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COORDENADORIA DE SANEAMENTO
- PRODUTO2
Setembro / 2010
SECRETARIA DE
SANEAMENTO E ENERGIA
Cliente:
0872.RT.13.S.3902 00 Setembro/2010
1 SUMÁRIO
2 SUMÁRIO........................................................................................................................ 1
3 1. APRESENTAÇÃO .................................................................................................. 4
4 2. DADOS E CARACTERÍSTICAS DE INTERESSE DA UGHRI 03 .......................... 4
5 2.1 DESCRIÇÃO GERAL ..................................................................................... 4
6 2.2 ASPECTOS FÍSICOS ..................................................................................... 5
7 2.3 VEGETAÇÃO E USO DO SOLO .................................................................... 6
8 2.4 CLIMA ........................................................................................................... 10
9 2.5 CONJUNTURA SOCIO-ECONÔMICA ......................................................... 10
10 2.6 DISPONIBILIDADE HÍDRICA DA UGRHI 03 ............................................... 11
11 2.7 UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS ................................................ 15
12 2.8 INSERÇÃO DE ILHABELA NA UGRHI 03 ................................................... 17
13 2.9 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ................................................................... 19
14 3. BASES E FUNDAMENTOS LEGAIS DOS PLANOS MUNICIPAIS DE
15 SANEAMENTO ..................................................................................................... 19
16 3.1. INTRODUÇÃO.............................................................................................. 19
17 3.2. ABRANGÊNCIA DOS SERVIÇOS ............................................................... 21
18 3.2.1 Abastecimento de Água Potável ................................................................ 21
19 3.2.2. Esgotamento Sanitário ............................................................................... 23
20 3.2.3. Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos....................................... 23
21 3.2.4. Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas .................................... 25
22 3.3. TITULARIDADE DOS SERVIÇOS................................................................ 25
23 3.3.1. Essencialidade ............................................................................................ 25
24 3.3.2. Titularidade do Saneamento na UGRHI em Estudo .................................. 25
25 3.3.3. Atribuições do Titular ................................................................................. 27
26 3.3.4. Formas de Exercício da Titularidade dos Serviços .................................. 32
27 3.4. PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS: MODELOS INSTITUCIONAIS .................. 35
28 3.4.1. Prestação Direta pela Prefeitura Municipal ............................................... 35
29 3.4.2. Prestação de Serviços por Autarquias ...................................................... 36
30 3.4.3. Prestação por Empresas Públicas ou Sociedades de Economia Mista
31 Municipais ................................................................................................... 36
32 3.4.4. Prestação Mediante Contrato ..................................................................... 36
33 4.1. PLANO DE GERENCIAMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS DO LITORAL
34 NORTE - COMITÊ DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DO LITORAL NORTE
35 (CBH-LN) - IPT - 2002 .................................................................................. 40
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94 1. APRESENTAÇÃO
104 Destaca-se que o “Produto 2”, como um todo, é o conjunto constituído por todos os
105 relatórios, com conteúdos que objetivam descrever e avaliar a situação atual do
106 saneamento básico, elaborados para cada um dos municípios inseridos nas UGRHIs 1,
107 2 e 3, excluído São José dos Campos que já tem seu Plano Integrado de Saneamento.
110 O gerenciamento de recursos hídricos no Estado de São Paulo passou a ser feito por
111 meio de Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHIs) com a Lei
112 Estadual nº 9.034, que dividiu o Estado em 22 unidades. A Unidade de Gerenciamento
113 de Recursos Hídricos do Litoral Norte (UGRHI 03) contempla quatro municípios, sendo
114 eles: Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba.
115 Da área total da UGRHI 03, cerca de 80% são formadas por áreas continentais e 20%
116 por áreas insulares, sendo que estas últimas são representadas pela Ilha de São
117 Sebastião e por outras 61 ilhas, ilhotas e lajes.
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123 UGRHI 03
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125 Fonte: Relatório Síntese. Diagnóstico da Situação atual dos Recursos Hídricos do Litoral Norte, IPT
126 Na parte continental da UGRHI 03 existem diversas bacias hidrográficas cujos cursos
127 d’água partem das porções mais elevadas da Serra do Mar em direção ao Oceano
128 Atlântico e desembocam neste através de vários exutórios. A maior delas é a do rio
129 Juqueriquerê (junção dos rios Camburu e Claro), que apresenta uma área de
130 drenagem em torno dos 420 km2. Também na Ilha de São Sebastião os seus cursos
131 d’água desembocam no Oceano Atlântico através de diferentes exutórios.
142 O litoral norte pode, de forma simplificada, ser dividido em dois grandes
143 compartimentos: encostas e planícies, incluindo uma zona de transição entre esses
144 entes. Considera-se também a praia como uma segunda zona de transição entre a
145 planície e o mar.
146 A formação florestal da Mata Atlântica está presente em toda a área, bem preservada,
147 sobretudo no âmbito dos limites dos Parques Estaduais da Serra do Mar e de Ilhabela,
148 fator positivo para a preservação tanto da quantidade como da qualidade dos
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149 mananciais, uma vez que a vegetação desempenha importante papel na contenção
150 dos processos erosivos. Os principais ecossistemas da região são a Mata Atlântica,
151 restinga, litoral rochoso, praias arenosas e pequenos fragmentos de manguezal.
159 Na construção civil, destaca-se a utilização dos agregados: areias, cascalhos e rochas
160 para brita, e rochas para cantaria. A produção de brita tem distribuição irregular ao
161 longo da Serra do Mar, com atividades em maior ou menor grau, de desmatamento e
162 remoção das camadas de solo situadas sobre o maciço. As alterações ambientais
163 comumente associadas à produção de brita, a partir de pedreiras, decorrem de
164 vibração, ruído, emissão de particulado, transporte, conflitos com uso e ocupação do
165 solo, etc. O desmatamento e o decapeamento executados sobre o maciço, modificam a
166 circulação das águas de superfície e de subsuperfície, instabilizando as porções
167 superiores dos taludes. As pedreiras, quando abandonadas, acabam por interferir na
168 instabilização dos maciços rochosos a partir da própria frente de lavra.
176 As encostas da Serra do Mar têm na vegetação, seu agente retardador e inibidor de
177 escorregamentos. A malha de raízes desempenha um papel mecânico resistente e a
178 floresta cumpre um papel fundamental na interceptação, na retenção e na eliminação
179 (evapotranspiração) de grande parte das águas de chuva, impedindo sua ação direta
180 sobre o solo, e diminuindo e diluindo no tempo sua capacidade de saturação.
182 A área territorial utilizada para as atividades antrópicas no litoral norte compreende
183 uma estreita faixa costeira devido à existência legal do Parque Estadual da Serra do
184 Mar que estabelece, na maioria das vezes, o limite superior para a área em que é
185 admitida a ocupação urbana. As características geotécnicas e condições de acesso
186 determinam, ainda, que essa ocupação se dê predominantemente nas áreas de
187 planície, baixas encostas e fundos de vale.
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188 As funções urbanas dos quatro municípios da região (Caraguatatuba, Ilhabela, São
189 Sebastião, Ubatuba) são muito semelhantes, excetuando-se os serviços portuários de
190 São Sebastião. Os municípios têm hoje, como função principal, o atendimento aos
191 turistas e veranistas, através dos serviços de restaurantes, hotéis, acampamentos,
192 estabelecimentos varejistas e outros. Esse grupo de funções caracteriza a
193 homogeneidade da região, que se reflete nos tipos de uso e ocupação do solo.
201 Nas praias de ocupação mais antiga a população fixa local, que antes ocupava a zona
202 da orla marítima, já foi deslocada para o interior enquanto que nas praias de acesso
203 mais difícil esse deslocamento ainda não se deu ou apenas se inicia. A população no
204 litoral norte chega quase a dobrar na temporada, pelo afluxo da população flutuante.
205 Cobertura Vegetal na UGRHI 03
206
207 Fonte: IF (2005). Extraído do Documento: Plano de Bacia Hidrográfica do Litoral Norte, 2009, IPT
208 Os usos de comércio e serviço estão concentrados nos núcleos urbanos, sendo que
209 em algumas praias já começam a se tornar expressivos. O uso industrial é pontual, não
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UCA Proteção Legal Área (há) Administração Municípios
Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN
Gradual
RPPN Morro do Portaria IBAMA
22,8 Participações Ubatuba
Curussú-Mirim n° 87/99
LTDA
Portaria IBAMA
RPPN Sítio do Jacu 1,59 Bernard Ledue Caraguatatuba
n° 52/01
RPPN Toque-Toque Portaria IBAMA
2,70 Mieko Kishi São Sebastião
Pequeno n° 09/00
Portaria IBAMA João Batista
RPPN Rizzieri 1.282,00 São Sebastião
n° 05/03 Baldine Rizzieri
Área sob Proteção Especial - ASPE
ASPE do Centro de
Biologia Marinha da Resolução SMA
107 SMA São Sebastião
Universidade de São de 10/2/87
Paulo - Cebimar
ASPE do Costão do Resolução SMA
199,32 SMA São Sebastião
Navio de 10/2/87
ASPE do Costão de Resolução SMA
192 SMA São Sebastião
Boiçucanga de 10/2/87
Área Natural Tombada - ANT
ANT Serra do Mar e Resolução n° Caraguatatuba, Ilhabela,
1.300.000 Condephaat
de Paranapiacaba 40/85 São Sebastião e Ubatuba
ANT Ilhas do Litoral Resolução n° Caraguatatuba, São
- Condephaat
Paulista 8/94 Sebastião e Ubatuba
ANT Núcleo Caiçara Resolução nº
176,27 Condephaat Ubatuba
de Picinguaba 7/83
Terra Indígena - TI
TI Boa Vista do Decreto Federal
920,66 FUNAI Ubatuba
Sertão do Prumirim n° 94.220/87
Decreto Federal
TI Ribeirão Silveira 948,40 FUNAI São Sebastião
n° 94.568/87
Reserva Biosfera
Reserva da Biosfera Conselho
Cerca de Caraguatatuba, Ilhabela,
da Mata Atlântica - Nacional da
35.000.000 São Sebastião e Ubatuba
RBMA RBMA
Fonte: Plano de Bacia Hidrográfica do Litoral Norte, dez/2009
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222 O litoral norte caracteriza-se por pequenas planícies costeiras encontradas entre os
223 esporões da Serra do Mar, à exceção da Enseada de Caraguatatuba, que constitui a
224 maior porção sedimentar da região. Essa região, localizada no limite da zona tropical, é
225 fortemente influenciada pelos sistemas tropicais e polares, que atuam de forma
226 desigual, sendo que estes últimos determinam o ritmo climático regional. O confronto
227 entre esses dois sistemas é um dos principais responsáveis pela precipitação
228 pluviométrica da região, caracterizada como uma das mais chuvosas do país.
