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Batismo

Aluizio Antônio Silva

Permitida a reprodução, desde que citada a fonte e não se destine a comercialização.


Sumário

1. A Importância dos fundamentos ............................................................

2. O que é o pecado? ...................................................................................

3. Arrependimento: como lidar com o pecado ..........................................

4. O sangue de Jesus ..................................................................................

5. Fé para salvação ......................................................................................

6. Fé em Deus ...............................................................................................

7. A pessoa e a obra do Espírito Santo .....................................................

8. Todo crente deve ser cheio do Espírito Santo ......................................

9. A doutrina de bastismos..........................................................................

10. A comunhão da igreja .............................................................................


1. A Importância dos Fundamentos

a) Texto Básico (Lc 6.46-49).


E por que me chamais, Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo?
Qualquer que vem a mim e ouve as minhas palavras, e as observa, eu vos mostrarei a quem é semelhante:
É semelhante ao homem que edificou uma casa, e cavou, e abriu bem fundo, e pôs os alicerces sobre a
rocha; e, vindo a enchente, bateu com ímpeto a corrente naquela casa, e não a pôde abalar, porque estava
fundada sobre a rocha.
Mas o que ouve e não pratica é semelhante ao homem que edificou uma casa sobre terra, sem alicerces,
na qual bateu com ímpeto a corrente, e logo caiu; e foi grande a ruína daquela casa.

Lucas 6:46-49
(Hb 5.11-6.3; 1 Co 3.10-15; 1 Pe 2.5)

b) Introdução
Toda obra, para ser edificada, seja um simples muro ou complexo arranha-céu, precisa de uma
fundação. A fundação ou alicerce é, portanto, a parte da construção que sustenta a estrutura
edificada. Em outras palavras: a estabilidade da obra construída depende da fundação. Se ela é
sólida e consistente, não existe nenhum risco de desabamento. Se não, quando as intempéries
vierem o edifício provavelmente desabará.

c) Jesus, o alicerce
Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.

1 Coríntios 3:11

d) Rocha ou areia?

Em Lucas 6.46-49, Jesus descreve dois modos de construir: sobre a areia (uma fundação
instável) ou sobre a rocha (uma fundação estável).

(i) O que constitui uma vida sã? (v. 47)


“Qualquer que vem a mim, ouve as minhas palavras e as põe em prática...” Relacionamento com
Jesus.

(ii) Pode alguém ouvir e não fazer? (v. 46)


“Por que você me chama Senhor, Senhor, e não faz o que eu mando?” Pode alguém conhecer a
Palavra e não praticá-la?. (Veja também Tg 1.21-25.)

(iii) A que é comparado o homem que ouve e pratica a Palavra? (v. 48a)
“... é semelhante a um homem que constrói sua casa sobre a rocha...” Esse homem removeu tudo
que estava entre ele e a pedra. Ele teve certeza de que era um fundamento sólido, porque cavou
fundo.
(iv) Por que a casa deve ser construída sobre a rocha? (v. 48b)
“... quando vem a inundação, as torrentes golpeiam aquela casa...” É próprio da vida passar pela
tempestade (Hb 12.25-29). Ninguém escapa das tempestades.

(v) Qual é o perigo que corremos, quando estamos construindo nossa vida espiritual? (v. 49a)
“O que ouve minhas palavras e não as põe em prática é como um homem que construiu uma casa
no solo, sem um alicerce..." (ou na areia, como em Mt 7.26).

(vi) O que acontece com a casa sem alicerce? (v. 49b)


“... No momento que a torrente golpeou aquela casa (a mesma inundação ou tempestade que
golpeou a casa construída sobre a rocha), ela se desmoronou e sua destruição foi completa”.
Precisamos reconhecer qualquer fundamento instável em nossas vidas. Reconheça-os e, então,
cave fundo até a rocha com a ajuda do Santo Espírito.

e) O que acontece depois?

Como cristãos, os fundamentos sobre os quais edificamos a vida cristã são tão importantes que, sem
eles, é impossível avançar rumo à maturidade.

f) Evidências de imaturidade em cristãos veteranos:

(i) Tardios em ouvir


São letárgicos e demonstram pouca disposição para serem conduzidos; não têm nenhuma direção
ou disposição interior.

(ii) Irresponsabilidade
Nunca cresceram. Permanecem ainda infantis, não agindo como pessoas adultas.

(iii) Falta de participação


Nunca contribuem com nada; apenas fazem número, e isso durante anos.

(iv) Falta de discernimento


Na maioria das vezes, não conseguem nem mesmo distinguir entre o bem e o mal.

(v) Instabilidade
Qualquer situação abala esses cristãos. Eles agem, freqüentemente, como borboletas espirituais:
pulando de uma igreja para outra.
g) Causas da imaturidade em cristãos veteranos:

(i) Nunca nasceram de novo.


As evidências de que nascemos de novo são inconfundíveis:
 O testemunho do Espírito (Rm 8.16).
 Tornamo-nos uma nova criação (2 Co 5.17).
 Desejamos obedecer a Deus (1 Jo 2.3).
 Amamos os irmãos (1 Jo 3.14).
 Fazemos a vontade de Deus, e não mais a nossa (Mt 7.21).
 Temos sede de Deus (Sl 42.1-2).

(ii) Negligência
(iii) Desobediência
(iv) Descompromisso
2. O Que é Pecado?
a) Textos Básicos (Is 59.2).
Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o
seu rosto de vós, para que não vos ouça.

