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Armando Carlos Mathe

Jaime Sumate Magalhães


Josefa Daniel Tembe
Jossefina Matias

Desafios e Técnicas de Gestão Contemporânea


Sector de Transporte

Licenciatura em Gestão de Empresas com habilitação em Gestão Financeira


4º Ano, Laboral

Universidade Pedagógica de Maputo


Maputo
2022
Armando Carlos Mathe
Jaime Sumate Magalhães
Josefa Daniel Tembe
Jossefina Matias

Desafios e Técnicas de Gestão Contemporânea


Sector de Transporte

Licenciatura em Gestão de Empresas com habilitação em Gestão Financeira.


4º Ano, Laboral

Trabalho a ser apresentado na Faculdade de


Economia e Gestão na disciplina de Estudos
Contemporâneos de Gestão de Empresas para
efeitos de avaliação.

Docente: Msc. João Chunga

Universidade Pedagógica de Maputo


Maputo
2022
Índice
1. Introdução............................................................................................................................1
1.1. Objetivos......................................................................................................................1
1.1.1. Objectivo geral......................................................................................................1
1.1.2. Objetivos específicos............................................................................................1
1.2. Delimitação do tema.....................................................................................................1
2. Metodologia........................................................................................................................2
3. Descrição dos desafios contemporâneos.............................................................................3
3.1. Gestão da Qualidade.....................................................................................................3
3.2. Gestão do Conhecimento.............................................................................................3
4. Técnicas de Gestão Contemporânea...................................................................................4
4.1. Estratégia, Planeamento Estratégico e Gestão Estratégica...........................................4
4.2. Gestão da mudança.......................................................................................................5
4.3. Empreendedorismo.......................................................................................................7
4.4. Gestão Social................................................................................................................8
4.5. Administração Virtual3.................................................................................................8
4.6. Just-In-Time.................................................................................................................8
5. Sector de Transporte...........................................................................................................9
5.1. Sistema de transportes..................................................................................................9
5.2. Modalidades...............................................................................................................10
5.3. Desafios rodoviários e suas técnicas no transporte de cargas....................................11
6. Tecnologias de Informação e Comunicação.....................................................................15
6.1. Tecnologias de Informação e Comunicação no Sector dos Transportes....................15
6.1.1. Sistemas de Gerenciamento de Transportes (TMS)............................................16
6.1.2. Sistemas de rastreamento e monitoramento........................................................16
6.1.3. Sistemas de roteirização......................................................................................17
6.1.4. Sistemas de gerenciamento de armazéns (WMS)...............................................17
7. Conclusão..............................................................................................................................19
Referências Bibliográficas........................................................................................................20
1

1. Introdução
Outrora, os gestores estavam apenas interessados apenas com a eficiência produtiva e
obtenção de lucro, produzir em quantidades maiores e o consumidor devia adaptar-se ao
ofertado. Administração evoluiu de maneira surpreendente após a II Guerra Mundial, os
mercados cresceram e a tecnologia avançou consideravelmente, criando novas matérias-
primas, novos meios de produção e modernas ferramentas de gestão. Tudo isso em busca do
aumento da produtividade e qualidade, pois a competitividade estava cada vez mais acirrada.
Na conjuntura atual, não é mais possível administrar organizações com a mentalidade das
épocas mais tranquilas.

Hoje, o gestor contemporâneo precisa levar em conta que a imprevisibilidade dos eventos
sociais, políticos, econômicos, tecnológicos e ambientais. A tendência é que a organização do
futuro esteja cada vez mais orientada a seus clientes e, assim, não descuide da qualidade e
gerencie adequadamente o seu conhecimento e o seu capital intelectual para agir de forma
proactiva frente à concorrência. Baseado nessas premissas, foi elaborado o presente trabalho
com vista a elucidar os desafios da actual gestão e as técnicas usadas pela mesma.

1.1. Objetivos
1.1.1. Objectivo geral
 Descrever os desafios e as Técnicas da Gestão Contemporânea;

1.1.2. Objetivos específicos


 Descrever dos desafios da gestão contemporânea;
 Apontar os desafios enfrentados pelo sector de transporte;
 Mencionar as técnicas contemporâneas usadas nesse sector;
 Abordar a transformação digital.