233 As chuvas são mais abundantes no verão, perfazendo 37% do volume total, sendo
234 janeiro, geralmente, o mês mais chuvoso. Na primavera, o confronto entre os sistemas
235 tropicais e extratropicais, ambos úmidos, provocam chuvas intensas e constantes,
236 apresentando índices pluviométricos elevados totalizando 29% do volume. O outono e
237 inverno têm uma participação de 19,3 e 14,7%, respectivamente.
238 No tocante à temperatura, a região do litoral norte não apresenta uma variação sazonal
239 tão marcante quanto na porção interior do território paulista. Os meses mais quentes do
240 ano estão relacionados com período de verão, com médias superiores a 24 oC e os
241 meses mais frios correspondem a junho, julho e agosto, cujas médias variam entre 17 e
242 20oC.
244 De acordo com o IBGE, no ano de 2000, nos quatro municípios que compõem a
245 UGRHI 03, a população total era de 223.914 habitantes e a população flutuante chegou
246 a 1.450.000 turistas, cerca de 6,5 vezes mais que a moradora.
263
264 Fonte: Plano de Bacia Hidrográfica do Litoral Norte, 2009, IPT
266 O Litoral Norte conta com dois sistemas aqüíferos: o sistema aqüífero fraturado
267 correspondente a terrenos cristalinos da Serra do Mar, permeáveis por fraturamento de
268 rochas e o sistema aqüífero sedimentar (aqüífero litorâneo), permeáveis por porosidade
269 granular, correspondendo a sedimentos ao longo das praias. Os citados Sistemas
270 Aqüíferos Cristalino e Litorâneo ocorrem, respectivamente, em cerca de 85 e 15% da
271 área do Litoral Norte.
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274
275 Fonte: DAEE/IG/IPT/CPRM (2005). Extraído do Documento: Plano de Bacia Hidrográfica do Litoral Norte, 2009, IPT
276 A porção do aquífero Cristalino que está contida na UGRHI 03 está com sua maior
277 dimensão protegida pelo Parque Estadual da Serra do Mar, apresentando baixíssima
278 ocupação antrópica. Os dois sistemas aquíferos da UGRHI 03, por serem livres,
279 apresentam vulnerabilidade natural à contaminação, no entanto, o Aquífero Litorâneo,
280 por ser um meio contínuo (sedimentar), é considerado mais sensível à contaminação
281 que o Aquífero Cristalino (meio descontínuo).
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(1) PERH, 2005. Fonte: “Situação dos Recursos Hídricos do Estado de São Paulo - ano base 2007”, SMA, 2009.
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Disponibilidade Hídrica nas Sub-bacias da UGRHI 03 - Litoral Norte
Área de Disponibilidade
3
Sub-Bacia Município Drenagem Hídrica (m /s)
2
(km ) Q7,10
Rio Fazenda / Bicas Ubatuba 79,9 0,860
Rio Iriri / Onça Ubatuba 74,2 1,090*
Rio Quiririm / Puruba Ubatuba 166,4 2,170*
Rio Prumirim Ubatuba 21,0 0,240*
Rio Itamambuca Ubatuba 56,4 0,640*
Rio Indaiá / Capim Melado Ubatuba 37,5 0,480*
Rio Grande de Ubatuba Ubatuba 102,6 1,350
Rio Perequê-Mirim Ubatuba 16,5 0,250*
Rio Escuro / Comprido Ubatuba 61,5 0,710*
Rio Maranduba/Arariba Ubatuba 67,7 0,700
Rio Tabatinga Ubatuba/Caraguatatuba 23,6 0,300*
Rio Mocóca Caraguatatuba 40,2 0,490*
290 continua
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292 continuação
Área de Disponibilidade
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Sub-Bacia Município Drenagem Hídrica (m /s)
2
(km ) Q7,10
Rio Massaguaçu/Bacuí Caraguatatuba 35,5 0,490*
Rio Guaxinduba Caraguatatuba 25,3 0,430*
Rio Santo Antonio Caraguatatuba 39,8 0,670*
Rio Juqueriquerê Caraguatatuba/São Sebastião 419,4 2,790
Rio São Francisco São Sebastião 16,8 0,060
São Sebastião São Sebastião 10,6 0,190*
Ribeirão Grande São Sebastião 18,1 0,310*
Paúba São Sebastião 21,9 0,210*
Rio Maresias São Sebastião 28,1 0,160
Rio Grande São Sebastião 33,2 0,381*
Rio Camburi São Sebastião 36,2 0,540*
Rio Barra do Saí São Sebastião 24,00 0,330*
Rio Juqueí São Sebastião 14,9 0,210*
Rio Una São Sebastião 120,7 1,720*
Córrego do Jabaquara Ilhabela 18,9
Córrego Bicuíba Ilhabela 13,1 0,080*
Córrego Ilhabela/ Cachoeira Ilhabela 12,3 0,110
Córrego Paquera/Cego Ilhabela 49,8 0,230*
Cor. São Pedro/ São Sebastião/ Frade Ilhabela 38,3 0,160
Córrego Sepituba / Ipiranga/ Boneti/
Ilhabela 91,3 0,500*
Enchovas/ Tocas
Córrego Manso/ Engenho/
Ilhabela 85,6 0,480*
Castelhano/ Cabeçuda
Córrego do Poço Ilhabela 29,2 0,150*
Total 1.957,0 19,600
Fonte: CBH litoral norte - IPT/ nov/2000; Q 7,10 = Vazão Superficial Mínima Disponível; (*) Dados de Cadastro DAEE.
294 A utilização dos recursos hídricos é feita para diferentes tipos de uso conforme
295 definição do DAEE, sendo eles: Industrial: (uso em empreendimentos industriais, nos
296 seus sistemas de processo, refrigeração, uso sanitário, combate a incêndio, além de
297 outros), Urbano (água que se destina predominantemente ao consumo humano em
298 núcleos urbanos, tais como cidades, bairros, distritos, vilas, loteamentos, condomínios,
299 comunidades, dentre outros), Irrigação (água utilizada em irrigação das mais distintas
300 culturas agrícolas), Rural (uso da água em atividades na zona rural, tais como
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301 aqüicultura, pecuária, dentre outros, excetuando-se o uso na irrigação que possui
302 classificação específica, conforme citado anteriormente), Mineração (diz respeito a toda
303 a água utilizada nos processos de mineração, incluindo lavra de areia), Recreação e
304 Paisagismo (uso em atividades de recreação, tais como piscinas, lagos para pescaria,
305 bem como para composição paisagística de propriedades (lagos, chafarizes, etc, e
306 outros), Comércio e Serviços (utilização da água em empreendimentos comerciais e
307 prestadores de serviços, seja nas suas atividades propriamente ditas ou com fins
308 sanitários em shopping centers, postos de serviços, hotéis, clubes, hospitais, etc.) e
309 outros (utilização da água em atividades que não se enquadram em nenhuma das
310 anteriores ou senão, quando a fonte de informação ou de registro do uso da água não
311 especifica claramente em qual a categoria se enquadra um determinado usuário.
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Demanda (m /s)
Usos
Captação Subterrânea Captação Superficial
Rural - 0,512
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318 Localização
319 Localização do Município de Ilhabela na UGRHI 03
320
321 Fonte: Plano de Bacias Hidrográficas do Litoral Norte 2009
322 O município de Ilhabela está localizado na Região Administrativa de São José dos
323 Campos e Região de Governo de Caraguatatuba, no Litoral Norte, a cerca de 190 km
324 da capital paulista. Limita-se a noroeste com o Canal de São Sebastião e a norte, leste,
325 sul e oeste com o Oceano Atlântico.
326 Acesso
327 O acesso a Ilhabela é realizado via balsa, a partir da cidade de São Sebastião, que por
328 sua vez é acessada pela Rodovia Dr. Manoel Hippolito Rego (SP-055).
330 A cidade de Ilhabela conta com 28.5262 habitantes, distribuídos em uma área de
331 348,30 km² e densidade de 81,90 hab/km². Mais da metade da população localiza-se
332 em zona urbana, pois a taxa de urbanização é de 99,16%.
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Projeção SEADE, consulta set/2010
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335 população rural obteve seu pico nos anos de 1990 e 1995 (247hab), com posterior
336 redução nos anos seguintes, alcançando, no ano de 2009, cerca de 232 habitantes.
Local 1980 1990 1995 2000 2005 2006 2007 2008 2009
Evolução da População urbana
Ilhabela 7.515 12.550 16.349 20.506 24.361 25.107 25.875 26.656 27.458
Evolução da população rural
Ilhabela 228 247 247 246 227 223 218 225 232
Fonte: SEADE/2010
Parque Estadual
Decr. Est. 9.414/77 27.025 IF Ilhabela
de Ilhabela
Tombamento da
Serra do Mar e Ubatuba, Caraguatatuba,
Res. Est. 40/85 1.300.000 CONDEPHAAT
de São Sebastião e Ilhabela
Paranapiacaba
Reserva da Conselho
Cerca de Ubatuba, Caraguatatuba,
Biosfera da Mata - Nacional da
35.000.000 São Sebastião e Ilhabela
Atlântica RBMA RBMA
Fonte: CBH litoral norte – IPT / Plano Bacia Hidrográfica do Litoral Norte, 2009, IPT.
340 Sub-bacias
341 A UGRHI 03 foi dividida em 34 sub-bacias, distribuídas nos quatro municípios que a
342 configuram. O quadro a seguir apresenta as sub-bacias identificadas em Ilhabela,
343 (mapa ilustrativo do item 2.6 do presente relatório):
344
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345
347 - Plano de Bacia Hidrográfica do Litoral Norte 2009, Comitê de Bacia Hidrográfica do
348 Litoral Norte, dezembro/2009;
352 - Plano Estadual de Recursos Hídricos 2004/2007 – UGRHI 03 Litoral Norte, Governo
353 do Estado de São Paulo – Conselho Estadual de Recursos Hídricos, Consórcio
354 JMR/Engecorps;
355 - Situação dos Recursos Hídricos no Estado de São Paulo – Ano base 2007, Governo
356 do Estado de São Paulo – SMA e Coordenadoria de Recursos Hídricos, São Paulo,
357 2009;
358 - Plano Diretor para Disposição Final dos Lodos e Demais Resíduos Produzidos pelos
359 Sistemas de Águas e Esgotos do Litoral Norte do Estado de São Paulo - SABESP,
360 Relatório Final, elaboração: Estudos Técnicos e Projetos ETEP Ltda, 2005;
365 O presente item trata das questões jurídicas e institucionais que interferem na
366 elaboração dos planos municipais de saneamento básico nas seguintes Unidades
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378 Vale dizer que, com a edição dessa lei abriram-se, sob o aspecto institucional, novos
379 caminhos para a prestação dos serviços de saneamento básico e também para o
380 alcance dos objetivos ambientais e de saúde pública que envolvem a matéria.
