5°/o a.m.
Alternativa correta: b · Prazo: 3/4 de um ano = 3/4 de 12 meses = 9 meses
· j uros relativos a essa aplicação:
J=c.i.n
Questão31
Trata-se do limite da soma de uma PG infin ita. PG porque cada l i n ha é
definida por uma m u lti plicação, e não por soma ou su btração. E a PG é
l o = (6 500 - X) · -
100
3, 5
·9 I )
111

convergente porque os termos da sequência se aproximam cada vez mais


de zero. Isso acontece porque a razão dessa PG é um número positivo, mas Segundo o enunciado, JA + la = 2 002,50 (11 1)
menor que 1. Esse é o caso da PG desta q uestão: o < q < 1.
O enunciado fornece as segui ntes relações: Substituindo as expressões (I) e (li) em (11 1), temos:

( ) = 2 002, 5
A medida original da faixa: a, = m
_)_ 31 5
A medida da faixa seguinte: a2 = 1.. m· x + 2 047, 5 - ' x
3 10 100
Portanto, a razão será

2 Isolando a incógnita x temos:


- · m
a2
q=-=
a,
--
3
m
2
= -
3
3
-x -
10
31, 5

100
--
x = - 45

Substituindo esses valores na fórm u l a do l i m ite da soma dos termos de uma


PG infin ita, obtemos:
30
-x -
100
31, 5
100
-- 1, 5
x = - 45 � - - x = - 45
100
. a, m m
hm Sn = - -- = -- = - - = 3 · m X = 3 000
q - 1 1
1.. _ 1
3 3 Esse valor x equivale ao que foi aplicado no banco A.
Alternativa correta: a
Agora vamos analisar as afirmações de cada uma das alternativas:
a. Falsa. o valor apl icado no banco A foi de RS 3 ooo.
Questão 3z b. Falsa. Substituindo o valor de x na expressão (1), obtém-se um total de j u ros
A questão pede q u e se calcule a porcentagem que a taxa de cadastro ]A = RS 900.
representa sobre o preço do automóvel. Para isso, basta fazer a divisão entre c. Verdadei ra. Substituindo o valor de x na expressão (l i), obtemos um total
a taxa de cadastro e o preço do veículo. Técnicas d e simplifi cação d e frações de j u ros l a = RS 1 102,25. Essa quantia somada ao valor aplicado resulta em
podem ser úteis para facilitar os cálculos. Chamando o acréscimo a ser RS 4 602,25.
calculado de a e lem brando q u e 72 é m ú ltiplo de 24, temos que d. Falsa. Os j u ros recebidos pela aplicação no banco B são l a = 1 102,25.

a= -- --
720

24000
=

1000
30 3
= - = 3°/o
100
Alternativa correta: c

Alternativa correta: b

138 I GE MATEMÁTICA 201S


Questã0 34
A q uestão pede, com outras palavras, q u e determinemos as coordenadas O ponto de intersecção das duas retas é aq uele no qual a demanda é igual à
do ponto de intersecção dos gráficos de demanda versus capacidade de capacidade. Para localizar as coordenadas desse ponto, basta igualar as duas
passageiros. O número de passageiros está no eixo das ordenadas, então é fu nções de reta: C(x) = D(x)
a coordenaday desse ponto que nos dará o valor da variável "quantidade
1
de passageiros". Para descobrir o ponto de intersecção, temos de trabalhar X + 4 = - x + 6, 7
com as funções que definem as d uas retas. Como são retas, você sabe que as 8
1
funções terão o formato y = ax + b. x - x = 6' 7 - 4
·

8
7
-x = 2, 7
8

X ;::;; 3, 085

Esse é o valor da coordenada x do ponto de i ntersecção das retas. Confirme


no gráfico: se voltarmos a passar os valores do eixo x para anos, o valor 3,085
corresponde, mais ou menos, ao ano de 2013.

Agora podemos calcular o n ú mero de passageiros no ponto de i ntersecção


2010 2014

Analise no gráfico: das retas. Vamos descobrir o valor de y para x = 3,085. S u bstitu indo esse valor
· A origem do plano cartesiano - ou seja, a coordenada (o, o) - corresponde ao na expressão de qualquer uma das retas, encontramosy.
ano 2010. Então, na reta C, para x = o, y = 4: coordenadas (o, 4). E na reta D, Vamos usar a fu nção C(x):
para x = o,y = 6,?: coordenadas (o, 6,7). C(x) = x + 4 � y = 3,085 + 4
• Vamos considerar os demais anos (2011 a 2014) como x = 1, x = 2, x = 3 e y = 7,085 mil hões de passageiros
x = 4, respectivamente.
· Do gráfico, conhecemos outra coordenada da reta C: quando x = 4,y = 8: Alternativa correta: b
coordenadas (4, 8). E, também, outra coordenada da reta O: para x = 4,
y = 7,2 - coordenada (4, 7,2).
Questão 3s
Com dois pontos, definimos uma reta. A reta C passa pelos pontos de coordena­ A q uestão combina conhecimentos de cálculo de j u ros e logaritmos. Vamos
das (o, 4) e (4, 8). A reta O, pelos pontos de coordenadas (o, 6,7) e (4, 7,2). por partes:
Vamos calcular a declividade e o coeficiente l i near de cada reta (os · Primeiro, substituimos os valores dados no enu nciado na fórmula, também
coeficientes a e b da função): fornecida, fazendo com que o montante seja igual a RS 8 ooo,oo:
M = C . (1 + i)"
• Para a reta C, temos os pontos (o, 4) e (4, 8). A declividade é dada por 8 ooo soa . (1 + o,2)"
=

