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MATURJDADE
EMOCIONAL
J osadak L ima
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Equilíbrio Entre
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o Ser
Se r e o Fazer
Emanuence Digital
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L ider ança E xcelente
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Equilíbrio Entre
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o Ser e o Fazer
Copyright©2009 por
Josa
Josada
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Limaa.
Todos os direitos em Língua
Portuguesa reservados por:
LIMA, josadak
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MA TURIDRIDAD
ADE E EMOCIONA
EMOCI ONAL L - Equilí
Equilíbrio
brio entre o ser
ser e o faze
fazerr - Série
Série Li
derança Exce
Excelente
lente/Jos
/Josada
adakk Lim
Limaa - Curitiba:
Curitiba: A.D. Santos Editora,
Editora, 2009.
2009.
80 páginas.
ISBN-978.85.7459-195-7
1. Liderança Cristã
Cristã 2. Discipulado
Discipulado
CDD — 253-2
l â Edição:
Edição: Outubro /2009:
/20 09: 2.00
2.0000 exempla
exemplares.
res.
Edição e Distribuição:
SANTOS
E D I T O R A
A presentação
Como já vimos, dos versículos 12 a 14, a Bíblia diz que Paulo não é
totalmente maduro; e dos versículos 15 a 17, afirma que Paulo é maduro.
Na primeira parte, Paulo tem consciência que ainda não chegou ao
ponto desejado.
Ser maduro é estar no processo de maturação. Baseado nisso, ele
está andando segundo a luz que já alcançou. Portanto, não se encontra
mais no ponto de onde começou.
No versículo 16, o apóstolo esclarece que “ser maduro” é estar
andando segundo a luz que já alcançamos. Mas é no versículo 15, que ele
estabelece o critério básico para o crescimento em maturidade: “ver as
coisas desta forma". Que critério é esse? Consiste numa visão clara de que
a maturidade é um processo, atiLude-de disposição, dedicação sem trégua
em busca da maturidade.
O discípulo precisa ter sempre em mente o “sentimento ” de que
ainda não chegamos onde desejamos, mas que também não estamos
onde estávamos quando começamos. O que estou querendo dizer é que a
maturidade acontece no decorrer da caminhada. Portanto, é indispensá
vel prosseguir, esquecendo as coisas que ficaram para trás e avançar para
as que estão à frente, e o necessário “também Deus vo-lo revelará’’. Nesta
jornada, o estudo sistemático da.Palavra, a oracão. e a comunhão com os
irmãos, são os elementos básicos que necessitamos para desenvolver uma
maturidade saudável.
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A plicação P essoal
LIDERANDO MUDANÇAS
5 SO USA , Dervy Gomes; Coragem para ser Feliz;. Belo Horizonte: Betânia, 1991
;|wSliSfew8
A plicação P essoal
. : :
7
Aco nte ce u qu e o povo com eço u a queixa r se das suas dificulda de s aos ou vidos
do SENHOR. Quando ele os ouviu, a sua ira acendeuse e fogo da parte do
SENHOR queimou entre eles e consumiu algumas extremidades do acampa-
mento. 2 Então o povo clamou a Moisés, este orou ao Senhor, e o fogo extin
guiuse. 3 P or isso aquele luga r fo i cham ado Taberá, porque o fo go da parte do
SENHOR queimou entre eles. 4 Um bando de estrangeiros que havia no meio
deles encheuse de gula, e até os próprios israelitas tornaram a queixarse, e
diziam: "Ah, se tivéssemos carne para com er ! 5 Nós nos lembramos dos peixes
que comíamos de graça no Egito, e também dos pepinos, das melancias, dos
alhos porós, das cebolas e dos alhos. 6 Mas agora perdemos o apetite; nunca
vemos nada, a não ser este maná !"
Números 11.1-6
Números 11.10-15
7 B O IS Lauriston J, Du. Comentário Bíblico BEACON, vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.
344
34 4
“Murmuração é contagiosa. Moisés rebaixou-se ao nível de sua
congregação, adotando sua forma de pensar”.8 No incidente da lição
anterior
ante rior vimos Moisés intercede
inter cedendo
ndo pelo povo,
povo, mas agora
agora ele ficou abor
recido e descontente com as demandas do povo.
Moisés expressou em oração, todo o seu aborrecimento e deses
pero a Deus.