381 Evidentemente, um longo caminho existe entre a edição da lei e a efetiva melhoria dos
382 níveis de qualidade ambiental desejados. Os planos de saneamento básico consistem,
383 dessa forma, em um dos instrumentos de alcance da efetividade da norma, conforme
384 será detalhado adiante.
385 Também será objeto de análise a Lei nº 11.107/07, que dispõe sobre os consórcios
386 públicos e que veio apresentar novos arranjos institucionais para a execução de
387 atividades inerentes aos Poderes Públicos, como é o caso do saneamento básico,
388 tanto no que se refere ao exercício da titularidade como à prestação dos serviços.
389 Com a edição da Lei nº 12.305, de 2-8-2010, que institui a Política Nacional de
390 Resíduos Sólidos, e considerando a forte interação entre essa norma e a Lei de
391 saneamento, serão verificados alguns conceitos aplicáveis aos municípios, no que se
392 refere aos planos de resíduos sólidos.
393 Serão abordados ainda dois temas fundamentais: a titularidade e a prestação dos
394 serviços. Em relação à titularidade, será verificado no que consiste essa atividade e as
395 formas legalmente previstas para o seu exercício. Quanto à prestação dos serviços de
396 saneamento básico cabe estudar as diversas formas de prestação, incluindo a
397 prestação regionalizada, modalidade prevista na Lei nº 11.445/07 e se caracteriza
398 pelas seguintes situações:
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475 Os esgotos urbanos lançados in natura, principalmente em rios, têm sido fonte de
476 preocupação dos governos e da atuação do Ministério Público, pela poluição da água
477 ou, no mínimo, pela alteração de sua qualidade, principalmente no que toca ao
478 abastecimento das populações a jusante. Certamente, o índice de poluição que o
479 lançamento de esgotos provoca no corpo receptor depende de outras condições, como
480 a vazão do rio, o declive, a qualidade do corpo hídrico, a natureza dos dejetos etc. Mas
481 estará sempre degradando, em maior ou menor grau, a qualidade das águas, o que
482 repercute diretamente na quantidade de água disponível ao abastecimento público.
483 E, para que essa água se torne potável, mais complexo – e caro – será o seu
484 tratamento. Ou seja, a disponibilidade de água para o abastecimento público depende,
485 entre outros fatores, do tratamento dos esgotos domésticos, questão que o país ainda
486 não conseguiu equacionar. A aplicação da Lei nº 11.445/07 pode vir a modificar essa
487 situação. Daí a importância dos planos de saneamento, entre outros instrumentos da
488 política de saneamento.
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525 Assim como para os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, a Lei
526 nº 11.445/07 determina que a limpeza urbana e o manejo de resíduos sólidos urbanos
527 terão a sustentabilidade econômico-financeira assegurada, sempre que possível,
528 mediante remuneração pela cobrança de taxas ou tarifas e outros preços públicos, em
529 conformidade com o regime de prestação do serviço ou de suas atividades16.
13 FORNARI NETO, Ernani. Dicionário prático de ecologia. São Paulo: Aquariana, 2001, p. 54.
14 Lei nº 8.666/93, art. 24, XXVII.
15 Lei nº 11.445/07, art. 7º.
16 Lei nº 11.445/07, art. 29, II.
17 A Lei nº 12.305/10 entrou em vigor na data de sua publicação, mas a vigência do disposto nos artigos 16 e 18 ocorrerá em dois anos da referida publicação.
18 Lei nº 12.305/10, art. 5º.
19 Lei nº 12.305/10, art. 3º,VIII.
24
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550 Nos termos da lei do saneamento, os serviços de manejo de águas pluviais urbanas
551 terão a sustentabilidade econômico-financeira assegurada, sempre que possível,
552 mediante remuneração pela cobrança dos serviços na forma de tributos, inclusive
553 taxas, em conformidade com o regime de prestação do serviço ou de suas atividades21.
556 Teoricamente, o que distingue e caracteriza o serviço público das demais atividades
557 econômicas é o fato de ele ser essencial para a comunidade. A sua falta, ou a
558 prestação insuficiente ou inadequada podem causar danos a pessoas e a bens.
559 Por essa razão, a prestação do serviço público é de titularidade do Poder Público,
560 responsável pelo bem estar social. Trata-se, pois, de um “serviço público, prestado pela
561 Administração ou por seus delegados, de acordo com normas e sob o controle do
562 Estado, para satisfazer as necessidades da coletividade ou a conveniência do
563 Estado”.22
564 Cabe salientar que a ação de saneamento executada por meio de soluções individuais
565 não se caracteriza como serviço público quando o usuário não depender de terceiros
566 para operar os serviços, da mesma forma que as ações e serviços de saneamento
567 básico de responsabilidade privada, incluindo o manejo de resíduos de
568 responsabilidade do gerador.23
570 Todo serviço público, por ser essencial, se encontra sob a responsabilidade de um ente
571 de direito público: União, Estado Distrito Federal ou Município. Essa repartição de
572 competências para cada serviço é estabelecida pela Constituição Federal. Assim, por
573 exemplo, os serviços públicos de energia elétrica são de titularidade da União,
574 conforme estabelece o art. 21, XII, b. Os serviços públicos relativos ao gás canalizado
25
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575 competem aos Estados, em face do art. 25, II. Já os serviços públicos de titularidade
576 dos Municípios não estão descritos na Constituição, que apenas determina, para esses
577 entes federados, a prestação de serviços públicos de “interesse local”, diretamente ou
578 sob o regime de concessão ou permissão.24
579 Embora não haja qualquer dúvida quanto à titularidade dos municípios no que se refere
580 aos serviços de limpeza urbana e drenagem, em relação ao saneamento, há, porém,
581 uma discussão entre Estados e Municípios que tramita no Supremo Tribunal Federal,
582 ainda sem solução25..
583 Paralelamente, a CF/88 transferiu aos Estados a competência para instituir regiões
584 metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, agrupando Municípios
585 limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções
586 públicas de interesse comum.26
594 Diante desse impasse, e da indefinição do STF na solução da matéria, a Lei federal nº
595 11.107, de 6-4-2005 – Lei de Consórcios Públicos – veio alterar esse quadro,
596 estabelecendo novos arranjos institucionais para a prestação de serviços públicos,
597 inclusive os se saneamento básico, que tiram o foco da questão da titularidade. No
598 novo modelo, os entes federados podem fazer parte de um único consórcio, o qual
599 contratará os serviços e exercerá o papel de concedente, por delegação, através de lei.
600 A Lei nº 11.445/07, adotando essa linha, não define expressamente o titular do serviço,
601 prevendo apenas que este poderá delegar a organização, a regulação, a fiscalização e
602 a prestação dos serviços, mediante contrato ou convênio, a outros entes federativos,
603 nos termos do art. 24127 da Constituição Federal e da Lei nº 11.107/05. Cabe lembrar
604 que a delegação também pode ser concedida ao particular, nos moldes da Lei nº
605 8.987/95.
606 No caso da UGRHI objeto deste estudo, que se encontram fora de regiões
607 metropolitanas, não há dúvida de que os municípios são os titulares de todos os
608 serviços de saneamento básico28 e responsáveis pelos planos municipais de
26
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SANEAMENTO E ENERGIA
609 saneamento além de todas as outras ações relativas à sua correta prestação, com os
610 seguintes objetivos: cidade limpa, livre de enchentes, com esgotos coletados e tratados
611 e água fornecida a todos nos padrões legais de potabilidade.
613 É importante verificar no que consiste a titularidade de um serviço público. Já foi visto
614 que sua característica básica é o fato de ser essencial para a sociedade constituindo,
615 por essa razão, competência do Poder Público, responsável pela administração do
616 Estado. De acordo com o art. 9º da Lei nº 11.445/07, o titular dos serviços – no caso
617 presente, o município - formulará a respectiva política pública de saneamento
618 básico, devendo, para tanto, cumprir uma série de atribuições.
637 VII - intervir e retomar a operação dos serviços delegados, por indicação da
638 entidade reguladora, nos casos e condições previstos em lei e nos
639 documentos contratuais.
640 Cabe ressaltar que o Município, sendo o titular dos serviços, pode e deve exercer todas
641 as atividades relativas a essa titularidade – organização (planejamento), regulação,
642 fiscalização e prestação dos serviços - ou delegá-las a terceiros, por meio de
643 instrumentos jurídicos próprios, de acordo com o que a lei determina.
27
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654 Elaborar os planos de saneamento básico constitui um dos deveres do titular dos
655 serviços32. A elaboração desses planos se encontra no âmbito das atribuições legais
656 do município. Segundo a Lei nº 11.445/07, em seu art. 19, a prestação de serviços
657 públicos de saneamento básico observará plano, que poderá ser específico para cada
658 serviço – abastecimento de água, esgotamento sanitário, resíduos sólidos, drenagem.
667 A partir daí, cabe traçar os objetivos e metas de curto, médio e longo prazos para a
668 universalização34, admitidas soluções graduais e progressivas, observando a
669 compatibilidade com os demais planos setoriais. Cabe lembrar que o princípio da
670 universalização dos serviços, previsto no art. 2º da lei de saneamento, consiste na
671 ampliação progressiva do acesso de todos os domicílios ocupados ao saneamento
672 básico35, de modo que, conforme as metas estabelecidas, a totalidade da população
673 tenha acesso ao saneamento.
674 Uma vez estabelecidos os objetivos e metas para a universalização dos serviços, cabe
675 ao plano a indicação de programas, projetos e ações necessárias para atingir os
676 objetivos e as metas, de modo compatível com os respectivos planos plurianuais e
677 com outros planos governamentais correlatos, identificando possíveis fontes de
678 financiamento.
28
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SANEAMENTO E ENERGIA
679 Os planos de saneamento básico devem estar articulados com outros estudos
680 efetuados e que abranjam a mesma região. Nos termos da lei, os serviços de
681 saneamento básico serão prestados com base, entre outros princípios, na articulação
682 com as políticas de desenvolvimento urbano e regional, de habitação, de combate à
683 pobreza e de sua erradicação, de proteção ambiental, de promoção da saúde e outras
684 de relevante interesse social voltadas para a melhoria da qualidade de vida, para as
685 quais o saneamento básico seja fator determinante36.
686 Essa articulação deve ser considerada na elaboração dos planos de saneamento, com
687 vistas a integrar as decisões sobre vários temas, mas que na prática, acabam por
688 impactar o mesmo território.
689 Embora a lei não mencione expressamente, deve haver uma correspondência
690 necessária do plano de saneamento com o Plano Diretor, instrumento básico da
691 política de desenvolvimento urbano, objeto do art. 182 da Constituição37. Nos termos
692 desse dispositivo, o Plano Diretor constitui lei municipal e é o instrumento básico da
693 política de desenvolvimento e de expansão urbana38.