1.2. Delimitação do tema


O trabalho em questão trata sobre os desafios e técnicas contemporâneos empresariais e da era
tecnológica. Como uma das existências do trabalho é a escolha de um sector, aqui foi
escolhido o sector de transportes, limitando-se às técnicas e desafios dos transportes terrestres
nacionais usados para transporte de cargas (camiões e comboios) territoriais, interprovinciais
e internacionais.
2

2. Metodologia

Para (Gil, 2008), o método é o caminho para se chegar a determinado fim. Portanto, os
métodos usados para a recolha de dados nesta pesquisa possibilitaram a obtenção de
informações no campo da análise.

Para elaboração do presente trabalho foi realizada uma extensa pesquisa utilizando Sites,
PDF’s, páginas electrónicas, suportada por alguns conhecimentos empíricos. Foi realizado
inicialmente um amplo levantamento bibliográfico que consistiu na etapa mais importante do
trabalho, em vista a concretização dos objectivos propostos, com leitura da informação
disponível sobre os desafios e técnicas da gestão contemporânea. A seguir foi realizada a
interpretação e compreensão da informação colhida.
3

3. Descrição dos desafios contemporâneos

No intuito de melhor lidar com todos esses novos desafios da gestão, é importante que os
gestores compreendam alguns modelos que buscam responder melhor a esses anseios dos
novos tempos. A seguir, trataremos de dois deles: Gestão da Qualidade e Gestão do
Conhecimento (CONTO, 2017).

3.1. Gestão da Qualidade


Qualidade representa muito mais do que a noção de que um produto ou serviço é bom. Para
Lacombe (2009, p. 255), qualidade diz respeito a “todas as propriedades ou características de
um produto ou serviço relacionadas à sua capacidade de satisfazer as necessidades explícitas
ou implícitas dos que o utilizam”. Nesse sentido, entendemos que qualidade tem a ver com a
busca pela satisfação plena dos consumidores.

Na prática, a ideia ampla de qualidade perfaz uma série de atributos inerentes aos produtos e
serviços ofertados. Desempenho, facilidade de uso, confiabilidade, disponibilidade,
durabilidade, conformidade (produto executado conforme o projeto), facilidade de instalação,
estética, assistência técnica, impacto no meio ambiente, ergonomia e valor atrelado à marca
são alguns deles (CARPINETTI, 2012). Todos eles, tomados em conjunto, compõem a noção
contemporânea de qualidade. É fundamental, portanto, que as organizações contemporâneas
conheçam aquilo que os clientes de fato valorizam quando da aquisição de um produto ou
serviço. Afinal, se pensarmos bem, são os próprios clientes que hoje ditam o nível de
qualidade a ser oferecido pelas organizações.

3.2. Gestão do Conhecimento


O rápido desenvolvimento das formas de comunicação gera e espalha pelo mundo uma
quantidade enorme de informações. No âmbito organizacional, não é diferente. As
organizações e as pessoas que fazem parte delas convivem diariamente com uma quantidade
muito grande de informação, e acreditamos que organizações baseadas em conhecimento
identificam e usam o conhecimento coletivo e as competências de seus integrantes como base
para vantagens competitivas em seus segmentos de atuação (GONÇALO; BORGES, 2010).

O conhecimento pode ser tanto explícito quanto tácito. O conhecimento tácito é mais
subjetivo, e circula na organização por meio de ideias e conceitos não registrados ou
formalizados. Ele se origina das experiências e das interações das pessoas; assim, é mais
difícil de ser comunicado ou padronizado. O conhecimento explícito, por sua vez, é acessível
4

por meio de registros escritos (livros, manuais, documentos) ou mesmo gráficos (figuras,
tabelas, diagramas). Dessa forma, o conhecimento explícito é muito mais claro e direto do que
o tácito, e, portanto, pode ser mais facilmente comunicável e padronizável (LACOMBE,
2009).

Esse processo de sistematização e formalização do conhecimento organizacional permite que


todos os integrantes de todos os níveis da organização possam acessar o conhecimento gerado
e, posteriormente, absorvê-lo para o aprimoramento de suas atividades. Além disso, é
essencial que as organizações encorajem os colaboradores a trocar informações,
conhecimento e sugestões acerca dos recursos e produtos ou serviços, bem como consolidem
caminhos internos por meio dos quais o conhecimento seja gerado, formalizado e comunicado
(ESCRIVÃO FILHO; PERUSSI FILHO, 2010). Os gestores de organizações baseadas em
conhecimento precisam, por fim, realizar suas atividades de modo a transformar
conhecimento em algo útil e produtivo (GONÇALO; BORGES, 2010).

