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BOLETIM

M U N I C I PA L
Edição Especial
12 de outubro de 2012

REGULAMENTO
MUNICIPAL SOBRE OCUPAÇÃO DO
DOMÍNIO PÚBLICO

(Deliberação da CMA de 07.03.2012)

(Deliberação da CMA de 06.06.2012)

(Deliberação da CMA de 04.07.2012)


DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

(Deliberação da AMA de 27.09.2012)

CÂMARA MUNICIPAL DA AMADORA


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REGULAMENTO MUNICIPAL SOBRE Artigo 2.º


OCUPAÇÃO DO DOMÍNIO PÚBLICO Objecto
O presente Regulamento dispõe sobre as condições
PREÂMBULO de ocupação e utilização privativa de espaços públi-
A simplificação do regime da ocupação do espaço cos ou afetos ao domínio público municipal e sobre
público, decorrente da publicação e entrada em os critérios que devem ser observados na afixação,
vigor do Decreto-Lei n.º 48/2011, de 1 de abril – inscrição e difusão de mensagens publicitárias de
Licenciamento Zero, impõe a necessidade de se pro- natureza comercial, qualquer que seja o meio de
ceder à alteração e adaptação dos Regulamentos instalação utilizado no solo, subsolo ou espaço
Municipais que dispõem sobre a matéria. O referido aéreo.
diploma tem como objetivo principal a redução dos Artigo 3.º
encargos administrativos sobre os cidadãos e Definições
empresas, por via da simplificação e desmaterializa- Para efeitos do presente Regulamento entende-se por:
ção dos atos administrativos subjacentes às ativi- a) «Andaime», estrado provisório sobre o qual tra-
dades expressamente contemplas no mesmo. O pre- balham os operários em construções altas;
sente Regulamento contempla, para além da figura b) «Anúncio electrónico», o sistema computorizado
tradicional de licenciamento, aplicável aos atos que de emissão de mensagens e imagens, com possibili-
não se encontram contempladas no diploma do dade de ligação a circuitos de TV e vídeo e similares;
Licenciamento Zero, as figuras da mera comuni- c) «Anúncio iluminado», o suporte publicitário
cação prévia e da comunicação prévia com prazo, sobre o qual se faça incidir intencionalmente uma
introduzidas no quadro jurídico português pelo fonte de luz;
Decreto-Lei n.º 48/2011, de 1 de abril. d) «Anúncio luminoso», o suporte publicitário que
CAPITULO I emita luz própria;
DISPOSIÇÕES GERAIS e) «Bandeira», a insígnia, inscrita em pano, de uma
Artigo 1.º ou mais cores, identificativa de países, entidades,
Lei Habilitante organizações e outros, ou com fins comerciais;
O presente Regulamento é elaborado ao abrigo do f) «Bandeirola», o suporte rígido que permaneça
disposto no n.º 8 do artigo 112.º e do artigo 241.º, oscilante, afixado em fachada de edifícios;
ambos da Constituição da República, em conjunto g) «Chapa», o suporte não luminoso aplicado ou
com a alínea a) do n.º 6 do artigo 64.º, e alínea a) pintado em paramento visível e liso, cuja maior
do n.º 2 do artigo 53.º da Lei n.º 169/99, de 18 de dimensão não excede 0,60 m e a máxima saliência
setembro, na redação da Lei n.º 5-A/2002, de 11 de não excede 0,05 m;
janeiro e visa dar cumprimento ao previsto no h) «Esplanada aberta», a instalação no espaço
Decreto-Lei n.º 48/11, de 1 de abril (Licenciamento público de mesas, cadeiras, guarda-ventos, guarda-
Zero) no que concerne ao regime jurídico de ocu- -sóis, estrados, floreiras, tapetes, aquecedores ver-
pação da via pública e da afixação, inscrição e ticais e outro mobiliário urbano, sem qualquer tipo
difusão de mensagens publicitárias de natureza de proteção fixa ao solo, destinada a apoiar esta-
comercial que se projetem sobre aquela. bele-cimentos de restauração ou de bebidas e simi-
lares ou empreendimentos turísticos;

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i) “Esplanada fechada”, esplanada integralmente truída sobre a rua para passagem de peões, durante
protegida dos agentes climatéricos, mesmo que, o período de execução de uma obra;
qualquer dos elementos da estrutura e ou cobertura u) «Placa», o suporte não luminoso aplicado em
seja rebatível, extensível ou amovível; paramento visível, com ou sem emolduramento,
j) «Expositor», a estrutura própria para apresen- cuja maior dimensão não excede 1,50 m;
tação de produtos comercializados no interior do v) «Publicidade sonora», a atividade publicitária
estabelecimento comercial, instalada no espaço que utiliza o som como elemento de divulgação de
público; mensagem publicitária;
l) «Floreira», o vaso ou recetáculo para plantas, w) «Sanefa», o elemento vertical de proteção con-
destinado ao embelezamento, marcação ou pro- tra agentes climatéricos, feito de lona ou materia
teção do espaço público; similar, colocado transversalmente na parte inferior
m) «Guarda-vento», a armação que protege do dos toldos, contendo uma mensagem publicitária;
vento o espaço ocupado por uma esplanada; x) «Suporte publicitário», o meio utilizado para a
n) «Guindaste», aparelho para levantar e deslocar transmissão de uma mensagem publicitária;
grandes pesos; y)«Tabuleta», o suporte não luminoso, afixado per-
o) «Letras soltas ou símbolos», a mensagem pu- pendicularmente às fachadas dos edifícios, que per-
blicitária não luminosa, diretamente aplicada nas mite a afixação de mensagens publicitárias em
fachadas dos edifícios, nas montras, nas portas ou ambas as faces;
janelas; z)«Tapume», vedação provisória feita de material
p) «Mobiliário urbano», as coisas instaladas, proje- metálico que separa a obra da rua;
tadas ou apoiadas no espaço público, destinadas a aa)«Tela e Lona», dispositivo de suporte de men-
uso público, que prestam um serviço coletivo ou que sagem publicitária inscrita em tela, afixada nas
complementam uma atividade, ainda que de modo empenas dos edifícios ou outros elementos de afixação;
sazonal ou precário; bb) «Toldo», o elemento de proteção contra
q) «MUPI» (Mobiliário Urbano de Publicidade e agentes climatéricos, feito de lona ou material simi-
Informação), as estruturas multiface, dotadas nor- lar, rebatível, aplicável em qualquer tipo de vãos,
malmente de iluminação interior, concebidas para como montras, janelas ou portas de estabelecimen-
servir de suporte às mensagens publicitárias ou infor- tos comerciais, no qual pode estar inserida uma
mativas; mensagem publicitária;
r) «Pala», elemento rígido de proteção contra cc)«Totem e monoposto», todo o suporte publici-
agentes climatéricos, com predomínio da dimensão tário, de informação ou de identificação, singular ou
horizontal, fixo aos paramentos das fachadas, con- colectivo, normalmente constituído por estrutura de
tendo uma mensagem publicitária; multiface em suporte monolítico, podendo ser lumi-
s) «Painel», dispositivo constituído por uma super- noso, iluminado ou não iluminado;
fície para afixação de mensagens publicitárias estáti- dd) «Vitrina», o mostrador envidraçado ou trans-
cas ou rotativas, envolvido por uma moldura e parente, embutido ou saliente, colocado na fachada
estrutura de suporte fixada diretamente ao solo, dos estabelecimentos comerciais, onde se expõem
com ou sem iluminação; objectos e produtos ou se afixam informações;
t) «Passarela», ponte, geralmente estreita, cons- ee) «Outros elementos», dispositivos de apoio, à