16 = (1,2)"
ó.y (8 - 4) 4
Ac = - = -- = - = 1 � ac = 1
ó.x (4 o) 4
· Vamos rearranjar a igualdade:
·

12
Sabemos que 16 = 24 e que 1, 2 = -
O coeficiente l i near (b nessa fu nção) corresponde à ordenada do ponto em 10

( �� )
q u e a reta C i ntersecta o eixo y. Já conhecemos esse valor: para x = o,y = 4. Então:
4
Então, na função da reta C, b = 4. Portanto, a função que define a reta C 16 = (1,2)" pode ser escrita assim: 2 = "

(capacidade em fu nção do ano) é C(x) = x + 4


• Repare que n é um expoente. Para descobrir seu valor, vamos aplicar o
• Da reta D conhecemos os pontos (o; 6,7) e (4; 7,2). A declividade é dada por logaritmo em ambos os lados da expressão:

ó.y
Ao = - =
ó.x
(7, 2 - 6, 7)

(4 o) ·
o, 5
= -=
4
1
8
-
1
� ao = -
8
log 2 4 = log ( �� ) "

Apl icando as propriedades dos logaritmos, ficamos com:


O coeficiente linear (b) dessa função também é conhecido: é o valor d e y para 4log2 = n . (logn - l0g10)
x = o. Sabemos que y = 6,7, então este é o valor de b na fu nção da reta O.
Assim, a função que define a reta O (demanda em função do ano) é Por fim, substituindo os valores fornecidos no enunciado, temos:

1 1, 204
o (x) = - x + 6, 7 4 . 0,301 = n . (1,07 9 - 1) � 1,204 = 0,07 9 . n � n = -- ;::;; 15, 24
8 0, 07 9

GE MATEMATICA 2015 I 1J9


A taxa de juros é fornecida, no enunciado, como taxa anual. Então o prazo (15,24) Questão 37
refere·se também a ano. São 15 anos e 0,24 de um ano - ou 24% de um ano. a) Primeiro, vamos recordar: uma fu nção t(x) é aq uela em que t varia em
fu nção de x. N esta questão, t é o número do calçado e x, o tamanho, em em.
Essa porcentagem de 24% é muito próxima a um quarto de ano. Então, o prazo n Dizemos que a numeração é a variável dependente (y) e o comprime nto é a
para chegar ao montante de RS 8 ooo,oo é de cerca de 15 anos e três meses. variável i ndependente (x). Vamos descobrir q ual é a expressão q u e define a
nu meração brasileira:
Alternativa correta: c Função t(x) = a x + b � y = ax + b
Para x = 23,8, y = 35 � coordenadas (23,8, 35)
Para x = 27, 3 y = 42 � coordenadas (27,3, 42)
Questão 36 Vamos encontrar o valor de a, coeficiente angular da reta, q u e indica a
Se a taxa de vazamento é constante, então a relação entre o vol ume no declividade.
reservatório e os dias corridos é uma fu nção do 1• grau, com formato
/3.y (42 . 35) 7
y = ax + b, q u e resulta n u ma reta. a = -= = - = 2
!3.x (27, 3 23, 8) 3, 5
·

Vamos considerar um gráfico em que no eixo x estão representados os dias ­ Substituindo esse valor e as coordenadas de um dos pontos dados na expres·
para o dia 1• de outu bro, x = o, para 2 de outu bro, x = 1, e assim por diante. E são de t(x}, temos:
no eixo y estão ind icados os litros de água. Y=2X+b
35 = 2 . 23,8 + b
A partir das informações dadas no enunciado, podemos destacar as b = 35 - 47,6 = - 12,6
coordenadas d e outros pontos dessa reta: Portanto, a expressão da função t(x) é t(x) = 2 x - 12,6
· No dia 11 de outubro, o reservatório tinha 315 mil litros. Coordenadas (10, 315);
• No dia 19, havia 279 l itros. Coordenadas (18, 279). A expressão t(x), que define e numeração dos calçados em função de seu
comprimento, é y = 2 x - 12,6. Nessa expressão, a = 2 e b = 12,6.
-

A partir desses valores, calculamos o ritmo em que o reservatório esvaziou ­


ou seja, a taxa de variação da fu nção. Isso nada mais é do que a declividade A q uestão já está respondida. Mas você poderia ter optado por definir
da reta, que é fornecido pelo coeficiente angular a: a expressão de x(t), que mostra como o comprimento varia em função da

. 36 numeração. Repare que as variáveis de x(t) estão invertidas em relação a t(x).