3.3. Outros desafios1


 Mudança da cultura organizacional da empresa;
 Implementação de ferramentas tecnológicas de gestão;
 Avaliação do desempenho da equipe;
 Desenvolvimento profissional de colaboradores;
 Adequação das estratégias de Marketing;
 Flexibilidade nas ações;
 Aplicação de uma visão global e sistemática, livre de níveis hierárquicos.

4. Técnicas de Gestão Contemporânea

4.1. Estratégia, Planeamento Estratégico e Gestão Estratégica


Estratégia é um exercício de enxergar o futuro da organização a partir do presente, ou, em
outras palavras, uma “viagem de ida e volta entre presente e futuro” (OLIVEIRA, 2016). Para
Tavares (2010), a teoria sobre estratégia aplicada às organizações passou por três grandes
momentos. Antigamente, em um mundo ainda relativamente estável e previsível, priorizava-
se muito a realização de um planeamento financeiro. Posteriormente, e com as crescentes
instabilidades e mutabilidade dos ambientes, surgiu a preocupação com o planeamento a
longo prazo, que, por sua vez, deu lugar ao planeamento estratégico.
1
https://www.educamundo.com.br/blog/gestao-empresarial-contemporanea
5

Apesar da sua grande relevância, alguns autores defendem que, atualmente, os gestores
deveriam pensar além do planeamento estratégico e abraçar a ideia da gestão estratégica.
Entendemos a gestão estratégica como um processo que envolve toda a organização e visa seu
crescimento e sobrevivência por meio da adaptação frequente da sua estratégia e de sua
estrutura, o que possibilita que a organização se antecipe e também reaja às mudanças
(COSTA, 2008). Esse processo permite que a organização reúna o plano estratégico e a sua
implementação no mesmo processo, garantindo que os mais diversos níveis da organização
participem da implementação da estratégia e que a organização não descuide da sua
competitividade e mantenha o foco no mercado (TAVARES, 2010).

4.2. Gestão da mudança


Mudança, ao contrastar o velho com o novo, muitas vezes causa incômodo, faz rever hábitos e
crenças, gera incerteza e conflito, questiona o status quo. Colaboradores, frente à
possibilidade de mudanças, podem ficar desconfortáveis e inseguros.

Ainda assim, a mudança busca fins válidos. É um processo que muda a situação atual na
busca por mais eficiência. Para Jones e George (2008), mudança organizacional é “o
movimento de uma organização, que se distancia de seu atual estado e encaminha-se para um
futuro desejado, de modo a aumentar sua eficiência e efetividade”.

A gestão da mudança está bastante relacionada com a atividade de controle, que é parte
essencial do trabalho de todo administrador. Isso porque, por meio do controle, os gestores
medem não apenas o desempenho de processos e pessoas, mas da organização como um todo.
Esse controle organizacional tipicamente é feito por meio do acompanhamento de indicadores
diversos, como satisfação dos clientes, nível de desperdício, volume de custos, facturamento,
percentual de lucro, rotatividade dos funcionários, market share, entre outros.

Para que os gestores de hoje prepararem melhor suas organizações para uma boa gestão da
mudança, eles devem, segundo Jones e George (2008), Wood Júnior (2009) e Chiavenato
(2014):
6

Imagem 1: Passos para uma boa gestão de mudanças.

Fonte: CONTO, 2017.

William Edwards Deming elaborou um programa de melhoria contínua, que teve seguidores
ao redor do mundo, e são baseados nos seguintes pontos (CHIAVENATO, 2004):

1. Criar e divulgar para todas as pessoas os objetivos da empresa quanto à melhoria do


produto ou serviço. A alta direção deve dar constantemente seu apoio ao programa.

2. A alta administração e todas as pessoas devem aprender a adotar a nova filosofia: não
mais conviver com atrasos, erros e defeitos no trabalho.

