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Preparatório para Concursos em Biblioteconomia

Módulo 2 - Aula 02
Prof. Thalita Gama

LEGISLAÇÃO, ÉTICA E ÓRGÃOS DE CLASSE

O CONSELHO FEDERAL DE BIBLIOTECONOMIA – possibilitou a instalação do Conselho Federal e dos


Contexto histórico Conselhos Regionais de Biblioteconomia, alguns
anos depois, pelas mãos das mesmas bibliotecárias
que conseguiram a aprovação da Lei do
Na década de 50, algumas bibliotecárias brasileiras, Bibliotecário.
lideradas pela dinâmica figura de Laura Garcia
Assim, em 22 de outubro de 1965, através da
Moreno Russo, de São Paulo, iniciaram os esforços
Portaria nº 585 do MTPS, foi instituído o Grupo de
para ver a biblioteconomia oficialmente
Trabalho para coordenar a realização da eleição da
reconhecida junto aos poderes públicos e junto à
primeira Diretoria do CFB.
sociedade brasileira.
A data para a realização da eleição dos membros do
A primeira vitória veio em 1958, com a Portaria nº
CFB foi marcada para o dia 16 de dezembro de
162 do MTPS - Ministério do Trabalho e Previdência
1965, no Auditório do MTPS, no Rio de Janeiro,
Social, através da qual a profissão de bibliotecário
através da Portaria nº 675 de 1965, do mesmo
foi regulamentada no Serviço Público Federal,
Ministério, a qual estabeleceu também a cidade de
tendo sido incluída no 19º Grupo das profissões
São Paulo, como sede provisória do CFB.
liberais.

Em 1962 veio a coroação de todos esses esforços,


Essa Portaria nº 675 do MTPS foi complementada
com a aprovação da Lei nº 4084, que regula, até
por outra, a de nº 761, também de 1965 e do
hoje, o exercício da profissão de bibliotecário no
mesmo Ministério, a qual ditava instruções
Brasil e estabelece as prerrogativas dos portadores
explícitas para a realização da eleição de 1ª Gestão
de diploma em biblioteconomia no país.
do CFB e da sua Diretoria e que seus membros
O artigo 3º dessa lei, que tratava do provimento e deveriam tomar posse até 15 dias após a
exercício de cargos técnicos por bibliotecários, teve homologação da eleição pelo Ministério do
nova redação na Lei nº 7504, de 1985, Trabalho e Previdência Social.
compatibilizando-o com as exigências da classe.
Conforme o estabelecido, a eleição aconteceu no
Ainda em 1962, outro importante fato aconteceu; a Auditório do MTPS, no Rio de Janeiro no dia 16 de
Resolução nº 3261 do Conselho Federal de dezembro de 1965, tendo sido indicada, como 1ª
Educação estabeleceu o currículo mínimo para o Presidente, por unanimidade, a Sra. Laura Garcia
ensino da biblioteconomia, fixando a duração do Moreno Russo, que foi nomeada, por Decreto
curso em 3 anos e em 12 o número de disciplinas Federal, em 28 de fevereiro de 1966.
obrigatórias a serem ministradas.
A 1ª Gestão do CFB, para o triênio 1966 - 69, foi
A regulamentação da Lei nº 4084, veio através do empossada no dia 16 de março de 1966, no Rio de
Decreto nº 56725, de 1962 que, entre outras coisas, Janeiro, no Ministério do Trabalho.
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LEIS E DECRETOS: • Resolução CFB n°35, de 30 de abril de 2001 –