Isaías 59:2
(Rm 3.23, 6.23;)

b) Introdução
Pecar é fazer algo que desagrada a Deus.
c) Algumas consequências do pecado

 Desagrada a Deus (Gn 6.5-7).


 Traz culpa (Sl 51.3-4).
 Traz separação de Deus (Is 59.1-2).
 Traz juízo e castigo perpétuo (Mt 25.46).
 Escraviza (Rm 6.17).
 Causa cegueira espiritual (2 Co 4.4).
 Causa morte espiritual (Ef 2.1).
 Traz falta de esperança (Ef 2.12).
 Corrompe (Tt 1.15).
 Condena (Tg 5.12).

d) As palavras bíblicas para pecado

A Bíblia usa mais de uma palavra para descrever essa experiência universal da separação entre o
homem e Deus. As palavras usadas podem ser classificadas em quatro divisões principais.

(i) Desvio de uma norma ou padrão


Chattah: errar o alvo ou sair errado (Jz 20.16; Sl 5.14).
Avon: enganar ou perverter, isto é, fazer deliberadamente o que está errado, embora você saiba o
que é certo (Jó 33.27),
Shagah: ser desencaminhado (Jó 19.4; Lv 4.13).
Parabasis (N.T.): desviar de uma linha reta, isto é, passar dos limites (Rm 4.15;
Gl 3.19).
Hamartia (N.T.): errar o alvo (Mt 1.21; Rm 6.23).
Paraptoma (N.T.): infringir uma regra, desviar-se de um caminho (Cl 2.13; Ef 2.5).

(ii) Rebelião deliberada


Este é um estado onde as pessoas, orgulhosamente, sentem que podem viver sem Deus e,
conseqüentemente, declaram sua independência dEle.

Todas as pessoas nascem com uma natureza pecaminosa.

*PECADO OCULTO
O que são?
Pecados que cometemos e acreditamos que ninguém viu.
Ex.: O adultério, pegar algo escondido, atos na intimidade do seu quarto...
Consequências:
Ofusca a alegria da salvação (Sl. 51.1-12)
Trava bênçãos/ prosperidade (Pv. 28.13)
Trava nossa vitória (Js. 7.1-26)
CONCLUSÃO
Devemos confessar nossos pecados e orarmos uns pelos outros afim de sermos perdoados e
curados.
A confissão precisa obedecer alguns critérios:
 Não neófitos – Pessoas maduras, de preferência seus pastores e líderes.
 Pessoas de confiança
 Sobre muita oração.
Só Deus pode perdoar seus pecados, mas falar deles abertamente com a pessoa certa te
libertará e curará

QUEM CONFESSA TENTAÇÃO NÃO CONFESSARÁ PECADOS


3. Arrependimento: Como Lidar Com o Pecado
a) Textos Básicos (At 2.38-39).
E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão
dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo;
Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos
Deus nosso Senhor chamar.

Atos 2:38,39
(Lc 15.7-10; Ez 18.30-32)

b) Introdução
Arrepender-se de seus pecados – este é o primeiro passo para alguém se tornar cristão ou filho
de Deus.

c) O que é o Verdadeiro Arrependimento?

É uma virada de 180 graus em nossos pensamentos e ações.

(i) Quando mudamos nossos pensamentos


Há um reconhecimento que o que nós somos em nós mesmos é profundamente detestável diante
de um Deus santo.

(ii) Quando mudamos nossas ações


Nós nos voltamos para Deus e abandonamos toda desobediência, egoísmo e rebelião.

II) Três elementos importantes no arrependimento

(i) O Arrependimento envolve o entendimento


O arrependimento envolve o reconhecimento do nosso pecado e de como ele é perverso aos olhos
de um Deus santo.
(ii) O arrependimento envolve a emoção
Se reconhecermos verdadeiramente nosso estado diante de Deus, teremos uma reação de
profunda tristeza e pesar (Sl 51.9).
(iii) O arrependimento envolve a vontade
Arrependimento é uma mudança de mente, de coração e de propósito.
A escolha é nossa!
e) O Poder do perdão
Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de
Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.
Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.
Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar
de toda a injustiça.

1 João 1:7-9

A única maneira de sermos livres de nossos pecados é pela confissão de nossos lábios. Deus nos
perdoará, se confessarmos a Jesus como nosso Senhor e Salvador.
4. O Sangue de Jesus
a) Textos Básicos
Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã
maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais,
Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado,
O qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado
nestes últimos tempos por amor de vós;

1 Pedro 1:18-20
(Jo 6.53-57; l Jo 1.7; Hb 9.11-28; Lv 17.11).

b) O que o sangue de Jesus faz por nós?

(i) Pelo sangue de Jesus temos a redenção.


(REDENÇÃO – Auxilio, proteção que livra de situação difícil, salvação)
O sangue de Jesus nos redime da mão e do poder do diabo (Ef 1.7; Hb 9.12).
(REDIME – Remir, tornar a obter, resgatar)
(ii) Pelo sangue de Jesus todos os nossos pecados são perdoados, se os confessamos.
Como estamos na luz, com Jesus, o sangue dele está nos limpando continuamente de todos os
nossos pecados (1 Jo1.7-9).

