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I CONGRESSO DOS TEMPLOS DO AMANHECER DE MINAS GERAIS

TEMPLO DE IPATINGA – 14 A 16 DE AGOSTO DE 1998


TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 1

ORDEM ESPIRITUALISTA CRISTÃ


VALE DO AMANHECER

Dia 14 de agosto - Sexta-feira – Congresso Intensivo

14:30 h – Início da primeira palestra


– Local: Radar;
– Palestrante: Trino AJARÃ – Mestre Gilberto Chaves Zelaya;

Abertura, com Emissão e Canto do Trino AJARÃ.

Salve Deus meus irmãos e meus Mestres.

Lá por volta de 1954, nossa Mãe e Mentora teve o seu primeiro processo
mediúnico, e nós éramos então muito Católicos, mas no Catolicismo nós não
encontrávamos a solução para o Desenvolvimento da Mediunidade.

Não conhecíamos nada de Doutrina, de Espiritismo, muito pelo contrário, o


Espiritismo para nós era visto de uma forma, uma coisa “do cão”, não é? E nós
vivíamos nesse período em Itumbiara, Goiás.

Quando então uma pessoa que tinha conhecimento de Doutrina, ou de


Espiritismo, me falou que Mamãe estava “com espírito”, e eu, o irmão mais velho, não
aceitei definitivamente, preocupado justamente com uma coisa, agredindo uma coisa
que nem mesmo conhecia. E então, nossa Mãe ficou por mais de doze dias em coma,
com junta médica, e passou aquela fase.

E novamente em 1957, a coisa realmente desabrochou. E então uma pessoa,


Mamãe mexia com caminhão, nós tínhamos muitas pessoas em nossa casa, e uma
pessoa me disse:

“ – Beto, a tua mãe, a tua mãe está com espírito!”

Mas eu já havia chamado um médico, e ele então nos passa a informação de que
Mamãe estava desencarnando. E aí veio o dilema, não é?

Ou assistir sentado ali o desencarne, ou então partir para uma coisa que nós
entendíamos que não era boa. Então eu optei para o desenvolvimento de Mamãe. E foi
uma peregrinação muito grande!
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Eu estou contando isso, não com o intuito de projetar Tia Neiva, porque Ela não
precisa disso, muito menos pra mostrar pra vocês a minha convivência com minha
Mãe, porque é desnecessário, não é? Mas preocupado com meu irmão
DOUTRINADOR, e exatamente quando nós comemoramos os quarenta anos da
chegada do DOUTRINADOR, eu gostaria de deixar essa peregrinação, esse exemplo,
que nossa Mãe teve que passar.

Então, nós saímos procurando um lugar, uma coisa Espírita pra nós, que Ela
pudesse Desenvolver. Fomos a Campo Limpo na época, Ela não gostou, não por
conhecimento, já naquela época Ela era contrária a essa coisa de proibição, de que “é
proibido”, “não é permitido”, não é?

A Recepção se faz presente aqui, e sempre foi um termo que Mamãe nunca usou
dentro da nossa Doutrina.

Eu via, um dia chegando a um... eu não sei, talvez um Terreiro, não é? No


Núcleo Bandeirante, nesse período o Pai Seta Branca... aliás, me desculpem. Quando
essa pessoa disse que Mamãe estava “com Espírito”, que eu autorizei, imediatamente
ele começou então a manipular.

Incorporou uma Entidade por nome IDALINA, e num processo de Catequese,


começou a contar a sua encarnação num determinado país, aonde ela sobrevivia como
paraplégica, vendendo flores.

Eu gostaria de chamar a atenção de vocês para a Humildade, a Simplicidade de


um Espírito de Luz. Essa IDALINA, mais tarde nós viemos saber que era MÃE YARA!

MÃE YARA, ESPÍRITO DE LEI, se submeteu para que nós pudéssemos ser
Cetequisados, e chegássemos até aqui onde nós chegamos, não é?

E eu passei então a ter dó, a ter pena daquele Espírito coitadinho, daquele
Espírito paraplégico, que sobrevivia vendendo flores com tantas dificuldades.

Mais tarde veio a incorporação de um “CACIQUE SETA BRANCA”, e falando um


Castelhano bem difícil de ser entendido. Pra nós que não conhecíamos, eu entendia
que, pela falta então do nosso conhecimento, a Entidade que estivesse ao nosso lado,
teria que ser uma Entidade também sem conhecimento, teria que ser uma Entidade tão
tola como nós.

Então, o CACIQUE SETA BRANCA, indo a esse lugar, esse Terreiro, ele
incorpora. Incorporou, e todas as Entidades, ou quase todas, começaram a rir de PAI
SETA BRANCA.

E eu ali envergonhado, de nos apresentar com aquele Índio bobo, aquele Índio
que não sabia falar, não é? Quer dizer, que coisa horrível, aquele Índio não poderia
nunca incorporar, porque esse Índio é um bobão...E todos riam!

De repente, nós voltamos lá na semana seguinte, e aquele Terreiro já não existia


mais...
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E nós ficamos no prejuízo. Mas hoje, hoje vocês observem, eu quero dividir com
vocês essa minha experiência, como outras, vamos imaginar juntos porque Entidades
ali presentes tiveram a coragem vamos dizer assim, de rir do SIMIROMBA DE DEUS,
DO NOSSO PAI SETA BRANCA!

Então eu aprendi, eu aprendi que os melhores Médiuns de Incorporação deste


planeta estão nesta Doutrina, que a Voz Direta do Céu se encontra nesta Doutrina!

Eu pude entender que naquele local, os Médiuns descompromissados de


Juramento, descompromissados de Consagração, quem fizesse melhor o seu teatro, o
seu palquinho, era quem estabelecia a regra do jogo. Mas na semana seguinte já não
existia mais!

Hoje conhecendo o PAI SETA BRANCA, o SÉTIMO DE NOSSO SENHOR


JESUS CRISTO, não é? Que muitos dos senhores e das senhoras O recebem aqui na
terra.

Então eu vim a saber o porque da chegada do DOUTRINADOR, justamente para


preservar esta grandeza que nós temos ao nosso lado, que é um APARÁ sob
juramento, um APARÁ sob uma Consagração, um APARÁ consciente, e principalmente
um APARÁ com um DOUTRINADOR, não um “Cambono” ao seu lado.

Hoje meus irmãos, nós temos nestes APARÁS Benditos, todas as condições
necessárias para estabelecermos, sob a proteção da Corrente Mestra, esse
intercâmbio com os Planos Espirituais.

Gostaria neste instante, de alertar ao DOUTRINADOR, principalmente depois da


ausência de nossa Mãe, vejo com tristeza em muitas ocasiões, DOUTRINADORES se
passando por “CAMBONOS”. Não que eu tenha nada contra o “Cambono”, mas não é
a nossa missão.

Eu gostaria de ver, quando necessário for, uma Elevação de um pseudo Preto


Velho num Trono, isso está acabando entre nós! E muitas vezes em nenhum momento
eu vi, convivendo quarenta e tantos anos nesta Doutrina, eu vi uma mistificação de um
APARÁ!

Mas tive oportunidade de conviver em muitas ocasiões, inclusive no Sétimo da


Clarividente, incorporado Nela mesma, a mistificação de um Espírito! Isso é possível!

Muitas vezes num Trono, o cobrador chega primeiro, ou o “zombeteiro” chega


primeiro, e lá está um DOUTRINADOR, no mais perfeito descaso, não é? E às vezes
concorda com tudo.

A nossa missão, a missão do DOUTRINADOR, é anteceder os fatos. Aconteceu...


virou manchete... Não é Cunha?

E muitas vezes, eu gostaria que vocês Instrutores observassem com mais


atenção. Que respeitassem estes APARÁS Benditos, e repito, são os melhores deste
planeta, eu desafio.
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 4

Vocês sabem disso, que muita gente isso foi motivo de tantos saírem da Doutrina,
porque a pessoa de outra doutrina chegou, e começou a estabelecer experiências com
pessoas sem nenhuma cultura, contudo, era a Voz Direta do Céu.

Então fica aqui, meus irmãos, meus Mestres, essa preocupação, de que nós
DOUTRINADORES venhamos a preservar nesse nosso Sacerdócio, dentro dessa
nossa missão específica, de tomar iniciativas quando houver necessidade. Isso não
está acontecendo! E a grande preocupação de nossa Mãe, foi que nós não nos
tornássemos um robô místico.

Não concordo sob hipótese nenhuma, e se me fosse possível citar nomes, com
incorporações fora do Templo. Eu não acredito e não aceito! Porque eu não faço pra
mim, eu me considero um Doutrinador e um Mestre feliz nesta Doutrina.

Todos esses valores vieram para serem manipulados sob a proteção da nossa
Corrente Mestra. Fora disso nós estaremos sujeitos a todas as intempéries, a todas as
dificuldades, não é? E eu gostaria muito que vocês pensassem bastante, porque os
Trinos já tomaram essa medida, já alertaram neste sentido ali no Templo-Mãe.

E como se não bastasse, nós formamos então um ponto em nossa residência, e


todo dia, naquela hora, alguém vem buscar, e vocês sabem disso! Eu gostaria muito
que, nesse momento em que estamos comemorando quarenta anos, que nós
ficássemos mais atentos e mais alertas.

Eu acho que agora, no momento em que a Doutrina vive o seu ápice, a nossa
Doutrina nunca esteve tão bem como agora, o nosso Templo-Mãe, a harmonia já se faz
presente em nosso Templo-Mãe, e nós já temos na nossa dependência, daquela Usina
Maior, por mais que nós venhamos a crescer, por mais que nós venhamos a construir,
nunca chegaremos a dez por cento daquela Usina, não é?

Mas eu gostaria de lembrar a vocês, que pelo fato de ainda não existir o
DOUTRINADOR, o “teste” de minha Mãe, muitas vezes, para que pudessem saber se
Ela estava ou não incorporada, Ela foi queimada com toco de cigarro! Muitas vezes
enfiavam agulhas, pra saber se Ela estava incorporada!

E eu tenho certeza meus irmãos e meus Mestres, acabava uma incorporação, e


Mamãe estava queimada na perna, alguém encostava ali um toco de cigarro, alguém
encostava uma agulha...

Mas hoje você, meu irmão Doutrinador, que tanto aprendeu, que pisa hoje Seus
rastros, que aqueles que aflitos vos procuram, os cegos, os mudos, os
incompreendidos, terão por parte do Doutrinador DOUTRINADOR, todo o carinho
necessário, não é?

E hoje, se um dia TIA NEIVA tiver que encarnar-se de novo, não precisaria ser
furada com agulha, com um toco de cigarro.

Então meu irmão, a maior Lei de Auxílio que existe na face da terra, é o
DESENVOLVIMENTO!
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Pra mim, a esmola é um desencargo de consciência, mas dentro do processo de,


atendendo a um Mentor, quem passa lá pela Darman-Oxinto e chega até nós
Instrutores, a recomendação para conduzir aquele Ser Humano já todo “quebrado”.

E você, com Amor, com o Amor da nossa Doutrina, com o Amor do Simiromba de
DEUS, com o respeito que nossa Mãe nos ensinou, com o Amor que a nossa Mãe
sempre teve, você então vai refazer aquele Ser Humano, vai devolver àquele Ser
Humano a Fé em DEUS!

E então, naturalmente, ao invés de um trocado, ao invés de uma esmola, quando


ele encontra DEUS, naturalmente encontrará as soluções para suas dificuldades.

E de repente você Instrutor, consegue chegar com esse Espírito até o Salão
Iniciática, dando a ele uma Iniciação no Espírito.

Então, nós temos tudo meus irmãos, temos tudo, tudo, tudo, tudo, tudo, e tem
muito pouco tempo que a nossa Mãe partiu, pra que a gente já venha a mudar o roteiro
e a missão do DOUTRINADOR, não é?

Hoje a nossa Doutrina vive o seu melhor momento, graças a DEUS o meu irmão,
o meu amigo, o TRINO ARAKÉN retorna, retorna companheiro, retorna amigo, retorna
sensível a tudo, estamos tomando medidas para adequar ao crescimento que muitos
dos senhores Presidentes vêm provocando, não é?

Mas, eu quero deixar aqui registrada a minha preocupação. Esse é o primeiro


passo, um passo que neste instante estamos sendo conduzidos pelo Grandioso
Ministro NARONE, mas se nós continuarmos neste caminho, chegará o dia então que
nós seremos um Ministro só, um Adjunto só, um DEUS SÓ, e principalmente um só PAI
SETA BRANCA, não é?

Eu entendo que essa Unificação, que esse primeiro passo, e para se caminhar mil
milhas tem que se dar o primeiro passo, e é com orgulho, com um orgulho muito
grande, pois quando fui consagrado para Coordenar Templos, eram doze Templos,
todos em conflito, todos enfrentando todo tipo de intempéries, de dificuldades, eu
ofereci à minha Mãe cento e oito Templos, hoje já somos duzentos e cinqüenta e sete.

Já estamos abrindo um Templo na cidade de Nagano no Japão. Já estamos


movimentando um trabalho a nível da Bolívia, e já somos, não é? O Pai Seta Branca já
dispõe na terra de duzentos e cinqüenta e sete Pontos Vibracionais.

Mas nada disso teria acontecido e não foi só vitória minha, se não fossem os
meus irmãos DEVAS, o Mestre TUMARÃ, que me apoiaram, que me ajudaram, para
que nós pudéssemos concluir a missão de nossa Mãe, que foi o ponto alto desses
treze anos.

E a missão dessa Tribo Tupinambás, como representante de Koatay 108 na terra,


levar sim esta Doutrina aonde houver necessidade.

Parabéns meus irmãos Presidentes, porque vejo em cada um dos senhores o


exemplo vivo do trabalho que só mesmo minha Mãe foi capaz.
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Parabéns meus irmãos que se deslocaram de tão longe, para compor conosco
este Congresso, mas, repito, o objetivo desse Congresso é a esperança de que
amanhã, seremos um povo só, teremos um só PAI SETA BRANCA.

Muito obrigado por esta oportunidade na terra.

Salve Deus!

Gilberto Chaves Zelaya – Trino Ajarã


Palestrante

Marcos Antônio de Souza – Adj ANORO


Transcritor
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ORDEM ESPIRITUALISTA CRISTÃ


VALE DO AMANHECER

TRANSCRIÇÃO DE PALESTRA COM O 1º AJANÃ – MESTRE GUTO

Salve Deus!

Bom, em primeiro lugar eu peço desculpas, porque eu não estou muito habituado
ao microfone. As minhas reuniões lá no Vale do Amanhecer, lá no Templo-Mãe é
assim, na voz direta, tá? E, como eu não estou muito habituado com a eletrônica ainda,
eu peço aos senhores e às senhoras, qualquer falha, qualquer problema que vier a
ocorrer, vocês podem, se não entenderem podem perguntar, que a gente vai tentar
responder à altura do que vocês quiserem.

Bom, o Joaquim Alves, realmente ele me conheceu vivendo ao lado da Tia Neiva.
Só que, viver ao lado da Tia Neiva, lógico não era só eu, havia todo um processo,
havia praticamente uma quantidade enorme de Médiuns que viviam em função Dela,
pra que Ela tocasse a Doutrina Dela com a maior tranqüilidade possível.

Não fui só eu que tive a oportunidade de viver ao lado de Tia e aprender, vários
outros AJANÃS também, aqui nós temos hoje o Moacir, temos o Jacó, que viveram
também de perto esse processo.

Viver ao lado de Tia, como o Joaquim Alves (Adjunto NARONE) pediu que eu
falasse um pouco, viver ao lado de Tia não era tão fácil como se imagina que era. E
também não tínhamos tanta oportunidade de conversar com a Tia quanto acham
também que nós tivemos. Mas, de uma maneira ou de outra eu concordo com ele
numa coisa, em gênero, número e grau: Foi gratificante! Foi maravilhoso!

As oportunidades vividas dentro da Casa Grande, as oportunidades vividas em


termos de fenômenos, as oportunidades vividas em termos de aulas, de conversas, as
oportunidades vividas no silêncio, principalmente no silêncio.

Eu acredito que a gente aprendia mais com a Tia observando, ouvindo, do que
perguntando excessivamente. Mas, de qualquer maneira, eu tive realmente essa
oportunidade. Ela me valeu na minha estrutura da minha vida, totalmente, emocional,
mediunicamente falando, espiritualmente falando, soube corrigir, por intermédio Dela,
uma série de problemas que nós principalmente, Médiuns de Incorporação temos,
pelos nossos próprios atritos e conflitos internos, que muitas vezes a gente não
consegue chegar num Doutrinador pra falar, e às vezes, quando conseguimos, a
explicação dele às vezes não bate dentro daquilo que nós estávamos esperando,
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porque ele também não conhece o processo. Mas a gente, muito educadamente a
gente fala tudo bem, mas ficou faltando alguma coisa.

E essa “alguma coisa”, nós que vivemos ao lado da Tia conseguimos solucionar
uma série delas. E embora, infelizmente o tempo que me foi dado aqui é curto pra falar
sobre vários assuntos.

Mediunidade de Incorporação realmente é um negócio extremamente complexo, é


complexo. E cada Médium de Incorporação é um mundo diferente, é uma situação
diferente, é uma Mediunidade diferente. Se aqui estiverem cinqüenta Médiuns de
Incorporação, são cinqüenta incorporações totalmente diferentes uma da outra.

Por isso que às vezes, até um Médium de Incorporação quando vai conversar um
com outro sobre um certo fenômeno que ele sentiu, ele às vezes até também se sente
decepcionado, porque o outro não está vendo ou sentindo daquela mesma maneira.
Então, é um processo único no mundo, não tem como fazer comparações de um Ajanã
ou de uma Ninfa Lua com outra.

O Doutrinador pela própria consciência, pela própria Mediunidade dele, ele tem na
sua Emissão, ele tem a sua força, ela é uma faixa contínua, ela é uma linha reta, ela é
infinitamente reta.

A nossa, nós Médiuns de Incorporação não, a nossa força, a nossa Emissão, a


nossa sintonia, ela oscila funciona como ondas, ela é isso aqui. Por isso que, às vezes
a gente amanhece sorrindo para as paredes, e daqui a meia hora a gente tá “cuspindo
marimbondo” tá?

Agora, a maneira de controlar isso, o quê que vocês acham, principalmente o


Médium de Incorporação? Há maneira de controlar isso? E vocês sabem controlar
isso? Vejam bem, a Mediunidade de Incorporação, a Tia Neiva partia de um princípio
que é o seguinte:

O Doutrinador, ele sempre sabe a Entidade que está com ele. Porquê? Porque se
ele fala, lógico, dentro de uma consciência, por exemplo: “A PRINCESA JANAÍNA
ESTÁ AQUI COMIGO”, Ela está! Ela pode estar lá do outro lado, mas Ela chega
imediatamente, então passa a estar.

O Apará não! Nós nunca podemos afirmar quem está com a gente aqui. É um
Preto Velho? É um Caboclo? É um Médico? É um Sofredor? Não temos essa condição!

Tanto que ocorre até muitas vezes do Doutrinador sentir a presença de um


Espírito Sofredor muito antes de nós que somos Médiuns de Incorporação, e somos
considerados “Sensitivos”.

Bom, pela lógica, essa presença primeiro deveria ser nossa, não é isso? Mas em
geral isso não ocorre. Se houver um Doutrinador ao lado, lógico, se ele também estiver
em sintonia, primeiro é ele que vai perceber.

Porquê? Porque cabe a ele proteger o Médium de Incorporação. É função dele! O


Espírito quando vai atuar no Médium de Incorporação, ele já chega causando algum
transtorno, ele simplesmente não somente se faz presente, ele já chega causando
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algum transtorno, ele pode até, dependendo do Aparelho, provocar uma incorporação,
como pode causar uma grande dor de cabeça. Ele já chega causando alguma situação
adversa para o Aparelho.

Então, é uma Mediunidade que, se nós fôssemos entrar nela profundamente, eu


garanto pra vocês que dez dias seriam poucos. Porquê? Porque além da complexidade
da Mediunidade em si, teria a complexidade da incorporação de um Preto Velho, a
complexidade da incorporação de um Ministro, de um Cavaleiro, do Caboclo, do próprio
PAI SETA BRANCA, de MÃE YARA. São incorporações que nada tem a ver uma coisa
com a outra.

Falar sobre Apará, aliás, falar sobre Médium de Incorporação, Apará, Mestre Lua,
Ajanã e 5º YURÊ, também é um assunto extremamente complexo. Porquê? Porque pra
mim explicar isso pra vocês, eu teria que pegar a história do Médium de Incorporação,
a história do Mestre Lua, os porquês do Mestre Lua, os porquês do AJANÃ.

E isso nós teríamos que retornar, pra vocês terem uma idéia, a antes de JESUS!
Então, eu vou tentar dar uma explicação que, lógico, ela é extremamente básica, ela
não vai atingir, pelo próprio tempo que não permite, ela não vai atingir o âmago da
situação real, mas acredito que deixará um pouco mais esclarecida alguma dúvida que
possam ter em relação a essa situação.

Bom, partindo do princípio do Médium de Incorporação, o quê que é o Médium de


Incorporação? O Médium de Incorporação é aquele Aparelho que incorpora, mas que
ele ainda não tem o domínio, aliás, ele além de não ter o domínio das forças, ele é
considerado, a força que ele manipula é Força Pagã, ou seja, ele além de ser um
Médium que fica sujeito às forças, ele não tem um controle real sobre essas forças, ele
ainda por cima manipula uma Força Pagã, ou seja, ela não é Força Iniciática.

“ – Ah, o Médium fulano de tal fez a cabeça lá no centro tal...” Tudo bem, ele
recebe a força dele, mas ela é dentro do padrão dele. Ele pode fazer muita coisa?
Pode, inevitavelmente pode. Mas, de qualquer maneira ele é limitado. Porquê? Porque
a força que ele usa, ela é pagã. A de vocês Médiuns de Incorporação principalmente,
não.

O Apará, o quê que é o Apará? O Apará, ele vem especificamente, apesar do


Médium de Incorporação também vir nesta Linha, mas especificamente ele vem na
Linha de NOSSA SENHORA, tá? Mas ele já chega a caminho de absorver em seu
plexo a CORRENTE INDIANA DO ESPAÇO e as CORRENTES BRANCAS DO
ORIENTE MAIOR.

Ele está se preparando como Apará, para receber essas duas Raízes, tá certo?
Então, ele faz a Iniciação, depois do Desenvolvimento, ele continua com a Força de
Apará, ou seja, a caminho de receber em seu Plexo as forças, ou as Raízes Africanas
principalmente.

Tá dando pra entender mais ou menos?

Bom, ele seguindo a jornada dele, ele vai se tornar o quê? Ele faz a Elevação, e
logo em seguida ele faz a Centúria. Então ele passa a ser o quê? Um Mestre Lua.
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Olha gente, quando eu estou falando AJANÃ, eu estou me referindo também à


NINFA LUA, Ninfa Lua é AJANÃ, certo?

Então, ele passa a ser um Mestre Lua. Então, ele começa a adquirir determinados
direitos de manipulação, e ele começa também a adquirir a sua personalidade
mediúnica, passando ele, Mestre Lua, a começar a dominar as Forças que lhe regem.
Fui claro nisso?