/3.y (279 . 315)
a -- - -- - -- - 4 5 Isso significa que os valores de x transformam-se em y, e vice-versa. Acompanhe:
- -
!3.x (18 10) · 8 '

Substituindo o valor de a na fu nção de uma reta, j u ntamente com as Fu nção x(t) = ct + d


coordenadas de um dos pontos considerados, temos: Para x = 35, y = 23,8 � coordenadas (35, 23,8)
Y = 4,5 X + b Para x = 42, y = 27,3 � coordenadas (42, 27,3)
315 = - 4,5 . 10 + b
b = 315 + 45 � b = 360 Vamos encontrar o valor de c, o coeficiente angu lar da reta, que
A função do esvaziamento do reservatório é y = - 4,5 x + 360 indica a declividade.

� (27, 3 . 23, 8) .hl. ..!...


Repare q u e o coeficiente a é negativo. Isso indica que o valor de y cai c = = = =
conforme x cresce. t lógico que isso aconteça, atinai, o reservatório está /3.x (42 · 35)

ficando com um volume cada vez menor de água.


1
y = -x + d
Para descobrir q uando o reservatório chega ao nível zero, basta aplicar a 2

fu nção para y = o:
O = - 4,5 X + 360 1
23, 8 = - . 35 + d
4,5 X = 360 2

X = 360 : 4,5 � X = 80
d = 23,8 - 17,5 = 6,3
Portanto, a caixa estará vazia no 80° dia, a contar do i n ício do vazamento
(dia 1° de outubro). Outubro tem 31 dias e novembro, 30 dias. Então 31 de A expressão x(t), que define o comprimento dos calçados em função
outubro corresponde ao 30• dia de vazame nto, 1• de novembro é o 31" dia, de sua numeração, é
e assim por diante. Então, dia 30 de novembro será o 6o• dia de vazamento.
1
Para completar os 8o dias, faltam 20. Portanto, se o vazamento não for X (t) = - X + 6, 3
contido, o reservatório estará totalmente vazio no dia 20 de dezem bro. 2

Vale lem brar que as duas funções, t(x) e x(t) são fu nções inversas.
Alternativa correta: e

140 I GE MATEMÁTICA 2015


b) A questão pede que se calcule o tamanho, em em, de um calçado (cs), Veja no plano cartesiano:
correspondente ao número ns. Esse nú mero é o q u i nto elemento de uma PA
que, segundo o enunciado, tem c, = 5 e razão r = 0,5.

Para encontrar ns:


a, = a, + (n - 1) . r

as = 5 + (5 - 1) . 0, 5
as = 5 + 2
as = 7

Substituindo esse valor na expressão que relaciona a numeração (y) com o


comprimento (x), fornecido no enunciado, temos:
A área delimitada pelas retas é um triângulo. Pelo gráfico identificamos o
5 · (x · 20)
f (x) = tamanho de um dos lados desse triângulo, o que coincide com a reta de f(x).
3 Seu comprimento é 3 u n idades. Também pelo gráfico conhecemos a altura do
triângulo, medida em relação a esse mesmo lado: 2 un idades.
· (x · 20)
7 = Portanto, a área do triângulo é:
3
base . altura _3_:J_ ,
21 = 5 · X · 100 Ar = = = 3 u
2 2
121
X = - = 24, 2 Alternativa correta: c
5
x= 24,2 em
Questão 39
O calçado Cs tem 24,2 em de comprimento. Basta ler com atenção os gráficos. Repare q u e para cada setor - agropecuária,
ind ústria e serviços - existe uma série de barras. Cada barra se refere a u m
trimestre de determinado ano. A o p é dos gráficos, a legenda de cores indica a
Questão 38 que trimestre e a q u e ano cada barra se refere.
Construímos os gráficos para cada u m a das fu nções dadas. E, assim, determi­
namos as coordenadas dos pontos de i ntersecção das três funções. A questão pede que se localize no gráfico de cada setor a variação do PIB no
terceiro trimestre de 2011 (2011/111). Pela legenda de cores, a variação do PIB
Vamos calcular, primeiro, as coordenadas dos pontos em que cada uma das em 2011/111 é a sexta barra, em cada u m dos setores: correspondem a avanços
três retas intersecta os eixos x e y: de 6,9% para agropecuária, 1,0% para ind ústria e 2,0% para serviços.
• Para f(x) = 2: qualquer seja o valor de x, y sempre valerá 2. Todos os pontos
têm coordenada (x, 2). Trata-se, então, de uma reta paralela ao eixo x; .
16% .. . " *
· Para g(x) = 2x - 4: quando x = o,y = - 4; quando y = o, x = 2. Temos dois • o
: ,...: �
14% . . . . . . . . . ... . . .. ·l· •• . . . . ..... . . . . . . . . • . .

pontos de coordenadas (o, - 4) e (2, o);


12% � ­
· Para h(x) = -x + 2: q uando x = o, y = 2; quando y = o, x = 2. Temos os pontos �-
10% .. - �··· . ....... .... ... ... .... ...... ... ... ...... ................. ..
... ..

de coordenadas (o, 2) e (2, o).