Dispõe sobre registro de profissional estrangeiro
• Lei n°4.084, de 30 de junho de 1962 – Dispõe com visto temporário nos conselhos regionais de
sobre a profissão do bibliotecário e regula seu biblioteconomia e dá outras providências.
exercício
• Resolução CFB n°40, de 22 de outubro de 2001 –
• Decreto-Lei n° 56.725, de 16 de agosto de 1965 – Dispõem sobre processo ético, dando nova redação
Regulamente a Lei n°4.084, de 30 de junho de 1962, aos art.42 e 62 da Resolução CFB n°399/93,
que dispõe sobre o exercício da profissão de publicada no Diário Oficial da União em 24.02.1993.
bibliotecário.
• Resolução CFB n° 42/2002, de 11 de janeiro de
• Lei n°9.674, de 26 de junho de 1998. – Dispõem 2002 – Dispõe sobre o código de ética do
sobre o exercício da profissão de bibliotecário e Profissional bibliotecário.
determina outras providências
• Resolução CFB n°54/2003, de 28 de abril de 2003.
RESOLUÇÕES: Dispõe sobre a concessão de isenção de anuidade
de profissionais com idade acima de 65 anos.
• Resolução n °6, de 13 de julho de 1966. – Dispõe
sobre o juramento da profissão de Bibliotecário. • ESTRUTURA BIBLIOTECÁRIA NACIONAL:
Resolução n°153, de 06 de março de 1976 – Dispõe
sobre o ensino de ética bibliotecária. O Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB) – que
congrega os Conselhos Regionais de
• Resolução CFB n°307/84, de 23 de março de 1984 Biblioteconomia (CRB’s), que têm como objetivo
– Regulamenta o registro, nos Conselhos Regionais maior a fiscalização do exercício e da ética
de Biblioteconomia, de empresas e instituições que profissional;
prestam, executam ou exercem serviços ou
atividades de Biblioteconomia e Documentação. A Federação Brasileira de Associações de
Bibliotecários (FEBAB) – que congrega as
• Resolução CFB n°325/86, de 28 de maio de 1986 – associações estaduais, as quais têm o objetivo de
Normaliza o processo de Registro provisório de promover a atualização profissional através de
eventos, publicações e cursos, assim como buscar o
Bibliotecários nos Conselhos Regionais de fortalecimento da imagem do profissional no país,
biblioteconomia. entre outras ações;

• Resolução CFB n°346/88, de 25 de novembro de Os sindicatos – que defendem o profissional por