Bom, o passo seguinte, ele vai ser o quê? Um AJANÃ. Quando ele chega a essa
estrutura de AJANÃ, não há uma Consagração de AJANÃ, é quando ele começa mais
ou menos a fazer ao Centúria, até antes da Consagração de 5º YURÊ. Esse processo
AJANÃ permanece.

Porquê AJANÃ? Porque ele deixou de ser Médium de Incorporação, está


deixando de ser Mestre Lua, e, como AJANÃ, está se colocando à caminho do 5º
CICLO, que é o quê? O 5º YURÊ.

Como esse 5º CICLO nós realmente nunca saberemos quando ele fechará, ele
continuará AJANÃ, embora com o curso de 5º YURÊ. Tá claro isso?

Então, ele passa a ser um AJANÃ nesse intervalo, tá certo? Até que ele vai fazer
o Curso de 5º YURÊ, e recebe aquele Radar, que alguns dos senhores já tem aqui, e
faz a sua Consagração. Então, ele se tornou um 5º YURÊ, ou seja, ele passou pelos
cinco processos, tá? Médium de Incorporação, Apará, Mestre Lua, AJANÃ e 5º YURÊ.

5º YURÊ, cinco etapas que ele cumpriu, tá certo? Ou seja, quando ele se
consagra um 5º YURÊ, que também é o mesmo processo da Ninfa Lua, quando ele se
consagra 5º YURÊ, foi dada a ele o quê?

A oportunidade, a condição necessária para que ele tenha o domínio das Forças
dos Espíritos Sofredores ou não. A responsabilidade da Incorporação, ou, melhor
dizendo, a responsabilidade da Comunicação é do Apará.

Eu tô certo quando eu falo que é do Apará? Olhem, o Doutrinador, ele tem o


controle real, total, de tudo que ocorre dentro dos Templos do Amanhecer. De tudo! A
responsabilidade direta realmente é dele, isso é inegável.

Agora, nós Médiuns de Incorporação podemos ajudá-lo. Porque nós adquirimos


uma consciência dentro de um processo, que a gente pensa da seguinte maneira, lá no
Templo-Mãe pelo menos ocorre isso.

Bom, eu sento ali no Trono, qualquer coisa o culpado é o Doutrinador mesmo, a


responsabilidade é dele, não é minha...

E a coisa não é bem assim. Um Espírito que incorpora em qualquer um de nós


Aparás, repentinamente, eu estou aqui conversando e eu incorporo um Espírito.
Necessariamente ele não precisa fazer comigo o que ele quer. Além da consciência, foi
dada a ele (Apará) as forças necessárias pra ele neutralizar aquilo ali, pelo menos a
violência daquele Espírito, ou alguma outra situação mais agressiva.
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 11

A interferência, é um assunto que nós estamos brigando até muito lá no Templo-


Mãe, como é que surge a interferência? Algum de vocês sabe como é que surge a
interferência de um espírito sofredor?

Salve Deus!

Vocês observem como o assunto é polêmico, olhem quantas opiniões foram


dadas diferentes umas das outras, tá certo?

Agora, vejam bem, aí teremos que separar uma situação, precisamos ser até bem
claros nisso, o quê que é uma interferência de um Espírito Sofredor?

Bom, antes de mais nada, prestem bem atenção nisso, antes de mais nada eu
quero deixar claro, em nome de PAI SETA BRANCA que a Interferência de um Espírito
Sofredor só ocorre, vou repetir, a Interferência de um Espírito Sofredor só ocorre por
uma cobrança, por um reajuste.

Agora, vejam bem, eu não sei se vocês sabem, tudo que se refere a reajuste de
Espíritos Transcendentais, nenhuma Entidade de Luz da nossa Doutrina põe a mão na
frente para atrapalhar, nenhuma! Prestem atenção.

Mas mesmo sendo uma cobrança, ela pode ser evitada essa Interferência lá nos
Tronos? De que maneira?

Essa Interferência, ela pode ser evitada sim, com certeza, ela pode ser evitada
sim. Agora, vai depender de quem? Dos dois. Porquê? Eu vou explicar o porquê.

O Médium quando ele se propõe, seja ele Apará ou Doutrinador, quando ele se
propõe a ir para os Tronos, para atender um, ou dois, ou três, ou dez pacientes, ele
tem que se convencer de uma coisa: Ele tem que se colocar apto para aquela situação.

Como é que ele se coloca apto? Bom, nós temos muitos Médiuns que ficam lá
fora, conversam lá uma hora, de uniforme, xingam o Fernando Henrique que não deu
aumento, e tal, falam não sei de quem, daqui a pouco ele entra no Templo, chama o
outro que estava conversando com ele lá na lanchonete, vão direto pra Pira, fazem a
Preparação, saem da Preparação e vão direto para o Trono. Acabou.

Esse casal, esse par de Médiuns “dançaram”, a probabilidade deles “dançarem” é


de noventa e nove virgula nove por cento.

Agora, quer evitar a Interferência? Ou melhor, diminuir o risco em até noventa e


nove por cento? Cheguem no Vale do Amanhecer pra trabalhar Espiritual! Chegue e
ponha seu Uniforme pra trabalhar Espiritual. Vão pra Pira, façam suas Preparações, vá
para o Castelo do Silêncio, cumpra o Ritual, se preparem direito. Se possível passe na
Mesa Evangélica, que às vezes até, numa emergência, não dá tempo, mas é bom
passar.

Escolham o Doutrinador que vocês vão trabalhar, não pensem vocês que o
Doutrinador não escolhe o Apará que ele vai trabalhar não, que ele escolhe! Porquê?
Porquê ele está se resguardando!
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 12

Olhem, vocês precisam compreender que é muito difícil por exemplo, numa
conversa dessa que nós estamos tendo aqui, é muito difícil, ou praticamente impossível
todos entenderem da mesma maneira, correto?

Eu estou falando “A”, alguém vai entender “B”, o outro vai entender “C” e vai
contar para o outro que falei “D”, porquê? Porque não tem como concentrar, são
Individualidades. Então, é a Individualidade que se coloca à disposição de ouvir ou
não.

Então a Interferência, ela pode ser evitada, não só pelo Doutrinador, não só pelo
Aparelho, mas por ambos.

Aquela Ionização que é feita do Doutrinador quando vocês sentam no Trono, ele
está ligando o Plexo dele à Aura de vocês, ou seja, ele está Ionizando a sua Aura,
justamente pra diminuir a possibilidade da chegada de um Espírito Sofredor.

Agora, prestem muita atenção, eu vou repetir, Espírito Sofredor só interfere no


caso de Cobrança. Tem muita gente engolindo gato por lebre aí. E cobrança não é feita
todo dia, nem toda hora, nem todo momento não, ah, se a gente pudesse passar
cobradores na hora que a gente quisesse, era bom demais, a gente já não estava mais
aqui, não é?

Então gente, é um negócio, que é muito fácil o Doutrinador sair do Trono e


apontar o Apará que foi mal na sua Comunicação. Como também é muito fácil para
Apará sair do Trono e apontar o Doutrinador que foi mal na sua Doutrina, não é o
objetivo, não é o objetivo!

O objetivo é união. Porque vocês têm que ver uma coisa, vocês têm aí o “X” da
multiplicação, então, quando vocês se mediunizam, quando vocês incorporam
principalmente, essa Força, ela se multiplica numa velocidade tão grande, que ela seria
mais ou menos setenta vezes sete, vezes setecentos, vezes sete mil, vezes setenta
mil, e por aí afora.

Conseqüentemente chegaria um ponto que nós Aparás não teríamos mais como
sustentar esta força, porque ela está gigantesca. Por isso entra o Doutrinador e divide,
ele divide aquilo e nos dá a condição necessária de manter esse nosso trabalho. Então,
o quê que ocorre? Um depende do outro.

Salve Deus!

Gente, olha, volta-se àquele ponto inicial, a Mediunidade de Incorporação ela é


extremamente complexa, certo? Levanta o dedo aqui, qual é o Médium de
Incorporação inconsciente que nós temos aqui, vejam bem, nenhum! Porquê?

Porque PAI SETA BRANCA em momento nenhum queria que nós fôssemos
joguete das Forças, em momento nenhum PAI SETA BRANCA queria que nós
fôssemos apenas um instrumento. O quê que o PAI SETA BRANCA queria além disso?
Que nós participássemos juntos. O quê que Ele queria?

Ele não queria aquele Médium que desincorpora, abre os olhos, olha lá e fala
assim: o quê que eu fiz? Porque ele não lembra de nada. Ele queria o quê? Que o
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 13

Apará também tivesse a sua responsabilidade. Ele queria o quê? Que o Apará também
auxiliasse o trabalho que estava se propondo a fazer.

Agora, existe ai a consciência de cada um de nós. Dentro desta consciência é que


está a nossa grande Evolução, mas também o nosso sinal vermelho.

Se o paciente chega lá e fala: “Meu Pai, o médico disse que minha mulher vai
morrer, tá lá no hospital, e o médico disse que ela vai morrer em quarenta e oito
horas...”

Vamos supor que vocês tenham a confirmação dessa resposta, vai morrer
realmente em quarenta e oito horas. Vocês falam isso para o paciente? Não, então
vocês têm o domínio da comunicação!

Se vocês dominam a comunicação de uma Entidade, vejam bem, se vocês


dominam a comunicação de uma Entidade, tá aí, aí entra a responsabilidade do Apará.
Sai da boca de vocês o que vocês querem que saia, não é tudo que a Entidade vai
dizer que vai ser falado ao paciente ou a quem está ouvindo não, tem que ser filtrado, e
muito bem filtrado.

Vocês prestem atenção que, quando vocês fazem a Elevação, vocês recebem a
placa aí, “Mestre Lua Fulano de Tal”. Antes da Elevação era “Pai”, ou “Mãe”, ou “Vovó
Fulano de Tal”. Isso aí, eu não sei se vocês compreendem a extensão disso, desse
Mestrado, nada mais nada menos, colocou vocês como responsáveis legítimos por
tudo que se passa dentro de suas Incorporações!

Olha, se for interferência do Carma, como se está falando, se ele estiver bem
preparado, porque o quê que é um Médium bem preparado? É um Médium dentro da
sua Individualidade, ele na Individualidade dele, podem ter certeza, nada, nada,
absolutamente nada o afeta. Atingir essa Individualidade, o quê que vocês acham, é
difícil? Porquê o silêncio? Ninguém acha que é difícil ou que é fácil?

Gente, vocês prestem atenção em uma coisa, a nossa Doutrina, ela é Ciência.
Eu, no meu entender, eu acho até que se engana muito quem acha que Espiritismo é
religião. Vejam bem uma coisa, nós Missionários, vocês procurem analisar bem esta
palavra, Missionário de Nosso Senhor JESUS CRISTO. Quando a gente se propõe a
ser Missionário, nós não estamos ali para nos servir em momento nenhum.

Eu até às vezes, lá no Templo-Mãe eu vejo o Médium, acaba de fazer um


excelente trabalho, trabalha das dez da manhã às dez da noite fazendo um excelente
trabalho, vai lá, tira o Uniforme, senta e vai consultar com um Preto Velho. Então, nós
estamos ali para servir, apenas servir. Porquê? Porque estamos na Lei de Auxílio! Eu
não digo da Interferência do próprio Aparelho, eu digo talvez de uma má assimilação
do processo naquele momento. Ai eu já não entro muito no processo da conduta,
porque se eu for entrar nesse aspecto ai já vai complicar bastante, ai eu já vou ter que
entrar até no mérito do julgamento.

Um grande problema, inclusive nós começamos lá no Templo-Mãe a fazer um


trabalho, estamos fazendo, começamos a fazer um trabalho, e o nosso objetivo é
atingir a maior quantidade de Médiuns de Incorporação possível, nós já começamos
pelo Oráculo, Julgamento, agora nós vamos para o Sanday dos Tronos, eu tenho que
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 14

conversar com o Zé Carlos depois sobre Bênção do PAI SETA BRANCA, e estamos
deixando os Tronos por último.

Porque sutilmente, sem agredir ninguém, nós estamos nada mais nada menos do
que fazendo uma seleção, essa é a palavra, talvez ela seja um pouco... mas esta é a
palavra. Não que nós estejamos anulando ninguém, mas estamos buscando colocar
em determinados Rituais Médiuns capazes, competentes, e procurando dar a esses
outros a competência necessária para que ele continue seu trabalho, tá?

Salve Deus!

Olha, o Médium de Incorporação, esse fator de Comunicação, ele é um assunto


extremamente complexo, porquê? De repente, um Preto Velho, tudo que for
perguntado a ele, ou pelo menos noventa e nove por cento, vai ser respondido.

O grande drama da Comunicação não é porque falou isso ou deixou de falar


aquilo. O grande drama da Comunicação é que a gente nunca sabe como aquela
pessoa vai receber aquela resposta. Por isso que a cautela passa a ser nossa, porque
todo mundo, na realidade, você vê muita gente procurando JESUS, como também você
vê muita gente chegando no Espiritismo apenas com o intuito de desafio.

Então, nós somos testados vinte e quatro horas por dia. Agora, o quê que nos foi
ensinado? É muito melhor pra nós, para o Médium de Incorporação principalmente, que
aquele paciente saia desacreditando de nós, do que nós mudarmos a sua filosofia, do
que nós fazermos dele um robô místico: “não, se você não fizer isso vai acontecer
aquilo...”

A gente, é mais fácil que ele saia desacreditando do que a gente dar uma notícia:
“não, realmente a sua esposa vai desencarnar...”, quando que para Deus nada é
impossível, naquele trajeto ali Deus resolve fazer alguma coisa, chega lá a mulher tá
boa, diz pra ele e ele: “perai, aquele Vale do Amanhecer é porcaria, porque eu estive lá
e me falaram isso, e a mulher tá aqui até jogando futebol...”, tudo é muito rápido.

Então, o quê que o Preto Velho faz? A Entidade em geral faz? A Entidade, ela
confia em quem? Em nós! Porquê? Porque a parte que nos compete, ou melhor, a
parte que compete a eles, eles estão fazendo tranqüilamente. A parte que nos
compete, que no caso é filtrar determinadas Comunicações, é justamente porque
compete a nós.

Porque aquele paciente, veja bem, ele chega ali, ele nunca lhe viu, não sabe
quem é você, ele senta ao seu lado, ele acredita em VOCÊ, em VOCÊ, não no Preto
Velho, porque ele não está vendo, ele está vendo você de olhos fechados, se dizendo
– se dizendo porque ele ouve mas não está vendo – Pai Fulano de Tal, Vovó Fulano de
Tal, enfim.

E ele senta do seu lado, ele confia a você segredos que muitas vezes não confia
para a esposa, muitas vezes não confia para o marido, ou para o irmão, para o pai,
enfim, para o filho, e etc. Então ele está colocando isso nas suas mãos, ele está
colocando a vida dele nas suas mãos, como ocorre várias vezes. Como já ocorreu lá
no Templo-Mãe, entra um paciente correndo, sentou num Trono, até meio grosseiro, e:
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 15

“Olha, eu acabei de matar um homem ali, o que o senhor mandar fazer eu faço, se for
pra mim me entregar à Polícia eu entrego, se for pra mim fugir eu fujo...”

Ora, a Entidade jamais ia mandar ele fugir e jamais ia mandar ele se entregar à
Polícia! Ela tinha que buscar o quê? A razão dele, a decisão tem que partir dele, não
nossa, nós não tomamos decisão pelo paciente, justamente em função disso, porquê?

Porque você dá uma orientação conduzindo o paciente para essa situação, para
essa ou aquela opinião, e você fala: “Não, pode ir que dessa maneira vai dar certo...”

E ele sai ali do seu Templo, dobra a casa, sai, pega o asfalto e vai embora pra
casa, naquele trajeto que ele fez ali, às vezes pelo próprio merecimento da situação, o
próprio PAI SETA BRANCA mudou aquele quadro. Pronto, você para ele pelo menos já
não...

Então, o quê que o Preto Velho tenta? Porquê que o Preto Velho te informa tudo
que é possível? Porque você tem a condição de, dentro da manipulação das Forças,
dentro da sua Comunicação, fazer com que ele decida.

Você tem a condição de que ele busque, dentro dele, porque é muito fácil alguém
decidir por alguém: “Vai pra direita, vai pra esquerda...” é fácil. Mas o grande drama
que eu acredito até que a humanidade está vivendo hoje, é justamente esse aspecto, a
falta de conhecimento de si próprio, não é do que lhe rodeia. A guerra não é esse bicho
de sete cabeças, a AIDS também não é esse bicho de sete cabeças. O bicho de sete
cabeças, ele não está lá fora!

Porque um Preto Velho, ele jamais vai deixar de me dar assistência, cada caso é
um caso. Mas, vejam bem, aquele paciente, você tem sempre que ter na cabeça o
seguinte: aquele paciente está ali buscando como um último recurso, na maioria das
vezes.

Como muitas vezes ele já ia tentar um suicídio até, e: “Não, deixa eu ir ali falar ali
com aquele pessoal do Vale do Amanhecer, dizem que aquele povo é bom, deixa eu ir
lá...” Ele vem até com desdém, sei lá.

Ele entra aqui e senta lá do lado, no seu Trono. Ele às vezes não fala pra você
que ele ia tentar o suicídio, ele vai contar às vezes uma outra história até. Mas a
manipulação que vai sendo feita ali, independente do que ele está falando, sendo ou
não verdade o que ele está dizendo, a manipulação que passa a ocorrer ali por
intermédio da sua Entidade, faz com que aquele indivíduo, mesmo que não entenda,
saia dali muito mais suave do que chegou. E o nosso objetivo é só esse.

Até mesmo a gente conversando às vezes com um colega, com um irmão nosso,
a gente tem uma intuição de um acontecimento com aquele irmão, com aquele colega,
a gente... e às vezes aquilo ocorre um ou dois dias depois. “Pôxa, a gente podia ter
avisado ao fulano...” Não! Não podia ter avisado ao fulano.

“Ah, isso é covardia...” Não! “Ah, mas não poderia ser avisado e isso seria
evitado?” Não sei se teria ou não evitado. Eu não sei até que ponto aquele indivíduo
deve, na sua trajetória cármica! Um acidente de carro, que chega e mata uma pessoa,
esfacela a pessoa, é um negócio feio, não é? Porque ninguém gosta de ver, nossa, e
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 16

tal. Mas pode ter certeza que, na maioria das vezes, aquele Espírito não era bonzinho,
com raras exceções, raríssimas até.

Eu quero fazer uma pergunta aqui para os Médiuns de Incorporação: Quando


uma Entidade leva a mão na cabeça do paciente, e vocês incorporam um Sofredor,
quem puxou esse Sofredor? Quem acha que foi o Apará levante a mão... Quem acha
que foi a Entidade levante a Mão...

Volto a dizer, vocês vejam o quanto a Mediunidade de Incorporação é complexa,


tá certo? Olhem, todo mundo aqui, ou pelo menos os que responderam são Médiuns
de Incorporação, e todos responderam de maneira diferente, certo?

Salve Deus!

Olha, quem trás, quem puxa o Sofredor para o Aparelho é o Plexo do Aparelho. A
Entidade apenas identifica ele que tem alguma coisa ali. Porquê? Porque vocês têm
que compreender uma coisa, a Mediunidade, ela é biológica, ela é física, ela não é
Espiritual. É o seu Plexo que manipula aquilo.

O Preto Velho, o Caboclo, ele não entra muito nesse aspecto, ele identifica você,
mas aquele Sofredor tá precisando é do Ectoplasma, e não do Preto Velho, correto?

Por isso é que vocês incorporam por exemplo um Sofredor antes de um Preto
Velho, ou vice-versa. Pra você incorporar o Sofredor necessariamente você não
precisa estar com o Preto Velho incorporado.

Mediunidade ela é biológica, ela é corrente sangüínea, tá? É todo esse processo
do seu corpo é que provoca essa situação. Eu vou mostrar aqui, a pedido da Ninfa
aqui...

No momento dos Tronos não, porquê? Porque no momento dos Tronos ele está
trabalhando sob a égide de um Preto Velho. Então o Preto Velho, naquele momento,
identificou pra ele.

Mas, fora dos Tronos por exemplo, sem um Preto Velho, ele teria a condição
necessária de puxar um Sofredor sim, sem necessariamente estar com o Preto Velho
incorporado. Como, o maior exemplo que nós temos disso é um Trono Milenar, que na
realidade ele seria para ser primeiro a Entidade Sofredora, e depois, ao fim, o Preto
Velho.

Então, deixa só eu responder à Ninfa aqui, que ela tá querendo uma orientação
sobre a diferença de Médium de Incorporação e Apará. Essas duas palavras, elas são
a mesma coisa com processos diferentes.

Exemplificando, é como se fosse uma pessoa, o Médium de Incorporação, ele


seria como se você pegasse uma pessoa que não é um engenheiro, e mandasse
construir um edifício, ou mandasse um pedreiro fazer uma operação cirúrgica, um
transplante de coração, ele não conseguiria, assim como um cirurgião não conseguiria
levantar um edifício.
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 17

O Apará, veja bem, ele recebe uma força, que ele ainda está a caminho, ele é
uma Força Neutra, neutra até certo aspecto, ela ainda não é totalmente Iniciática.

Vejam bem, um Apará já totalmente pronto, ele já não trabalha nem só com a
Força Iniciática, ele já trabalha com Forças Cruzadas. Não é Força Cruzada Negativa,
prestem atenção, é Força Cruzada de Caboclos e Pretos Velhos, tá? Porque às vezes:
“Ah, pegou uma força cruzada ali...” não é por ai não, tá?

Então ele pronto, ele já tem essa condição de trabalhar com essas duas Forças
simultaneamente, certo?

O Apará, ou o Médium de Incorporação, ou ainda mesmo o Mestre Lua, ele não


tem essa condição, ele ainda é limitado a determinadas forças, ele não pode fazer
ainda todos os reais tipos de trabalho. Porquê? Porque o Plexo dele ainda não atingiu
aquela situação devida para receber adequadamente aquelas Forças.

Então, o quê que ocorre, dentro de um estágio ele vai poder fazer isso, no outro
“X”, no outro “Y”, e assim por diante, porquê?

Porque enquanto ele está sendo Apará, ele está sendo apenas um Médium
preparado, está sendo preparado, está fazendo um curso, ou seja, o seu Plexo está
sendo preparado para receber essas Forças Iniciáticas, certo?

A partir de quando você recebe essas Forças Iniciáticas, você passa a ser
autônomo sobre essas Forças, ou seja, se você desperdiçar você paga. Se você usar
bem usado, aquilo te serve, como serve pra quem você usou, porém, nada vem de
graça, nada!

“ – Ah, porquê JESUS é bonzinho e vai me dar uma Mercedes, uma BMW...”
JESUS não dá isso pra ninguém não! Nada é de graça! Iniciação, você fez, de um jeito
ou de outro você pagou, e não estou falando só na parte financeira, de comprar o
escudo, fita, esses negócios, não.

De um jeito ou de outro você pagou. Há sempre uma compensação. Então, o


Médium ele entra nesse processo, ele começa com o Desenvolvimento, ele chega aqui
como Médium de Incorporação, ele chega aqui com as suas Forças cruas, com as
Forças Nativas, com as Forças ainda não manipuladas, suas Forças ainda têm
objetivos, suas Forças ainda têm horizontes.

