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SOBRE O NATURAL DAS COISAS (de armas, abraços e canhões...

)
Aos alunos da última turma e ao Barão de Monjardim, com amor.

Os amores pagãos e os amores cristãos, herdeiros dos heróis, dos deuses, apóstolos, monges e
na sua convergência, é deles que partem, ou pelo menos através deles que passam as
vontades dos homens, no pensamento moral e ético da atualidade. É como se gregos e judeus
gritassem do passado e seus gritos ecoassem no novo mundo fazendo com que nós, filósofos
tupiniquins, assumíssemos o compromisso de transmitir suas mensagens ora renovadas.

Abrir as portas de um museu ou as páginas de um livro de História aqui no Brasil é embarcar


na prodigiosa aventura dos nossos ancestrais portugueses quando aqui estiveram e se
embebedaram, cantaram, riram, alegraram-se com os pequenos prazeres do mundo, que diga-
se de passagem, provocam paixões estonteantes.

É o velho amor em um mundo novo, onde as fronteiras entre nós e nossos vizinhos são
aplicativos e softwares a marcarem com o seu cunho os primórdios do futuro. Um estranho
destino que acompanhamos desde quando nascemos, aprendemos a ler e escrever e nos
apaixonamos pela vida até o dia em que presenciarmos a demissão do último professor que
ainda ousar insistir em trocar links e tablets por livros e tábuas.

Sob o nome prestigioso de uma família, está grande parte da história de uma cidade, das terras
que a cercam, dos homens que a habitam, mas também de meninos e meninas que à sua volta
também cantam, riem e alegram-se com os tais prazeres menores, tal qual seus ancestrais.

Assim nos confraternizamos e a alegria dos que nos antecederam deságua em nosso mar
interior. Provoca frêmito, confusão e nos eleva às altitudes incríveis de quem vê o mundo do
alto, como fazem os sábios. Acontecimentos políticos decepcionantes e situações econômicas
pouco favoráveis cedem às histórias de amor e paixão daqueles que merecem as honras de
quem veio antes.

Não somos sucessores nem merecemos títulos. Apenas carregamos na alma as mesmas
paixões, crenças e aventuras, conflitos e dramas. É da alma mesmo que parte a conquista do
mundo, é dela que avança o pé na estrada e é na alma que fica nossa armadura ainda que
desarmada.

Beijos na alma, soldados.

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