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realização das obras de construção civil que, para o reduzida, nos termos da legislação em vigor;
efeito, devam permanecer provisoriamente na via g) Não prejudicar a saúde e o bem-estar das pesso-
pública. as, designadamente por ultrapassar níveis de ruído
Artigo 4.º acima dos admissíveis por lei;
Aquisição do direito de ocupação do espaço h) Não afetar a qualidade das áreas verdes, designa-
público damente por contribuir para a sua degradação ou
O direito de ocupação do espaço público pode ser dificultar a sua conservação;
adquirido: i) Não prejudicar a eficácia da iluminação pública;
a) Através de mera comunicação prévia ou de j) Não prejudicar a eficácia da sinalização de trânsito;
comunicação prévia com prazo, nos termos e l) Não prejudicar a utilização de outro mobiliário
condições previstos nos artigos 18.º e seguintes do urbano;
presente Regulamento; m) Não afetar a ação dos concessionários que ope-
b) Nas situações não enquadráveis no número ante- ram à superfície ou subsolo;
rior, através do licenciamento, previsto nos artigos 2. O disposto no presente artigo não impede o
43.º e seguintes do presente Regulamento. município de proibir a ocupação do espaço público,
Artigo 5.º para algum ou alguns dos fins previstos no artigo
Princípios gerais de ocupação do espaço público anterior, em toda a área do município ou apenas em
parte dela.
1. A ocupação do espaço público no Município da
Artigo 6.º
Amadora deverá efetuar-se em conformidade com
Obrigações do titular do direito de ocupação
os princípios gerais que abaixo se indicam, visando
O titular do direito de ocupação ou utilização do
a salvaguarda da segurança, ambiente e equilíbrio
domínio público fica vinculado, nomeadamente, às
urbano, designadamente:
seguintes obrigações:
a) Não provocar obstrução de perspetivas
a) Não proceder à adulteração dos elementos tal
panorâmicas ou afetar a estética ou o ambiente dos
como foram aprovados ou a alterações da demar-
lugares ou da paisagem;
cação efetuada;
b) Não prejudicar a beleza ou o enquadramento de
b) Colocar em lugar visível, cópia da declaração de
monumentos nacionais, de edifícios de interesse
ocupação do espaço público, sendo o caso, o alvará
público ou outros suscetíveis de ser classificados
emitido pela Câmara Municipal, salvo quando as
pelas entidades públicas, não afetando igualmente o
condições de uso do domínio público, pelas suas ca-
acesso a edifícios, jardins, praças, ou outros locais;
raterísticas, o não permitam;
c) Não causar prejuízos a terceiros;
c) Não ocupar ou utilizar o domínio público para fins
d) Não afetar a segurança das pessoas ou das
diversos dos declarados ou licenciados;
coisas, nomeadamente, na circulação rodoviária ou
d) Pagar pontualmente as taxas e demais quantias
ferroviária;
fixadas para cada ocupação ou utilização, salvo se
e) Não apresentar disposições, formatos ou cores
delas estiver isento;
que possam confundir-se com os da sinalização de
e) Responsabilizar-se, inclusive perante terceiros,
tráfego;
por quaisquer prejuízos decorrentes da ocupação ou
f) Não prejudicar a circulação dos peões, devendo
utilização do domínio público ou das intervenções
garantir a acessibilidade de pessoas com mobilidade
nele para tanto levadas a efeito;
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f) Remover equipamento urbano, quando solicitado público só se torna eficaz após o pagamento das
pela Câmara Municipal, sem direito a qualquer in- taxas devidas.
demnização, seja a que título for, nomeadamente, 2. Só se torna igualmente eficaz o direito de ocu-
pelas benfeitorias, ainda que necessárias, obras e pação e utilização do espaço público caso o reque-
trabalhos eventualmente executados, no prazo que rente proceda ao início da ocupação e utilização do
lhe for fixado; local, no prazo pretendido, no âmbito do regime da
g) Executar as obras de reparação das vias públi- mera comunicação prévia, ou no prazo indicado no
cas, quando for caso disso; deferimento do licenciamento.
h) Realizar as obras de conservação do equipamen- Artigo 10.º
to urbano, exigidas pela Câmara Municipal; Renovação
i) Não realizar obras a que se referem as alíneas O direito de ocupação do espaço público e ou afixação,
anteriores sem a competente autorização; inscrição e difusão de mensagens publicitárias, adquiri-
j) Comunicar imediatamente à Câmara Municipal da do nos termos dos regimes contemplados no presente
Amadora quaisquer interferências com outros Regulamento, à excepção do adquirido por períodos
equipamentos já instalados, apresentando, se for sazonais, renova-se anualmente, de forma automática,
caso disso, novo projeto com as alterações desde que o interessado liquide a respetiva taxa.
necessárias; Artigo 11.º
l) Observar a legislação e Regulamentos Municipais Caducidade
relativos a intervenções no espaço aéreo, solo e O direito de ocupação de ocupação ou utilização do
subsolo municipais; domínio público caduca nas seguintes situações:
m) Repor a situação existente no local, tal como se a) No termo do seu prazo;
encontrava à data da ocupação, findo o prazo da b) Quando tiver expirado o período de tempo autori-
licença ou comunicação prévia. zado a cada licenciamento da ocupação ou utilização
Artigo 7.º do domínio público atribuído em regime de con-
Conservação dos equipamentos cessão;
1. O titular do direito de ocupação deve conservar c) Por morte, declaração de insolvência, falência ou
os elementos do mobiliário urbano e demais extinção do titular;
equipamentos de apoio que utilizar nas melhores d) Por perda pelo titular do direito ao exercício da
condições de apresentação, higiene e arrumação. atividade a que se reporta a licença;
2. Constitui igualmente obrigação do titular da e) Se o titular não proceder ao pagamento das taxas
licença manter a limpeza do espaço circundante ao dentro do prazo fixado para o efeito.
ocupado ou utilizado. Artigo 12.º
Artigo 8.º Revogação
Segurança e vigilância 1. O direito de ocupação de domínio público pode ser
A segurança e vigilância do equipamento urbano e revogado a todo o tempo, sempre que se verifique que
demais equipamentos de apoio incumbem ao titular o respetivo titular não cumpre as obrigações legais e
da licença. regulamentares a que se encontra obrigado.
Artigo 9.º 2. De igual modo, o direito de ocupação da via públi-
Condição de Eficácia ca, qualquer que seja o regime jurídico através do
1. O direito à ocupação ou utilização do espaço qual se constituiu, pode ser sempre revogado pela
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Câmara Municipal quando por razões de interesse 2. Quando solicitada a ocupação no 2.º semestre do
público, devidamente fundamentado, tal se afigure ano civil, a taxa a aplicar é reduzida em 50%.
necessário, e em conformidade ordenada a remoção 3. Os direitos de ocupação ou utilização do espaço
dos equipamentos, objetos ou suportes publici- público, para ocupações ou utilizações de caráter
tários que se encontram a ocupar o espaço público. temporário ou sazonal, nos casos em que as mes-
3. A revogação do direito de ocupação ou utilização mas são admissíveis, são válidos de 15 de abril a 15
do domínio público, não confere direito a qualquer de outubro.
indemnização. Artigo 16.º
Artigo 13.º Taxas
Proibição de transmissão do direito de ocupação A todos os atos sujeitos ao regime de mera comuni-
O titular do direito de ocupação não pode transmitir, cação prévia ou a licenciamento, nos termos previs-
mesmo que temporariamente, para terceiros os tos neste Regulamento, quer se trate de pedido ini-
direitos por esta conferidos, nem por qualquer forma cial ou de renovação, são aplicáveis as taxas estabe-
fazer-se substituir no seu exercício, salvo nos casos lecidas na Tabela de Taxas e Outras Receitas
previstos no artigo seguinte. Municipais, que em cada momento estiver em vigor
Artigo 14.º no município.
Exceção à proibição de transmissão Artigo 17.º
1. Os interessados podem requerer, a inscrição a seu Remessa dos processos de licenciamento de
favor, de direito de ocupação válido, desde que ocupação do domínio público ao Serviço de
preenchidos, cumulativamente, os seguintes requisitos: Polícia Municipal
a) Encontrarem-se pagas as taxas devidas; 1. Nas situações previstas nos artigos 9.º, 10.º e
b) Não serem pretendidas quaisquer alterações ao 11.º, esgotados os prazos aí referidos para levanta-
objeto do licenciamento, exceto as relativas a obras mento da respetiva licença camarária, sem que o
de beneficiação; seu titular o tenha feito, deverão os serviços com-
c) Apresentação pelo interessado de prova da sua petentes remeter os respetivos processos ao Serviço
legitimidade e do seu interesse; de Polícia Municipal, com o objetivo deste proceder
d) Autorização, expressa ou tácita, do titular às averiguações que reputar por necessárias, de
inscrito. molde a determinar se, no caso previsto no artigo
2. A identificação do novo titular, no caso de licen- 9.º, o requerente não procedeu à ocupação da via
ciamento, é averbada na licença, dando lugar à pública, ou, nas situações previstas nos artigos 10.º
emissão de novo alvará. e 11.º, se o titular da licença efetuou a remoção do
3. Pela mudança de titularidade, o novo titular fica equipamento que se encontrava naquela.
autorizado, após o pagamento da taxa de averba- 2. No caso da Polícia Municipal constatar que o
mento, a ocupar o espaço público até ao fim do requerente ou o titular da licença não atuaram em
prazo de duração do direito de ocupação do anterior conformidade com o disposto na parte final do
titular. número anterior, não tendo procedido à remoção
Artigo 15.º dos referidos objetos, a Câmara Municipal procederá
Validade do direito de ocupação à sua remoção coerciva, independentemente da
1. A validade do direito de ocupação ou utilização do aplicação da coima e eventuais sanções acessórias
domínio público é de um ano civil. aplicáveis ao caso.
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CAPITULO II a) A identidade do titular da exploração do estabe-


REGIME DA MERA COMUNICAÇÃO PRÉVIA OU lecimento, com menção do nome ou firma e do
COMUNICAÇÃO PRÉVIA COM PRAZO número de identificação fiscal;
Artigo 18.º b) O endereço da sede da pessoa coletiva ou do
Situações abrangidas pelo regime da empresário em nome individual;
Comunicação Prévia c) O endereço do estabelecimento ou armazém e o
1. Encontra-se sujeita a mera comunicação prévia respetivo nome ou insígnia;
ou comunicação prévia com prazo, a pretensão de d) A indicação do fim pretendido com a ocupação do
ocupação do espaço público, entendido como a área espaço público;
de acesso livre e de uso coletivo afeta ao domínio e) A identificação das caraterísticas e da localização
público, para os seguintes fins: do mobiliário urbano a colocar;
a) Instalação de toldo e respetiva sanefa; f) A declaração do titular da exploração de que
b) Instalação de esplanada aberta; respeita integralmente as obrigações legais e regu-
c) Instalação de estrado e guarda-ventos; lamentares sobre a ocupação do espaço público.
d) Instalação de vitrina e expositor; 3. O título do direito de ocupação ou utilização do
e) Instalação de suporte publicitário, nos casos em espaço público é constituído pelo comprovativo eletró-
que é dispensado o licenciamento da afixação ou da nico de entrega da comunicação prévia no «Balcão
incrição de mensagens publicitárias de natureza do Empreendedor» e pelo comprovativo do respeti-
comercial; vo pagamento de taxas.
f) Instalação de arcas e máquinas de gelados; Artigo 20.º
g) Instalação de brinquedos mecânicos e equipa- Comunicação de actualização de dados
mentos similares; O titular da exploração do estabelecimento é obriga-
h) Instalação de floreira; do a manter atualizados todos os dados constantes
i) Instalação de contentor para resíduos e ou resí- do n.º 2 do artigo 19.º, devendo proceder a essa
duos sólidos urbanos; atualização no prazo máximo de 60 dias após a
2. A mera comunicação prévia deve ser feita pelos ocorrência de qualquer modificação.
interessados, através do “Balcão do Empreendedor”, Artigo 21.º
acessível através do Portal da Empresa. Cessação da Ocupação
Artigo 19.º 1. O interessado na exploração de um estabeleci-
Regime da Comunicação Prévia mento deve igualmente usar o «Balcão do
1. A mera comunicação prévia referida no número Empreendedor» para comunicar a cessação da ocu-
anterior consiste numa declaração que permite ao pação do espaço público para os fins anteriormente
interessado proceder imediatamente à ocupação do declarados.
espaço público, após o pagamento das taxas devidas. 2. No caso da cessação da ocupação do espaço
2. A mera comunicação prévia deve conter, além de público resultar do encerramento do estabelecimen-
outros elementos identificados em portaria dos to, dispensa–se a comunicação referida no número
membros do Governo responsáveis pelas áreas da anterior, bastando para esse efeito a comunicação
modernização administrativa, das autarquias locais do encerramento do estabelecimento feita junto do
e da economia: «Balcão do Empreendedor».

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Artigo 22.º d) Os aquecedores verticais serem próprios para uso


Critérios a observar na ocupação do espaço no exterior e respeitarem as condições de segurança;
público e) Nos passeios com paragens de veículos de trans-
Aplica-se o regime da mera comunicação prévia à portes coletivos de passageiros não é permitida a
declaração referida no n.º 1 do artigo 19.º se as instalação de esplanada aberta numa zona de 5 m
caraterísticas e localização do mobiliário urbano res- para cada lado da paragem.
peitarem os limites constantes nos artigos 23.º a 40.º. 3. É permitida a instalação de estrados como apoio
Artigo 23.º a uma esplanada, quando o desnível do pavimento
Instalação de esplanada aberta ocupado pela esplanada for superior a 5% de incli-
1. Na instalação de uma esplanada aberta devem nação, devendo ser observadas as seguintes
respeitar-se as seguintes condições: condições:
a) Ser contígua à fachada do respetivo estabeleci- a) Os estrados devem ser amovíveis e construídos,
mento; preferencialmente, em módulos de madeira;
b) A ocupação transversal não pode exceder a b) Os estrados devem garantir a acessibilidade de
largura da fachada do respetivo estabelecimento; pessoas com mobilidade reduzida;
c) Deixar um espaço igual ou superior a 1,50 m em c) Os estrados não podem exceder a cota máxima
toda a largura do vão de porta, para garantir o aces- da soleira da porta do estabelecimento respetivo ou
so livre e direto à entrada do estabelecimento; 0,25 m de altura face ao pavimento;
d) Não alterar a superfície do passeio onde é insta- d) Sem prejuízo da observância das regras estipu-
lada, sem prejuízo do disposto no n.º 5 do presente ladas no artigo 6.º, na instalação de estrados são
artigo; salvaguardadas as condições de segurança da circu-
e) Não ocupar mais de 50% da largura do passeio lação pedonal, sobretudo a acessibilidade dos
onde é instalada; cidadãos com mobilidade reduzida, nos termos da
f) Os propietários, os concessionários ou os explo- legislação em vigor.
radores de estabelecimentos são responsáveis pelo 4. Na ocupação de passeios com esplanadas deverá
estado de limpeza dos passeios e das esplanadas ser sempre garantida a largura mínima de 2,25 m
abertas na parte ocupada e na faixa contígua de 3 m. contados do lancil exterior, sendo que dentro desta
2. O mobiliário urbano utilizado como componente medida terá que ser obrigatoriamente salvaguarda-
de uma esplanada aberta deve cumprir os seguintes do um corredor de 1,20 m contínuo e totalmente
requisitos: livre de obstáculos.
a) Ser instalado exclusivamente na área comunica- Artigo 24.º
da de ocupação da esplanada; Instalação de guarda-vento
b) Ser próprio para uso no exterior e de uma cor A instalação de um guarda-vento deve ser feita nas
adequada ao ambiente urbano em que a esplanada seguintes condições:
está inserida; a) Ser amovível e instalado exclusivamente durante
c) Os guarda-sóis serem instalados exclusivamente o horário de funcionamento do respetivo estabele-
durante o período de funcionamento da esplanada e cimento;
suportados por uma base que garanta a segurança b) Junto de esplanadas, perpendicularmente ao
dos utentes; plano marginal da fachada;