1º Ajanã – Mestre Guto


Palestrante

Marcos Antônio de Souza – Adj ANORO


Transcritor
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 18

ORDEM ESPIRITUALISTA CRISTÃ


VALE DO AMANHECER

TRANSCRIÇÃO DE PALESTRA COM O TRINO MOURÃ MESTRE ÉFREN


(REPRESENTANTE DO 1º CAVALEIRO DA LANÇA VERMELHA)

Dia 15 de agosto – Sábado – Congresso Intensivo

10:00 h – Palestra com o Trino Mourã - Mestre Éfren (Representante do 1º Cavaleiro


da Lança Vermelha)
– Local: Castelo do Doutrinador;
– Participantes: Todos os Centuriões Adjuração e Ninfas Lua;

Salve Deus!

Que nossa Mãe, onde quer que Ela esteja, possa registrar este Trabalho. Eu peço
a presença, a Força e a Luz do 1º Cavaleiro da Lança Vermelha, esse Grandioso
Missionário. E que cada um, em Cristo Jesus, tire um bom proveito deste Trabalho.

Salve Deus!

Eu vou iniciar com a Cura Desobsessiva. O que é a Cura Desobsessiva? É uma


Força Contrária. É contrária porque ela vem pra desobsediar.

Mestres, obsessivo, obsessão, todos nós somos, quem não é obsessivo? E o que
mais se vê nesse mundo de hoje, nessa humanidade, são pessoas obsessivas. São
forças que se tornam negativas, às vezes obsessão pelo ódio, pela vingança, pela
maldade, gera conflitos, gera desarmonia.

E essa força do Cavaleiro da Lança Vermelha é justamente o contrário, ela vem


para desobsediar. Ë uma força poderosa, é uma força bendita. O Cavaleiro da Lança
Vermelha é um Missionário atual que veio, que JESUS, que PAI SETA BRANCA trouxe
justamente para esse momento. Vocês devem ter notado que a presença humana na
terra é enorme. O que mais se vê hoje são conflitos, e essa força é necessária para
que a Espiritualidade, para que JESUS consiga fazer todos esses reajustes, cobranças,
e essa força é necessária neste instante.

Todos nós somos obsessivos por alguma coisa. A obsessão está em nós, está no
ser humano. Por isso a necessidade da Cura Desobsessiva. Todos os nossos
trabalhos aqui no Vale do Amanhecer são desobsessivos, e todos nós temos essa
força desobsessiva. Essa força já vem desde a Iniciação. O médium já é educado,
desenvolvido, para que ele possa empregar essa força.
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 19

Vocês estão entendendo? Não estou complicando não? Estão entendendo


direitinho?

O Cavaleiro da Lança Vermelha, ele é do Oráculo de Olorum, é o Oxan-By dos


Oxan-Bys. No Oráculo de Olorum nós temos três Cavaleiros, CHAPANÃ, que é o
“Justiça Fatal”, Ifã, Mensageiro dos Orixás, é o “Cavaleiro Ligeiro”, e o Cavaleiro da
Lança Vermelha, que é a Cura Desobsessiva.

SIMIROMBA é o Deus da Causa e Efeito. PAI SETA BRANCA é o responsável


pelo Carma do planeta, é o SIMIROMBA DE DEUS.

MINISTRO OLORUM é o Deus daqueles que vivem na manifestação, é o “Deus


do Apará”. Ë um Grande MINISTRO, é um Grande Missionário que o PAI SETA
BRANCA trouxe, e no seu Oráculo estão esses três Cavaleiros, Oxan-By, Chapanã e
Lança Vermelha.

O CAVALEIRO DA LANÇA VERMELHA É O MINISTRO AGERO.

O dia que vocês participarem da Estrela de Nerú, a Estrela Sublimação, observem


bem aquele ritual que vocês vão ver a presença de todo esse povo naquele trabalho,
naquele ritual. Alí está o ORÁCULO DE OLORUM, na Estrela Sublimação.

Nós temos os setores de trabalho onde há a necessidade da presença do


Representante do Cavaleiro da Lança Vermelha. Nós temos Leito Magnético, Estrela
Sublimação, Alabá, Julgamento, e o Cavaleiro da Lança Vermelha tem a sua posição
nesses trabalhos.

E ali só vão representar esse Cavaleiro os Mestres que são preparados para esse
trabalho. Não convém que outras pessoas se iludam, se envaideçam, porque acham
bonito, porque existe uma preparação. Somente aquele Mestre que foi preparado ele
está apto a assumir esta posição.

Eu tenho muito cuidado, porque no Vale do Amanhecer trabalha-se com Forças,


com Energias, e as pessoas se envaidecem, pensam que podem conseguir fazer o que
o outro está fazendo. Há uma preparação! Somente o tempo, a preparação é que dá
condições a esse Mestre, dele assumir aquela posição.

E Forças são Forças, e com Forças não se brinca. Uma Força não tem juízo, não
tem idéia, ela não pensa, então nós temos que ter muito cuidado. Através das Forças é
que nós ganhamos os nossos Bônus.

É por isso que o PAI SETA BRANCA sempre pediu, e como diz a TIA NEIVA, Ele
não abre mão da nossa Conduta Doutrinária. A Conduta na Doutrina, sua Conduta,
como você se conduz na Doutrina, nos Trabalhos Doutrinários, porque ali Mestres,
vocês estão envolvidos por Forças que chegam para ser manipuladas.

Eu tenho uma carta da Tia Neiva que Ela diz assim: “...quanto aos Bônus,
Bônus são energias vitais que se desagregam de um para o outro...” Ela é
taxativa, em CRISTO JESUS, são Forças vitais que fortalecem não somente o nosso
Sol Interior, como também o nosso corpo físico.
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 20

É por isso que nós devemos ter Conduta Doutrinária, saber nos conduzir dentro
do Trabalho Espiritual, porque o PAI SETA BRANCA se preocupa demais com os Seus
filhos, com Seus Jaguares, para que você não perca o seu tempo.

Você às vezes abandona o seu lar, o seu trabalho, vem para o Vale do
Amanhecer trabalhar, para que você não perca o seu tempo, Ele sempre alerta, o PAI
SETA BRANCA sempre disse que sempre vai exigir a nossa Conduta Doutrinária. E
nós também não podemos abrir mão daquilo que é tão precioso para nós outros, que
são os nossos Bônus.

Nós temos dívidas, nós temos Carma, nós temos os nossos cobradores, e é
necessária essa Força, esses Bônus, para que nós possamos saldar as nossas
dívidas.

Portanto Mestres, muito cuidado. Cuidado quando você estiver trabalhando, faça
o que o PAI SETA BRANCA pediu, Conduta Doutrinária. E não confunda Conduta na
Doutrina com a sua conduta moral, com a sua conduta familiar, com a sua conduta na
vida material.

Você pode muito bem levar para o seu lar, para o seu trabalho tudo aquilo que
você aprendeu aqui na Doutrina. Você pode muito bem usar a sua Conduta no seu
trabalho, na sua vida, com a sua família. Mas, a Conduta Doutrinária é necessária,
você precisa acumular Bônus, você precisa desses Bônus.

E não desperdice, não jogue fora, não faça como muitos fazem, trabalham,
trabalham, e depois vão passar nos trabalhos. Pensem bem, todo trabalho tem uma
Entidade, tem um Doutrinador, tem um Apará, que estão nas suas mesmas condições
de devedor, que tem cobradores, que precisa pagar dívidas. Se você chega ali, é lógico
que você paga.

Trabalhe... Trabalhe! Nós perguntamos uma vez para Tia Neiva o que teríamos
que fazer no Vale do Amanhecer, e Ela falou assim: “Meus filhos, trabalhar,
trabalhar e trabalhar!”.

É por isso que o Doutrinador, ele tem as mangas arregaçadas, é para o trabalho!
O Dia do Doutrinador é o Dia do Trabalho. Estamos aqui para trabalhar, fazer as
Forças se movimentarem. Esse é um alerta que eu gosto sempre de dar, porque isso
vem de PAI SETA BRANCA, para que vocês não percam mais o seu tempo, não
desperdicem o seu tempo, não joguem fora tudo aquilo que você está conquistando.

Eu poderia contar aqui para vocês a HISTÓRIA DO CAVALEIRO DA LANÇA


VERMELHA, que é uma história muito bonita, mas o nosso tempo está curto, daqui a
pouco o Mestre Guto também tem uma reunião com os Mestres.

Mas o CAVALEIRO DA LANÇA VERMELHA tem uma passagem muito bonita.


Vocês podem conseguir uma fita que tem a história dele, a história da Cruz do
Caminho. A Tia Neiva fala que Ele foi um Cavaleiro Mercenário, e quando Ele partia
para conquistar uma luta, partia para uma batalha, Ele ia para fazer aquilo que era
determinado, Ele conquistava, Ele partia de uma forma decisiva, não tinha meio termo.
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 21

A Força Desobsessiva é dessa maneira, ela é decisiva, ela não tem meio termo. A
história Dele é muito bonita, mas nos falta tempo, eu poderia contar essa passagem
para vocês. Mas eu peço a vocês que me perdoem, porque o nosso tempo é curto, nós
temos muitas atividades aqui hoje, e procurem essa fita, é muito bonita a história Dele.

É uma passagem que Ele teve pela Cruz do Caminho, Ele foi traído, fizeram uma
cilada, e Ele deixou a sua Alma Gêmea na Cruz do Caminho, sem ela saber, e sem Ele
também saber, Ele desencarnou, partiu e ela ficou ali a vida inteira esperando por Ele.

E era contra o gosto do pai dela, que o pai dela era o Rei aonde Ele encontrou ela
no palácio, eles eram Almas Gêmeas e o Rei era contra o namoro, a aproximação
daqueles dois.

Então, o Rei mandou que colocassem Atacas nessa Princesa, e Ele raptou ela
com Atacas, do jeito que Ele encontrou ela, ele raptou ela e levou até a Cruz do
Caminho.

Foi onde chegou um Soldado de Sua tropa, eles armaram uma cilada, e disseram
para Ele que a tropa Dele estava sendo dizimada, que só Ele é que poderia salvar a
tropa Dele.

E Ele partiu desesperado, e no meio do caminho aconteceu a cilada onde Ele foi
morto. E a Espiritualidade, muito preocupada, não quis deixar Ele voltar para a Cruz do
Caminho, porque se Ele voltasse Ele ficava preso, Ele não poderia mais sair dali, e ai
eles tiveram que afastá-lo.

E a Princesa, que era a Alma Gêmea dele, que estava ali, ela na esperança de
que Ele voltasse ficou esperando por Ele.

A Cruz do Caminho era um local onde tinham rituais de uma Força enorme, e
todas as pessoas que passavam por ali, que procurassem aquele local, eles faziam
curas, atendiam todas as pessoas, como nós fazemos aqui no Vale do Amanhecer.

E foi criando aquele ponto de força, aquele poder, e foi por isso que eles não
deixaram o CAVALEIRO DA LANÇA VERMELHA, depois de desencarnado, se
aproximar daquele local, porque ele correria o risco de ficar preso ali dentro. É uma
história muito bonita, foi um Grande Cavaleiro, é um Grande Missionário de Simiromba.

Simiromba trabalha na Linha do CAVALEIRO DA LANÇA VERMELHA. Nós


temos o CHAPANÃ, mas o PAI SETA BRANCA não trabalha com o CHAPANÃ, mas o
CHAPANÃ trabalha na nossa Linha.

CHAPANÃ é “Justiça Fatal”, porque Simiromba trabalha na Linha da Cura


Desobsessiva do CAVALEIRO DA LANÇA VERMELHA.

Gente, o ALABÁ é um trabalho que às vezes as pessoas não dão muita


importância, mas é um trabalho de uma grandeza enorme. Têm muitos Bônus, têm
muitos pacientes, e toda pessoa que entra dentro daquela Elipse, eu estava dizendo
para vocês na Cruz do Caminho, toda pessoa que entra ali ele recebe alguma coisa,
mas também paga, tudo tem um preço!
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 22

É um trabalho grandioso, procurem sempre, vibrem, todos os nossos trabalhos,


que o PAI SETA BRANCA deixou, são grandes trabalhos, desde que esteja dentro de
uma Conduta Doutrinária, desde que você saiba se conduzir dentro do trabalho.

Procure ser sempre humilde na forma de Médium, ou mesmo quando você está
passando como paciente, seja sempre humilde. Eu me lembro que a Mãe Tildes uma
vez falou para nós, falou assim: “Olha meus filhos, se não tiver Humildade, Amor e
Tolerância, não fica aqui não. Se não tiver essas três qualidades não fica aqui!”

E é tão pouco o que eles pedem pra a gente, é muito fácil, seja pequenino pra
que você possa caber no coração do outro. Se você for muito grande, pode ter certeza
que ninguém vai te ver, não tem como você entrar no coração das pessoas, seja
pequenino, aprenda a conhecer o nosso PAI SETA BRANCA, procure sempre
conhecer o PAI SETA BRANCA, vocês vão ver a grandeza desse Missionário.

E olhem que Ele nem gosta que nós falemos na Grandeza de Simiromba, de PAI
SETA BRANCA, Ele não gosta disso. Mas, aqui entre nós, Ele está ao lado de JESUS
nessa missão de transição desse planeta, Ele governa todo este Universo, o nosso PAI
SETA BRANCA!

E às vezes Ele se torna tão pequenino aqui no nosso meio, Ele é tão simples, é
tão humilde. Procurem conhecer o PAI SETA BRANCA, aprenda a te conhecer, vamos
ser como Ele, é muito fácil. Eu costumo dizer sempre, é tão fácil fazer as coisas certas,
difícil é fazer errado! É facílimo você fazer as coisas certas, você vai pra sua casa
tranqüilo, não se preocupa com nada.

Não se iluda com Espiritismo, o Vale do Amanhecer não tem nada escondido.
Ninguém vai ver nada, a única pessoa que eu conheci que podia ver as coisas era Tia
Neiva, através de Sua Clarividência. Não se envaideçam.

Mestre Lua, Ninfa Lua, receba com muito carinho a presença da sua Preta Velha,
do seu Preto Velho, é sua mãe, é sua companheira. Não se envaideçam em procurar
outras Entidades, esteja com aquele que está com você nas horas tristes, nas horas
alegres, nos momentos difíceis, nos caminhos estreitos é ela que está com você, é sua
mãe, é sua protetora, não procurem outras Entidades.

Todos vocês têm ciúmes quando você tem carinho por uma coisa, e que aquela
pessoa procura outra. Vocês podem ter certeza que os Pretos Velhos estão acima
disso, mas nós não devemos fazer com os Pretos Velhos aquilo que nós não queremos
pra nós.

Se você vai trabalhar na Lei de Auxílio, nos Tronos, no Alabá, são eles é que
receberam de JESUS o direito de ver o quadro, de decidir naquele momento a vida de
uma pessoa, de ver o quadro, o que acontece, o que aconteceu, o que acontecerá
amanhã ou depois, são os Pretos Velhos é que têm essa autorização, não é o Ministro,
não é o Caboclo, isso não é função deles, é função do Preto Velho.

Aquela Preta Velha que te levou a dar o primeiro passo iniciático, que lutou, sabe
Deus a dificuldade que ela teve pra te colocar dentro daquele Castelo, porque nós
somos pessoas difíceis, nós somos escolhidos à dedo pelo PAI SETA BRANCA.
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 23

Além de sermos pessoas difíceis, nós temos cobradores terríveis, nós temos um
Carma terrível. Nós somos uma família que temos carma entre si, às vezes nós somos
até cobradores uns dos outros, mesmo na Doutrina nós podemos ser Cobradores um
do outro.

Tudo na nossa Doutrina é claro, é limpo, é o caminho mais curto que nos conduz
à Deus, é o caminho mais direto que nós temos. Arma-te contra ti mesmo, não
complique a sua vida, não complique as coisas pra você.

Às vezes nós somos o maior cobrador que nós temos, nós cobramos de nós
mesmos. Uma coisa tão simples da vida e nós complicamos, achamos que aquilo ali é
um sofrimento, aquilo está nos causando transtorno, uma coisa tão simples.

Aprenda a gostar do seu “diabinho” que você vai ver que ele é bonito, anda com
o teu “diabinho”, pinta ele direitinho que você vai gostar dele... Olhem para as
pessoas com carinho, e quando uma pessoa chegar perto de você e te pedir uma
ajuda, nunca diga não.

Fala para a pessoa: Em Cristo Jesus eu vou te ajudar. Mas não sejam negativos
gente, pelo amor de Deus. O Missionário, ele nunca é negativo, ele é sempre positivo,
como os Pretos Velhos. O que é a palavra de um Preto Velho? É palavra de conforto,
de esperança, de vida, de força, ele está sempre empurrando a pessoa para o bem,
eles não dividem, então, sejam positivos.

E muito cuidado com aquilo que vocês não podem ver. Existe um mundo à nossa
volta que nós não enxergamos, aonde você está, no seu trabalho, na sua casa, existem
sempre coisas que estão te rodeando e que você não pode perceber, muito cuidado! A
melhor coisa é você estar sempre alerta, sempre atento.

Prestem atenção, e principalmente aqui no nosso Templo, se conduza de uma


forma que as forças negativas não encontrem acesso no seu plexo físico.

A Força, existe a Força boa e a Força ruim, elas vão ser manipuladas, mas desde
que você esteja em harmonia, elas vão sendo manipuladas, e serão encaminhadas
sempre para a cura.

Se você baixar o padrão o quê acontece? Semelhante atrai semelhante. Se você


está bem, você está sempre atraindo o que é bom, se você está mal, você atrai sempre
o que é ruim. Muito cuidado, se armem, atentos.

O Leito Magnético é um grande trabalho, um trabalho demorado, mas quem é que


não quer exigir de você mesmo, você exigir de você um pouco de sacrifício, trabalhar.
É um trabalho demorado, mas a Força do Leito, ela beneficia até o nosso corpo físico,
ela transforma o nosso físico.

Para dizer a verdade a vocês Mestres, tudo que o PAI SETA BRANCA colocou
aqui é bom pra nós, mas desde que seja dentro da Conduta Doutrinária. Se está ruim,
está ruim é com você, não é com o trabalho. O Leito Magnético é um grande trabalho,
que nos trás muitos benefícios, principalmente para a cura física.
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 24

Procurem acertar as suas Emissões, façam corretamente, porque o trabalho de


Leito Magnético ele tem que ser correto, a sua Emissão, a sua participação, a sua
conduta naquele trabalho tem que ser correta, pra que os fios vão formando a Rede
Magnética.

Eu me lembro uma vez que a Tia Neiva nos deslocou lá do Templo pra fazer um
Leito Magnético na Estrela Candente, e nós fomos lá na Estrela Candente e fizemos o
Leito Magnético.

Mas foi trazer a força da Estrela Candente hoje no Leito Magnético, há muito
tempo atrás, o Leito Magnético passa Espíritos da Estrela Candente, Espíritos terríveis!
Se você está participando de um trabalho desse, onde facilita para a Espiritualidade
passar esses Espíritos, você pode ter certeza que a sua gratificação será grande.

Nós temos o REINO CENTRAL, temos o Cavaleiro da CAVALEIRO DA LANÇA


LILÁS da Cura do Corpo Físico e do Espírito, nós temos o CAVALEIRO DA LANÇA
RÓSEA do Amor Incondicional, temos o CAVALEIRO DA LANÇA VERMELHA da
Cura Desobsessiva, CAVALEIROS DE OXOSSE que vão emitindo, formando a rede.

Pra vocês verem, têm os CAVALEIROS DA LUZ, nós temos um Jaguar emitindo
na Linha de ARAKÉM, olhem bem onde está ARAKÉM! ARAKÉN tem Raiz na terra. É
muito grande a nossa Doutrina, e nela você encontra tudo que você precisa!

Salve Deus!

Nós temos a seguir agora o Guto que vai fazer a sua palestra, e eu peço aos
Cavaleiros da Lança Vermelha que me procurem, aqueles que não têm a Carta do
Cavaleiro da Lança Vermelha eu tenho aqui, aqueles que estão ingressando agora,
que estão somando nessa Força, me procurem que eu tenho aqui o Canto. Me
procurem, eu estarei aqui no Templo.

E, uma outra coisa, não confundam essa Lança Vermelha que você usa no
escudo, com o Representante do CAVALEIRO DA LANÇA VERMELHA, não tem nada
a ver, Representante do CAVALEIRO DA LANÇA VERMELHA é uma coisa, e essa
Lança é outra coisa, é um Adjunto em projeção, faz parte dos seus requisitos, que você
vai adquirindo na Doutrina. É, CAVALEIRO DA LANÇA VERMELHA é outra coisa.

Mestres, eu queria passar pra vocês muitas coisas, principalmente coisas


essenciais da nossa Doutrina. Eu não sou aquele Mestre de perder tempo, de falar em
coisinhas, não é? Eu procuro sempre mexer naquelas coisas mais difíceis, que
ninguém gosta, mas que é muito útil na nossa caminhada.

Eu gosto de ser direto nas coisas que nos estão acontecendo, nas coisas que
acontecem na nossa Doutrina, porque eu sou um amante dessa grandeza que o PAI
SETA BRANCA trouxe, e além de tudo eu sou um DOUTRINADOR, eu tenho por
obrigação, o DOUTRINADOR tem por obrigação nunca descuidar das coisas que são
tão caras para o PAI SETA BRANCA, para Tia Neiva.

Essa Corrente foi trazida para o Brasil por PAI JOÃO, através de muito
sofrimento, a Tia Neiva, pra deixar do jeito que está aqui hoje o Vale do Amanhecer
expandindo, foi através de muito sofrimento.
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 25

E quantas pessoas estão sofrendo nessa Doutrina, e não se preocupem, que o


PAI SETA BRANCA está olhando um por um, Ele nunca vai descuidar de ninguém.
Tenham certeza e tenham fé. Não perca sua fé, não perca sua esperança, porque
vocês vão passar por caminhos, encontrar com pessoas de outras encarnações,
cobradores, etc.

Boa sorte pra vocês, e obrigado por esta oportunidade que vocês me deram, essa
paciência, essa tolerância de me ouvirem aqui neste instante. Nós agradecemos, eu
agradeço a vocês por esta grande oportunidade que vocês me deram.

Que JESUS ilumine a todos. Boa sorte pra vocês.

Trino Mourã – Mestre Éfren


Palestrante

Marcos Antônio de Souza – Adj ANORO


Transcritor
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 26

ORDEM ESPIRITUALISTA CRISTÃ


VALE DO AMANHECER

TRANSCRIÇÃO DO CONGRESSO DO VALE DO AMANHECER


ESTADO DE MINAS GERAIS – TEMPLO NARONE DE IPATINGA

Dia 16 de agosto – Domingo – Congresso Intensivo

A TRANSCENDENTALIDADE DA DOUTRINA DO
AMANHECER

Pelo Trino Triada Tumarã

CAPELA

Nos anos 80, quando iniciava sua jornada para concretizar a Doutrina do
Amanhecer, Tia Neiva teve os primeiros desdobramentos nos quais manteve contato
com seres de outro planeta.