1988 – Normaliza os processos de transferência de meio da legislação nos fóruns trabalhistas e
registro e de registro secundário profissional. negociam junto às empresas e governo o piso
salarial dos profissionais, bem como outros
• Resolução CFB n°406/93, de 3 de agosto de 1993. benefícios que a lei propicia aos trabalhadores de
– Dispõe sobre a licença, o cancelamento e a um modo geral;
suspensão de registro de pessoa física e jurídica,
perante os Conselhos Regionais de Biblioteconomia A Associação Nacional de Pesquisas e Pós-
e dá outras providências. Graduação em Ciência da Informação (ANCIB) – que
congrega os pesquisadores da área de Ciência da
• Resolução CFB n° 33 de 26 de março de 2001 – Informação, dentre os quais o bibliotecário, e tem
Dispõe sobre os símbolos emblemáticos do anel de como importante objetivo promover o debate
grau do bacharel em biblioteconomia. informacional e desenvolvimento de pesquisa na
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área, resultando em um aumento da produção considerada como infração ética qualquer atitude
científica nacional. que configure uma transgressão às orientações
emanadas do instrumento legal. O compromisso
Em 24 de maio de 2010, foi sancionada pelo
ético do profissional da informação não se restringe
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma lei muito
importante para a área de Biblioteconomia. Trata- à observância de regras de cunho meramente
se da Lei n.º 12.244, que dispõe sobre a profissional. No contexto de uma sociedade pós-
universalização das bibliotecas nas instituições de industrial em que a informação assume importância
ensino do País. TODAS as instituições de ensino cada vez maior no desenvolvimento econômico e
públicas e privadas de todos os sistemas de ensino social, o compromisso com a ética da informação
do País contarão com bibliotecas, nos termos desta torna-se fundamental.
Lei até 2020. Respeitando-se a profissão de
bibliotecário. Além disso Será obrigatório um O Código é dividido em:
acervo de livros na biblioteca de, no mínimo, um
título para cada aluno matriculado, cabendo ao TÍTULO I DA ÉTICA DO BIBLIOTECÁRIO
respectivo sistema de ensino determinar a
ampliação deste acervo conforme sua realidade, CAPÍTULO I DOS OBJETIVOS DO CÓDIGO
bem como divulgar orientações de guarda,
Art. 1º – O Código de Ética e Deontologia do
preservação, organização e funcionamento das
Bibliotecário brasileiro tem por objetivo fixar as normas
bibliotecas escolares.
orientadoras de conduta no exercício de suas atividades
profissionais.
ÉTICA PROFISSIONAL
CAPÍTULO II DA NATUREZA, FUNDAMENTO E
Laura Russo desenhou a primeira versão do Código OBJETO DO TRABALHO DO BIBLIOTECARIO
de Ética Profissional do Bibliotecário, que foi
Art. 2º – A profissão de Bibliotecário tem natureza
aprovada por ocasião do IV CBBD, em 1963 sob a
sociocultural e suas principais características são a
responsabilidade da FEBAB. Em 1966, passa para o
prestação de serviços de informação à sociedade e
âmbito do CFB, assumindo desde então status de
a garantia de acesso indiscriminado aos mesmos,
lei. A partir daí, esse instrumento vem sendo alvo
livre de quaisquer embargos. Parágrafo único – O
de estudos e atualizações. Desta forma a Resolução
bibliotecário repudia todas as formas de censura e
n°42, do CFB, apresenta a quarta versão do código
ingerência política, apoia a oferta de serviços
de ética, que dispõem sobre a carreira do
público e gratuitos, promove e incentiva o uso de
bibliotecário. Esse documento, atualizado pela
coleções, produtos e serviços de bibliotecas e de
Resolução CFB nº 207/2018, Publicado no Diário
outras unidades de informação, segundo o conceito
Oficial da União de 09/11/2018, Seção 1, págs.155 e
de acesso aberto e universal.
156 compõe-se de 4 grandes seções, que abordam
desde os direitos e obrigações dos profissionais até Art. 3º – A atuação do bibliotecário fundamenta-se
as proibições, infrações disciplinares e penalidades no conhecimento da missão, objetivos, áreas de
atribuídas aos que transgredirem as normas de atuação e perfil sociocultural do público alvo da
conduta preconizadas. instituição onde está instalada a unidade de
informação em que atua, bem como das
O código de Ética Profissional do Bibliotecário é
necessidades e demandas dos usuários, tendo em
aplicado às pessoas físicas e às pessoas jurídicas que
atuam na área de biblioteconomia, sendo
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vista o desenvolvimento dos indivíduos e da Art. 6º – O bibliotecário deve, em relação aos


