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1000 Questões FGV - Direito Penal - Saulo Fontana
1000 Questões FGV - Direito Penal - Saulo Fontana
QUESTÕES FGV
Prof. Saulo Fontana
1 (FGV/2021 – ADVOGADO – FUNSAÚDE/CE) Durante operação policial em localidade com presença de criminosos
armados, o policial Jonathan, temendo pela sua integridade física e de seus colegas policiais, se assusta ao ver sair de
uma casa um homem segurando um guarda-chuva com ponta metálica. Por pensar tratar-se de uma arma de fogo e
não de um guarda-chuva, Jonathan atira e vem a matar a vítima, Caio, que saía de casa em direção ao trabalho. Acerca
do erro praticado por Jonathan, assinale a opção que indica a tese de direito material que poderia ser usada em sua
defesa.
A) Erro de proibição, que, se for entendido como inevitável, isenta de pena e se for evitável poderá reduzi-la de um
sexto a um terço, nos termos do Art. 21 do CP.
B) Erro de tipo incriminador, na medida em que errou sobre um elemento constitutivo do crime, o que poderia, nos
termos do Art. 20, caput, do CP, afastar o dolo e permitir a punição por crime culposo, que existe no caso do
homicídio.
C) Erro na execução, na medida em que pensou que Caio estivesse portando uma arma de fogo, o que faz com que
ele seja isento de pena, nos termos do Art. 73 do CP.
D) Erro de tipo permissivo, previsto no Art. 20, § 1º, do CP, na medida em que acreditava estar diante de uma situação
fática que, se existisse, tornaria sua ação legítima. Se o erro for tido como justificável, ficará isento de pena. Caso se
entenda como evitável, responderá pelo crime na modalidade culposa, legalmente prevista no caso do homicídio.
E) Erro sobre o objeto, modalidade de erro acidental na qual o agente confunde um objeto com outro, o que poderá
isentar o réu de pena.
2 (FGV/2021 – AUDITOR FISCAL – SEFAZ/ES) José trabalha como guarda-vidas da piscina do Clube
Romano, aberto ao público das 8h às 22h, diariamente. A piscina do clube funciona das 9h às 21h,
de terça a domingo, sendo aberta por Antônio, que trabalha como zelador no mesmo clube. José é
sempre o primeiro a entrar na área da piscina, tão logo ela é aberta, para assumir seu posto no alto
da cadeira de guarda-vidas. Contudo, no dia 1º de novembro de 2020, ele não chegou no horário
porque sua condução atrasou. O espaço da piscina foi aberto por Antônio no horário habitual, mas
José somente chegou ao clube às 10h. Ao entrar na área da piscina deparou-se com uma cena
terrível: o corpo de uma criança morta, boiando na piscina. Sobre a conduta de José, assinale a
afirmativa correta.
A) II, apenas.
B) I e II, apenas.
C) I e III, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
4 (FGV/2020 – ESTAGIÁRIO FORENSE – MPE/RJ) Em outubro de 2019, Carlos iniciou a execução de um
grande crime de extorsão mediante sequestro, sendo que a restrição da liberdade da vítima durou mais
de 60 (sessenta) dias. Ocorre que, no mês de novembro de 2019, quando o delito já estava consumado,
entrou em vigor lei penal que aumentou a pena do crime de extorsão mediante sequestro. A vítima
apenas conseguiu sua liberdade no dia de Natal do ano de 2019, mesma data em que houve obtenção da
vantagem financeira pelo autor do fato, tendo ela comparecido em janeiro de 2020 ao Ministério Público
para narrar o ocorrido. Oferecida denúncia em face de Carlos pela prática do crime de extorsão mediante
sequestro e confirmada a autoria em instrução probatória, o promotor de justiça poderá requerer a
condenação de Carlos com base na:
A) lei em vigor em outubro de 2019, momento em que foi consumado o crime imputado, aplicando-se ao
Direito Penal o princípio do tempus regit actum;
B) lei em vigor no momento da apresentação das alegações finais, ainda que mais gravosa, aplicando-se
ao Direito Penal o princípio do tempus regit actum;
C) lei em vigor em outubro de 2019, por ser aplicável ao Direito Penal o princípio da irretroatividade da
lei penal mais gravosa;
D) inovação legislativa, pois o crime imputado somente restou consumado no dia da obtenção da
vantagem indevida;
E) inovação legislativa, ainda que mais gravosa, em razão da natureza do crime imputado.
5 (FGV/2020 – ESTAGIÁRIO FORENSE – MPE/RJ) Thiago, pessoa financeiramente humilde, alugou
uma bicicleta avaliada em R$ 2.000,00 pelo período de 2 (duas) horas para ir até uma entrevista de
emprego. Após a entrevista, chateado por não ter conseguido a vaga pretendida, acabou por pegar
a bicicleta de outra pessoa que estava estacionada no mesmo local, acreditando ser a que alugara.
