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IV SBPA – Seminário Brasileiro de Pintura Anticorrosiva

“Padrões Visuais Fotográficos de Limpeza de Superfícies


Análise Crítica e Discussão Técnica”
Autores: Celso Gnecco & Segehal Matsumoto

Índice:
1. Introdução
2. Norma ISO 8501
2.1 ISO 8501-1 Graus de oxidação e de preparação de substratos de aço não revestidos e após
a remoção total dos revestimentos anteriores
2.1.1 Estado Inicial da Superfície
2.1.2 Preparação de superfície com ferramentas manuais e/ou mecânicas
2.1.3 Preparação de superfície com jateamento com abrasivo seco
2.2 Norma ISO 8501-4 – Condições Iniciais da superfície, graus de preparação e graus de ferrugem
instantânea (flash rust) em connecção com hidrojato de alta pressão.
2.2.1 Condições iniciais da superfície
2.2.2 Graus de limpeza com hidrojateamento
2.2.3 Graus de “Flash Rust”
3. NACE/SSPC – normas conjuntas
3.1 Preparação de superfície com ferramentas manuais e mecânicas
3.2 Preparação de superfície com jateamento com abrasivo seco
4. SSPC SP 11 - Limpeza com Ferramentas Elétricas ao Metal Nu (Power-Tool Cleaning to Bare Metal)
5. SSPC – VIS 3 – Guide and Reference Photographs For Steel Surfaces Prepared by Power and Hand Tool
Cleaning - Guia e Fotografias
6. Preparação de superfície com Hidrojateamento
6.1 SSPC-SP 12/NACE 5 e SSPC-VIS 4/NACE VIS 7
6.2 SSPC-VIS 4/NACE VIS 7 (Flash Rust)
6.3 ABNT NBR 7348:2017
6.4 NRSP SP – National Shipbuilding Research Program Surface Preparation and Coatings Panel
(NSRP SP-3) Guia para avaliação de Flash Rust
6.5 Relação de Normas SSPC X NACE
7. Consideração: Para que existem Normas de Preparação de Superfícies?
8. Conclusão
9. Agradecimento
10. Referências Bibliográficas
11. Referências Normativas

Seria muito difícil avaliar o estado em que se encontram as superfícies de aço a serem pintadas, qual o
método de limpeza mais apropriado para a sua preparação antes da pintura e se o grau de limpeza exigido
foi cumprido. Por isso foram criados os padrões, primeiramente textos escritos e bem detalhados, e depois
padrões fotográficos que auxiliam na interpretação e que retratam o estado inicial da superfície e como
ficam após o tratamento adotado. As normas mais importantes são as da ISO, as da SSPC e as da NACE.
A norma ISO 8501 da ISO – The International Organization for Standardization com sede em Genebra na
Suiça, é composta por quatro partes, sendo que a Parte 1 foi criada levando em conta a norma SIS -
Swedish Standards Institute da Suécia e a DIN – Deutsches Institute für Normung da Alemanha. As
normas SSPC e NACE foram criadas pelas duas instituições congêneres americanas e que também
produziram normas conjuntas aliando os conhecimentos e experiências das duas Associações. As normas
foram criadas com o intuito de auxiliar o trabalho no segmento de pintura industrial no que diz respeito a
padronização de pinturas e de revestimentos.
As normas citadas, a princípio são parecidas e podem até serem adotadas como equivalentes, mas há
pequenas diferenças que se não observadas podem causar algum inconveniente ou discussão.
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ABSTRACT
It would be very difficult to assess the state of the steel surfaces to be painted, what the most appropriate
cleaning method for your preparation before painting and if the degree of cleaning required has been
fulfilled. So standards were created, first written texts and very detailed, and after photographic standards to
assist in interpreting and depicting the initial state of the surface and how they look after the treatment
adopted. The most important are the standards of ISO, the SSPC and NACE. ISO 8501 of ISO-The
International Organization for Standardization based in Geneva, Switzerland, is composed of four parts, Part
1 was created taking into account the standard SIS-Swedish Standards Institute of Sweden and the DIN-
Deutsches Institute für Normung German's NHA. SSPC and NACE standards were created by both
institutions American counterpart and that also produced joint standards combining the strengths and
knowledge of both associations.
The standards were created in order to assist the work in industrial painting segment with respect to
standardization of paints and coatings. The standards cited, at first are similar and may even be adopted as
equivalent, but there are small differences, which if not considered can cause some inconvenience or
discussion.

1. INTRODUÇÃO
No Brasil, no segmento de pintura industrial e marítimo, utilizam-se normas da ABNT como a NBR 15239 e
NBR 7348 para preparação de superfície de aço, a primeira para limpeza manual e mecânica e a segunda
para jateamento abrasivo, mas ambas não possuem padrões fotográficos. A ABNT adota os padrões
fotográficos das normas americanas SSPC e NACE e as normas internacionais ISO, que estão cada vez
mais em uso, por causa da globalização e esta também oferece além do texto, os padrões fotográficos.

