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Fundamental 2 – 6ºano

Aluno(a): _________________________________________ nº: _____


Professor(a):Ana Carolina dos Santos Data: ___/___/2020

AC DE LÍNGUA PORTUGUESA

SENHORITA VERMELHO
Chapeuzinho Vermelho era a mais solteira das amigas de Dona Branca e uma das poucas colegas que não era
princesa. A história dela tinha terminado dizendo que ela ia viver feliz para sempre ao lado da Vovozinha, mas não falava
em nenhum príncipe encantado. Por isso, Chapeuzinho ficou solteirona e encalhada ao lado de uma velha cada vez mais
caduca.
Com a cestinha pendurada no braço e com o capuz vermelho na cabeça, Dona Chapeuzinho entrou com o lacaio
atrás. Dona Branca correu para abraçar a amiga.
- Querida! Há quanto tempo! Como vai a Vovozinha?
- Branca!
As duas deram-se três beijinhos, um numa face e dois na outra, porque o terceiro era para ver se a Chapeuzinho
desencalhava.
- Minha amiga Branca! Por que você tem esses olhos tão grandes?
- Ora, deixa de besteira, Chapéu!
- Ah... quer dizer.... desculpe, Branca. É que eu sempre me distraio....- atrapalhou-se toda a Chapeuzinho. - Sabe?
É que eu estou sempre pensando na minha história. Ela é tão linda, com o Lobo Mau, tão terrível, e o Caçador tão
valente...
- Até que a sua história é passável, Chapéu - comentou Dona Branca, meio despeitada. - Mas linda mesmo é a
minha, que tem espelho mágico, maçã envenenada, bruxa malvada, anõezinhos e até caçador generoso.
- Questão de gosto, querida....
Dona Chapeuzinho sentou-se confortavelmente, colocou a cestinha ao lado (ela não largava aquela bendita
cestinha!), tirou um sanduíche de mortadela e pôs-se a comer (aliás, Dona Chapeuzinho tinha engordado muito desde
aquela aventura com o Lobo Mau).
- Aceita um brioche? - ofereceu-lhe a comilona, de boca cheia.
- Não, obrigada.
- Quer uma maçã?
- Não! Eu detesto maçã. [...]
Dona Branca jogou para trás os cabelos cor de ébano e tomou uma decisão:
- Vou convocar uma reunião de todas nós!
- Boa ideia! Chame os príncipes também!
- Os príncipes não adianta chamar. Estão todos gordos e passam a vida caçando. Além disso, príncipe de história
de fada não serve para nada. A gente tem de se virar sozinha a história inteira, passa por mil perigos, enquanto eles só
aparecem no final para o casamento.
Construir a cidadania para um mundo melhor.
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Chapeuzinho concordou:
- É...Os únicos decididos são os caçadores. Eu devia ter casado com o caçador que matou o Lobo...
Dona Branca tocou a campainha de ouro. Imediatamente, Caio, o lacaio, estava à sua frente.
- Às ordens, princesa!
- Caio, monte o nosso melhor cavalo. Corra, voe e chame todas as minhas cunhadas de todos os reinos encantados
para uma reunião aqui no castelo! Depressa!

Pedro Bandeira. O fantástico mundo de Feiurinha, São Paulo. FTD, 1987.

1) Que personagens de histórias conhecidas estão presentes no texto? (4,0)


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Releia o início do texto de Pedro Bandeira:
Chapeuzinho Vermelho era a mais solteira das amigas de Dona Branca e uma das poucas colegas que não
era princesa. A história dela tinha terminado dizendo que ela ia viver feliz para sempre ao lado da
Vovozinha, mas não falava em nenhum príncipe encantado. Por isso, Chapeuzinho ficou solteirona e
encalhada ao lado de uma velha cada vez mais caduca.