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c) Não ocultar referências de interesse público, nem ções:


prejudicar a segurança, salubridade e boa visibili- a) O expositor apenas pode ser instalado em pas-
dade local ou as árvores porventura existentes; seios com largura igual ou superior a 2,25 m;
d) Sem exceder 3,50 m de avanço, nunca podendo b) Ser contíguo à fachada do respetivo estabeleci-
exceder o avanço da esplanada junto da qual está mento;
instalado; c) Reservar um corredor de circulação de peões
e) Garantir no mínimo 0,05 m de distância do seu igual ou superior a 1,50 m entre o limite exterior do
plano inferior ao pavimento, desde que não tenha passeio e o expositor;
ressaltos superiores a 0,02 m; d) Não prejudicar o acesso aos edifícios contíguos;
f) Utilizar materiais inquebráveis, lisos e transparen- e) Não exceder 1,50 m de altura a partir do solo,
tes, podendo existir uma parte opaca do guarda- nem exceder 1 m de avanço, contado a partir do
vento, que não pode exceder 0,60 m contados a plano da fachada do edifício;
partir do solo; f) Reservar uma altura mínima de 0,20 m contados
g) No caso de ser utilizado vidro, o mesmo tem que a partir do plano inferior do expositor ao solo ou
ser obrigatoriamente laminado. 0,40 m quando se trate de um expositor de produ-
h) Na instalação de um guarda-vento deve ainda tos alimentares.
respeitar-se uma distância igual ou superior a: Artigo 27.º
i) 0,80 m entre o guarda-vento e outros estabeleci- Instalação de arca ou máquina de gelados
mentos, montras e acessos; Na instalação de uma arca ou máquina de gelados
ii) 2 m entre o guarda-vento e outro mobiliário devem respeitar-se as seguintes condições de insta-
urbano. lação:
Artigo 25.º a) Ser contígua à fachada do estabelecimento, pre-
Instalação de vitrina ferencialmente junto à sua entrada;
Na instalação de uma vitrina devem respeitar-se as b) Não exceder 1 m de avanço, contado a partir do
seguintes condições: plano da fachada do edifício;
a) Ser instalada junto à fachada do estabelecimento; c) Deixar livre um corredor no passeio com uma
b) Não se sobrepor a cunhais, pilastras, cornijas, largura não inferior a 1,50 m.
emolduramentos de vãos de portas e janelas ou a Artigo 28.º
outros elementos com interesse arquitectónico e Instalação de brinquedo mecânico ou equipa-
decorativo; mento similar
c) A altura da vitrina em relação ao solo deve ser A instalação de um brinquedo mecânico ou de um
igual ou superior a 1,40 m e inferior a 1,80 m; equipamento similar deve ainda respeitar as
d) Não exceder 0,15 m de balanço em relação ao seguintes condições:
plano da fachada do edifício. a) Ser contígua à fachada do estabelecimento, pre-
Artigo 26.º ferencialmente junto à sua entrada;
Instalação de expositor b) Não exceder 1 m de avanço, contado a partir do
Por cada estabelecimento é permitido apenas um plano da fachada do edifício;
expositor, instalado exclusivamente durante o seu c) Por cada estabelecimento é permitido apenas um
horário de funcionamento e nas seguintes condi- brinquedo mecânico e equipamento similar, servindo

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exclusivamente como apoio ao estabelecimento; c) Os toldos têm de ser rebatíveis e não podem
d) Deixar livre um corredor no passeio com uma exceder 65% da largura do passeio nem exceder um
largura não inferior a 1,50 m. avanço superior a 3 m;
Artigo 29.º d) A instalação do toldo, e da respetiva sanefa, não
Instalação de floreira pode sobrepor–se a cunhais, pilastras, cornijas,
A floreira deve ser instalada junto à fachada do emolduramentos de vãos de portas e janelas e ou-
respetivo estabelecimento e nas seguintes condi- tros elementos com interesse arquitetónico ou de-
ções: corativo;
a) As plantas utilizadas nas floreiras não podem ter e) Os toldos devem ser de cores claras, e a cor
espinhos ou bagas venenosas; destes objetos e das inscrições publicitárias neles
b) O titular do estabelecimento a que a floreira inseridas deverá ser compatível e enquadrada com o
pertença deve proceder à sua limpeza, rega e subs- meio envolvente e a fachada do edifício, sendo que
tituição das plantas, sempre que necessário. no caso de aplicação de vários toldos no mesmo
Artigo 30.º edifício, devem os mesmos compatibilizar-se entre
Instalação de contentor de resíduos si;
O contentor para resíduos deve ser instalado junto à f) O toldo e a respetiva sanefa não podem ser uti-
fachada do respetivo estabelecimento, servindo lizados para pendurar ou afixar quaisquer tipos de
exclusivamente para seu apoio, e nas seguintes objetos;
condições: g) O titular do estabelecimento é responsável pelo
a) Sempre que o contentor para resíduos se encon- bom estado de conservação e limpeza do toldo e da
tre cheio deve ser imediatamente limpo ou substi- respetiva sanefa.
tuído; Artigo 32.º
Instalação de chapa
b) A instalação de um contentor para resíduos no
1. As chapas apenas podem ser instaladas ao nível
espaço público não pode causar qualquer perigo
do rés-do-chão dos edifícios.
para a higiene e limpeza do espaço;
2. Em cada edifício, as chapas devem apresentar
c) O contentor para resíduos deve estar sempre em
dimensão, cores, materiais e alinhamentos adequa-
bom estado de conservação, nomeadamente, no
dos à estética do edifício e não podem ocultar ele-
que respeita a pintura, higiene e limpeza.
mentos decorativos ou outros com interesse na
Artigo 31.º
composição arquitetónica das fachadas.
Instalação de toldo e da respetiva sanefa
3. A instalação de uma chapa deve respeitar as
A instalação de um toldo e da respetiva sanefa deve
seguintes condições:
respeitar as seguintes condições:
a) Não pode exceder 0,60 m de largura;
a) Deve existir uma distância do limite inferior do
b) Não pode exceder o balanço de 0,05 m em
toldo ao solo igual ou superior a 2,30 m, mas nunca
relação ao plano marginal do edifício.
acima do nível do teto do estabelecimento comercial
Artigo 33.º
a que pertença, sendo o mesmo aplicável aos casos
em que no toldo esteja instalada a respetiva sanefa; Instalação de placa

b) A instalação não pode exceder os limites laterais 1. A instalação de placas deve fazer-se a uma dis-

das instalações pertencentes ao respetivo estabe- tância do solo igual ou superior ao nível do 1.º andar

lecimento; dos edifícos.

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2. Não é permitida a instalação de mais do que uma apenas podendo ser afixadas nas fachadas dos edifí-
placa por cada fração autónoma ou fogo, não se cios.
considerando para o efeito as placas de proibição de 3. As bandeiras devem permanecer oscilantes, ape-
afixação de publicidade; nas podendo ser afixadas nas fachadas dos edifícios.
3. Em cada edifício, as placas devem apresentar 4. A dimensão máxima das bandeirolas deve ser de
dimensão, cores, materiais e alinhamentos adequa- 0,60 m de comprimento e 1 m de altura.
dos à estética do edifício e não podem ocultar ele- 5. A distância entre a parte inferior da bandeira e
mentos decorativos ou outros com interesse na da bandeirola e o solo deve ser igual ou superior a 3 m.
composição arquitetónica das fachadas. Artigo 36.º
4. A instalação de uma placa deve respeitar as Instalação de letras soltas ou símbolos
seguintes condições: A aplicação de letras soltas ou símbolos deve
a) Não pode exceder 1,50 m de largura; respeitar as seguintes condições:
b) Não pode sobrepor-se a gradeamentos ou zonas a) Não pode exceder 0,50 m de altura e 0,15 m de
vazadas em varandas. saliência;
c) Não pode ocultar elemento decorativos ou outros b) A distância entre a parte inferior e o solo não
com interesse na composição arquitetónica das pode ser menor que 2 m;
fachadas. c) Não pode possuir arestas vivas ou elementos cor-
Artigo 34.º tantes quando instaladas a menos de 2,50 m de
Instalação de tabuleta altura em relação ao solo;
A instalação de uma tabuleta deve respeitar as d) A aplicação de letras soltas ou símbolos não pode
seguintes condições: ocultar elementos decorativos ou outros com inte-
a) O limite inferior da tabuleta deve ficar a uma dis- resse na composição arquitetónica das fachadas, e
tância do solo igual ou superior a 2,60 m; deve ter em atenção a forma e a escala do edifício,
b) Não pode exceder o balanço de 1,50 m em de modo a respeitar a integridade estética do
relação ao plano marginal do edifício, exceto no caso mesmo.
de ruas sem passeios, em que o balanço não pode Artigo 37.º
exceder 0,20 m; Instalação de anúncios luminosos, ilumina-
c) Deve haver uma distância igual ou superior a 3 m dos, não luminosos, eletrónicos e
entre tabuletas; semelhantes
d) Em cada edifício, as tabuletas devem apresentar Os anúncios luminosos, iluminados, não luminosos,
dimensão, cores, materiais e alinhamentos adequa- eletrónicos e semelhantes devem ser colocados dire-
dos à estética do edifício e não podem ocultar ele- tamente sobre o plano da fachada, não podendo, em
mentos decorativos ou outros com interesse na caso algum, serem instalados no extremo da parte
composição arquitetónica das fachadas. inferior do corpo balançado, e devem respeitar as
Artigo 35.º seguintes condições:
Instalação de bandeirolas e bandeiras a) O balanço total não pode exceder 0,40 m no caso
1. As bandeirolas e as bandeiras não podem ser de serem colocados no paramento ou sobre uma
afixadas em áreas de proteção das localidades. caixa de estores ou 2 m caso sejam colocados sobre
2. As bandeirolas devem permanecer oscilantes, uma pala;