2. NORMA ISO 8501


A norma ISO 8501 por ser internacional, e respeitada, é a mais importante nos dias atuais e ela é composta
por 4 partes:

- Parte 1 – Graus de enferrujamento e graus de preparação de substrato de aço sem pintura e de


substrato de aço pintado após remoção total de toda pintura existente;
- Parte 2 – Graus de preparação de substrato de aço pintado após remoção localizada da pintura
existente;
- Parte 3 – Graus de preparação do aço em cordões de solda, cantos vivos e outras áreas com
imperfeições na superfície; e
- Parte 4 – Condições iniciais da superfície, graus de limpeza e graus de “flash rust” resultante do
processo de preparação de superfície por meio de hidrojateamento.

2.1 ISO 8501-1 Graus de oxidação e de preparação de substratos de aço não


revestidos e após a remoção total dos revestimentos anteriores.

2.1.1 Estado Inicial da Superfície


Em 1988 a Organização Internacional de Normalização – International Organization for Standardization
(ISO) publicou a norma ISO 8501-1, após combinar o conteúdo da norma sueca SIS 05 59 00 de 1967 com
o alemã DIN 55928.
Esta parte da norma tem como base, superfície de aço laminada a quente que apresenta, quando nova, a
carepa de laminação que é resultante de corrosão química do aço que ocorre durante a sua laminação a
temperatura acima de 1.000 ºC que é formada basicamente por Fe2O3 e identifica quatro graus de
enferrujamento ou de intemperismo que normalmente são encontradas em superfícies de aço sem pintura:
Grau A – Superfície de aço completamente coberta com carepa de laminação aderente, com pouca ou
nenhuma ferrugem;
Grau B – Superfície de aço com carepa e ferrugem, e a carepa em desagregação;
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Grau C – Superfície de aço da qual a carepa de laminação tenha sido eliminada pela ferrugem ou possa
ser removida com uma espátula e possa apresentar poucos pites visíveis a olho nu;
Grau D – Superfície de aço da qual a carepa de laminação tenha sido eliminada pela ferrugem e apresente
pites generalizados visíveis a olho nu.
Nas Figuras 1 a 3, podem ser observados os graus de enferrujamento progressivos de acordo com o tempo
de exposição ao intemperismo, partindo do Grau A (carepa intacta) até o Grau D (ferrugem + pites).

Grau A Grau B Grau C Grau D


Figura 1 – Graus de enferrujamento ou de intemperismo desde a carepa intacta até ferrugem com pites

Ilustração como uma vista de perfil dos graus de intemperismo A, B, C e D

Grau A Grau B Grau C Grau D


Figura 2 – Ilustração em perfil dos Graus de enferrujamento ou de intemperismo

Figura 3 – Ilustração da intemperização do aço do grau A até o grau D


Nesta parte da norma ISO 8501 são especificados diversos graus de preparação de superfície, indicando o
método utilizado e o grau de limpeza bem como os padrões fotográficos.

2.1.2 Preparação de superfície com ferramentas manuais e/ou mecânicas


A preparação de superfície por meio de ferramentas manuais e/ou mecânicas com utilização de espátula,
escova de aço manual ou mecânica rotativa, lixadeira rotativa, esmerilhadeira, etc. é designada com as
letras “St” de “Standard tool“ . Após este tratamento mecânico, a superfície deve estar isenta de poeira e
partículas soltas.
Os graus de preparação de superfície com ferramentas manuais e/ou mecânicas são:
Grau St 2 – Limpeza minuciosa com ferramentas manuais e/ou mecânicas que devem atender os padrões
fotográficos B St 2, C St 2 e D St 2
Grau St 3 – Limpeza muito minuciosa com ferramentas manuais e/ou mecânicas que devem atender os
padrões fotográficos B St 3, C St 3 e D St 3.
Os padrões fotográficos estão ilustrados nas Figuras 4 e 5 abaixo:

Não há padrão St 2 para


o grau de intemperismo
A
B St 2 C St 2 D St 2
Figura 4 – Graus de limpeza manual ou mecânica
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Não há padrão St 3 para


o grau de intemperismo
A
B St 3 C St 3 D St 3
Figura 5 – Graus de limpeza manual ou mecânica

2.1.3 Preparação de superfície com jateamento abrasivo seco


A norma ISO 8501-1 apresenta 4 graus de limpeza com jateamento abrasivo com seus respectivos padrões
fotográficos.
Grau Sa 1 – Jateamento abrasivo ligeiro que deve atender os padrões fotográficos B Sa 1, C Sa 1 e D Sa 1.
Grau Sa 2 – Jateamento abrasivo minucioso, conhecido também como jateamento abrasivo comercial,
nome adotado pela norma americana SSPC e que deve atender os padrões fotográficos com as
designações B Sa 2, C Sa 2 e D Sa 2.
Nota: Os graus de limpeza Sa 1 e Sa 2 não são indicados para o grau de enferrujamento A.
Grau Sa 2 ½ - Jateamento abrasivo muito minucioso, conhecido também como jateamento abrasivo ao
metal quase branco, nome adotado pela norma americana SSPC e que deve atender os padrões
fotográficos com designação A Sa 2 ½, B Sa 2 ½, C Sa 2 ½ e D Sa 2 ½.
Grau Sa 3 – Jateamento abrasivo ao metal visualmente limpo, conhecido também como jateamento
abrasivo ao metal branco, nome adotado pela norma americana SSPC e que deve atender os padrões
fotográficos com designação A Sa 3, B Sa 3, C Sa 3 e D Sa 3.
Nota: Branco ou White aqui não significa a cor mas imaculado, sem manchas, puro, limpo.
A preparação de superfície por jateamento com abrasivo seco tem a designação “Sa” (Standard abrasive) e
também após o processo de jateamento abrasivo, a superfície deve estar isenta de poeira e de partículas
soltas.
Os padrões fotográficos dos graus de limpeza com jateamento abrasivo estão ilustrados na Figura 6
abaixo:

Não há padrão Sa 1 para


o grau de intemperismo
A
B Sa 1 C Sa 1 D Sa 1

Não há padrão Sa 2 para


o grau de intemperismo
A
B Sa 2 C Sa 2 D Sa 2

A Sa 2 1/2 B Sa 2 1/2 C Sa 2 1/2 D Sa 2 1/2

A Sa 3 B Sa 3 C Sa 3 D Sa 3
Figura 6 – Graus de limpeza por jateamento abrasivo
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Como a aparência dos graus de limpeza é diferente


dependendo do tipo de abrasivos, a norma ISO 8501-1
incluiu uma foto de uma chapa com grau de
enferrujamento C e jateada com abrasivo ao grau Sa 3,
ilustrada na Figura 7 ao lado, que consta do Anexo A
(Figura A.1) da norma
A fotografia ilustra as diferenças na aparência de
superfície, incluindo cor, que são obtidas quando o
mesmo substrato é preparado por jateamento abrasivo
com diferentes materiais para o mesmo grau de
preparação. A fotografia ilustra a aparência de superfície
normalmente obtida usando cada abrasivo nas condições
descritas acima, mas deve-se notar que as variações
podem ser obtidas na prática

Figura 7 – Foto de uma chapa jateada ao grau Sa 3 com diversos tipos de abrasivos

2.2 ISO 8501-4 – Condições iniciais da superfície, graus de preparação e graus de


ferrugem instantânea (flash rust) em conecção com hidrojato de alta pressão.
Esta parte da norma ISO 8501 identifica:
- Cinco condições iniciais da superfície, três delas aplicáveis para pintura anticorrosiva degradada e duas
para “shop primers” expostos e danificados;
- Três graus de limpeza para cada condição inicial da superfície, após remoção parcial ou total da pintura
existente por meio de hidrojateamento e
- Três graus de “flash rust” após a limpeza da superfície por meio de hidrojateamento.
Esta parte da ISO 8501 destina-se a ser uma ferramenta para a avaliação visual das condições iniciais de
superfície, graus de preparação e graus de enferrujamento (flash rust) em conexão com hidrojateamento de
de alta pressão. Inclui 23 representativos exemplos fotográficos.

Condições iniciais da superfície


DC A Superfície onde a pintura tenha sido degradada em uma extensão similar à ilustração Ri 3 da ISO 4628-3
DC B Superfície onde a pintura tenha sido degradada em uma extensão similar a ilustração Ri 4 da ISO 4628-3
DC C Superfície pintada e que degradou em uma grande extensão, como ilustrado pela ISO 4628-3 grau Ri 5
DP I Superfície pintada com um shop primer de epóxi óxido de ferro que se degradou
DP Z Superfície pintada com um shop primer de silicato de zinco que se degradou
Estas ilustrações podem ser vistas na Figura 8 abaixo:
Graus de enferrujamento (degree of rusting) da norma ISO 4628-3:2003

DC A  Ri 3 DC B  Ri 4 DC C  Ri 5
Se a avaliação for feita com um sistema óptico de imagem, utilizar as imagens abaixo para calibrar

Fig.A.3  Ri 3 Fig. A.4  Ri 4 Fig. A.5  Ri 5


Figura 8 – Ilustração das imagens de graus de enferrujamento referidas na norma ISO 4628-3
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2.2.2 Graus de limpeza com hidrojateamento


Wa 1 – Limpeza leve com hidrojateamento
Wa 2 – Limpeza minuciosa com hidrojateamento
Wa 2 ½ - Limpeza muito minuciosa com hidrojateamento
As ilustrações dos graus de limpeza com hidrojateamento segundo a norma ISO 8501-4 são mostradas na
Figura 9 abaixo:

DC A DC A Wa 1 DC A Wa 2 DC A Wa 2 ½

DC B DC B Wa 1 DC B Wa 2 DC B Wa 2 ½

DC C DC C Wa 1 DC C Wa 2 DC C Wa 2 ½

DP I DP I Wa 1 DP I Wa 2 DP I Wa 2 ½

DP Z DP Z Wa 1 DP Z Wa 2 DP Z Wa 2 ½
Figura 9 – Imagens de graus de limpeza com hidrojateamento da norma ISO 8501-4

2.2.3 Graus de “Flash Rust”


L – Flash rust leve (Light)
M – Flash rust moderado (Medium)
H – Flash rust severo ou intenso (Heavy)
Estes graus de “Flash Rust” são mostrados na Figura 10 abaixo:

L – Flash rust leve M – Flash rust moderado H – Flash rust severo ou intenso
Figura 10 – Imagens dos graus de “Flash Rust” L, M e H da norma ISO 8501-4
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3. NACE/SSPC (Joint ) – Normas Conjuntas


Nos Estados Unidos, o padrão de preparação de superfície original, foi elaborado por um grupo de
profissionais da arquitetura na década de 1960 para trabalhos com aço em Pittsburgh. A SSPC (Sociedade
para Pintura de Estruturas de Aço Carbono) chamada em inglês de “Steel Structures Painting Council” hoje
mudou o nome para The Society for Protective Coatings, que traduzindo seria algo parecido com
“Associação de Pintura Anticorrosiva”, desenvolveu também seus padrões. As normas SSPC são
descrições de padrões sem ilustrações, somente texto, embora elas sejam acompanhadas por guias
visuais (VIS) com referências fotográficas.