694 Um ponto fundamental, nesse passo, consiste no fato de que a lei de saneamento, nos
695 termos do seu art. 19, § 3º, estabelece que os planos de saneamento básico
696 deverão ser compatíveis com os planos das bacias hidrográficas em que
697 estiverem inseridos. O Município não é detentor do domínio da água, mas sua atuação
698 é fundamental na proteção desse recurso. O lixo e o esgoto doméstico, gerados nas
699 cidades, são fontes importantes de poluição dos recursos hídricos.
706 Ainda na linha de projetos e ações a serem propostos, a lei prevê a indicação, no plano
707 de saneamento, de ações para emergências e contingências. Merece destaque o
708 item que prevê, como conteúdo mínimo dos planos de saneamento, mecanismos e
709 procedimentos para a avaliação sistemática da eficiência e eficácia das ações
710 programadas40. Trata-se de um avanço na legislação, pois estabelece, desde logo,
711 que o conteúdo do plano deve ser cumprido, com a devida indicação de como aferir
712 esse cumprimento.
713 Nota-se que os planos de saneamento, pelo conteúdo mínimo exigido na lei,
714 extrapolam o planejamento puro e simples, na medida em que estabelecem, desde
29
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715 logo, as metas a serem cumpridas na prestação dos serviços, as ações necessárias ao
716 cumprimento dessas metas e ainda os correspondentes mecanismos de avaliação. No
717 próprio plano, dessa forma, são impostos os resultados a serem alcançados.
723 No que se refere ao controle social, a lei determina a “ampla divulgação das propostas
724 dos planos de saneamento básico e dos estudos que as fundamentem, inclusive com a
725 realização de audiências ou consultas públicas”42.
726 No que diz respeito à área de abrangência, o plano municipal de saneamento básico
727 deverá englobar integralmente o território do município43.
731 Regulação é todo e qualquer ato, normativo ou não, que discipline ou organize um
732 determinado serviço público, incluindo suas características, padrões de qualidade,
733 impacto sócio-ambiental, direitos e obrigações dos usuários e dos responsáveis por
734 sua oferta ou prestação e fixação e revisão do valor de tarifas e outros preços
735 públicos45.
736 É inerente ao titular dos serviços públicos a regulação de sua prestação, o que implica
737 o estabelecimento de normas específicas, garantindo que a sua prestação seja
738 adequada às necessidades locais já verificadas no planejamento dos serviços,
739 considerada a universalização do acesso. Uma vez estabelecidas as normas, faz parte
740 do universo das ações a cargo do titular fiscalizar o cumprimento das normas pelo
741 prestador dos serviços.
30
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SANEAMENTO E ENERGIA
754 I - estabelecer padrões e normas para a adequada prestação dos serviços e para a
755 satisfação dos usuários;
757 III - prevenir e reprimir o abuso do poder econômico, ressalvada a competência dos
758 órgãos integrantes do sistema nacional de defesa da concorrência;
759 IV - definir tarifas que assegurem tanto o equilíbrio econômico e financeiro dos
760 contratos como a modicidade tarifária, mediante mecanismos que induzam a
761 eficiência e eficácia dos serviços e que permitam a apropriação social dos ganhos
762 de produtividade.
763 Note-se que esses objetivos dizem respeito ao planejamento e à regulação dos
764 serviços, na medida em que tratam tanto da fixação de padrões e normas relativas à
765 adequada prestação dos serviços47 como à garantia de seu cumprimento. Além disso,
766 a regulação inclui o controle econômico financeiro dos contratos de prestação de
767 serviços regulados, buscando-se a modicidade das tarifas, eficiência e eficácia dos
768 serviços e ainda a apropriação social dos ganhos da produtividade.
769 Cabe ao titular dos serviços de saneamento a adoção de parâmetros para a garantia
770 do atendimento essencial à saúde pública, inclusive quanto ao volume mínimo per
771 capita de água para abastecimento público, observadas as normas nacionais relativas
772 à potabilidade da água48. No que se refere aos direitos do consumidor, cabe ao titular
773 dos serviços fixar os direitos e os deveres dos usuários.
31
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782 sua elaboração e, ao mesmo tempo, são alimentados pelas novas informações obtidas
783 na elaboração desses planos.
784 Cabe também ao titular dos serviços intervir e retomar a operação dos serviços
785 delegados, por indicação da entidade reguladora, nos casos e condições previstos em
786 lei e nos documentos contratuais.
799 As atividades de regulação, prestação dos serviços e seu controle, inerentes ao titular,
800 podem ser efetuadas por ele ou transferidas a terceiros, pessoa jurídica de direito
801 público ou de direito privado, conforme será verificado adiante.
802 O exercício da titularidade consiste em uma obrigação. Por mais óbvias que sejam as
803 atividades necessárias para que se garanta o atendimento da população, essas
804 atividades devem estar descritas em uma norma ou em um contrato. Sem a fixação das
805 atividades a serem realizadas, não há como exigir do prestador o seu cumprimento de
806 modo objetivo.
807 Essa é uma crítica que se faz aos casos em que os serviços são prestados diretamente
808 pela municipalidade, por intermédio dos Departamentos de Água e Esgoto e das
809 autarquias especialmente criadas por lei para a prestação desses serviços. A questão
810 que se coloca é que o titular dos serviços - Município - não estabeleceu as regras a
811 serem cumpridas, nem mesmo nas leis de criação dos SAAES. Além disso, em se
812 tratando de órgãos e entidades da administração municipal, existe uma coincidência
813 entre o responsável pela prestação dos serviços e o responsável pelo controle e
814 fiscalização. Cabe ponderar que raramente se encontra uma regulação municipal
815 estabelecida para os serviços nessas categorias.
816 Na legislação aplicável à criação e implantação desse modelo – DAE e SAAE -, não se
817 cogitava de estabelecer a regulação nem fixar normas para a equação econômico-
818 financeira dos serviços baseada na cobrança de tarifa e preços públicos e muito menos
51 Lei nº 11.445/07, art. 15.
52 Lei nº 11.445/07, art. 15, parágrafo único.
53 Lei nº 11.445/07, art. 18, parágrafo único.
32
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819 a universalização do acesso era tratada como uma meta a ser atingida
820 obrigatoriamente.
821 Daí o estabelecimento, nos últimos anos, de novos modelos institucionais de prestação
822 dos serviços e mesmo do exercício da titularidade, com o objetivo de tornar mais
823 eficiente a prestação dos serviços de saneamento básico.
825 A Lei nº 11.445/07 permite que a regulação de serviços públicos de saneamento básico
826 seja delegada pelos titulares a qualquer entidade reguladora constituída dentro dos
827 limites do respectivo Estado, explicitando, no ato de delegação da regulação, a forma
828 de atuação e a abrangência das atividades a serem desempenhadas pelas partes
829 envolvidas54.
830 O Estado de São Paulo instituiu, pela Lei Complementar nº 1.025, de 7-12-2007,
831 regulamentada pelo Decreto nº 52.455, de 7-12-2007, a Agência Reguladora de
832 Saneamento e Energia - ARSESP, entidade autárquica e vinculada à Secretaria de
833 Saneamento e Energia do Estado de São Paulo. Em relação ao Saneamento, cabe à
834 ARSESP regular e fiscalizar os serviços de titularidade estadual, assim como aqueles,
835 de titularidade municipal, que venham a ser delegados à ARSESP pelos municípios
836 paulistas que manifestarem tal interesse 55.
837 Isso significa que, mesmo nos casos em que a titularidade dos serviços de saneamento
838 pertença aos municípios, como é o caso vigente na UGRHI em estudo, podem esses
839 entes celebrar convênio com ARSESP, no qual são delegadas a essa agência as
840 competências do titular dos serviços de saneamento no que se refere à regulação e à
841 fiscalização.
33
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SANEAMENTO E ENERGIA
850 A figura do consórcio público encontra-se prevista no art. 241 da Constituição Federal
57
851 e seu regime jurídico foi fixado pela Lei nº 11.107, de 6-04-2005, regulamentado pelo
852 Decreto nº 6.017, de 17-1-2007.
853 Consórcio público é “pessoa jurídica formada exclusivamente por entes da Federação,
854 na forma da Lei nº 11.107/05, para estabelecer relações de cooperação federativa,
855 inclusive a realização de objetivos de interesse comum, constituída como associação
856 pública, com personalidade jurídica de direito público e natureza autárquica, ou como
857 pessoa jurídica de direito privado sem fins econômicos”58.
864 Os objetivos do consórcio público são determinados pelos entes da Federação que se
865 consorciarem59. Entre os objetivos do consórcio60 encontra-se “a gestão associada de
866 serviços públicos”, que significa “a associação voluntária de entes federados, por
867 convênio de cooperação ou consórcio público, conforme disposto no art. 241 da
868 Constituição Federal”61.
869 O consórcio público será constituído por contrato, cuja celebração dependerá da prévia
870 subscrição de protocolo de intenções62 o que envolve as seguintes fases: 1. subscrição
871 de protocolo de intenções63; 2. publicação do protocolo de intenções na imprensa
872 oficial64; 3. promulgação da lei por parte de cada um dos partícipes, ratificando, total ou
873 parcialmente, o protocolo de intenções65 ou disciplinando a matéria66 e 4. celebração
874 do contrato67.
§ 4º - Quando o convênio de cooperação estabelecer que a regulação ou fiscalização de serviços delegados ao prestador estadual permaneçam a cargo do Município, este
deverá exercer as respectivas competências por meio de entidade reguladora que atenda ao disposto no artigo 21 da Lei nº 11.445/07, devendo a celebração do convênio ser
precedida da apresentação de laudo atestando a viabilidade econômico-financeira da prestação dos serviços.
§ 5º - Na hipótese prevista no § 4º deste artigo, a ARSESP poderá atuar como árbitro para solução de divergências entre o prestador de serviços e o poder concedente.
57 “Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes
federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos
serviços transferidos.” Redação da EC nº 19/98.
58 Decreto nº 6.017/07, art. 2º, I.
59 Lei nº 11.107/05, art. 2º.
60 Decreto nº 6.017/07, art. 3º, I.
61 Lei nº 11.445/07, art. 3º, II.
62 Lei nº 11.107/05, art. 3º.
63 Lei nº 11.107/05, art. 3º.
64 Lei nº 11.107/05, art. 4º, § 5º.
65 Lei nº 11.107/05, art. 5º.
66 Lei nº 11.107/05, art. 4º, § 4º.
67 Lei nº 11.107/05, art. 3º.
34
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SANEAMENTO E ENERGIA
903 Os serviços são prestados por um órgão da Prefeitura Municipal, sem personalidade
904 jurídica e sem qualquer tipo de contrato, já que, nessa modalidade, as figuras de titular
905 e de prestador dos serviços se confundem em um único ente – o Município. A Lei nº
906 11.445/07 dispensa expressamente a celebração de contrato para a prestação de
907 serviços por entidade que integre a administração do titular72.
35
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918 Os serviços relativos à drenagem e ao manejo das águas pluviais urbanas são em
919 geral prestados de forma direta por secretarias municipais.