Apesar de o modelo e o valor da bicicleta serem idênticos ao da que havia alugado, as cores eram
diferentes. Cinco minutos depois, Thiago veio a ser abordado por policiais militares que souberam
dos fatos, sendo indiciado, em sede policial, pela prática do crime de furto simples doloso. No
momento do oferecimento da denúncia, o promotor de justiça deverá concluir que a conduta de
Thiago é:
A) típica, mas deverá ser reconhecida causa de diminuição de pena em razão do erro de proibição,
que não era inevitável;
B) típica, mas deverá ser imputado o crime contra o patrimônio de natureza culposa, já que o erro
de tipo era evitável;
C) atípica, em razão do reconhecimento do princípio da insignificância;
D) atípica, diante do erro de proibição;
A) Pedro agiu em legítima defesa a todo momento, logo a conduta de João ao desferir golpe com canivete não pode
ser considerada amparada pela excludente de ilicitude, de forma que este poderá ser responsabilizado
criminalmente pelo ato;
B) Pedro agiu, inicialmente, amparado pela legítima defesa, mas houve excesso, possibilitando sua responsabilização
pelo resultado causado em razão deste, bem como a legítima defesa de João ao desferir o golpe com canivete;
C) Pedro não agiu amparado por qualquer excludente de ilicitude, podendo responder pelo crime de lesão corporal
dolosa, em razão da pedrada e socos, enquanto João agia em legítima defesa, afastando a sua responsabilidade
penal;
D) Pedro e João não agiram amparados por qualquer causa excludente da ilicitude, podendo ambos ser
responsabilizados pelas lesões causadas;
E) Pedro e João agiram em legítima defesa durante todo o tempo, de modo que nenhum dos dois poderia ser
responsabilizado criminalmente.
7 (FGV/2021 – DELEGADO DE POLÍCIA – PC/RN) Durante uma partida de futebol, Rogério
agrediu Jonas com um soco, que lhe causou um leve ferimento no olho direito. No dia seguinte,
Jonas vai tirar satisfação com Rogério e, no meio da discussão, saca uma arma de fogo e parte na
direção de Rogério, que, então, retira de sua mochila um revólver que carregava legalmente e
dispara contra Jonas, causando sua morte.
A) responderá por homicídio, ficando, porém, isento de pena por ter atuado no exercício regular
de direito;
B) responderá por homicídio, pois provocou a situação em que se encontrava, afastando eventual
excludente de ilicitude;
C) não responderá por homicídio, considerando que agiu em legítima defesa, que é causa de
exclusão da culpabilidade;
D) responderá por homicídio culposo, pois agiu em excesso de legítima defesa;
E) não responderá por homicídio, pois agiu em legítima defesa, o que afasta a ilicitude de sua
conduta.
8 (FGV/2021 – DELEGADO DE POLÍCIA – PC/RN) Lidiane, exímia nadadora, convida sua amiga
Karen para realizarem a travessia a nado de um rio, afirmando que poderia socorrê-la caso tivesse
qualquer dificuldade. Durante a travessia, Karen e Lidiane foram pegas por um forte redemoinho
que as puxou para o fundo do rio. Lidiane conseguiu escapar, mas, em razão da forte correnteza,
não conseguiu salvar Karen, que veio a falecer por afogamento.
A) será responsabilizada pelo homicídio de Karen por omissão imprópria, visto que criou a situação
de perigo e assumiu a posição de garantidora;
B) assumiu a função de garantidora, devendo responder pela omissão de socorro com resultado
morte;
C) assumiu a função de garantidora, mas não responderá pela morte de Karen, pois estava
impossibilitada de agir;
D) não será responsabilizada pela morte de Karen, visto que não possuía o dever de agir;
E) não assumiu a função de garantidora, devendo, contudo, responder pelo crime de omissão de
socorro com resultado morte.
9 (FGV/2021 – AGENTE E ESCRIVÃO – PC/RN) Joana caminhava pela rua, quando
percebeu que um cachorro de grande porte se desvencilhou da coleira de seu dono e
correu ferozmente em direção a uma criança que brincava na calçada. Com o objetivo de
proteger a criança, Joana atirou uma pedra na cabeça do animal, que veio a falecer.
A) tentativa de homicídio;
B) tentativa de homicídio, com diminuição da pena pela desistência voluntária;
C) lesão corporal, pois houve desistência voluntária;
D) tentativa de homicídio, com diminuição da pena pelo arrependimento eficaz;
E) lesão corporal, pois houve arrependimento eficaz.
11 (FGV/2021 – ADVOGADO – IMBEL) João andava pela rua falando ao celular quando teve seu aparelho
furtado por uma pessoa que passou correndo de bicicleta. O furtador estava em uma bicicleta cinza,
usando moletom preto. Ao andar mais algumas quadras, João vê José, que usava um moletom preto,
sentando em cima de uma bicicleta cinza, falando ao celular, sendo o aparelho semelhante ao que
acabara de ser furtado. Acreditando, equivocadamente, que José era o autor do delito de furto que
acabara de sofrer, João tenta prendê-lo em flagrante. José tenta explicar que não era a pessoa procurada
e que estava há uma hora ali parado aguardando para fazer uma entrega. João não acredita e começa a
agredir José para obrigá-lo a entrar em um taxi, a fim de conduzi-lo a uma Delegacia de Polícia. Diante
disso, José agride João e se afasta do local. Tanto João quanto José sofrem lesões corporais leves.
A) O princípio da legalidade veda a existência de crime sem lei que o defina e impede a
existência de pena sem cominação legal.
B) O princípio da anterioridade permite que o fato praticado anteriormente à vigência da
lei penal que o define como crime seja punido.
C) O princípio da legalidade ou da reserva legal impede a criação de crimes e a
cominação de penas por medidas provisórias.
D) O princípio da lesividade ou da exclusiva proteção de bens jurídicos impede que a lei
consagre como crime fato que não acarrete lesão ou perigo de lesão a bem jurídico de
terceiro.