Em seu livro "2000” – A Conjunção de Dois Planos, o Mestre Tumuchy nos


relata a primeira viagem que Koatay 108 fez a Capela, na constelação do Cocheiro. A
bordo de uma nave cheia de instrumentos, Johnson Plata a conduziu ao "Planeta
Monstro”, assim denominado por ser muitas vezes maior que a Terra, e ser
considerada a 6ª entre as estrelas mais brilhantes. Johnson Plata explicou que aquela
bela bola luminosa, gasosa e colorida, era composta por quatro mundos diferentes e
separados. Um deles chamava-se Umbanda, que significa "Banda de Deus" ou "Lado
de Deus", e era a parte pura do planeta. Outro era CAPELA, que significa "última
Espera" ou "Guarnição do Nicho de Deus". Ali vivem os seres a quem chamamos
"Cavaleiros de Oxosse", seres físicos que têm importante função na Terra, e se
apresentam desmaterializados.

Os habitantes de Capela são gente como nós, espíritos ocupando corpos


físicos, moleculares, mas sua composição é diferente da nossa. Capelinos trabalham
junto a nós, muitos encarnados na Terra, humanos como nós, outros no plano etérico,
como nossos Mentores ou Guias Espirituais.

Tia Neiva ficou surpresa ao ser apresentada a um Capelino, chamado Stuart, a


quem sempre conheceu como nosso querido Tiãozinho. Assim, os Capelinos tentam
mudar os rumos da Humanidade na Terra, instruindo espíritos que aqui voltam a
reencarnar, auxiliando os desencarnados nas Casas Transitórias, atuando como
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 27

missionários encarnados, ensinando, protegendo, amparando o Homem em sua


jornada de volta ao Planeta-Mãe.

Os espíritos que se comunicam conosco são seres físicos, lidam com


processos materiais, diferenciados, portanto, dos processos dos espíritos e tem uma
tarefa a executar. Utilizam nossa mediunidade e também fazem suas projeções de
Capela, diretamente, ou de espaçonaves - as Amacês. Esta ligação foi feita por força
da nossa missão na Terra, para onde viemos espiritualizar o Homem que aqui existia,
fruto da evolução no planeta, mas que se encontrava em estágio primitivo. Essa missão
foi a oportunidade que os Grandes Espíritos nos concederam para buscar a harmonia
que nos faltava para poder continuar nossas vidas em Capela.

OS CAPELINOS NA TERRA

Há cerca de trinta mil anos antes de Cristo, chegou à Terra um grupo de


espíritos missionários com corpos diferentes dos nossos, com estatura entre três e
quatro metros, tendo uma fisiologia que os tornava quase indestrutíveis na Terra.
Originários de Capela, estavam plenos de Deus e da Eternidade, pois sua constituição
era de pura luz e sua individualidade era conhecida apenas de Deus e dos Grandes
Mestres.

Para poderem cumprir sua missão, passaram a habitar corpos densos e, para
operá-los, tiveram necessidade de criar corpos intermediários - as almas. Até então
vivendo sem cuidados pessoais, começaram sua odisséia individual neste planeta, em
que o meio físico já estava sedimentado, porém sujeito às variações de busca de
equilíbrio em sua órbita ao redor do Sol.

Da nebulosa inicial já se haviam passado bilhões de anos, e a energia telúrica,


concentrada na pirosfera, emitia poderosos feixes magnéticos e ondas de forças que
iam plasmando mares e terras, elevando montanhas, formando vales, distribuindo as
águas e formando sistemas atmosféricos onde proliferavam as formas de vida vegetal
e animal.

Os Capelinos vieram em Chalanas, desembarcando em sete pontos do nosso


planeta - nos Himalaias (região atual do Tibet); na Mesopotâmia (atual Iraque); nos
Hiperbóreos (atual região Ártica, incluindo a Groenlândia e o Alasca), na Atlântida
(atualmente submersa pelo oceano Atlântico): na Egea (civilização que foi submersa na
região do mar Mediterrâneo, dando origem às ilhas gregas do mar Egeu): no Planalto
Central Africano (entre o lago Vitória e nascentes do rio Congo, no atual Zaire); e na
cordilheira dos Andes (na faixa oriental da América do Sul, atuais Peru, Bolívia e
Colômbia).

Trazendo uma alma singela, obedecendo as normas espirituais e sabendo


utilizar as forças Cósmicas, especialmente as do Sol e as da Lua, os Capelinos foram
padronizando a exploração das energias vitais com vistas à energização da Terra,
enquanto utilizavam energias das usinas solares contrabalançadas pelas geradas por
usinas lunares.

Cada uma das regiões ocupadas tinha seus planos evolutivos, sendo
controladas suas alterações na crosta terrestre e dispondo de aparelhos específicos
para os trabalhos. Sendo de constituição diferente dos terráqueos e portando grandes
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 28

poderes, são lembrados por vestígios desse início civilizatório, principalmente, pela
mitologia desses povos, pois eram verdadeiros deuses, portadores de forças
prodigiosas e de conhecimentos fantásticos.

1. RAIZ DOS HIMALAIAS

Expandindo-se pelos povos mongóis e chineses, esta raiz começou a ser


conhecida a partir do século VI A.C., quando nasceu o príncipe Sidhartha Gautama
(566-486 A.C.), filho do rei Suddodhana e da rainha Mayadevi, que morreu no parto, no
reino de Kapilavastu, região do Nepal, nos Himalaias. Chocado com a morte da
esposa, o rei decidiu manter seu filho longe da maldade do mundo e o criou confinado
no imenso palácio, sob a orientado de um tio, direcionando sua educação para a
sucessão real, treinando-o no manejo das armas e práticas de combate, encarregando
o sábio Visvamitra de sua educação moral e espiritual. Completados seus dezesseis
anos, Sidhartha se casou com Yasodhara, tendo um filho - Rahula.

Um dia, já com 29 anos e cansado de ser prisioneiro de seu pai, Sidhartha se


disfarçou de mercador e, acompanhado por um fiel servo, escapou do palácio e foi
conhecer o mundo exterior, ficando profundamente chocado com a miséria que viu,
com as doenças e pobreza do povo.

Desiludido com o pai, que lhe afirmara, sempre, que só havia alegria e
felicidade em seu reino, abandonou o palácio, a família e o poder, obcecado pela idéia
de descobrir as origens da dor e da morte, e se juntou a um grupo de brâmanes,
trajando apenas uma túnica amarela e levando uma tigela para recolher parcos
alimentos recebidos como esmola.

Inquieto e insatisfeito, pois não conseguia obter o aprendizado que desejava,


sentindo a fragilidade das explicações dos brâmanes, foi meditar sob os ramos de uma
figueira sagrada - Bodh - no alto do monte Gaya. Mergulhado em profundo êxtase,
enfrentou e resistiu a perigosas tentações, obtendo triplo conhecimento: a memória de
vidas passadas; nascimento e morte dos seres; e a destruição em si mesmo dos
desejos que causam as reencarnações sucessivas nesta Terra, recebendo instruções
de espíritos superiores e a denominação de Buda - o Iluminado - ou Tathagata - o Que
Alcançou a Meta tendo a certeza de que seria aquela sua última encarnação neste
plano.

Em Rishipatana, num pequeno círculo de cinco ascetas que se reuniram no


Mragadava, perto de Varanasi, começou sua pregação que iria durar 55 anos, baseada
na idéia de que a ignorância era a causa de toda a aflição do Homem. Foi composto o
Tripitaka, livro de sermões e leis escritos por Buda, destacando-se o Sermão da Boa
Lei que ensinava, seis séculos antes de Cristo, idéias e princípios que seriam pregados
por Jesus em seu Sermão da Montanha.

As dez perfeições búdicas são: a dádiva, o dever, a renúncia, o discernimento,


a coragem, a paciência, a verdade, a resolução, o carinho e a serenidade.

Pela evolução espiritual o Homem alcançaria o Nirvana – identificação com


Deus –, um ser incognoscível, acima da compreensão humana. Quando Buda
desencarnou, em Kusinagava, deixou a doutrina bem estruturada, com base em
ensinamentos sobre uma conduta reta e honrada, devendo seus seguidores serem
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 29

moderados nas paixões e na bebida, evitarem negociar escravos, armas, bebidas e


venenos, e manterem atitudes positivas, sempre com amor, honestidade, bondade e
caridade.

Foi muito difundida no oriente, sendo a religião adotada na China, no Tibet, no


Ceilão, na Birmânia e no Japão. Uma derivação do budismo aconteceu no século II
A.C., quando surgiu o Hinayama – o Pequeno Veículo –, mantendo os ensinamentos
de Buda, prevalecendo no Ceilão, no Sião, na Indochina e em Burma.

Mas a linha que manteve o veio energético, desde suas origens nos Himalaias,
foi a Mahayana, budista com influencia hinduísta, com rituais pomposos, distribuída
pelo Tibet, Mongólia, Nepal, China, Coréia e Japão, tendo como líder o Dalai Lama.
Esta raiz – o Mundo Encantado dos Himalaias –‚ é invocada na Doutrina do
Amanhecer, especialmente na consagração da Elevação de Espadas.

2. A RAIZ DA MESOPOTÂMIA

Encontramos os preciosos veios da Verdade em todas as linhas derivadas das


primitivas regiões onde se iniciou a missão dos Capelinos.

Da região da Mesopotâmia, os Capelinos se expandiram, já tendo formado a


raça Ariana, de pele branca, indo para o Ocidente, penetrando na Europa, chegando
até a Normandia e a Península da Itália, mesclando-se ao Norte com os povos
caucasianos e com os Celtas, fazendo o cruzamento das linhas dos Hiperbóreos com
os Arianos.

Expandindo-se para o Oriente, conduzidos por Rama - um Jovem Sacerdote,


espírito missionário que obteve imenso prestígio e respeito ao debelar mortal epidemia
que acometera seu povo - invadiram, inicialmente, a Índia, influenciando os povos
remanescentes da região e dando origem ao Hinduísmo ou Bramanismo, considerado,
historicamente, a religião mais antiga do planeta, com acervo de mais de 10 mil anos
antes de Cristo, afirmando ser Brama o Ser Supremo, o Deus Onipotente, Onisciente,
Infinito, Ilimitado, Eterno, manifestado objetivamente no Universo, que não podia ser
compreendido pela inteligência criada e finita como a do Homem.

A evolução se faria através dos reinos mineral, vegetal e animal, de forma


progressiva, através da reencarnação samsara –presidida pela Lei de Causa e Efeito –
Carma –.

Já afirmava uma trindade: Brama, o Criador; Vishnu, o Conservador; e Shiva, o


Destruidor e o Regenerador. Na realidade, estes seriam três aspectos ou
manifestações de Brama.

Estabelece que o Universo está composto por sete planos ou níveis, com
apenas cinco manifestados: o Físico, o Astral, o Mental, o Búdico e o Monádico,
governados pelos deuses Kaluti (terra), Varuna (água), Vayu (ar), Agni (fogo) e Indra
(éter ou Akasha).

Um dos mais importantes livros do Hinduismo ‚ o Mahabarata – a Grande


História – do qual fazem parte o conhecido Bhagavad-Gita, com os diálogos de Arjuna
e Krishna sobre a Vida e a Morte.
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 30

Arjuna pergunta como um Homem que, nesta vida, cumpra seus deveres
morais e religiosos, pode se livrar do peso de seu Carma, e Krishna lhe diz que as boas
ações, conduzidas pelo amor a Deus e não para a obtenção de benefícios materiais,
podem aliviar o Carma, e, pela harmonia com Deus, o Homem pode anular pontos do
seu Ciclo de reencarnações.

Há, também, o Ramaiana – O Caminho de Rama – onde são relatados fatos da


vida do príncipe Rama, que seria a Sétima reencarnação de Vishnu, e saindo da Índia
invadiu a Europa, levando a predominância de seu povo – Ariano – àquelas regiões.

Na Lei do Adjunto, em 23 de julho de 1978, Tia Neiva puxou estas raízes,


formadoras da Corrente Indiana do Espaço, esclarecendo que Adjunto Koatay 108
Arjuna-Rama significa Multiplicação Divina, fazendo a união das linhas de Arjuna e de
Rama:
Raja é o mesmo que Solitário, o Adjunto sem povo.

Os Sétimos Raios se projetaram na força de D'Havaki Gita (Ilimitado) e os


Sextos Raios na raiz de D'Hira (Continuação ou Continuidade).

2.1 – SUMÉRIA e ACÁDIA – Como a civilizado mais antiga conhecida na Terra, os


Sumérios já tinham erguido, 5.000 anos antes de Cristo, poderosas cidades na
Mesopotâmia, região entre os rios Tigre e Eufrates.

Homens brancos, de cabelos pretos, fizeram um sistema de irrigação unindo os


dois rios e propiciando excelentes condições para a agricultura, produzindo muitos
alimentos e matéria-prima para diversos artífices. A liderança das cidades era de um
príncipe reinante – Ensi – que personalizava o sacerdote-chefe e o governador da casa
de Deus, das terras e dos servos. Se um ensi ampliava seu poder a outras cidades,
passava a se denominar lugal (“rei").

Em 3.000 AC, a Suméria possuía um grupo de cidades-estados independentes,


incluindo Kish, Umma e Lagash, com reis hereditários lutando pelo poder central, até
que Zaggisi, lugal de Umma, assumiu o controle de quase todas as cidades-estados,
em 2.320 AC, reinando até 2.306 AC, quando Sargão, chefe da Acádia, ao norte da
Suméria, de ascendência Semita, conquistou o poder, ampliando os territórios
acadianos com incentivos ao comércio e às construções.

Era grande o cultivo de trigo, cevada, ervilhas e algodão, cuja fibra era fiada
para fazerem tecidos que eram tingidos em cores vivas. Ovelhas eram criadas para
fornecer a lã e, juntamente com criações de porcos, vacas e cabras, supriam o povo
com leite e carne. Fabricavam tijolos com lama misturada com canas esmagadas, e
peças de madeira para construções. Usavam touros, búfalos, burros, camelos e
elefantes como animais de carga.

Embora sob o poder acadiano, floresceu a cultura da Suméria, inclusive no


aspecto da Astrologia. A Astrologia procura, na verdade, direcionar as ações do
Homem considerando, apenas, as influências dos astros.

Não existe uma força direta dos astros, e sim uma certa influência, que se faz
no corpo astral, de acordo com a posição de planetas e estrelas, das constelações que,
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 31

de muito longe, enviam suas energias, que se somam a uma série de outras, que agem
e interagem nos plexos do Homem.

As origens – as constelações do Zodíaco – emitem seus raios, que vão atingir,


com maior ou menor grau de intensidade, aqueles que a elas estão ligados, seja por
foça de suas próprias origens, seja pela crença em seus efeitos, que atuam
especialmente de forma psicológica, refletindo comportamentos e ações variados.

Os signos do Zodíaco – ou constelações – realmente influenciam a Terra,


dentro de toda a ação interligada das forças que nos regem. Todavia, não são
determinantes. São, apenas, indutoras.

Os horóscopos e os mapas astrais são instrumentos de aferição dessas


influências ou tendências. Não abrigam todas as forças que atuam sobre o Homem, de
modo que ficam na dependência de muitos outros fatores, principalmente o Livre
Arbítrio.

Existe sim, aqueles que correspondem aos seus retratos, dentro do signo, e,
por isso, sofrem maior influência dos astros que os regem. A força astral, a energia do
espaço, o poder de nossas Estrelas, tudo se faz presente em cada momento de nossas
vidas, mas não somos dominados por eles. Caso acontecesse, isso significaria
desprezar toda a potencialidade de nossa Doutrina, das forças do Reino Central e de
nossos Mentores, que nos regem, nos protegem e nos conduzem em nossos trabalhos
e em nossos caminhos. Temos, sim, que ter consciência dessas forças astrais, saber o
seu valor, ao que induzem, para que possamos, quando necessário, contar com elas,
somando-as às que já possuímos e aprendemos a usar.

Na parte referente a Estrelas, fazemos observações mais detalhadas destas


forças que nos chegam. No livro “2000 – A Conjunção de Dois Planos” –, o Tumuchy
relata uma passagem do encontro de Tia Neiva com Johnson Plata, em que este
Capelino fala:

– A Astrologia é válida, mas não nos termos em que é apresentada na Terra.


Na verdade, é uma profunda iniciação, que só alguns conseguem alcançar em vida na
Terra. Seus princípios são exatos e científicos. Os seres que são enviados à Terra o
são consoante um conjunto vibratório de Astros ou Mundos. Esses corpos celestes de
origem dão a esses seres a tônica de sua trajetória no planeta e alimentam o seu
psiquismo”.

Existem vestígios de anotações astrológicas em tabuinhas sumerianas, cerca


de 2500 AC, que já faziam referências a “documentos que não mais existem”!

Na Grécia e em Roma, a Astrologia se colocou entre as Ciências de primeira


linha. Pelos antigos documentos sumerianos, a Astrologia teria sido ensinada por um
Ser Extraterrestre, que surgiu do mar, na Babilônia. Seu nome era Oannes, e tinha o
aspecto de um peixe, embora com cabeça e corpo de forma humana; conseguia
articular bem as palavras e durante o dia ensinou ciências, artes, agricultura, religião,
tendo até dado amplas noções de Geometria. À noite, voltava para o mar, só voltando
na manha seguinte. Uma corrente astrológica que liga os ciclos ou eras à Precessão
dos Equinócios, fenômeno observado há  milênios pelas antigas civilizações.
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 32

Enquanto a Terra gira sobre si mesma, seu eixo se desloca, traçando um


círculo no espaço. Se a direção do eixo muda, o mesmo acontece com o plano
equatorial em relação ao plano da órbita terrestre. O ponto de contato desses dois
planos é denominado Precessão dos Equinócios.

Assim, em relação à Terra, todas as estrelas completam uma volta no céu a


cada 25.920 anos, período que é denominado o Grande Ano de Platão. Cada 72 anos
correspondem a 1 grau de movimento precessional, e a cada 30 graus se iniciaria uma
nova era, isto é, a cada 2.160 anos.

Os sacerdotes sumerianos organizaram um calendário agrícola, com base no


ciclo das estações, orientando os agricultores sobre as melhores épocas para plantio e
colheita.

Organizaram um sistema de numeração tendo como base o número 60, que


originou o cálculo da hora dividida em 60 minutos e os 360 graus do círculo.

Em 2.189 AC, uma revolta ocorreu no reino acadiano, surgindo poderosos reis
sumerianos da Terceira Dinastia de Ur, iniciada por Ur-Nammu (2079 a 2061 AC),
que deram grande esplendor à Suméria.

Quando um rei de Ur morria, era venerado como um deus. Erigiram, com seus
tijolos de lama, construções de Cabalas, a que denominavam Zigurates, para
manipulação de forças Cósmicas e extracósmicas.

Em 1970 AC, termina a 1ª dinastia de Ur e a administração da região passa à


Babilônia. A linha sumeriana nos legou amplos conhecimentos de Matemática,
Geometria e Astronomia, sabendo manipular a energia dos corpos celestes e a
Contagem das Estrelas.

2.2 – OS HITITAS – Cerca de 1770 AC, começou a expansão do império Hitita, que, da
Mesopotâmia, chegou à Líbia e ao Líbano, guerreando com o Egito na época de
Ramsés II e, depois, habitando Canaã antes da chegada dos Hebreus.

Viveram, como Amorreus e Jebuseus, nas montanhas ao redor de Jerusalém,


havendo maioria entre os Cananeus. Hebron é uma cidade de origem Hitita.

Com a religião influenciada pela assiro-babiIônica, prestavam culto à


divindades abstratas e escreviam os nomes dos deuses com ideogramas
correspondentes aos usados na Babilônia, tendo Taru como o principal Deus, que
regulava as tempestades, as chuvas e o clima em geral.

A Deusa Solar era Wurusemo, venerando deuses babilônicos como Ea, Anu e
Star. Telepino, Deus que simbolizava a Natureza, morria e renascia, renovando-se
anualmente.

Cremavam os cadáveres e faziam muitos rituais, com liturgia plena de hinos e


preces. Cultivavam a magia e a adivinhação em elevado grau e usavam ritos mágicos
especiais para a cura de doenças e purificação das impurezas.
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 33

Existem, no Velho Testamento, diversas citações sobre os Hititas. Com


conhecimentos transcendentais, legados pelos Capelinos que chegaram à
Mesopotâmia, os Hititas foram os grandes percursores dos trabalhos de curas –
vibracional e desobsessiva – com base no fluxo das correntes magnéticas da força
vital, que buscavam normalizar pela manipulado vibratória dos Chakras.

2.3 – A BABILÔNIA – Por volta de 1728 a 1686 AC, o rei Hamurabi, da Babilônia,
conseguiu o domínio de toda a Mesopotâmia e regiões vizinhas, substituindo os
príncipes por governadores de província sob o comando centralizado da Babilônia,
editando leis que formaram o Código de Hamurabi, conhecido como a lei do "olho por
olho, dente por dente", que prevaleceu entre as diversas linhas da região até a
chegada de Jesus.

A sociedade compreendia três classes: nobres ou grandes proprietários –


pequenos proprietários, que possuíssem servos – e os escravos, geralmente
prisioneiros de guerra, mas que podiam tornar-se proprietários. Se um escravo se
casasse com uma mulher livre, os filhos seriam livres.

Foram estabelecidas regras para o comércio, onde surgiram contratos,


acordos, uniformidade de pesos e medidas de metais preciosos, empréstimos de
dinheiro a juros, que eram pagos com cereais ou com prata, e seguros contra
enchentes. Em 1530 AC, os Hititas invadiram a Babilônia, dando início a uma onda de
conquistas da cidade, que só findou em 605 AC, quando Nabucodonosor, rei da
Babilônia, venceu os egípcios e estendeu seu império desde a Mesopotâmia até o
Egito. Em 586 AC, conquistou Jerusalém e mandou para a Babilônia a maior parte do
povo de Judá  como escravos.

Nabucodonosor reconstruiu e ampliou a velha cidade. Com Cabalas e templos,


a nova Babilônia era uma imponente cidade murada, podendo comportar 200 mil
habitantes. Seu Templo principal tinha 8 andares, erguendo-se a uma altura de 99
metros do nível do solo, com base de 28 metros quadrados.

A nova civilizado babilônica só viveu por 87 anos, quando Ciro derrotou o rei
Nabunido, da Babilônia, que passou a pertencer à pérsia. Tinha a religião babilônica
sido influenciada pelos assírios. As divindades apresentavam características humanas,
em um antropomorfismo religioso, sublimadas e um grau elevado, mas com famílias,
defeitos e virtudes.

Havia duas trindades de deuses, uma Cósmica (Anu, o Céu; Ellil, o Ar, e Ea, a
Terra) e outra astral (Shamash, o Sol: Sin, a Lua; e lstar, o planeta Vênus).

Muito venerados, entre o grande panteão babilônico, eram Adad, Deus das
tempestades; Assur, Deus guerreiro; e Marduk, Criador e Ordenador do Universo.

Os zigurates ou Cabalas eram construídos em planos elevados, com a escada


representando a ligação entre o Céu e a Terra. Praticavam a cura desobsessiva,
colocando um animal junto ao paciente para que o espírito obsessor passasse para ele.

A magia e a adivinhação eram largamente usadas, fazendo-se previsões com


fígados de animais, vôos das aves, interpretações de sonhos e oráculos. Tinham vida
religiosa intensa, com rituais e cultos, sendo o rei o chefe supremo das diversas
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 34

categorias de sacerdotes, que compreendiam adivinhos, exorcistas, cantores, magos,


purificadores e muitos outros. A maior festa era o Akitu - o ano novo babilônico –, em
que havia um grande desfile com as estátuas de todas as divindades e uma imensa
quantidade de súplicas implorando prosperidade para o ano que se iniciava.