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b) A distância entre o passeio e a parte inferior do de estabilidade do anúncio e contrato de seguro de


anúncio não poderá ser menor do que 2,60 m e responsabilidade civil.
superior a 4 m; Artigo 38.º
c) Caso o balanço não exceda 0,15 m, a distância Instalação de palas
entre a parte inferior do anúncio e o solo não pode A instalação das palas deve respeitar as seguintes
ser inferior a 2 m nem ser superior a 4 m; condições:
d) Devem ser considerados como limites laterais as a) A instalação não pode fazer-se a uma distância
extremidades das montras e portas, a alinhar com o do solo inferior a 2,60 m, nem acima da linha do
ponto exterior, sendo que em casos de edifícios de nível do teto do estabelecimento a que pertençam;
gaveto esta condicionante não é aplicável; b) O balanço total não pode exceder 2 m ou 65% da
e) As estruturas dos anúncios luminosos, iluminados, largura do passeio e, lateralmente, os limites das
não luminosos, sistemas eletrónicos ou semelhantes instalações pertencentes ao titular da licença;
instalados nas fachadas de edifícios e em espaço c) As palas não podem sobrepor-se a emoldura-
público devem ficar, tanto quanto possível, encober- mentos de vão de portas e janelas, gradeamentos e
tas e serem pintadas com a cor que lhes dê o menor outros elementos de interesse arquitetónico ou de-
destaque; corativo;
f) Em cada edifício, deve procurar-se que os anún- d) A cor das palas objetos e das inscrições publici-
cios tenham as mesmas dimensões e que a sua tárias nelas inseridas deverá ser compatível e
instalação defina um alinhamento; enquadrada com o meio envolvente e a fachada do
g) Em edifícios com galeria, e quando não seja pos- edifício;
sível colocar os anúncios na fachada, os mesmos e) No caso de aplicação de várias palas no mesmo
devem ser colocados entre colunas, não sobressain- edifício, deve ser apresentado um estudo de conjun-
do da sua espessura, deixando livre um espaço to para a salvaguarda da estética da fachada;
entre a coluna e o anúncio publicitário de modo a f) Não é permitida a colocação de outros suportes
que o suporte seja lido como um elemento anexo à publicitários apostos à pala nem aí afixar quaisquer
arquitetura do edifício; tipos de objetos;
h) Nos casos referidos na alínea anterior a distância g) Aquando da apresentação do pedido de licencia-
entre o pavimento e a parte inferior do anúncio não mento, juntamente com os demais elementos de
pode ser menor do que 2,60 m; apresentação obrigatória, deve ser apresentado
i) Aquando da apresentação do pedido de licencia- termo de responsabilidade assinado pelo técnico
mento, juntamente com os demais elementos de responsável pela instalação do anúncio, bem como
apresentação obrigatória, deve ser apresentado declaração emitida pela associação profissional a
termo de responsabilidade assinado pelo técnico que pertença donde conste a sua inscrição na
responsável pela instalação do anúncio, bem como mesma.
declaração emitida pela associação profissional a Artigo 39.º
que pertença donde conste a sua inscrição na Instalação de telas e lonas
mesma; É permitida a colocação de lonas sobre empenas,
j) Sempre que a instalação tenha lugar na cobertu- andaimes, edifícios, grandes superfícies comerciais
ra de edifício, deverá ainda ser apresentado estudo ou de serviços e equipamentos, desde que ocupem

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a totalidade da superfície, e respeitem os seus limi- biliário urbano não respeitarem os limites referidos
tes e as seguintes condições: nos artigos 23.º a 40.º.
a) Devem coincidir ou se justapor, total ou parcial- 2. Aplica-se ainda o regime da comunicação prévia
mente, aos contornos das paredes exteriores dos com prazo à prestação de serviços de restauração
edifícios; ou de bebidas com caráter não sedentário, a
b) Só será admitida uma licença por local ou empena; realizar, nomeadamente, em unidades móveis ou
c) Na utilização de telas por parte de empresas de amovíveis localizadas em feiras ou em espaços
venda ou aluguer de publicidade, deverá ficar pre- públicos autorizados para o exercício da venda
visto no licenciamento inicial, o dever de submeter à ambulante, e em unidades móveis ou amovíveis
apreciação camarária toda e qualquer alteração de localizadas em espaços públicos ou privados de
imagem; acesso público.
d) Nas instalações em edifícios com obras em curso, 3. A comunicação prévia com prazo referida no n.º 1
devem observar-se as seguintes condições: consiste numa declaração que permite ao interessa-
i) As telas e lonas devem ficar recuadas em relação do proceder à ocupação do espaço público, quando
ao tapume de proteção; o Presidente da Câmara Municipal emita despacho
ii) Apenas poderão permanecer no local durante o de deferimento ou quando este não se pronuncie
decurso do prazo de execução da obra. após o decurso do prazo de 20 dias, contando a par-
e) Aquando da apresentação do pedido de licencia- tir do momento do pagamento das taxas.
mento, juntamente com os demais elementos de 4. A apreciação e emissão de pareceres sobre os
apresentação obrigatória, deve ser apresentado pedidos de ocupação de via pública sujeitos ao
termo de responsabilidade assinado pelo técnico regime da comunicação prévia com prazo, compete,
responsável pela instalação do anúncio, bem como ao Serviço de Polícia Municipal, ao Departamento de
declaração emitida pela associação profissional a Administração Urbanística e ao Departamento de
que pertença donde conste a sua inscrição na Obras Municipais, Divisão de Trânsito e Mobiliário
mesma e contrato de seguro de responsabilidade Urbano de acordo com as seguintes regras:
civil. a) Compete ao Serviço de Polícia Municipal emitir
Artigo 40.º parecer sobre se o pedido está em conformidade com
Condições de instalação de um suporte os princípios gerais da ocupação do domínio público
publicitário fixado no solo previstos no artigo 5.º do presente Regulamento;
Sem prejuízo dos critérios definidos para cada b) Compete ao Departamento de Administração
suporte publicitário, os suportes publicitários fixados Urbanística emitir parecer sobre as comunicações
no solo deverão deixar obrigatoriamente livre, um exclusivamente relacionadas com a instalação de
espaço igual ou superior a 0,80 m em relação ao li- suportes publicitários;
mite externo do passeio. c) Compete ao Departamento de Obras Municipais,
Artigo 41.º Divisão de Trânsito e Mobiliário Urbano emitir pare-
Regime da Comunicação Prévia com Prazo cer sobre as comunicações relacionadas com o
1. Aplica-se o regime da comunicação prévia com mobiliário urbano que não se integre na alínea ante-
prazo à declaração prevista no n.º 1 do artigo 19.º, rior.
no caso de as caraterísticas e a localização do mo- 5. A atividade prevista no n.º 2 encontra-se proibi-

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da na área do Município da Amadora, nos termos resultar de concessão.


previstos para a venda ambulante, conforme 4. O licenciamento obedece ao pressuposto da reali-
decorre do Regulamento dos Mercados Municipais e zação do interesse público e visa compatibilizar a
da Venda Ambulante no Concelho da Amadora, ape- finalidade da ocupação com as necessidades sociais
nas podendo ser exercida excecionalmente, nos e as características do meio envolvente.
locais, datas e horários disponibilizados em edital 5. Não é permitida a ocupação ou utilização do domínio
publicado para o efeito. público para fins diferentes daqueles que tenham sido
Artigo 42.º licenciados.
Dispensa de Licenciamento 6. Sempre que se verifique que o licenciamento da
1. Sem prejuízo da observância dos critérios ocupação ou utilização do domínio público determi-
definidos nos termos dos artigos 23.º a 40.º, a mera nará a violação do interesse público, o mesmo não é
comunicação prévia ou o deferimento da comuni- concedido.
cação prévia com prazo, efetuadas nos termos do 7. O título do direito de ocupação ou utilização do
artigo 19.º e seguintes, dispensam a prática de espaço público é constituído pelo alvará.
quaisquer outros atos permissivos relativamente à 8. A deliberação ou decisão sobre o pedido de licen-
ocupação do espaço público, designadamente a ciamento deverá ser proferida no prazo máximo de
necessidade de proceder a licenciamento ou à cele- 90 dias a contar da data de entrada do requerimen-
bração de contrato de concessão. to, ou da data em que forem entregues os elemen-
2. O disposto no número anterior não impede o tos ou documentos adicionais solicitados pelos
município de ordenar a remoção do mobiliário serviços competentes, salvo se outro prazo for
urbano que ocupar o espaço público quando, por imposto por circunstâncias excecionais.
razões de interesse público devidamente fundamen- 9. Se a deliberação ou decisão não for proferida
tadas, tal se afigure necessário. dentro do prazo enunciado no número anterior, de-
CAPITULO III verá entender-se que o pedido de licenciamento foi
REGIME DO LICENCIAMENTO indeferido.
Artigo 43.º Artigo 44.º
Licenciamento Requerimento
1. A ocupação, utilização ou intervenção no domínio 1. O procedimento de licenciamento inicia-se
público municipal, fora dos casos previstos para o através de requerimento dirigido ao Presidente da
regime de mera comunicação prévia ou comuni- Câmara Municipal, com a antecedência mínima de
cação prévia com prazo, está sujeita a licenciamen- 30 dias em relação à data pretendida.
to municipal, nos termos e condições estabelecidos 2. O requerimento deve conter as seguintes
neste Regulamento, não podendo o respetivo pedido menções:
ser submetido no «Balcão do Empreendedor». a) A identidade do titular da exploração do estabe-
2. O licenciamento deve ser solicitado com a ante- lecimento, com menção do nome ou firma e do
cedência mínima de 22 dias úteis em relação à data número de identificação fiscal;
em que se pretende tenha lugar o início daquelas b) O endereço da sede da pessoa coletiva ou do
atividades. empresário em nome individual;
3. A licença tem sempre caráter precário, salvo se c) O endereço do estabelecimento ou armazém e o