3.1 Preparação de superfície com ferramentas manuais e mecânicas


Diferentemente da ISO 8501, a SSPC adota uma norma para cada grau de limpeza e para a preparação de
superfície com ferramentas manuais e mecânicas, são as seguintes normas:
SSPC-SP 2 – Limpeza com ferramentas manuais. Esta norma descreve a metodologia para preparação
de superfície utilizando ferramentas manuais.O padrão fotográfico é apresentado na norma SSPC-VIS 3.
SSPC-SP 3 – Limpeza com ferramentas mecânicas. Esta norma descreve a metodologia para preparação
de superfície utilizando ferramentas mecânicas. O padrão fotográfico é apresentado na norma SSPC-VIS 3.
Nota: Muitos confundem o grau de limpeza mecânica da ISO 8501-1 St 2 com a norma SSPC-SP 2. St-2 é
grau de limpeza e não tipo de ferramenta, o mesmo para St 3. Ao passo que SP 2 é norma utilizando
ferramentas manuais e SP 3, ferramentas mecânicas.
SSPC-SP 15 – Tratamento mecânico comercial é um grau de limpeza onde o jateamento abrasivo não
seja exeuquível ou permitido. Difere do grau SP 3 que não tem como objetivo expor a superfície ao aço nu
e nem produzir perfil de rugosidade. É um grau inferior ao SP 11 que não permite a presença de machas
residuais na superfície. É exigido um perfil de rugosidade mínimo de 25 µm.
SSPC-SP 11 – Tratamento mecânico ao metal nu é um grau que requer uma superfície rugosa, limpa até
o metal nu, sem contaminantes visíveis e onde o jateamento abrasivo não seja exequível ou permitido. É
exigido um perfil de rugosidade mínimo de 25 µm também.
Exemplos dos graus de limpeza com ferramentas manuais e mecânicas podem ser vistos na Figura 11:

Figura 11 – Ilustrações dos graus de limpeza com ferramentas manuais e mecânicas


http://www.rubberlining.org/wp-content/uploads/2014/05/Nace.jpg

Os padrões fotográficos dos graus de limpeza com ferramentas manuais e mecânicas se encontram na
norma SSPC-VIS 3.

3.2 Preparação de superfície com jateamento com abrasivo seco SSPC/NACE


As normas para preparação de superfície com jateamento abrasivo, são compartilhadas entre SSPC e
NACE. Antes de 1967, os graus de limpeza eram:

SSPC SIS 05 5900 67


SP 5 Sa 3
SP 6 Sa 2
SP 7 Sa 1
8

Tendo em vista que o jateamento ao metal branco SP 5 e Sa 3 era muito difícil na execução, necessitando
muitas vezes de repassar o jateamento uma ou até duas vezes, em 1967 foi criado o grau de limpeza SP
10 e Sa 2 ½ que ficou designado como jateamento ao metal quase branco pela SSPC.

SP 10 Sa 2 ½

A SSPC lançou um novo padrão de jateamento abrasivo, o SSPC-SP 14 – jateamento abrasivo industrial,
que segundo texto descritivo, é comparável ao grau Sa 2 da norma ISO 8501-1. Tanto o SP 14 quanto Sa 2
permitem na superfície a presença de material residual bem aderente após a limpeza. Entretanto, no
padrão fotográfico da ISO 8501-1 com designação C Sa 2 e D Sa 2 tem definições mais consistentes com o
descritivo da norma SSPC-SP 6. O padrão fotográfico B Sa 2 mostra áreas escuras que poderiam ser
interpretadas como carepa de laminação residual que se assemelha mais ao SP 14 do que ao SP 6.
E as normas com os graus de limpeza para a preparação de superfície mediante jateamento abrasivo
segundo SSPC e NACE são:
Grau SSPC-SP 5/NACE No. 1 – Jateamento abrasivo ao metal branco.
Grau SSPC-SP 10/NACE No. 2 – Jateamento abrasivo ao metal quase branco
Grau SSPC-SP 6/NACE No. 3 – Jateamento abrasivo comercial
Grau SSPC-SP 14/NACE No. 8 – Jateamento abrasivo industrial
Grau SSPC-SP 7/NACE 4 – Jateamento ligeiro (“Brush-Off”)
Os padrões fotográficos destes graus de limpeza se encontram em SSPC-VIS 1 – Dry Abrasive Blast
Cleaning. Uma comparação entre os padrões SSPC, NACE e ISO pode ser visto nas Figuras 12 e 13:

Figura 12 – comparação entre os padrões das normas SSPC, NACE e ISO


http://blastjournal.com/surface-preparation-standards-explained/

Figura 13 – comparação entre os padrões das normas SSPC, NACE e ISO


http://www.rubberlining.org/wp-content/uploads/2014/05/Nace.jpg
4. SSPC SP 11 - Limpeza com Ferramentas ao Metal Nu
Surface Preparation Standard Nº 11- Power-Tool Cleaning to Bare Metal
Conhecido também como Limpeza com Ferramentas Motorizadas
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O método SSPC SP 11 pode ter acionamento elétrico ou pneumático.