(iii) Pelo sangue de Jesus somos justificados. É como se nunca tivéssemos pecado.
Ele nos reveste com a sua retidão (Rm 5.9). A pessoa que confia em Cristo torna-se, nEle, tudo
aquilo que Deus exige que ela seja, tudo aquilo que ela jamais poderia ser por si mesma (2 Co
5.21).

(iv) Pelo sangue de Jesus temos acesso


a qualquer hora – à presença de Deus, para recebermos misericórdia e socorro, especialmente em
tempos de necessidade (Hb 10.19-20).

(v) Pelo sangue de Jesus somos santificados


Somos separados para Deus (Hb 13.12).

(vi) Pelo sangue de Jesus a nossa consciência é limpa de toda a culpa


Tornamo-nos livres na mente, no corpo, na alma e no espírito para servir ao Senhor Jesus Cristo
(Hb 9.14; 2 Tm 1.7).

(vii) Pelo sangue de Jesus temos vitória sobre o diabo


Nós o subjugamos pelo sangue do Cordeiro e pela palavra de nosso testemunho (Ap 12.11).
O Sangue de Jesus, por quê?
5. Fé Para Salvação
VOCÊ TEM CERTEZA DA SUA SALVAÇÃO???
a) Textos Básicos:
A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o
ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.
Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação.

Romanos 10:9,10
(Jo 3.16; Lc 13.23-25; Rm 10.9-13; 3.21-28).

b) Introdução
A segunda condição essencial para entrarmos no Reino de Deus é a fé para a salvação.

c) O que é fé para a salvação?

É a fé que conduz à salvação, provocando as seguintes implicações:


 Entregar sua vida a Deus (Sl 37.5).
 Crer em Jesus (Jo 3.15).
 Obedecer de coração (Rm 6.17).
 Crer de coração (Rm 10.9-10).
 Crer que a Bíblia é a Palavra de Deus (2 Tm 316-17).
 Pôr a confiança em Deus (Hb 2.13).
 Convidar Jesus para entrar em sua vida (Ap 3.20).

d) O que significa nascer de novo

“E assim se alguém está em Cristo é nova criatura, as coisas velhas já passaram, eis que se fizeram
novas” (2 Co 5.17).
“O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam
conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts 5.23).
Ser nascido de novo significa que recebemos a vida de Deus na parte mais profunda de nossa
personalidade que ficou morta por causa de pecado –
Jesus disse que sem o novo nascimento não podemos ver o Reino de Deus. Ver o Reino significa
experimentar a realidade de Deus; conhecer Seu amor e perdão, e viver no poder do Espírito Santo,
assim como Ele vive em nós.
f) Garantia de nossa salvação

Temos de confiar em fatos e nunca em sentimentos:


Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a
vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.

João 5:24
Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora.

João 6:37
E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão.
Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai.

João 10:28,29
(Hb 13.5; Rm 8.38-39; Tt 1.2;).
6. Fé em Deus
a) Textos Básicos
Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem.
Porque por ela os antigos alcançaram testemunho.
Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se
vê não foi feito do que é aparente.

Hebreus 11:1-3

Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá pela fé.

Romanos 1:17
(Rm 10.17; Mt 17.20).

a) Introdução:

Fé, no contexto dos fundamentos da verdade, pode ser definida como: “Ter confiança, garantia ou
segurança em outra pessoa e na palavra daquela pessoa.” Ter fé em Deus envolve uma troca: antes
confiávamos no ego, em nós mesmos, e agora confiamos em Deus.

c) Como a fé pode se desenvolver?

(i) Tendo uma correta atitude de mente


Fé é persuasão. A palavra fé vem do grego pistis que significa “firme persuasão; convicção forte e
firme; a convicção da verdade de qualquer coisa” (2 Tm 1.12). Precisamos perceber a futilidade da
vida sem Deus. Fé envolve uma atitude de humildade e submissão para com a vontade de Deus
(Fp 2.5-8), a qual precisamos desenvolver.

(ii) Entenda que fé é substância e realidade


Fé não é imaginar ou desejar as coisas que não existem. Ao contrário: é a convicção da Palavra de
Deus pela revelação do Espírito Santo. Se Deus gera em nós a fé para obtermos algo, podemos
estar seguros de que na mente de Deus aquilo realmente existe e é nosso (Hb 11.1; Nm 23.19).

(iii) Entenda que fé é um dom de Deus


Não podemos fazer a fé crescer por nossa própria força. Ela não é o resultado de uma ginástica
mental. O Espírito Santo tem que colocar essa capacidade para acreditar em Deus dentro de
nossos corações (Ef 2.8).

(iv) A fé se desenvolve pelo nosso conhecimento de Deus


Você não pode confiar num desconhecido qualquer. Quanto mais conhecemos a Deus – sua
fidelidade, seu amor, seu caráter, seus caminhos e seu poder – mais poderemos confiar nele. Essa
é a base para a verdadeira fé em Deus (Dt 7.9; Sl 9.10; 1 Ts 5.24). Somente conhecemos a Deus
na medida em que o Espírito Santo nos dá uma revelação dele através das Escrituras. Outra forma
de conhecê-lo é através das experiências da vida, quando provamos seu poder (Hb 11.6).
Jamais conheceremos uma pessoa se não conversarmos com ela. A oração é um meio
maravilhoso de conhecermos a Deus.

