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Curso Introdução À Supervisão e Orientação Pedagógica
Curso Introdução À Supervisão e Orientação Pedagógica
Curso
Introdução à Supervisão e
Orientação Pedagógica
Carga horária: 35hs
Dicas importantes
• Nunca se esqueça de que o objetivo central é aprender o
conteúdo, e não apenas terminar o curso. Qualquer um termina, só
os determinados aprendem!
INTRODUÇÃO
Um orientador educacional?
Um secretário de educação?
Segundo Lück ,
flexibilidade - A supervisão não deve ser rígida, deve estar aberta às mudanças e
se adaptar às exigências dos educandos e da sociedade;
ATIVIDADES DE ESTUDO
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
NOÇ
NOÇÕÕE
ES
S BÁ
BÁSSIIC
CAAS
S
INTRODUÇÃO
Segundo Gandin (1997), “as experiências não vêm de se ter vivido muito,
mas de se ter refletido intensamente sobre o que se fez e sobre as coisas que
aconteceram”. É com essa visão que acreditamos estar contribuindo com o processo
de qualificação da educação ao oferecer a disciplina Planejamento.
Assim esperamos levar o aluno a ter uma visão geral dos conceitos de administração
e planejamento voltados para a área de educação. Auxiliar ao administrador na busca da
maximização dos recursos existentes na Instituição Educacional e fazer o profissional da
educação entender e aplicar os princípios de um planejamento participativo, dinâmico e flexível.
O QUE É PLANEJAR?
Se você já planejou, com certeza, levou algum tempo pensando na idéia antes de
tentar organizá-la para uma realização eficiente. E o que você pensou antes é que direcionou
toda a execução deste planejamento.
Sabe-se que para planejar não basta papel e caneta, é preciso que se tenha
idéias e uma vontade inquietante de experimentá-las.
Planejar é uma prática tão antiga quanto o nascimento das ciências e das religiões.
Conhecemos alguns fatos indicadores da idéia de planejamento e da necessidade de planejar
como, por exemplo, na Bíblia sagrada - “ No princípio criou Deus os céus e a terra”. Com esta
narrativa se percebe a tendência de se ordenar os acontecimentos em um limite de tempo, se
imagina que outros feitos ocorreriam após o” início” o que em seguida é confirmado no texto
sagrado: “Ora, havendo Deus completado no dia sétimo a obra que tinha feito, descansou nesse
dia de toda a obra que fizera.”
Ao estudarmos a origem dos seres vivos também nos defrontamos com relatos que
se detêm na cronologia dos acontecimentos tentando compreender a sua complexidade.
“Os primeiros seres vivos teriam surgido entre 3,5 e
4 bilhões de anos passados... Durante os primeiros dois bilhões de
anos, desenvolveram sua arquitetura celular... Há cerca de 1,5
bilhão de anos surgiram os seres pluricelulares...”.
(Amabis, 1998)
Parece ser da natureza do homem a vontade de ordenar, agrupar, prever, classificar e
registrar os acontecimentos que vivencia ao longo de sua vida. Mas se observarmos com atenção
os relatos apresentados percebemos que são totalmente desprovidos de uma prática avaliativa.
Por que Deus descansou? Por que ele terminou tudo no sétimo dia e não no décimo? O que teria
feito os primeiros seres vivos surgirem há 3 bilhões de anos?
Mas se planejar é uma prática tão antiga, espontânea e natural, por que não gostamos
de planejar?
As frases do tipo: “Assim já está bom”, “Já está tudo arrumado na minha cabeça”,
são comuns nas conversas escolares. Mas há quem diga: “Isto pode ficar melhor, ainda.”
O entendimento de que planejamento é o mesmo que montar uma lista do que se tem
a fazer é bastante limitado, pois exclui, entre outras, duas das mais importantes etapas do
planejamento que são: a de diagnóstico e de avaliação, como lembra Gandin (1997).
Esta proposta está clara em Gandin (1999), quando comenta que a tendência na
organização de um planejamento atual e democrático é a de ser participativo já que esta parece
ser uma das condições para que o planejamento esteja voltado aos interesses de todos.
O PLANEJAMENTO APONTA PARA MUDANÇA?
Por tal motivo, o planejamento necessita buscar a eficiência e a eficácia de uma ação
para que ela seja reconhecidamente necessária e aceita, conforme comenta Gandin (1997).
Fala-se muito no planejamento que é realizado dentro das escolas mas não podemos
esquecer que antes dele há os realizados nas Secretarias de Educação Municipal e Estadual, os
realizados pelo Ministério de Educação e, ainda, os planos das Coordenadorias Regionais.