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respetivo nome ou insígnia; equipamento seja instalado em propriedade alheia


d) A indicação do fim pretendido com a ocupação ou em regime de propriedade horizontal;
do espaço público; g) Termo de responsabilidade assinado pelo técni-
e) A identificação das caraterísticas e da localiza- co responsável pela instalação, ou pela montagem e
ção do mobiliário urbano a colocar; desmontagem de equipamento fixo e ou móvel de
f) A declaração do titular da exploração de que apoio à obras bem como declaração emitida pela
respeita integralmente as obrigações legais e regu- associação profissional a que pertença, donde cons-
lamentares sobre a ocupação do espaço público; te a sua inscrição na mesma;
g) Número de licença de utilização ou alvará e 4. Quando se trate de ocupação, utilização ou inter-
respetiva data de emissão, no caso do uso do venção no domínio público municipal, o pedido deve
domínio público estar ligado à existência de estabe- ser instruído com os elementos mencionados no
lecimento comercial para o qual algum daqueles seja número anterior e ainda com:
exigido; a) Termo de responsabilidade do técnico pela ocu-
h) O local exato onde pretende efetuar a ocupação pação da via pública, bem como declaração emitida
ou utilização; pela associação profissional a que pertença, donde
i) O período de ocupação ou utilização pretendido, conste a sua inscrição na mesma;
tratando-se de período inferior a um ano; b) Declaração de responsabilidade por possíveis
j) Outras indicações ou observações, que o danos causados na via pública em equipamentos
requerente considere úteis à apreciação do seu pedi- públicos ou aos respetivos utentes, em consequên-
do; cia das obras;
l) O pedido em termos claros e precisos. c) Planta com a implantação do equipamento
3. O requerimento é acompanhado com: urbano à escala 1:50 e cotada, assinalando as
a) Documento comprovativo de legitimidade do dimensões (comprimento e largura) do espaço e as
requerente; distâncias do mobiliário ou suporte objeto do pedido
b) Planta de localização fornecida pela Câmara a outros elementos existentes e aos limites do pas-
Municipal com identificação do local previsto para a seio existente;
ocupação ou utilização, à escala 1:1000; d) Desenhos dos alçados comtemplando o equipa-
c) Planta ou fotografia a cores indicando o local pre- mento urbano à escala 1:50;
visto para a ocupação ou utilização, colada em folha e) Apólice de seguro de responsabilidade civil
A4; (Exibição do original aquando do pagamento e ou
d) Desenho do meio ou artigo a utilizar na ocupação levantamento da licença da ocupação da via públi-
ou utilização, com a indicação da forma, dimensão, ca);
balanço e distância do passeio; f) Declaração de autorização para levantamento da
e) Memória descritiva indicativa dos materiais, licença de ocupação da via pública;
cores, configuração e legendas a utilizar e outros g) Cópia da licença de ocupação da via pública iní-
documentos julgados necessária para uma melhor cial, se for o caso.
apreciação do pedido; 5. No momento da receção do requerimento pelos
f) Autorização do proprietário, usufrutuário, serviços municipais, devem ser exibidos os docu-
locatário, ou titular de outros direitos, sempre que o mentos comprovativos dos factos neles menciona-

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dos, designadamente, os relativos ao bilhete de geral, quando não fique um espaço livre para a cir-
identidade ou cartão do cidadão, número de identi- culação pedonal de, no mínimo 2,25 m, salvo em
ficação fiscal, licença de utilização ou alvará e casos de reconhecido interesse público.
declaração de início de atividade. 3. Qualquer ocupação do espaço público com
6. Podem ser ainda ser exigidos outros elementos e equipamento urbano não pode ultrapassar metade
informações que, pela natureza da ocupação da largura do passeio, salvo se se verificar que este
requerida, se tornem necessários ao processo de espaço, por ter largura considerável, admite, nos
licenciamento. termos do definido no número anterior, a circulação
Artigo 45.º pedonal, ou se disposição especial admitir maior
Renovação largura.
1. A licença é renovada, automática e sucessiva- 4. Nos passeios com largura inferior ao mínimo fi-
mente, desde que o titular proceda ao pagamento xado no n.º 2 do presente artigo, não é permitida
das taxas devidas nos 22 dias úteis que antecedem qualquer instalação, salvo em casos de reconhecido
o termo do seu prazo. interesse público.
2. Os titulares de licenças anuais que não tenham 5. A implantação de equipamento urbano não deve
interesse na sua renovação devem, nos 22 dias úteis dificultar o acesso a casas de espetáculos, pavilhões
que antecedem o termo do prazo daquelas, declarar desportivos, edifícios públicos ou privados, bem
a cessação das mesmas junto da Câmara Municipal. como a visibilidade das montras dos estabelecimen-
3. Os titulares das licenças temporárias ou sazonais tos comerciais.
podem obter novas licenças, aproveitando-se os 6. As ocupações do espaço público com equipa-
documentos e elementos relativos ao licenciamento mento urbano só são permitidas na estrita perpen-
imediatamente anterior, desde que o pedido seja dicular do estabelecimento ao qual as mesmas estão
feito nos termos do n.º 1 e não se verifiquem altera- relacionadas e em toda a sua largura.
ções relativamente à última licença emitida. 7. O reconhecimento do interesse público a que se
4. As licenças não são renovadas quando o seu titu- refere este artigo é feito pelo órgão executivo do

lar tenha introduzido alterações de natureza estéti- município.

ca ou funcional no objeto do licenciamento ou no 8. Todos os suportes devem possuir em local visí-

equipamento urbano ali instalado. vel e de forma indelével o número da licença corres-

CAPÍTULO IV pondente.

REGRAS E CARATERÍSTICAS GERAIS SOBRE A CAPÍTULO V

INSTALAÇÃO DE EQUIPAMENTO URBANO AO CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECÍFICAS

NÍVEL DO SOLO E ESPAÇO AÉREO RELATIVAS AO LICENCIAMENTO DO

Artigo 46.º EQUIPAMENTO URBANO

Regras Gerais SECÇÃO I

1. O equipamento urbano deve apresentar carate- SUPORTES PUBLICITÁTIOS


rísticas que não ponham em risco a integridade físi- Artigo 47.º
ca dos utentes do espaço público. MUPIS
2. É interdita a instalação de qualquer equipamen- 1. A instalação de MUPIS está sujeita à seguintes
to urbano em passeios ou espaços públicos em condições:
a) A composição deve salvaguardar a qualidade,
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funcionalidade e segurança do espaço onde se 5. Em casos devidamente justificados a Câmara


insere, podendo a entidade licenciadora definir, a Municipal poderá suprimir ou limitar os efeitos lumi-
todo o tempo, um suporte tipo de modo a uni- nosos dos dispositivos.
formizar os suportes utilizados no concelho; Artigo 49.º
b) As superficies de fixação da publicidade não Condições de instalação de painéis
podem ser subdivididas; 1. A estrutura de suporte de painéis deve ser metáli-
c) Não podem manter-se no local sem mensagem ca e na cor mais adequada ao ambiente e estética do
por mais de 30 dias seguindos. local, em respeito pelas normas urbanísticas.
2. É proibida a colocação de painéis em espaços 2. Na estrutura deve ser afixado o número de ordem
classificados no Plano Diretor Municipal como REN atribuído ao suporte, a identidade do titular, e
ou espaços verdes de proteção e enquadramento. número da respetiva licença, devendo as dimensões
Artigo 48.º do primeiro situar-se entre 0,05 m e 0,10 m no que
Totens e Monopostes diz respeito ao seu comprimento e largura.
1. É permitida a implantação de totens desde que 3. Os painéis não podem manter-se no local sem
estejam associados a estabelecimentos cuja visibili- mensagem por período superior a dez dias úteis, o
dade a partir da via pública seja reduzida. que, a ocorrer, determinará a caducidade imediata da
2. O totem é constituído por um módulo monolítico licença.
de multiface com a altura máxima de três metros e 4. Os painéis devem ter as seguintes dimensões:

cinquenta centímetros; a) 2,40 m de largura por 1,70 m de altura;

3. Nas grandes superfícies comerciais e ou de b) 4,00 m de largura por 3,00 m de altura;

serviços, equipamentos ou postos de abastecimento c) 8,00 m de largura por 3,00 m de altura;

de combustível, localizados em edifício próprio e iso- d) Podem ser licenciados, a título excecional, painéis

lado, a instalação de totens com outro tipo de com outras dimensões (múltiplos do módulo base),

dimensão, construção e composição distintas das desde que não seja posto em causa o ambiente e a

referidas nas alíneas anteriores, está sujeita ao estética dos locais pretendidos para a colocação dos
painéis.
cumprimento das seguintes condições:
5. Os painéis podem ter saliências parciais desde que
a) Seja composto por uma estrutura de suporte da
estas não ultrapassem, na sua totalidade:
mensagem publicitária ou de identificação, com
a) 1,00 m para o exterior na área central de 1 m2 de
duas ou mais faces, sustentada com um poste
superfície;
único;
b) 0,50 m de balanço em relação ao seu plano.
b) A sua altura total não exceda os doze metros e
SECÇÃO II
cinquenta centímetros;
ESPLANADAS FECHADAS
c) A dimensão máxima de qualquer lado do polígono
Artigo 50.º
que define a face do suporte da mensagem não
Caraterísticas de forma e construção
exceda os 4 m.
1. A ocupação do domínio público com esplanadas
4. As dimensões estabelecidas no número anterior
fechadas não deverá exceder a largura da fachada
podem ser alteradas tendo em conta as caraterísticas
do estabelecimento respetivo, nem dificultar o aces-
morfológicas e topográficas do local e da envolvente
so livre e direto ao edifício em toda a largura do vão
livre adstrita ao estabelecimento.
da porta, num espaço não inferior a 1,50 m.
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2. O fecho de esplanadas deve, em regra, realizar- GUINDASTES E OUTROS ELEMENTOS


se através de estruturas metálicas, podendo admi- Artigo 51.º
tir-se a introdução de elementos valorizadores do Meios de apoio
projeto noutros materiais, sem prejuízo do caráter Sempre que em resultado das atividades a que se
precário e desmontável dessas construções. refere o artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16
3. Quando a fachada do estabelecimento for de dezembro, seja necessário ocupar ou utilizar o
comum a outros estabelecimentos, é indispensável a domínio público com os respetivos meios de apoio,
autorização escrita de todos os proprietários ou de nomeadamente, guindastes, contentores, tapumes,
quem legalmente os represente. andaimes, passarelas ou outros elementos análo-
4. Excecionalmente, poderão ser excedidos os limi- gos, ou proceder à ocupação, utilização ou inter-
tes previstos no n.º 1 do presente artigo, quando tal venção nos pavimentos ou no subsolo, é obrigatório
não prejudique o acesso a estabelecimentos e ou pré- o prévio licenciamento daquela ocupação ou utiliza-
dios contíguos, devendo para tal o requerimento ini- ção, nos termos do presente Regulamento.
cial ser acompanhado da necessária autorização Artigo 52.º
escrita do proprietário ou proprietários em causa. Dispositos de segurança
5. O pavimento da esplanada fechada deve, em 1. Nos espaços confinantes ou integrantes do
regra, manter o pavimento existente no passeio domínio público onde se realizem trabalhos que pos-
ocupado. sam constituir perigo para o trânsito de pessoas e
6. Se for autorizada a mudança do tipo de pavi- bens, é obrigatória a colocação dos meios ou dis-
mento, o mesmo deve ser sempre de fácil remoção, positivos que garantam as adequadas condições de
nomeadamente, módulos amovíveis, devido à segurança, designadamente:
necessidade de acesso às infraestruturas existentes a) Vedações em rede plástica que inviabilize a
no subsolo, por parte das entidades competentes. propagação de poeiras;
7. É interdita a afixação de toldos ou sanefas nas b) Vedações com tapumes em material metálico;
esplanadas fechadas. c) Passarelas em material rígido, providas de pro-
8. Atento o caráter precário da ocupação ou utiliza- teção lateral e superior;
ção do domínio público, não são permitidas alte- d) Redes protetoras que inviabilizem a queda de
rações às fachadas dos edifícios, em si represen- materiais e objetos para a via pública.
tadas no projeto da esplanada fechada, não poden- 2. A instalação desses meios só pode ter lugar
do o espaço da esplanada ser ocupado com equipa- desde que sejam garantidos os espaços necessários
mentos ou mobiliários fixos. ao trânsito de pessoas e bens, o acesso a prédios e
9. Na ocupação de passeios com esplanadas deverá estabelecimentos adjacentes e a não obstrução de
ser sempre garantida a largura mínima de 2,25 m equipamento urbano instalado, optando por uma
contados do lancil exterior, sendo que dentro desta das soluções, constantes no anexo I do presente
medida terá que ser obrigatoriamente salvaguarda- Regulamento.
do um corredor de 1,50 m contínuo e totalmente 3. Deverá, no entanto, a ocupação dos passeios da
livre de obstáculos. via pública estabelecer-se por forma a que entre o
SECÇÃO III lancil do passeio e o plano definido pelo tapume, ou
TAPUMES, ANDAIMES, PASSARELAS, entre este e qualquer obstáculo fixo existente nesse