(v) Fé é uma conseqüência do ouvir


Deus comunica os seus pensamentos através de sua Palavra. Quando Ele nos permite ouvir o que
está dizendo pelo Espírito, deveríamos crer que o que Ele está dizendo realmente é verdade, e é
para nós. “A fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Rm 10.17).

(vi) A fé cresce quando nos lembramos da fidelidade de Deus no passado

d) Conclusão

Fé não é uma atitude mental para lidarmos com os problemas. É a própria natureza de Deus. Deus é
um Deus de fé.: Ele criou o universo pela fé (Hb 11.3). A pessoa que nasceu de novo, pelo Espírito de
Deus, recebeu a própria natureza de Deus em si mesma. A velha natureza humana é dominada por
forças negativas, tais como: medo, dúvida, confusão e erro. Entretanto, a nova natureza é a natureza
de Deus. Deus é criativo e tira a ordem do caos (Gn 1.2), vida da morte, saúde da doença,
prosperidade da pobreza, verdade do erro, e retidão do pecado. Fé é a expressão dessa nova
natureza (Rm 1.17). Fé em Deus é o estilo de vida do discípulo de Jesus.
7. A Pessoa e a Obra do Espírito Santo
QUEM É O ESPIRITO SANTO PRA VOCÊ?
a) Textos Básicos
Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá a
vós; mas, quando eu for, vo-lo enviarei.
E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo.

João 16:7,8
(Jo 14.12,15-27; 16.5-15; At 1.4-8; 1 Co 2.9-16).

b) Introdução

O Espírito Santo não é uma vaga influência ou uma idéia mística: Ele é uma pessoa. Isso significa
que Ele pode se comunicar conosco. Apesar de não podermos vê-lo, Ele é real e pode produzir uma
grande impressão em nossas vidas, através do nosso espírito. O Espírito Santo é a terceira pessoa
da Trindade. Assim como o Deus Pai e o Deus Filho, o Espírito Santo é eterno (Hb 9.14), onipresente
– está presente em todos os lugares ao mesmo tempo (Sl 139.7), onisciente – conhece todas as
coisas (1 Co 2.10), e onipotente – é todo poderoso, pode todas as coisas (Lc 1.35).
O Espírito Santo tem atributos de personalidade, intelecto (Rm 8.27), vontade (1 Co 12.11), e
sensibilidade (Ef 4.30). Ele conhece todas as situações da nossa vida, comunica-se conosco, abre-se
para nós e espera de nós a mesma reciprocidade. Ele é uma pessoa que fala pessoalmente conosco.
Todo crente deveria conhecer a realidade e o poder do Espírito Santo, e torná-lo o centro de sua vida
(Jo 7.38-39). Sem o Espírito Santo, jamais poderíamos viver no poder de Deus, ou conhecer a força
de Deus em nossas vidas diárias. Para desfrutarmos de prazer, e nos realizarmos na vida,
precisamos desse grande presente do Pai – o Espírito Santo de Deus.

e) Por que precisamos do poder do Espírito Santo em nossas vidas?

Há, pelo menos, quatro razões para isso:

(i) Para sermos feitos filhos de Deus


Sem a intervenção do Espírito Santo, jamais seríamos feitos filhos de Deus, pois o ser humano
distanciou-se de Deus, e não o reconhece como seu verdadeiro Pai. Uma das funções do Espírito
Santo é despertar-nos espiritualmente e conduzir-nos a Jesus, o único caminho que nos leva de
volta ao Pai (Jo 1.12-13). Portanto, através do Espírito Santo, somos feitos filhos de Deus e
passamos a viver como membros de sua família.

(ii) Para sermos exemplo ao mundo


Através do Espírito Santo somos fortalecidos para viver a nova vida em Cristo, sendo um exemplo
vivo do que significa ter Jesus Cristo habitando em nossos corações (Ef 3.16-17).
(iii) Para superarmos o nosso adversário – o diabo
Todo crente vive numa zona de guerra. Antes de nos tornarmos cristãos, estávamos ao lado
de Satanás. Todavia, quando escolhemos seguir a Jesus, fomos colocados ao lado de Deus (Ef
2.1-5). A guerra que travamos contra Satanás tornou-se mais renhida depois que nos convertemos,
pois ele está tentando nos levar a desistir de seguir a Jesus. Através do Espírito Santo, Deus nos
reveste de poder para derrotarmos o diabo (1 Jo 4.4).

(iv) Para compartilharmos a fé


“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas, tanto
em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra” (At 1.8).
Dinamis é a palavra grega traduzida como poder em nossa língua. Dela deriva-se o vocábulo
dinamite. Semelhantemente, Deus quer que sejamos cheios desse mesmo poder para testemunhar
da vida de Jesus. Esse poder – dinamis – capacita-nos a ser tal qual Ele é diante das pessoas. Em
outras palavras: quando falamos, oramos ou tocamos as pessoas no poder do Espírito Santo, é
como se fosse a própria pessoa de Jesus falando, orando ou tocando nelas (Jo 14.12).

f) Dons e frutos
Este é o propósito de Deus para nós: fazer grandes coisas por nós e capacitar-nos a fazer também
grandes coisas por Ele. Vejamos algumas delas:

(i) Os dons do Espírito


Os dons espirituais são os dons sobrenaturais de Deus. Por isso, antes que Ele possa nos usar
completamente para a sua glória, precisamos submeter-lhe até mesmo nossos talentos naturais. O
Espírito Santo é que nos capacita a fazer a vontade de Deus, a adorá-lo e a servi-lo (1 Co 12.7).
Em 1 Coríntios 12.7-11 e Romanos 12.6-8, tomamos conhecimento dos dons que o Espírito Santo
quer nos outorgar. O Pai assegura-nos o direito de requerer e possuir tudo o que nos é necessário
para cumprirmos sua vontade e propósito, e sermos capacitados para testemunhar no poder de
Jesus, aqui na terra.