2) Analisando as características dadas a Chapeuzinho, responda: qual é a visão do narrador sobre a personagem?
(4,0)
3) Nós estudamos que a coesão textual é a conexão entre os elementos que compõem um texto. Observe as
palavras em destaque. Que recursos o autor utilizou para manter a coesão textual neste trecho?
4) A PARÓDIA é a imitação cômica de uma composição literária. Com base nessa explicação, responda: o texto
“Senhorita Vermelho” pode ser considerado uma paródia? Justifique sua resposta.
5) Observe os diálogos entre as personagens. Identifique qual é o tipo de discurso utilizado e qual é a pontuação que
introduz a fala das personagens. (3,0)
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6) Leia o seguinte trecho do texto:
- Até que a sua história é passável, Chapéu -, comentou Dona Branca, meio despeitada.
Agora, selecione a alternativa que indica a melhor mudança do discurso para o discurso indireto.
(A) Despeitada, a Dona Branca comenta que Chapéu tinha uma história passável.
(B) A Dona Branca, despeitada com a situação, disse: “Até que a sua história é passável”.
(C) Despeitada, Chapéu disse que a história de Dona Branca era passável.
(D) Meio despeitada, Dona Branca comentou que a história de Chapéu era passável.
(E) Meio despeitada, a Dona Branca comentava que Chapéu até teria uma história passável.

Construir a cidadania para um mundo melhor.


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Aluno: __________________________________________ MATÉRIA - AVALIAÇÃO

7) O fragmento a seguir faz parte da versão mais conhecida da história de Branca de Neve. Leia-o e identifique as
circunstâncias indicadas pelos advérbios em destaque, na ordem em que aparecem.
[...]
Na manhã seguinte, quando despertou, Branca de Neve se viu cercada pelos sete anões barbudinhos e se
assustou. Mas eles logo a acalmaram, dizendo-lhe que era muito bem-vinda.
— Como se chama? — perguntaram.
— Branca de Neve.
— Mas como você chegou até aqui, tão longe, no coração da floresta?

ABREU, Ana Rosa et al. Alfabetização: livro do aluno – textos informativos, textos instrucionais e
biografias. Brasília: Fundescola/SEF/MEC, 2000. p. 21. v. 3.
a) Negação, dúvida, intensidade, afirmação.
b) Tempo, intensidade, lugar, intensidade.
c) Intensidade, tempo, lugar, negação.
d) Tempo, intensidade, afirmação, modo
e) Tempo, afirmação, lugar, intensidade.
Leia a tirinha para responder as questões de 8 a 10.

8) Se substituíssemos o termo mais, do segundo quadrinho, por menos, a tirinha perderia o sentido? Justifique.
9) Os advérbios que aparecem na tirinha com as suas respectivas classificações estão na alternativa:

a) Ainda- advérbio de intensidade e mais (2º quadrinho)-advérbio de tempo


b) Desorganizadas- advérbio de modo e mais (3º quadrinho) -advérbio de intensidade
c) Ainda- advérbio de tempo e mais (2º quadrinho)-advérbio de intensidade
d) Desorganizadas- advérbio de modo e ainda- advérbio de tempo
e) Ainda- advérbio de tempo e mais (3º quadrinho)-advérbio de intensidade

10) As tirinhas são gêneros textuais que utilizam linguagem informal e por isso a repetição da palavra “chaves” não
compromete o sentido do texto. Se adequássemos os elementos verbais da tirinha ao padrão formal da Língua
Portuguesa, teríamos a seguinte coesão textual:

a) Ao invés de me criticar, você poderia procurá-las comigo.


b) Ao invés de me criticar, você poderia procurar elas comigo.
Construir a cidadania para um mundo melhor.
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c) Ao invés de me criticar, você poderia procura-lhes comigo.
d) Ao invés de me criticar, você poderia buscar as chaves comigo.
e) Ao invés de me criticar, você poderia procurá-la comigo.

Construir a cidadania para um mundo melhor.


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