O Escopo desta norma contém os requisitos para a limpeza de superfície de aço com ferramenta
motorizada para produzir uma superfície de metal nu e limpo tendo um perfil de rugosidade mínimo de 25
micrometros (1,0 mil).
Este padrão é satisfatório quando se deseja uma superfície metálica limpa e rugosa, onde o jateamento
com abrasivo não é possível ou não é permitido. Ele difere do SSPC-SP 3 - Limpeza por ferramenta
mecânica,(Power-Tool Cleaning) por que o SP 3 requer só a remoção de materiais fracamente aderidos
e não a produção de um perfil de rugosidade. Este padrão também difere do SSPC-SP 15, um grau
tipo Comercial de limpeza, por que o SP 15 permite que manchas permaneçam na superfície.
A norma SSPC-SP 11 possue apenas texto para definir cada grau de estado inicial e de limpeza das
superfícies. Para a comparação com padrões visuais dos graus de estado inicial e de limpeza das
superfícies existe a norma SSPC VIS 3. Em outras palavras, o que vale é a parte escrita, mas as fotos
suplementam e fornecem uma ilustração possível do nível mínimo aceitável de limpeza definido pelo
correspondente padrão escrito.
Segundo o ítem 3.3.4 da norma PETROBRAS N-2913 B, no retoque do esquema existente deve ser
repetido o esquema original. Caso haja impossibilidade técnica de efetuar-se jateamento abrasivo,
devidamente justificada e aceita pela PETROBRAS, a preparação da superfície deve ser realizada, por
ferramentas mecânico-rotativas tipo “wire bristle impact” ou “rotary flap” conforme SSPC SP11.

5. SSPC – VIS 3 – Guia e Fotografias de Referência para Superfícies de Aço Preparadas


por Ferramentas Manuais e Mecânicas
Nesta norma, ou guia, são consideradas sete condições iniciais,
denominadas A, B, C, D, E, F e G, como pode ser observado na Figura 14.

Figura 14 – Fotografias da norma SSPC-VIS 3

Na norma SSPC-VIS 3, são mostrados padrões de limpeza das normas SSPC-SP 2, SSPC-SP 3,
SSPC-SP 11 e SSPC-SP 15. A norma tem 43 fotos e ocuparia muito espaço neste artigo, por isso
vamos exibir apenas as referentes ao método SSPC-SP 11, mostradas na Figura 15 abaixo:

Figura 15 – Fotografias da norma SSPC-VIS 3, referentes ao método SSPC-SP 11


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Condição inicial da superfície Condição Condição Condição Condição Condição Condição Condição
A B C D E F G

Descrição inicial da superfície 100% Carepa e 100% 100% Tinta clara Tinta rica Sistema de
carepa ferrugem ferrugem ferrugem aplicada em zinco pintura
aderente com pites sobre aço aplicada aplicada
jateado sobre aço sobre carepa
jateado (Nota 4)

Cordão de solda presente (Nota 1) sim Sim Sim Sim não sim Não

Grau de limpeza e Ferramenta A SP 2 B SP 2 C SP 2 D SP 2 E SP 2 F SP 2 G SP 2


Limpeza c/Ferramenta manual
(SSPC-SP 2/Escova de arame)

Limpeza c/ferramenta mecanizada A SP B SP C SP D SP E SP F SP G SP 3/PWB


(SSPC-SP 3/Escova motorizada) 3/PWB 3/PWB 3/PWB 3/PWB 3/PWB 3/PWB

Limpeza c/ferramenta mecanizada A SP 3/SD B SP 3/SD C SP 3/SD D SP 3/SD E SP 3/SD F SP 3/SD G SP 3/SD
(SSPC-SP 3/Disco de lixa)

Limpeza c/Ferramenta mecânica NOTA 2 B SP 15 C SP 15 D SP 15 E SP 15 F SP 15 G SP 15


Comercial
(SSPC-SP 15/Pistola de agulha ou
Rotary Flap Peen com perfil)

Limpeza c/Ferramentas ao metal nú A SP 11 B SP 11 C SP 11 D SP 11 E SP 11 F SP 11 G SP 11


(SSPC-SP 11/Pistola de agulha ou
Rotary Flap Peen com perfil)

Limpeza c/Ferramentas ao metal nú NOTA 3 NOTA 3 NOTA 3 NOTA 3 E SP 11/R F SP 11/R NOTA 3
(SSPC-SP 11/Disco não tecido-
Restauro/Perfil recuperado)

Nota 1: Nenhum tratamento especial foi realizado nas soldas antes da preparação de superfície.
Nota 2: nenhuma fotografia é apresentada. O esforço necessário para remover a carepa na Condição A de
um aço geralmente resulta em menos manchas do que 33% permitido por 15 SP, se aproximando da
fotografia apresentada para a condição A SP 11.
Nota 3: Nenhuma foto apresentada para a Condição Inicial apresenta perfil original a ser restaurado (re-
expostos)
Nota 4: O Substrato é consistido de barras de cordão de 57 mm de comprimento