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troço do passeio, fique livre uma faixa não inferior a nos artigos 43.º e 44.º do presente Regulamento.
1,20 m, devidamente sinalizada. SECÇÃO IV
4. Poderá ser permitida a ocupação total do pas- OCUPAÇÃO, UTILIZAÇÃO OU INTERVENÇÃO
seio ou mesmo a ocupação parcial da faixa de NOS PAVIMENTOS OU NO SUBSOLO
rodagem, ou ainda das placas centrais dos arrua- Artigo 54.º
mentos, pelo período de tempo mínimo indispensá- Requerimento inicial
vel, em casos excecionais devidamente reconheci- 1. O pedido de licenciamento da ocupação, utilização
dos pela Câmara Municipal a partir da demonstração ou intervenção em pavimentos pedonais ou rodoviários
de que tal será absolutamente necessário à exe- ou no subsolo do domínio público, para além de obe-
cução da obra. decer aos requisitos aplicáveis do artigo 44.º é instruí-
5. Nos casos de ocupação total do passeio e de do com o competente projeto de execução.
ocupação parcial da faixa de rodagem referidos no 2. O projeto de execução contém, no mínimo, os
número anterior, é obrigatória a construção de seguintes elementos:
corredores para peões, devidamente vedados, sina- a) Traçado em planta da obra a executar;
lizados, protegidos lateral e superiormente, os quais b) Perfil tipo da vala a abrir, quando for o caso;
sempre que possível se localizarão do lado interno c) Programa de trabalhos, incluindo informações
do tapume, com as dimensões mínimas de 1,20 m sobre a data do seu início, prazo previsto para a exe-
de largura e 2,20 m de altura; cução da obra e sinalização a utilizar para identifi-
6. Os corredores para peões serão obrigatoria- cação e delimitação dos trabalhos e caraterísticas
mente colocados no lado interno dos tapumes quan- técnicas da obra.
do a largura da via impedir a colocação exterior; Artigo 55.º
7. Nos casos em que, pelas caraterísticas dos Programação de intervenções
locais, não seja possível observar as condições 1. As entidades que pretendam executar obras nos
referidas no número anterior, o licenciamento fica pavimentos ou no subsolo, devem comunicar à
dependente da apreciação e condicionamentos Câmara Municipal, até 30 de setembro de cada ano,
o programa de trabalhos previstos para execução no
específicos a estabelecer no ato de licenciamento.
8. O prazo de ocupação do domínio público por ano seguinte, instruídos com as respetivas plantas
motivo de obras não pode exceder o prazo fixado de localização.
nas licenças ou autorização relativas às obras a que 2. Apreciados os programas apresentados, a
se reportam. Câmara Municipal, emite parecer sobre o modo de
9. No caso de obras não sujeitas a licenciamento execução da obra e dos trabalhos.
ou autorização ou que delas estejam isentas, a 3. A Câmara Municipal determina o início e o
licença de ocupação de espaço público será emitida horário dos trabalhos, ajustando-os em função do
pelo prazo solicitado pelo interessado, que terá de interesse público.
ser coincidente com o termo da execução da obra. 4. A localização de canalizações deve respeitar o
Artigo 53.º corte esquemático contido no Anexo que é parte
Procedimento integrante do presente Regulamento.
O licenciamento para a instalação dos meios desti- Artigo 56.º
nados à proteção dos locais onde se realizem obras Isenção de licenciamento
obedece ao cumprimento das formalidades previstas 1. Não carecem de licenciamento as intervenções

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sujeitas à comunicação prévia prevista no Decreto- Artigo 58.º


Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, bem como Construção ou reparação de pavimentos
aquelas cujo caráter urgente imponha a sua exe- 1. Sempre que por iniciativa municipal, se pre-
cução imediata, podendo o titular do direito de ocu- tendam introduzir modificações no domínio público e
pação dar início às mesmas, mediante comunicação privado do município que determinem a necessidade
da intervenção e do respetivo prazo de execução à de desviar ou alterar o traçado de ocupações exis-
Câmara Municipal, pela forma escrita mais expedita, tentes, a Câmara Municipal comunicará tal necessi-
no máximo no dia útil seguinte ao do início da reali- dade aos titulares das respetivos títulos de ocupação
zação das obras. ou utilização do domínio público municipal (solo,
2. Para efeitos do número anterior, consideram-se subsolo ou espaço aéreo), com antecedência mínima
intervenções de caráter urgente: de 5 dias úteis, por forma a que, concertadamente,
a) A reparação de tubagens danificadas de água e se possa levar a cabo a intervenção, suportando os
gás; segundos a totalidade dos custos decorrentes da
b) A reparação de cabos e substituição de postes remoção e reinstalação das respetivas redes.
danificados; 2. A informação a que se refere o número anterior
c) A desobstrução de coletores de esgotos domésti- discrimina as intervenções a realizar, bem como a
cos ou pluviais; sua natureza.
d) A reparação ou substituição de quaisquer insta- 3. Após a receção da informação a que se refere o
lações ou equipamento, cujo estado possa por em número anterior, as entidades referidas no n.º 1,
causa a saúde e segurança públicas, ou originar per- devem comunicar à Câmara Municipal as obras que
turbações às populações e ou a cessação da preveem executar nos locais indicados.
prestação do serviço para que são usados. 4. A comunicação a enviar à Câmara Municipal deve
Artigo 57.º conter, para além dos elementos referidos no n.º 2,
Reserva de espaço do artigo anterior, o traçado das redes existentes
1. A reserva de espaço nas condutas e outras nesses arruamentos.
infraestruturas de propriedade municipal é efetuada Artigo 59.º
em função do respetivo limite de capacidade. Sinalização das obras
2. As ligações para uso exclusivo do município, no 1. As entidades responsáveis por intervenções na
âmbito de sistemas nacional, regional ou municipal via pública obrigam-se a garantir, em todas as situa-
de proteção civil ou equiparados, prevalecem sobre ções, as condições mínimas para a circulação de
as demais. pessoas e bens, assinalando convenientemente
3. O deferimento do acesso fica condicionado à todas as obras, de forma a evitar acidentes.
exequibilidade concreta da pretensão, em função da 2. As obras e os obstáculos ocasionais na via públi-
real capacidade da infraestrutura, aferida no ca devem ser delimitados por sinalização tem-
momento de concretização da instalação por parte porária, nos termos da legislação em vigor.
do respetivo operador e ou requerente. 3. Durante a noite, todas as obras devem ser sinali-
4. As consequências decorrentes da situação pre- zadas com luzes e ou sinais refletores, de forma a
vista no número anterior são imputáveis exclusiva- serem bem visíveis.
mente, ao respetivo operador e ou requerente. 4. Todas as obras devem ser devidamente identifi-

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cadas com painéis, de modo a que a identificação do 2. As operações de arrumação e remoção devem
dono da obra e do tipo de trabalhos seja conhecida ser efetuadas diariamente.
de todos os cidadãos. 3. No caso de abertura de valas em pavimentos
5. Os painéis mencionados no número anterior de- betuminosos, designadamente, faixas de rodagem,
verão conter, pelo menos, os seguintes elementos: os cortes neles realizados devem ser executados
a) Identificação do dono da obra; com a aplicação de serras mecânicas circulares ou
b) Identificação do empreiteiro ou responsável pela outro equipamento que não os danifique significati-
intervenção; vamente, no sentido de evitar que, depois de recolo-
c) Identificação da obra ou trabalhos a realizar; cados, a ligação entre ambos seja impercetível.
d) Identificação do número da licença de ocupação 4. No caso de outro tipo de pavimentos, a vala deve
de via pública emitida pela Câmara Municipal. ser aberta numa faixa com largura constante em
6. As entidades públicas ou privadas são obrigadas todo o seu comprimento, a qual deve permitir a
a efetuar uma prévia comunicação escrita aos recolocação do mesmo.
moradores e comerciantes existentes no local da 5. No caso da vala a abrir ser transversal à faixa de
intervenção, indicando a obra a realizar e as datas rodagem, aquela deve abranger apenas metade da
do seu início e termo. mesma, de forma a possibilitar a passagem de
7. Sempre que haja necessidade de proceder ao veículos na outra metade.
corte, desvio e ou condicionamento de trânsito é à 6. Nos casos previstos no número anterior, o
entidade responsável pela execução da obra que prosseguimento dos trabalhos na outra metade da
compete assegurar a deslocação e permanência no faixa de rodagem, fica condicionada à cobertura, a
local das autoridades policiais. todo o comprimento da vala aberta, com chapas de
8. Toda a sinalização rodoviária vertical removida e ferro suficientemente resistentes para assegurar o
ou danificada na decorrência de obras no pavimento trânsito na faixa de rodagem.
ou no subsolo deverá ser reposta. 7. Nos locais considerados críticos, as travessias
9. Todo o equipamento e mobiliário urbanos re- serão realizadas através de "perfuração horizontal
movido e ou danificado deve ser reposto e toda a dirigida”.
sinalização horizontal deverá ser repintada na ínte- 8. Quando os terrenos necessitarem de entivação
gra. ou escoramento das valas, para evitar desmorona-
10. Todas as infraestruturas de sinalização sema- mentos, serão aplicadas estruturas que satisfaçam
fórica deverão ser salvaguardadas, compatibilizan- as condições de segurança máxima para os traba-
do-as com as infraestruturas existentes, pelo que lhadores e transeuntes.
qualquer dano será da inteira responsabilidade do 9. Sempre que a abertura de valas seja realizada
dono da obra. através do uso de explosivos, os interessados
Artigo 60.º devem obter os licenciamentos necessários e
Abertura de valas cumprir os demais requisitos previstos na legislação
1. Todo o material aproveitável decorrente da aber- em vigor.
tura de vala, deve ser transportado para o estaleiro Artigo 61.º
e o material não recuperável deve ser imediata- Aterro de valas
mente removido do local da obra. O aterro de valas em passeios, parques de esta-

