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https://novaescola.org.br/conteudo/1279/producao-de-
resenhas-e-indicacoes-literarias-na-pre-escola
Prática Pedagógica
Produção de resenhas e
indicações literárias na
pré-escola
Crianças de pré-escola aprendem a fazer indicações de
livros para pessoas da escola e da comunidade e, assim,
compartilham suas histórias preferidas
Agnes Augusto
"Um trabalho desse tipo é uma necessidade hoje, pois as crianças precisam ter
acesso à norma culta desde cedo para poder ter uma participação social efetiva
no futuro", diz Beatriz Gouveia, coordenadora do Programa Além das Letras do
Instituto Avisa Lá, em São Paulo."Engana- se quem acha que isso é escolarizar a
Educação Infantil, ocupando o tempo da brincadeira para ensinar conceitos e
definições da língua.Assim como oferecemos experiências com música, arte e
natureza, apresentar práticas sociais de leitura e escrita é algo que as crianças
também têm o direito de vivenciar."
Cada grupo tinha um escriba,que passava para o papel o que era ditado pelos
colegas. A primeira versão trazia informações como título, autor, editora e uma
curta descrição. Em seguida veio a revisão - apenas uma resenha por dia para
preservar as outras atividades de rotina. Primeiro, Andréa e Cláudia leram cada
texto na íntegra e em voz alta. Depois, releram em partes, perguntando se havia
algo a alterar. "Chamávamos a atenção para os erros de concordância e as
marcas da oralidade, como né e tá", explica Andréa. "A ortografia não é
importante nessa idade", complementa Cláudia.As modificações foram copiadas
no quadro- negro e uma criança de cada grupo anotou a nova versão.
Aprendizes de críticos
O sucesso de um projeto de indicação literária depende de certos requisitos. A
assessora Beatriz Gouveia apresenta algumas condições didáticas importantes:
- Leia diariamente para as crianças. Essa ação deve fazer parte da rotina e não
apenas "se sobrar tempo".
- Ensine a diferença entre ler e contar. Para que as crianças se familiarizem com
a linguagem escrita, leia o que está escrito, sem acrescentar nem omitir nada.
Na hora de contar uma história, a linguagem é menos formal e mais coloquial.
- Revisar para facilitar. A discussão coletiva de cada texto tem o intuito de torná-
lo mais fácil e instigante para o leitor.
CONTATO
Creche/Pré-Escola Central da Universidade de São Paulo, Av. da Universidade, 200, 05508-900, São Paulo, SP, tel.
(11) 3032-2233
BIBLIOGRAFIA
Além da Alfabetização, Ana Teberosky e Liliana Tolchinsky, 296 págs., Ed. Ática, tel. (11) 3990-2100, 39,50 reais
Diálogo entre o Ensino e a Aprendizagem, Telma Weisz, 136 págs., Ed. Ática, 33,50 reais
Ler e Escrever na Escola, Delia Lerner, 128 págs., Ed. Ar tmed, tel. 0800-703-3444, 32 reais
Ler e Escrever, Anne-Marie Chartier, Christiane Clesse, Jean Herbrard, 170 págs., Ed. Artmed, 38 reais
Psicopedagogia da Linguagem Escrita, Ana Teberosky, 152 págs., Ed. Vozes, tel. (24) 2233-9000, 25,60 reais
Formação de professores