E) Tipos penais que não definem com clareza o fato proibido, tornando-o evidente,
violam o princípio da legalidade.
13 (FGV/2018 – ADVOGADO – AL/RO) Os crimes previstos no Código Penal e na legislação
extravagante podem ser classificados levando-se em consideração diversos fatores, como conduta,
resultado, sujeito ativo, dentre outros.
Sobre o tema em questão, de acordo com a jurisprudência majoritária dos Tribunais Superiores, é
correto afirmar que os crimes classificados como
A Flavio poderá ser imputada a prática do crime de homicídio doloso, com erro:
A) sobre a pessoa, considerando a agravante de crime contra ascendente, mas não a causa de aumento
em razão da idade da vítima;
B) sobre a pessoa, considerando a causa de aumento em razão da idade da vítima, mas não a agravante
de crime contra ascendente;
C) de execução, considerando a agravante de crime contra ascendente, mas não a causa de aumento em
razão da idade da vítima;
D) de execução, considerando a agravante de crime contra ascendente e a causa de aumento em razão
da idade da vítima;
E) de execução, considerando a causa de aumento da idade da vítima, mas não a agravante de crime
contra ascendente.
15 (FGV/2018 – ANALISTA ADMINISTRATIVO – TJ/SC) A doutrina majoritária conceitua crime como
o fato típico, ilícito e culpável. Por sua vez, o fato típico envolve o elemento subjetivo do tipo, que
pode ser o dolo ou a culpa.
A) o agente que pretende causar determinado resultado e tem conhecimento de que, com sua
conduta, causará, necessariamente, um segundo resultado e, ainda assim, atua, responderá por
dolo eventual em relação ao segundo resultado;
B) os tipos culposos estão sujeitos ao princípio da tipicidade, somente podendo ser punidos
quando devidamente prevista em lei a punição a título de culpa;
C) o agente que não quer diretamente o resulto, mas o prevê e aceita sua ocorrência a partir de
sua conduta, poderá ser responsabilizado pelo tipo culposo;
D) o tipo culposo exige a previsibilidade objetiva, mas se houver efetiva previsão, haverá dolo,
ainda que eventual;
E) o tipo culposo próprio, se presentes todos os demais elementos, admite a punição na
modalidade tentada.
16 (FGV/2018 – ANALISTA – MPE/AL) Durante uma festa rave, Bernardo, 19 anos, conhece Maria, e,
na mesma noite, eles vão para um hotel e mantém relações sexuais. No dia seguinte, Bernardo é
surpreendido pela chegada de policiais militares no hotel, que realizam sua prisão em flagrante,
informando que Maria tinha apenas 13 anos. Bernardo, então, é encaminhado para a Delegacia,
apesar de esclarecer que acreditava que Maria era maior de idade, devido a seu porte físico e pelo
fato de que era proibida a entrada de menores de 18 anos na festa rave. Diante da situação
narrada, Bernardo agiu em
A) atipicidade da conduta;
B) causa legal de exclusão da ilicitude;
C) causa de exclusão da culpabilidade;
D) causa supralegal de exclusão da ilicitude;
E) extinção da punibilidade.
18 (FGV/2018 – TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ/AL) Paulo, funcionário público do governo
brasileiro, quando em serviço no exterior, vem a praticar um crime contra a administração
pública. Descoberto o fato, foi absolvido no país em que o fato foi praticado.
A) não poderá ser julgado de acordo com a lei penal brasileira por já ter sido absolvido no
estrangeiro;
B) somente poderá ser julgado de acordo com a legislação penal brasileira se entrar no
território nacional;
C) não poderá ter contra si aplicada a lei penal brasileira porque o fato não ocorreu no
território nacional;
D) poderá, por força do princípio da defesa real ou proteção, ser julgado de acordo com a lei
penal brasileira;
E) poderá, com fundamento no princípio da representação, ser julgado de acordo com a lei
penal brasileira.
19 (FGV/2018 – TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ/AL) Leandro, pretendendo causar a morte de
José, o empurra do alto de uma escada, caindo a vítima desacordada. Supondo já ter
alcançado o resultado desejado, Leandro pratica nova ação, dessa vez realiza disparo de
arma de fogo contra José, pois, acreditando que ele já estaria morto, desejava simular um
ato de assalto. Ocorre que somente na segunda ocasião Leandro obteve o que pretendia
desde o início, já que, diferentemente do que pensara, José não estava morto quando
foram efetuados os disparos.
A) crime preterdoloso;
B) dolo eventual;
C) dolo alternativo;
D) dolo geral;
E) dolo de 2º grau.
20 (FGV/2018 – TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ/AL) Arlindo desferiu diversos golpes de faca
no peito de Tom, sendo que, desde o início dos atos executórios, tinha a intenção de,
com seus golpes, causar a morte do seu desafeto. No início, os primeiros golpes de faca
causaram lesões leves em Tom. Na quarta facada, porém, as lesões se tornaram graves, e
os últimos golpes de faca foram suficientes para alcançar o resultado morte pretendido.
Arlindo, para conseguir o resultado final mais grave, praticou vários atos com crescentes
violações ao bem jurídico, mas responderá apenas por um crime de homicídio por força
do princípio da:
A) a lei penal posterior mais favorável possui efeitos retroativos, sendo aplicável aos
fatos anteriores, desde que até o trânsito em julgado da ação penal;
B) a abolitio criminis é causa de extinção da punibilidade, fazendo cessar os efeitos penais
e civis da condenação;
C) a lei penal excepcional, ainda que mais gravosa, possui ultratividade em relação aos
fatos praticados durante sua vigência;
D) os tipos penais temporários poderão ser criados através de medida provisória;
E) a combinação de leis favoráveis, de acordo com a atual jurisprudência do Superior
Tribunal de Justiça, é admitida no momento da aplicação da pena.