Deus. Tod
T odoo líder é de carne
carn e e osso.
osso. Com
C omoo tal, ele é um ser bastante
basta nte
complexo. Assim sendo, nenhum líder está imune às enfermidades da
alma, inclusive às emocionais. Portanto, como diz John Maxwell, como
líder, a primeira pessoa a quem eu devo liderar é a mim mesmo. Se S e eu não
seguir a mim mesmo, por que qualquer outra pessoa deveria fazê-lo? Por
tanto,
tant o, não tente
ten te mudar as pessoa
pessoass para o que você
voc ê quer, sem antes mudar
mudar
a si mesmo. Nossa primeira preocupação como líder, não deveria ser
saber para onde estou indo, mas quem realmente estou me tornando.
Em Êxodo 18, o conselho
cons elho de Jetr
Je troo foi de
de grande
grande ajuda para
para Moisés,
Moisés,
mas agora, um ano depois, a situação agrava-se; Moisés não conseguiu
superar seus problemas de sobrecarga. A sobrecarga ministerial é uma
realidade para a maioria dos líderes hoje. Espera-se que eles sejam bons
pregadores, conselheiros e administradores; e ainda que tenham habili
dade
dade de publicidade
publicidade e relaçõ
re lações
es humanas.
human as. No N o geral, as pessoa
pessoass o procuram
para receber
rece ber e não para dar
dar.. Entã
E ntão,
o, não se deve
deve estranhar
estranh ar que seu
seuss recur
recu r
sos emocionais venham a se exaurir rapidamente, a ponto de chegar ao
fundo do poço, como foi o Caso de Moisés, na passagem acima.
Pesquisas revelam que existe um fator comum à maioria dos líderes
de sucesso: todos trabalham arduamente. Moisés estava neste time! Ele
estava vivendo no limite! O problema agravou-se quando ele passou a
ouvir as queixas de todas as famílias do acampamento, à entrada de sua
tenda. Então, por conta disto, se acendeu a ira do SENHOR! Contra
quem? Não se assuste, mas foi contra Moisés. É por isto que a Bíblia diz:
“isso pareceu mal a Moisés’’.
No contexto anterior vimos que é o povo que estava encrencado
com Deus. No entanto, agora é o líder Moisés que se encrenca, ao dei-
xar-se envolver com as reclamações deles (v. 10). Por outro lado, “há
uma diferença básica entre a queixa de Moisés e a do povo. Moisés quei
xou-se a Deus. O povo queixou-se de Deus. Ao apresentar diretamente
ao Senhor seus sentimentos, Moises honrou a Deus e demonstrou pro
funda confiança Nele”.9
A o perceb
p erceber
er que
que a ira de Deus
Deus se acendeu contco ntra
ra ele,
e le, Moisés reage.
reage.
E sua reação nos revela coisas até agora escondidas em seu coração.
Moisés expressa sentimentos profundos de sua alma insatisfeita. A impres
são é de que Moisés foi colocando tudo para fora - seus vales secos e ári
dos; vales de dores e lágrimas; sem contudo discernir o que estava
fazendo
fazendo.. Ele percorre os “cam
“caminh
inhos”
os” angustiantes do cansaç
can saçoo psicológico
e da solidão; vasculha a fundo seu cotidiano existencial e comportamen-
tal. Ao
A o pon
p onto
to da sua
sua ansiedade pela “m
“m orte
or te”” ser maior do que pela vida.
O texto em foco
foco revela
revela outra históri
históriaa - a história
história do
do coração de
Moisés:
Números 11.16-25
Deus solucionou o problema de sobrecarga de Moisés exposto na
lição anterior. “O problema mereceu solução um pouco diferente
daquela apresentada por Jetro. O coração ferido do líder é tratado pelo
próprio Deus. Ele sabe que agora Moisés precisa, mais do que nunca, ser
cercado por gente cheia do Espírito. Não é disto que necessitamos tantas
vezes? Gente ao nosso redor, capaz de orar, de interceder, de oferecer um
ombro amigo e compreensivo, um conselho sábio, vindo do próprio Espí-
rito?”11
Alguém pode ajudar um líder, mas não substituí-lo! O versículo 16
diz que Deus ordenou que Moisés selecionasse setenta homens para
repartir com eles a sua liderança. O próprio Deus derramaria sobre aque
las novas lideranças o “Espírito” que pusera sobre Moisés. Isto mostra
que nenhum líder é indispensável, mas o Espírito Santo, sim.
Engana-se quem pensa que exercer a liderança no Reino de Deus,
de forma séria, é uma tarefa simples. Liderar implica em responsabili
dade, cansaço físico, doação de tempo e a imprescindível doação de si
mesmo. Significa “ver as coisas da perspectiva de Deus e permitir que Ele
nos mostre a verdade, significa encontrar a luz no que parece ser uma
situação tenebrosa”12.
Todos esperam que o líder seja perfeito em tudo que é ou faz.