920 Os serviços de limpeza urbana são prestados pelo órgão municipal, sem a existência
921 de qualquer contrato.
923 A autarquia é uma entidade da administração pública municipal, criada por lei para
924 prestar serviços de competência da Administração Direta, recebendo, portanto, a
925 respectiva delegação. Embora instituídas para uma finalidade específica, suas
926 atividades e a respectiva remuneração não se encontram vinculadas a uma equação
927 econômico-financeira, pois não há contrato de concessão. Tampouco costuma se
928 verificar, nas respectivas leis de criação, regras sobre sustentabilidade financeira ou
929 regulação dos serviços.
930 Os SAAE – Serviços Autônomos de Água e Esgoto são autarquias municipais com
931 personalidade jurídica própria, autonomia administrativa e financeira, criadas por lei
932 municipal com a finalidade de prestar os serviços de água e esgoto.
36
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954 Para que os contratos de prestação de serviços públicos de saneamento básico sejam
955 válidos, e possam produzir efeitos jurídicos, isto é, o prestador executar os serviços e a
956 Administração pagar de acordo com o que foi contratado, a lei impõe algumas
957 condições, relativas aos instrumentos de planejamento, viabilidade e regulação, além
958 do controle social.
959 Em primeiro lugar, é necessário que tenha sido elaborado o plano de saneamento
960 básico, nos termos do art. 19 da Lei nº 11.445/07. E de acordo com o plano elaborado,
961 deve ser feito um estudo comprovando a viabilidade técnica e econômico-financeira da
962 prestação universal e integral dos serviços, de forma a se conhecer o custo dos
963 serviços, ressaltando que deve se buscar a universalidade da prestação.75
968 A partir daí, cabe realizar audiências e consultas públicas sobre o edital de licitação, no
969 caso de concessão, e sobre a minuta do contrato. Trata-se de uma forma de tornar
970 públicas as decisões do poder municipal, o qual se submete, dessa forma, ao controle
971 social77.
972 Além disso, os planos de investimentos e os projetos relativos ao contrato deverão ser
973 compatíveis com o respectivo plano de saneamento básico78, o que corresponde ao
974 estabelecimento da equação econômico-financeira relativa aos serviços.
37
SECRETARIA DE
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987 Quando a Administração Pública celebra um contrato, fica obrigada à observância das
988 regras impostas pela lei, para fiscalizar e controlar a execução do ajuste. Cabe ao
989 gestor de contratos fiscalizar e acompanhar a correta execução do contrato. A
990 necessidade de haver um gestor de contratos é definida expressamente na Lei no
991 8.666/93, em seu art. 67. Segundo esse dispositivo, a execução do contrato deverá ser
992 acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração especialmente
993 designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de
994 informações pertinentes a essa atribuição.
995 Esse modelo é utilizado, sobretudo, para a Limpeza Urbana. O modelo é o de contrato
996 de prestação de serviços de limpeza – coleta, transporte e disposição dos resíduos -,
997 poda de árvores, varrição, entre outros itens.
998 No caso da Drenagem Urbana, as obras, quando não realizadas pelos funcionários
999 municipais, são realizadas por empresas contratadas de acordo com a Lei nº 8.666/93.
1009 O art. 175 da Constituição Federal estatui que “incumbe ao Poder Público, na forma da
1010 lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre mediante licitação,
1011 a prestação de serviços públicos. De acordo com o seu parágrafo único, a lei disporá
1012 sobre: 1. o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviço público,
1013 o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de
1014 caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão; 2. os direitos dos
1015 usuários; 3. política tarifária e 4. obrigação de manter o serviço adequado. As Leis n os
1016 8.987, de 13-2-1995, e 9.074, de 7-7-1995, regulamentam as concessões de serviços
1017 públicos.
1018 Para os contratos de concessão, assim como para os contratos de programa, a Lei
1019 nº 11.445/07 estabelece informações adicionais que devem constar das normas de
1020 regulação, conforme segue: 1. autorização para a contratação, indicando prazos e a
1021 área a ser atendida; 2. inclusão, no contrato, das metas progressivas e graduais de
38
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1045 O fundamento legal para a contratação de uma entidade privada pelo Poder Público
1046 por meio do instituto da concessão é o art. 30, V, combinado com o art. 175 da
1047 Constituição, e Leis nos 8.987, de 13/2/95 e 9.074, de 07/07/95.
1048 Por meio da concessão de serviço público, o titular do serviço público delega a um
1049 particular a sua execução em nome, por conta e risco do mesmo. A remuneração é
1050 assegurada pelo recebimento da tarifa paga pelo usuário.
1051
39
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1060 O Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo S/A – IPT apresentou
1061 para o Comitê das Bacias Hidrográficas do Litoral Norte os resultados obtidos na
1062 elaboração do “Diagnóstico da situação atual dos recursos hídricos e elaboração do
1063 Plano das Bacias Hidrográficas do Litoral Norte – URGHI 3”.
1064 Os objetivos dos trabalhos realizados foram: definição de metas para o gerenciamento
1065 dos recursos hídricos da UGRHI; proposição de ações de curto (até 2003), médio
1066 (2003-2010) e longo prazos (2010-2020); discussão com o CBH-LN e apresentação da
1067 proposta em reuniões municipais; elaboração do Plano de Gerenciamento dos
1068 Recursos Hídricos do Litoral Norte até 2020.
1069 Dentre os itens abordados, foi realizada uma caracterização da então situação da bacia
1070 do Litoral Norte, em 2002, destacando-se os seguintes tópicos:
1077 - Inundações
1080 O Plano Estadual de Recursos Hídricos 2004 a 2007 traz a situação dos recursos
1081 hídricos no Estado de São Paulo, caracterizando o estado em UGRHIs. Ele aborda a
1082 caracterização física em seus aspectos geológicos, geomorfológicos e hidrogeológicos,
1083 a caracterização socioeconômica, a evolução jurídico-institucional da situação dos
1084 recursos hídricos, a disponibilidade, usos e demandas dos recursos hídricos estaduais,
1085 a situação quanto aos serviços de saneamento e a situação das áreas degradadas pela
40
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1096 Um aspecto de grande relevo para o uso racional dos recursos hídrico é o controle de
1097 perdas nos sistemas de abastecimento de água. As perdas podem ser de duas
1098 naturezas: perdas físicas, compreendendo os vazamentos na rede de distribuição e,
1099 perdas não físicas ou financeiras, ligadas aos volumes de água consumida pelos
1100 usuários, mas não faturado pelas empresas concessionárias, provocadas por ligações
1101 clandestinas ou deficiências no sistema de hidrometração/micromedição da
1102 concessionária.
1103 Existe uma relação entre o índice de perdas d’água, os índices de hidrometração
1104 (ligações de águas medidas/total de ligações de água existentes) e o volume de água
1105 micromedido (volume médio de água apurado por medidores de vazão instalados nos
1106 ramais prediais). Esses índices, bem como as relações entre os mesmos, constroem
1107 um quadro mais preciso das perdas de água existentes em cada empresa de
1108 saneamento básico.
1112 Avaliações mais recentes, ainda não oficializadas, indicam que a relação entre o
1113 volume micromedido e o volume produzido situar-se-ia no Estado em torno dos 47%.
1115 Com relação aos sistemas de esgotos sanitários, em termos de coleta, a cobertura
1116 atinge 84% da população urbana do Estado; porém o tratamento dos esgotos só chega
1117 aos 38% da população urbana atendida com coleta de esgotos, mostrando a
1118 necessidade de aumentar essa cobertura, que é essencial para melhorar a qualidade
1119 das águas superficiais do Estado.
1121 Para este serviço, há análises do Índice de Qualidade de Aterros de Resíduos (IQR)
1122 dos municípios do Estado, conforme dados obtidos do “Inventário Estadual de
1123 Resíduos Sólidos Domiciliares – Relatório 2003” publicado pela CETESB em 2004. O
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1127 As metas deste Plano estão divididas em três níveis: estratégicas, gerais e específicas.
1128 As principais características dessas metas se encontram resumidas a seguir.
1129 Meta Estratégica 1: Criar e manter atualizada uma Base de Dados do Estado de São
1130 Paulo (BDRH-SP) relativa ás características e situação dos recursos hídricos
1131 1. Desenvolver um Sistema de Informações em recursos hídricos
1132 2. Implementar uma sistemática de aquisição de dados básicos
1133 3. Implantar o monitoramento de uso e disponibilidade de recursos hídricos
1134 4. Realizar levantamentos visando o planejamento e conservação de recursos
1135 hídricos e a elaboração de estudos e projetos
1136 Meta Estratégica 2: Gerir efetiva e eficazmente os recursos hídricos superficiais e
1137 subterrâneos de modo a garantir o seu uso doméstico, industrial, comercial, ecológico,
1138 recreacional, na geração de energia, em navegação e na pecuária
1139 1. Implementar o gerenciamento efetivo dos recursos hídricos superficiais e
1140 subterrâneos (inclui outorga, fiscalização, cobrança)
1141 2. Promover a articulação interinstitucional, a participação e a parceria com o setor
1142 privado
1143 3. Acompanhar e desenvolver o Plano através de um conjunto de indicadores
1144 básicos
1145 Meta Estratégica 3: Proteger, Recuperar e Promover a Qualidade dos Recursos
1146 Hídricos com Vistas à Saúde Humana, à Vida Aquática e à Qualidade Ambiental
1147 1. Promover estudos visando o reenquadramento dos corpos d'água em classes
1148 preponderantes de uso
1149 2. Recuperar a qualidade dos recursos hídricos incentivando o tratamento de
1150 esgotos urbanos
1151 3. Implementar ações de proteção e controle de cargas poluidoras difusas,
1152 decorrentes principalmente de resíduos sólidos, insumos agrícolas, extração
1153 mineral e erosão
1154 4. Implementar ações de licenciamento e fiscalização visando assegurar a
1155 qualidade das águas superficiais e subterrâneas
1156 5. Apoiar os municípios no atendimento de problemas cruciais de qualidade da
1157 água para abastecimento, em áreas críticas
1158 Meta Estratégica 4: Contribuir para o Desenvolvimento do Estado e do País,
1159 Assegurando o Uso Múltiplo, Racional e Sustentável dos Recursos Hídricos em
1160 Benefício das Gerações Presentes e Futuras
1161 1. Promover o uso racional dos recursos hídricos
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1181 4.3. PLANO DIRETOR PARA DISPOSIÇÃO FINAL DOS LODOS E DEMAIS
1182 RESÍDUOS PRODUZIDOS PELOS SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUA
1183 E ESGOTOS DO LITORAL NORTE DO ESTADO DE SÃO PAULO -
1184 ESTUDOS TÉCNICOS E PROJETOS ETEP LTDA - SETEMBRO/2005
1185 O Plano Diretor em pauta teve como objetivo básico equacionar a disposição final de
1186 três tipos de resíduos produzidos nos sistemas de abastecimento de água e nos
1187 sistemas de esgotamento sanitário operados pela SABESP no litoral norte do estado
1188 de São Paulo, a saber: lodos produzidos nas estações de tratamento de água, lodos
1189 produzidos nas estações de tratamento de esgoto e os demais resíduos produzidos
1190 nos sistemas de água e esgoto, oriundos dos tratamentos preliminares das ETA´s e
1191 ETE´s, resíduos peneirados nas estações de pré-condicionamento e coletados nas
1192 estações elevatórias de esgoto.