22 (FGV/2020 – Estagiário Forense – MPE/RJ) Ramon foi denunciado pela prática de um crime de
estupro simples, sendo constatado ao longo da instrução, por meio de exame de insanidade mental, que,
na data dos fatos, ele era inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato em razão de
desenvolvimento mental incompleto.
Confirmada a autoria e a materialidade, no momento das alegações finais, caberá ao promotor de justiça
buscar:
A) o reconhecimento da autoria e materialidade, sendo, porém, o agente isento de pena, de modo que
caberá aplicação de medida de segurança em razão da inimputabilidade de Ramon;
B) a absolvição própria do agente, não sendo aplicada qualquer pena privativa de liberdade ou medida
de segurança, diante da inimputabilidade do agente;
C) a absolvição imprópria de Ramon, aplicando-se pena privativa de liberdade, com causa de diminuição
de pena em razão da inimputabilidade;
D) a condenação do réu, reduzindo-se a pena aplicada, porém, em um a dois terços em razão da semi-
imputabilidade do agente;
E) a absolvição imprópria de Ramon, aplicando-se medida de segurança, diante da semi-imputabilidade
do agente.
23 (FGV/2021 – Residência Jurídica – DPE/RJ) Observe as afirmações sobre o tema ação
penal: I) As infrações penais ensejam a propositura de ação penal pública incondicionada,
salvo previsão legal em sentido contrário. II) Arquivado o inquérito policial, o ofendido
poderá propor ação penal privada subsidiária da pública. III) A representação do
ofendido é condição de procedibilidade para a ação penal pública condicionada à
representação e deve observar a forma prevista em lei. IV) Nos casos de ação penal
privada, a renúncia ao direito de queixa aproveita a todos os supostos autores da
infração penal. V) O perdão do ofendido nos casos de ação penal privada é causa de
extinção da punibilidade que se opera independentemente da aceitação do suposto
autor da infração penal. Quais dos itens contêm afirmações corretas?
A) II e III.
B) I e III.
C) I e IV.
D) II e V.
E) I, IV e V.
24 (FGV – Analista Processual – MPE/RJ) Antony, estrangeiro que reside no Brasil há dois meses,
inicia em seu quintal uma plantação de maconha, com a intenção de utilizar aquele material para
fins medicinais, já que sua doença respiratória melhora com o uso da droga. Ao tomar
conhecimento de que seu vizinho, João, possui a mesma doença, decide transportar o material até
a residência de João, mas vem a ser abordado por policiais civis. Após denúncia pela prática do
crime de tráfico, durante seu interrogatório, Antony esclarece que tinha conhecimento de que
transportar maconha no Brasil era crime, mas acreditava na licitude de sua conduta diante da
intenção de utilizar o material para fins medicinais, esclarecendo, ainda, que essa conduta seria
válida em seu país de origem.
Com base apenas nessas informações, o advogado de Carlos deveria alegar, em busca de sua
absolvição, a ocorrência de:
A) sob coação moral resistível, devendo ser reconhecida a prática do crime de porte de arma de fogo de
uso permitido, com causa de diminuição de pena;
B) sob coação física irresistível, afastando-se a culpabilidade de sua conduta;
C) sob coação moral irresistível, afastando-se a culpabilidade de sua conduta;
D) sob coação moral irresistível, afastando-se a ilicitude de sua conduta;
E) em legítima defesa, afastando-se a ilicitude de sua conduta.
32 (FGV/2021 – Tabelião – TJSC) Matheus, inconformado com a participação de Gustavo e Nilza, pais de
sua ex-companheira Mariana, no fim de seu relacionamento, decide praticar um crime de roubo na
residência do rico casal. Para isso, compra cordas e elásticos, que utilizaria para amarrar as mãos das
vítimas, além de um simulacro de arma de fogo. Momentos antes da prática delitiva, quando Matheus se
preparava para sair de casa, Mariana liga e demonstra interesse em retomar a relação, o que faz com
que Matheus decida não mais ir até a casa de Gustavo e Nilza, mas sim ao encontro de Mariana.
A) típica, mas deve ser reconhecida a causa de diminuição de pena da tentativa em seu patamar mínimo,
tendo em vista que o critério a ser observado para definir o quantum de redução de pena é a
gravidade do delito;
B) típica, mas deve ser reconhecida a causa de diminuição de pena da tentativa em seu patamar
máximo, já que o critério a ser observado no quantum de redução de pena é o iter criminis percorrido;
C) atípica, em razão de não ter sido iniciada a execução;
D) atípica, em razão do arrependimento eficaz;
E) atípica, em razão da desistência voluntária.
33 (FGV/2021 – Tabelião – TJSC) Hugo, funcionário de estabelecimento comercial, insatisfeito
com seu empregador e querendo causar-lhe prejuízo, devidamente uniformizado e
identificado, entrega a Jairo, cliente da loja, um aparelho celular que estava exposto à venda,
dizendo tratar-se de um brinde. Jairo, então, coloca o aparelho em seu bolso e sai da loja,
quando é imediatamente abordado por seguranças do local, que encontram o objeto em sua
posse e o levam à delegacia de polícia, onde foi indiciado pelo crime de furto.