Assim, a Babilônia representou a grande dificuldade para se manter a linha dos


Hebreus, quando Jerusalém foi conquistada e seu povo escravizado. Houve grande
pressão para que os Judeus aceitassem os deuses da Babilônia, o que representou
grande provação para a confiança e a fé dos Hebreus em seu Messias e nas lições do
Velho Testamento.

A Babilônia representava o poder da matéria, dos bens terrenos, em níveis que


nem sequer haviam sido imaginados pelos Judeus. Foi representada pela figura de
uma prostituta, que trocava por licenciosidade os bons costumes e os bens morais dos
Hebreus. Foi um importante teste pelo qual passou - e venceu a raiz hebraica.

2.4 – A PÉRSIA – O povo iraniano, da linha Ariana, composto por duas grandes tribos
– Persas e Medos –, ocupou grande área no planalto entre o mar Cáspio e o golfo
pérsico, cerca de 2000 AC.

Em 559 AC, Ciro, rei persa, unificou as duas tribos e iniciou grandes
conquistas, que foram ampliadas por seus sucessores, especialmente por Dário (521-
486 AC), organizando os territórios em satrápias ou províncias, dirigidas por um
governador civil e um comandante militar estando sempre presentes funcionários
especiais – "os olhos do rei" – cuja missão era verificar se tudo estava de acordo com
as instruções e ordens reais. Havia muita prosperidade para os povos, com redes de
irrigação, estradas, culturas alimentícias e de arvores, e com o comércio estimulado
pela criação de bancos e uso de cheques bancários.

Em 500 AC foi fundada a religião persa, por Zoroastro – ou Zaratrusta – que


significa Estrela Dourada ou Esplendor do Sol – que divulgou o Zend-Avesta, coleção
de textos sagrados a ele revelados pelo Senhor e Grande Sábio Ahura-Mazda, na
pérsia, onde se revelava a luta entre o Bem – Ormuz, servido pelos gênios do ar, do
fogo, da água, do Sol, da Lua e das estrelas – e o Mal – Ahriman, servido por espíritos
destruidores. O juiz das almas desencarnadas era Shraosha, auxiliar de Ormuz. Os
templos eram sem pinturas ou imagens, só sendo cultuado um fogo simbólico de Deus.
Mais tarde, surgiu uma entidade do Bem – Mitra – Deus luminoso que ajudava
a Humanidade. No ano de 242 houve uma tentativa de alterar o Zend-Avesta, feita por
Mani ou Maniqueu, um babilônio que sofreu perseguições e acabou crucificado pelo rei
persa Sapor 1.

O Maniqueismo pregava a dualidade dos seres, com o Bem e o Mal presentes


em todos. A alma luminosa do Homem estaria encerrada no corpo escuro da matéria.
O Sol e a Lua seriam apenas manifestações da Luz, e não Deuses. Jesus era um
mensageiro da Luz Divina e suas parábolas deveriam ser estudadas com atenção.

Por isso adotaram o batismo e a comunhão. Os seguidores desta doutrina


surgiram por toda a Europa, principalmente na França, onde formaram uma seita
poderosa, chamada de Cátaros ou Albigenses, que se propagou pelos países vizinhos
e foi cruelmente destruída pela Inquisição.
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 35

O império Persa sucumbiu rapidamente ao ser o rei Dario III derrotado por
Alexandre Magno, no ano 331 AC. A pérsia foi o grande centro propagador das idéias
de bons serviços comunitários, que visavam o bem-estar do povo e o aumento da
produção e da comercialização de produtos, gerando o enriquecimento de cidades e
elevando a melhoria de níveis sociais de seus habitantes.

A linha Ariana, neste sentido, evoluiu bastante, servindo como base às


sociedades grega e romana, que souberam apreender o que de bom estava à
disposição nas antigas civilizações, indo dar enchimento racional e espiritual às
estruturas persas.

3. A RAIZ DOS HIPERBÓREOS

Os Hiperbóreos eram, segundo os gregos, "um povo que habitava além do


Vento Norte", numa região de Paz e Sabedoria, até hoje não localizada, mas
compreendendo a atual região Ártica, que corresponde ao atual Polo Norte.

Esta raiz foi o povo de Apolo, que deixava Delfos entregue a Dionísio e para lá
ia uma vez por ano, no inverno. A Hiperbórea era totalmente inacessível por terra ou
por mar. Na Mitologia grega há a história de Perseu, que conseguiu ser recebido pelos
Hiperbóreos. É deles que se originaram os Esquimós, os Vikings, os Anglo-saxãos, os
Eslavos e os Celtas.

3.1 – OS CELTAS – Mesclando-se com os Arianos, a linha Celta ocupou a região


setentrional dos Alpes, formando, a partir do século XII AC, tribos que se espalharam
pela Europa, ocupando grandes áreas entre Gibraltar, na península Ibérica, e a Europa
Central, no norte da Gália.

Desde as nações do norte, os Celtas avançaram para outras regiões,


combatendo junto a Alexandre Magno e tendo invadido a Grécia. Foi grande a sua
influencia na Boêmia, na Áustria Superior e na Baviera. Os reis das tribos eram eleitos,
mas sempre dentro de uma mesma família. Depois, o poder passou a ser exercido
pelos equites, magistrados membros de famílias ricas.

Os druídas formavam uma das duas castas dirigentes entre os Celtas, com
grande influência político-social, mas essencialmente religiosa, pois exerciam múltiplas
funções de adivinhos, médicos, filósofos, além de serem sacerdotes ("dru” significa
intensivo e "uid" é sábio, vidente). Existiam druídas em todas as tribos nórdicas, e
tinham um superdruída, autoridade máxima, com quem faziam reuniões anuais, num
ponto central.

A eleição do superdruída era fato muito concorrido e motivo de muitas lutas,


pois representava o poder máximo entre as tribos. Aos druidas cabiam os grandes
sacrifícios comuns, a ligação com os vários deuses tribais e regionais, onde eram
cultuadas divindades ligadas a Natureza e a planos superiores, especialmente deuses
que tinham relação com Apolo, e a educação, mesmo dos guerreiros.

Um druída levava, em média, vinte anos de aprendizado até estar apto a


assumir suas funções, aprendendo Medicina e Teologia, além de Astronomia, Geologia
e Ciências Naturais.
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 36

Para Aristóteles, os druídas teriam inventado a Filosofia, com suas teorias


sobre as origens e o destino do Homem e estudos da metempsicose. Atualmente, a
idéia é a de que eram Xamãs ou Magos. Com o domínio romano, os druídas foram
considerados curandeiros e feiticeiros, sendo exterminados.

Os druídas são nossa principal ligação com essa raiz, nos transmitindo o
conhecimento das energias do Sol e da Contagem das Estrelas e a manipulação da
Natureza, por um Xamanismo puro e extremamente energético, de onde as forças
telúricas nos chegam em trabalhos de Contagem e de Unificação, quando nós
liberamos nossa força nativa.

3.2 – OS VlKlNGS – Conhecedores das estrelas, os Vikings foram exímios


construtores de barcos e ferozes guerreiros, navegando por toda a costa da Europa e
incursionando pelos grandes rios, como o Danúbio e o Volga, assaltando vilas e
povoados, além de terem chegado às Américas, em arriscadas viagens, mas sem
terem tomado posse das terras.

Assim, existe uma hipótese de que os grandes navegadores portugueses e


espanhóis já saberiam da existência destas terras, tendo providenciado as expedições
para conseguirem mais terras e tesouros para seus reis.

Importante foi o entrelaçamento de raízes feito pelos Vikings, através de suas


viagens, embora o que resta destas tribos dizem respeito somente à perfeição de sua
construção naval.

4. A RAlZ DA ATLÂNTIDA

Um verdadeiro continente, situado entre a África e as Américas, desenvolveu


elevado nível de civilização, sendo submerso quando essa cultura de afastou das
origens e caiu na ambição de ser maior do que a Espiritualidade, achando-se
verdadeiros deuses pelo progresso científico que conseguiram obter.

De pele avermelhada, migraram para a América do Norte, dando origem aos


Índios Peles Vermelhas, formando as raças indígenas do Caribe e da região do Marajó,
alcançando os povos do Amazonas e do Roncador. Também se mesclaram nas tribos
do México, formando os Toltecas.

Outros grupos de Atlantes chegaram às costas da África, onde se mesclaram


com povos da 6ª raiz, originando Fenícios e Árabes, sendo que outros sobreviventes
aportaram na península Ibérica. Desta raiz recebemos uma grande força xamanística,
que se desenvolveu por todas as Américas, gerando os poderes dos grandes pajés e
feiticeiros indígenas que propiciaram o desenvolvimento dos trabalhos com Caboclos e
Caboclas que fazemos em nossa Corrente do Amanhecer. A manipulação de forças do
Povo das águas e das Sereias de Yemanjá  também são derivadas desta raiz.

5. A RAIZ EGEA

Uma poderosa Raiz se baseou na região da Egea, terra que ficava entre a
Turquia e a Grécia, tendo sido submersa pelas águas do mar Egeu, formando as ilhas
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 37

gregas, e dando origem a três linhas que influenciaram profundamente a civilização da


Terra: Gregos, Egípcios e Hebreus.

5.1 – GRÉClA – Um dos três troncos da Egea, foi o grupo que desenvolveu mais
rapidamente tudo que dizia respeito ao Homem e a sua vida em sociedade, não só em
seus aspectos positivos como, também, negativos.

As ruínas de Thira, mostram que a região da Egea abrigava uma civilização


adiantada, que muitos confundem como sendo a Atlântida, sem registro de guerras ou
violência, que foi destruída por uma grande erupção que provocou a submersão de
grande parte da Egea e formou as ilhas gregas das Cíclades e do Dodecaneso, Creta e
o Peloponeso, ao sul da Grécia.

Os Deuses se concentraram, então, no monte Olimpo, de onde se envolveram


nas grandes aventuras relatadas na Mitologia grega. Era a história da queda dos
Capelinos, uma fase vital para muitos espíritos, quando tantos chegaram ao fim da
existência, já que foram desintegrados, isto é, deixaram de existir.

Na Egea surgiram poderosas forças e um povo missionário, que iria levar o


Homem à idade da Razão, mas também foi um ponto de reinicio de nossa jornada de
volta às nossas origens, embora fosse o final para aqueles que se deixaram levar pelo
desamor e pela violência, como os que se concentraram em Esparta, onde esses
espíritos caíram o mais fundo que lhes foi permitido.

Para muitos de nós, foi dada uma nova oportunidade. Em Esparta tivemos a
última experiência com um núcleo onde o amor não existia, nem a misericórdia e nem a
caridade. Vivia-se por instintos e não por sensibilidade, transformando aqueles que um
dia foram Deuses em seres mais perigosos que os animais.

Em Atenas, destruída pelos persas, surge a grande figura de Péricles (495 a


430 AC), cuja missão era reunir aquela plêiade de espíritos vindos da Egea,
estabelecendo os caminhos para o Deus único, invisível e indivisível, desconhecido.

Aceitando as divindades do Olimpo, reconstruiu Atenas, de forma até hoje


admirada por todos, não só na parte material como, também, nas raízes que deixou.
Ergueu o principal templo da cidade dedicado a Atena e, com sua visão e inteligência,
dedicou-se a política voltada para a comunidade, prestigiando as Artes e as Letras em
tal dimensão que sua época ficou conhecida como "o Século de Péricles".

Cercada por muralhas, Atenas se concentrava em torno do Acrópole e


dispunha de locais preparados para as reuniões com os grandes mestres que ali
iniciavam a Era da Razão, como a Assembléia – Pnix –, o teatro de Dionísio e, fora dos
muros, a Academia de Platão e o Liceu de Aristóteles.

Na guerra do Peloponeso, Atenas foi derrotada por Esparta, logo após a morte
de Péricles. Para se ter uma idéia do mundo intelectual grego, as cidades-estados
foram campos de atividades dos famosos sábios: Abdera (Demócrito e Pitágoras);
Elide (Pirro); Estagiros (Aristóteles); Megara (Euclides); Mileto (Anaximandro, Leucipo e
Talles); Samos (Epicuro e Pitágoras); Sinope (Diógenes); e Atenas (Anaxágoras,
Antistenes, Aristóteles, Epicuro, píndaro, Platão, Sócrates, Timon e Zenão). Sócrates já
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 38

revelava a esperança Crística quando declarou: "desde a minha infância, graças ao


favor celeste, sou seguido por um ser quase divino, cuja voz me impele a esta ou
aquela ação".

Em Éfeso, região da atual Turquia, Heráclito proclamava que a evolução do


mundo se fazia pelos conflitos e desarmonias aparentes que, na verdade, obedeciam
a uma ordem superior harmônica que regulava os acontecimentos dentro de
determinadas medidas ou proporções. Com o fogo sendo considerado a substância
básica, o mundo estaria em mudança permanente. Assegurava: "A luta é a mãe de
tudo!". E foi na Grécia que tivemos reencarnações marcantes, como as da época da
guerra de Tróia, objeto de história contada por Koatay 108 na oportunidade de uma
prisão coletiva, onde relatou fatos e personagens ligados a Jaguares de hoje.

Eram usados os oráculos, onde sibilas, pitons e pitonisas, pela Voz Direta,
faziam previsões e orientavam grande parte dos reis e nobres.

Um ponto essencial no mundo grego foi Delfos. Localizado na Fócida, na


Grécia, situada na encosta sul do monte Parnaso, Delfos tornou-se um centro religioso
dois mil anos antes de Cristo. O primeiro Oráculo ali instalado foi o de Ge (a Terra), e
foi crescendo em importância até que no século VIII antes de Cristo tomou-se
enormemente influente com o Templo de Apolo e suas pitonisas, que eram procuradas
por reis, nobres e cidadãos comuns vindos das mais distantes regiões, buscando, nas
previsões das pitonisas, orientações e decisões para guerras, casos de amor e de
negócios, fundação de colônias, novos cultos, purificação de criminosos e outros
variados assuntos.

As respostas eram dadas por uma pitonisa que se preparava fazendo


fumigações de louro e cevada, bebendo água da fonte de Cassótis, e sentava em um
tripóide, banco de ouro com três pernas, sobre uma pedra redonda, dividida em três,
tendo em cada parte uma fenda por onde passava uma fumaça de origem vulcânica,
vinda do adyton, parte inferior do Templo de Apolo, que era aspirada pela pitonisa,
fazendo com que entrasse em extase mediúnico.

Os oráculos proferidos pela pitonisa eram então, se necessário, interpretados


pelos sacerdotes. Para que aguardassem serem atendidos, os reis construíram vários
minipalácios no caminho para o Templo de Apolo – a Via Sagrada –, erguendo
monumentos e depositando tesouros que, com o tempo, se perderam.

Até hoje existem as ruínas do Templo, a pedra circular, ruínas dos palácios,
sendo o mais conservado o dos Atenienses. Existe o anfiteatro onde se faziam os
julgamentos das pitonisas novatas, pois, como o poder delas era muito grande, quando
desconfiavam que estavam diante de uma mistificação, submetiam-nas ao julgamento.
Se não conseguissem provar seus poderes, eram imediatamente atiradas a uma
corrente de água que caía pelo despenhadeiro.

Foi num desses julgamentos que Pítia, encarnação de Tia Neiva, produziu,
pela primeira vez, o fenômeno do rufar dos tambores. Entre a entrada do Templo e o
anfiteatro existe um caminho, onde os guardas se postavam com tambores. A cada
passo que a pitonisa a ser julgada percorria, rufava um tambor onde ela passava, de
modo que o povo reunido no anfiteatro percebia sua aproximação.
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 39

Quando Pítia estava diante de seus juizes, provou sua força fazendo com que,
independentemente dos soldados, todos os tambores rufassem ao mesmo tempo,
sendo, então, reconhecidos seus poderes. Esse fenômeno ela reproduziu em Atenas,
quando comprovou seus poderes a Leônidas, para libertar a Rainha Exilada, como se
revive no Turigano.

O culto a Apolo era interrompido no inverno, quando Apolo ia para os


Hiperbóreos, ficando em seu lugar Dionísio. De Delfos, Pítia organizou as Falanges
Missionárias de Yuricy, Jaçanãs, Muruaicys e Dharman Oxinto, após a instalação da
Cruz do Caminho no Delta do Nilo, colocando, sob nova projeção, a Iniciação de Osíris,
que passou a Iniciação Dharman Oxinto, até hoje usada em nossos Templos do
Amanhecer.

Segundo os historiadores, havia em Delfos uma grande pedra – omphalos –,


que marcava o centro do mundo, que desapareceu. Com o passar dos séculos, pela
ação destruidora de terremotos e saqueadores, pouco resta do antigo esplendor de
Delfos.

No Templo estavam escritas sentenças dos Sete Sábios – Tales de Mileto,


Pitaco de Metilene, Brias de Priene, Sólon, Cleóbulo de Lindos, Mison de Cene e
Chilone de Lacedemônia –, os sábios gregos que possuíam no mais alto grau o que os
Gregos chamavam de Sabedoria.

Entre as sentenças gravadas, destacam-se "Conhece-te a ti mesmo" e "Nada


em excesso". Dentro da missão de preparar o caminho para Jesus, as pitonisas ou
sibilas de Delfos se entregaram às suas funções com amor e muito zelo.

Levavam uma vida de castidade e orações, e muitas predisseram a futura


chegada de Jesus, sendo famosas Ciméria ("Num século surgirá o dia em que o Rei
dos Reis habitará conosco. Três reis do Oriente, guiados pela luz de um astro rutilante,
que ilumina a jornada, irão adorá-lo e, humildes, prosternados, Lhe oferecerão ouro,
incenso e mirra!") e Daphne ("Depois que alguns anos passarem, o Deus, de uma
virgem nascido, fará reluzir aos homens aflitos a esperança da redenção e, conquanto
tudo possa – e quão alto está o Seu trono! – ele sofrerá a morte para, da morte,
resgatar seus povos...").

De modo geral, eram recrutadas entre as sacerdotisas de Apolo. Com o


advento do Cristianismo, Delfos foi perdendo seu poder, e a última mensagem do
Oráculo dizia: "Chorai, trípodes! Apolo é mortal... E ele sente morrer sua chama
passageira... O fogo sagrado do Eterno eclipsa sua débil luz!...".

Estava cumprida a missão, pois o Sistema Crístico já estava estabelecido pelo


Divino e Amado Mestre Jesus. Porém, é em Esparta nosso último degrau da
decadência espiritual.

Formamos uma civilizado militarista e insensível, violenta e sem amor, espíritos


oriundos de Egea eram responsabilidade do estado desde a sua gestação, criados
longe dos pais, e se apresentassem alguma fraqueza ou deficiência eram
imediatamente eliminados.
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 40

Daí, partimos em busca de podermos retomar a Capela, e essa é a força que


nos impulsiona – a dos Cavaleiros Verdes – que vamos buscar no passado remoto. A
figura de Leônidas se destaca nesta época, sendo esta raiz invocada no Turigano.

Pelo seu nível elevado, a Grécia, embora sob o poder romano, influenciou
profundamente a raiz que se formou em Roma.

5.2 – EGITO – Da base na Egea, os Capelinos sobreviventes da submersão de


grandes áreas pelas águas do Mediterrâneo se deslocaram para as regiões costeiras,
formando três grandes raízes: EGÍPCIOS, GREGOS e HEBREUS.

No Egito não há registro histórico de uma religião, mas, sim, uma evolução
diversificada de várias correntes, com variados e numerosos deuses cultuados nas
diferentes regiões, com um ponto comum: o Livro dos Mortos, guia da grande viagem –
Amenti – que as almas desencarnadas deviam fazer até o País dos Mortos.

O ramo principal das religiões do Antigo Egito afirmava ser Osíris o Deus-Sol,
do Bem e da Luz, tendo como inimigo Set, o Deus das Trevas.

A cada dia, Set mata Osíris ao entardecer e, enquanto Ísis, a Lua, chora pelo
seu amado, Set governa a Terra em trevas. Ao Amanhecer, Horus – a Força da Terra
–, filho de Ísis e Osíris, combate e derrota Set, ressuscitando Osíris, que volta a brilhar
e a iluminar a Terra. É a luta eterna entre o Bem e o Mal, que se repete a cada dia.

Um dia, Horus tornou-se rei do Egito, dando origem a linhagem dos faraós,
reis-deuses, iniciada por Menes, no ano 3315 AC. A linhagem dos faraós cercou-se de
numerosos sacerdotes e teólogos que pregavam ter o Homem um duplo – Ka –
equivalente ao corpo astral. Só que este corpo astral ficava no plano espiritual e atuava
como um anjo da guarda.

Quando o Homem desencarnava, eram reunidos a sua alma – Ba –, o seu


espírito – Akh –, o seu conjunto de forças Sekhem – e Ka, e compareciam perante
Osíris que, com quarenta juizes, pesava e julgava o coração do morto. Se julgado bom
e justo, a alma se identificava com Osíris e era conduzida a planos elevados; se
julgado faltoso, a alma era encaminhada a planos de sofrimentos e dores.

Assim, tudo dependia do coração do Homem. Na linha egípcia encontramos


Hermes, chamado Trimegisto (Três Vezes Grande), a quem se atribui o Livro dos
Mortos e o aforismo: "Como é acima, é abaixo”, ou seja, "Assim na Terra como no
Céu".

Enquanto uns consideram Hermes como um grande filósofo egípcio, outros o


colocam como um deus grego, filho de Zeus e Maya, conhecido pelos romanos como
Mercúrio, mensageiro de Zeus, protetor dos mercadores e dos rebanhos, e guia dos
mortos para o outro mundo.

Dessas origens temos Akhenaton, também denominado Amenófis IV, e sua


esposa Nefertiti, uma ariana, princesa de Mitani, que muito se dedicou a Lei do Auxílio,
ajudando na unificação das religiões do povo egípcio, instituindo o culto de Aton, o
Deus único.
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 41

Raio derivado de ATON, Raiz de Simiromba, Akhenaton age, na nossa


Doutrina, de modo concentrado no Leito Magnético e em trabalhos de elevado grau de
realização, como o Turigano e a Estrela de Nerú. Não se desloca sem uma grande
razão, pois concentra forças muito intensas, que devem ser manipuladas apenas em
locais onde haja grande concentração de médiuns e uma força magnética animal muito
ativada, para que lhe permita se deslocar plenamente. Tem todo o poder de Amon-Rá,
e se projeta no chakra coronário do médium, fornecendo-lhe toda a energia para
realizar eficiente e eficazmente seu trabalho.

É uma grande energia, gerando força desobsessiva, curadora e geradora.


Através dela se manipulam todas as outras energias que cheguem ao trabalho ao qual
está em ação. Akhenaton também rege as Amacês que conduzem os espíritos
sofredores para o Canal Vermelho. O faraó Akhenaton foi o representante, na Terra,
desse Raio, tal como, hoje, os Arcanos representam seus Ministros.