sociedade. colegas, à categoria e aos usuários, orientar-se
pelos princípios de justiça e respeito e observar as
Art. 4º – O objeto de trabalho do bibliotecário é a
seguintes normas de conduta:
informação, artefato cultural aqui conceituado
como conhecimento estruturado sob as formas § 1º – Em relação aos colegas: a) ser leal e solidário,
escrita, oral, gestual, audiovisual e digital, por meio tratar com respeito e civilidade, sem conivência
da articulação de linguagens natural e/ou artificial. com erros que venham a infringir a ética e as
disposições legais que regem o exercício da
Art. 5º – São deveres do bibliotecário: a) preservar
profissão; b) evitar críticas e/ou denúncias contra
o cunho liberal e humanista de sua profissão,
outro profissional sem dispor dos elementos
fundamentado na liberdade da investigação
comprobatórios; c) respeitar a propriedade
científica e na dignidade da pessoa humana; b)
intelectual alheia; d) respeitar as atividades de seus
exercer a profissão aplicando todo zelo, capacidade
colegas e de outros profissionais.
e honestidade em seu exercício; c) observar os
ditames da ciência e da técnica; d) contribuir para o § 2º – Em relação à categoria: a) dignificar moral,
desenvolvimento da sociedade e respeitar os ética e profissionalmente a categoria, por meio de
princípios legais que regem o país; e) cooperar para seus atos, no desempenho de cargo, função ou
o progresso da profissão, por meio do intercâmbio emprego; b) prestigiar as entidades da categoria,
de informações com órgãos de representação contribuindo, sempre que solicitado, para o sucesso
profissional da categoria, instituições de ensino e de suas iniciativas em proveito da coletividade,
órgãos de divulgação técnica e científica; f) admitindo-se a justa recusa;
colaborar com os cursos de formação profissional
c) apoiar as iniciativas e os movimentos em defesa
do bibliotecário; g) guardar sigilo no desempenho
dos interesses da sua categoria profissional,
de suas atividades, quando o assunto assim exigir;
participando efetivamente dos órgãos que a
h) realizar de maneira digna a publicidade de sua
representam, quando solicitado ou eleito; d) zelar
instituição ou atividade profissional, evitando toda
pelo prestígio e dignidade profissional, bem como
e qualquer manifestação que possa comprometer o
pelo aperfeiçoamento das instituições nas quais
conceito da profissão ou dos colegas; i) conhecer a
atue; e) facilitar o desempenho dos representantes
legislação que rege o exercício da profissão de
do órgão fiscalizador, quando no exercício de suas
Bibliotecário em vigor, para cumpri-la corretamente
funções; f) auxiliar a fiscalização do exercício
e colaborar para o seu aperfeiçoamento; j)
profissional e zelar pelo cumprimento deste Código
combater o exercício ilegal da profissão, conforme a
de Ética, comunicando, com discrição, aos órgãos
legislação em vigor; k) manter seu cadastro
competentes, as infrações de que tiver ciência. g)
atualizado no Conselho Regional de
representar, quando indicado, as entidades da
Biblioteconomia (CRB) de sua jurisdição; l) informar
categoria;
sempre ao CRB no qual está registrado quando
assumir e deixar cargo ou função; m) citar seu § 3º – Em relação aos usuários: a) aplicar todo zelo
número de registro do respectivo CRB, após sua e recursos ao seu alcance no atendimento ao
assinatura em documentos referentes ao exercício público, não se recusando a prestar assistência
profissional; profissional, salvo por relevante motivo; b) tratar os
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usuários com respeito e civilidade; c) estimular a notificações, no prazo determinado; m) utilizar-se


utilização de técnicas atuais objetivando a da posição hierárquica para obter vantagens
excelência da prestação de serviços ao usuário; d) pessoais ou cometer atos discriminatórios e abuso
assumir responsabilidades pelas informações de poder; n) agir de forma prejudicial ao
fornecidas, de acordo com os preceitos do Código tratamento igualitário e aceitar atitudes
Civil, do Código de Defesa do Consumidor e da Lei preconceituosa ou discriminatória de qualquer
de Acesso à informação vigentes. natureza.

CAPÍTULO IV DAS PROIBIÇÕES AO BIBLIOTECÁRIO TÍTULO II DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

Art. 7º – Não é permitido ao bibliotecário, no CAPÍTULO I DA DEFINIÇÃO DAS INFRAÇÕES ÉTICO-