3. Conhecer os propósitos da qualidade, para melhorar os processos e reduzir custos.

4. Suspender a prática e fazer negócios apenas na base do preço.

5. Melhorar constantemente o sistema de produção, identificar e solucionar problemas.

6. Instituir treinamento no trabalho.


7

7. Ensinar e instituir liderança para conduzir as pessoas na produção.

8. Eliminar o medo de errar. Criar a confiança e um clima para a inovação.

9. Incentivar grupos e equipes para alcançar os objetivos e propósitos da empresa.


10. Demolir as barreiras funcionais entre os departamentos.

11. Eliminar exortações à produtividade sem que os métodos sejam providenciados.

12. Remover as barreiras que impedem as pessoas de orgulhar-se do seu trabalho.

13. Encorajar a educação e auto aperfeiçoamento de cada pessoa.

14. Garantir a ação necessária para acompanhar esta transformação.

Para colocar em prática os 14 princípios de Deming, foi criado o Ciclo PDCA– Plan
(planear), Do (Fazer), Check (verificar os defeitos) e Action (Ação).

4.3. Empreendedorismo
Atualmente, o empreendedorismo é definido como o processo de gerar ideias inovadoras que
possam significar oportunidades de negócios, seja na abertura de novos negócios, seja na
melhoria do atual, por meio de ferramentas, métodos e práticas.

Assim, o empreendedor é aquele que tem a capacidade de tomar a iniciativa em buscar


soluções inovadoras. Como a competitividade está associada à criação de produtos ou
serviços melhores, as organizações foram buscar gestores com perfil empreendedor para fazer
coisas novas e melhores. O empreendedor é o líder, é aquele que vai levar a empresa para o
caminho da inovação.

MCCLELLAND (1972) identificou características de comportamento do empreendedor, as


quais servem até hoje para quem deseja empreender, quer seja abrindo um novo negócio ou
melhorando a empresa onde trabalha: busca de oportunidades e iniciativa, persistência,
comprometimento, exigência de qualidade e eficiência, correr riscos calculados,
estabelecimento de metas, busca de informações, planeamento e monitoramento sistemáticos,
persuasão e rede de contatos, independência e autoconfiança.

4.4. Gestão Social2


Responsabilidade Social é formada pelas seguintes responsabilidades:

22
http://redeetec.mec.gov.br/images/stories/pdf/proeja/modelos_gestao.pdf
8

 Econômicas: ser lucrativa, gerar riquezas e empregos.

 Éticas: não lesar ninguém voluntariamente, prezar pela integridade de todos os


envolvidos com a empresa.

 Legais: pagar todos os impostos em dia; é por meio deles que o Governo proporciona
o bem-estar social para a sociedade.

 Filantrópicas: são os projetos sociais, que possuem maior visibilidade para os clientes
e pode ser usado como forma de publicidade de suas ações sociais.

Empresas que apoiam seus negócios em princípios socialmente responsáveis acabam por
desenvolver meios de melhorar o relacionamento com parceiros, fornecedores, clientes,
funcionários e sociedade.

4.5. Administração Virtual3


Surgiu na década de 1990 em busca de flexibilidade. Aqui o foco da gestão é mobilizar
parcerias tanto externas como internas. A ideia é criar uma rede de empresas (network) em
forma de parceria para garantir a sobrevivência de todas as organizações envolvidas. Nesse
modelo, as empresas vão compartilhar resultados, custos, riscos e um modelo de gestão
altamente embasado na tecnologia da informação, pois não há necessidade da presença física
dos envolvidos. É o trabalhador a distância, virtual.

4.6. Just-In-Time4
Operacionalmente, basta dizer que JIT significa que cada processo deve ser suprido com os
itens e quantidades certas, no tempo e lugar certo. O Just-in-Time é, única e exclusivamente,
uma técnica que se utiliza de várias normas e regras para modificar o ambiente produtivo, isto
é, uma técnica de gerenciamento, podendo ser aplicada tanto na área de produção como em
outras áreas da empresa.

A principal característica da filosofia Just in time, é trabalhar com a produção “puxada”, ao


longo do processo, isto é, o material é solicitado apenas quando houver a real necessidade de
sua utilização, pelas linhas de produção. Os planeamentos puxados funcionam para
simplificar os processos de produção, requerendo um volume fixo de produtos, além de

3
http://redeetec.mec.gov.br/images/stories/pdf/proeja/modelos_gestao.pdf
4
https://www.facefaculdade.com.br/arquivos/revistas/A_filosofia_just_in_time_como_otimizacao_de_metodo
_de_producao.pdf
9

minimizar a quantidade de estoques no sistema de produção assegurando que todos os


recursos utilizados sejam utilizados da melhor forma possível, evitando dessa forma o
desperdício.