1�--� 1�llli'��
#- .,-
8% . . :::!: - ..................... . :··#- ··· · ·· ................... . ....... .
6% .. ·'#· .
... ... .. .. . .
... .... .:..��--�-
Para determinar os pontos de inte rsecção entre as três retas basta igualar as #-
4% .. "'- ' ..

il� -
fu nções, duas a duas: �
#-

• f(x) = g(x) � 2 = 2X - 4 � 2X = 6 � X = 3 2% ..
0% . ,
. J �
Em f(x),y vale sempre 2. Então o ponto de i ntersecção dessas duas retas tem
-2% agropecuária indústria serviços
coordenadas (3, 2);
• f(x) = h(x) � 2 = -x + 2 � x = o. 2010/11 2010/11111 2010/IV . 2011/1 • 2011/11 • 2011/111 . 2011/IV
Novamente, em f(x), y vale sempre 2. Então o ponto de intersecção dessas
duas retas tem coordenadas (o, 2); Alternativa correta: e
• g(x) = h(X) �2X-4=-X+2�3X=6�X=2
S u bstituindo o valor de x em uma das fu nções, encontramos a coordenaday
2 . 2 - 4 � y = o.
do ponto de i ntersecção entre as retas. Em g(x): y = 2 x - 4 =
O ponto de i ntersecção destas duas retas tem coordenadas (2, o).

GE MATEMATICA 2015 I 141


t}uestã0 40 t}uestão 4z
Nos gráficos de setores, os valores são apresentados sempre como Vamos verificar q uantas possibilidades cada u m dos membros da família tem
proporções. Da mesma forma, a área d e um setor (por exemplo, o setor das para se posicionar na mesa. O n ú mero total de modos como a família pode se
escolas que pioraram) é proporcional à área total do gráfico. E é, também, acomodar é o resultado do produto entre os valores ind ividuais (as diversas
diretamente proporcional ao ângulo central correspondente a esse setor. possíveis posições para cada um dos mem bros da família).
· Raul e Nair desejam se sentar à cabeceira. Sendo assim, depois que um
deles, por exemplo, Nair, se decidir entre as duas possibilidades, restará
para Raul, apenas uma escolha.
· O primeiro dos quatro filhos tem seis cadeiras à disposição. Depois
que o segundo fi lho escolher seu l ugar, o seguinte terá apenas cinco
possi bil idades de escol ha, e assim, sucessivamente. Podemos organizar

Pioraram essas informações em uma tabela:

Folha de São Paulo, 2/lO/Oll


PESSOA Nair Raul Filho 1 Filho 2 Filho 3 Filho 4
Vamos chamar de: N° de 2 1 6 5 4 3
• x o n úmero de escolas que pioraram a nota; possibilidades
• y o n ú mero das q u e mantiveram a nota;
• z o n ú mero de escolas q u e melhoraram e atingiram a média. Assim, o número total de maneiras como a família pode se sentar à mesa é de
2 . 1 . 6 . 5 . 4 . 3 = 720 possibilidades.
Como afirma o enu nciado, x (as escolas que pioraram d e nota) corresponde a
1/7 do n ú mero de escolas que mel horaram mas q u e não atingiram a média. Alternativa correta: a
Esse nú mero o gráfico fornece: 2 100. Portanto, o valor de x é

1
x= - . 2 100 = 300 escolas t}uestã0 43
7 Existem várias possibilidades de montar uma casq u i n ha com dois de quatro
O mesmo raciocínio paray, as escolas que mantiveram a nota. Elas sabores de sorvete:
representam 2/35 do total de escolas que melhoraram a nota sem atingir a · Quem q uiser colocar na casquinha duas bolas de um mesmo sabor terá
média. Portanto, o valor de y é apenas quatro possi bilidades;
· Quem preferir dois sabores diferentes terá quatro possi bil idades para
2
y = - . 2 100 = 120 escolas a primeira bola e três para a segunda bola. Então o nú mero total de
35 combinações é
Descobrir o n ú mero de escolas que melhoraram o desempenho e atingiram (4 . 3) : 2 = 6
a meta (z) é mais fácil ainda. Como o n ú mero de escolas consideradas na A divisão por dois é necessária, pois a ordem dos sabores não i mporta:
pesquisa era de 2 700, então o valor de z é a diferença entre esse total e todos morango e chocolate é a mesma casq u i n ha que chocolate e morango.
os demais setores, somados: Somando as possi bilidades para quem quer um sabor e para quem quer dois
z=2 700 - (2 100 + 120 + 300) = 2 700 - 2 520 = 180 escolas. sabores, temos um total de 4 + 6 = 10 possi bilidades diferentes de casquin has.