Nefertiti, um espírito de Luz, tem sua força invocada em diversos rituais,


especialmente na Elevação de Espadas, mas, por suas condições, seu campo de
atuação é em outros planos. Outra raiz dos faraós é invocada no poder dos Ramsés,
especialmente de Ramsés II, considerado o maior deles, guardiões de Amon-Rá e
conhecedores da Alta Magia, atuando na Cruz do Caminho, em conjunto com o Povo
das águas. Horibe, a suma-sacerdotisa de Horus em Karnak, era a Princesa Aline – a
Princesa das Dharman Oxinto – reencarnada.

Naquela época, o povo não entrava nos templos. Somente sacerdotes e


sacerdotisas e os faraós tinham acesso aos recintos sagrados. O povo aguardava, do
lado de fora, a manifestação dos deuses.

Havia um grupo de sacerdotisas de Horus, lideradas por Horibe, que, com


ajuda de Nefertari, a esposa do faraó Ramsés II, realizava grandes fenômenos entre
aquela gente, portando energias maravilhosas, fazendo curas físicas e desobsessivas.

Participando de grandes rituais, os poderes de Horibe eram tão grandiosos que


ela passou a ser representada pela figura humana com cabeça de falcão – a cabeça de
Horus –, como se pode ver nas gravuras da época, onde se representa, também, a
grande afinidade entre Horibe e Nefertari. São muitas as representações de Nefertari
dando a mão a Horibe, carregando a Cruz Ançanta, chave da Sabedoria, da Vida e da
Morte. Essa união se fazia sempre presente.

Na maior festa ritualística da época, quando Ramsés ll retirava o símbolo de


Amon-Rá de seu Oráculo, em Karnak, e o levava, velado, em procissão de barcos pelo
Nilo, acompanhada pelo povo nas margens, até Luxor, onde ficava um mês. Ao final
desse período, o cortejo se fazia na volta de Amon-Rá  para seu Oráculo em Karnak,
onde o barco era recepcionado, no palácio, por Nefertari, Horibe e as sacerdotisas de
Horus.

Pela grande energia de que era portador, esse grupo de sacerdotisas, liderado
por Horibe, desempenhou importante papel no decorrer dos tempos, encarregando-se
dos primeiros passos iniciáticos, conduzindo os mestres a serem consagrados pela
Iniciação de Osíris.
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 42

Quando a Rainha Exilada saiu da Grécia, tendo sido poupada sua vida por
interferência de Pítia (uma das encarnações de Tia Neiva), como se revive hoje no
Turigano, ela foi para um palácio na região do Delta do Nilo. Ali, se dedicou a cura de
todos os necessitados que a procuravam, dando-lhes abrigo, e marcando, na trilha, a
entrada para o palácio, com uma cruz. Era a Cruz do Caminho! E, para ajudá-la, veio
do Egito o grupo de sacerdotisas de Horus.

Horibe já estava no Plano Espiritual, comandando suas Missionárias do


Espaço, e emanando e protegendo o grupo que foi para a Cruz do Caminho. Em
Delfos, Pítia organizou as primeiras falanges missionárias – Yuricys, Muruaicys e
Jaçanãs –, e providenciou para que, na Cruz do Caminho, começassem as iniciações
Dharman Oxinto, que significa A CAMINHO DE DEUS, entregues às sacerdotisas de
Horus, que receberam o nome de Missionárias Dharman Oxinto.

Por isso, na Cruz do Caminho, onde são manipuladas as energias dos Ramsés
e do Povo das águas, as Dharman Oxinto têm lugar de honra e guarda a Mãe
Yemanjá. A raiz egípcia também é invocada pelas forças que nos traz do rico Vale dos
Reis, onde estão as ruínas materiais de uma grande era, o poder dos faraós e de suas
rainhas – no Vale das Rainhas –, situado à margem ocidental do Nilo, onde o Sol se
põe, na representação da Morte.

Karnak, na margem oriental, onde está o Oráculo de Amon-Rá e o dia


amanhece, representa a Vida. Tia Neiva teve uma reencarnação como Cleópatra, a
rainha dos dois Egitos, quando viveu um grande romance com Júlio César e, depois,
com Marco Antônio (Mário Sassi), reunindo as raízes do Egito e de Roma em marcante
existência. Um grupo de sábios marcou essa raiz, na Alexandria, onde existiu a mais
completa biblioteca do mundo antigo, com atividades de Apolônio, Aristarco,
Arquimedes, Erastóstenes, Euclides, Heron e Ptolomeu.

Importante influência no final das dinastias de faraós teve a Núbia, região


nordeste do Egito, denominada País de Cuxe, conquistada pelo faraó Zer, da 1ª
dinastia, quando reis da Núbia, com sede em Napata, foram também reis do Egito.
Essa raiz se faz presente na Estrela de Nerú, projetada nos mestres que acompanham
as ninfas Ismênias, que vão para os esquifes, denominados Núbios de Amon-Rá. Foi
de grande valor a influência egípcia na formação da raiz hebraica e do povo israelita.

5.3 – OS HEBREUS – Deixando a Egea, os Hebreus se deslocaram, cerca de 2000


AC, para a Palestina e depois para o ocidente, indo para o Egito, onde foram
aprisionados e mantidos como escravos até o século XIII AC, quando Moisés
conseguiu a libertação das tribos e seguiu para a Terra Prometida.

Moisés foi o líder que deu às antigas religiões dos Hebreus uma unificação
sólida – o Judaísmo. Espírito elevado e receptivo das forças cósmicas, recebeu no
monte Sinai as Tábuas da Lei, com os dez mandamentos que se tornaram alicerces da
Lei Mosaica, que denominamos a Velha Estrada, porque obedecia, ainda, a velha lei do
"olho por olho, dente por dente", excluindo o amor, a caridade e a misericórdia.

Moisés definiu que o único Deus das 12 tribos hebraicas seria Jeová,
instituindo uma monolatria a ser seguida pelos “filhos de lsrael", componentes dessas
tribos, que passaram a se denominar "judeus". Com a partida de Moisés e suas 12
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 43

tribos do Egito, tem início a grande raiz hebraica, que segue através das eras como
relatado nos livros que compõem a Bíblia, especialmente no Velho Testamento.

Em torno de 1200 anos AC se completa a conquista da Palestina, a Terra


Santa proclamada por Moisés, e se inicia nova fase para aquele povo, que deixa sua
natureza nômade e se estabelece com atividades sedentárias agrícolas e pastoris.

As idéias sobre Jeová se adaptaram, e o centro do judaísmo passou a ser


Jerusalém. Ao mesmo tempo, as tribos ainda não unificadas integralmente em tomo de
Jeová cultuavam outros deuses. Agricultores adeptos do baalismo, faziam cultos a
diversos deuses agrícolas.

Salomão, no século X AC, fez um dos mais brilhantes governos do povo judeu
e construiu um imponente templo onde foi guardada a Arca Sagrada, contendo as Leis
de Moisés, do qual existe, hoje, apenas uma ruína que é conhecida como o Muro das
Lamentações, local sagrado para os judeus.

Quando Salomão morreu, os hebreus se dividiram em dois grupos: lsrael, ao


Norte, e Judéia, ao Sul. Em 722 AC, as dez tribos que compunham lsrael foram
destruídas pelos assírios e, embora constantemente atacada, a Judéia, incluindo as
tribos de Judá e Benjamim, conseguiram manter a linha dos hebreus.

Em 586 AC, os hebreus tinham sido expulsos de Jerusalém, caída em poder


dos babilônios, e surgiram os grandes profetas, que reformularam a religião hebraica,
dando-lhe caráter monoteísta e combatendo os sacrifícios de animais, alegando que o
sacrifício verdadeiro deveria ser manter um espírito obediente e um coração contrito.

Em 538 AC, Ciro, o grande rei persa, tomou Jerusalém e a devolveu aos
judeus, que já tinham evoluído em sua visão de Jeová, que passou de Deus de lsrael
para ser o Criador, Deus de toda a Humanidade, e foi abolido o politeísmo.

Pelos profetas, firmou-se a idéia da chegada de um Messias salvador que iria


restaurar a nação judaica, bem como da ressurreição geral no dia do Juízo Final.

No século IV AC, Alexandre Magno estabeleceu um século e meio de domínio


da linha Grega sobre lsrael, influenciando muito o povo hebreu.

Em 168 AC, Judas Macabeu iniciou revolução que, em 141 AC, estabeleceu
um Estado judeu independente que se manteve até 63 AC, ano em que os romanos,
liderados por Pompeu, conquistaram aquelas regiões do Oriente.

A língua hebraica tinha uso muito restrito, praticamente usada em orações e


rituais, sendo popular o aramaico – usado por Jesus e seus discípulos – e o grego,
falado pelos mais instruídos.

Quando, em 70 AC, os romanos destruíram Jerusalém e o seu Templo, os


judeus já tinham solidificado sua base religiosa – o Tora, a Lei revelada constituída
pelos cinco primeiros livros – o Pentateuco – do Velho Testamento, compreendendo o
Gênesis (relatando a criação do mundo), o Êxodo (conta a saída dos hebreus do
Egito), o Levítico (que estabelece a organização do culto), o Números (fazendo o
recenseamento dos hebreus) e o Deuteronômio (um resumo das leis e instruções de
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 44

Moisés); pelos Livros dos Profetas e pelo Kethubim, escritos diversos que completam o
Velho Testamento.

O Templo de Jerusalém, em sua terceira reconstrução (em 64 da era Cristã foi


totalmente arrasado), era o centro de reuniões, das peregrinações e das orações,
sendo usado pelos doutores da Lei, por cambistas e mercadores, e nele se faziam
sacrifícios de animais. Imensa construção, a parte mais sagrada era o Sancta
Sanctorum, uma Câmara vazia, simbolizando a presença invisível de Deus, contendo
apenas uma pedra, sobre a qual o sumo sacerdote acendia um incenso, um dia por
ano, no Dia da Expiação, consagrado ao jejum e à oração.

Formaram-se grupos religiosos, como Fariseus, Saduceus, Zelotas e Essênios,


estes unificando a raiz hebraica que nos chegou com Jesus, o Caminheiro.

Os Essênios formavam uma irmandade de vida ascética e comunitária que se


estabeleceu na região do Mar Morto, praticando o culto de Moisés e dos Santos Anjos,
e faziam uma oração matinal voltados para o Sol.

Não participavam dos cultos no Templo de Jerusalém e não faziam sacrifícios


de sangue. Seguiam uma doutrina esotérica e seus membros só eram admitidos por
uma Iniciação, feita após longo período de provas e um juramento.

Jesus recebeu a Iniciação dos Essênios. O povo judeu tinha uma esperança: a
chegada do Messias, que os libertaria, e, assim, quando um pregador asceta – João
Batista – anunciou, no ano 29, na Judéia, que Jesus era esse enviado de Jeová, a
maioria se convenceu, e começaram a seguir Jesus e ouvir Suas idéias assombrosas.
No Sermão da Montanha, receberam toda a Doutrina Crística, quando Jesus disse que
não viera para abolir as Leis Mosaicas, mas sim completa-las, e que seu reino não era
deste mundo.

Estavam confusos e desapontados com aquele Messias, que aconselhava


amar os inimigos em lugar de providenciar a destruição dos romanos. Gente simples O
amava, mas era odiado pelos ortodoxos, que diziam ir Jesus contra a Lei Judaica.

Os apóstolos de Jesus viveram e aprenderam toda a Doutrina, de modo que,


quando sob a acusação de revolucionário e blasfemo, Jesus foi crucificado,
continuaram a difundir Suas idéias.

Foram escritos os Evangelhos (que significam Boa Nova), base do Novo


Testamento, em que constam também as diversas epístolas de Paulo, sendo
estruturada a religião cristã, que sofreu algumas derivações através do tempo e do
espaço, mas com sua raiz de verdade e de amor na rápida passagem do Divino e
Amado Mestre Jesus.

5.4 – ROMA – Cerca de 2000 AC, indo-europeus da Idade do Bronze, se radicaram


nas terras da atual Itália. Foi o início de um cruzamento de linhas – Ariana e Egea, que
resultaria em grande desenvolvimento para nossos espíritos.

Mil anos depois, haviam ocupado toda a península como tribos rurais:
Samnitas, Sabinos, Latinos, émbrios e Oscos. Em 900 AC, os Etruscos ocuparam o
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 45

norte do rio Tibre, empurrando para a margem sul camponeses Latinos, que
cultivavam as planícies do Ucio e a região dos Apeninos.

Roma, uma pequena aldeia, conta a lenda, foi fundada em 753 AC, por
Rômulo, um dos filhos gêmeos do Deus Marte, sendo apenas um posto avançado
latino na fronteira etrusca. Por sua localização, erguida em um vau navegável do Tibre,
próxima ao mar e a meio caminho entre o Norte e o Sul da península, Roma teve
rápida ascensão, iniciada pela conquista de Tarquínio, rei etrusco, seu sexto rei após
Rômulo, que trouxe a origem ariana para a península itálica. Em 509 AC os romanos
se revoltaram e proclamaram uma república, com dois cônsules, que podiam ser
substituídos anualmente, em lugar do rei, e um Senado, conselho formado por homens
idosos.

Iniciou Roma a submissão das tribos vizinhas, inclusive dos Etruscos. Mas, em
390 AC, sofreu o ataque dos Gauleses, vindos do Norte da Europa, sendo queimada e
saqueada. As cidades latinas haviam aceitado Roma como chefe e mentora, mas
sentindo a fragilidade causada pelos ataques, se revoltaram, tendo Roma vencido a
guerra, tomando-se, em 338 AC, a cidade-chefe da ltália Central.

Iniciou-se o sistema de domínio romano, que seria adotado em todo o grande


império futuro: em vez de escravizar o inimigo vencido, o que os tomaria hostis e
perigosos, isolaram as cidades vencidas de forma que ficassem dependentes de Roma
no aspecto comercial, tomando-as verdadeiras parceiras, o que as tornava leais ao
poder romano. Em 275 AC, Roma já havia conquistado toda a península itálica,
estabelecendo uma confederação que reunia todas as tribos e cidades italianas, umas
com direitos integrais da cidadania romana, outras apenas com direitos limitados, e
outras com governo próprio, aliadas obedientes à lei romana e comprometidas com o
combate aos inimigos de Roma. Começaram a ser construídas notáveis estradas,
ligando as cidades, proporcionando melhor movimentação das tropas.

Em 312 AC, foi construída a Via Ápia, com 260 km, ligando Roma a Cápua, no
Sul. A Sicília era colonizada por gregos, mantendo intenso comércio com os
cartagineses, que ocupavam toda a costa mediterrânea da África.

Roma decidiu tomar Cártago, um porto fundado em 800 AC pelos fenícios, três
vezes maior do que o de Roma. Iniciaram-se assim as Guerras Púnicas, em 264 AC,
terminadas em 241 AC, quando Cártago negociou a paz e a Sicília passou a ser a
primeira província romana.

Estava iniciada a conquista de extensas regiões do norte da África e do Oriente


Médio, e toda a Europa, (exceto a área que formou a extinta União Soviética), levando
profundas modificações nos povos de todas essas áreas, em ocupações que duraram
até 1453 da era cristã. Tivemos, nesse período, poder e possibilidades de aplicar as
leis da Espiritualidade Maior, mas, pelo orgulho, pela vaidade e pela falta de amor, nos
perdemos, e o que nos valeu foi a força de vontade, de conquista, que hoje buscamos
nos Cavaleiros Especiais – os centuriões e guardas pretorianos que vivemos.

A reencarnação como romanos nos deu novas dimensões e nos proporcionou


as maiores oportunidades de nossa existência. Estávamos na Palestina, e crucificamos
Jesus, sem poder entender a Sua presença.
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 46

Conhecendo-nos em nosso mais profundo íntimo, Jesus pediu que o Pai nos
perdoasse, porque não sabíamos o que estávamos fazendo! Éramos ignorantes totais,
ignorantes de Deus, ignorantes do Amor, ignorantes de nós mesmos! Muitas das
prisões, que hoje assumimos no Vale do Amanhecer, se relacionam com nossa
passagem pelo império romano, principalmente Aramês.

Influenciados pela sabedoria grega, os romanos abafavam as novas doutrinas


ou filosofias de forma radical. A evolução do pensamento romano se fez pelo trabalho
dos grandes mestres da raiz Egea, sendo destacados Empédocles, de Agrigento
(Sicília); Parménides e Zenão, em Eléa: e Epícteto, Lucrécio, Marco Aurélio, Sêneca e
Sexto Empírico, em Roma.

6. A RAIZ AFRICANA

Os Capelinos que desceram na África Central, ao sul do lago Vitória,


originaram duas linhas: uma foi para a costa leste, atual Somália; outra, para o sul,
localizando-se na região do Forte Vitória, no atual Zimbabwe. Nessa época, ainda
existia o mar onde hoje é o deserto do Saara.

A linha da Somália se mesclou com a Núbia, formando as civilizações


rudimentares da costa africana do mar Vermelho e seguiu até a península que é
denominada Arábica. Os povos árabes, com tribos nômades e guerreiras, absorveram
muitos conhecimentos e se distribuíram por todo o norte da África e pelo Oriente
Médio, chegando a invadir a Pérsia e o Oeste da Índia, e mantendo na península
Ibérica por vários séculos. A linha do sul, que se estabeleceu na região do Forte Vitória,
onde deixou imponentes vestígios de grandes construções de pedra. Existem ruínas
que desafiam a Ciência moderna, que não encontra as explicações para diversos
aspectos que apresentam, tais como uma torre cônica com mais de 12 m de altura, oca
como uma chaminé, sem qualquer abertura ou acesso em sua estrutura, muralhas e
supostos templos, em solo repleto de jazidas de cobre, ouro e ferro e, apesar disso,
com alto índice de fertilidade.

A torre cônica recebeu, dos nativos, o título de Morada dos Deuses, e ali se
faziam muitos sacrifícios humanos para agradar aos Deuses. Enquanto as duas linhas
progrediam, a da Somália se entrelaçando com a do Egito e a dos árabes alcançando
alto grau de evolução, a do sul teve que trabalhar um Homem que se mantinha em
condições de evolução ainda muito primitivas, reunido em tribos espalhadas por uma
extensa região de florestas e savanas, com multiplicidade de níveis evolutivos.

Para o sul e para o oeste, a ação dos Capelinos foi difícil, conseguindo
estabelecer esse poderoso núcleo do Zimbabwe, formando um centro emissor de luz,
de energias fantásticas, que eram emitidas para diversos pontos da Terra – o Oráculo
de Ariano, que significa Raizes do Céu.

Mas a vaidade tomou conta dos sacerdotes, que se acharam tão evoluídos e
poderosos que foram se afastando de Deus. Com a decadência, a Raiz que alimentava
aquele povo foi recolhida pela Espiritualidade Maior.
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 47

Tendo sido recolhida a chave mestra, uma porta foi fechada e outra velada.
Isso quer dizer que restou apenas uma esperança, já que uma porta velada pela
Espiritualidade jamais será reaberta.

As forças manipuladas pelos sacerdotes já não eram originárias daquela Raiz,


e isso gerou o feiticismo, grande perigo do saber demais sem a assistência da
Espiritualidade Maior. As grandes luminosidades foram veladas, a porta se fechou, e
todo aquele antigo esplendor se perdeu, passando eles a manipular forças nativas
neutras em simples correntes magnéticas.

Surgiram, então, grandes linhas religiosas como o Vodu, as macumbas e o


feiticismo, com manipulação de forças das Trevas, em seitas distantes da estrada do
Amor, com incorporações e manipulações de energias usadas indistintamente para o
Bem e para o Mal, misturadas, que até hoje causam o quadro de dores e sofrimentos
nos espíritos reencarnados na África.

Naquela época, os Grandes Iniciados retiraram toda aquela poderosa energia,


e um Iniciado, chamado Cisman de Irechim, presidiu toda aquela eclosão e formou um
Oráculo, isolando-o dos homens mergulhados no fanatismo, nos fetiches e nas
macumbas.

Fechada aquela Luminosidade na África, os homens ficaram entregues a si


mesmos. Destruições, dores, ruínas, violência, e os povos africanos passaram a sofrer
as grandes conquistas dos europeus, passando dolorosos períodos da mais torpe
colonização.

A todo esse drama, acrescentou-se, no cumprimento do pesado carma, a


captura de africanos para serem vendidos como escravos no Novo Mundo, a América.
Para o Brasil, vieram, na maioria, Sudaneses e Bantos, portando suas doutrinas e
sendo obrigados, pela força da Igreja Católica Romana, que dominava Portugal e suas
colônias, a fazerem o que se chamou o sincretismo religioso, misturando práticas
africanas com rituais católicos, surgindo a Umbanda e o Candomblé.

Isso causou dispersão dos princípios do Africanismo, pois, misturando-se em


camadas mais pobres e sem cultura, nasceram numerosas seitas e derivações
deturpadas das raízes africanas. A grande missão, todavia, estava com espíritos – os
Enoques – que pertenciam a nação Nagô. Aqui queremos ressaltar a grande diferença
entre o Espiritismo e a Doutrina do Amanhecer. Enquanto para o Kardecismo o
Africanismo significa apenas a mistura das linhas e das seitas de origem africana, não
acatando a figura do Preto Velho, para nós, Jaguares, Africanismo representa a origem
de uma de nossas grandes linhas, e os Pretos Velhos são roupagens dos Grandes
Espíritos que, na simplicidade e no amor nos ajudam em nossos trabalhos e em nossas
vidas, ensinando, curando e amparando todos que se entregam, com dedicação, à Lei
do Auxilio.

Nossos queridos Pretos Velhos são, essencialmente, AMOR! Obedecendo ao


Plano Espiritual, aqueles espíritos de Jaguares – agora Enoques e Nagôs – que já
tinham sido Equitumans e Tumuchys, foram trazidos para o Brasil, a fim de que, com a
escravidão, pudessem enfrentar uma Grande Prova para resgatar seus atos
transcendentais, vivendo e sofrendo a ação opressora de muitos outros Jaguares –
senhores de engenho, nobres e sinhazinhas. Chegaram, também as Princesas –
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 48

Jurema, Janaína, Iracema, Jandaia, Juremá, Janara e Iramar esta última tendo uma
reencarnação que ficou marcada, como a escrava Anastácia, que é venerada como
santa por muitas correntes.

Para os espíritos missionários, endividados, orgulhosos e perdidos em


descaminhos da consciência, a escravidão tinha o mais profundo sentido iniciático: não
podendo impor as exigências do corpo físico e de sua alma, o escravo era obrigado a
ceder às exigências do espírito, matando ou eliminando sua personalidade para dar
vazão à sua individualidade. Nesse período de escravatura, de mais de trezentos anos,
um grupo de escravos lançou as bases da etapa final da Escola do Caminho, criando
as raízes da religiosidade brasileira com base no Africanismo, em busca das condições
que permitiriam a reabertura da porta fechada, do Oráculo de Ariano.

Desse grupo destacam-se dois espíritos de elevada hierarquia, Pai João e Pai
Zé Pedro – a Lei e a Alta Magia –, dois missionários que tiveram duas reencarnações
no período colonial brasileiro, liderando aqueles espíritos que, no Angical e na
Cachoeira dos Jaguares, viveriam o princípio dessa força luminosa – a Corrente do
Astral Africano no Brasil, que hoje tanto nos assiste em nossa Doutrina, fazendo a
ligação com a Raiz Atlante através dos Índios, estabelecendo as linhas dos Caboclos e
do Povo das Águas.