O projeto do sistema evita que os defeitos fluam ao longo do fluxo de produção; o único nível
aceitável de defeitos é zero. Os trabalhadores são treinados em todas as tarefas de suas
respectivas áreas, incluindo a verificação da qualidade. Sabem, portanto, o que é uma peça
com qualidade e como produzi-la. Se um lote inteiro for gerado de peças defeituosas, o
tamanho reduzido dos lotes minimizará o número de peças afetadas. O aprimoramento de
qualidade faz parte da responsabilidade dos trabalhadores da produção, estando incluída na
descrição de seus cargos.

A flexibilidade, o baixo nível de stocks e a redução dos tempos permitem que o ciclo de
produção seja curto e o fluxo veloz. A prática de diferenciar os produtos na montagem final, a
partir de componentes padronizados, de acordo com as técnicas de projeto adequado de
manufatura e projeto adequado à montagem, permite entregar os produtos em vários prazos
mais curtos.

5. Sector de Transporte

Transporte5 é o deslocamento ou o movimento de pessoas ou de coisas de um lugar para


outro. O transporte é o principal responsável pelos fluxos de bens, de forma eficaz e eficiente,
desde um ponto fornecedor até os destinos pretendidos. Por isso, constitui uma grande parcela
dos custos logísticos dentro da maioria das empresas e possui participação significativa na
formação do PIB das nações.

5.1. Sistema de transportes


O sistema de transportes é constituído por um conjunto de partes ou subsistemas que
interagem para atingir um determinado fim, de acordo com um planeamento.

 Vias: são os locais pelos quais transitam veículos e usuários: ruas, avenidas, rodovias,
passeios, estradas, hidrovias, ferrovias, rotas aéreas, tubos, esteiras.

 Veículos: são os elementos que promovem o deslocamento: automóveis, caminhões,


motocicletas, bicicletas, elevadores, navios, aviões, helicópteros, trens, cavalos.

5
https://statics-submarino.b2w.io/sherlock/books/firstChapter/14282300.pdf.
10

 Usuários: somos todos nós, nas mais diferentes configurações: pedestre, motorista,
passageiro, motociclista, ciclista, transportador.

 Terminais: são os locais destinados para a realização das operações de carga,


descarga e armazenamento de mercadorias.

 Estações: são os locais que atendem às necessidades de embarque e de desembarque


de passageiros, bem como de integração entre diferentes modalidades de transportes.

 Operação do sistema: é a forma como os veículos e usuários utilizam uma rede de


transportes, atendendo às condições de conforto e de segurança e às regras
estabelecidas.

 Meio ambiente: é tudo que envolve, cerca e afeta os componentes do sistema: chuva,
sol, neblina, neve, noite, dia, vento, fumaça, poluição, ruídos, congestionamentos,
acidentes.

5.2. Modalidades
O modo ou a modalidade de transporte está relacionado com o tipo de veículo utilizado para
fazer o deslocamento de pessoas e mercadorias. A escolha por um modo de transporte está
fortemente vinculada ao seu custo e ao tempo de deslocamento.

 Terrestre: carros, caminhões, ônibus, trens.

 Aquático: navios, barcos.

 Aéreo: aviões, helicópteros.

 Tubular: gasodutos, oleodutos.

A classificação das modalidades de transportes também pode envolver subcategorias de um


ou mais modos de transporte tradicional supracitados.
11

 Transporte rodoviário

É um transporte terrestre cujos veículos se deslocam sobre estradas pavimentadas ou não


pavimentadas.

 Transporte ferroviário

Também é um transporte terrestre. O veículo, uma composição ou trem também conhecido


como material rodante, é constituído por uma locomotiva e vários vagões que transportam
cargas ou passageiros.

 Transporte aquaviário

Esse modo de transporte também é referido como hidroviário. O deslocamento ocorre sobre a
superfície das águas, em canais navegáveis – rios (fluvial) e oceanos (marítimo) – com barcos
e navios. O transporte fluvial está condicionado aos regimes dos rios e operações de dragagem
e derrocamento sobre o leito que influenciam a navegabilidade.

