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NTS 185
Procedimento
São Paulo
Outubro - 2002
NTS 185 : 2002 Norma Técnica SABESP
SUMÁRIO
1 OBJETIVO ................................................................................................................. 1
2 GENERALIDADES.................................................................................................... 1
3 NORMAS E DOCUMENTOS COMPLEMENTARES............................................... 1
4 DEFINIÇÕES............................................................................................................. 2
4.1 Jateamento abrasivo ............................................................................................... 2
4.2 Hidrojateamento a alta pressão (HP WJ).............................................................. 2
4.3 Hidrojateamento a ultra-alta pressão (UHP WJ) .................................................. 2
4.4 Alta e baixa pressão de limpeza............................................................................. 2
4.5 Flash rusting............................................................................................................. 3
5 GRAUS DE INTEMPERISMO E PREPARO DE SUPERFÍCIE DO AÇO ............... 3
5.1 Graus de intemperismo de superfícies de aço sem pintura conforme NTS 085
“Preparo de superfícies metálicas para pintura” ............................................................ 3
5.2 Graus de intemperismo de superfícies pintadas................................................. 3
5.3 Graus de preparo da superfície do aço com jato abrasivo ................................ 3
5.4 Graus de preparo da superfície do aço por jateamento abrasivo úmido......... 4
5.5 Graus de preparo da superfície do aço por hidrojateamento............................ 4
5.6 Outras observações importantes quanto ao hidrojateamento.......................... 5
6 CONDIÇÕES GERAIS .............................................................................................. 6
7 INSPEÇÃO ................................................................................................................ 8
7.1 Antes do jateamento ............................................................................................... 8
7.2 Após o jateamento................................................................................................... 9
8 ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO ...................................................................................... 9
8.1 Antes do jateamento ............................................................................................... 9
8.2 Após o jateamento................................................................................................. 10
9 SEGURANÇA.......................................................................................................... 10
9.1 Equipamentos de segurança................................................................................ 10
9.2 Compressores de ar .............................................................................................. 11
9.3 Condições específicas .......................................................................................... 11
Anexo A Determinação do teor de cloreto no abrasivo ........................................... 12
Anexo B Alturas de perfil de rugosidade obtidas em função do abrasivo ............ 13
Anexo C Padrões visuais de hidrojateamento........................................................... 14
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Norma Técnica SABESP NTS 185 : 2002
2 GENERALIDADES
Esta norma descreve os seguintes procedimentos:
- limpeza com granalha;
- limpeza com jato de areia úmida;
- limpeza com jato de água a alta pressão (hidrojateamento).
Nesta norma são discutidos apenas métodos de preparo de superfície por jateamento de
abrasivos, umedecidos ou não, ou de água a alta pressão (hidrojateamento). Os
métodos de preparo por meio de ferramentas (manuais ou mecânicas) não foram
apresentados pois não possibilitam a obtenção de um grau de limpeza comparável aos
apresentados nesta norma.
Toda especificação de um esquema de pintura deve conter a seqüência de tratamento de
superfície a ser adotada.
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NTS 185 : 2002 Norma Técnica SABESP
NACE-TM-01-70 “Visual standard for surfaces of new steel air blast cleaned
with sand abrasive”
NBR NM 3310-1:1997 Peneiras de ensaio - Requisitos técnicos e verificação -
Parte 1: Peneiras de ensaio com tela de tecido metálico
NTS 085:2000 Preparo de superfícies metálicas para pintura –
Procedimento
SAE RP J-444a “Cast shot and grit size especifications for peening and
cleaning”
SIS 05 5900:1998 “Pictorial surfaces preparation standards for painting
steel surfaces”
SSPC-SP 5 “White metal blast cleaning”
SSPC-SP 6 “Commercial blast cleaning”
SSPC-SP 7 “Brush-off blast cleaning”
SSPC-SP 10 “Near-white blast cleaning”
SSPC-SP 12 “Surface preparation and cleaning of steel and other hard
materials by high-and-ultrahigh pressure water jetting prior to
recoating”
SSPC-VIS 4:1998 “Guide and reference photographs for steel surfaces
prepared by waterjetting”
STG 2222 “Definition of preparation grades for high pressure water
jetting:
- without addition of solid abrasive;
- of corroded and coated steel surfaces;
- at different initial conditions”
4 DEFINIÇÕES
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Norma Técnica SABESP NTS 185 : 2002
- limpeza com água a alta pressão (HP WC) é o método de limpeza de superfície
utilizando pressões entre 34 e 70 MPa (5.000 a 10.000 psi).