A) poderá ser responsabilizado pelo crime imputado, mas com causa de diminuição de pena,
pois agiu em erro de proibição evitável;
B) poderá ser responsabilizado pelo crime imputado, mas apenas na modalidade culposa,
pois agiu em erro de tipo acidental;
C) não poderá ser punido pelo crime imputado, pois estará isento de pena em razão de erro
de proibição inevitável;
D) não praticou o crime imputado, pois atuou em erro de tipo provocado por terceiro;
E) não praticou o crime imputado, pois atuou em erro de tipo acidental.
34 (FGV/2021 – Técnico Judiciário – TJRO) Sobre a aplicação da lei penal no espaço, é
correto afirmar que:
A) pelo princípio da extraterritorialidade, aplica-se a lei penal brasileira aos fatos puníveis
praticados no território nacional, quando o agente for estrangeiro;
B) a lei brasileira adota o princípio da territorialidade como regra, ainda que de forma
atenuada, uma vez que ressalva a validade de convenções e tratados internacionais;
C) o princípio da nacionalidade ou da personalidade permite a extensão da jurisdição
penal do Estado titular do bem lesado para além dos seus limites territoriais;
D) o princípio real, de defesa ou de proteção permite a aplicação da lei penal da
nacionalidade do agente, pouco importando o local em que o crime foi praticado;
E) o princípio da universalidade ou cosmopolita aplica-se à lei penal da nacionalidade do
agente, pouco importando o local em que o crime foi praticado.
35 (FGV/2021 – Técnico Judiciário – TJRO) Quanto ao “tempo do crime”, o Código Penal
brasileiro adota a teoria:
A) da atividade;
B) do resultado;
C) da ubiquidade;
D) da consumação;
E) do efeito.
36 (FGV/2021 – Técnico Judiciário – TJRO) Quanto à interpretação da norma penal
incriminadora, fica vedada a realização de:
A) interpretação declarativa;
B) interpretação restritiva;
C) interpretação analógica;
D) interpretação extensiva;
E) analogia in malam partem.
37 (FGV/2021 – Oficial de Justiça – TJRO) Ao lado das hipóteses de erros essenciais
figuram os chamados erros acidentais, que, ao contrário daqueles, incidem sobre
elementos não essenciais à configuração do crime, não afetando a decisão a respeito da
imputação. Uma hipótese de erro acidental é:
A) erro de tipo;
B) erro sobre a pessoa;
C) erro de proibição;
D) descriminantes putativas;
E) erro mandamental.
38 (FGV/2021 – Oficial de Justiça – TJRO) Quando dois agentes, numa mesma dinâmica
fática, direcionando suas condutas um contra o outro, atuam em legítima defesa real
frente a uma atitude de legítima defesa putativa ou os dois agentes, numa mesma
dinâmica fática, direcionando suas condutas um contra o outro, atuam em legítimas
defesas putativas, concomitantemente, estará caracterizada hipótese de legítima defesa:
A) recíproca;
B) própria;
C) imprópria;
D) putativa;
E) sucessiva.
39 (FGV/2021 – Oficial de Justiça – TJRO) O conceito analítico de crime exige a realização
de um comportamento humano. Um comportamento humano que pode ensejar
interesse jurídico penal e responsabilização do agente que o desempenha é:
A) Morte do agente; retratação do agente, nos casos em que a lei a admite; e, nos crimes de ação
privada, renúncia ao direito de queixa ou perdão aceito.
B) Anistia, graça ou indulto; retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso; e,
nos casos de crimes patrimoniais, reparação do dano.
C) Prescrição, decadência ou perempção; renúncia do direito de queixa ou perdão aceito, nos
crimes de ação pública; e prescrição, decadência ou perempção.
D) Casamento do agente com a vítima, nos crimes contra os costumes definidos na Parte Especial
do Código Penal; morte do agente; e prescrição, decadência ou perempção.
E) Anistia, graça ou indulto; retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
perdão extrajudicial, concedido pela vítima nos crimes praticados sem violência ou grave
ameaça.
43 (FGV/2021 – Residência Jurídica – DPE/RJ) Assinale a única alternativa
que NÃO configura uma causa excludente da ilicitude:
A) estado de necessidade, legítima defesa, estrito cumprimento do dever legal e coação moral
irresistível;
B) estado de necessidade, legítima defesa, estrito cumprimento do dever legal e exercício regular
do direito;
C) estado de necessidade, legítima defesa, cumprimento de ordem de superior hierárquico e
exercício regular do direito;
D) estado de necessidade, legítima defesa, cumprimento de ordem de superior hierárquico, estrito
cumprimento do dever legal e exercício regular do direito;
E) estado de necessidade, legítima defesa, cumprimento de ordem de superior hierárquico e
coação moral irresistível.
46 (FGV/2018 – Estágio Forense – MPE/RJ) Jorge cumpre pena em razão de condenação definitiva pela
prática de determinado crime. Na mesma unidade prisional, mas em outra ala, Antônio encontra-se
preso preventivamente em virtude de ação penal, sem sentença, pela suposta prática de delito idêntico
ao de Jorge.
Em determinada data, Jorge e Antônio descobrem que entrou em vigor nova lei penal reduzindo a sanção
penal em abstrato prevista para o delito imputado a ambos, inclusive sendo a pena máxima atual inferior
àquela aplicada na sentença de Jorge.
