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TEXTO 03: SIGNIFICADO DAS ARTES VISUAIS – AUTOR: ERWIN

PANOFSKY – ICONOGRAFIA E ARTES – ANA PAULA

Erwin Panofsky, importante teórico e historiador da arte de origem alemã, desenvolveu


seu trabalho no século XX, que se tornou um importante eixo da disciplina. A história
da arte como humanidades tenta elucidar o significado do termo "humanitas" ao longo
do tempo, tendo os humanistas uma base canônica que foi sendo apropriada ao longo do
tempo. Ele faz um breve histórico do conceito, no qual menciona Kant pela primeira
vez, e o humanismo ecoa Kant na postura de civilização de Kant e mantém os
momentos intelectuais e filosóficos que Kant produziu. A humanidade não o
abandonou, disse Panofsky ao construir seu texto. O humanismo clássico foi o período
medieval em que os humanos eram vistos como frágeis e imperfeitos, e o período
renascentista em que o "humanismo" se opôs à barbárie, adquirindo a dimensão
civilizacional que distingue os seres humanos. O humanismo rejeita a autoridade e
respeita a tradição.
Porque como disse Panofsky: "Nós somos os anões por trás dos gigantes". É uma
perspectiva mais ampla em que o conhecimento é estendido e perpetuado em cópias
manuscritas do original. Os livros eram copiados pelos copistas (tempos medievais). No
humanismo, a relação com a disseminação do conhecimento é outro mundo, que recolhe
e processa vestígios da produção humana para ir mais longe. A comparação entre as
ciências naturais e as humanidades é semelhante e não distante. Ambos têm um método
de observação, a forma como coletam e organizam os dados que estudam, e o método
que a história da arte deve adotar. Para Panofsky, a obra de arte é definida pela intenção
do artista, e esse “artista” não é uma realidade final, mas uma realidade coletiva. Essa é
a dimensão simbólica do coletivo, na qual Panofsky destaca um ponto em que concorre
com Reger e Wolfen. Esses autores chegaram a essa conclusão com base na análise de
uma única maneira.
No entanto, os autores ressaltam que nem todos os objetos são obras de arte. Existem
muitos objetos que são esteticamente agradáveis, mas ainda não são arte. Em algum
momento, esses objetos têm intenção, intenção. Este último está limitado ao domínio da
forma simbólica, ou seja, as características coletivas associadas à estrutura profunda que
sustenta a sociedade (a este respeito, ver arquitetura gótica e pensamento escolástico). O
artista é o agente que transfere essa dimensão coletiva para a obra. Historiadores da arte,
humanistas precisam recriar intuitivamente as condições sob as quais as obras são
produzidas. Com "arqueologia sensorial", é uma recriação possível. A tarefa do
historiador é descobrir as verdades simbólicas contidas na obra. Todo o foco de
Panofsky está no momento da criação, colocando valor estético no momento em que o
trabalho é feito.

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