6. Preparação de superfície com hidrojateamento


As normas para preparação de superfície com hidrojateamento são compartilhadas entre SSPC e NACE.
O tipo de hidrojateamento é classificado de acordo com as pressões utilizadas na água:
LP WC – Limpeza com água a baixa pressão, até 5.000 psi também conhecido como Pressure Washing;
P WC – Limpeza com água a alta pressão, entre 5.000 e 10.000 psi
HP WJ – Limpeza com hidrojateamento a alta pressão, utiliza pressão na água entre 10.000 e 30.000 psi, e
UHP WJ – Limpeza com hidrojateamento a ultra alta pressão, acima de 30.000 psi.

E o foco é a limpeza com hidrojateamento a ultra alta pressão que remove ferrugem e pintura existente,
porém não cria perfil de rugosidade nem é prático para remoção de carepa de laminação.
Os graus de limpeza utilizando água a ultra alta pressão:
SSPC-SP WJ-1/NACE WJ-1 – Limpeza ao substrato nu
SSPC-SP WJ-2/NACE WJ-2 – Limpeza muito minuciosa
SSPC-SP WJ-3/NACE WJ-3 – Limpeza minuciosa
SSPC-SP WJ-4/NACE WJ-4 – Limpeza leve
As normas Brasileiras ABNT NBR 15239 e 7348 não têm padrões visuais próprios e por isso adotam
normas internacionais consagradas e respeitadas como as ISO e SSPC/NACE.
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6.1 Hidrojateamento SSPC-SP 12 / NACE 5 e SSPC-VIS 4/NACE VIS 7


Na Figura 16 abaixo podem ser observadas as condições iniciais e os respetivos padrões de limpeza

Figura 16 – Fotografias da norma SSPC-VIS 4/NACE VIS 7


6.2 SSPC-VIS 4 / NACE VIS 7 (Flash Rust)
Na Figura 17 abaixo, podem ser observadas as condições iniciais e os respectivos graus de “Flash Rust”

Figura 17 – Fotografias da norma SSPC-VIS 4/NACE VIS 7 para “Flash Rust”


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6.3 ABNT NBR 7348:2017

A norma brasileira ABNT NBR 7348 na revisão de 2017diz no ítem 4.4.2.1: Os graus de flash rust
devem ser avaliados em conformidade com os padrões da NACE VIS 7/SSPC-VIS 4 e considerando-
se o descrito abaixo:
a) sem flash rust: superfície de aço que, quando vista a olho nu, não apresenta oxidação superficial; os
graus de limpeza são WJ-1, WJ-2, WJ-3 e WJ-4;

b) flash rust: leve (L): superfície de aço que, quando vista a olho nu, apresenta uma finíssima camada de
oxidação superficial na cor amarela ou marrom, sendo facilmente observada no substrato. A oxidação pode
apresentar-se distribuída de forma uniforme, ou através de manchas localizadas, de difícil remoção pela
limpeza por meio de panos. O aspecto final deve corresponder aos padrões com designação L; os graus de
limpeza são WJ-1 L, WJ-2 L, WJ-3 L e WJ-4 L;
c) flash rust: moderado (M): superfície de aço que, quando vista a olho nu, apresenta uma fina camada
de oxidação superficial na cor amarela ou marrom, que obscurece a superfície original do aço. A camada
de oxidação pode ser distribuída uniformemente ou através de manchas localizadas, causando ligeiras
marcas em um pano, quando este é esfregado levemente sobre a superfície. O aspecto final deve
corresponder aos padrões com designação M; os graus de limpeza são WJ-1 M, WJ-2 M, WJ-3 M e WJ-4 M;

d) flash rust: severo (H): superfície de aço que, quando vista a olho nu, apresenta uma fina camada de
oxidação severa na cor vermelha ou marrom, que esconde completamente a condição inicial da superfície.
A camada de oxidação pode ser distribuída uniformemente ou apresentar-se sob a forma de manchas, mas
a oxidação é de fácil remoção, deixando marcas significativas em um pano, quando este é esfregado
levemente sobre a superfície. O aspecto final deve corresponder aos padrões com designação H; os graus
de limpeza são WJ-1 H, WJ-2 H, WJ-3 H e WJ-4 H.

6.4 NRSP SP - National Shipbuilding Research Program Surface Preparation and


Coatings Panel (NSRP SP-3)
Na Figura 18 abaixo, pode ser observado o procedimento para avaliação do grau de ferrugem instantânea
“Flash Rust” segundo o Guia da NSRP com trincha de nylon e pano de algodão branco.