QUAL A IMPORTÂNCIA DA ARTICULAÇÃO ENTRE OS DIFERENTES
NÍVEIS ADMINISTRATIVOS DE PLANEJAMENTO?
FERREIRA, Francisco W. Planejamento sim e não. São Paulo: Paz e Terra, 2002.
GANDIN, Danilo. Planejamento: como prática educativa. São Paulo: Loyola, 1999.
GANDIN, Danilo. A Prática do Planejamento Participativo.Petrópolis: Vozes, 2000.
GANDIN, Danilo e GANDIN, Luiz Armando. Temas para um Projeto de Político-
Pedagógico. Petrópolis: Vozes,1999.
HERNÁNDEZ, Fernando. Transgressão e Mudança na Educação: Os Projetos de Trabalho.
Porto Alegre: ARTMED,1998.
MENEGOLLA M. e SANT’ANNA, Ilza M. Por que planejar? Como planejar? Petrópolis:
Vozes, 2000.
PADILHA, P.R.. Planejamento Dialógico. São Paulo: Cortez, 2003.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Planejamento: Projeto de Ensino, aprendizagem e
Projeto Político – Pedagógico. São Paulo: Libertad, 1999.
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ESCOLA
ESCOLAR R
FUNDAMENTOS
INTRODUÇÃO
O grupo, à medida que vai estabelecendo-se, vai definido metas que deseja
alcançar com a sua existência e com o seu trabalho. Para que se alcance os fins
almejados, é preciso que exista um conhecimento a respeito da sociedade e do
homem inseridos nesse processo de mudança. Para tal a metodologia para mudança
tem que
CONCEITOS
UM
UMAA RE
REF
FL
LEEX
XÃÃO
O PO
POSSS
SÍÍV
VEEL
L
INTRODUÇÃO
EDUCAÇÃO
TRABALHO
CIDADANIA
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
E isso encontra eco no eixo de mudança das realidades escolares, uma vez
que todo professor já mudou, por exemplo, o conteúdo de suas aulas, viu serem
substituídos alguns programas por outros etc... mas somente algumas gerações
viveram diretamente transformações , no sentido de “grandes mudanças”, como a
passagem da escola unidocente à seriada, ou da escola dominical à de cinco dias por
semana.
c) marco operacional – implica determinar que tipode ações deverão estar presentes
para referenciar os dois marcos anteriores.
- Por esses portos eu não saberia traçar a rota nos mapas nem fixar a data da
atracação. Às vezes, basta-me uma partícula que se abre no meio de uma paisagem
incongruente, um aflorar de luzes na neblina, o diálogo de dois passantes que se encontram no
vaivém, para pensar que partindo dali construirei pedaço por pedaço a cidade perfeita, feita de
fragmentos misturados com o resto, de instantes separados por intervalos, de sinais que alguém
envia e não sabe quem capta. Se digo que a cidade para qual tende a minha viagem é
descontínua no espaço e no tempo, ora mais rala, ora mais densa, você não deve crer que pode
parar de procurá-la. Pode ser que enquanto falamos ela esteja aflorando dispersa dentro dos
confins do seu império; é possível encontrá-la, mas da maneira que eu disse.
- É tudo inútil, se o último porto só pode ser a cidade infernal, que está lá no
fundo e que nos suga num vórtice cada vez mais estreito.
E Polo:
- O inferno dos vivos não é algo que será; se existe, é aquele que já está aqui, o
inferno no qual vivemos todos os dias, que formamos estando juntos. Existem duas maneiras de
não sofrer. A primeira é fácil para a maioria das pessoas: aceitar o inferno e tornar-se parte deste
até o ponto de deixar de percebê-lo. A segunda é arriscada e exige atenção e aprendizagem
contínuas: tentar saber reconhecer quem e o que, no meio do inferno, não é infernal, preservá-lo
e abrir espaço.
UM RECORTE HISTÓRICO
Igreja // Estado
internas
Instituições mediadoras das relações da profissão docente
externas
NO SÉCULO XVIII
OBJETIVO
Regime Estatal
Logo:
LICENÇA DOCENTE
PAPEL DA ESCOLA
PAPEL DO PROFESSOR
SÉCULOS XIX E XX
Corpo de saberes
AÇÃO DOCENTE
Sistema Normativo
Resultando:
Dificuldades no exercício do ensino, que ficou visto como atividade secundária ou
acessória.
SÉCULO XIX
Expansão escolar – procura maior, como forma de ascenção social.
Corolário – instrução como forma de ascenção social.
• Contribuindo para:
a socialização de seus membros;
a gênese de uma cultura profissional.