As pressões vêm de todos os lados. As pressões externas, por exemplo,
provocam um alto nível de cobrança interna, gerando ansiedade e inse
gurança no líder. Na maioria dos casos, o “desdobramento” desses pro
blemas gera enfermidades da alma: medo, angústia e até depressão.
Na lição anterior vimos o diagnóstico de um Moisés estafado, e o
seu pedido desesperado para Deus matá-lo. Ele chegou a ponto de perder
a esperança da própria vida, tal como Paulo na Ásia (2 Co 1.8). De fato,
Moisés estava exausto, desanimado e profundamente depressivo. O caso
11 ELIAS, Maria José Almeida, Propostas Bíblicas para Liderança Cristã. Rio de Janeiro: CPAD
1999, p. 25
12 OM AR TIA M, Stormie; Fé Crucial em Tempos Difíceis. São Paulo: Mundo Cristão, 2002
parecia sem solução. Mas Deus interviu com graça. “A exagerada tirada
de Moisés não foi respondida na mesma moeda, com outra tirada e com repre
ensão. Antes Yahweh fez o que Moisés queria que Ele fizesse; e levou Moisés a
delegar autoridade, aliviando-o do excesso de trabalho; e deu ao bebê chorão
(Israel) o que ele queria: um generoso suprimento de carne...”13.
O nome para tudo isso é GRAÇA ! A solução de Deus para restau
rar Moisés da sua depressão, e o povo de sua incredulidade chama-se
GRAÇA. Deus mostra a eles “gestos da graça”. Deus não lhes exige
nada. A graça é de graça.
Neste texto Deus trata de duas coisas: com o líder do povo - Moi
sés; e com o povo. Tanto o líder quanto o povo estavam carentes da
graça divina. Eles não poderiam sobreviver sem experimentar a mila
grosa ação da graça de Deus.
“Não é sábio fazer de si mesmo o responsável por todas as tarefas,
tentando solucionar todos os problemas que surgem entre os lide
rados. Com todos os riscos a que estamos sujeitos, devemos pôr em
prática esse conselho: repartir tarefas”.14
O primeiro a experimentar a graça de Deus foi o líder Moisés; e o
primeiro ponto marcante da manifestação da graça em sua vida é que ele
não demonstrou ciúme quando Deus tirou “do Espírito que está sobre
ti”, e deu poder a outros líderes da congregação (v. 17). O caso de Moisés
era muito complicado. O próprio Deus disse que a responsabilidade de
conduzir o povo era muito “árdua”. Na liderança, a situação se complica
quando nossas atividades estão desassociadas da graça, quando são regi
das apenas por regras e obrigações.
%■ r- ^ ? •*•". ;
1. Segundo o que estudamos nesta lição, você sente que existe algo em
seu íntimo que lhe “prende” e lhe “afasta” de experimentar a graça?
4
U que/
2. Quando você pensa sobre o aceitar a liberdade oferecida pela graça,
o que lhe parece mais perturbador?
( ) a) Que Deus me peça álgo que não posso fazer.
( ) b) Que Ele exija que desista de algo que eu gostaria de manter.
( ) c) Que eu faça tudo que Ele quer, mas depois me desaponte.
( ) d) O utro:____________________________________
Ma t u r i d a d e para Lidar com o
Sentimento de S er "D ispensável"
26
Entretanto, dois homens, cham ados Eldade e Medade, tinham fica do no
acampamento. Ambos estavam na lista das autoridades, mas não tinham ido
para a Tenda. O Espírito também veio so bre eles, e pr of etizara m no ac am pa
27
mento. Então, certo jove m correu e contou a Moisés: "Eldade e Medade estão
28
pro fetiza ndo no acampa men to". Josu é, fil ho de Num, que desde jovem era
29
auxiliar de Moisés, interferiu e disse: "Moisés, meu senhor, pro ibaos l" Mas Moi-
sés respondeu: "Você está com ciúmes por mim? Quem dera todo o povo do
SENH OR fo ss e profeta e que o SENH OR pusesse o seu Espírito sobre eles!" 30
Números 11.26-30
Na lição anterior, vimos que Deus nomeou setenta anciãos para aju
dar Moisés a carregar a carga da liderança espiritual do povo. O Espírito de
Deus desceu sobre esses homens, os quais profetizavam, talvez para exor
tar o povo a ter mais fé e a obedecer, pois a profecia é um dom do Espírito
que exerce um importante papel em tempos de apostasia e fracasso.
