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INTRODUÇÃO
2) Cristocêntrica
3) Trinitária
Nossa espiritualidade tem a ver com o Espírito de Deus revelado por Jesus
Cristo e que nos foi dado como defensor, animador e luz; enfim, nosso paráclito.
Rememorando os passos de Jesus Cristo vemos que eles brotavam do coração de
Deus. Jesus era sempre impelido em direção aos pobres, doentes, crianças,
mulheres, estrangeiros, excluídos em geral.
4) Bíblica
5) Missionária
Cristo dizia que veio para cumprir a palavra do Pai. “Uma vez seduzido por
Cristo, o catequista torna-se missionário. Ser missionário é ser
evangelizador.” (Pe. Humberto Robson de Carvalho, em “Espiritualidade do
Catequista”, Ed. Paulus)
Esse mesmo conceito aplica-se aos Ministros da Eucaristia, e não somente aos
catequistas. A propósito disso a Conferência de Aparecida pede que deixemos
de ser uma pastoral de conservação e nos transformemos em uma pastoral
verdadeiramente missionária.
6) Orante
Tem haver com oração pessoal e vida eucarística. “Lembrem-se, porém, que a
oração deve acompanhar a leitura da Sagrada Escritura para que haja
colóquio entre Deus e o homem, pois com Ele falamos quando rezamos e a Ele
ouvimos quando lemos os divinos oráculos.” (DV 25)
(*) Baseada no livro “A Espiritualidade do Ministro da Eucaristia”, de Mitch Finley, Ed. Loyola)
Supõe uma mudança de vida a exigir de nós opções bem concretas, escolhas e
renúncias. O Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão deve cultivar a capacidade
de ver além das aparências, de ultrapassar a superficialidade do relacionamento e de
aprofundar o amor ao próximo.
Extraordinariedade
Levar Cristo vivo aos necessitados, doentes ou moribundos, nos torna notáveis
já que temos o propósito de alimentar os que clamam pelo alimento que só o Senhor
ressuscitado dá. Este propósito deve alimentar a espiritualidade do Ministro
Extraordinário da Sagrada Comunhão.
Extensa literatura católica, séria, tem mostrado dados que nos assustam e nos
deixam inquietos em relação à Eucaristia. Certamente isso foi um fator determinante na
opção da nossa Cúria Regional ter definido um curso específico para os Ministros
Extraordinários da Sagrada Comunhão. É necessário difundir a correta interpretação dos
textos bíblicos e, no nosso caso, mais especificamente os que se referem à Eucaristia.
São Paulo talvez seja quem melhor escreveu sobre as virtudes teologais em sua
primeira carta aos Coríntios (13, 1-13) quando fala de Fé, Esperança e Caridade. Na
verdade, as únicas realidades que merecem ser levadas em conta. Quando a comunidade
se reúne para celebrar a Eucaristia se reúne para celebrar a fé, esperança e caridade
como modo de vida. Essa reunião não é para cultuar uns aos outros, mas para cultuar
Deus.
1) Fé
Nossa fé é expressa pela intimidade amorosa que temos com Deus e com Cristo
ressuscitado, aqui e agora. E o Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão deve
ter isso em conta, sempre. Na Eucaristia Cristo se dá a nós como alimento e é aí que se
dá o encontro do sagrado com o comum, a união suprema do sagrado com o comum, da
divindade com a humanidade.
Uma coisa que o Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão não pode ter é
medo de perguntas embaraçosas sobre a Eucaristia, afinal, estamos lidando com um
mistério, talvez o maior de todos. O que deve fazer diante dessas perguntas, das dúvidas
que existem, é buscar as respostas, através de aconselhamento com a comunidade
religiosa, com leitura especializada, com a participação em eventos, cursos e
seminários. Tudo isso, certamente, aprofundará o entendimento do mistério e dará
sustentação a sua fé.
Partamos da partilha dos pães e dos peixes. Como Jesus repartiu os pães e os
peixes para que uma multidão de cinco pessoas se alimentasse? Como, não sabemos;
mas sabemos que Ele o fez.
2) Esperança
“Que o Deus da esperança vos cumule de alegria e de paz na fé, a fim de que
transbordeis de esperança pelo poder do Espírito Santo.” (Rm 15, 13)
A respeito da esperança santa Tereza D‟Ávila dizia que devemos “ouvir não só
com os ouvidos, mas com o coração”. Os Ministros da Eucaristia partilham com os
outros o Corpo e o Sangue de Cristo ressuscitado. Dessa forma, partilham a esperança,
para esta vida e para a outra. Não só partilham como alimentam a esperança.
Dante, ao descrever o inferno em sua obra Divina Comédia, diz que o diabo
colocou uma placa no alto da porta de entrada: “Deixai de fora a esperança, ó vós que
entrais!” Curiosa descrição do inferno, como sendo a ausência de toda esperança. Dá
para imaginar isso?
3) Caridade / Amor
São Paulo é intrigante ao afirmar que das três virtudes, ainda que todas
importantes, o amor é a maior: “Atualmente permanecem as três coisas: a fé, a
esperança e o amor. Mas a maior é o amor.”
Por fim, ninguém ama o próximo se não amar a si mesmo. A questão é apreciar
e amar a sai mesmo como dádiva de Deus, simplesmente porque Deus nos ama. Diz um
provérbio hassídico: “Uma hoste de anjos vai adiante de cada ser humano, bradando:
„Abram caminho! Abram caminho para a imagem de Deus‟”.
“Para amar alguma coisa é preciso perceber que podemos perdê-la!” Este
pensamento de G. K. Chesterton deve ser a tônica da presença do Ministro
Extraordinário da Sagrada Comunhão na comunidade. Sua presença está relacionada à
sua postura, o seu modo de vida, os seus gestos, as suas palavras. O Ministro
Extraordinário da Sagrada Comunhão deve marcar sua presença na comunidade através
de atitudes comedidas e testemunho de vida cristã. Sua presença deve eliminar os
excessos.
Finalizando
Bibliografia:
Psicologia e Espiritualidade, de Mauro Martins Amatuzzi (org), Ed. Paulus
A Eucaristia, Dom de Deus para a Vida do Mundo – Documento Teológico de Base
para o Congresso Eucarístico Internacional de Quebec – Canadá – 2008 – Ed. Paulus
Como Saborear a Celebração Eucarística? de J. B. Libanio, Ed. Paulus
A Espiritualidade do Ministro da Eucaristia, de Mitch Finley, Ed. Loyola
Espiritualidade do Catequista, de Pe. Humberto Robson de Carvalho, Ed. Salesiana
Documento de Aparecida, Ed. Paulus