A) não poderá beneficiar Jorge, tendo em vista que já houve trânsito em julgado da sentença
condenatória, mas poderá ser aplicada a Antônio por ser mais favorável;
B) poderá ser aplicada a Antônio, pois se aplica à lei penal o princípio do tempus regit actum,
independentemente de a norma ser favorável ou desfavorável ao réu;
C) não poderá beneficiar Jorge e Antônio, tendo em vista que não estava em vigor na data dos fatos,
aplicando-se o princípio do tempus regit actum;
D) poderá beneficiar Jorge e Antônio, pois, em sendo mais favorável, deverá retroagir para atingir
situações pretéritas, ainda que já amparadas pela coisa julgada;
E) não poderá beneficiar Jorge e Antônio, tendo em vista que não ocorreu abolitio criminis, mas tão só
alteração da sanção penal aplicável.
47 (FGV/2019 – Técnico Superior Jurídico – DPE/RJ) Reconhecida a prática de um fato
típico, ilícito e culpável, o Estado tem o poder/dever de punir o seu infrator.
Todavia, há situações que fazem desaparecer o poder punitivo estatal, sendo correto
afirmar, de acordo com o Código Penal, que:
A) não poderá vir a ser julgado no Brasil, já que o Código Penal adota o princípio da territorialidade e o
crime foi praticado em território estrangeiro.
B) não poderá vir a ser julgado no Brasil, pois, apesar de o Código Penal prever hipóteses de
extraterritorialidade, Mévio não estava a serviço da Administração e a vítima era estrangeira.
C) poderá vir a ser julgado no Brasil, ainda que já houvesse sido julgado no estrangeiro, diante da
extraterritorialidade incondicionada justificada por ser funcionário público, mas eventual pena
aplicada na França atenuaria a imposta no Brasil.
D) poderá vir a ser julgado no Brasil, sendo indispensável que, dentre outras condições, o autor ingresse
no país e não tenha sido absolvido na França.
E) poderá vir a ser julgado no Brasil, pois, apesar de o Código Penal não prever causas de
extraterritorialidade, aplica-se o princípio da territorialidade, já que a embarcação privada brasileira é
considerada território nacional.
51 (FGV/2018 – Técnico Judiciário – TJSC) O perdão judicial poderá ser aplicado quando,
devidamente previsto em lei, as consequências da infração atingirem o próprio agente de
forma tão grave que a própria sanção se torne desnecessária.
A) a tipicidade do fato restou afastada por ausência de tipicidade formal, apesar de haver
conduta por parte de Júlio;
B) a tipicidade do fato restou afastada, tendo em vista que não houve conduta penal por
parte de Júlio;
C) o fato é típico, ilícito e culpável, mas Júlio será isento de pena em razão da ausência de
conduta;
D) a conduta praticada por Júlio, apesar de típica e ilícita, não é culpável, devendo esse
ser absolvido;
E) a conduta praticada por Júlio, apesar de típica, não é ilícita, devendo esse ser
absolvido.
54 (FGV/2018 – Oficial de Justiça – TJAL) O indulto, a graça e a anistia são trazidos pelo
Código Penal, em seu artigo 107, inciso II, como causas de extinção da punibilidade.
Apesar disso, são institutos que não se confundem.
Com base apenas nas informações narradas, é correto afirmar que, de acordo com a doutrina
majoritária, a conduta do Oficial de Justiça:
A) perdão do ofendido;
B) perdão do ofendido e decadência;
C) decadência, renúncia ao direito de queixa e perdão do ofendido;
D) perdão judicial e perdão do ofendido;
E) perdão judicial, perdão do ofendido e renúncia ao direito de queixa.
63 (FGV/2016 – Estágio Forense – MPE/RJ) Uma pessoa recebe um tiro de revólver e,
após encaminhada ao hospital, já em recuperação, vem a falecer por força do
desabamento de uma parede de gesso situada em seu leito.
Considerando apenas os fatos narrados na situação hipotética, é correto afirmar que a conduta de
Júlio César
A) configura crime de lesão corporal grave, sendo o fato típico, ilícito e culpável.
B) está amparada pelo instituto da legítima defesa, causa de exclusão da ilicitude.
C) configura crime de lesão corporal gravíssima, sendo o fato típico, ilícito e culpável.
D) está amparada pelo instituto do estado de necessidade, causa de exclusão da ilicitude.
E) está amparada pelo instituto do estado de necessidade, causa de exclusão da culpabilidade.
66 (FGV/2016 – Analista Portuário – Advogado – CODEBA) Em uma embarcação pública
estrangeira, em mar localizado no território do Uruguai, o presidente do Brasil sofre um atentado
contra sua vida pela conduta de João, argentino residente no Brasil, que conseguiu se infiltrar no
navio passando-se por funcionário da cozinha, já planejando o cometimento do delito. O presidente
do Brasil, porém, é socorrido e se recupera, enquanto João é identificado e preso na Bahia, um mês
após os fatos.
Considerando a situação narrada, sobre a aplicação da lei penal no espaço, é correto afirmar que a
João
A) não pode ser aplicada a lei brasileira, já que o crime foi cometido no estrangeiro.
B) poderá ser aplicada a lei brasileira, com base no princípio da territorialidade.
C) poderá ser aplicada a lei brasileira, ainda que o autor do crime tenha sido absolvido ou
condenado no estrangeiro.
