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A tensão elétrica, 127 ou 220 volts que chega às tomadas das nossas

casas vem de uma distribuidora, a qual recebe diretamente de uma usina


geradora, que normalmente poder ser hidroelétrica ou nuclear. As usinas
hidrelétricas (fig. 20) utilizam o fluxo e a força da água, convertendo-os em
eletricidade através de uma mecânica elementar. Na verdade, as usinas
hidrelétricas são baseadas em um conceito simples: a água correndo por uma
barreira gira algumas turbinas, que movimentam grandes geradores, gerando
assim, a energia elétrica.

O processo básico de geração de eletricidade se dá através da rotação


de uma série de ímãs dentro de espirais metálicas. Este processo move os
elétrons, produzindo corrente elétrica. Cada gerador é constituído de alguns
componentes básicos: eixo, excitador, rotor e estator. Quando a turbina gira, o
excitador envia corrente elétrica para o rotor. O rotor é uma série de grandes
eletroímãs que rodam dentro de uma espiral de fios de cobre, chamada estator.
O campo magnético entre a espiral e os ímãs cria uma corrente elétrica com uma
alta tensão, a qual é distribuída pela rede elétrica até chegar em nossas casas,
passando por transformadores redutores, até atingir a tensão de 127 ou 220
volts.

Fig. 20 – Represa de uma usina hidroelétrica.

A usina nuclear é, na verdade, uma saída para se gerar energia sem ter
que ocupar muito espaço, como no caso das usinas hidroelétricas que
necessitam de represas gigantescas para que ocorra grande fluxo de água e,
consequentemente, que possa movimentar as turbinas dos geradores.
A finalidade principal das usinas nucleares (fig. 21) é fazer movimentar
grandes turbinas como nas hidroelétricas, que giram grandes geradores
produzindo, assim, eletricidade. A diferença está apenas no modo de fazer o
movimento das turbinas. Na verdade, as turbinas se movimentam pelo alto vapor
gerado por uma reação química, na maioria das vezes, do urânio 235. As
turbinas, que são impulsionadas pelo vapor, giram rapidamente devido à pressão
do gás que passa em alta velocidade. Utilizando um princípio parecido com a
utilizada por usinas hidroelétricas, as usinas nucleares transformam a energia
cinética do gás em energia mecânica, que gira as turbinas, que por sua vez
movimentará um gerador elétrico. Esse gerador irá criar energia elétrica que será
levada para torres de transmissão e distribuída na rede de energia, chegando
até nossas casas.

Fig. 21 – Usina nuclear.

Mas, qual a razão de se gerar altas tensões alternadas e não contínuas


nas usinas para serem distribuídas?

Aí é que entra a resistência elétrica dos condutores. Durante seu trajeto


no condutor, da usina até nossas casas, a energia sofre uma grande queda pelo
fenômeno da resistividade dos condutores. A corrente alternada pode ser
modificada, ampliada ou reduzida utilizando-se de transformadores, muito mais
facilmente que a corrente contínua, compensando, assim, as perdas.

Como o nome já diz, a corrente alternada trabalha num processo


alternado, variando sua polaridade. Como são necessários dois condutores
(positivo e negativo) para que se feche um circuito, hora um está negativo e o
outro positivo e vice e versa, oscilando a uma certa velocidade, numa frequência
de 60 ciclos por segundo (aqui no Brasil) a qual é medida em Hz (fig. 22), cujo
nome é em homenagem ao físico alemão Heinrich Rudolf Hertz.

Fig. 22 – Semiciclo e ciclo completo (1 CICLO = 1 Hz).

Ou seja, na frequência de 60 Hz, a eletricidade troca de posição 120


vezes por segundo. Como a tensão alternada é produzida girando uma bobina,
à medida que essa bobina corta as linhas de força entre os polos magnéticos de
um ímã ou de outra bobina energizada, produz-se uma tensão elétrica. Essa
tensão varia de zero até o valor de pico positivo, volta à zero até atingir o valor
de pico negativo, como mostra a onda senoidal da figura 23.

Fig. 23 – Onda senoidal de uma corrente alternada.

Assim é produzida a eletricidade nas usinas hidroelétricas. A geração


ocorre quando um condutor se movimenta num campo magnético, induzindo
uma tensão nesse condutor. Esta tensão depende da intensidade do campo
magnético, da velocidade e da direção em que se movimenta esse condutor. A
senóide é obtida pelo movimento de rotação desse condutor, que ora produz
campo magnético em um sentido, ora noutro.

A polaridade da tensão induzida depende da posição da espira em


relação aos polos do ímã. Na corrente alternada os elétrons mudam o sentido do
seu movimento. Em altas frequências, a corrente se limita à superfície do
condutor, com isso, a resistência aumenta. Eis as vantagens da corrente
alternada: ela pode ser transmitida a grandes distâncias mais economicamente
que a corrente contínua, sem grandes perdas e podendo ser transformadas para
mais ou para menos quando quisermos, conforme a necessidade. Para isso,
pode-se elevar ou diminuir a tensão por meio de transformadores.

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