(ii) O fruto do Espírito


O fruto do Espírito é tão importante como os dons espirituais. É a evidência, em nossas vidas, do
trabalho do Espírito Santo, transformando-nos na semelhança e conforme a natureza de Jesus. Por
isso, o nosso testemunho pessoal é muito importante. Em Gálatas 5.22-23, o apóstolo Paulo
apresenta-nos cada uma das partes em que o fruto do Espírito se divide, as quais, em conjunto,
formam o caráter de Jesus. As sementes desse fruto são semeadas, em nossas vidas, pelo próprio
Espírito de Deus. E, à medida que elas germinam no nosso coração, cada vez mais nos tornamos
semelhantes a Jesus, em nossas ações e atitudes.
g) Em que implica o enchimento do Espírito Santo?

(i) Em relação a Jesus


Você o conhecerá, numa intimidade e dimensão mais profundas, como o Senhor – cheio de glória,
poder e autoridade (At 2.32-36).

(ii) Em relação a Deus


Você experimentará a profundidade do amor de Deus por você (Rm 5.5), o verdadeiro amor de Pai
(Rm 8.15; Gl 4.ó). Você será livre para amá-lo e louvá-lo com alegria e confiança (Ef 5.18-20).

(iii) Em relação à Palavra de Deus


Você estará mais faminto por conhecer e estudar a Bíblia, tornando-se mais hábil para usá-la e
ouvir a voz de Deus através dela (Jo 16.13-15; Ef 6.17).

(iv) Em relação ao Espírito


Você ficará muito sensível à presença e direção do Espírito Santo (Ef 4.30; Rm 8.14), tornando-se
mais livre para receber os dons espirituais.

(v) Em relação às outras pessoas


Você se tornará mais aberto para as outras pessoas, amando-as e procurando integrar-se
ativamente à Igreja, que é o Corpo de Cristo (1 Co 12.12-13).

(vi) Em relação ao mundo


Você será mais corajoso e ousado para testemunhar de Jesus (At 1.8; Atos 4.31).

(vii) Na guerra espiritual


Você se conscientizará de sua autoridade em Cristo Jesus sobre o inimigo, e contribuirá para a
expansão do Reino de Deus (Ef 6.10-18; 1.17-23).

h) Em que implica o falar em línguas?

 É um dos dons prometidos por Jesus (Mc 16.17; 1 Co 12.10).


 É a habilidade para se comunicar com Deus, de espírito para Espírito, onde o seu próprio espírito
será edificado e fortalecido (1 Co 14.2,4,14).
 É o dom de uma linguagem que é sua, pessoalmente, mas que você nunca aprendeu antes (At
2.4,7-8).
 É uma ajuda para orar em linha com a vontade de Deus (Rm 8.26-27).
9. A Doutrina de Batismos
a) Textos Básicos
Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito
Santo;

Mateus 28:19
(Hb 6.1-2; 1 Co 12.12-14; Lc 11.13; Mt 3.11-12).

b) Introdução
Por que nos batizamos?
 Porque é uma ordenança de Cristo.
 É a circuncisão do coração
No qual também estais circuncidados com a circuncisão não feita por mão no despojo do
corpo dos pecados da carne, pela circuncisão de Cristo;
Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o
ressuscitou dentre os mortos.

Colossenses 2:11,12

Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na


carne.
Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito, não na letra;
cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus.

Romanos 2:28,29

 Não é pra salvação, mas confirma nossa salvação


O batismo é o nosso testemunho de identificação com Cristo, ele revela não apenas que eu
tenho fé, mas que tipo de fé eu tenho.
De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?
Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua
morte?

Romanos 6:2,3

 Quem pode se batizar?


Todo aquele que se identifica com a fé no Cristo morto e ressurreto.
a) Batismo nas águas

O batismo nas águas é o batismo dos crentes. É um ato físico que expressa uma verdade espiritual.
Por batismo nas águas, estamos dizendo que compartilhamos com Cristo de sua morte e
ressurreição. Obviamente, a pessoa batizada não está morrendo para o pecado como fez Jesus; ao
contrário: está dando um testemunho público do fato de que ela está se identificando com a obra de
Cristo. Do mesmo modo como Cristo morreu para o pecado, o crente, ao batizar-se, demonstra
simbolicamente que também está submetendo-se à mesma morte. Ao submergir, ele está
representando, através desse ato, o sepultamento de sua natureza pecaminosa; e ao emergir,
levanta-se para uma vida nova em Jesus. E como Paulo, está também declarando que viverá para
Jesus, como seu discípulo: “Estou crucificado com Cristo, e já não vivo eu, mas Cristo vive em mim”
(Gl 2.20).
Ao batizar-se, a pessoa declara publicamente que, agora, em Cristo, morreu para o pecado, e vive
para Deus, identificando-se, de boa vontade e alegremente, com a obra redentora da cruz.

(i) Por que imersão na água?