D) poderá ser aplicada a lei brasileira, desde que o autor do crime não seja julgado no estrangeiro.
E) não poderá ser aplicada a lei brasileira, já que o autor do crime é estrangeiro.
67 (FGV/2015 – Oficial de Justiça – TJRO) O Código Penal brasileiro traz diversos crimes
que podem ser praticados por uma única pessoa, mas também prevê algumas hipóteses
em que o concurso de pessoas é necessário. Como regra geral, quando duas ou mais
pessoas, unidas em ações e desígnios, praticam em conjunto um delito, pode-se falar em
concurso de pessoas. Sobre essa tema, é correto afirmar que o Código Penal adotou, em
regra, a Teoria:
A) especialidade;
B) subsidiariedade expressa;
C) alternatividade;
D) subsidiariedade tácita;
E) consunção.
70 (FGV/2015 – Técnico Judiciário – TJRO) No dia 25 de fevereiro de 2014, na cidade de Ariquemes,
Felipe, nascido em 03 de março de 1996, encontra seu inimigo Fernando na rua e desfere diversos
disparos de arma de fogo em seu peito com intenção de matá-lo. Populares que presenciaram os
fatos, avisaram sobre o ocorrido a familiares de Fernando, que optaram por transferi-lo de helicóptero
para Porto Velho, onde foi operado. No dia 05 de março de 2014, porém, Fernando não resistiu aos
ferimentos causados pelos disparos e veio a falecer ainda no hospital de Porto Velho. Considerando a
situação hipotética narrada e as previsões do Código Penal sobre tempo e lugar do crime, é correto
afirmar que, em relação a estes fatos, Felipe será considerado:
A) inimputável, pois o Código Penal adota a Teoria da Atividade para definir o tempo do crime, enquanto
que o lugar do crime é definido pela Teoria da Ubiquidade;
B) inimputável, pois o Código Penal adota a Teoria da Atividade para definir o tempo do crime, enquanto
que o lugar é definido pela Teoria do Resultado;
C) imputável, pois o Código Penal adota a Teoria do Resultado para definir tanto o tempo quanto o lugar
do crime;
D) imputável, pois o Código Penal adota a Teoria da Ubiquidade para definir o momento do crime,
enquanto que a Teoria da Atividade determina o lugar;
E) inimputável, pois o Código Penal adota a Teoria da Atividade para definir tanto o tempo quanto o local
do crime.
71 (FGV/2015 – Agente de Fiscalização – TCM/SP) Dois prefeitos de cidades vizinhas, Ricardo
e Bruno, encontram-se em um bar, após uma reunião cansativa de negócios. Ricardo bebia
doses de whisky e, mesmo não sendo essa sua intenção, acabou ficando embriagado.
Enquanto isso, Bruno bebia apenas refrigerante, mas foi colocado em seu copo um
comprimido de substância psicotrópica por um eleitor de sua cidade, que também o deixou
completamente embriagado. Após, ainda alterados, cada um volta para a sede de sua
prefeitura e apropriam-se de bens públicos para proveito próprio.
Considerando o fato narrado, é correto afirmar que:
A) Ricardo e Bruno são isentos de pena, pois a embriaguez de ambos decorreu de força
maior;
B) Ricardo deverá responder pelo crime praticado, enquanto Bruno é isento de pena;
C) Ricardo e Bruno deverão responder pelos crimes praticados, pois a embriaguez nunca
exclui a imputabilidade penal;
D) Ricardo e Bruno, caso sejam denunciados, responderão criminalmente perante a Câmara
de Vereadores;
E) Ricardo e Bruno são isentos de pena, pois a embriaguez do primeiro foi culposa e do
segundo decorreu de força maior.
72 (FGV/2015 – Auditor Substituto – TCE/RJ) A embriaguez provocada pelo uso do álcool
pode excluir a culpabilidade quando:
A) for preordenada;
B) decorrer de força maior e diminuir a capacidade de entender a ilicitude do fato;
C) for culposa;
D) for patológica;
E) for habitual.
73 (FGV/2015 – Auditor Substituto – TCE/RJ) Sobre o tema concurso de agentes, é
correto afirmar que:
A) em regra, aquele que instiga terceira pessoa à prática de um crime, por este responde,
ainda que o instigado não tenha iniciado a execução do delito;
B) não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, mesmo
quando elementares do crime;
C) na teoria da acessoriedade limitada, somente haverá a punição do partícipe se o autor
houver praticado uma conduta que seja típica, ilícita e culpável;
D) se um dos concorrentes quis participar de crime menos grave, a pena deste lhe será
aplicada, com o aumento de metade na hipótese de ter sido previsível o resultado
mais grave;
E) não se exige homogeneidade de elemento subjetivo no concurso de pessoas,
admitindo-se participação culposa em crime doloso.
74 (FGV/2015 – Analista Jurídico – DPE/RO) Joana foi para a festa de aniversário de sua
melhor amiga em uma boate e, feliz pela comemoração, passou a ingerir bebida alcoólica em
quantidade exagerada. Ao final da festa, Joana estava completamente alcoolizada, apesar de
ela não ter tido intenção de ficar nesse estado. Saindo da boate, deparou-se com sua inimiga
Gabriela e, alterada pela bebida, jogou um copo de vidro na cabeça desta, causando-lhe
lesões graves. Diante dessa situação, considerando apenas os fatos narrados e que esses
foram provados, é correto afirmar que Joana:
A) deverá ser absolvida impropriamente, com aplicação de medida de segurança, pois estava
inimputável no momento dos fatos;
B) deverá ser condenada, pois houve embriaguez voluntária e apenas a embriaguez culposa
exclui a imputabilidade;
C) deverá ser condenada, pois a embriaguez culposa não exclui a imputabilidade;
D) deverá ser absolvida, pois houve embriaguez completa e decorrente de caso fortuito ou
força maior;
E) deverá ser absolvida por ausência de culpabilidade, sem aplicação de medida de
segurança, já que a inimputabilidade era apenas momentânea.