4.5 Flash rusting
Ligeira oxidação do aço, que ocorre à medida que a superfície hidrojateada seca,
mudando rapidamente a aparência inicial da superfície hidrojateada.
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NTS 185 : 2002 Norma Técnica SABESP
Sa2½: limpeza por jateamento abrasivo ao metal quase branco. A superfície deve
apresentar então aspecto correspondente aos padrões visuais com designação Sa2½.
Os graus de preparo são: ASa2½, BSa2½, CSa2½ e DSa2½.
Sa3: limpeza por jateamento abrasivo ao metal branco. A superfície deve apresentar
então coloração metálica uniforme, correspondente em aparência aos padrões visuais
com designação Sa3. Os graus de preparo são: ASa3, BSa3, CSa3 e DSa3.
5.4 Graus de preparo da superfície do aço por jateamento abrasivo úmido
No caso do jateamento úmido, sem inibidor de corrosão, aplicam-se os graus de preparo
Sa1, Sa2 e Sa2½, admitindo-se uma oxidação superficial muito leve e aderida (flash
rusting). Neste caso, a superfície deve ter uma coloração ligeiramente mais amarelada do
que o padrão para jateamento seco.
5.5 Graus de preparo da superfície do aço por hidrojateamento
Esta norma descreve o procedimento para a determinação do grau de limpeza de
superfície por hidrojateamento, de acordo com a norma SSPC-Vis 4. Também é descrito
o procedimento para determinação do grau de flash rusting.
O responsável pela especificação de limpeza deve designar o padrão de limpeza da
superfície a ser atingido segundo o grau de limpeza WJ-3 (hidrojateamento minucioso) ou
WJ-2 (hidrojateamento muito minucioso).
O responsável pela especificação de limpeza deve designar, também, o grau de flash
rusting admissível, como:
- nenhum (condição original);
- leve (L);
- moderado (M);
- acentuado (H).
São apresentados os padrões visuais para superfícies com os graus de intemperismo C
ou D, imediatamente após a limpeza por hidrojateamento. A superfície do aço pode variar
em textura, cor, tom, etc, o que deve ser levado em conta ao comparar a superfície
hidrojateada com o padrão visual especificado.
5.5.1 Graus de limpeza de superfície por hidrojateamento (padrões visuais):
1) Vis WJ-2 (hidrojateamento muito minucioso): a superfície assim preparada, quando
observada a olho desarmado, deve apresentar um aspecto fosco e livre de todo óleo
visível, graxa, tinta ou ferrugem, com exceção de manchas de ferrugem, tinta ou outro
material estranho disperso aleatoriamente. Este manchamento é limitado a, no máximo,
5% da superfície.
Nota 1: as referências fotográficas para a Vis WJ-2 são comparáveis, em grau de
enferrujamento, ao admissível aos graus CSa2½ e DSa2½ da ISO 8501-1 e C-SP 10 e
D-SP 10 da SSPC-Vis 1-89.
2) Vis WJ-3 (hidrojateamento minucioso): a superfície assim preparada, quando
observada a olho desarmado, deve apresentar um aspecto fosco e livre de todo óleo
visível, graxa, tinta ou ferrugem, com exceção de manchas ou pequenos resíduos de
ferrugem, tinta ou outro material estranho disperso aleatoriamente. Estas manchas e
resíduos são limitados a, no máximo, 33% da superfície.
Nota 2: os padrões visuais presentes nesta norma, referentes ao padrão Vis WJ-3,
apresentam uma superfície que apresenta menos que os 33% de manchamento
admissível. As referências fotográficas para a Vis WJ-3 são comparáveis, em grau de
enferrujamento, ao admissível aos graus CSa2 e DSa2 da ISO 8501-1 e C-SP 10 e D-SP
10 da SSPC-Vis 1-89.
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servir de base para comparação com as superfícies a serem preparadas. Métodos para
garantir que o restante do trabalho atinja o padrão inicialmente especificado irão variar de
projeto para projeto.