Foto 1 – Pano com tecido Foto 2 – Passar o pano em Foto 3 – Panos com “Flash
de algodão e trincha de 4ʺ toda a superfície com Rust” Leve, Moderado e
com cerdas de nylon apenas um movimento. Intenso usados para
usados no teste de comparar o grau de “Flash
esfregamento com pano e Rusting”, utilizando o
trincha. “método da trincha e pano”.
Figura 18 – Procedimento da NSRP SP-3 – Guia para Avaliação do “Flash Rust”

Recommended Guidelines for Evaluating Flash Rust


Este guia foi desenvolvido com base no trabalho do Programa Nacional de Pesquisa da Construção Naval
(NSRP- National Shipbuilding Research Program) Preparação de Superfície e Revestimentos de Painel,
SP-3. O NSRP realizou uma série de projetos na inspeção de flash rust e seu impacto no desempenho do
revestimento. Este é um guia não-obrigatório, destinado a ajudar o Inspetor e o Cliente para determinar o
nivel de “flash rust” em uma superfície. Ele destina-se a completar as normas SSPC-VIS 4/NACE VIS 7 e
SSPC-SP 12/NACE 5.
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TABELA 1 – CARACTERÍSTICAS DO “FLASH RUST” (NSRP SP-3)


LEVE MODERADO INTENSO
Cor Amarela-amarronzada Amarela-amarronzada Vermelha amarronzada
Dispersão Pequenas quantidades de uma Camada de ferrugem amarela- Camada intensa de ferrugem
camada de ferrugem amarela- amarronzada, distribuída vermelha-amarronzada,
amarronzada, distribuída uniformemente ou em distribuída uniformemente ou
uniformemente ou em manchas manchas em manchas
Adesão Firmemente aderida Razoavelmente bem aderida Fracamente aderida e de fácil
remoção
Facilidade de Não é facilmente removida Deixa marcas leves em um Deixa marcas significativas em
marcação pano um pano
Maneira de exercer Esfregando levemente com um Esfregando levemente a Esfregando levemente a
pressão pano superfície com um pano superfície com um pano
Opacidade da O substrato pode ser observado Obscurece a superfície Encobre completamente a
ferrugem através da ferrugem original do aço condição inicial da superfície

6.5 Relação de normas SSPC X NACE:

SSPC NACE TIPO DE PREPARAÇÃO

SP 1 --- Limpeza com solventes

SP 2 --- Limpeza manual

SP 3 --- Limpeza mecanizada

SP 4 --- Limpeza a fogo

SP 5 NACE 1 Jato ao metal branco

SP 6 NACE 3 Jato Comercial

SP 7 NACE 4 Jato Ligeiro (brush-off)

SP 8 --- Decapagem química

SP 9 --- Intemperismo e jato abrasivo

SP 10 NACE 2 Jato ao metal quase branco

SP 11 --- Limpeza com ferramentas mecânicas, a uma superfície metálica limpa, nua e
rugosa, onde o jateamento abrasivo não é possível Perfil >25 micrometros Difere
do SP 3 pois exige o perfil de rugosidade

SP 12 NACE 5 Limpeza com hidrojateamento de alta e ultra alta pressão. Usada juntamente c/
SSPC-VIS 4/NACE VIS 7

SP13 NACE 6 Preparação de Superfície de Concreto

SP 14 NACE 8 Especificação conjunta de preparação de superfície (aborda o uso de abrasivos


para alcançar um nível definido de limpeza de superfícies de aço antes da
aplicação de um sistema de pintura)

SP 15 --- Especificação de preparação de superfície comparável a um grau comercial de


limpeza mecanica (pouco menos rigoroso do que o SP 11) Perfil mínimo: 25 m
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Na Figura 19 abaixo, são mostradas as capas das normas SSPC com padrões fotográficos visuais de
Preparo de Superfícies:

Figura 19 – Ilustração com as capas das Normas para Avaliação de Preparo de Superfície da SSPC e NACE
SSPC-VIS 1 – Guide and Reference Photographs Steel Surfaces Prepared by Abrasive Blast Cleaning
SSPC-VIS 2 – STANDARD METHOD OF EVALUATING DEGREE OF RUSTING ON PAINTED STEEL SURFACES
SSPC-VIS 3 – Guide and Reference Photographs for Steel Surfaces Prepared by Power and Hand Tool Cleaning
SSPC-VIS 4 / NACE VIS 7 – Guide and Reference Photographs for Steel Surfaces Prepared by WATERJETTING
SSPC-VIS 5 / NACE VIS 9 – Guide and Reference Photographs for Steel Surfaces Prepared by WET ABRASIVE BLAST CLEANING

Normas conjuntas NACE/SSPC (somente texto):


NACE No. 1/SSPC-SP 5, White Metal Blast Cleaning
NACE No. 2/SSPC-SP 10, Near-White Metal Blast Cleaning
NACE No. 3/SSPC-SP 6, Commercial Blast Cleaning
NACE No. 4/SSPC-SP 7, Brush-Off Blast Cleaning
NACE No. 5/SSPC-SP 12 WJ
NACE No. 6/SSPC-SP 13, Surface Preparation of Concrete
NACE No. 8/SSPC-SP 14, Industrial Blast Cleaning

Normas conjuntas NACE/SSPC (com padrões fotográficos):


NACE No. 7/SSPC-VIS 4, Guide and Visual Reference Photographs for Steel Cleaned by Waterjetting
NACE No. 9/SSPC VIS 5, “Guide and Reference Photographs for Steel Surfaces Prepared By Wet Abrasive Blast
Cleaning”

