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AFO E ORÇAMENTO

PÚBLICO
Orçamento Público

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamento Público
Manuel Piñon

Apresentação..................................................................................................................4
Orçamento Público. .........................................................................................................5
1. Orçamento Público.......................................................................................................5
1.1. Conceito.....................................................................................................................5
1.2. Dimensões do Orçamento Público.. ........................................................................... 7
2. Conhecendo mais sobre o Orçamento Público.............................................................9
2.1. Consolidando Definições...........................................................................................9
2.2. Orçamento Autorizativo X Impositivo..................................................................... 10
2.3. Teto de Gastos das Despesas Primárias – Novo Regime Fiscal da União. . ............... 18
2.4. Natureza Jurídica do Orçamento............................................................................23
2.5. Outros Aspectos Relevantes do Orçamento Público. . .............................................25
2.6. Orçamento de Guerra – Pandemia Covid-19............................................................29
3. Técnicas/Métodos/Espécies de Orçamento............................................................... 31
3.1. Orçamento Tradicional ou Clássico......................................................................... 31
3.2. Orçamento Desempenho ou de Realizações...........................................................33
3.3. Orçamento-Programa............................................................................................34
3.4. Orçamento Base Zero............................................................................................38
3.5. Orçamento Participativo........................................................................................ 41
3.6. Orçamento Incremental.........................................................................................42
3.7. Orçamento por Resultados ou Novo Orçamento Desempenho...............................43
3.8. PART......................................................................................................................44
4. Tipos de Orçamentos................................................................................................44
4.1. Orçamento Legislativo............................................................................................44

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Orçamento Público
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4.2. Orçamento Executivo.............................................................................................44


4.3. Orçamento Misto....................................................................................................44
5. Objetivos da Política Orçamentária e Funções do Orçamento Público.. ......................46
5.1. Função Alocativa..................................................................................................... 47
5.2. Função Distributiva............................................................................................... 48
5.3. Função Estabilizadora............................................................................................49
Resumo........................................................................................................................ 50
Mapa Mental..................................................................................................................54
Questões Comentadas em Aula.....................................................................................55
Questões de Concurso.................................................................................................. 58
Gabarito........................................................................................................................79
Gabarito Comentado. .................................................................................................... 80
Referências.................................................................................................................. 121

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Orçamento Público
Manuel Piñon

Apresentação

Olá, amigo(a) concurseiro(a)!


O nosso objetivo, hoje, nesta aula é, principalmente, avançar no conhecimento do orça-
mento público, aprofundando os conceitos das primeiras aulas.
Como disse Abraham Lincoln: “a melhor maneira de prever o futuro é criá-lo!”
Então vamos fazer a nossa parte e criar o nosso futuro! Espero que aproveite bem essa
aula que preparei com muito carinho para você. Se gostar, coloque na avaliação. Se não gos-
tar, comente os motivos.
Bom proveito!

Prof. Manuel Piñon

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Orçamento Público
Manuel Piñon

ORÇAMENTO PÚBLICO
1. Orçamento Público

1.1. Conceito

O Orçamento Público é um documento que prevê as quantias de moeda que, num período
determinado (normalmente um ano), devem entrar, e fixa as despesas, com especificação de
suas principais fontes de financiamento e das categorias de despesas mais relevantes. As-
sim, o Orçamento Público é a nossa conhecida LOA – Lei Orçamentária Anual.
Vamos conhecer o conceito doutrinário de orçamento público, segundo autores reno-
mados na matéria.
De acordo com os autores Abrúcio e Loureiro:

O orçamento é um instrumento fundamental de governo, seu principal documento de políticas pú-


blicas. Através dele os governantes selecionam prioridades, decidindo como gastar os recursos
extraídos da sociedade e como distribuí-los entre diferentes grupos sociais, conforme seu peso ou
força política. Portanto, nas decisões orçamentárias os problemas centrais de uma ordem demo-
crática como representação e accountability estão presentes. (...) A Constituição de 1988 trouxe
inegável avanço na estrutura institucional que organiza o processo orçamentário brasileiro. Ela não
só introduziu o processo de planejamento no ciclo orçamentário, medida tecnicamente importante,
mas, sobretudo, reforçou o Poder Legislativo.

