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O Pai que trabalha

Incrível como as frustrações são ferramentas que Deus utiliza para lapidar seus filhos.

Como Pai presente que é, Ele nos conhece, nos chama pelo nome e tem acesso a
características nossas que nem nós mesmos conhecemos.

Quando, equivocadamente, tentamos seguir o nosso próprio rumo de felicidade, e nos


sentimos no direito de ir em busca dela sem o comando do nosso Pai, é aí que começamos a
dar voltas no mesmo lugar e tardamos a concretização do propósito Dele em nossas vidas.

Se existe algo que o Senhor já fez por nós, foi nos dar a salvação por meio da entrega
de Filho, que ao trilhar a trajetória humana sem pecados e derramar Seu sangue puro na cruz,
comprou a pecadores um presente imerecido.

“Mas a todos que O receberam, aos que creram em Seu nome, deu-lhes
também o direito de serem chamados filhos de Deus. (João 1: 12)

Sim, Deus nos considera filhos. E como Pai, Ele deseja que sejamos à imagem Dele.
Deus quer que sejamos filhos parecidos com Ele e com o Seu Primogênito Jesus. Afinal, somos
uma família. De muitos filhos.

Embora sejamos muitos, Deus não se perde de nenhum de Seus filhos. Ele não os
confunde. Ele é presente e conhece as características de cada um.

Sim, Ele participa individualmente das batalhas que Seus Filhos enfrentam e Seu maior
desejo é poder tocá-los com Seu amor e cura.

Só que esse tempo que passamos distantes dos conselhos do nosso Pai tentando
encontrar nossa felicidade sozinhos nos deixa muitas marcas. Geram em nós muitas feridas,
que, depois de realizadas, somente o próprio Pai é perito para trazer a cura.

Ele identifica o nosso problema e traça nosso plano de restauração.

Mas, na maioria das vezes, nosso coração é tão enrijecido que, somente uma situação
de dor ou frustração é capaz de nos despertar a respeito dos caminhos tortuosos que temos
trilhado.

E assim Deus faz, abre a nossa ferida para depois fechar.

Mais do que nos salvar, Deus que nos REGENERAR.

Há lugares no nosso ser que já não possuem mais vida. Existem áreas que já se
deterioraram em nós. Se encontram mortas, incapazes de produzir mudanças por si só. Áreas
essas com as quais já não sonhamos mais.
A cada frustração, adoecemos um pouco. Morre algo dentro de nós.

Mas Deus não vai se cansar enquanto não nos regenerar. Ele não diminui o Seu
trabalho enquanto não nos gerar de novo, vivificar as áreas mortificadas da nossa vida.

Será que Alguém que é o próprio Amor, estaria apto a conversar com Seus filhos a
respeito do amor?

Será que o Príncipe da Paz conseguiria trazer um pouco quietude para almas
angustiadas?

E sobre um Pai que gasta seu tempo vestindo da forma mais bela os lírios do campo e
alimentando as aves dos céus, será que Ele não se atentaria para as necessidades de Seus
filhos?

Deus conhece todos os nossos vazios. Ele se importa em ajustar as nossas


imperfeições. Ele nos compreende e Seu plano de cura é perfeito.

Ele quer estampar em nós Seu caráter, Seus valores, Sua forma de pensar. Ele quer que
nos tornemos parecidos com Ele.

Mas por quê?

Qual o propósito de tudo isso?

Para que possamos refletir a Sua glória entre os ainda adoecidos.

Para que a luz Dele refletida em nós possa alcançar a escuridão.

“Levanta-te e resplandece! Porque chegou a sua luz, e a glória do Senhor raia


sobre você. Veja! A escuridão cobre a terra, densas trevas envolvem os povos,
mas sobre você raia o Senhor, e sobre você se vê a Sua glória.” (Isaías 60: 1,2)

Uma das primeiras coisas que Deus precisa nos conscientizar para que possamos
começar a passar pelo processo de cura e transformação, é o fato de sermos Sua casa, morada
do Seu Santo Espírito.

“Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que
habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de vocês
mesmos? (1 Coríntios 6: 19)

Deus é um Pai presente. Ele quer estar perto. Quer relacionamento conosco. Ele quer
morar em nós. E para isso Ele precisa começar limpando a casa, mudando mobílias antigas de
lugar, reformando estruturas destruídas.

O pecado embaça o reflexo da glória de Deus em nós. Ele deturpa a nossa identidade,
nos faz nos perdermos de quem somos e seguirmos caminhos contrários à vontade de Deus.
Mas o Pai é paciente. Ele não terminou Sua obra em nós. O apóstolo Paulo nos deixa
uma convicção:

“Estou convencido de que Aquele que começou a boa obra em vocês, vai
completá-la até o dia de Cristo Jesus.” (Filipenses 1: 6)

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