1. A palavra grega para batismo é baptize, que significa afundar ou imergir. A palavra era usada
para descrever a imersão de um pano em uma tintura.
2. João Batista batizava as pessoas no Rio de Jordão, porque ali havia muita água, indicando que
era por imersão (Jo 3.23).
3. A razão principal é esta: só a imersão pode simbolizar um sepultamento corretamente, isto é, um
sepulcro nas águas da morte (Veja Romanos 6.4 e Colossenses 2.12).

(ii) Por que uma pessoa deveria ser batizada nas águas?
1. É um mandamento de Jesus (Mt 28.19).
2. É a garantia de uma consciência pura para com Deus (1 Pe 3.21).
3. Porque o próprio Jesus foi batizado (Mt 3.13-17).
4. É um tipo de circuncisão (Cl 2.11-12).
5. Era uma doutrina fundamental da Igreja Primitiva (At 2.41; 10.47-48).

O Batismo nas águas simboliza lavar ou limpar (At 22.16). É somente um símbolo, pois, de fato,
somos purificados e limpos pelo sangue de Jesus (Ap 1.5) e somos lavados pela Palavra de Deus
(Jo 15.3). A purificação do pecado é simbolizada e testificada pelas águas do batismo. É uma
confissão externa do que aconteceu por dentro. Expressa nossa identificação com Jesus (Rm 6.1-
11).

(iii) O Batismo nas águas é uma confissão múltipla:

 do céu (de nossa fé na morte e ressurreição de Jesus, 1 Co 15.3-4);


 da igreja (de que nós somos parte dela);
 do mundo (de que nós fomos mortos para ele);
 do diabo (de que nós fomos libertos dele e transportados para o reino de Deus).
Através do batismo nas águas, nos identificamos com a morte e a ressurreição de nosso Senhor
Jesus.

b) Batismo com o Espírito Santo


Não agradeça a Deus somente pela posição para a qual Ele nos trouxe. Agradeça também por Ele
nos ter disponibilizado o poder para vivermos nessa posição (At 1.8; João 1.33).
(i) Por que precisamos ser batizados no Espírito Santo?

1. Porque é um mandamento (Ef 5.18). Por outro lado, só podemos ser cheios de acordo com a
nossa capacidade para absorver o Espírito Santo, a qual, de início, pode ser muito pequena;
mas, na medida em que crescermos, essa capacidade aumentará. Portanto, precisamos
encher-nos continuamente, de acordo com nossa capacidade de absorção. No original, a
expressão cheio do Espírito, em Efésios 5.18, significa: sendo continuamente cheio do Espírito .
2. Porque o batismo no Espírito Santo nos enche de poder e coragem para testemunhar (At 1.8;
2.14; 4.31-33).
3. Porque é necessário, para recebermos os dons do Espírito Santo (1 Co 12.7-11).
4. Porque é necessário, como evidência máxima do fruto do Espírito Santo (Gl 5.22-23).
5. Porque é necessário, para se viver uma vida para a glória de Deus (Jo 16.14).
6. Porque, através dele, Jesus torna-se mais real para nós (Jo 15.26; Jo 16.13-15; At 9.17).
7. Porque produz maior poder na oração (Rm 8.26-27; 1 Co 14.4 e 15).
8. Porque nos capacita a uma verdadeira adoração a Deus (At 2.11; 10.46; Jo 4.23-24; Ef 5.18-
20).
9. Porque traz revelação e gera mais amor para com a Palavra de Deus (Jo 16.13; 1 Co 2.9-16)
10. Porque nos enche de poder para cumprirmos o chamado de Deus (At 1.8).

(ii) Todos nós precisamos ser cheios


Para sermos cheios do Espírito Santo, precisamos ter um coração limpo, confessar nossos
pecados e perdoar aos outros, não importando quão certos nós estejamos (1 Jo 1.7-9; Lc 6.37-38).
Se quisermos mesmo ser cheios do Espírito Santo, precisamos ter sede (desejar ser cheios),
vir a Jesus e beber (receber o Espírito Santo). Então, do nosso interior fluirão rios de águas vivas,
ou seja: o Espírito Santo (Jo 7.37-39). Todos os crentes, quando batizados no Espírito Santo,
recebem a capacidade de falar em línguas.

(iii) O que aconteceu quando, na Bíblia, as pessoas foram cheias do Espírito Santo:

 120 falaram em outras línguas (At 2.4) e falaram a Palavra de Deus corajosamente (At 4.31).
 Cornélio e aqueles que estavam com ele, falaram em outras línguas, louvando a Deus (At
10.46).
 Os Efésios falaram em outras línguas e profetizaram (At 19.6).
 A Bíblia não diz que os samaritanos falaram em línguas, mas Simão viu algo acontecer (At
8.17-24).
 Jesus começou seu ministério terreno (Lc 4.18-19; At 10.38).