 Transporte aéreo

É a modalidade na qual os veículos circulam no ar, mediante coordenadas geográficas. As


vias são chamadas de aerovias ou rotas aéreas.

 Transporte dutoviário ou tubular

A via é constituída por uma sequência de tubos, geralmente metálicos, posicionados de forma
judiciosa sobre o terreno. O traçado da via contém estações de bombeamento devidamente
espaçadas e dimensionadas para dar continuidade ao fluxo.

5.3. Desafios rodoviários e suas técnicas no transporte de cargas6.


O transporte rodoviário representa um papel cada vez mais estratégico na cadeia logística de
qualquer empresa. Por ser o modal mais utilizado no país, buscar alternativas para que ele seja
mais seguro, eficiente e rápido é um grande diferencial para o sucesso do seu negócio.

O transporte rodoviário ainda precisa evoluir e muito para atender de maneira satisfatória às
necessidades competitivas das indústrias e às demandas do consumidor moderno. Os desafios
6
https://cargox.com.br/blog/descubra-os-principais-desafios-da-logistica-e-como-supera-los
12

não são poucos: desde a origem até a chegada ao destino final, existem grandes obstáculos
que podem comprometer a eficácia do transporte rodoviário.

5.3.1. Roubo de cargas

Esse é um dos grandes desafios do transporte rodoviário, sobretudo pela falta de segurança
das estradas e dos próprios caminhões.

As quadrilhas de roubo de cargas rodoviárias estão utilizando técnicas e equipamentos cada


vez mais evoluídos, o que infelizmente aumenta a taxa de sucesso dos roubos. A
complexidade para superar esse desafio vai muito além das acções de empresas que realizam
o transporte rodoviário, mas investir em segurança e tecnologia é um importante passo para
minimizar riscos.

Técnicas:

 Contratação de seguro para cargas;

 Implantação de sistema de rastreio via satélite;

 Instalação de câmeras no interior dos caminhões;

 Implantação de telas de bloqueio nos compartimentos de cargas;

 Investimento em treinamento de segurança para os funcionários envolvidos no


transporte.

5.3.2. Avaria de cargas

A avaria de cargas ainda é muito comum no transporte rodoviário. Amassados, rasgos,


arranhões e outros danos ocasionados às mercadorias diminuem a satisfação do consumidor e
podem comprometer a credibilidade de sua empresa, afinal muitos clientes enxergam as
avarias como falta de profissionalismo e julgam a experiência como negativa.

Além das avarias, o transporte inadequado pode ocasionar até mesmo a perda total dos
produtos. Por isso, por menor que seja a distância, é preciso que o transporte seja adequado e
seguro para cada tipo de carga. Para cargas frágeis e delicadas, os cuidados devem ser ainda
maiores.
13

Técnicas:

 Padronização dos processos de manuseio e transporte;

 Uso de ferramentas adequadas para o manuseio das cargas;

 Uso de embalagens adequadas para o transporte;

 Equilíbrio na quantidade de cargas de tamanhos e pesos variados;

 Uso de racks metálicos e caixas plásticas para optimizar o empilhamento dentro dos
caminhões.

5.3.3. Gestão de rota ineficaz

A gestão de rotas é fundamental para optimizar as entregas e aumentar a satisfação dos


clientes. No entanto, realizar uma gestão estratégica e eficiente ainda é um desafio para muitas
empresas, principalmente para aquelas que não apostam em investimentos tecnológicos e
qualificação da equipe.

Ademais, a complexidade das operações, a precariedade das rodovias e a extensão do


territorial dificultam ainda mais a gestão de rotas. Nesse cenário, a tecnologia é a melhor
aliada para optimizar suas operações.

Técnicas:

 Investimento em Softwares de planeamento de rotas;

 Utilização de sistemas de agendamento de entrega;

 Capacitação dos colaboradores para utilização das tecnologias.

5.3.4. Pouca carga de retorno

Grande parte dos caminhões saem totalmente carregados para realizar a entrega dos produtos.
O problema é que na volta até a sede da empresa, muitos voltam sem nenhuma carga ou
parcialmente cheios. Isso representa pouca produtividade e custos de transporte
desnecessários, já que o veículo está total ou parcialmente inutilizado.
14

Nesse cenário, criar uma frota produtiva, com baixo índice de ociosidade e aproveitamento
estratégico da frota também é um grande desafio do transporte rodoviário. Por isso, é
fundamental alinhar informações da cadeia de distribuição para optimizar a configuração dos
transportes.