desempenho de suas funções: a) praticar, direta ou DISCIPLINARES
indiretamente, atos que comprometam a dignidade
Art. 8º – A caracterização das infrações ético-
e o renome da profissão; b) nomear ou contribuir
disciplinares e a aplicação das respectivas
para que se nomeiem pessoas sem habilitação
penalidades regem-se por este Código, sem prejuízo
profissional para cargos privativos de bibliotecário,
das sanções previstas em outros dispositivos legais.
ou indicar nomes de pessoas sem registro nos CRBs;
c) expedir, subscrever ou conceder certificados, Art. 9º – São infrações ético-disciplinares passíveis
diplomas ou atestados de capacitação profissional a de penalidades: I – violar o sigilo profissional de
pessoas que não preencham os requisitos da fatos que tenha tomado conhecimento no exercício
legislação vigente; d) assinar documentos que da profissão, com exceção daqueles presentes em
comprometam a dignidade e o renome da sua lei que exigem comunicação, denúncia ou relato a
profissão; e) violar o sigilo profissional, quando quem de direito. II – deixar de prestar serviços
portador de informações confidenciais; f) utilizar a profissionais ao estabelecimento com o qual
influência política em benefício próprio; g) fazer mantém vínculo profissional; III – permitir a
comentários desabonadores sobre a profissão de utilização de seu nome por qualquer
bibliotecário e às entidades representativas da sua estabelecimento ou instituição onde não exerça
profissão; h) permitir a utilização de seu nome e de pessoal e efetivamente sua função. IV – praticar
seu registro à instituição pública ou privada na qual atos ilícitos em relação à profissão; V – obstar ou
não exerça, efetivamente, função inerente à dificultar a ação fiscalizadora do CRB, quando no
profissão; i) assinar trabalhos ou quaisquer exercício de suas funções; VI – delegar a pessoas
documentos executados por terceiros, ou leigas atos ou atribuições do bibliotecário; VII –
elaborados por leigos, alheios a sua orientação, declarar possuir títulos que não possa comprovar;
supervisão e fiscalização; j) exercer a profissão VIII – ser conivente ou cúmplice com os indivíduos
quando impedido por decisão administrativa que exercem ilegalmente a profissão de
transitada em julgado; k) recusar-se a prestar bibliotecário ou com os profissionais ou instituições
contas de bens e valores que lhes sejam confiados que pratiquem atos ilícitos; IX – exercer a profissão
em razão de cargo, emprego ou função que exerça; quando estiver sob sanção disciplinar; X –
l) deixar de cumprir, sem justificativa, as normas inobservar, desacatar, desrespeitar e descumprir
emanadas dos Conselhos Federal e Regionais de Acórdãos, Resoluções, Portarias, Atos
Biblioteconomia, bem como deixar de atender às Administrativos e Normatizações do Sistema
suas requisições administrativas, intimações ou
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CFB/CRBs e outra legislação inerente ao exercício da IV – ser o infrator primário.