5.6.4 Temperatura do substrato (aço) durante o hidrojateamento: a temperatura da
superfície metálica pode subir durante o processo de hidrojateamento. Este aumento de
temperatura pode ser considerável, chegando a contribuir para que a superfície seque
mais rapidamente reduzindo, conseqüentemente, o grau de flash rusting. Secar a
superfície com auxílio de secadores também é uma possibilidade, no sentido de reduzir o
grau de flash rusting.
5.6.5 Remoção do flash rusting: quando o flash rusting é muito acentuado,
prejudicando a aplicação do revestimento, é possível reduzi-lo ou removê-lo por
escovamento manual, lavagem com água pressurizada (7 MPa) ou outro método
adequado. A limpeza com água pressurizada causa a ocorrência de flash rusting
novamente, porém, torna possível passar uma superfície com um grau de oxidação
acentuado (Heavy flash rust) para um grau de oxidação leve (Light flash rust). A limpeza
do flash rusting com ferramentas manuais é aceitável para pequenas áreas. Para
grandes áreas, é recomendável a realização de uma limpeza com ferramentas
mecânicas. Estes dois procedimentos estão apresentados nos itens 9 e 10 da NTS 085
“Preparo de superfícies metálicas para pintura”.
5.6.6 Inspeção de áreas de difícil acesso: atenção especial deve ser dada a áreas de
difícil acesso, pois a água pode não ricochetear nestes locais da mesma maneira que os
abrasivos. Assim, bicos com ângulos especialmente projetados para este fim devem ser
utilizados. Tais áreas devem ser inspecionadas cuidadosamente.
5.6.7 Inibidores de corrosão: pode se prevenir da ocorrência de flash rusting pelo uso
de inibidores de corrosão solúveis na água. Estes inibidores podem deixar uma camada
cristalina na superfície metálica, o que ocasionará problemas de adesão e empolamento
na pintura a ser aplicada. Se a água com inibidor for utilizada no hidrojateamento, a
superfície deve ser lavada imediatamente com água limpa.
5.6.8 Remoção de contaminantes solúveis: os padrões visuais contidos nesta norma
não fazem referência ou definem níveis de contaminação da superfície metálica com
contaminantes solúveis (sais), que porventura permaneçam na superfície após a limpeza
por hidrojateamento, ou a graus de flash rusting em função da presença destes
contaminantes. No entanto, a capacidade de remover os contaminantes solúveis,
especialmente em superfícies corroídas e com pites, é uma das maiores vantagens do
processo de hidrojateamento.
6 CONDIÇÕES GERAIS
O jateamento com areia seca fica abolido apenas nos estados ou municípios da
Federação que possuam leis que proíbam este processo. Sempre que possível, evitar o
uso de inibidor de corrosão.
Os procedimentos de execução do jateamento abrasivo e do hidrojateamento devem
conter, ao menos, as seguintes informações:
- grau de preparo da superfície do aço;
- indicação dos produtos químicos e materiais utilizados na execução da limpeza prévia,
segundo a NTS 085 – “Preparo de superfícies metálicas para pintura – Procedimento”;
- tipo de equipamento a ser utilizado no jateamento, incluindo citação dos filtros
separadores e bicos;
tipo e granulometria do material abrasivo, em função dos perfis de rugosidade a serem
obtidos;
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Norma Técnica SABESP NTS 185 : 2002
- qualidade da água a ser utilizada. Se for utilizado algum tipo de inibidor de corrosão,
especificar o tipo e concentração adequados, com uma descrição sucinta do mecanismo
de proteção anticorrosiva proporcionado pelo mesmo;
- procedência do material abrasivo utilizado no jateamento;
- verificação da salinidade (ver procedimento no Anexo A), no caso de utilização de
areia;
- procedimentos de limpeza final após o jateamento, antes de ser aplicado o esquema
de pintura recomendado;
- descrição dos equipamentos de segurança a serem utilizados nos processos, bem
como os equipamentos de proteção individual dos operadores de jateamento.
7 INSPEÇÃO
7.1 Antes do jateamento
7.1.1 Inspeção visual
- executar uma inspeção visual, de maneira a verificar a existência de óleos, graxas ou
outros tipos de oleosidade, sais, tinta ou argamassa em toda a superfície a ser
jateada;
- verificar o estado inicial de oxidação da chapa (A, B, C ou D), de acordo com a NTS
085 “Preparo de superfícies metálicas para pintura”.