Técnicas:

 Planeamento e optimização da gestão logística;

 Uso de sistemas tecnológicos de roteirização;

 Contratação de empresas especializadas em transporte.

5.3.5. Infraestrutura precária das estradas

As condições rodoviárias são bastante precárias. A falta de qualidade na malha rodoviária


reflecte em atrasos nas entregas, riscos de avaria nas mercadorias, fretes com preços mais
elevados e gastos com manutenção dos veículos.

Assim, apesar de ser o modal mais utilizado, tem sua eficácia comprometida devido à
infraestrutura precária das estradas, o que pode prejudicar a competitividade das empresas
perante o consumidor. Apesar de não ser possível actuar na melhoria desse problema, sua
empresa pode adoptar algumas medidas preventivas.

Técnicas:

 Uso de sistemas com inteligência geográfica para traçar rotas mais eficientes;

 Acompanhamento da frota via GPS;

 Investimento em manutenção preventiva dos veículos;

 Treinamento dos motoristas;

 Uso de equipamentos que emitem alertas sobre problemas nas rodovias.


15

6. Tecnologias de Informação e Comunicação7

Tecnologia da informação e comunicação (TIC) pode ser definida como um conjunto de


recursos tecnológicos, utilizados de forma integrada, com um objectivo comum. Constituem
um conjunto de recursos tecnológicos e computacionais utilizados para a criação e utilização
da informação.

As TICs são utilizadas das mais diversas formas, na indústria (no processo de automação), no
comércio (no gerenciamento, nas diversas formas de publicidade), no sector de investimentos
(informação simultânea, comunicação imediata) e na educação (no processo de ensino
aprendizagem, na Educação a Distância).

6.1. Tecnologias de Informação e Comunicação no Sector dos Transportes


a) Transporte de Cargas

Seguindo a tendência de optimização dos processos empresariais, especialmente no sector de


logística, o uso da tecnologia no transporte de cargas tem-se apresentado como imprescindível
para a melhoria de sua qualidade e segurança.

Actualmente, as transportadoras contam com o auxílio de diversas ferramentas e sistemas


capazes de melhorar a eficiência da logística e torná-la ainda mais atractiva ao cliente.

Nos últimos anos, a tecnologia tem-se transformado em uma grande aliada das empresas
contemporâneas. Dificilmente encontramos um negócio que não desfrute dos benefícios de
algum recurso, e essa é uma realidade que se estende a todos os segmentos do mercado.

Por isso, é indiscutível o impacto positivo proporcionado pelos recursos tecnológicos dentro
da rotina das empresas de transporte. Afinal, o apoio tecnológico tem sido determinante para
melhorar a eficiência dos deslocamentos, tornando as operações menos onerosas e mais ágeis.

Conforme visto, a logística é um dos sectores que mais se beneficiam dos avanços
tecnológicos. Aliás, é interessante observar que a optimização desses processos, em grande
parte, se deve à utilização de soluções fornecidas pela tecnologia da informação (TI) e pela

7
https://epocanegocios.globo.com/colunas/noticia/2020/02/tendencias-2020-os-rumos-da-inovacao-no-setor-
detransporte-de-cargas.html
16

tecnologia da comunicação (TC) — a exemplo dos sistemas de gerenciamento de transporte


(TMS), sistemas de roteirização, rastreamento e monitoramento, assim como os sistemas de
gerenciamento de armazéns (WMS).

6.1.1. Sistemas de Gerenciamento de Transportes (TMS)


Essa ferramenta tem como foco o controle do desempenho de cada uma das operações
envolvidas no transporte, por meio de informações em tempo real fornecidas por GPS.

Em um cenário no qual o consumidor busca cada vez mais por rapidez e segurança na entrega
de seus pedidos, esse recurso auxilia o gerenciamento de toda a frota de veículos e dos fretes,
tendo como base informações integradas de custos, como a documentação, o
acompanhamento dos funcionários, os materiais de consumo, os cálculos de valores de fretes
e a emissão de relatórios de desempenho.