Do total de 2 700 escolas, 300 pioraram a nota, 120 mantiveram a nota e 180 Alternativa correta: a
melhoraram a nota e atingiram a média.

t}uestã0 44
t}uestão 41 São 20 times disputando o campeonato. Cada time tem outros 19 times
Como o próprio enunciado informa, existem, em um baralho comum, 13 para enfrentar como adversário. Então o total de jogos é igual a 20 . 19
conjuntos de quatro cartas de mesmo valor. Para formar conjuntos de cinco = 380. Em termos práticos, no que diz respeito à análise combinatória, o
caftas, além das q uatro que formam a quadra, precisamos de mais uma das produto calculado inclui os dois jogos, como dito no enunciado. No caso dos
cartas que restam no baralho. Sendo assim, temos 13 possibilidades para as jogos envolvendo apenas times paulistas, temos seis equipes q u e podem
quadras e 52 - 4 = 48 possibilidades para a q u i nta carta. o total de possibili­ jogar contra cinco outras equipes também paulistas. Então o total d e jogos
dades é dado pelo produto 13 . 48 = 624 conju ntos. entre times pau listas é 6 . 5 = 30 jogos. A porcentagem de jogos entre times
paulistas em relação ao total de jogos do campeonato é:
Alternativa correta: a
30
P = - . 100% = 7, 89%
380
Alternativa correta: b

142 I GE MATEMATICA 2015


Questão t,S Questão 46
a) Temos seis algarismos diferentes para seis posições. Para a primeira Vamos analisar as possibilidades para as letras e depois para os n ú meros.
posição, temos seis possi bilidades, para a segunda posição, cinco · A placa terá q uatro letras e elas podem se repetir. Então para cada casa
possibil idades, e assim por diante. Pelo princípio mu ltipl icativo, o total de existem 26 possibilidades (o alfabeto inteiro). O nú mero de possibil idades
possibilidades é dado por 6 . 5 . 4 . 3 . 2. 1 = 6! = 720 para as letras é, então:
nL = 26 . 26 . 26 . 26 = 26•
Existem 720 números de seis algarismos na lista. · Quanto aos números, são dez possibilidades (de o a 9), para três casas.
Então
b) Fixando o primeiro algarismo e trocando as posições dos cinco algarismos n. = 10 . 10 . 10 = 103
que restam, temos 5 ! = 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 120 possibil idades. · Como letras e números serão combi nados conjuntamente, as possibilidades
totais de placas é a multiplicação de cada uma dessas possibil idades:
Isso vale para qualquer nú mero que seja fixado na primeira posição. Mas nP = 26• . 103
lembre·se que a lista está na ordem crescente. Então, antes do primeiro Vamos comparar esse n ú mero de possibilidades com as possi bil idades de
n ú mero a começar com o algarismo 4, temos todos os nú meros que começam placas pelo sistema atual:
com 1, 2 e 3. Para cada um desses algarismos, existem 120 nú meros. Portanto, · As letras ocupam apenas três casas. Então, nLatual = 26 . 26 . 26 = 263
antes q u e apareça o primeiro n ú mero começando por 4 existem · Os números ocupam quatro casas. Então nNatual = 10 . lO . lO . lO= 104
120 . 3 = 360 números. • Então, o total de possibilidades de placas pelo sistema atual é
n P atual : 263 . 10•
O primeiro número que começa com o algarismo 4 ocupa a 361" posição na Para descobrir qual sistema permite um maior nú mero de placas basta fazer
lista em ordem crescente. a razão entre os dois valores:

nP_ 4 3
c) Lem bre-se, de novo, que a lista está em ordem crescente. E que os __ __.=.
26 • 10
___:_
=- _: : - :
26
2, 6
3
26 . 10 4
algarismos não se repetem n u m mesmo n ú mero. Então, o primeiro n ú mero n p atual 10
que term ina com o algarismo 2 tem, necessariamente, de começar com o
algarismo 1. Vamos calcular quantos números têm o algarismo 2 na segunda Esse valor mostra que o sistema novo renderá um nú mero maior de placas do
posição, quantos têm o 2 na terceira posição, e assim por d iante, até a sexta que o sistema atual. Mas atenção para o sign ificado desse resu ltado:
posição. Desse modo: np vale 2,6 vezes nP atual· Ou seja, para cada placa no sistema atual, o sistema
novo prod uzirá 2,6 placas. Só que o aumento no n úmero de placas é a
· Para um n ú mero que tenha o 2 na segunda posição (comece com 12), diferença 2,6 - 1 = 1,6. Ou seja, o sistema novo permitiria um n ú mero 1,6 vez
temos quatro algarismos (3, 4, 5 e 6) para ocupar as demais quatro posições. maior de placas.
Total de 4 ! = 4 . 3 . 2 . 1 = 24 n ú meros;
Para compreender bem esse resultado, veja o exemplo: você tem 5 reais
· Deslocando o 2 para a terceira posição, teremos números q u e começam com e ganha mais 5 reais. Você fica com 10 reais, q u e são 2
. 5 reais. Mas você
132. Nesse caso, sobram três algarismos (4, 5 e 6) para as três posições finais. ganhou apenas uma vez 5 reais a mais (um aumento de 100% e não 200%)
Total de 3! 3 . 2. 1 = 6 n ú meros;
=