1193 Esse trabalho abordou inicialmente as intervenções necessárias para a obtenção dos
1194 lodos na fase semi-sólida, onde o teor de matéria seca era da ordem de 20%, forma
1195 esta onde este resíduo passou a ser objeto de análises para a melhor forma de
1196 disposição final.
1197 A quantificação dos lodos a serem produzidos é de decorrência direta de três fatores
1198 básicos: das vazões a serem tratadas, da qualidade das águas brutas a serem tratadas
1199 e dos coagulantes introduzidos. Através de formulação empírica foi possível determinar
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1223
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1224
1225 Figura: Distribuição das áreas de risco em Ilhabela (Fonte: IG, 2006)
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1232 Um total de 451 moradias foram identificadas como sujeitas a algum tipo de risco nos
1233 setores mapeados, sendo que 432 moradias foram consideradas em áreas sujeitas a
1234 escorregamentos (40 em grau de risco baixo, 140 em grau de risco médio, 220 em grau
1235 de risco alto e 32 em grau de risco muito alto) e 19 moradias estão em áreas sujeitas a
1236 ocorrência de inundação (13 em grau de risco alto e 6 em grau de risco muito alto). O
1237 número de moradias foi estimado por meio da observação e contagem direta em
1238 imagens de satélite e, em algumas áreas, pela da contagem em campo.
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1277 Verificou-se também que das 406 soluções alternativas de abastecimento de água
1278 utilizadas pelas populações dos municípios de Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião
1279 e Ubatuba, apenas 27 (6,7%) são dotadas de sistema de cloração como forma de
1280 tratamento e, destes, 13 (3,2%) são dotados de processo de filtração. De acordo com o
1281 levantamento efetuado, verificou-se que das 406 soluções alternativas 287 (70,7%) a
1282 rede de distribuição é constituída por mangueiras flexíveis, tubulação mais sujeita a
1283 avarias, e por conseqüência, vazamentos permitindo assim a entrada de contaminação
1284 externa. Esta situação aponta para uma risco à Saúde Pública, visto que o consumo de
1285 água de qualidade duvidosa ou inadequada implica na possibilidade de transmissão do
1286 diversas doenças denominadas de veiculação hídrica, tais como: gastroenterites,
1287 hepatites dos tipos A e E, febre tifóide, criptosporidiose, amebíase, giardíase, entre
1288 outros.
1289 Assim, o levantamento conclui que é necessário definir uma estratégia inter-
1290 institucional para estudar soluções para estes tipos de abastecimento de água, pois a
1291 situação do abastecimento de água às populações fixa e flutuante do Litoral Norte do
1292 Estado de São Paulo é preocupante, considerando o grande número de pessoas que
1293 não tem acesso à rede pública de abastecimento de água pela SABESP.
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1316 Esse problema está associado diretamente às porções de lançamento direto do esgoto
1317 sem o devido tratamento prévio. Analisando-se os municípios da UGRHI como um
1318 todo, constata-se que o índice de coleta da carga poluidora de origem doméstica é
1319 baixo, dos quatro municípios, três coletam em média 30% da carga poluidora, mas
1320 todos tratam 100% dos volumes coletados.
1336 As fontes de poluição das águas superficiais possuem origens diversas estando,
1337 principalmente, associadas ao tipo de uso e ocupação do solo e relacionadas a cargas
1338 pontuais de origem doméstica e cargas difusas de origem urbana. O uso predominante
1339 do solo na UGRHI 03 é urbano. Apresenta o maior índice de vegetação natural do
1340 Estado, que corresponde a 8,1% de sua área total, onde são encontrados
1341 remanescentes contínuos da Mata Atlântica, abriga dezessete áreas protegidas,
1342 divididas em cinco Unidades de Conservação Integral, quatro Unidades de Uso
1343 Sustentável e oito áreas especialmente protegidas.
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1365 Em Ubatuba são coletados 28% dos esgotos e 100% tratados. É lançada diariamente
1366 nos rios e seus tributários uma carga poluidora de 3.218 Kg de DBO .
5,20
1367 Em Caraguatatuba apenas 35% de seu esgoto é coletado e 100% desse esgoto é
1368 tratado. Assim é lançada diariamente nos rios e seus tributários uma carga de 3.429 kg
1369 de DBO5, 20.
1385 córregos e outros que freqüentemente são enviados para os aterros sob uma
1386 classificação única de resíduos sólidos urbanos.
1387 Os 4 municípios que possuem sede na Bacia do Litoral Norte, geram 131,9 toneladas
1388 diárias de resíduos sólidos de origem doméstica. O município de Caraguatatuba gera
1389 39,04% de todo os resíduos sólidos domésticos na Bacia.
1390 Comparando as condições dos municípios no período de 1997 a 2007, nota-se que o
1391 município de Ubatuba até 2006 destinava seus resíduos sólidos domiciliares em
1392 condições inadequadas.
1393 O município de Ilhabela em 1997 tinha condição controlada, a partir de 2000 até 2003
1394 estava em condição inadequada e, de 2004 a 2007, estava no enquadramento
1395 adequado com valor de IQR igual a 10.
1396 Já no município de São Sebastião houve uma melhora do IQR no ano de 2005, que
1397 passou a ter condição adequada até 2007.
1398 Em Caraguatatuba o IQR passou a ter condição adequada somente no ano de 2007.
1399 Segundo a CETESB, em 2008 os municípios não possuíam o TAC (Termo de
1400 Compromisso de Ajustamento de Conduta). Ressalta-se que apenas o município de
1401 Ubatuba não tinha Licença de Instalação e de Operação.
1403 A Lei N° 12.300/2006, que instituiu a Política Estadual de Resíduos Sólidos do Estado
1404 de São Paulo, define Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) como os provenientes de
1405 qualquer unidade que execute atividades de natureza médico-assistencial humana ou
1406 animal; provenientes de centros de pesquisa, desenvolvimento ou experimentação na
1407 área de farmacologia e saúde; medicamentos e imunoterápicos vencidos ou
1408 deteriorados; provenientes de necrotérios, funerárias e serviços de medicina legal; e os
1409 provenientes de barreiras sanitárias. Esse tipo de resíduo merece atenção especial
1410 desde sua geração até o da destinação final, por trazer risco tanto à saúde pública
1411 como ao meio ambiente.
1412 Neste Plano de Bacias encontram-se informações do ano de 2007 sobre os Resíduos
1413 Sólidos de Serviços de Saúde, originárias das empresas responsáveis pela coleta,
1414 tratamento e disposição final, descritas na tabela abaixo. Sabe-se que o grupo A
1415 abrange os resíduos que apresentam riscos à saúde pública e ao meio ambiente
1416 devido à presença de agentes biológicos (resíduos hospitalares) e o grupo B abrange
1417 drogas quimioterápicas, resíduos farmacêuticos e demais produtos considerados
1418 perigosos.
1419
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1420
1421 Tabela: Síntese das informações sobre a coleta, tratamento e destinação dos resíduos de
1422 serviços de saúde.
1431 O distrito de Paranabi situa-se na costa leste da ilha, junto à Baia dos Castelhanos e
1432 não é abastecido.
1436 O Sistema Produtor Pombo, fica situado mais ao sul da área urbanizada da Ilha.
1437 A captação de água é realizada no córrego do Pombo, por meio de uma pequena
1438 barragem de nível, com bacia hidrográfica com área da ordem de 8,31 km², que produz
1439 uma vazão mínima de permanência de aproximadamente 74 l/s. Da barragem a água é
1440 aduzida por uma tubulação de ferro fundido (Ø 200 mm) por gravidade com extensão
1441 aproximada de 80 m até uma caixa de areia, onde são feitas também as aplicações do
1442 cloro (Hipoclorito de Sódio), soda e flúor seguindo para uma ETA
1443 A ETA é uma estação compacta, do tipo filtração direta pressurizada, composto por
1444 unidades pré-fabricadas de filtros verticais e uma estação elevatória a montante dos
1445 filtros; tem uma produção de água tratada em média 40 l/s (144 m3/h), com capacidade
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1446 nominal de 50l/s. Essa operação é toda automatizada, 24 h/dia. e não há equipamento
1447 para medição da vazão de saída na ETA.
1448 Além das unidades descritas, a ETA também conta com um conjunto de bombas para
1449 lavagem de filtros, sala de comando dos filtros, casa de química e depósitos de
1450 materiais. A estação conta também com equipamento básico para análises de
1451 parâmetros químicos e toda a área que compreende a ETA está cercada.
1452 Saindo da ETA a água tratada é conduzida para um reservatório de 100m3, instalado
1453 na mesma área da estação; para posterior distribuição.
1454 A distribuição a partir deste ponto é feita por gravidade atendendo os bairros Feiticeira,
1455 Curral e Praia Grande e parcialmente bairros vizinhos aos citados.
1456
1457 ETA Pombo - filtros pressurizados horizontais (fonte: ETEP/2005)
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1458
1459 ETA Pombo - caixas de areia e tubulação de recalque para filtros (fonte: ETEP/2005).
1460
1461 ETA Pombo - reservatório em 1º plano e filtros ao fundo (fonte: ETEP/2005).
1463 O Sistema Produtor Água Branca, situado na parte mais central da Ilha; é o maior
1464 sistema em operação e o único dotado de um tratamento completo.
1465 A captação é realizada no córrego Água Branca, na parte central do lado oeste da Ilha,
1466 na bacia do córrego Perequê, através de uma barragem de nível, com uma bacia de
1467 contribuição de 8.24 km² e contando com uma vazão explorável da ordem de 74 l/s.
1468 Da barragem a água é aduzida por uma tubulação de ferro fundido até uma caixa de
1469 areia, onde ocorre o reforço proveniente do sistema Armação (Ø 250 mm), localizada a
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1474 A ETA opera toda por gravidade, composta por 2 conjuntos de floculadores,
1475 decantadores e filtros (4 unidades), cada um com capacidade de 25 l/s, operando 24
1476 h/dia com operador porque não é automatizada.
1477
1478 ETA Água Branca - vista geral das instalações (fonte: ETEP/2005).
1481
1482 ETA Água Branca, a direita reservatório de 2.000, a direita reservatório de 2.000m³
1483 - Vista Geral (fonte: PlanSan).