Depois que os setentas anciãos cessaram de profetizar, Eldade e
Medade (líderes que faziam parte do grupo seleto dos setenta), começa
ram a profetizar, fora do arraial - numa condição não oficial. Ou seja, “o
Senhor os visitou com uma capacitação do Seu Espírito Santo, o mesmo
Espírito que repousava em Moisés”.18
18 BOIS Lauriston J, Du. Comentário Bíblico BEACON, vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 345
O COMPLEXO DE JOSUÉ
20 HYBELLS, Bill, Fazendo sua vida s melhor, Campinas: United Press, 2002, p. 203
FRUTOS DA ESTABILIDADE INTERIOR
A plicação P essoal
1 Miriã eA rã o com eçaram a criticar Moisés porque ele havia se casado com uma
m ulher etíope. "Será que o SEN HO R tem falad o apenas po r meio de Moisés?",
pe rgun taram. "Tam bém não tem ele fala do por m eio de nós?" E o SENHOR
q
ouviu isso. Ora, M oisés era um hom em muito paciente, ma is do que qualqu er
outro que havia na terra. 4 Imediatamente o SEN HOR disse a Moisés, a Arão e a
Miriã: "Dirijamse à Tenda do Encontro, vocês três". E os três for am para lá. 5
Então o SENHOR desceu numa coluna de nuvem e, pondose à entrada da
Tenda, chamou Arão e Miriã. Os dois vieram à frente, 6 ele disse: "Ouçam as
minhas palavras: Quando entre vocês há um profeta do SENHOR, a ele me
revelo em visões, em son hos fa lo com ele. 7 Não é assim, porém, co m m eu servo
O
Moisés, que é fie l em toda a minha casa. Com ele fa lo fac e a face, claramente,
e não por enigma s; e ele vê a for m a do SENHOR. Por que não temeram criticar
meu servo M oisés?" Então a ira do SEN HO R acendeuse contra eles, e ele os
d eix o u.10 Quando a nuvem se afastou da Tenda, Miriã estava leprosa; sua apa-
rência era como a da neve. Arão voltouse para Miriã, viu que ela estava com
lepra.
Números 12.1-10
24 WARREN, Rick, Liderança com Propósito. São Paulo: Vida, 2008, p. 123
25 NEE, Watchman; Autoridade e Submissão. São Paulo: Árvore da Vida, 2001
caráter deles. Para Miriã e Arão não havia a menor importância se a pes
soa à sua frente era Moisés, o líder escolhido por Deus. A “obsessão” por
querer ser líder a qualquer custo, vem sempre acompanhada de um espí
rito crítico, gerado por uma compulsão destrutiva.
O modo grosseiro como Miriã e Arão agiram, nos choca e alerta;
pois foram iguais a homens bombas, pilotos homicidas, opressores de si
mesmo. Sempre que nos deixamos intoxicar por compulsões carnais, às
vezes até praticadas em nome de Deus, negamos a graça e ficamos a
mercê do juízo divino, sujeitos à “lepra” espiritual e aos distúrbios da
alma.
Ninguém, exceto Deus, podia tirar a autoridade de Moi-
séslQuando nos inclinamos para a carne cogitamos as coisas da carne.
Não há nada mais carnal do que a sede por poder, status, autovalorização
e superioridade. “Estar na carne”, portanto, é estar vivendo da presunção
humana: iras, pelejas, dissensões, invejas, etc., são atitudes que “mor
dem”, “devoram” e “consomem” uns aos outros.
O pastor Rick Warren diz que a liderança vem acompanhada de
três vantagens primordiais:
Posição - Você pode chegar a estar mais alto. Você será tentado
a fazer mau uso do poder.
•+ Poder - Você pode chegar a fazer mais. Você será tentado a abu
sar do seu poder.
**■Privilégio - Você pode chegar a ter mais. Você será atentado a
tirar lucro dos seus privilégios.
28 BOIS Lauriston ], Du. Comentário Bíblico BEACON, vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.
348
shh h h H
A plicação P essoal
: ---------------------------------------------------------- -- ,
1. Qual a última vez que você foi “mal interpretado”, à semelhança de
Moisés neste episódio? Como você reagiu a esse tratamento
injusto?
2. No momento, você conhece alguém que está sendo “mal interpre
tado”? Como você pode ajudá-lo?
'
3. Que lições da atitude de Moisés ao ser “mal interpretado”, você
poderia aplicar em sua vida?
.