Alternativa correta: a
• Deslocando-se o 2 para a quarta posição, vêm os números que começam
com 1342. Sobram apenas dois algarismos (5 e 6) para as duas posições
finais. Total de 2! = 2 núme ros; Questão t,7
O nú mero total de permutações possíveis com os 5 algarismos é resultado do
· Se o algarismo 2 estiver na q u i nta posição, o número começará com 13452. E produto 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 5 ! = 120 possibil idades.
resta apenas o algarismo 6 para ocupar a última posição; Um n ú mero divisível por 2 é um n úmero que termina em algarismo par. Na
relação de 1 a 5, existem apenas duas opções: 2 ou 4.
· Finalme nte, com o 2 na última posição, vem o número 134562. Diante dos nú meros terminados em 2 podemos permutar 1, 3, 4 e 5. Isso
significa que existem 4 ! = 24 opções de n ú meros terminados em 2.
Contando todos os números que antecederam 134562, encontramos o lugar O mesmo raciocínio é válido para nú meros terminados em quatro: podemos
desse número na lista em ordem crescente: 24 + 6 + 2 + 1 + 1 = 34. permutar 1, 3, 5 e 2 nas posições i n iciais. São, de novo 4 ! = 24 possibilidades
para n ú meros terminados em 4.
O primeiro número terminado com o algarismo 2 ocupa a 34• posição na Temos portanto, 24 . 2 = 48 n úmeros pares do total de 120.
lista em ordem crescente. A probabilidade de escolher ao acaso um desses n ú meros pares é

.J-ª.._
P = = 1._
120 5
Alternativa correta: b

GE MATEMATICA 2015 I 143


EDITORA !f Abril
Fundada em 1950

VICTOR CIVITA ROBERTO CIVITA

(1907- 1990) (1936-2013)


Questão 4B Conselho Editorial: Victor Civita
Neto (Presidente),
Thomaz Souto Côrrea(Vice-Presidenle), Elda Müller,
Para formar uma comissão com 20 pessoas tomando quatro pessoas de cada Fábio Colletti Barbosa, José Roberto Guzzo
um dos cinco municípios indicados, teremos 4 . 4 . 4 . 4 . 4 41 possibilidades.
= Presidente Abril Mldia: Fábio Colletti Barbosa
Presidente Editora Abril: Alexandre Caldini
Em todas essas possibilidades há um participante de cada município.
Vice-presidente de Operações e Gestão:Fábio Gallo
A criação de grupos de cinco, a partir dessas 20 pessoas, é uma combinação. Fernando Costa
Diretor-Superintendente de Assinaturas:

Pela fórmula da combinação, chegamos ao número de possibilidades: Diretora de Recursos Humanos: Cibele Castro

Diretora-Superintendente: Helena Bagnoli


n! Diretor Adjunto: Dimas Mietto
C n,k = _ _:.:.:
c..__
(n - k) ! k! f Guia do Estudante
20! Diretor de Redação: Fabio Volpe

Diretor de Arte: Fábio Bosquê Editores: Fábio Akio Sasaki, Lisandra Matias, Paulo Montoia. Paulo Zocchi
15! 5! Repórter: Giovana Moraes Suzin Analista de Informações Gerenciais: Simone Chaves de Toledo Analista
de Informações Gerenciais Jr.: Maria Fernanda Teperdgian Designers: André Tietzmann, Dânue Falcão
Esse é o número de modos diferentes de compor grupos de cinco pessoas. Atendimento ao leitor: Carolina Garofalo, Sandra Hadich. Sonia Santos, Walkiria Giorgino CTI Eduardo
A probabilidade de formar grupos com integrantes de todos os quatro Blanco (Supervisor)
INTERNET NÚCLEO JOVEM & INFANTIL Redator Chefe: Rafael Kenski Editora-Assistente: Mariana Nadai
municípios é dada pela razão entre o primeiro e o segundo valores.
Repórteres: Ana Prado, Ludmilla Ralduino e Otavio Cohen Designer: Abraaão Corazza. Juliana Moreira e
Vamos utilizar técnicas de simplificação de fatorial: Laura Rittmeister Animação: Felipe Thiroux Webmasters: Allyson Kilamura, Cah Felix e Felipe Oliveria,
Leonam Dias Analista de redes sociais: Lorcna Dana c Lucas Baranyi
45 4 5 . 15! 5! 4 5 . 5! W. COLABORARAM NESTA EDIÇÃO Consultoria: Fábio Marson Ferreira Edição: Thereza Venturoli Ilustração:
p -- =
= --'.-
--=c
-=-

20 . 19 . 18 . 17 . 16 . w.
45 Jujubas (capa) Revisão: Katia Shimabukuro
20! 20!
www.guiadoestudante.com.br
15! 5! PUBLICIDADE SEGMENTADAS - Diretor de publicidade UN SEGMENTADAS: Rogério Gabriel Comprido
Diretores: Tiago Afonso, Willian Hagopian Gerentes: Ana Paula Moreno, Cleide Gomes. Fernanda Xavier,
5
4 '5'4'3'2'1 43 Fernando Sabadin, Regina Maurano Executivos de Negócios: Adriana Martins, Ana Paula Vicgas, Cadu Torres,