7.1.2 Abrasivos
Em relação à areia a ser utilizada:
- granulometria: a areia deve passar pela peneira de número 12 e ficar retida na peneira
de número 40, segundo a NBR NM-ISO 3310-1;
- fornecedores de areia normalmente utilizam peneiras “Tyler” e tem a seguinte
correspondência: ABNT 12 = “Tyler” 10, ABNT 40 = “Tyler” 35;
- para o fornecedor de areia, a especificação é 10/35, que significa que a areia passa
pela peneira 10 e fica retida na peneira 35;
- deve-se verificar o teor de cloretos (salinidade) para cada lote de areia posto no
canteiro, de acordo com o Anexo A desta norma;
- deve-se verificar, visualmente, se a areia está contaminada com argila, mica, sal, pó e
outras sujidades.
Em relação à granalha de aço utilizada:
- a granulometria da granalha de aço pode ser obtida com a mistura de granalhas
esféricas e angulares (“mix”) e deve atender ao perfil de rugosidade exigido pelo
esquema de pintura;
- verificar se a granalha está oxidada;
- verificar a presença de contaminantes no abrasivo.
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8 ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO
8.1 Antes do jateamento
8.1.1 Inspeção visual
A superfície, quando examinada segundo o item 7.1.1, deve estar isenta de vestígios dos
materiais citados.
8.1.2 Abrasivos
Em relação ao item 7.1.2, a areia a ser utilizada:
- deve apresentar pelo menos 80% em peso retida na peneira de número 40;
- percentual menor leva à rejeição do lote testado;
- teor máximo de cloreto admissível na areia é de 40 ppm;
- a areia deve estar isenta de argila, mica, sal, pó e outras sujidades.
Em relação à granalha de aço utilizada:
- a granalha de aço, quando examinada, deve apresentar um percentual menor que
80% retido na peneira de número 40, deve ser adicionada granalha nova para
melhorar a mistura do abrasivo durante a reciclagem;
- constatada a ocorrência de oxidação na granalha, deve-se fazer o seguinte teste:
1. jatear uma área de 1 m 2 com abrasivo oxidado;
2. passar uma vassoura de pêlo, aspirador de pó ou ar comprimido para remoção da
poeira;
3. aplicar uma fita adesiva, similar à utilizada em testes de aderência, sobre a
superfície jateada;
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9.2 Compressores de ar
Os compressores que fornecem o ar comprimido às máquinas de jateamento devem
estar a uma distância mínima de 10 metros da mesmas, além de atenderem a norma
regulamentadora NR 13 (Portaria do Ministério do Trabalho no 3.214) quanto à inspeção e
teste hidrostático.
9.3 Condições específicas
9.3.1 Jateamento úmido
- sempre que for necessária a utilização de inibidor de corrosão, cuidados adicionais
devem ser tomados para não exceder a concentração recomendada pelo fornecedor,
assim como para diminuir a exposição dos trabalhadores a névoas do produto;
- inibidor de corrosão é uma ferramenta de auxílio para a obtenção da superfície
desejada, sendo utilizado para retardar o processo de oxidação superficial (flash
rusting);
- todo resíduo do inibidor de corrosão deve ser removido mediante a lavagem da
superfície jateada com água doce;
- as mangueiras utilizadas no jateamento devem ser dimensionadas de maneira a
suportar pressões de até 1,5 vez a pressão de trabalho;
- os resíduos devem ser descartados segundo orientação do órgão ambiental local.
9.3.2 Jateamento com granalha
- deve ser realizado em local confinado, com sistema de exaustão e captação do
material particulado com filtragem e decantação do pó, que deve ser recolhido e
adequadamente descartado;
- os resíduos devem ser descartados segundo orientação do órgão ambiental local;
- quando realizado em ambiente aberto, todos os cuidados devem ser tomados para
que o material particulado proveniente do processo de retirada dos produtos de
corrosão, tintas ou outros materiais aderidos não sejam respirados por pessoas que
estejam trabalhando nas adjacências.
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Notas:
* refere-se a peneiras conforme especificação NBR NM-ISO 3310-1
** de acordo com a SAE RP J-444a.
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GRAU C
GRAU D
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Norma Técnica SABESP NTS 185 : 2002
Considerações finais:
1) Esta norma técnica, como qualquer outra, é um documento dinâmico, podendo ser
alterada ou ampliada sempre que for necessário. Sugestões e comentários devem ser
enviados à Divisão de Normas Técnicas – CDGN.
2) Tomaram parte na elaboração desta Norma:
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