O médium de incorporação, que sempre existiu sob uma força nativa, recebeu,
dentro do Africanismo, uma nova forma: sua força, com a consagração de Nossa
Senhora Apará – Nossa Senhora da Conceição – teve a transformação para uma força
Crística extraordinária, agindo em seu plexo iniciado, com muito maior
responsabilidade por ser instrumento da Voz Direta.

Koatay 108, em sua missão de unificar as bases energéticas para formar a


Raiz do Amanhecer, puxou a energia dos Pretos Velhos, reuniu os Aparás e fez o
Doutrinador, coroando de êxito tudo o quanto nos foi legado pelo Africanismo.

Segundo Tia Neiva, "era um sacerdócio poderoso, onde o Homem se


concentrava, salientando felicidade, moderação e equilíbrio perante os momentos
menos felizes dos outros.

Hoje nós somos os espíritos luminosos no meio desta confusão, como o foram
os Nagôs e os Enoques, que trouxeram essa força para o Brasil. Hoje, nós estamos
vivendo o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Vimos, até agora, como houve esta grande explosão, como se fechou esta fase
da força do Céu e da Terra e como esta Luz foi transportada para cá, parcialmente, o
que permitiu o nascimento do Doutrinador e do Apará. Para grande parte dos Nagôs, o
Deus supremo era Olorum e Obatalá era um Ser imortal, um rei; os Orixás eram 16
enviados de Deus! entre os quais são incluídos Oxalá, Yemanjá, Xangô, Oxum e
Oxosse.

Mas os Enoques recolocaram as posições da raiz Africana, da forma como nos


foi trazido por Tia Neiva. E a Doutrina do Amanhecer dentro de seu dinamismo, tem
muitos aspectos interessantes, porque nos ensinam o fantástico leque de forças de que
dispomos, como, por exemplo, a ação na Cura dessa grandeza que nos chegou da
África, explicada por Tia Neiva:
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 49

“...Quando o Anjo Ismael decidiu que o Brasil seria a pátria do Evangelho,


vendo a chegada do Africanismo, convocou os cientistas alemães, promovendo sua
sublimação e proibindo o curandeirismo. Estabeleceu-se que os médicos de curas
desobsessivas baixariam nos aparelhos mediúnicos, enquanto os médicos de curas
físicas terrestres atuariam nos médicos profissionais encarnados na Terra."

6.1 – OS ÁRABES – A linha Árabe se manteve, até o ano 600, em constantes conflitos
e dividida por tribos de nômades guerreiros, percorrendo as imensas regiões áridas, só
tendo água e solo fértil ao sul da península Ibérica.

Dividiram-se em dois grandes grupos: os do Norte, com pequenos grupos se


deslocando em busca das escassas pastagens para rebanhos de carneiros e cabras,
com o comando dos sheikhs ("o mais velho") em cada tribo, e os do Sul, que
construíram cidades e se dedicavam à agricultura e ao comércio, liderados por reis,
que herdavam o poder.

Por conta de lutas pelo poder, o Sul se desagregou em vários reinos, o que,
aliado a fragmentação do povo nortista, gerou inúmeras dificuldades para toda a
região. Em 571, em Meca, na tribo Quraish, nasceu Maomet (“Cheio de Glória"). Meca
já era uma pequena cidade que começava a crescer como centro comercial e religioso,
pois ali se encontra a Caaba ("Cubo"), santuário de um meteorito negro que detém o
poder de muitos deuses, objeto de devoção visitado pelos árabes do Norte e do Sul.

Rebelando-se contra essa crença, Maomet – influenciado por mercadores


judeus e cristãos – lançou a idéia do Deus único, Alah, que lhe falara diretamente,
instruindo a nova religião – o Corão – e o proclamando seu maior profeta.

Casado com uma rica viúva, Maomet não precisou trabalhar, podendo se
dedicar à nova religião a que deu o nome de Islã ("Submissão”), pregando a obediência
plena à vontade do Deus criador onipotente do Universo, que, no dia do Juízo Final,
fará a separação dos muçulmanos obedientes – elevados ao Paraíso para gozar a vida
eterna – e os descrentes, que serão lançados ao Inferno pela eternidade.

Os muçulmanos tem a obrigação de afirmar que há um só Deus – Alah – e que


Maomet é o seu profeta; devem rezar, voltados para Meca, cinco vezes por dia; devem
ser caridosos; jejuar por um mês, uma vez por ano; seguir os ensinamentos morais do
Corão; e ir, pelo menos uma vez na vida, a Meca.

O Islamismo atraiu os árabes por sua simplicidade, o que o Catolicismo não


conseguira, por ser uma doutrina complexa, exigindo sacerdotes e rituais. Agredido em
Meca pelos mercadores que temiam perder o fluxo de peregrinos, em 622, Maomet foi
para o Norte, chegando a Medina, com 200 seguidores, fato que ficou marcado como a
Hégira ("emigração”), o primeiro ano do calendário islâmico.

Em Medina, Maomet foi acolhido como chefe religioso e político. Organizou um


exército e começou o ataque das caravanas que iam a Meca e de lá partiam, acabando
por tomar a cidade, em 630.

Os chefes das tribos do Norte e do Sul ficaram impressionados com Maomet, e


enviaram delegações a Meca, reconhecendo sua liderança. O profeta de Alah
conseguira, pela primeira vez na História, a união do povo árabe. Com a morte de
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 50

Maomet, muitas tribos acharam que estavam livres de seus compromissos com o Islão,
e a divisão começou. Todavia, o sogro de Maomet, Abu Becre, enviou tropas
muçulmanas a todas as regiões onde haviam rebelados, e ano e meio depois, toda a
península Arábica estava sob as leis do Islão.

Levados pelo estímulo religioso, deixado por Maomet, de converter os pagãos,


e pela ambição dos saques às regiões fronteiriças, mais ricas, a onda muçulmana
invadiu, com imenso poder de destruição, as regiões de Bizâncio e da pérsia, que,
além do desgaste causado por lutas e revoluções contra elevados impostos, estavam
divididas pela rivalidade entre três igrejas cristãs.

Mais uma vez, por sua simplicidade frente à religião Cristã, o Islamismo
conquistou aqueles povos. Os árabes assimilaram rapidamente as táticas de combate
de bizantinos e persas, reorganizando seus exércitos e formando uma esquadra com
galés de combate em estilo bizantino.

Para o oeste, a expansão muçulmana passou pelo Egito e se estendeu por


toda a costa do Mediterrâneo, chegando ao Marrocos, no Atlântico. Tomou as ilhas
mediterrâneas de Chipre, Creta, Sicília e Sardenha, e, cruzando Gibraltar, tomou o
reino dos Visigodos, na península Ibérica (atuais Espanha e Portugal), levando o Islão
ao domínio, cem anos após a morte de Maomet, de uma área maior do que a do
Império Romano, quando no auge de seu poder.

O governo era centralizado em Medina, com um Califa como comandante


supremo, chefe religioso e juiz da mais elevada instância, que nomeava generais para
governarem as províncias conquistadas, onde o povo se dividia em "mawalis" – não
árabes convertidos ao Islamismo –, "dhimmis” – adeptos de religiões toleradas pelo
Islão; e os escravos.

Com o tempo, os generais passaram a criar seus próprios reinos, e o império


Islâmico começou a se esfacelar, restando, porém, os grandes elos representados pela
fé islâmica, pela língua árabe e pela necessidade do comércio.

Os árabes, pela busca de novas mercadorias, se movimentaram por toda a


África, sendo por eles conduzida a captura de escravos negros, principalmente das
culturas sudanesas (iorubas, jejes, fanti e achanti), sudanesas islâmicas (hauçás,
tapas, mandingas e fulás) e bantos (angolas, congos e moçambiques), que eram
vendidos à Europa, principalmente a Portugal e à Espanha, para o trabalho na
América.

E foi esse movimento que propiciou a transferência, para o Brasil, da nossa raiz
Africana.

7. A RAIZ ANDINA

7.1 – OS EQUITUMANS – Para a colonização da região andina, desde o sul da


América do Sul até o centro do México, chegando até o oeste da América do Norte,
onde, na região do Grand Canyon, fundaram um centro energético conhecido como o
El Dorado, foi enviado um grupo destes Capelinos, a quem chamamos de Equitumans.
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 51

Ocuparam aquela região, mesclando-se com os indígenas e de certa forma se


distanciando de suas origens, alterando sua fisiologia e reduzindo seus poderes.

Como simples mortais, após dois mil anos de quedas e provações, foram
liquidados por cataclismos que atingiram a Terra, desencadeados por uma nave
espacial – a Estrela Candente – que sepultou o núcleo central da civilização dos
Equitumans num lago entre o Perú e a Bol¡via – o Titicaca.

Na nossa Corrente, o lago Titicaca é uma "lágrima da Estrela Candente", nave


que, sob o comando do espírito que chamamos de Pai Seta Branca, transformou a
Terra.

Amanto explicou a Tia Neiva:

“ - O que você está vendo é o testemunho físico de um drama sideral, da


falência de uma civilização que foi promissora na evolução da Terra. O que você está
vendo é o túmulo dos Equitumans, construído com água e terra pela Estrela
Candente!”.

Esses espíritos foram preparados em Capela durante muito tempo. Neles foi
destilado, dia a dia, o anseio evolutivo, o desejo de realização e despertado o desejo
de colaboração na obra de Deus.

Eles aprenderam a história da Terra, seu papel no conjunto planetário, e se


prepararam para o estabelecimento de uma nova civilização deste planeta. A idade
física da Terra se contava em termos de bilhões de anos e muita coisa já havia
acontecido antes. Isso, porém, não era de seu domínio mental, pois assim o exigia a
didática divina. Só é dado ao Homem saber aquilo que é necessário a cada etapa de
sua trajetória.

O impulso criativo e realizador reside exatamente no terreno entre o conhecido


e o desconhecido de cada ser. Assim estavam estes espíritos quando vieram à Terra.
Isto aconteceu 30 mil anos antes da vinda do Cristo Jesus. Os Mestres haviam
preparado o terreno em várias partes do globo. Mediante ações impossíveis de lhe
serem descritas, foram alijados da superfície certas espécies de animais e outras foram
criadas. Os climas e os regimes atmosféricos foram contrabalançados e o cenário
estava preparado.

Eles foram trazidos em frotas de astronaves e distribuídos pelo planeta em sete


pontos diferentes. Esta região foi um dos pontos de desembarque. Os outros foram
onde hoje são o Iraque, o Alasca, a Mongólia, o Egito e a África. Esses locais servem
apenas como referência, pois, na verdade, eles tinham o domínio de grandes áreas.

Tinham enorme poder de locomoção e de domínio sobre os habitantes de cada


região. Seu principal poder residia na sua imortalidade, nas suas máquinas e na sua
tecnologia. Eram quase imortais. Não tinham a mesma organização molecular dos
seres que aqui já se encontravam. Seus corpos tinham sido preparados em Capela e
traziam em si dispositivos naturais de sobrevivência.

Eles só corriam o perigo de afogamentos ou destruição física. Seus maiores


inimigos eram os grandes animais e os acidentes. Eles eram normais em tudo. Sua
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 52

língua, a princípio, era a mesma, mas, aos poucos, ela foi se diferenciando, conforme
os grupos com que foram convivendo. Em algumas regiões da Terra ainda se fala a
língua original dos Equitumans, inclusive em algumas tribos de índios brasileiros.

Mas, além da linguagem articulada, eles usavam a telepatia entre si. Isso, aliás,
foi o que causou a degenerescência da língua inicial. Para se entender com os outros
eles adaptavam sua linguagem ao meio. Eles se tornavam mais velhos pela passagem
do tempo, mas sem degenerescência. Suas células traziam em si princípios diferentes
das células dos seres comuns. Na verdade, os mais velhos eram apenas mais
experientes, mais adaptados nas tarefas.

Eles amadureciam na sua alma, mas não no seu corpo. Eles contavam ainda,
para a conservação de seus corpos, com a assistência dos Mestres, com quem
mantinham contatos permanentes.

Às vezes acontecia de um Equituman não evoluir de acordo com a tarefa e


ceder seu corpo a outro que sofrera um acidente. Neste caso, o espírito do cedente
simplesmente era recolhido ao planeta de origem.

Em Capela, eles eram organizados em casais afins, almas gêmeas, e não


havia reprodução como aqui na Terra. Mas aqui, eles foram submetidos ao processo
sexual normal e tiveram filhos. Só que seus filhos nasciam com um organismo comum,
igual ao dos mortais.

Assim, foram nascendo outros Equitumans mais preparados para a Terra,


como iam se desenvolvendo. Suas mentes ágeis permitiam a constituição de
organismos adaptados às regiões onde nasciam.

Daí os tipos diferenciados que deram origem as raças modernas, como contam
precariamente seus historiadores e antropólogos. O principal estímulo dos Equitumans
era seu livre arbítrio. Eles eram pequenos Deuses a quem estava entregue a tarefa de
civilizar um planeta e dispunham de ampla liberdade para isso.

Seu único compromisso era o de observar os propósitos civilizatórios


aprendidos nas escolas de Capela. A idéia fundamental era o estabelecimento de
condições ecológicas que permitissem a vinda de novos imigrantes.

Famílias espirituais inteiras sonhavam com a oportunidade de colonizar,


colaborar com a obra de Deus na Terra. Mas, se dispunham das grandes vantagens de
seres extraterrenos, eles tinham as desvantagens do terráqueo na sua animalidade
física. Cedo se manifestou a velha luta entre suas almas e os seus espíritos.

Não tinham religião. Tinham um conjunto doutrinário, cujas coordenadas eram


formadas pela hierarquia planetária, cujo centro era o Sol. Com isso, não tinham a
preocupação com a busca de Deus, pois tinham um universo amplo e objetivo,
suficientemente dimensionados para não necessitar a busca de uma finalidade.

Mais tarde, no declínio de sua sintonia com os planos iniciais, essa doutrina
derivou na religião do Sol. Durante mil anos os planos seguiram sua trajetória prevista.
Os núcleos foram se expandindo e muitas maravilhas foram se concretizando na Terra.
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 53

Basta que se observem alguns resíduos monumentais na sua superfície para


se ter idéia. Verdade é que essas ruínas são de difícil interpretação pelo Homem atual.
Uma coisa, porém, elas evidenciam: as ciências e as artes que permitiram sua
elaboração estão fora do alcance do Homem de hoje.

Até hoje os cientistas não conseguiram explicar, por exemplo, o porquê e como
foram feitas as estátuas da Ilha da Páscoa ou as pirâmides. A partir de agora, uma
parte desses mistérios será desvendada.

Dois fatos contribuirão para isso: a curiosidade científica despertada para fatos
estranhos e as convulsões que a Terra irá sofrer. Os Equitumans se comunicavam de
várias maneiras. Dispunham de forças psíquicas e de aparelhos que lhes permitiam a
troca de experiências.

Isso explica, em parte, as semelhanças arqueológicas que estão sendo


encontradas em lugares distantes e aparentemente sem possibilidades, naquele
tempo, de comunicação entre si. Também viajaram entre planetas e chegaram não só
à Lua, como a Marte e a outros lugares do nosso sistema.

Essas viagens, porém só foram feitas no Segundo milênio, com o começo da


hipertrofia de seus egos, à semelhança do que está acontecendo agora. A partir do
segundo milênio, eles começaram a se distanciar de seus Mestres e dos planos
originais.

Seguros na sua imortalidade e intoxicados pela volúpia de encarnados, eles


começaram a ser dominados pela sede de poder. Depois de muitas advertências, seus
Mestres tiveram que agir. Ao findar o segundo milênio de suas vidas, eles foram
eliminados da face da Terra. A Estrela Candente foi uma nave gigantesca que
percorreu os céus da Terra, executando a sentença divina. Em cada um dos núcleos
Equitumans, a Terra se abriu e eles foram absorvidos, triturados e desintegrados.

Aqui é um túmulo deles, e como este existem outros túmulos. Agora, com o
próximo degelo dos polos, muita coisa virá para a luz do Sol! O plano não falhou: só
não se cumpriu em toda a plenitude. Muita coisa foi feita que permitiu a evolução da
Terra. Já os grandes animais haviam sido afastados, tornando habitáveis as principais
porções de terra. Os princípios da tecnologia e as sementes da vida social formavam
um lastro imperecível na mente de muitos habitantes. O padrão espiritual então
existente foi permitindo a materialização da natureza e tudo foi se modificando.

Os imortais Equitumans foram se transformando em lendas e deuses e o


Homem foi construindo suas cidades e suas religiões. A partir daí, os grandes
missionários começaram a vir à Terra e os Equitumans, recolhidos no Planeta Mãe,
começaram a reencarnar nos descendentes de seus antigos corpos.

Aí então teve início outro tipo de luta: alguns desses espíritos, saudosos de seu
antigo poder, começaram a se organizar no etérico da Terra e a formar falanges. Os
antigos poderes psíquicos foram sendo sedimentados em manipulações mediúnicas e
os dois planos – o físico e o etérico – intensificaram seu intercâmbio.

Um grande missionário, que hoje, para nós, se chama Seta Branca,


responsável pela Estrela Candente, reuniu os remanescentes mais puros e os dividiu
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 54

em sete tribos, que foram distribuídas nos antigos pontos focais dos Equitumans. A
eles coube recomeçar a tarefa interrompida.

Cada tribo compunha-se de mil espíritos. Foi aí que foram criadas as


hierarquias dos Orixás, os grandes chefes que tinham a virtude de se comunicar com
os Mestres. O processo civilizatório dos descendentes dos Equitumans se foi
realizando nos milênios subsequentes, principalmente pelos Tumuchys.

Duas dessas tribos deixaram caracteres mais marcantes: os que mais tarde se
chamaram Incas e os posteriormente conhecidos como Hititas. Outra tribo que também
teve muita importância nos acontecimentos foi a dos Índios, cujo núcleo foi iniciado
aqui, nas margens deste lago.

Cedo eles adentraram para Leste, em direção ao Atlântico, e para o Norte, na


rota do Amazonas. (...) Ao desencarnarem de suas agora curtas vidas, eles se
recusavam seguir os rumos normais de Capela e preferiam perseguir suas próprias
quimeras nos planos etéricos. Juntaram-se, assim, em falanges e, graças ao
conhecimento adquirido, procuraram sempre reproduzir a situação inicial.

Esqueceram-se eles de que, desta vez, não tinham a bênção de Deus e nem o
auxílio precioso dos Mestres, suas máquinas e seus corpos imperecíveis. Eram
imperecíveis, mas no sentido inverso do que foram na Terra física. Nos seus corpos
iniciais, os princípios vitais lhes permitiam viver, como aconteceu com quase todos, até
a destruição externa, propositada.

Suas mentes, porém, através de suas almas, se evoluíam e progrediam sem


parar. Na economia sideral dos planos da época, a indestrutibilidade dos corpos atuava
como fator de segurança que permitia a esses seres enfrentar as tarefas ciclópicas
sem titubear, além do respeito que impunham a seus descendentes, as vantagens da
memória física milenar e outras.

Já no plano etérico, sem as vantagens do plano físico, sem a contínua


assistência dos Mestres e sem os planos da Engenharia Sideral, suas mentes foram se
degenerando na atrofia inexorável desse plano. lsso é um círculo vicioso, em que o ser
cada vez mais perde as perspectivas e se ilude com as próprias sensações.

Grande parte de sua atividade se concentra na alimentação de seus corpos


etéricos, cuja maior fonte de energia é o ectoplasma da Terra, dos seres vivos. Em vez
de terem suas cabeças erguidas para o Céu, para as fontes puras de energia divina,
são obrigados a tê-las voltadas para baixo, para os seres encarnados, de onde parte
sua alimentação energética.

E o corado do Homem está onde estão seus interesses. Tudo o que acontece
com os seres humanos lhes interessa. Tendo uma falsa noção de poder, reminiscência
dos poderes que possuíam, eles sempre pretenderam influir nos acontecimentos
humanos e, em parte, o conseguem.

Sua confusão mental, entretanto, os faz crer ser possível a retomada da antiga
posição de 300 séculos antes. E assim podemos juntar duas épocas distantes e
entender os enredos tenebrosos dos dias atuais. Equitumans encarnados, Equitumans
no invisível etérico e Equitumans nos planos mais evoluídos – esses são os elementos
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 55

das lutas atuais no Brasil. Hoje, esses espíritos nem sabem mais que foram os
poderosos Equitumans que foram a Lua e a Marte.

Os que estão encarnados têm menos noção ainda. Acrescente-se que esses
encarnados, presos aos círculos cármicos, vem se endividando e pagando dívidas
num círculo quase vicioso. Muitos dos atuais políticos passaram pelas lutas dos dois ou
três mil anos, talvez mesmo anteriores. E agora, no fim de mais um Ciclo, quando o
planeta urge passar a categorias melhores, fazem-se necessários o reajuste e o
reequilíbrio.

Por isso, os inocentes de hoje não o foram ontem. É preciso ter compaixão e
ajudá-los, mas isso deve ser feito com a serenidade que o Cristo nos proporciona, com
a justiça Evangélica de as árvores serem reconhecidas por seus frutos."

7.2 – OS TUMUCHYS, OS JAGUARES E MUSSUMAN – Os espíritos que se


mantinham puros naquela fase civilizatória do planeta e, portanto, tinham condições de
retornar a Capela, eram recolhidos e recebiam instruções dos Grandes Mestres,
reencarnando, em seguida, para cumprir novos planos na Terra.

Assim foram formados os Tumuchys, os Jaguares e os Mussuman. Esses eram


antigos Equitumans que voltavam com liderança e em condições superiores aos
demais habitantes, bem como em corpos preparados para maior tempo de vida
terrestre e para ações determinadas, vedadas aos demais.

Em lugar da evolução marcada pelo espírito, com o poder da criação e


características próximas de Deus, pois está mais próximo da eternidade, a mudança
fundamental da Terra foi sendo realizada com base na alma, o que significa conflitos,
relacionamento pelas diferenças, ações desencadeadas por fatores positivos ou
negativos, marcada do já criado, do transitório, da elaboração transformista.

Houve momentos em que, por conseqüência de movimentos telúricos, com


cataclismos e movimentação das placas terrestres, predominava o plano puramente
físico; outras fases, em que predominavam as lutas entre as civilizações mais
avançadas e outras menos evoluídas, predominava o plano psíquico.

Com isso, o espírito só conseguia predominar em pontos restritos e herméticos,


atravessando os séculos em segredos profundamente guardados na tradição oral e
escrita das doutrinas secretas, no segredo das iniciações, do ocultismo e do
esoterismo, evoluindo e se revestindo de características próprias, adequadas à região
ou à missão envolvida nos diversos grupos.

Por volta de cinco mil anos após os Equitumans, chegaram à Terra os


Tumuchys, sob a liderança do Grande Tumuchy, nosso Pai Seta Branca, poderoso
Orixá de origem Equituman, juntamente com sua alma gêmea, Mãe Yara, e cerca de
oitocentos espíritos escolhidos, e se instalaram na região andina, onde o Grande
Tumuchy foi chamado de Jaguar.

