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Deixar que as crianças relatem suas vivências, o que dará ao monitor a oportunidade de saber sobre a
família de cada um. Chamar a atenção para as diferenças existentes entre as famílias de cada um.
Depois, complementar o assunto.
Após os relatos, os participantes devem desenhar gravuras de suas famílias, conforme os exemplos
comentados anteriormente.
Confeccionar o varal com a ajuda das crianças e expor as gravuras confeccionadas por elas.
Ouvir as respostas, complementando-as, se necessário, para reforçar o assunto da aula.
Nos momentos finais do encontro apresentar a ficha de autoavaliação e solicitar que os participantes
respondam de acordo com o que se pede. (Anexo 3) Comentar os resultados obtidos questionando as
crianças sobre o porquê de algumas atitudes serem muito difíceis e outras fáceis, levando-os a pensar e
analisar sobre as razões.
Paulinho, um menino de 14 anos, pensava que viver com sua família era muito chato.
E consigo pensava:
Mamãe está sempre pedindo para eu guardar a roupa e os sapatos; papai não pára de
dizer que é importante estudar; minha irmã mais velha está sempre a me chamar para
fazer a tarefa escolar; meus irmãos querem jogar bola e eu só gosto de brincar com a pipa.
Acho melhor viver sozinho. Vou-me embora desta casa! Só assim posso fazer o que eu
quero, na hora que eu quiser.
Assim, Paulinho fez a sua trouxa — uma camisa e uma calça — e resolveu procurar um
local para viver sozinho.
O menino chegou à cozinha e disse para sua mãe:
— Vou embora, quero viver sozinho.
— Filho, viver sozinho não é fácil!... disse a mamãe.
— Não se preocupe, mamãe, vou saber como me cuidar. Adeus!
A mãe deixou que ele se fosse, pois só assim ele entenderia como é importante ter uma
família e além disso, ela sabia que antes do anoitecer ele estaria de volta.
Paulinho começou a andar... andar em busca de um local para ficar, mas nenhum lhe
parecia confortável. Mesmo assim ele continuou procurando.
Depois de muito andar, começou a sentir fome. Lembrou-se do leite quentinho e do pão
que sua mãe lhe oferecia pela manhã.
Mas dizia consigo mesmo:
— Vou encontrar o meu lugar... e andou... andou.
De repente, tropeçou em uma pedra e machucou os joelhos.
Quis chorar, mas lembrou que estava sozinho e não tinha ali o papai para cuidar do seu
ferimento.
Mas, mesmo com fome e os joelhos machucados, achava que poderia morar sozinho,
longe de todos.
Andou mais um pouco e avistou alguns meninos brincando.
Aproximou-se e perguntou:
— Posso brincar com vocês?
Os meninos pareciam não enxergá-lo, pois sequer responderam à sua pergunta. Paulinho,
nesse momento, lembrou-se dos irmãos que o tratavam com carinho e até faziam pipas
coloridas para ele brincar.
Sentado numa pedra, sentiu sede, lembrou-se então, de sua irmã, pois era ela quem lhe
dava água fresquinha quando tinha sede. Precisava fazer algo!
Avistou uma casa e resolveu ir até lá pedir um copo d’água. Bateu palmas...
Uma senhora veio atendê-lo.
— O que você quer, menino? perguntou-lhe.
— Pode me dar um copo d’água, por favor?
A senhora chegou bem perto de Paulinho, para observá-lo melhor e disse:
— Pobre menino, tão novo e sem família! Você vive nas ruas? perguntou curiosa.
Paulinho não soube responder.
Gaguejou... gaguejou, mas não sabia o que falar, pois ele não queria viver nas ruas, já que
tinha uma família.
De seus olhos começaram a escorrer duas lágrimas, que anunciavam o desejo de voltar
para casa e a saudade de seus familiares.
Nesse momento, notou que a noite se aproximava e, além da fome e da dor nos joelhos
machucados, sentiu medo de passá-la sozinho, ao relento.
Num grande esforço, andou... andou bem depressa... até alcançar sua casa.
Lá chegando, surpreendeu a todos, quando os abraçou e disse:
— Este é o melhor lugar para se morar e esta é a melhor família!...
Depois, foi tomar banho, vestir roupas limpas, cuidar dos joelhos machucados e saborear
a deliciosa sopa que mamãe acabara de servir. Paulinho não cansava de repetir:
— Como é boa a nossa casa! Como é boa a minha família!
ANEXO 2 RECURSO DIDÁTICO
VARAL DIDÁTICO
Material:
Este recurso consiste em esticar o fio entre dois pontos, fazendo, assim, o varal.
Pode-se usar colunas (ilustração 2), troncos de árvores (ilustração 3), puxadores de portas
ou janelas, pregos ou duas cadeiras em distâncias adequadas, para se prender o fio.
O material deve ser exposto em sequência lógica, à medida que a história vai se
desenvolvendo.
ANEXO 3 ATIVIDADE DIDÁTICA
FICHA DE AUTO-AVALIAÇÃO
3 – Ser disciplinado.
7 – Respeitar os colegas.