20 . 19 . 18 . 17 . 16 19 . 17 . 3
=
_iL
969
Camila Roder, Cátia Valese, Cida Rogiero, Cintia Oliveira, Cristina Loureiro. Cristina Marta, Daniela Serafim,
Emanuele Coghi, Fábio Santos, Fernanda Melo, Fernando Lapa. Gabriel Muller, Hélio Lima. Juliana Chen Sales.
juliana Compagnoni, Leandro Thales. Livy Santos, Lucia Lopes, Luis Augusto Dias Cesar, Luis Fernando Lopes.
Marcelo de Campos, Marcus Vinicius Souza, Maria Helena Bernardino. Maria Lucia Vieira Strotbek, Marta Veloso,
Alternativa correta: a Mauricio Ortiz. Maurício Amaral Emanuelli. Mayara Brigano, Michele Brilo, Paula Perez, Raquel lenaga, Rebeca
da Costa Rix, Renato Mascarenhas, Roberta Maneiro, Sérgio Albino, Shirlene Pinheiro, Silvano Narcizo, Suzana
Veiga Carreira, Vera Reis de Queiroz. MARKETING - DIRETOR DE MARKETING: Paulo Camossa DIRETORES:
l.ouise Faleiros, Wagner Gorab ESTqAT�GIA DIGITAL DIRETOR: Guilherme Werneck PUBLICIDADE REGIONAL

Questã0 49 - DIRETOR: Jacques Ricardo GERENTES: Ivan Rizental, João Paulo Pizarro, Kiko Neto, Mauro Sannazzaro, Sonia
Paula, Vania Passolongo PUBLICIDADE INTERNACIONAl: Alex Stevens AVUlSAS: Gerente Magali Superbi
a) Somando os valores das quatro células da tabela, temos o total de APOIO - PLANEJAMENTO CONTROLE E OPERAÇ0ES- Gerente: Marina Bonagura PROCESSOS - Gerente:
participantes da pesquisa: 54 + 51 + 41 + 34 180 pessoas. = Ricardo Carvalho DEDOC E ABRIL PRESS Grace de Souza PESQUISA E INTELIG�NCIA DE MERCADO Andrea

Dessas, apresentaram efeitos colaterais um total de 54 + 51 = 105 pacientes. Cosia RECURSOS HUMANOS GERENTE: Daniela Rubim TREINAMENTO EDITORIAL Edward Pimenla

Redação e Correspondência: Av. das Nações Unidas, 7221, 5° andar. Pinheiros. São Paulo, SP, CEP 05425-902.
Portanto, a probabilidade pedida é tel. (11) 3037-2000. Publicidade São Paulo e informações sobre representantes de publicidade no Brasil
e no Exterior: www.publiabril.com.br

pl = � = li = _]_ PUBLICAÇÕES DA EDITORA ABRil: Almanaque Abril. AnaMaria, Arquitetura & Construção. Aventuras
180 60 12 na História. Boa Forma, Bons Fluidos, Capricho, Casa Claudia, Claudia, Contigo!, Dicas lnfo. Elle, Estilo,
Exame, Exame PME,Guia do Estudante. Guias Quatro Rodas, lnfo, Manequim, Mâxima. Men's Health.
pl ::::; 0, 58 Minha Casa, Mundo Estranho, National Geographic, Nova, Placar. Playboy, Publicações Disney, Quatro

P1 ::::: 58 % Rodas, Recreio, Runner's World, Satide. Superinteressante, Tititi, Veja. Veja BH. Veja Brasília, Veja Rio. Veja
São Paulo, Vejas Regionais, Viagem e Turismo, Vida Simples, Vip, Você S.A .. Você RH, Women's Heahh
Fundação Victor Civila: Gestão Escolar, Nova Escola

A probabilidade de um voluntário ter apresentado efeitos colaterais é de GE MATEMATICA ed.6 2015 (EAN 789-3614 · 09535 6). é uma publicação da Edilora Abril. Edições

cerca de sB%. anteriores: Venda exclusiva em bancas, pelo preço da última edição em banca mais despesa de remessa.
Solicite ao seu jornaleiro. Distribuída em todo o país pela Dinap S.A. Distribuidora Nacional de Publicações,
São Paulo.

b) Dos 105 voluntários que apresentaram algum efeito colateral, 51 haviam A PUBliCAÇÃO não admite publicidade rcdacional.

sidos submetidos ao novo tratamento. Portanto, a probabilidade pedida é: SERVIÇO AO ASSINANTE: Grande São Paulo: (11) 5087·2112
Demais localidades: 080077521 1 2 www.abrilsac.com

51 17 PARA ASSINAR: Grande São Paulo: ( 1 1 ) 3347·2121

pl = -- = -
Demais localidades: 08007752828 www.assineabril.com.br

105 35 IMPRESSA NA GRAFICA ABRIL


Av. Otaviano Alves de Lima, 4400, CEP 02909-900 - Freguesia do Ó · São Paulo · SP
pl ::::;
0, 49
P2 ::::: 48, 6% I="IPP �1SIP fv?l
�t!,E�

A probabilidade de um voluntário que tenha apresentado efeito colaterais .Abril s.A.


pertencer ao grupo que fez o novo tratamento é de cerca de 49%. Conselho de Administração: Giancarlo Civita (Presidente). Andre Coetzee.