Os Andes foram escolhidos por serem enormes jazidas de metais nobres, tais
como ouro, prata e cobre, a serem utilizados na confecção de aparelhos de precisão e
de adornos cerimoniais.
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 56

Após grandes dificuldades ambientais, especialmente com indígenas e com


ferozes animais, os Tumuchys foram para Omeyocan, também conhecido como
Lemúria, mais tarde submerso pelo oceano Pacífico, ficando, apenas, fora da água, a
atual Ilha da Páscoa e o arquipélago do Havaí.

Tinham uma constituição física muito diferente da dos terráqueos, com grande
beleza física e estéreis, vivendo, em média, 200 anos, trazendo impressa no peito a
data de seu desencarne. Sua missão era a de criar um novo tipo humano que
evoluísse em três planos diferentes: o físico, o psíquico e o espiritual, naquele
ambiente hostil do planeta, onde estavam em curso as modificações também nos três
reinos da Natureza, ou seja, nos minerais, vegetais e animais.

Cientistas e artesãos, avessos à violência, conheciam toda a Ciência Cósmica


e a energia nuclear, fazendo transmutações que propiciaram as construções das
grandes cidades e dos diversos monumentos energéticos da Terra – as pirâmides das
Américas e do Egito, Machu Picchu e muitos outros centros de manipulação de
energias siderais, especialmente a conjunção de forças do triângulo Sol–Terra–Lua – e
viajavam em naves velozes por todo o planeta, mantendo contato com outros Orixás
que, em diferentes regiões, se dedicavam a evolução do Homem primitivo, levando
conhecimentos que até hoje surpreendem os cientistas por sua perfeição e que não
dependiam, também, somente do contato físico, pois os Tumuchys usavam muito as
comunicações psíquicas.

Trabalhavam, implantando em diversos pontos geradores e manipuladores de


energia conforme indicações de um mapa terrestre, chamado Mutupy, verdadeira
fotografia da Terra, semelhante ao mapeamento hoje feito pelos satélites. Segundo
informações de Amanto, Omeyocan se constituiu na sede científica do planeta e no
centro de comunicações interplanetárias: chegavam chalanas de Capela e para lá
partiam; ali se reuniam os Orixás, chefes máximos dos planos civilizatórios da Terra.

Como a missão dos Tumuchys não era a de estabelecer uma estirpe na Terra
e viviam sempre com grande sacrifício, lutando contra grande parte das leis que regiam
o plano físico e psíquico da maioria, com qualidades físicas especiais, porém em
distonia com as realidades da Terra, sem a osmose natural, o Grande Orixá Jaguar
considerou encerrada sua missão, já que deixara sua marca em vários pontos do
planeta.

Sabendo que iria desencarnar brevemente, ele foi, com sua companheira, aos
diversos núcleos que estabelecera na Terra e desapareceu, deixando seu povo sem a
sua liderança. Os Tumuchys começaram a se dispersar, uma grande parte deixou
Omeyocan e se dispersou pelos continentes, especialmente as atuais Américas. Em
sucessivas encarnações, formaram as grandes civilizações na Terra, e foram tratados
como deuses, até que, desintegrados, foram substituídos por tribos bárbaras, sendo
hoje confundidos com civilizações como as Inca e Maya, povos violentos que passaram
a habitar as cidades vazias, e se confundem nas pesquisas dos cientistas modernos.

7.3 - OS MAYAS - A civilizado Maya foi uma de nossas ricas e tristes reencarnações,
na península de Yucatan, no México, onde tínhamos um desenvolvimento material e
cientifico superior ao de hoje, com amplo controle da energia atômica.
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 57

Havia o Homem–pássaro, que voava por todas as direções com um macacão


especial, cheio de tubinhos energéticos. Entre os Mayas, grandes sábios recebiam
instruções diretamente de Capela, tinham a Voz Direta e realizavam grandes
fenômenos. Em sua ambição, pretenderam capturar uma das Amacês que passavam
em vôo razante, projetando a energia de Capela para aquele povo, mantinham aquelas
áreas livres de certos animais que aterrorizavam o Homem, traziam instruções, porém
sempre sem atravessar o neutrom.

Só que aprisionaram uma Amacê errada, que produziu a desintegração de toda


aquela civilização. Essa foi uma das grandes experiências de nossa tribo, filhos de Pai
Seta Branca, tendo Chichen–ltza como centro de alimentação energética de diversos
outros locais, através das pirâmides.

Era como se fosse o Templo–Mãe e os demais Templos do Amanhecer. Em


Chichen–ltza chegavam Amacês para distribuir energia etérica e o povo dispunha de
conhecimentos profundos e vivia em harmonia e paz, manipulando as forças do Sol, da
Lua, de Vênus e de outros astros.

Foi o berço da civilização Maya. Mas uma separação foi forçada pelo irmão do
rei, que, ambicioso, quis tomar o poder. Tramou uma revolução para depor o irmão,
mas este, alertado pela cunhada, reuniu um grupo de fiel seguidores, e partiu,
deixando que o irmão assumisse seu lugar sem haver confrontos ou violência.

Deixando a cidade, o rei seguiu para oeste, e, no meio do caminho, separou


seu grupo: um, por ele comandado, foi para Uxmal, onde construíram uma cidade
como Chichen–ltza, com a diferença fundamental em sua pirâmide, e o outro grupo foi
para o litoral, onde construiu Tulum, a única cidade Maya à beira-mar.

A piramide de Chichen–ltza é de quatro faces, e os trabalhos se realizavam,


conforme o período, em uma das faces; a pirâmide de Uxmal ‚ de base elíptica, a única
no mundo, uma vez que os trabalhos eram executados sob condições mais evoluídas.

Em Chichen–ltza havia um grande poço, onde o povo se sentava nas bordas,


fazendo o rei, sobre uma lança que se projetava sobre as águas, toda a manipulação
das energias do Povo de Cachoeira e das Sereias de Yemanjá. A água energizada era
transformada em vapor, que subia até o povo. Com a mudança, o rei não fez poço em
Uxmal, fazendo a manipulação da energia das águas diretamente no mar, em Tulum,
que a projetava para a cidade real. Quando veio a desintegrado do povo Maya, os
habitantes de Uxmal e Tulum subiram com sua missão realizada, enquanto os de
Chichen–ltza e demais cidades, por terem fracassado pela ambição do poder e pela
falta de amor, tiveram que voltar, liderados pelo espírito que fora o do irmão do rei, e,
pela grandeza da obra de Koatay 108, recuperar o que haviam deixado no Yucatã.

A energia de Uxmal e Tulum formou um imenso reservatório no espaço, de


onde flui para os trabalhos nos Templos do Amanhecer, inclusive no Templo–Mãe, a
grande Força de Yucatã. Após o fenômeno da desintegração, os índios invadiram as
cidades, dando início a nova era da civilizado Maya, que a História desvenda como
violenta e sanguinária.

Isso porque, sem conhecer os segredos da ciência da manipulação das forças


mas sabendo dos grandes fenômenos ali realizados, os invasores, em sua ignorância,
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 58

pretenderam obter aqueles fenômenos agradando os deuses com sacrifícios humanos


e violentas guerras. Tudo o que a Arqueologia conseguiu se refere aos índios e não
aos verdadeiros Mayas, exceto o mistério que envolve as grandiosas construções que
ficaram como as testemunhas da grandeza daquela civilização.

7.4 – OS INCAS E PAI SETA BRANCA – No século XV, na região noroeste da


América do Sul, floresceu uma grande civilização – os Incas – formada por espíritos
Jaguares, que detinham manipulações poderosas das energias do Universo e reuniam
grandes chefes que, hoje, são Ministros de Deus e dispõem de numeroso povo na
Doutrina do Amanhecer.

Praticamente arrasado pelos invasores espanhóis, com quem mantiveram


prolongadas lutas, o povo Inca foi liderado pelo Grande Cacique Seta Branca, tendo
como último reduto Machu Picchu, que até hoje deslumbra o mundo com sua energia e
seus segredos ainda não desvendados pelo Homem, porém bem claros para os
Jaguares.

Foi a última passagem de Pai Seta Branca neste plano, bem como daqueles
que ali estavam formando sua côrte, como encarnados. Atualmente, muito acima de
nós, essa plêiade de espíritos grandiosos nos assiste e nos protege para que
possamos cumprir nossas missões e planos reencarnatórios.

Pai Seta Branca é um dos nomes recebidos pelo luminoso espírito de Oxalá,
Orixá  poderoso que preside todo o desenvolvimento cármico do nosso planeta, a
quem foi dada a missão de espiritualizar o Homem.

É o grandioso guardião do Oráculo de Simiromba, que administra todo o


potencial de forças que agem e interagem na Terra. SlMIROMBA significa, em nossa
Corrente, “Raízes do Céu", e Pai Seta Branca é o Simiromba de Deus!

De seu Oráculo, Simiromba realiza toda a grandeza presente em nossos


trabalhos. Chegando aqui, liderando a missão dos Equitumans, quando ficou
conhecido como Jaguar, e dos Tumuchy, Oxalá retomou no século XII, na Itália, como
Francisco de Assis, junto com sua alma gêmea – Mãe Yara – como Clara de Assis,
desenvolvendo magnífica obra dentro da Igreja Católica Apostólica Romana, criando a
Ordem Franciscana, implantando as bases de sua Doutrina: Amor Humildade e
Tolerância, idéias das quais os Homens estavam afastados.

Na época da conquista da América, no século XV, Oxalá era o grande cacique


de uma tribo Inca, estabelecida em Machu Picchu, tendo recebido o nome de Seta
Branca por causa de sua lança armada com a presa de javali.

Com as conquistas espanholas na região andina, houve uma ocasião em que


os espanhóis chegaram nas proximidades daquela tribo, ameaçando-os.

Seta Branca e seus oitocentos guerreiros aguardavam os invasores em um


descampado. Quando estavam próximos para iniciar a batalha, Seta Branca começou
a falar, ao mesmo tempo em que, com sua seta branca nas mãos, fazia como que uma
oferenda aos céus.
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 59

Sua voz ressoava por toda aquela região, gerando um campo de forças que
trouxe um clima de paz e tranqüilidade o qual influenciou todos aqueles corações.
Guerreiros dos dois lados sentiram aquela emanação, e foram se ajoelhando. Seta
Branca terminou sua invocação, trouxe sua seta até o plexo, e ficou em silêncio, de
cabeça baixa, aguardando os acontecimentos. Os espanhóis foram se levantando e
abandonando o campo, e retomaram para seus acampamentos, no oeste, sem
qualquer confronto. Os Incas retomaram a sua cidade, sentindo o poder do amor sobre
a força bruta. E ali viveram por muitos anos ainda, totalmente isolados.

Esses espíritos retomaram no limiar do Terceiro Milênio, liderados por Oxalá,


na roupagem de Pai Seta Branca, tendo como líder no plano físico, Tia Neiva, que
reuniu os Jaguares sob a Doutrina do Amanhecer.

O aniversário natalício de Pai Seta Branca é reverenciado no dia 14 de


fevereiro.

A INTEGRAÇÃO DAS RAÍZES

A) A INTEGRAÇÃO DAS RAÍZES PELO PODER – ALEXANDRE MAGNO

Nascido na Macedônia em 356 AC, filho de Filipe e Olímpia, Alexandre III, o


Magno, teve educação voltada para ser um rei magnânimo e com autodomínio, dos 13
aos 16 anos conduzida por Aristóteles, e absorveu imensa cultura helenística.

Aos 16 anos comandou uma expedição militar contra uma tribo trácia, tendo
obtido sua primeira vitória e fundado uma colônia militar Alexandrópolis. Aos 18 anos,
participa de cruentas batalhas contra o esquadrão sagrado de Tebas. Filipe morre e
Alexandre, com 20 anos, é proclamado rei, em situação difícil, pois a Macedônia vinha
ainda no processo de unificação buscando libertar-se do feudalismo que ainda persistia
em algumas regiões, e enfrentava ameaças dos Helenos e dos Bárbaros.

De acordo com seu espírito persistente e calculista, arrojado e dinâmico,


Alexandre primeiro se garante no poder, liquidando seus rivais e desbaratando a
nobreza, e parte para a Tessália, onde sufoca uma rebelião, passa as Termópilas e
conquista Tebas, chegando a Corinto já com a derrota dos gregos e sendo eleito chefe
dos confederados contra a Pérsia.

Prepara, então, os exércitos comandados por chefes de várias origens, e vai a


Delfos, onde, ao se defrontar com Pítia, esta lhe perguntou o que queria.

Alexandre lhe disse que ali estava para espiritualizar suas tropas. Então, Pítia
lhe diz:

"lrás, lutarás, vencerás e voltarás! Jamais irás morrer em combate!"

E consagra Alexandre, dando lhe o título de "O Invencível". Em seguida,


abençoa seus comandantes, que passam com as tropas, raiz que foi trazida por Koatay
108 para o ritual de Consagração dos Adjuntos, em 1978.
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 60

Partem para combater os Bárbaros, no Norte, obtendo grandes vitórias, mas o


boato da morte de Alexandre corre na Grécia, que se revolta, querendo se libertar do
jugo macedônico. Alexandre volta à Grécia, que não aceita a paz.

Tebas é arrasada e os gregos vendidos como escravos. Com bem preparado e


aguerrido exército, com a formação em falanges, com milhares de arqueiros e treinada
cavalaria, parte Alexandre para a conquista da Ásia, em fins de 335 AC.

Com a primavera de 334 AC, ele atravessa os Dardanelos e inicia a libertação


das cidades gregas da Ásia Menor, indo expulsar as tropas de Dário, rei dos Persas,
inclusive liquidando as bases da armada persa, que dominava o Egeu.

A marcha macedônica é invencível, ocupando cidades da Lídia e da Jônia,


substituindo seus títeres por democratas. Em 333 AC, no dia que corresponde a 12 de
novembro, Alexandre tem a grande batalha com Dário e seus exércitos, em Isso,
obtendo estrondosa vitória, e daí indo para Tiro, base central da armada persa que
domina após um cerco de sete meses, o que faz a Síria render-se totalmente.

Parte, então, Alexandre para o Egito, onde é recebido com honrarias e


agraciado com uma consagração no Templo de Amon-Rá. Sem lutas, assume o poder
do Egito e cria a cidade de Alexandria, que se tornou um farol da cultura das raízes
Capelinas na Terra. Mas a inquietação de Alexandre é grande, e parte de Menphis para
a conquista da Mesopotâmia.

Uma vez mais confronta-se com Dário, em 331 AC, que, derrotado
definitivamente, se toma fugitivo e é assassinado pouco tempo depois. Abre-se, com
isso, o caminho para o domínio das grandes cidades – Babilônia, Susa, Parságadas e
Ecbátana.

Estabelecendo inúmeras alianças e reconciliações, Alexandre se casa com


Roxana e assume o comando de expedição que iria até o Indo. Chega até o Bias,
onde os comandados se recusam prosseguir, e, então, volta a Susa, onde, em 324 AC
celebra a conquista do império persa.

Alexandre morreu em 323 AC, na Babilônia, de uma doença – tifo ou malária,


não se sabe.

Alexandre foi um espírito que veio com a missão de unir as linhas das diversas
origens, um grande guerreiro, porque só através da conquista material e da purificação
pelas dores das grandes batalhas poderia ser feita a unificação daqueles povos e,
também, a recuperação das linhas religiosas que estavam se dissipando e se
perdendo.

Tudo estava previsto e, por isso, Pítia o reconheceu e lhe concedeu o título de
"o Invencível", porque sabia da dura missão que levaria aquele jovem guerreiro a
conquista dos mundos helênico e persa. Alexandre já reencarnou em outras
existências, sempre aguerrido e glorioso, voltado às conquistas espirituais. Hoje, está
ligado diretamente às forças de Tapir, de onde se desloca para a Lei do Auxílio no Vale
do Amanhecer.
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 61

B) A INTEGRAÇÃO DAS RAÍZES PELO AMOR – TIA NEIVA

Com a aproximação do Terceiro Milênio, surgiu a necessidade de mais uma


vez ser feita a integração das raízes capelinas neste planeta. Um espírito foi
preparado, na Espiritualidade Maior, para trazer à Terra a Doutrina de Pai Seta Branca,
após experiência de muitos milênios, portando a força dos Equitumans, a ciência dos
Tumuchy e tendo como principal missão a reunião dos Jaguares e a criação da figura
inovadora do Doutrinador, manipulando as forças projetadas pela Corrente Indiana do
Espaço e pelas Correntes Brancas do Oriente Maior.

Reencarna no sertão brasileiro, em Propriá, Sergipe, como uma menina que se


chamou Neiva, nascida a 30 de outubro de 1925 e que desencarnou em Brasília, DF,
no dia 15 de novembro de 1985, já tendo cumprido sua jornada em meio a muitas
dificuldades e grandes realizações.

Com 32 anos, sua mediunidade abriu-se: revelou-se sua Clarividência. Mas o


potencial de Tia Neiva não pode ser resumido nesta classificação, pois ela foi dotada
de mediunidade universal, isto é, possuía todos os tipos de mediunidade, qualidade
peculiar de um Ser Iluminado, pois, segundo a Lei dos Grandes Iniciados, somente um
Iluminado pode iniciar alguém.

Essa condição permitiu que, dentro de modesta e simples condições, Tia Neiva
vivesse e agisse, simultaneamente, em vários planos existenciais com plena
consciência em cada um desses planos, visualizando o passado ou o futuro, traduzindo
suas visões em termos coerentes e racionais.

Podia ver e conversar com seres de outras dimensões e de planos inferiores ou


superiores, realizava transportes e desdobramentos, o que permitiu que fizesse um
curso no Tibet, com o Mestre Umarrã, sem que seu corpo físico de deslocasse do Vale
do Amanhecer.

Em 1958 deixou o Núcleo Bandeirante, onde começara sua missão


espiritualista, e junto com seus filhos Gilberto, Carmem Lúcia, Vera Lúcia e Raul,
fundou, em 8 de novembro de 1959, a União Espiritualista Seta Branca – UESB, na
Serra do Ouro, em Alexânia, Goiás, dando início à missão que recebera de Pai Seta
Branca. Em 9 de novembro de 1959 ingressou na Alta Magia de Nosso Senhor Jesus
Cristo. Em 1964 mudou-se para Taguatinga, transferindo-se para o atual Vale do
Amanhecer, em Planaltina, DF, em 1969.

Simples e humana, foi Tia Neiva uma grande mãe para todos nós, sempre nos
tratando com amor e carinho, compreensão e tolerância, suavemente nos impondo o
respeito e a obediência a ela devidos como líder de uma Corrente cuja grandeza e
limites não podemos alcançar. Sua vida, suas dificuldades, seu sofrimento, sua
Doutrina, de tudo consta uma grande parte nos diversos trabalhos editados pelas
Obras Sociais da Ordem Espiritualista Crista, atual entidade que administra o Vale do
Amanhecer – "Sob os Olhos da Clarividente", "2000 - A Conjunção de Dois Planos" e
"Minha Vida, Meus Amores". No Evangelho de João (XIV, 12 a 17 e 26), nos é
transmitida a palavra de Jesus:

Na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu
faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai! E tudo quanto
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 62

pedirdes em meu nome, eu o darei para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes
alguma coisa em meu nome, eu a darei!

Se me amardes, guardareis os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai e ele


vos dará outro Consolador para que fique convosco para sempre: o Espírito da
Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o
conheceis, porque habita convosco e estará em vós! (..) Mas aquele Consolador – o
Espírito Santo – que o Pai enviar  em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e
vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito!

Na Doutrina do Amanhecer, sabemos que somos espíritos imortais, dotados de


livre arbítrio e da consciência de nossas missões, trazendo em nosso espírito as
marcas das vivências em diversos mundos, em diferentes épocas, buscando o nosso
desenvolvimento para que melhor possamos manipular as forças que nos competem,
agindo na Lei do Auxílio em benefício de nossos irmãos encarnados e desencarnados,
aliviando nosso carma pela Lei de Causa e Efeito, procurando a afinidade com nossos
irmãos evoluídos e a harmonia com os Espíritos de Luz, através da busca do
conhecimento e aprimoramento de nossa conduta doutrinária.

E tudo isso devemos a nossa Mãe Clarividente, Tia Neiva, Koatay 108, que
representa, para nós, aquele ESPÍRITO DA VERDADE, porque nos trouxe uma nova
esperança, através desta Doutrina que nos libertou de dogmas religiosos e
superstições, fazendo, em nossas mentes, a substituição de velhos ensinamentos, que
exigiam a fé cega e desprezavam a razão, por noções simples e claras, com bases
científicas, com idéias diretas e profundas que nos permitem entender o Universo que
nos cerca, buscando o precioso veio da verdade nas diferentes correntes, religiões,
seitas e filosofias, onde podemos buscar as grandes linhas trazidas de Capela, nos
harmonizando e conciliando a Fé e a Ciência que nos impulsam para a Nova Era. Em
mensagem de 9 de abril de 1978, Tia Neiva nos disse:

"... É somente pela força do Jaguar, nesta Doutrina do Amanhecer, e na


dedicação constante de nossas vidas, por amor, que podemos manipular as energias e
transformar o ódio, a calúnia e a inveja em amor e humildade, nos corações que,
doentes de espírito, permanecem no erro. Quantos de perdem por falta de
conhecimento e por não terem a sua lei. Nós temos a nossa Lei, que é o amor e o
espírito da Verdade!

Vamos amar, e na simplicidade de nosso coração, distribuir tudo o que


recebermos, na Lei do Auxílio, aos nossos semelhantes..."

DEUS NA DOUTRINA DO AMANHECER

Na Doutrina do Amanhecer, com a integração de todas as linhas derivadas dos


Capelinos, chegamos à conclusão de que Deus é a Verdade Absoluta e não
procuramos defini-lo e nem temos preocupação com isso.

Não nos atrevemos a dizer que Deus tem essas ou aquelas qualidades, que
gosta ou não gosta disso ou daquilo, que assume essa ou aquela forma.
TRANSCRITO PELO ADJUNTO ANORO 63

Nosso caminho é a Nova Estrada, onde trilhamos porque acreditamos ser


Jesus de Nazaré o portador da Verdade, que nos levará a Deus.

Jesus, o Divino e Amado Mestre, edificou a Escola do Caminho, estabelecendo


um perfeito sistema que nos chegou através dos Evangelhos, pelo qual sabemos,
percebemos e sentimos tudo o que precisamos a respeito de Deus, não sendo
necessário desgastar nossas energias especulando a natureza de Deus.

Ela é implícita e tranqüila em nossa vivência Crística. Nossa Doutrina se


resume nas três proposições básicas de Jesus: AMOR, TOLERÂNCIA e HUMILDADE
– que constituem os três Reinos de nossa Natureza.

Com a aplicação deste princípio o Homem consegue reformular sua existência,


atenuando seu carma, sendo útil e utilizando seu potencial mediúnico para a ajuda de
irmãos encarnados e desencarnados, na Lei do Auxílio, e caminhar para Deus.

Deus é Natureza, é a Verdade viva e absoluta, revestida de Luz! Deus é Verbo,


Energia Luminosa de ação e reação.

Deus é o canto supremo da Harmonia, na expressão mais alta da Justiça e do


Amor. É a Ciência, a Força e a Razão!

É a este poder Cabalístico, filho, nesta Doutrina, que a Cabala de Ariano nos
aconchega." (Tia Neiva, 11.7 83)

Marcos Antônio de Souza – Adjunto ANORO


Trino Solitário IRAMAR / Transcritor

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