profissão; XI – deixar de informar, por escrito, ao
Art. 12 – São circunstâncias agravantes: I – ter o
CRB os vínculos profissionais, com dados completos
infrator agido com dolo ou má-fé e praticado
da empresa, e de manter atualizados o endereço
fraudes; II – ter o infrator cometido a infração para
residencial e profissional, telefones e e-mail; XII –
obter vantagem pecuniária decorrente de ação ou
deixar de pagar as anuidades devidas ao Sistema
omissão contrária ao disposto na legislação em
CFB/CRBs; XIII – oferecer denúncia sem dispor dos
vigor; III – tendo conhecimento do ato ou fato
elementos comprobatórios; XIV – faltar com
irregular, o infrator deixar de tomar as providências
civilidade aos representantes do CFB e CRBs e
de sua alçada, tendentes a evitá-lo ou saná-lo; IV –
usuários, quando no exercício de suas funções; XV –
o infrator coagir outrem para a execução material
não propiciar com fidelidade informações a respeito
da infração; V – ter agido com premeditação; VI –
do exercício profissional, da legislação de
acumular infrações, sempre que duas ou mais sejam
Biblioteconomia e sobre as atividades e a atuação
cometidas no mesmo momento; VII – haver
do Sistema CFB/CRBs; XVI – não atender
antecedentes do infrator em relação às normas
convocação feita pelo CFB e CRBs, a não ser por
profissionais de regulação da Biblioteconomia; VIII –
impedimentos justificados e comprovados;
haver o conluio ou concussão com outras pessoas;
Parágrafo único – As infrações descritas acima são IX – ter a infração consequências para pessoa
enumerativas, não restringindo ao órgão de humana e saúde coletiva; X – ocorrer reincidência.
fiscalização ética a apuração, processamento e Parágrafo único – Ficará caracterizada a
aplicação de penalidades não discriminadas, reincidência quando o infrator, após decisão
devendo, para tanto, observar a legislação vigente. definitiva na esfera administrativa do processo que
lhe houver imposto penalidade, cometer nova
Art. 10 – Para a imposição de penalidade e a sua
infração ou permanecer em infração continuada.
gradação, levar-se-á em conta as circunstâncias
atenuantes e agravantes. Parágrafo único – CAPÍTULO III DAS PENALIDADES
Havendo concurso de circunstâncias atenuantes e
Art. 13 – As infrações ético-disciplinares serão
agravantes, a aplicação da pena será considerada
punidas, de forma alternada, sem prejuízo das
em razão das que sejam preponderantes.
sanções de natureza civil e/ou penal cabíveis, com
CAPÍTULO II DAS CIRCUNSTÂNCIAS ATENUANTES E penas de: I – advertência reservada; II – censura
AGRAVANTES pública; III – multa de 1 a 50 vezes o valor
atualizado da anuidade; IV – suspensão do exercício
Art. 11 – São circunstâncias atenuantes:
profissional pelo prazo de até 3 (três) anos; V –
I – ação do infrator não ter sido fundamental para a cassação do registro profissional com apreensão da
ocorrência da infração; carteira profissional.

II – o infrator, por espontânea vontade, procurar § 1º – A multa consistirá do pagamento de valores


reparar ou minorar as consequências do ato que lhe pecuniários ao CRB instaurador do Processo,
foi imputado; calculada em moeda corrente, com base na
anuidade de pessoa física da época da conclusão do
III – ter o infrator sofrido coação para a prática do mesmo, atualizada monetariamente, devendo ser
ato, em defesa de prerrogativa profissional;
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combinada com qualquer das penalidades apreensão da carteira de identidade profissional,


enumeradas nos incisos acima e aplicada em dobro cumulada com multa de 8 (oito) a 10 (dez)
no caso de reincidência. anuidades de pessoa física vigentes à época.

§ 2º – A advertência será aplicada, de forma escrita, § 9º – As penalidades acima descritas serão


por ofício do Presidente do CRB, cumulada com anotadas na carteira profissional e no cadastro do
multa de 1 (uma) anuidade de pessoa física vigente CRB, sendo comunicadas ao CFB, aos demais
à época. Conselhos Regionais e ao empregador.