IMAGEM AMBÍGUA
• filiações político-ideológicas;
• práticas associativas.
- melhoria do estatuto
- controle da profissão
- definição da carreira
• crescimento da unidade docente imposta pelo Estado
RECOMENDAÇÕES
3. Amplie sua leitura, optando por um dos livros indicados segundo seu maior
interesse.
BIBLIOGRAFIA
Ela surgiu no início do século XX, nos Estados Unidos com o objetivo primeiro de
orientar os estudantes para uma adequada escolha profissional para inserção no mercado de
trabalho, isto é, como um direcionamento para a orientação profissional. O contato direto com o
educando foi deixando transparecer suas dificuldades, ampliando-se seu campo de ação para
uma assistência mais ampla e completa, com o objetivo de melhor orientá-lo para a vida pessoal
e social.
O objetivo maior deste “serviço” era “guiar o indivíduo na escolha de seu lugar
social pela “profissão”, uma espécie de correlato do que hoje, concebemos como orientação
vocacional.
Apesar da obrigatoriedade nas escolas, o que se viu ao longo desses quase trinta
anos foi um desgaste progressivo da Orientação Educacional. Desgaste este propiciado
provavelmente pela formação inadequada dos profissiobnais de Orientação Educacional que
priorizaram, em seu percurso profissional, a função do aconselhamento, negligenciando outras
funções como as de planejamento, organização, atendimento geral, atendimento individual e de
relacionamento (Nérici, 1973).
Como vimos no texto, o papel social, qualquer que seja ele, é determinado por um
conjunto de fatores interferentes, tais como as características da escola, suas necessidades, os
recursos humanos disponibilizados, a expectativa do papel social desempenhado, entre outros.
Segundo Lück (1999), o processo educativo será significativo quanto maior for a
qualidade do relacionamento professor-aluno. O conhecimento, as habilidades e as atitudes do
professor em relação ao aluno, alvo de sua motivação, tornam eficaz o processo educativo.
Assim, é de extrema importância orientar e assistir a este professor na promoção de um
ambiente escolar saudável e eficaz. Como “a chave do êxito na educação reside nas pessoas”
(Kaufman, 1978: 11) e seus relacionamentos, temos aqui a importância da ação da orientação
educacional.
Ora, neste particular existe uma ótica diferenciada, posto que na psicoterapia
pressupõe-se a existência de um núcleo de doença que, geralmente, é manifestado no indívíduo.
Assim, as mudanças a serem efetuadas devem se dar no indivíduo e não no ambiente. Esta
ótica se amplia para a escola através da postura assumida pelo orientador Educacional, já que,
geralmente, o aconselhamento é utilizado nos casos de indisciplina na escola (Lück, 1979).
Segundo Aquino (1998), não há nada de novo sob o sol. O novo é uma releitura do
velho. Só que para se poder fazer uma releitura, é necessário que se tenha aprendido a ler – e
este é o trabalho fundamental da escola.
Para que este trabalho seja feito é necessário que cada um tenha a clareza ética do
seu papel, bem como da importância do seu trabalho. Assim, o professor que encaminha quase
toda a sua turma para a Orientação Educacional de modo a avaliá-los comportamentalmente,
certamente, necessita de um aconselhamento ético.
Desta feita, em face de múltiplas leituras do mundo que somos estimulados a fazer,
devemos arriscar um novo olhar, para entender a importância da Orientação Educacional no
processo educativo. Um homem só se completa através do processo educativo. Para darmos
conta do montante de informações a que temos acesso, é necessário ter pessoas com
desempenho de qualidade, com conhecimento técnico atualizado, e que assumam uma postura
ética, o que em outras palavras, significa estar pronto a interagir com o(s) outro(s),
reconhecendo suas identidades, respeitando as diferenças, que não são melhores e nem piores,
em questões de subjetividade e autoridade.
Assim, hoje, a formação do orientador educacional deve visar a inserção dos
educandos na escola, o reconhecimento como parte para o desenvolvimento do trabalho
educacional. É mais do que ter o domínio de métodos e técnicas que redundam em assistir e
orientar , posto que esta visão assistencialista levou o orientador educacional a se alienar do
processo educativo como um todo, contribuindo também para a não conscientização do seu
papel. Este, por afastar-se do processo educativo, numa concepção holista, acabou sofrendo a
conseqüência da unidimensionalidade de sua ação. É preciso estar alerta para o perigo do
excesso de assistência e de orientação. Assistir e orientar verdadeiramente, implica deixar
sempre muito claro ao educando de sua liberdade, para que ele mesmo possa refletir sobre as
suas ações e buscar resolver suas dificuldades, juntamente, com a comunidade escolar.