75 (FGV/2015 – Analista Jurídico – DPE/RO) Carlos, primário e de bons antecedentes,
subtraiu, para si, uma mini barra de chocolate avaliada em R$ 2,50 (dois reais e cinquenta
centavos). Denunciado pela prática do crime de furto, o defensor público em atuação, em
sede de defesa prévia, requereu a absolvição sumária de Carlos com base no princípio da
insignificância. De acordo com a jurisprudência dos Tribunais Superiores, o princípio da
insignificância:
A) Indulto e graça.
B) Prescrição e decadência.
C) Anistia.
D) Morte da vítima.
E) Perdão aceito, nos crimes de ação privada.
78 (FGV/2014 – Analista Administrativo – Advogado – PROCEMPA) Com relação ao
tema responsabilidade penal no concurso de pessoas, assinale a afirmativa incorreta.
A) dolo alternativo;
B) dolo eventual;
C) dolo geral ou erro sucessivo;
D) dolo normativo;
E) dolo direto de 2º grau ou de consequências necessárias.
81. (FGV/2021 – Perito Criminal – PCRJ) Do ponto de vista legislativo,
constitui espécie de crime contra a vida:
a) infanticídio por erro sobre a pessoa, nos termos do Art. 20, § 3º, do Código
Penal.
b) concussão;
c) corrupção passiva;
e) corrupção passiva, mas João terá sua tipicidade afastada pelo princípio
da insignificância.
92. (FGV/2021 – Delegado de Polícia – PCRN) Gustavo, ouvido na
condição de testemunha em ação penal, prestou declarações falsas em
busca de auxiliar seu amigo Luiz, que figurava como réu no processo. Dias
depois, após alegações finais apresentadas pelo Ministério Público, mas
antes da sentença, Gustavo se arrependeu de sua conduta,
comparecendo em juízo e apresentando declarações no sentido de que
tinha prestado informações na condição de testemunha que não
condiziam com a realidade, se retratando daquelas declarações prestadas
em audiência. O magistrado competente determinou a reprodução da
prova, bem como a extração de cópias para apurar o ocorrido. Com base
nas informações expostas, a autoridade policial deverá concluir que
Gustavo praticou a conduta tipificada abstratamente como crime de:
a) falso testemunho, punível na modalidade tentada, com causa de aumento de
pena pela circunstância de as declarações se destinarem a produzir prova em
processo penal;
a) deverá instaurar inquérito policial, pois o crime em tese praticado foi de injúria
racial sem causa de aumento, que é de ação penal pública incondicionada;
b) não poderá instaurar inquérito policial, pois o crime em tese praticado foi de
injúria racial majorada, que exige representação da vítima;
c) deverá instaurar inquérito policial, pois foi praticado crime de racismo, que é de
ação penal pública incondicionada;
d) não poderá instaurar inquérito policial, pois foi praticado crime de injúria racial
simples, que é de ação penal privada;
e) deverá instaurar inquérito policial, pois o crime praticado foi de injúria racial
majorada, que é de ação penal pública incondicionada.
94. (FGV/2021 – Delegado de Polícia – PCRN) Haroldo convence Bruna a
aplicarem um golpe no casal de noivos Marcos e Fátima, apresentando-se
como organizadores de casamento. Após receberem do casal vultosa
quantia para a organização das bodas, Haroldo e Bruna mudaram de
cidade e trocaram de telefone. Percebendo que haviam sido vítimas de
um golpe, Marcos e Fátima registraram os fatos na delegacia,
demonstrando interesse em ver os autores responsabilizados pelo crime
de estelionato. Após o registro da ocorrência, Bruna, arrependida, por
conta própria, efetuou a devolução ao casal de parte do dinheiro que
havia recebido. Considerando que houve reparação parcial do dano:
a) a conduta de Haroldo e Bruna tornou-se atípica, tratando-se de mero
ilícito civil;
c) apenas Wesley responderá por furto, pois Sidney agiu em erro sobre o objeto,
ficando isento de pena;
d) apenas Wesley responderá por furto, pois Sidney agiu em erro de tipo
provocado por terceiro, sendo atípica sua conduta;
b) o fato praticado por Renan é atípico, pois a vítima era seu ascendente, enquanto
Patrick responderá por furto simples, pois a circunstância tem natureza subjetiva;
e) Renan estará isento de pena, enquanto Patrick responderá por furto qualificado,
pois a condição de descendente de Renan possui natureza subjetiva e não se
comunica a Patrick.
98. (FGV/2021 – Delegado de Polícia – PCRN) Durante evento na loja de
uma operadora de telefonia móvel, Tereza, aproveitando-se da distração
dos funcionários, subtraiu para si um aparelho celular. Ao chegar em casa,
sua mãe descobriu o fato e a convenceu a comparecer à delegacia para
devolver o aparelho subtraído, o que foi por ela feito no dia seguinte.
a) crime de furto;
b) crime de receptação;