Para o saudoso mestre Aliomar Baleeiro:

O orçamento público é o ato pelo qual o Poder Executivo prevê e o Poder Legislativo autoriza, por
certo período de tempo, a execução das despesas destinadas ao funcionamento dos serviços pú-
blicos e outros fins adotados pela política econômica ou geral do país, assim como a arrecadação
das receitas já criadas em lei.

Finalmente, para Giacomoni:

De acordo com o modelo de integração entre planejamento e orçamento, o orçamento anual cons-
titui-se em instrumento, de curto prazo, que operacionaliza os programas setoriais e regionais de
médio prazo, os quais, por sua vez, cumprem o marco fixado pelos planos nacionais em que estão
definidos os grandes objetivos e metas, os projetos estratégicos e as políticas básicas.

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Orçamento Público
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Questão 1 (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) O orçamento público, um instrumento fun-


damental de governo, constitui o principal documento de políticas públicas. A respeito desse
assunto, julgue o seguinte item.
Com base no orçamento público, os governantes selecionam as prioridades e decidem como
empregar os recursos extraídos da sociedade e como distribuí-los entre diferentes grupos
sociais, conforme o peso ou a força política desses grupos.

Certo.
Veja a definição dos doutrinadores Ciro Biderman e Paulo Arvate, na obra “Economia do Setor
Público no Brasil”:

O orçamento é um instrumento fundamental de governo, seu principal documento de políticas


públicas. Através dele, os governantes selecionam prioridades, decidindo como gastar os recur-
sos extraídos da sociedade e como distribuí-los entre diferentes grupos sociais, conforme seu
peso ou força política.

Então, em uma linguagem técnica, porém mais simples, o que é Orçamento na Admi-

nistração Pública?
Simplificadamente, podemos dizer que Orçamento é um processo contínuo, dinâmico e
flexível, que traduz em termos financeiros para determinado período (um ano), os planos e
programas de trabalho do governo.
Com termos um pouco mais técnicos, é o ato pelo qual o Poder Executivo prevê a arreca-
dação de receitas e fixa a realização de despesas para o período de um ano e o Poder Legis-
lativo lhe autoriza, através de LEI, a execução das despesas destinadas ao funcionamento da
máquina administrativa.

De modo mais direto, podemos dizer que o Orçamento do Estado é o ato contendo a apro-
vação prévia das Receitas e Despesas Públicas para um período determinado.

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Orçamento Público
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Questão 2 (CESPE/MPE-PI/TÉCNICO/2018) Julgue o item seguinte, relativo ao orçamento público.


O orçamento, importante instrumento de planejamento de qualquer entidade pública ou pri-
vada, representa o fluxo previsto de ingressos financeiros e a aplicação desses recursos em
determinado período de tempo.

Certo.
Aproveite e confira a literalidade do MCASP:

O orçamento é um importante instrumento de planejamento de qualquer entidade, seja pú-


blica ou privada, e representa o fluxo previsto de ingressos e de aplicações de recursos em
determinado período.

1.2. Dimensões do Orçamento Público

Na verdade, o orçamento público pode ser analisado sob diversos aspectos: político, eco-
nômico, social, administrativo, jurídico, etc., e, de acordo com a evolução da sociedade e com
a variação de suas necessidades, um ou outro aspecto surge como o mais importante do
orçamento naquele momento.
É importante saber que para parte da Doutrina, o Orçamento Público apresenta três im-
portantes dimensões, todas de interesse direto para a sociedade: dimensão jurídica, dimen-
são econômica e dimensão política.

Existe, ainda, outra parte da doutrina que elenca outros dois aspectos: administrativo e técnico.

De acordo com a atuação jurídica, o orçamento tem caráter e força de lei, e enquanto tal,

define limites a serem respeitados pelos governantes e agentes públicos, no tocante à reali-

zação de despesas e à arrecadação de receitas.