MATURIDADE PARA LIDAR COM A
Concorrência por Liderança
11
Corá, filh o de Isar, neto de Coate, bisn eto de Levi, reuniu Da ta e Abirdo, filh os
de Eliabe, e Om, filh o de Pelete, todos da tribo de Rúben, 2 e eles se insurgiram
contra Moisés. Com eles estavam duzentos e cinqüenta israelitas, líderes bem
conhecidos na comunidade e que haviam sido nomea dos membros do con cilio.3
Eles se ajuntaram contra M oisés e Arão, e lhes disseram: “Basta! A assembleia
toda é santa, cada um deles é santo, e o SE NH OR está no meio deles. Então, por
que vocês se colocam acima da assembleia do SEN HO R?" 4 Quando o uviu isso,
M oisés prostrou se, rosto em terra. 5 Depois disse a Corá e a todos os seus seg ui-
dores: "Pela manh ã o SEN HO R mostrará quem lhe pertence ef a rá a proximarse
dele aque le que é santo, o hom em a quem ele escolher. 6 Você, Corá, e todos os
seus seguidores deverão fa ze r o seguinte: peguem incensários 7e amanhã colo-
quem ne les fog o e incenso perante o SENHOR. Quem o SENH OR escolhe r será o
homem consagrado. Basta, levitas!"
28
E disse Moisés: "Assim vocês saberão que o SEN HOR me enviou para fa ze r
29
todas essa s coisas e que isso não partiu de mim. Se estes hom ens tiverem
morte natural e experimentarem somente aquilo que normalmente acontece
aos homens, então o SENHO R não me enviou. 30 Mas, se o SENHO R fiz e r aconte-
cer algo totalm ente novo, e a terra abrir a sua boca e os engolir, jun to com tudo
o que é deles, e eles descerem vivos ao Sheol, então vocês saberão que estes
homens desprezaram o SENHOR". 31 Assim que Moisés acabou de dizer tudo
isso, o chão debaixo deles fendeuse 32e a terra abriu a sua boca e os engoliu
ju nta m ente com su as fa m ília s, com todos os seguid ore s d e Corá e com todo s os
33
seus bens. Desceram vivos à sepultura, com tudo o que pos suíam ; a terra
fe chous e so bre eles, e pereceram, de sa pa rece ndo do meio da assembleia. 34
Diante dos seus gritos, todos os israelitas ao red or fug iram , gr itando: "A terra
vai nos engolir tamb ém !" 35 Então veio fog o da parte do SENH OR e consumiu os
duzentos e cinqüenta hom ens que ofereciam incenso.
O PROCESSO DA REBELIÇÃO
Charles Swindoll afirmou que o ato de liderar pode ser definido por
uma palavra: “influência”. Influenciar é o ato ou efeito de influir, que sig
nifica literalmente “entrar dentro do outro”.
A palavra chave na boca destes homens era: “basta!” (v. 3). Não no
sentido que satisfaz, que é suficiente. Eles queriam era pôr termo na lide
rança de Moisés e Arão - cessar, não mais... Lendo o versículo 3, isolada
mente, percebemos que o raciocínio desses homens não estava errado.
Esses líderes estavam citando corretamente o precipício de Êxodo 19.6:
“vocês serão para mim um reino de sacerdote e uma nação santa...”.
Portanto, eles estavam corretos em dizer que a “assembléia toda é santa”,
mas estavam redondamente equivocados em pensar que o sacerdócio era
um ofício ao qual poderiam se nomear à vontade.
“Se alguém está ridicularizando você, não lhe responda. Se você
fizer isso não vai ser melhor do que quem está zombando de você.
Apoie-se em Deus e ore. Quanto maior a hostilidade, mais você vai
precisar confiar em Deus. A oração é sua grande aliada quando o
estão atacando ”.30
Observe que esse grupo tem uma teologia certa - são ortodoxos na
sua declaração de fé: “santa”, “santo”, o “Senhor está no meio deles". Mas a
motivação deles estava errada. Eram presunçosos. Reivindicavam o direito
de assumir posição de liderança para a qual não haviam sido escolhidos
por Deus. Coré aspirava mais. Queria ser o sumo sacerdote, cargo ocu
pado por Arão, enquanto que as aspirações de Datã e Abirão eram no
campo político.
Eles acusaram Moisés de ser um déspota tirano, como se estivesse
agindo em benefício próprio. Mas “sua liderança não era autoritária ou
ditatorial. As acusações eram totalmente infundadas e constituíam, em
essência, um motim ”.31 A igreja ou equipe tem menos conflitos quando
líderes e liderados são generosos e modelo de renúncia de seus direitos.