7. Consideração: Para que existem Normas de Preparação de Superfícies?


As normas de preparação de superfície existem para maximizar a vida do revestimento e minimizar os
custos de manutenção.
Com os custos de preparação de superfície chegando até 40% do custo de um projeto de repintura,
proprietários das instalações buscam limitar material e horas de jateamento. Para obter Metal Branco é
caro, especialmente nos trabalhos de manutenção e normalmente são reservados para aplicações críticas
onde o custo da falha é catastrófico. Quase branco é bom o suficiente para o serviço em ambientes mais
severos. Comercial é menos caro e suficiente para ambientes de serviço e atmosferas não-corrosivas.
Brush Off é o mais barato e mais produtivo, é muito pouco utilizado em serviços onde um mínimo de
qualidade é exigida. Vai poupar dinheiro ao proprietário no curto prazo, mas se ele puder se livrar desse
tipo de tratamento, poderá evitar problemas futuros.
Ao escolher um sistema, o proprietário pesa os custos de jateamento e pintura contra o risco de uma falha
prematura do revestimento. O pior cenário possível é ele ter que pintar de novo em 5 anos em vez de 7.
Neste caso, ele pode economizar dinheiro reduzindo de Comercial para Brush-Off. Quando uma falha
prematura do revestimento pode resultar em derramamento de milhões de litros de produtos químicos
corrosivos, perigosos e caros, ele vai preferir o Metal Branco ou Quase Branco e um revestimento de alto
desempenho.
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ISO 8501 é um padrão visual com fotografias que ilustram o que cada especificação de jateamento aparece
em uma variedade de graus de oxidação e condições iniciais. Ele vem em um formato A5 capa dura que
pode ser comparado diretamente com a superfície.
SSPC/NACE também vendem Guias Visuais para comparação direta com superfícies, mas as descrições
escritas são o padrão (em outras palavras, vale mais o que está escrito). Julgar percentagens das manchas
é uma arte imprecisa que muitas vezes faz com que surjam discórdias.
Preparar um padrão de trabalho é uma prática recomendada para evitar disputas:
 estabeleça uma área de amostra (área padrão)
 prepare a superfície para especificação
 obtenha a concordância entre as partes interessadas, de que a amostra preparada satisfaz a
especificação
 aplicar um verniz apropriado (clear coating) para preservar a aparência.
Normas de preparação de superfície proporcionam uma base para um acordo do nível de serviço entre
engenheiros, empreiteiros, inspetores e donos do projeto. Sabendo que as normas são importantes para
qualquer jateamento abrasivo e é uma necessidade para os nossos jateadores certificados.
As especificações contêm métodos detalhados e práticas para a preparação de superfícies. Elas são
atualizadas com frequência, portanto, refira-se a elas pelo nome, data, número da edição e suplemento ao
discutir normas ou padrões de projeto.

9. Agradecimento
Agradecemos ao Sr. Felipe Fredo Naciuk da SW-Porto Alegre/RS por materiais importantes cedidos aos autores.

10. Referências Bibliográficas


1 – http://www.tecnofink.com/folders/maquinamonti_br.pdf
2 – http://www.rubberlining.org/wp-content/uploads/2014/05/Nace.jpg
3 – http://www.blast-one.com.au/resources/weekly-tips/class-of-blast-and-surface-profile
4 – http://www.blastjournal.com/surface-preparation-standards-explained/
5 – http://www.pt.scribd.com/doc/94354812/Hand-PowerTool
6 – http://www.indusmelec.pt/newsletter/11/ATEX-Atmosferas_Explosivas.pdf
7 – http://www.slideshare.net/ansar_lawi/surface-preparation-treatment

11. Referências Normativas


1 - ABNT NBR 7348 - Preparação de superfície de aço com jato abrasivo e hidrojateamento
2 - ABNT NBR 15239 - Tratamento de superfícies de aço com ferramentas manuais e mecânicas
3 - ISO 8501-1 – Preparation of steel substrates before application of paints and related products -- Visual assessment
of surface cleanliness -- Part 1: Rust grades and preparation grades of uncoated steel substrates and of steel
substrates after overall removal of previous coatings
4 - ISO 8504-2 – Preparation of steel substrates before application of paints and related products -- Surface
preparation methods -- Part 2: Abrasive blast-cleaning
5 – SSPC SP-1 – Solvent Cleaning
6 – SSPC SP-2 – Hand Tool Cleaning
7 – SSPC SP-3 – Power Tool Cleaning
8 – SSPC SP-5/NACE 1 – White Metal Blast Cleaning
9 – SSPC SP-6/NACE 3 – Commercial Blast Cleaning
10 – SSPC SP-7/NACE 4 – Brush-Off Blast Cleaning
11 – SSPC SP-10/NACE 2 – Near-White Metal Blast Cleaning
12 – SSPC SP-11 – Power-Tool Cleaning to Bare Metal
13 – SSPC SP-14/NACE 8 – Industrial Blast Cleaning
14 – SSPC SP-15 – Commercial Grade Power-Tool Cleaning
15 – PETROBRAS N-2913 B – Revestimentos Anticorr.para Tanque, Esfera e Cilindro de Armazenamento
16 – PETROBRAS N-2288 D - Tinta de Fundo Epóxi Pigmentada com Alumínio
17 – PETROBRAS N-9 G - Tratamento de Superfícies de Aço com Jato Abrasivo e Hidrojateamento
18 – PETROBRAS N-13 L - Requisitos Técnicos para Serviços de Pintura

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