Hein Brand, Roberta Anamaria Ci1ota, Victor Civila Neto


Presidente: Fábio Colletti Barbosa
www.abril.com.br

144 I GE MATEMÁTICA 2015


+
Economia
Quando se trata de Com isso, as abelhas constroem
aproveitamento de espaço, depósitos de maior capacidade para
a natureza fez das abelhas armazenar o mel, com o emprego de
verdadeiras arquitetas. O formato menos material (cera).

de abelha das células dos favos de mel é o ideal


para aumentar a produtividade da
colmeia. Cada célula é um prisma
Vire a página e você verá,
matematicamente, as vantangens
do hexágono em comparação ao
O formato das células de reto regular com a base superior quadrado e ao triângulo e, do prisma
hexagonal, ou seja, um "tubinho" com hexagonal em comparação a outro
um favo de mel permite paredes verticais que tem corno base sólido - o cubo. As demonstrações
melhor aproveitan1ento um hexágono com todos os lados de consideram que cada célula seja um
mesmo tamanho (hexágono regular). prisma de bases planas. Na realidade,
do espaço e economia de
Esse tipo de prisma oferece duas a capacidade real de cada célula do
material de construcão
,, grandes vantagens. A primeira é de favo é ainda maior, porque sua base
ocupação de urna área: os hexágonos costuma ser em ponta.Veja abaixo:
são a maneira mais econômica de
construir um mosaico plano. Eles
dividem urna superfície em áreas
Este é o form ato
menores, aproveitando ao máximo
as paredes do prisma próximo. real de u m cé l u l a

A segunda vantagem está na relação d e favo d e m e l .


entre área e volume. Comparados a A base pontuda
outros sólidos, os prismas hexagonais a u m e nta ainda
têm o mesmo volume com menor mais o vo l u m e
área lateral.

G E MATEMATICA 2015 I 145


VOLUMES: PRISMA HEXAGONAL x CUBO
Os cálculos Portanto, o perímetro do triângulo equilátero é:
P� ;:; 3 . 1, 51 ;:; 4, 53 em Levando em conta a altura de cada célula do
mosaico, encontramos seu volume. Neste caso,
ÁREAS: HEXÁGONO X QUADRADO Ora, 4,53 em é um perímetro maior que o o formato de prisma hexagonal também é muito
Veja a diferença do perímetro de u m q uadrado e perímetro do quadrado (4 em) e m uito maior que mais vantajoso. Veja a comparação com o volume
um hexágono: o do hexágono de mesma área (3,62 em). de um cubo:
Um mosaico de triângulos é, portanto, ainda
· Um quadrado de 1 cm 2 de área tem 4 lados de menos econômico. · Um cubo que tenha todas as faces com área de
1 em cada um e, portanto, perímetro PQ 4 em. = 1 em' terá uma área total de 6 em', pois a área
total é a soma de todas as áreas das faces.
· Para ocupar a mesma área de 1 cm2 do mosaico, COMO LADRILHOS Esse mesmo cubo terá vol ume de 1 cm3, pois:
o hexágono deve ter lados medindo: Mosaicos formados por diferentes figuras planas

3L' /3
Vcubo = Abase . h � 1.1 =1
A. = W /3 = 1 =>
" 2 2
=>

2-
· Já para construir u m prisma regular de base
L' /3 = l L' = -
3
=>
3 /3
hexagonal com o mesmo volume e a mesma
altura do cubo (1 cm3 e 1 em, respetivamente),
Racionalizando o denominador: a área total coberta pelas paredes será:

Vprisma = Abase . altura


Abase = 1 em'
Aproximando: Quadrados
O, 38 L ;:; O, 62 em Sabemos que a área da base, de 1 em',
L' ;:; =>
corresponde à área do hexágono regular de lados
O perímetro do hexágono é de aproximadamente: L = 0,62 em, como foi calculado anteriormente.
P... ;:; 6 . O, 62 ;:; 3, 72 em
Agora, vamos calcular a área de cada u ma das seis
Na prática, isso significa que o hexágono usa faces laterais. Todas essas faces são formadas por
7% a menos de cera que um quadrado para retângulos idênticos (veja na figura abaixo).
ocupar u ma área de 1 em'.
Conhecemos a medida de u m dos lados desse
E POR QUE NÃO TRIÂNGULOS? retângulo: é a medida de um dos lados do
Os triângulos também exigem mais material hexágono da base.
para recobrir uma mesma área coberta por um
hexágono. Acompanhe: O outro lado do retângulo corresponde
exatamente à altura do prisma (que fixamos
Um triângulo equilátero de 1 em ' de área tem em 1 cm).
lados medindo:
Hexágonos Portanto, a área de cada retângulo é:
L' -
A,, = - /3 Aret = 0,62 . 1 = 0,62 em'
4
NO PLANO, UM PRISMA É ASSIM , Considerando que temos duas bases (hexágonos)
e as seis faces (retângulos), a área total do
prisma será:

Atotal = Alateral = Abases


Atotal = 6 . 0,62 + 2 . 1 5.72 em'
=

Compare: para um volume de 1 cm3, um cubo


exige material para construir faces que somam
Racionalizando o denominador: 6 em' de área.
4
L' = /3
3
Numa projeção de um prisma hexagonal de Para construir as faces de um prisma hexagonal
bases planas, vê·se que as bases sã.o hexágonos de mesmo volume e mesma altura, empregam-se
Aproximando: L' ;:; 2, 31 => L ;:; 1, 51 em regulares e as laterais (paredes) são retângulos. quase 5% menos de cera.

146 I GE MATEMATICA 2015

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