Na declaração “o Senhor está no meio deles" vimos o quanto “a ver
dade pode ser aplicada - e mal aplicada. Aqui, a verdade que todo povo
de Deus é santo e que o Senhor está com cada individuo é tomada para
demonstrar que a liderança de Moisés é imperfeita ”.32
30 WARREN, Rick. Liderança com Propósito. São Paulo: Vida, 2008, p. 107
31 BOIS Lauriston J, Du. Comentário Bíblico BEACON, vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.
358
32 RICH ARDS, Lawrence. Guia do leitor da bíblia. Rio de janeiro: CPAD, 2005, 103
Apesar de uma linguagem religiosa, um discurso bonito - até evo
cam os direitos do povo, mas este grupo estava promovendo anarquia.
Rick Warren diz que você precisa estar em comunicação constante com
Deus, para que ninguém possa enganá-lo com uma “mensagem secreta
de Deus”.
Os opositores de Moisés e Arão utilizaram a linguagem religiosa e o
sentimento democrático, como forma de intermediar seus interesses.
Eles se apresentaram com “aparência de piedade ”, mas negavam no com
portamento a eficácia dela, ao querer depor o seu líder. Nestes casos, a
recomendação paulina é clara: “destes afastasse” (1 Tm 3.5-7).
O modelo de liderança apresentado no Novo Testamento, especi
almente o exemplo deixado por Jesus, não é ditatorial, mas exige-se res
peito pela autoridade estabelecida por Deus. Oliver Cromwell dizia:
“Confie em Deus e mantenha a pólvora seca”. O líder não pode ser pas
sivo diante de postura destrutiva da obra de Deus. Na verdade oração
sem precaução é presunção.
“Ser líder exige valentia. Não se trata de um concurso de populari
dade, pois nem mesmo Deus pode agradar a todo o mundo. O líder
deve ter o valor necessário para dizer: Não me importa o que acon
teça, porque isso deve ser feito. Vou enfrentar esse assunto. Para o
bem da organização, tenho que resolver isso ”.33
A raiz do problema de Coré e sua turma se revela na última decla
ração do versículo 3: “... Então, por que vocês se colocam acima da assem -
bleia do SENH OR?”. Na verdade, eles estão dizendo o seguinte: “Somos
todos iguais”. “Ninguém é maior ou menor”. Veja bem, na perspectiva da
nossa relação com Deus (salvação), eles estavam certos. Mas na perspec
tiva da nossa relação de uns com os outros (igreja), que é o caso aqui, eles
estavam errados. No contexto da igreja, como Corpo de Cristo, uns man
dam, outros obedecem. Este é o padrão divino, expresso em dois princí
pios bíblicos: autoridade e submissão. O autor da carta aos Hebreus
prossegue neste raciocínio e diz: “Obedeçam aos seus líderes e submetam-se
à autoridade deles. Eles cuidam de vocês como quem deve prestar contas.
Obedeçam -lhes, para que o trabalho deles seja uma alegria e não um peso, pois
não seria proveitoso para vocês” (Hb 13.17).
Esse tipo de insurreição não pode ser enfrentada com argumenta
ção, mas com manifestações da intervenção de Deus.
Outro aspecto da malignidade nesses homens, é o “jogo sujo”:
•> No afã de quererem ser sacerdotes, eles aliciaram uns valentes
rubenitas e com estes, mais 250 chefes de tribos, maiorais da
nação. Seriam esses aqueles líderes de Êxodo 18?
•+ Acusaram Moisés de havê-los tirado de um bom lugar (Egito),
para trazê-los ao deserto, não tendo cumprido a promessa de
colocá-los numa terra de fartura.