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cionamento e faixas de rodagem obedece às assente sobre almofada de areão ou areia, com
seguintes especificações mínimas: traço de cimento na proporção de 1/6 e com 0,07 m
a) A primeira camada de aterro, até 0,20 m acima de espessura, incluindo preparação de caixa;
do extradorso da conduta ou cabo, deve ser feita iv) No caso da camada de desgaste existente no
com areia ou areão ou terra cirandada, com teor em pavimento ser diferente das previstas nas alíneas
água apropriado e devidamente compactada; anteriores, deve a mesma ser reposta conforme
b) Acima do nível referido na alínea anterior, podem indicação prévia a fornecer pela Câmara Municipal.
ser utilizados areão ou “tout-venant”; c) As pavimentações devem ser efetuadas de acor-
c) Em todo o aterro a compactação deve ser execu- do com a seguinte metodologia:
tada por camadas nunca superiores a 0,20 m de i) Nos pavimentos cuja camada de desgaste seja em
espessura. betão betuminoso, a repavimentação é feita de lan-
Artigo 62.º cil a lancil.
Reposição de pavimentos ii) Nas travessias tem de ser executada uma fre-
1. A reposição de pavimentos deverá ser feita de sagem com 3 cm de espessura e 20 cm de largura
acordo com as seguintes especificações: em toda a extensão da vala e para cada lado da
a) Nos arruamentos a estrutura do pavimento deve mesma, e repavimentação na sua totalidade.
ser igual à existente, com um mínimo de: iii) Os pavimentos a repor ou a reconstruir deverão
i) Sub-base em "tout-venant" com 0,15 m de espes- ter a sua ligação perfeita com o pavimento remanes-
sura, após compactação; cente, de modo a que entre ambos não se veri-
ii) Base em "tout-venant", com 0,15 m de espes- fiquem irregularidades ou fendas, nem ressaltos ou
sura, após compactação. assentamentos diferenciais.
b) A camada de desgaste dos pavimentos deve ser iv) Nos pavimentos em calçada de vidraço ou laje-
executada de acordo com as seguintes especifi- tas de betão, o pavimento deverá ser reposto em
cações: condições idênticas ao levantado na zona interven-
i) Nos arruamentos com camada de desgaste em cionada nos termos do número anterior.

betuminoso a pavimentação deve ser igual à exis- 2. Nos passeios com largura igual ou inferior a 2 m,

tente, com um mínimo de camada de regularização a reposição será feita em toda a sua largura.
3. Sempre que a Câmara Municipal o solicite, serão
em binder com 0,05 m de espessura, após com-
executados ensaios para avaliar a qualidade da exe-
pactação, e a camada de desgaste em betão betu-
cução dos trabalhos, os quais serão custeados pelo
minoso com inertes de basalto, com 0,05 m de requerente.
espessura, após compactação; 4. A finalização do aterro deverá ser concluída até 3
ii) Nas vias de acesso a garagens e estacionamen- dias após a abertura da vala, seguindo-se, de imedia-
tos, com camada de desgaste em betuminoso, a to, a sua pavimentação.
pavimentação deve ser igual à existente, com um 5. Em zonas determinadas pela Câmara Municipal,
mínimo de camada de desgaste em betão betumi- a abertura e fecho da vala e a reposição do pavi-
noso com inertes de basalto, com 0,05 m de espes- mento podem ser exigidas no próprio dia e em
sura, após compactação; horário a definir.
iii) Nos passeios em calçada de vidraço ou lajetas de Artigo 63.º
betão, a reposição deve ser igual à existente, Trabalhos excepcionais
Nos pavimentos construídos ou reparados há menos
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de 2 anos, só são autorizadas intervenções a título f) Dar imediato conhecimento à Câmara Municipal
excecional. das anomalias ocorridas nas obras, bem como à
Artigo 64.º entidade concessionária de serviços públicos a quem
Pavimentos provisórios pertencer a infraestrutura, indicando o número do
Devem ser executados pavimentos provisórios, processo de licenciamento e data da ocorrência;
sempre que isso se revele necessário e desde que: g) Garantir a limpeza da faixa de rodagem das vias
a) As circunstâncias o justifiquem inequivocamente, onde circulam os veículos afetos à obra.
nomeadamente, em face à ocorrência de acidente Artigo 66.º
de trabalho ou de qualquer outra natureza, por vir- Interrupção das obras
tude de solicitação de reconhecida urgência, por
1. Sempre que ocorra interrupção das intervenções
impossibilidade de se proceder à repavimentação
deverão estas ser convenientemente assinaladas,
definitiva;
devendo a Câmara Municipal ser do facto atem-
b) O pavimento provisório seja francamente satis-
padamente informada.
fatório, do ponto de vista dos utentes;
2. A interrupção referida no número anterior não
c) O pavimento provisório seja mantido em boas
pode exceder os 5 dias úteis, podendo, no entanto,
condições de utilização, até à execução do pavimen-
a Câmara Municipal fixar outro prazo, se aquele se
to definitivo.
revelar desadequado à situação concreta.
Artigo 65.º
3. As intervenções nos pavimentos e subsolo
Obrigações das entidades operadoras do
municipais podem a todo o tempo ser mandados
subsolo
suspender, se isso se revelar necessário à defesa do
As entidades operadoras do subsolo estão obrigadas a:
interesse público.
a) Executar e conservar em boas condições os cir-
4. Para os efeitos do número anterior serão notifi-
cuitos de desvio de trânsito automóvel pedonal, des-
cados o dono da obra e o titular da autorização.
tinados a substituir provisoriamente as vias de cir-
Artigo 67.º
culação interditas pelas escavações;
Receção da obra
b) Instalar e conservar, nas melhores condições de
1. Na data de assinatura do auto de receção pro-
visibilidade, toda a sinalização diurna e nocturna,
visória inicia-se o prazo de garantia, durante o qual
adequada à segurança do trânsito de viaturas e de
o dono da obra está obrigado a efetuar as
peões na zona afetada pelos trabalhos, de acordo
reparações que se revelem necessárias.
com as prescrições aplicáveis pela lei e regulamen-
2. O prazo de garantia varia de acordo com o
tos aplicáveis;
defeito da obra, nos seguintes termos:
c) Assegurar a manutenção de todas as serventias
públicas e privadas; a) 10 anos, no caso de defeitos relativos a elemen-

d) Assegurar a limpeza de todo o sistema de tos construtivos estruturais;


drenagem após a conclusão da obra e antes da sua b) 5 anos, no caso de defeitos relativos a elementos
receção; construtivos não estruturais ou a instalações técni-
e) Reparar ou substituir, de imediato todos os cas;
muros, soleiras de portões, tubagens, sarjetas, lan- c) 2 anos, no caso de defeitos relativos a equipa-
cis ou quaisquer outros elementos danificados mentos afetos à obra, mas dela autonomizáveis.
durante a execução dos trabalhos; 3. O dono da obra tem a obrigação de corrigir

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durante o prazo de garantia, a expensas suas, todos a) Nas zonas consolidadas: 1,50 m;
os defeitos da obra e dos equipamentos nela inte- b) Nas zonas novas: 2,25 m a 2,50 m;
grados que sejam identificados até ao termo do 2. Deve ainda ser salvaguardada uma distância de
prazo de garantia. segurança relativamente aos vãos de janela que
4. O dono da obra fica obrigado a efetuar as deve ser igual ou superior a 1,50 m.
reparações que se revelarem necessárias, no prazo 3. Os equipamentos a colocar devem ser do tipo
de 15 dias, a contar da data da notificação para “Antivandalismo”.
tanto. 4. A instalação de tubos e de qualquer outro
Artigo 68.º equipamento, não integrante da rede de infra-
Instalações à superfície estruturas, deverá ser traçado pelo interior dos
1. As instalações, fixas ou móveis, necessárias ao edifícios.
sistema de distribuição domiciliária industrial ou co- Artigo 71.º
mercial de gás, carecem da aprovação do respetivo Protocolos específicos
projeto. O presente Regulamento não impede o estabeleci-
2. No projeto devem ser respeitadas as posições mento de protocolos específicos com várias enti-
relativas das condutas definidas no anexo II do pre- dades intervenientes no solo ou subsolo municipal,
sente Regulamento. desde que os mesmos se subordinem às condições
3. A implantação de subestações e postos de sec- aqui previstas.
cionamento ou de transformação de energia eléctri- CAPÍTULO VI
ca carecem de parecer prévio do serviço compe- PENALIDADES
tente da Câmara Municipal, quanto à sua localiza- SECÇÃO I
ção e integração urbanística local. REMOÇÃO DE EQUIPAMENTO
4. O projeto apenas poderá ser apresentado após Artigo 72.º
emissão de parecer favorável relativamente à Remoção
aceitação do local. 1. Nas situações em que se verifique a ocupação ou
Artigo 69.º utilização do domínio público, qualquer que seja o
Outras intervenções equipamento, suporte ou mobiliário urbano utiliza-
As redes aéreas, quer de energia eléctrica, quer de do, em desconformidade com o respetivo procedi-
telecomunicações, são aprovadas nos termos do mento de comunicação prévia, comunicação prévia
presente Regulamento e de demais regulamentos e com prazo, ou licença municipal ou sem que o
normas legais aplicáveis. mesmo se encontre legalizado através de qualquer
Artigo 70.º um dos procedimentos atrás referidos, a Câmara
Armários Municipal poderá proceder à remoção coerciva
1. Quando as intervenções previstas no número daqueles ou à sua inutilização, sem prévia notifi-
anterior importem a colocação de armários, a locali- cação do infrator.
zação dos equipamentos devem salvaguardar as 2. Nos casos de caducidade, revogação, cessação
seguintes distâncias mínimas, livres, de circulação da actividade ou por determinação de transferência
pedonal: para local diverso, o titular da licença de ocupação

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ou utilização do domínio público, deve proceder à luntariamente no prazo de 20 dias a contar da noti-
remoção do equipamento urbano instalado até ao ficação emitida para esse efeito, são cobradas judi-
termo do prazo de validade daquela, ou no prazo de cialmente, servindo de título executivo, certidão
10 dias, após notificação para o efeito pela Câmara passada pelos serviços competentes, comprovativa
Municipal, conforme os casos. das despesas efetuadas.
3. De igual modo, sempre que se verifique o Artigo 73.º
incumprimento por parte dos titulares do direito de Destino do equipamento removido
ocupação do domínio público, dos deveres previstos 1. O equipamento removido nos termos do artigo
no artigo 6.º do presente Regulamento, a Câmara anterior é transportado para depósito municipal,
Municipal notificará aqueles para, no prazo de 5 podendo o infrator voltar à sua posse, desde que
dias, darem cumprimento às obrigações que lhe proceda ao pagamento dos encargos inerentes à sua
incumbem assegurar nessa qualidade. remoção.
4. Nas situações em que alguém danificar, por qual- 2. Se não for requerida a entrega do equipamento
quer meio ou forma, algum bem do domínio público, e o mesmo permanecer no depósito municipal por
incluindo calçada, macadame ou revestimento betu- período superior a 2 meses, contados da data de
minoso, ou qualquer equipamento camarário insta- notificação do infrator para pagamento voluntário
lado na via pública, fica obrigado a proceder à sua dos encargos ocasionados pela remoção, o mesmo é
reparação no prazo que para o efeito for estipulado considerado adquirido por ocupação pelo município,
pela Câmara Municipal. podendo ser-lhe dado o destino que se revelar mais
5. Em caso de incumprimento do estabelecido nos conveniente.
números 2, 3 e 4 do presente artigo, a Câmara 3. O pagamento dos encargos em sede de exe-
Municipal procederá à remoção do equipamento cução fiscal não confere ao infrator o direito à
instalado ou à reparação dos objetos, bens, equipa- devolução do equipamento removido.
mentos camarários danificados e poderá ainda SECÇÃO II
determinar o embargo ou a demolição da obra, se COIMAS E SANÇÕES ACESSÓRIAS
tal for aplicável à situação ilegal detetada, sem pre- Artigo 74.º
juízo de aplicação da coima e das sanções acessórias Contraordenações
a que haja lugar, sendo que se considerará que o 1. Sem prejuízo da punição pela prática de crime de
notificado não cumpriu o atrás disposto quando, nas falsas declarações e do disposto noutras disposições
situações correspondentes à colocação de um legais, constituem contraordenação:
suporte publicitário, o mesmo se encontrar recolhi- a) A ocupação, utilização ou intervenção no
do ou enrolado. domínio público sem o respetivo título ou sem título
6. A responsabilidade pelos encargos inerentes à válido, ao abrigo do disposto no n.º 3 do artigo 19.º
remoção ou reparação dos equipamentos a que se ou no n.º 7 do artigo 43.º, punível com coima de €
referem os números 1 e 5 deste artigo são da exclu- 500 a € 3500, tratando-se de uma pessoa singular,
siva responsabilidade dos infratores. ou de € 1500 a € 25000, no caso de se tratar de
7. As quantias correspondentes às despesas a que uma pessoa coletiva;
se refere o número anterior, quando não pagas vo- b) A ocupação, utilização ou intervenção no