(iv) O batismo no Espírito é dado àqueles que buscam com fé (Gl 3.2-5).
O batismo no Espírito não vem como resultado de luta, agonia, súplica ou algum tipo de
negociação com Deus. É um presente do Senhor Jesus Cristo aos seus discípulos, para capacitá-
los a andar como Ele andou (Lc 11.11-13).

c) Batismo com fogo


Em Mateus 3.11-12, a palha é qualquer coisa que é desprezível. Talvez seja necessária, por um
momento, para o crescimento do trigo; mas deve chegar o momento quando não se tem mais
necessidade dela. Deus permite essas coisas em nossos caminhos, para nos disciplinar e nos
purificar. Às vezes, precisamos ser quebrados, para que Deus possa nos modelar conforme o que Ele
quer que sejamos. É um processo doloroso (Is 6.5-7), mas, no final, tornamo-nos mais parecidos com
Jesus.
Quando esse entulho é removido de nossas vidas, somos purificados e transformados de acordo
com o plano de Deus para nós. Assim, tornamo-nos vasos úteis para cumprir o propósito de Deus.
Deus usa as circunstâncias e as pressões da vida para realizar esse processo de purificação.
Todavia, Ele jamais permitirá que nos sobrevenha um fardo pesado demais. Caso, porém, nos
recusemos a ser transformados, jamais seremos como Deus quer que nós sejamos – continuaremos
à margem de sua vontade, em vez de exercer plenamente nosso potencial em Cristo.
As pressões revelam nossas estruturas e fraquezas. Se deixarmos de contender com Deus e nos
entregarmos a Ele, seremos transformados. Deus removerá tudo aquilo que precisa ser removido, a
fim de que nos tornemos vasos úteis para fazer a Sua vontade, especialmente nas áreas onde fomos
tratados por Ele. Deus está no controle de nossas vidas e das circunstâncias.
Muitos discípulos pedem ao Senhor para serem transformados, mas quando vêm as pressões,
clamam para que elas sejam removidas. Dessa forma, eles estão correndo da resposta às suas
próprias orações. Na verdade, render-se a Deus e deixá-lo fazer da forma como, pode ser difícil, para
nós e, certamente, envolverá algum sofrimento (1 Pe 4.12-19; 2 Tm 2.3; Ap 2.10); mas, no final,
estaremos mais parecidos com Jesus. Além disso, a poda e limpeza dos ramos fazem com que nos
tornemos muito mais frutíferos (Jo 15.2).
10. A Comunhão da Igreja
a) Textos Básicos
Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de
Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.

1 João 1:7
(At 2.42-46).

b) O que é comunhão?

Koinonia é uma palavra grega muito usada entre os evangélicos, e significa comunhão, isto é, “o ato
de usar uma coisa em comum”. Essa palavra pode ter ainda outros sentidos: companheirismo,
compartilhamento, congregação de pessoas com interesses em comum, ter algo em comum, usar
juntos, participação, parceria, etc.

c) Com quem devemos ter comunhão?

A comunhão, para ser efetiva, tem que se realizar em dois níveis: com Deus e com os homens.

a. Comunhão vertical – com Deus


 Comunhão com o Pai ( 1 Jo 1.3).
 Comunhão com o Filho (1 Co 1.9; 1 Jo 1.3)
 Comunhão com o Espírito (Fp 2.1).
Esse nível de comunhão é expresso por meio da oração, do louvor e da adoração em Espírito e em
verdade. ( Jo 4.23,24).

b. Comunhão horizontal – com os homens


 Comunhão uns com os outros (1 Jo 1.7).
 Destra de comunhão (Gl 2.9).
 Participação na assistência aos santos ( 2 Co 8.4b).
(1 ) Espiritualmente (At 2.42)
 Orando juntos.
 Cantando, louvando e adorando juntos.
 Compartilhando em testemunho, exortação, encorajamento; edificando uns aos outros nas
operações do Espírito.
 Ministério da Palavra; doutrina dos apóstolos (Atos 2.42).
 Comunhão no partir do pão.
Essa é a maneira pela qual o crente é transformado num vaso novo: a comunhão com os irmãos (Jr
48.11).

(2) De forma prática (At 2.44-46):


 Mantendo comunhão nos lares (Atos 2.46)
 Suprindo necessidades (At 2.45; 4.35).
 Cooperando uns com os outros (Hb 13.16).
 Ajudando na assistência aos santos (Rm 12.13a).
 Praticando a hospitalidade (Rm 12.13b).
 Visitando-se, conhecendo-se e apreciando-se uns aos outros. A comunhão torna-se um
modo de viver.
Há alegria na comunhão, em reunir-se e compartilhar as necessidades espirituais, práticas e
sociais.

d) Com quem estamos proibidos de manter comunhão?

 Com o mundo (Ef 5.11; Sl 94.20).


 Com espíritos malignos (1 Co 10.20).
 Com os incrédulos (2 Co 6.14).
 Com as religiões falsas (2 Pe 2.1-22; Jd 4).
 Com as doutrinas falsas (2 Jo 1.9-11; Gl 1.7-10).

e) Diferenças doutrinárias podem ser base para quebrar a comunhão?