A base da relação líder/liderado é a transparência. Nossa fidelidade
é aprovada pela sinceridade. Mas esta fidelidade não deve ser confun
dida com o medo do líder; devemos ter uma fidelidade com liberdade e
responsabilidade. Se tivermos um líder e não gostamos dele, talvez por
achar que ele abuse da autoridade - o que não é difícil de se ver; mesmo
assim, temos que obedecê-lo. “Eu creio que uma das razões pelas quais o
povo lutou contra Moisés tão intensamente no deserto é porque eles
viam autoridade de Deus sobre ele, mas não gostavam ”34
Coré e seu grupo se autodenominaram líderes. Usaram de subter
fúgios para alcançar posição de liderança. Quando nos deixamos orien
tar pela sede de poder, caímos em nossa própria armadilha e desviamos o
olhar do único ponto de referência: Cristo! “O pecado de Coré teve dois
aspectos: constituiu numa atitude desafiadora e na realização de tarefas
que não lhe cabiam ”.35
"O
Maturidade para Completar a
C a r r e i r a , s e m P e r d e r a Fé e o
Equilíbrio
1 No prime iro mês toda a comu nidade de Israel chegou ao deserto de Zim e ficou
em Cades. Ali Miriã morreu e foi sepultada. 2 Não havia água para a comuni-
dade, e o povo se jun tou contra Moisés e contra Arão. 3 Discutiram com Moisés e
disseram: "Quem dera tivéssemos morrido quando os nossos irmãos caíram
mortos perante o SEN H OR !4 Por que vocês trouxeram a assembleia do SENHOR
a este deserto, para que nós e os nossos rebanhos morrêssem os aq ui? 5 Por que
vocês nos tiraram do Egito e nos trouxeram pa ra este lug ar terrível? Aq ui não há
cereal, nem figos, nem uvas, nem romãs, nem água para beber!" 6 Moisés e
Arã o s aíram de dian te da as se mbleia p ara a entra da da Tenda do Enco ntro e se
prostraram , rosto em terra, e a glória do SE N HOR lhes apareceu. 7E o SENHOR
O
disse a Moisés : "Pegue a vara, e com o seu irmão Arã o reúna a com unida de e
diante desta fa le àq uela rocha, e ela verterá água. Vocês tirarão água da rocha
pa ra a comunidade e os re banh os beberem". Então M oisés pegou a vara que
estava diante do SENHOR, como este lhe havia ord en ad o .10 Moisés e Arã o reu-
niram a assem bléia em fre nte da rocha, e Moisés disse: "Escutem, rebeldes, será
11
que teremos que tirar água desta rocha para lhes dar? " Então Moisés ergueu
o braço e bateu na rocha duas vezes com a vara. Jorrou água, e a comunidade e
12
os rebanhos beberam. 0 SENHOR, porém, disse a Moises e a Arão: "Como
vocês não confiaram em mim pa ra honra r minha santidade à vista dos israelitas,
vocês não conduzirão esta comunidade para a terra que lhes dou". 13 Essas
fo ram as água s de Meribá, onde os israelitas discutiram com o SENHOR e onde
ele manifestou sua santidade entre eles.
Números 20.1-13
Agora “as peregrinações no deserto terminaram. Israel pagara o
preço total por seu pecado. A velha geração passara e a nova estava
pronta para, depois de quase 38 anos de interrupção, retomar o plano de
Deus. As tribos e famílias se reuniram novamente em Cades, provavel
mente no primeiro mês daqueles primeiros 40 anos desde que o grupo
original saíra do Egito”.36
Deus escolhe homens para cada situação. Ele escolheu Moisés para
liderar o povo ao longo de 40 anos no deserto, depois escolheu a Josué
para conduzir o povo à terra prometida. Para guerrear contra gigantes e
expulsá-los da terra, teria que ser um guerreiro como Josué, não um legis
lador como Moisés.
Moisés foi fiel em cumprir suas tarefas no trabalho do Reino
(Nm 12.7). Josué também foi fiel à incumbência recebida de Deus (Js 24).
Cada um deles seguiu e fez a vontade de Deus; despojou-se e padeceu em
prol do Reino, fazendo sua própria história, com coragem e determina
ção. “As grandes pessoas não são nada mais do que pessoas comuns que
fazem um grande compromisso com uma grande tausa”.37
Como escreveu Ricardo Gondim: “Deus procura homens e mulhe
res que, como verdadeiros artesões, não meçam esforços para tecer em
parceria com Ele uma nova realidade, uma nova história”.38 Deus pre
para o Seu escolhido segundo a tarefa que lhe será confiada. Enfim, é
Deus quem capacita cada um de nós, por Sua sábia decisão, para servir
mos em nossa história como artesões do Reino de Deus. Moisés foi um
destes homens, escolhido para brilhar no seu tempo e espaço.
Nós já estamos bem familiarizados com o estilo de liderança de
Moisés: seu conhecimento, sabedoria, eloqüência e graça. Oitenta anos
atrás ele havia tentado fazer a obra de Deus pelo poder de sua própria
sabedoria, a excelência humana (Êxodo 2.11-14). Ele tentou ajudar
36 BOIS Lauriston J, Du. Comentário Bíblico BEACON, vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.
363
37 WARREN, Rick. Liderança com Propósito. São Paulo: Vida, 2008, p. 172
38 GONDIM, Ricardo; Artesões de Uma Nova História. São Paulo: Candeia, 2001
Deus. Mas frustrou-se! As habilidades humanas têm seu lugar na obra de
Deus, mas não são determinantes.
Depois dessa empreitada fracassada, Moisés se exilou no deserto
de Midiã, onde se casou, teve filhos e aprendeu a não confiar em si
mesmo. Por 40 anos, ele foi treinado a ver que tudo o que possuía, como
a herança egípcia, era inútil. No final deste período ele percebeu diante
da “sarça” sua completa inutilidade. Ele ganhou consciência do tipo de
pessoa que era e a noção do que não poderia fazer! A partir deste ponto,
Deus o chama para a missão de libertar Seu povo da escravidão egípcia.