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domínio público em desconformidade com a respeti- soa singular, ou de € 500 a € 2500, no caso de se
va licença emitida pela Câmara Municipal, ou com a tratar de uma pessoa coletiva;
mera comunicação prévia ou comunicação prévia h) A não actualização dos dados previstas no artigo
com prazo apresentada pelo seu titular, punível com 20.º ou a falta da comunicação de encerramento do
coima de € 400 a € 3000, tratando-se de uma pes- estabelecimento prevista no n.º 1 do artigo 21.º,
soa singular, ou de € 1000 a € 20000, no caso de se punível com coima de € 150 a € 750, tratando-se de
tratar de uma pessoa coletiva; uma pessoa singular, ou de € 400 a € 2000, no caso
c) A violação de qualquer das obrigações a que se de se tratar de uma pessoa coletiva;
referem os artigos 6.º e 7.º ou a violação do dever i) O cumprimento fora do prazo do disposto no
de segurança e vigilância previsto no artigo 8.º; artigo 20.º, punível com coima de € 50 a € 250,
punível com coima de € 150 a € 750, tratando-se de tratando-se de uma pessoa singular, ou de € 200 a
uma pessoa singular, ou de € 400 a € 2000, no caso € 1000, no caso de se tratar de uma pessoa coleti-
de se tratar de uma pessoa coletiva; va;
d) A transmissão não autorizada do direito de ocu- j) A violação dos deveres a que se reportam os nºs
pação a terceiros, bem como a cedência de utiliza- 1 a 6 do artigo 52.º; punível com coima de € 200 a
ção do espaço licenciado, ainda que temporaria- € 1000, tratando-se de uma pessoa singular, ou de
mente, ao abrigo do disposto no artigo 13.º, puní- € 500 a € 2500, no caso de se tratar de uma pessoa
vel com coima de € 150 a € 750, tratando-se de uma coletiva;
pessoa singular, ou de € 400 a € 2000, no caso de l) A violação dos deveres de comunicar a que se
se tratar de uma pessoa coletiva; referem o n.º 1 do artigo 55.º ou o n.º 1 do artigo
e) A emissão de uma declaração a atestar o 56.º, punível com coima de € 200 a € 1000,
cumprimento das obrigações legais e regula- tratando-se de uma pessoa singular, ou de € 500
mentares, ao abrigo do disposto na alínea f) do n.º a € 2500, no caso de se tratar de uma pessoa
2 do artigo 19.º, que não corresponda à verdade, coletiva;
punível com coima de € 500 a € 3500, tratando-se m) A violação do disposto nos n.ºs 2 e 3 do artigo
de uma pessoa singular, ou de € 1500 a € 25000, no 59.º, punível com coima de € 350 a € 2500, tratan-
caso de se tratar de uma pessoa coletiva; do-se de uma pessoa singular, ou de € 1000 a €
f) A não realização das comunicações prévias pre- 7500, no caso de se tratar de uma pessoa coletiva;
vistas no n.º 1 e 2 do artigo 19.º, e n.º 1 a 3 do arti- n) A violação das regras de aterro a que se refere o
go 41.º, punível com coima de € 350 a € 2500, artigo 61.º ou das regras de reposição de pavimen-
tratando-se de uma pessoa singular, ou de € 1000 a tos a que se refere o artigo 62.º, punível com coima
€ 7500, no caso de se tratar de uma pessoa coleti- de € 350 a € 2500, tratando-se de uma pessoa sin-
va; gular, ou de € 1000 a € 7500, no caso de se tratar
g) A falta, não suprida em 10 dias após notificação de uma pessoa coletiva;
eletrónica, de algum elemento essencial das meras o) A violação de qualquer das obrigações a que se
comunicações prévias previstas no n.º 1 e 2 do arti- refere o artigo 65.º, punível com coima de € 350 a
go 19.º e n.º 1 a 3 do artigo 41.º, punível com € 2500, tratando-se de uma pessoa singular, ou de
coima de € 200 a € 1000, tratando-se de uma pes- € 1000 a € 7500, no caso de se tratar de uma pes-

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soa coletiva; a ocorrência de qualquer facto ou circunstância


7. A negligência é sempre punível nos termos suscetível de implicar a prática de uma contraorde-
gerais. nação.
8. Nos casos de negligência os limites mínimos e 2. Em conformidade com o disposto no número
máximos das coimas previstas no número anterior anterior, a comunicação prévia referente à ocu-
são reduzidos a metade. pação do espaço público deverá implicar por parte
Artigo 75.º do serviço camarário recetor, o envio daqueles

Sanções acessórias processos para o Serviço de Polícia Municipal de

1. Em função da gravidade da infração e da culpa molde a que aquele investigue e efetue as diligên-

do agente, simultaneamente com a coima, podem cias necessárias no sentido de apurar se a situação
factual corresponde ao indicado.
ser aplicadas as sanções acessórias de encerramen-
3. Nas situações do procedimento referente à
to de estabelecimento e de interdição do exercício
comunicação prévia com prazo, a competência no
de atividade, com os seguintes pressupostos de
âmbito dos serviços camarários para a efetivação
aplicação:
das diligências indicadas no número anterior com-
a) A interdição do exercício de atividade apenas
pete, de igual modo, ao Serviço de Polícia Municipal
pode ser decretada se o agente praticar a contra-
no tocante aos suportes publicitários, ficando tal
ordenação com flagrante e grave abuso da função
tarefa a cargo da Fiscalização Municipal da Divisão de
que exerce ou com manifesta e grave violação dos
Trânsito e Mobiliário Urbano nas restantes situações.
deveres que lhe são inerentes;
b) O encerramento do estabelecimento apenas Artigo 77.º

pode ser decretado quando a contraordenação Competência para a instrução e aplicação de

tenha sido praticada por causa do funcionamento do sanções

estabelecimento. A instrução dos processos de contraordenação e apli-

2. A duração da interdição do exercício de ativi- cação de coimas e sanções acessórias, por violação

dade e do encerramento do estabelecimento não das normas do presente Regulamento, é da com-

pode exceder o período de dois anos. petência do Presidente da Câmara, podendo este

Artigo 76.º delegá-la em qualquer dos Vereadores.

Fiscalização CAPÍTULO VII


1. Compete ao Serviço de Polícia Municipal, DISPOSIÇÕES FINAIS
serviços técnicos do Departamento de Adminis- Artigo 78.º
tração Urbanística e do Departamento de Obras Competência material
Municipais, bem como às autoridades policiais e A competência para proferir despachos relativos à
demais entidades com competência definida em tramitação dos pedidos de licenciamento apresenta-
legislação especial, a verificação do cumprimento dos ou do procedimento da comunicação prévia com
do disposto no presente Regulamento e demais prazo, à remoção de situações de ocupação da via
condições a que esteja vinculado o titular da
pública ilegais ou em desconformidade com este
licença, da comunicação prévia ou da comunicação
Regulamento, bem como para a emissão de manda-
prévia com prazo, participando ou lavrando os com-
dos de notificação atinentes às situações nele previs-
petentes autos de notícia sempre que seja detetado
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tas, e ainda sobre as demais matérias reguladas Artigo 80.º


neste diploma pertence ao Presidente da Câmara Dúvidas e omissões
Municipal, ou, no caso de esta competência ter sido Os casos omissos serão resolvidos mediante despa-

objeto de delegação, ao Vereador com competência cho do Presidente da Câmara ou do Vereador com

delegada nesta matéria. competência delegada, devendo ser apreciados e

Artigo 79.º analisados de acordo com as normas reguladoras do

Norma transitória meio ou suporte publicitário análogo, com as adap-


tações necessárias.
1. As normas constantes no presente Regulamento
Artigo 81.º
são de aplicação imediata a todos os pedidos de
Direito subsidiário
licenciamento de ocupação da via pública e aos pro-
Em tudo não especialmente previsto neste Regula-
cedimentos da comunicação prévia e da comuni-
mento recorrer-se-á à Lei Geral, aos princípios gerais
cação prévia com prazo bem como a todas as situa-
de direito e, na sua falta ou insuficiência, às dis-
ções de utilização do espaço público efetuadas em
posições da Lei Civil.
desconformidade com este diploma.
Artigo 82.º
2. As licenças atribuídas às situações de ocupação Norma revogatória
da via pública existentes à data da entrada em vigor São revogadas todas as disposições contrárias ao
do presente diploma, mantêm-se válidas desde que que se estabelece neste Regulamento, sem prejuízo
as respetivas taxas sejam liquidadas nos respetivos do diposto no n.º 2 do artigo seguinte.
prazos, caducando, automaticamente, nas seguintes Artigo 83.º
situações: Entrada em vigor
a) Quando o suporte publicitário for substituído ou 1. O presente Regulamento entra em vigor, nos ter-
alterado na sua dimensão ou no conteúdo da sua mos legais, decorridos 15 dias após a data da sua
mensagem, bem como quando o equipamento que publicação.
se encontra a ocupar o espaço público for alterado 2. Exceciona-se do disposto no número anterior
na sua área e ou dimensão composição ou material; todas as disposições do presente Regulamento cuja
b) Quando cessar a atividade ou ocorra o encerra- aplicação está dependente da existência do Balção
mento do estabelecimento comercial que está sub- Único Eletrónico, as quais ficarão suspensas até à
jacente à instalação de qualquer tipo de equipamen- implementação daquele, mantendo-se em vigor as

to no espaço público; disposições revogadas e alteradas constantes no

3. Verificando-se a caducidade da licença da ocu- anterior Regulamento Municipal aplicável a esta

pação do espaço público pela ocorrência de qualquer matéria.

um dos casos descritos no número anterior, passa a


ser aplicável o regime previsto no artigo 72.º do
presente Regulamento, para efeitos de remoção do
equipamento que permaneça ilegalmente instalado
no espaço público.

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ANEXO I
(art.º 52 n.º2)

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ANEXO II
(art.º 68 n.º2)

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Director: JOAQUIM MOREIRA RAPOSO

DEPÓSITO LEGAL: 11981/88 - TIRAGEM: 550 exemplares


IMPRESSÃO: C.M.A.

Toda a correspondência relativa ao Boletim Municipal


deve ser dirigida ao Departamento de Administração Geral
(Divisão de Gestão Administrativa e Contratação)
Apartado 60287, 2701- 961 AMADORA
Telefone: 21 436 90 00 / Fax: 21 492 20 82

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