§ 3º – A censura pública será aplicada de forma § 10 – Após o encerramento dos Processos em que
escrita, com o emprego da palavra “censura” por o CFB atuar como instância originária, os autos
ofício do Presidente do CRB, cumulada com multa serão encaminhados ao CRB onde o profissional
de 2 (duas) a 4 (quatro) anuidades de pessoa física infrator possuir registro principal, para notificação
vigentes à época. da decisão e aplicação e cumprimento das
penalidades.
§ 4º – A falta de pagamento da multa no prazo
estipulado, determinará a suspensão do exercício Art. 14 – O infrator tomará ciência das decisões
profissional, sem prejuízo da cobrança por via proferidas:
executiva.
I – pessoalmente, ou por procurador formalmente
§ 5º – A suspensão por falta de pagamento de constituído e com poderes específicos para receber
anuidade, taxas e multas somente cessará com o intimações e delas tomar ciência;
recolhimento da dívida, podendo estender-se por
II – mediante notificação, em caso de censura
até 3 (três) anos, ao final do qual o profissional terá,
pública, que poderá ser feita por carta registrada,
automaticamente, cancelado o seu registro, desde
processo eletrônico ou por meio da Imprensa
que não resgate o débito, sem prejuízo da cobrança
Oficial, considerando-a efetivada 5 (cinco) dias após
executiva.
a publicação.
§ 6º – Ao infrator suspenso por débito será
Parágrafo único – Em caso de recurso, o mesmo
admitida a reabilitação profissional, mediante novo
deverá ser interposto dentro do prazo 30 (trinta)
registro, desde que sejam pagas as anuidades em
dias, a contar da data do recebimento da
débito, as multas e demais emolumentos e taxas
notificação da decisão de primeira instância,
cabíveis.
conforme legislação vigente.
§ 7º – A suspensão do exercício profissional pelo
Art. 15 — As infrações éticas e disciplinares
prazo de até 03 (três) anos implicará na proibição
prescrevem em 5 (cinco) anos.
do exercício de qualquer atividade profissional ao
bibliotecário, aplicável pelo CRB com a devida CAPÍTULO IV DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
publicidade, cumulada com multa de 5 (cinco) a 7
(sete) anuidades de pessoa física vigentes à época. Art. 16 – Qualquer modificação deste Código
somente poderá ser efetuada pelo CFB, nos termos
§ 8º – A cassação do registro profissional acarretará das disposições legais, ouvidos os CRBs.
ao infrator a perda do direito de exercer a profissão
em todo território nacional, com a consequente
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Art. 17 – Este Código entra em vigor em todo o de ensino do País. Disponível em:<
Território Nacional na data de sua publicação, http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-
revogando a Resolução 042/2002, publicada no 2010/2010/Lei/L12244.htm>. Acesso em: 25 jul 2016.
DOU de 14/01/2002, Seção 1, pág. 64. BRASIL. Decreto Lei n.° 56.725, de 16de agosto de 1965.
Regulamenta a Lei nº 4.084, de 30 de junho de 1962,
que dispõe sobre o exercício da profissão de
Bibliotecário. Diário Oficial [da] República Federativa do
Brasil. Brasília, 1965. Disponível em: <
http://www.cfb.org.br/UserFiles/File/Legislacao/Decreto
SANTA DICA! -56725-16agosto1965.pdf>. Acesso em: 05 jul.2016.

Você pode baixar e estudar as BRASIL. Lei n.° 4.084, de 30 de junho de 1962. Dispõe
resoluções, leis e o código de ética no sobre a profissão de Bibliotecário e regula seu exercício.
site do Conselho Federal de Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil.
Biblioteconomia. Brasília, DF, 1962. Disponível em:<
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1950-
http://www.cfb.org.br/ 1969/L4084.htm> . Acesso em: 03 jul.2016.

BRASIL. Lei n.° 7.504, de 2 de julho de 1986. Dá nova


redação ao art. 3º da Lei nº 4.084, de 30 de junho de
1962, que dispõe sobre a Profissão de Bibliotecário, e dá
outras Providências. Diário Oficial [da] República
Bons estudos!
Federativa do Brasil. Brasília, 1986. Disponível em: <
http://www.crb6.org.br/index2.php?option=com_conte
xto&do_ pdf=1&id=54>. Acesso em: 28 jun. 2016.

CÓDIGO de ética do Conselho Federal de


Biblioteconomia: Resolução do Conselho Federal de
Biblioteconomia N.º 207/2018

Referências:

BRASIL. Lei n.° 9.674, de 25 de junho de 1998. Dispõe


sobre a Profissão de Bibliotecário, e determina outras
providências. Diário Oficial [da] República Federativa do
Brasil. Brasília, 1986. Disponível em:<
http://www.jusbrasil.com.br/legi slacao/126980/lei-
9674-98>. Acesso em: 31 jun. 2016.

BRASIL. Lei n.° 12.244, de 24 de maio de 2010. Dispõe


sobre a universalização das bibliotecas nas instituições

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