Seguindo a regra geral relativa à elaboração e à aprovação das leis em nosso país, também
o processo legislativo relativo ao Orçamento Público (PPA, LDO e LOA) passa obrigatoriamente pelas

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etapas de discussão nas comissões e no plenário, as votações nas comissões e em plenário,


inclusive acerca de eventuais emendas e destaques, até a sanção presidencial.
Já em relação à sua pegada administrativa, o orçamento é visto como importante peça
de planejamento, na medida em que o Estado busca saber o quanto disporá em termos de
recursos financeiros para aplicar em prol das necessidades coletivas.
Segundo o Doutrinador Giacomoni, o orçamento auxilia os responsáveis pelas finanças
públicas na consecução das diversas etapas do processo administrativo, tais como a progra-
mação, a execução e o controle.
Ainda existe a pegada sob o aspecto técnico. Nesse quadrante, foram estabelecidos inú-
meros mandamentos que visam disciplinar e dar uniformidade à estrutura da lei orçamentária
no País, por meio da apresentação de demonstrativos, estimativa da receita, demonstração
de resultados e contabilização da execução orçamentária, dentre outros.
Note outra maneira de visualizar as dimensões do Orçamento Público
Forma de observação (paradigma, visão):
• Jurídica: STF considera o orçamento uma lei formal;
• Econômica: plano de ação governamental, isto é, o poder de intervir na atividade eco-
nômica (emprego, renda);
• Financeira: fluxo de entrada e saída de recursos;
• Política: definição de prioridades, visando à inclusão e à realização de programas go-
vernamentais no plano de ação a ser executado;
• Técnica: formalidades técnicas e legais exigidas no processo orçamentário.

Em suma, podemos dizer que o orçamento, portanto, tem aspecto político, porque revela
ações sociais e regionais na destinação das verbas. Possui, também, características econô-
micas, porque manifesta a realidade da economia. É técnico, porque utiliza cálculos de receita
e de despesa e tem, ainda, aspectos jurídicos, porque atende às normas da Constituição Fe-
deral e de leis infraconstitucionais.

Questão 3 (CESPE/IPHAN/AUXILIAR/2018) Em relação ao orçamento público e seus pre-


ceitos, julgue o item.

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Orçamento é o plano contábil que expressa como as ações de governo serão executadas, por
meio da aplicação de recursos (despesas) e suas formas de financiamento (receitas).

Errado.
Na verdade, o orçamento não é apenas plano contábil, já que contempla uma multiplicidade
de aspectos: político, jurídico, contábil, econômico, financeiro e administrativo.

2. Conhecendo mais sobre o Orçamento Público

2.1. Consolidando Definições


Nosso objetivo agora é avançar no tema Orçamento Público, também chamado de “orçamen-
tos anuais”, mas que tecnicamente falando, de forma restritiva, é a LOA – Lei Orçamentária Anual.
Vamos agora pensar o orçamento como o ato pelo qual o Poder Executivo prevê a arreca-
dação de receitas e fixa a realização de despesas para o período de um ano, e o Poder Legis-
lativo lhe autoriza, através de LEI, a execução das despesas destinadas ao funcionamento da
máquina administrativa.
Outra forma de vermos o orçamento é como um processo mais amplo, englobando tam-
bém o PPA e a LDO.
Planejamento de previsão de arrecadação de receitas (impostos, taxas, contribuições) e
fixação de despesas públicas, para realização das políticas públicas por meio de programas,
projetos, atividades e operações especiais para um determinado período, aprovados nas leis
do Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual.
Iniciativa do Poder Executivo, enviado ao Poder Legislativo para apreciação e aprovação,
sancionado pelo Poder Executivo.
Temos a ideia de Orçamento Público em sentido amplo quando trata das Leis Orçamentárias:
• PPA – Plano Plurianual;
• LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias;
• LOA – Lei Orçamentária Anual.