Qualquer pessoa defendendo uma doutrina que ataca os passos fundamentais do processo da
redenção, deve ser excluída da comunhão. Diferenças de opinião a respeito de escatologia, usos e
costumes, dons espirituais, etc., não são motivo suficiente para se quebrar a comunhão.
 Precisamos manter a unidade do Espírito, até chegarmos à unidade da fé. (Ef 4.2,13).
 Regime alimentar, guarda de dias, e distinção nacional (judeus ou gentios) não são motivos para
se quebrar a comunhão (At 15.24-29; Gl 2.9; Rm 14.1-23).
 A heresia (defesa obstinada de uma doutrina contraditória com a Palavra) é motivo suficiente
para se descontinuar a comunhão (Tt 3.10; Rm 16.17; 1 Co 11.19).
f) Quais são os outros motivos bíblicos para se quebrar a comunhão?
Não podemos ter comunhão com alguém que se diz cristão, mas tem uma conduta desregrada (Mt
18.15-17; 1 Jo 1.7;2.10; 11.11; 2 Ts 3.6). Em 1 Coríntios 5.9-13, temos uma lista de pessoas com as
quais não podemos nos associar ou ter comunhão.
 Cobiçoso - excessivamente desejoso, ganancioso.
 Idólatra - excessivamente afeiçoado a uma pessoa ou coisa.
 Escarnecedor - linguagem abusiva, zombador.
 Beberrão - alguém que bebe habitualmente.
 Extorsionário - que obtém algo de uma pessoa por meio de opressão ou abuso de autoridade.
 Fornicador – aquele que pratica relações sexuais ilícitas.
Não coma com eles!
Não se associe com eles!

g) Comunhão - a Mesa do Senhor

A ceia é a forma ordenada pelo Senhor para mantermos a comunhão do corpo. A mesa do Senhor
está profundamente relacionada à vida da igreja local. Quanto mais entendermos a mesa do Senhor,
mais seremos beneficiados por ela (Mt 26.26-29).
O que é a SANTA CEIA?
* Uma celebração que geralmente e realizada uma vez ao mês, onde estão presentes o corpo,
simbolizado pelo pão, e o sangue, simbolizado pelo vinho.
Porque ceiamos?
* porque Jesus ceiou.
* É um mandamento de Cristo.
* É um memorial
* Uma oportunidade de manifestar comunhão no corpo de Cristo.
* Anunciamos a morte do Senhor e declaramos nossa expectativa na sua volta.

1. Nomes dados à Ceia do Senhor


a. A Ceia do Senhor (1 Co11.20).
b. A Mesa do Senhor (1 Co10.21).
c. A Comunhão (1 Co10.16).
d. Outras designações incluem: “a eucaristia” e “o sacramento”.
2. Quem instituiu a comunhão?
a. O Senhor Jesus, na festa da Páscoa (Mt 26.17-19; Mc 14.22-26; Lc 22.15-20).
b. O Senhor Jesus também deu uma revelação distinta a Paulo, a respeito dessa ordenança. Eis o
que ele disse a respeito: “Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o
Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão...” (1 Co 11.23).

3. Quais sãos os símbolos usados na comunhão?


a. Mesa.(1 Co10.21; Lc 22.30).
b. Pão.(1 Co10.16; Lc 22.19).
c. Vinho – do fruto da videira (1 Co10.16; Lc 22.17-20).

4. Qual o significado desses símbolos?


a. Mesa: Lugar de amor e comunhão (Lv 24.5-9; Sl 23.5; Ap 3.20).
b. Pão:
 Representa o corpo de Cristo quebrado (Mt 26.26).
 Representa a Igreja – o Corpo de Cristo (l Co 10.16-17).
c. Vinho: Representa o sangue de Jesus, significando a nova aliança (Mt 26.27; 1 Co 11.25).

5. Quais são algumas ilustrações da comunhão no Velho Testamento?

a. Abraão recebeu a comunhão (Gn 14.18).


b. O corpo e o sangue do cordeiro pascal apontavam para a mesa do Senhor (Êx 12; Mc 14.12).
c. A mesa dos pães da proposição, no tabernáculo de Moisés (Lv 24.5-9; Êx 25.23-30; Nm 28.7).

6. Qual deve ser a nossa atitude ao nos aproximarmos da mesa do Senhor?


a. Com desejo de participar (Lc 22.14,15).
b. Em fé, crendo(Hb 11 .6; Rm 14.23).
c. Relembrando a morte de Jesus (1 Co11.24-25).
d. Com gratidão (Lc 22.17).
e. Como um Corpo (1 Co10.17).
f. Participando juntos (1 Co11.33).
 Do “pão que partimos”.
 Do “cálice que abençoamos”.
“O cálice de bênção que abençoamos, não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que par-
timos, não é a comunhão do corpo de Cristo?” (1 Co10.16).
Jesus, nosso grande Sumo-Sacerdote, instituiu a mesa, e nós, como sacerdotes, participamos
juntos.
Comunhão é um ato de repartir. Na Igreja Primitiva, os crentes repartiam o pão e bebiam do
cálice uns com os outros.
“E dia após dia eles regularmente reuniam-se no templo com propósito unido, e em seus lares
partiram o pão” (inclusive a ceia do Senhor). Participaram das refeições com alegria, simplicidade e
corações generosos. Constantemente louvavam a Deus e ganhavam favor e boa vontade de todo o
povo, e o Senhor continuava acrescentando (ao seu número) diariamente os que estavam sendo
salvos (da morte espiritual) (At 2.46,47 – Traduzido da Amplified Bible).

7. O que recebemos quando participamos da comunhão?


a. Para os que participam dignamente:
 Cura e Saúde (Mt 15.25-26).
 Vida e vivificação (João 6.54-57).
b. Para os que participam indignamente:
 Tornam-se réus do corpo e do sangue do Senhor (1 Co11.27).
 Comem e bebem juízo para si mesmos (1 Co11.29).
 Enfraquecem, adoecem ou morrem (1 Co11.30).
Compreendendo essa lição, seremos capazes de discernir devidamente (perceber com entendimento) a mesa
do Senhor.

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