1484 O rede de distribuição de água tratada atende os bairros Perequê, Morro dos Mineiros,
1485 Saco da Capela, Centro, Morro do Castelo, e parcialmente os bairros adjacentes aos
1486 citados.
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1487 No período de alta temporada, parte da área atendida por este sistema passa a receber
1488 água do Sistema Armação.
1490 O Sistema Produtor Armação, situado mais ao norte de Ilhabela, é o menor sistema
1491 existente.
1492 A captação é realizada no córrego Armação, através de uma barragem de nível na cota
1493 50 m aproximadamente. Com uma bacia hidrográfica de contribuição em torno de 1
1494 km², a vazão mínima é da ordem de 8 l/s. A partir da barragem a água é aduzida por
1495 uma tubulação recebendo a desinfeção por cloro (“pinga pinga”) no seu curso, até a
1496 estação de tratamento de água.
1497 A ETA opera 24 h/dia, por gravidade, composta apenas por um conjunto de dois filtros
1498 do tipo fluxo ascendente, com capacidade nominal de 10 l/s, operação manual porque
1499 não é automatizada.e qualidade insatisfatória do manancial.
1500 O Sistema não possui reservação e após o tratamento segue diretamente para
1501 distribuição, atendendo aos bairros ao norte da ilha, ou seja Viana, Siriuba, Ponta
1502 Azeda, Armação e Ponta das Canas.
1503
1504 ETA Armação - vista geral (fonte: ETEP/2005).
1510
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Cantagalo Apoiado 50
Total - 2.289
1513 Fonte: Relatório Informações Gerenciais - I da SABESP-RN, novembro de 2003
1516 O sistema distribuidor atendido pelo sistema Pombo contava em novembro de 2003
1517 com 16.688 metros de rede distribuidora, incluindo 703 metros de adutoras.
1525 A rede de distribuição possui uma extensão de 73.169 m, incluindo 933 metros de
1526 adutoras.
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1533 Na área de influência do Sistema Distribuidor Água Branca estão implantados sete
1534 “boosters” e uma estação elevatória de água (EEA) da rede de distribuição, abaixo
1535 descritos:
1538 3. “Booster” para o bairro de Barra Velha Alta, com um reservatório de sobras de 50
1539 m³, dotado de um sistema de liga-desliga automatizado via cabo telefônico;
1540 4. “Booster” para o bairro de Reino, junto ao próprio sistema Água Branca, que opera
1541 24 horas/dia;
1543 6. “Booster” para o bairro de Itaquanduba ou Morro dos Mineiros, com um reservatório
1544 de sobras de 40 m³, dotado de um sistema de liga-desliga automatizado via cabo
1545 telefônico;
1546 7. “Booster” para a Praia da Pedra do Sino, que permanece ligado quando o sistema
1547 Armação está fora de operação;
1548 8. EEA para o bairro do Engenho d’Água, com um reservatório de sobra de 14 m³,
1549 dotado de um sistema de liga-desliga automatizado via cabo telefônico.
1551 O sistema distribuidor Armação contava em novembro de 2003 com 4.303 metros de
1552 rede distribuidora, incluindo 300 metros de adutoras.
1561 Atualmente os bairros Santa Cruz, Barreiro, Lajeado, Machadinho, Sertãozinho, Santo
1562 Antônio não são abastecidos pela Sabesp e contam com sistema próprio de
1563 abastecimento. Os bairros distantes da sede como Pico Agudo, Rio Preto de Baixo, Rio
1564 Preto de Cima, Cassununga e Fazenda Velha também não são atendidos pela Sabesp.
1567 A caracterização dos sistemas isolados não foi disponibilizada pelo município.
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1568
1569
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1571 A Sabesp atua no município de Ilhabela desde 1975, quando o decreto 6.892 de 16 de
1572 outubro de 1975 autorizou a Sabesp a incorporar a Companhia de Saneamento da
1573 Baixada Santista – SBS e administrada pela Unidade de Negócio Litoral Norte desde
1574 1996, quando foi criada. A concessão dos serviços do sistema de abastecimento de
1575 água esta em processo de renovação com a Prefeitura de Ilhabela.
1576 Em 2009, a Sabesp implantou duas adutoras de 900 e 2.950 metros, respcetivamente,
1577 com o objetivo de melhorar a distribuição e produção de água para o abastecimento da
1578 região central de Ilhabela.
1592 Ilhabela dispõe de sistema de esgotos sanitários somente na região central da cidade,
1593 incluindo os Bairros Saco da Capela e Santa Tereza.
1594 Este sistema é formado por redes coletoras, elevatórias de esgotos, Estação de Pré-
1595 Condicionamento (EPC) e disposição final por emissário submarino no Canal de São
1596 Sebastião.
1597 A área do sistema é esgotada por duas bacias (bacia 4 - Saco da Capela e bacia 5 -
1598 Santa Tereza) que, juntas, totalizam cerca de 13.265 metros de rede coletora e 624
1599 ligações domiciliares.
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1600 Os esgotos coletados nessas bacias são bombeados por duas elevatórias (bacia 4,
1601 localizada a cerca de 950 metros ao sul da EPC e bacia 5 a cerca de 450 metros ao
1602 norte da EPC), para o poço de sucção da elevatória da EPC.
1606 A EPC, construída em 1997, está localizada na margem esquerda do rio Nossa
1607 Senhora da Ajuda, no final da rua Dr. Carvalho e é composta das seguintes unidades:
1608 estação elevatória final, peneira estática para remoção de sólidos grosseiros e tanque
1609 de contato para a ação do hipoclorito de sódio na desinfecção dos efluentes.
1610 Para controle dos odores gerados pelos gases da EPC, objeto de queixas da
1611 comunidade de Ilhabela, foi executado em 2001 um projeto de sistema de controle de
1612 odores.
1613 O quadro a seguir mostra uma visão geral do sistema de esgotamento sanitário do
1614 município de Ilhabela.
Índice de coleta 1% 4%
Fonte: Sabesp
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1616
EPC Saco da Capela – Edificação EPC Saco da Capela - tanque de contato
(fonte: ETEP/2005). (fonte: ETEP/2005).
1618 Atualmente os bairros Santa Cruz, Barreiro, Lajeado, Machadinho, Sertãozinho, Santo
1619 Antônio não são atendidos pela Sabesp e contam com sistema de fossa septica. Os
1620 bairros distantes da sede como Pico Agudo, Rio Preto de Baixo, Rio Preto de Cima,
1621 Cassununga e Fazenda Velha também não são atendidos pela Sabesp.
1624
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Estação Elevatória de Esgotos (EEE 1.1-1, 1.1-2, 1.2, 1.3- 8 unid 2.530.256,36
1, 1.3-2, 2.1, 2.2 e 3.1)
Fonte: Sabesp
Obras Quant.
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Obras Quant.
Ligações 1.046 un
Fonte: Sabesp
1669
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1678 Observando-se o quadro, nota-se que a própria Prefeitura Municipal, através de sua
1679 Secretaria de Meio Ambiente, assume a execução de diversos serviços, como limpeza
1680 pública e coleta e triagem de resíduos sólido domiciliares. Quanto aos resíduos inertes
1681 e de serviços de saúde, ainda não forneceu informações.
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1695 A coleta dos sacos com os detritos resultantes da varrição manual é realizada pela
1696 própria equipe da coleta domiciliar convencional, que os conduz até a destinação final.
1697 A limpeza das praias é realizada manualmente por equipes padrão e os detritos
1698 resultantes são recolhidos por uma frota de 4 caminhões, que também atende à
1699 manutenção de áreas verdes.
1701 A manutenção dos passeios e vias se processa através dos serviços de capina das
1702 ervas daninhas surgentes nos pisos, de roçada dos matos e de raspagem das poeiras
1703 e areias acumuladas pelas águas de chuva nas sarjetas.
1704 Estes serviços são executados por equipes padrão, com periodicidades variáveis em
1705 função das características dos locais atendidos e da intensidade das chuvas que
1706 interferem na proliferação das ervas daninhas e matos.
1707 Também os detritos e restos vegetais resultantes destes serviços são recolhidos pela
1708 mesma frota que atende à limpeza de praias e à manutenção de áreas verdes.
1710 Por áreas verdes, entendem-se todos os espaços públicos recobertos por vegetação
1711 rasteira ou de maior porte, como praças, canteiros centrais e outros.
1712 A manutenção das áreas verdes, realizada através dos serviços de corte de gramíneas
1713 e de poda de árvores, se restringe apenas ao perímetro urbano.
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1714 Estes serviços são executados por equipes padrão, com periodicidades variáveis em
1715 função da intensidade das chuvas que interferem no crescimento da vegetação e da
1716 época adequada para cada espécie e os restos vegetais resultantes destes serviços
1717 são recolhidos pela mesma frota que atende à limpeza de praias e à manutenção de
1718 passeios e vias.
1719 No momento, a área até então usada para sua disposição já se encontra saturada e a
1720 municipalidade está em busca de outro local.
1722 A limpeza dos locais após a realização de feiras livres é realizada através da varrição e
1723 recolhimento dos resíduos sólidos.
1724 A coleta dos sacos com os detritos resultantes deste serviço de limpeza é realizada
1725 pela própria equipe da coleta domiciliar convencional, que os conduz até a destinação
1726 final.
1728 A manutenção das bocas de lobo distribuídas pelas vias públicas inseridas no
1729 perímetro urbano é realizada através da limpeza, desobstrução e recolhimento dos
1730 detritos formados, quase sempre, de poeiras, terra e principalmente areias trazidas
1731 pelas águas das chuvas e pelos ventos.
1732 Os detritos resultantes deste serviço são recolhidos pela mesma frota que atende à
1733 limpeza de praias e à manutenção de passeios e vias e de áreas verdes.
1749 No município, para a coleta de lixo que atinge 98% das residências domicílios,
1750 incluindo as Comunidades Tradicionais, são praticadas duas modalidades:
1751 - coleta regular porta a porta dos resíduos sólidos do tipo “úmido”, que englobam
1752 principalmente a parcela orgânica presente no lixo; e
1753 - coleta seletiva porta a porta dos resíduos sólidos do tipo “seco”, representados
1754 pelos materiais recicláveis.