De maneira geral, o sistema fornece um panorama das operações, permitindo ao gerente e aos
demais envolvidos o acesso, em tempo real, a dados importantes para a melhoria dos
transportes.

6.1.2. Sistemas de rastreamento e monitoramento


Os sistemas de rastreamento e monitoramento de cargas têm-se tornado uma tendência muito
forte no sector. As melhores transportadoras já fazem uso dessa ferramenta, usufruindo de
inúmeros benefícios:

 Entregas mais rápidas e seguras;


 Ganho de credibilidade e confiança perante o consumidor;
 Redução da ansiedade e reclamações de clientes;
 Possibilidade de programar entregas;
 Maior controle da empresa sobre suas mercadorias e entregas.

Via de regra, o sistema funciona da seguinte maneira: é feita a instalação de módulos


rastreadores via satélite em cada veículo da frota e, a partir disso, ele estabelece uma conexão
contínua durante os deslocamentos.
17

Um software moderno e completo oferece o suporte para a análise de todas as informações


fornecidas por esses rastreadores e, desse modo, é possível acompanhar diversos aspectos do
percurso, como:

 Controle de tráfego;
 Velocidade média e instantânea;
 Tempo gasto nas paradas;
 Consumo de combustível, entre outros.

Além disso, esses sistemas têm a função de garantir a segurança da carga e do motorista, pois
tornam mais difícil a actuação de criminosos especializados em furtos e roubos de cargas.
6.1.3. Sistemas de roteirização
Planear rotas de deslocamento é uma estratégia muito positiva para o transporte de cargas.
Isso porque, além da redução do prazo de entrega, o procedimento é executado com mais
segurança e menos custos.

Assim, um sistema de roteirização tem como principal função a optimização das rotas de
viagens, já que se encarregam de fornecer as melhores alternativas de trajectos com base em
mapas digitais.

A utilização de informações de geolocalização evita que caminhões transitem por locais


perigosos, desviem de rodovias e estradas em más condições e sigam rotas desnecessárias,
mais longas ou que possam gerar gastos maiores para a empresa com o consumo de
combustível, pedágios e desgastes do caminhão.

Ademais, é importante mencionar que esse recurso tecnológico favorece e simplifica o cálculo
do frete e do próprio prazo de entrega, que passa a ser mais preciso.

6.1.4. Sistemas de gerenciamento de armazéns (WMS)


Além dos processos externos relacionados ao transporte de cargas, os processos internos são
imprescindíveis para o sucesso do processo. Portanto, cuidar dos armazéns e centros de
distribuição é essencial.

Ou seja, a tecnologia também impacta os transportes em sistemas internos e de apoio nas


empresas. A partir dos “WMS” é possível administrar diversos pontos de apoio da logística:
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 Fluxos de entregas;
 Estocagem;
 Separação e expedição de mercadorias;
 Localização de produtos nos armazéns;
 Suporte logístico.

De modo geral, esses sistemas são capazes de melhorar significativamente a agilidade na


separação de mercadorias, a partir de um amplo controlo dos armazéns.

A consequência directa disso é a melhoria na qualidade e rapidez dos transportes, além do


aumento no nível de satisfação dos clientes que contratam os serviços de empresas que os
utilizam.
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7. Conclusão

A actualidade é cheia de mudanças, desafios, dinamismo e principalmente de incertezas, por


essas razões as organizações, de modo geral, precisam desenvolver habilidades de adaptação e
de mudança, a fim de transformarem incertezas e desafios do ambiente externo em
oportunidades. Foi-se o tempo no qual as organizações operavam com previsibilidade em
ambientes tranquilos e estáveis. No nosso século XXI, a globalização impulsiona a inovação
tecnológica, os meios de comunicação, o comércio entre as nações e refina as demandas das
pessoas, que cada vez estão mais bem informadas e, por isso, mais exigentes.

Entretanto, com a realização deste trabalho, pode-se concluir que a chave para o
desenvolvimento de uma boa gestão de processos de uma organização é a tecnologia. A
tecnologia veio para contribuir para que o trabalho desenvolvido seja cada vez melhor, ajuda a
optimizar a administração do negócio, gerir informações obtidas externamente para
desenvolver soluções ainda melhores aos consumidores e aos próprios colaboradores.
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Referências Bibliográficas

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