Na natureza tudo nasce, brilha, muda de cor e desaparece. Cada
coisa tem seu começo e terá um fim. Na vida do líder também é assim.
39 WARREN, Rick, Liderança com Propósito. São Paulo: Vida, 2008, p. 151
40 BO IS Lauriston], Du. Comentário Bíblico BEACON, vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 363
41 WARREN, Rick. Liderança com Propósito. São Paulo: Vida, 2008, p.126
42 Idem
O mesmo Moisés que chamou os irrealistas de rebeldes, recusou
seguir a ordem expressa de Deus. Ele perdeu o controle da situação, e de
si mesmo. Houve um excesso de fúria. Esse é um grave pecado em lide
rança. O líder não pode perder a paciência com o povo que ele lidera.
Os prejuízos são enormes. A rigor, a atitude carnal de Moisés “acabou”
com ele. Veja que foi neste sentido que o seu pecado foi chamado por
Deus de “incredulidade”.
Deus julgou Moisés por sua atitude carnal. Nossos piores momen
tos, como líderes, são àqueles marcados por explosões de ira e de dese
quilíbrio. Todas as feridas geradas por nós nas pessoas que amamos,
iniciam-se nos momentos de descontrole emocional. Todos nós lidamos
diariamente com esse algoz opressor da vida. Ora vencemos, ora somos
vencidos.
Às vezes, o senso de possuir, de conquistar, de deleitar-se, é mais
forte do que a consciência das conseqüências. Só através do Espírito
Santo podemos lidar e vencer esse algoz chamado carne.
Qual foi o pecado de Moisés? Moisés não exaltou o poder de Deus.
Eu me pergunto: se isto aconteceu com “poderoso” Moisés, o que será de
nós? O escritor John Joseph Owens, disse que Moisés “negligenciou a
possibilidade de chamar a atenção para a santidade de Deus”.43 Esta foi
uma falha sutil, mas imperdoável!
A Bíblia diz que com este gesto de desequilíbrio, Moisés desonrou a
santidade do Senhor, e por isto foi punido severamente: “O SENHOR,
porém, disse a Moisés e a A rão : Com o vocês não confiaram em mim para hon
rar minha santidade à vista dos israelitas, vocês não conduzirão esta comuni
dade para a terra que lhes dou” (v. 12). No Salmo 106.33 diz que Moisés
agiu sem refletir.
Não justifica a sua atitude, mas Moisés estava vivendo um
momento de grande pressão. Ele estava no limite. A estafa tem deixado
marcas indeléveis na vida de muitos líderes. Deus mandou Moisés falar à
43 Comentário Bíblico Broadman, volume 2. São Paulo: Juerp, 1994.
rocha; este descreu da possibilidade desta jorrar água. Então Bateu duas
vezes, em vez de apenas falar como Deus mandou. Esta atitude desequili
brada foi o bastante para que o grande líder não tivesse a honra de entrar
na Palestina. Custou caro para Moisés a sua atitude! Mais tarde, ele orou
a Deus para que lhe concedesse a graça de entrar na terra, mas Deus res
pondeu que não queria mais ouvir tal petição. Assim, Moisés conten
tou-se em ver a terra de longe (Dt. 3:23-27). Você consegue imaginar a
angústia no coração de Moisés? Moisés trabalhou tanto, sofreu tanto,
desprezou seus interesses, renunciou até mesmo a possibilidade de ser o
faraó do Egito. Tudo por causa da obra de Deus. Olhando para a atitude
dele, na nossa maneira humana de medir, parece até que o pecado foi
pequeno. A questão é a seguinte: quando um simples homem do povo
erra, o erro não tem grande efeito, mas quando um chefe erra, quando ele
nega o passado, isso é grave. Foi o que aconteceu com Moisés.
44 BOIS Lauriston J, Du. Comentário Bíblico BEACON, vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.
363
Apesar das más notícias, Moisés continuou liderando o povo de
Deus. Ele não foi substituído imediatamente, nem passou a negligenciar
as tarefas ministeriais. Seu empenho ministerial continuou até ouvir de
Deus, “até aqui virá e não mais adiante”.
“Os sucesso do passado não são garantia de um sucesso contínuo.
Nunca esteja seguro de que, por haver alcançado certo nível de
êxito, você vai permanecer sem nenhum esforço, no lugar a que
chegou”.45
a
A plicação P essoal