RESÍDUOS MATERIAIS
BAIRROS
ORGÂNICOS RECICLÁVEIS
Bexiga: Osmundo, Escola Anna Leite, R. Benedito José Lourenço (parte
2ª, 4ª e 6ª feiras 3ª, 5ª e sábados
de baixo), R. da Caixa D’Água, Pousada Por do Sol, Pousada do China
Portinho, São Pedro, Curral, Praia Grande, Veloso 2ª, 4ª e 6ª feiras 3ª, 5ª e sábados
Portinho (Campo de Futebol), Av. Mário Covas (a partir do bairro Borrifos) Diariamente 3ª, 5ª e sábados
Praia do Julião, Mirante da Ilha, Feiticeira (parte de cima) 3ª, 5ª e sábados 3ª, 5ª e sábados
Feiticeira (parte de baixo), R. Sergipe (Barra Velha) 2ª, 4ª e 6ª feiras 3ª, 5ª e sábados
Barra Velha (Gleba II – R. Amapá, R. Macapá, R. Rio Branco) 3ª, 5ª e sábados 2ª, 4ª e 6ª feiras
1755 Continua
1756
1757
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1758 Continuação
RESÍDUOS MATERIAIS
BAIRROS
ORGÂNICOS RECICLÁVEIS
Vila (morro do cemitério) Diariamente 2ª, 5ª e sábados
1759 Observando o quadro, nota-se que nos bairros mais centrais do município, onde se
1760 concentra a maior parte dos domicílios e estabelecimentos, ambas as coletas são
1761 processadas diariamente, ou seja de segunda a sábado.
1762 Nos demais bairros, com uso predominantemente residencial, a frequência destas
1763 coletas é predominantemente alternada, variando de 1 a 3 dias por semana.
1764 Para a coleta regular dos resíduos sólidos domiciliares do tipo “úmido”, são mobilizados
1765 4 caminhões do tipo coletor compactador, cada qual acompanhado de equipe padrão
1766 formada por motorista do caminhão e coletores.
1767 Para facilitar a posterior triagem por tipo de material, a coleta seletiva dos resíduos
1768 sólidos do tipo “seco” se utiliza de 3 caminhões sem compactação, igualmente
1769 acompanhados de suas guarnições.
1771 Como a Prefeitura Municipal não mencionou nenhum tipo de transbordo de resíduos
1772 sólidos, presume-se que os do tipo “úmido” são transportados para a destinação final
1773 através dos próprios caminhões coletores compactadores que os recolhem, o mesmo
1774 acontecendo com os do tio “seco”.
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1779
1780 Vista das instalações do Centro de Triagem (Fonte: Plansan 123)
1781
1782 Vista do galpão do Centro de Triagem (Fonte: Plansan 123)
1783 Supõe-se que, embora de propriedade da Prefeitura Municipal, este Centro de Triagem
1784 seja operado no sistema de cooperativa de catadores já que, conforme informação da
1785 municipalidade, é responsável pela fonte de renda de 23 famílias.
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1807
1808 Vista dos taludes revestidos por manta plástica impermeabilizante (Fonte: Plansan 123)
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1809
1810 Vista de tubos de concreto usados nos drenos verticais (Fonte: Plansan 123)
1811
1812 Reservatório de chorume (Fonte: Plansan 123)
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1828 No caso de Ilhabela, este segmento tem grande importância devido à crescente
1829 urbanização verificada nos últimos anos, particularmente através de casas de veraneio
1830 que, em muitos locais, já se aproximam dos limites máximos das cotas topográficas
1831 impostas pelas áreas de preservação ambiental.
1832 Por informação obtida junto à Prefeitura, sabe-se que o material oriundo da construção
1833 civil é entregue já separado, como madeira, aços e concreto, e que os entulhos deste
1834 último tem sua maior parte reaproveitada através de trituração, para ser utilizada como
1835 cascalho.
1837 Apesar de não ter sido fornecida informação pela municipalidade, pelo fato de estar
1838 sendo cogitada uma unidade de tratamento térmico que atenda aos quatro municípios
1839 integrantes da UGRHI 3, deduz-se que o município de Ilhabela segue os mesmos
1840 procedimentos adotados pelos demais, ou seja, atualmente exporta seus resíduos de
1841 serviços de saúde para unidades localizadas no Vale do Paraíbe do Sul.
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1842 Se esta premissa for válida, as prováveis unidades utilizadas para o tratamento desses
1843 resíduos são o micro ondas da empresa ATT Ambiental Tecnologia e Tratamento Ltda.,
1844 localizado no município de Jacareí/SP, ou o incinerador da empresa Pioneira Ambiental
1845 Ltda., localizado no município de Suzano/SP, ambas dotadas de Licença de Instalação
1846 – LI e Licença de Operação – LO.
1875 Ilhabela está situada na Região Hidrográfica Atlântico Sudeste, segundo a Agência
1876 Nacional das Águas (ANA), na Bacia Hidrográfica do Litoral Norte. De acordo com a
1877 CETESB uma região litorânea pode abrigar três tipos de recursos hídricos superficiais;
1878 as águas doces; as águas estuarinas ou salobras e as águas marinhas ou salinas. No
1879 Litoral Norte, região onde está localizado o município de Ilhabela, os rios apresentam-
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1880 se geralmente com pequeno curso e volume de água, sucedendo-se curtos trechos
1881 meândricos de planície aos vales abruptos e quedas d’água de regime torrencial na
1882 estação chuvosa.
1896 O município de Ilhabela está inserido nas Bacias Hidrográficas constituídas pelos
1897 Córrego do Jabaquara, Córrego Bicuíba, Córrego Ilhabela/Cachoeira, Córrego
1898 Paquera/Cego, Córrego São Pedro/ São Sebastião/ Frade, Córrego Sepituba / Ipiranga/
1899 Boneti/ Enchovas/ Tocas, Córrego Manso/ Engenho/ Castelhano/ Cabeçuda e Córrego
1900 do Poço.
1909 A análise das precipitações foi elaborada com os dados do posto pluviométrico E2-012,
1910 o qual apresenta um histórico maior de dados e, cuja localização está mais próxima à
1911 área urbana de Ilhabela.
1912 A figura a seguir possibilita uma análise temporal das características das chuvas,
1913 apresentando a distribuição das mesmas ao longo do ano, bem como os períodos de
1914 maior e menor ocorrência.
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1915
1916 Precipitação média mensal no período de 1943 a2004 – posto E2-012
1917 (Fonte: Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE, acesso em 21 de setembro de 2010)
1918 Por meio do gráfico acima é possível verificar uma variação sazonal da precipitação
1919 média mensal com duas estações representativas, uma predominantemente seca e
1920 outra predominantemente chuvosa, apresentada na maior parte do município.
1921 O período mais chuvoso ocorre de outubro a abril, quando os índices de precipitação
1922 média mensal são superiores a 107,8 mm, enquanto que o mais seco corresponde aos
1923 meses de maio a setembro com destaque para junho, julho e agosto, que apresentam
1924 médias menores que 76,2 mm.
1925 Deve-se ressaltar que os meses de janeiro, fevereiro e março apresentam os maiores
1926 índices de precipitação, atingindo uma média de 215,8 mm e 194,4 mm e 204,8 mm,
1927 respectivamente.
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1933
1934 O diretor de obras orienta a equipe na construção do muro de sustentação (Fonte: Informativo
1935 Prefeitura Municipal de Ilhabela - Foto: Leninha Viana/ PMI)
1943 - Há relatos de alagamentos nas ruas próximas a orla nos períodos de chuvas,
1944 sobre a influência das mares altas; concentranto as águas pluviais por falta de
1945 escoamento.
1954 A presente análise financeira tem como objetivo a criação de parâmetros para a
1955 projeção do fluxo de caixa descontado e obter informações sobre o grau de
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1960 A Tabela 1 a seguir mostra o resultado da pesquisa referente aos dados físicos mais
1961 importantes para a análise que se pretende.
1962 Tabela 1
PLANSAN123 - ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Dados Físicos
Município: - ILHABELLA
Descrição Un. 2006 2007 2008
Urbana Hab 25.919 23686 25.336
População Atendida com água Hab 19.582 20.427 21.252
Atendida com Esgoto Hab 1.177 1.199 1.211
Água ativas Quant. 7.965 8.214 8.660
Água -Micromedidas Quant. 7.965 8.214 8.660
Ligações Água -Totais Quant. 8.611 8.907 9.356
Esgoto Totais Quant. 572 598 626
Esgoto Ativas Quant. 540 552 577
Ativas de Água Quant. 9.252 9.532 10.036
Economias
Ativas de Esgoto Quant. 677 688 710
Produzido de Água 1000/m³/ano 2.938 3.016 3.254
Consumido de Agua 1000/m³/ano 1.873 2.075 2.015
Faturado de Água 1000/m³/ano 2.142 2.338 2.300
Volumes
Coletado – Esgoto 124 143 136
Faturado de Esgoto 1000/m³/ano 177 201 194
Tratado de Esgoto 1000/m³/ano 124 143 136
Empregados Quant. 31 28 28
Fonte: SNIS
1963 A visualização das informações físicas mostra que os dados apresentam uma razoável
1964 consistência, onde não se denota nenhuma oscilação brusca na tendência de todas as
1965 variáveis, a não ser com relação à população urbana do município, no ano de 2006
1968
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1969 Tabela 2
1971 A prestação dos serviços, de acordo com tais dados, produz uma Geração de
1972 Recursos Próprios negativa. Consequentemente não gera recursos financeiros com a
1973 prestação dos serviços suficientes para cobrir os dispêndios financeiros com as
1974 despesas de exploração.
1975 Assim sendo, existe a necessidade de transferir recursos para atender esta
1976 insuficiência e para atender as necessidades de investimento para a expansão dos
1977 serviços.
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1982 Para criar uma base de parâmetros para subsidiar a projeção do Fluxo de Caixa
1983 Descontado calculou-se os indicadores físicos e financeiros constantes da Tabela 3.
1984 Tabela 3
PLANSAN123 - ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Indicadores
Município: - ILHABELLA
Descrição Indicador Unidade 2006 2007 2008
Produtividade 1000Lig_A/Emprg. Empregado 3,89 3,41 3,23
Indice Faturamento Vol.Faurado/Vol.Consumido Coeficiente 1,14 1,13 1,14
Densidade Água Economias/Ligação Água Coeficiente 1,16 1,16 1,16
Densidade Esgoto Economias/Ligação Esgoto Coeficiente 1,25 1,25 1,23
Físicos
1986 Os indicadores estão refletindo a qualidade dos dados primários, onde se observa uma
1987 razoável consistência, em termos de tendência e podem ser utilizados como
1988 parâmetros básicos para as projeções financeiras, após uma confirmação pela Sabesp.
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1990 Para a elaboração do fluxo de caixa descontado é preciso efetuar as projeções dos
1991 dados físicos que compõem os sistemas de abastecimento de água e de esgotamento
1992 sanitário, conforme constam na tabela 1, bem como os investimentos necessários para
1993 cumprir as metas do Plano de Saneamento, além da criação de cenários alternativos,
1994 para a realização de uma análise de sensibilidade.
1999 - “Plano Diretor para Disposição Final dos Lodos e Demais Resíduos Produzidos
2000 pelos Sistemas de Águas e Esgotos do Litoral Norte do Estado de São Paulo”,
2001 elaborado pela Estudos Técnicos e Projetos Etep Ltda em atendimento ao
2002 Contrato CSS Nº. 19.729/01 e sua A.S. Nº. 01 de setembro/2005, firmado com a
2003 SABESP.
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