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Tenha em mente que o termo Orçamento Público também é usado em sentido estrito

quando se refere especificamente à LOA, que é o Orçamento Público anual propriamente dito.

Além dos sentidos amplo e estrito, o termo Orçamento Público ainda pode ser usado em

sentido técnico, ou seja, quando se refere à autorização legislativa para execução das despe-

sas, ou melhor, à autorização dos representantes do povo “convertida” em créditos orçamen-

tários para que se possa efetuar o gasto público.

Note que o Poder Executivo prevê e o Poder Legislativo lhe autoriza (temos um sistema

misto), por certo período, e em pormenor, a execução das despesas destinadas ao funciona-

mento dos serviços públicos e outros fins adotados pela política econômica ou geral do país,

assim como a arrecadação das receitas já criadas em lei.

Em suma, podemos dizer que o Orçamento do Estado é o ato contendo a aprovação prévia

das Receitas e Despesas Públicas para um período determinado.

2.2. Orçamento Autorizativo X Impositivo

Antes de nos aprofundarmos no tema, preciso que entenda bem o significado das expres-

sões “orçamento autorizativo” e “orçamento impositivo”, que são conceitos doutrinários de

nossa matéria.

Assim, guarde que o conceito de orçamento autorizativo nada mais é, sinteticamente fa-

lando, uma autorização legal para realização de gastos públicos. Nessa toada, o Poder Execu-

tivo elabora a sua proposta orçamentária e o Congresso Nacional a aprova, autorizando que o

executivo efetue os respectivos gastos. Nesse caso, note que os parlamentares não definem

em que e quanto gastar, mas simplesmente aprovam (ou não) a proposta enviada pelo Poder

Executivo (com algumas emendas).

De modo distinto, no conceito de orçamento impositivo existe uma transferência de res-

ponsabilidade de definir “em que e quanto gastar” para o Congresso Nacional, como é o caso

dos Estados Unidos, onde o parlamento ocupa o papel principal na peça orçamentária.

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DICA!
Até a EC 86/2015 inexistia a dúvida: para qualquer questão de
prova você podia marcar que o orçamento brasileiro era
autorizativo. De lá para cá temos ainda que a maior parte do
Orçamento Brasileiro continua sendo autorizativo para as des-
pesas discricionárias, MAS NÃO MAIS 100% AUTORIZATIVO.
Assim, HOJE, leve para a prova que a maior parte do Orça-
mento Brasileiro continua sendo autorizativo, mas em menor
parte também impositivo.

Entendendo esse conceito, na hora da prova, tenha muita atenção na redação da assertiva
para não cair em uma eventual pegadinha.
Feita essa introdução, vamos nos aprofundar.
É importante deixar registrado que, no Brasil, o orçamento público é, em relação às despe-
sas discricionárias, autorizativo, e não impositivo, ou seja, a fixação de despesas é uma mera
sugestão ou previsão de gastos, sem que haja o dever legal de executá-los.
Em verdade, em nossa pátria, a realização de uma despesa pública (gasto público) está,
portanto, condicionada à disponibilidade financeira de receitas arrecadadas durante o exercí-
cio financeiro (1º de janeiro a 31 de dezembro, conforme art. 34, Lei n. 4.320/64).
Nesse sentido, nossa Carta Magna determina que o Poder Executivo publique, até 30 dias
após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.
Ainda de acordo com a CF/88, em seu artigo 168:

Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementa-


res e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e
da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues, em duodécimos, até o dia 20 de cada mês.

A fim de se evitar o comprometimento de recursos orçamentários que poderiam ficar sem

o correspondente financeiro em virtude de frustração na arrecadação da receita, anualmente,

o Presidente da República tem publicado um decreto de contingenciamento, bloqueando re-

cursos, que passam a não estar disponíveis para empenho até segunda ordem.

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Com a entrada da Emenda Constitucional – EC 86/2015, apelidada de “EC do orçamen-


to impositivo”, tornou obrigatória a execução da programação orçamentária relativas às
emendas individuais à LOA por parte dos congressistas, sendo que tais emendas serão
aprovadas até 1,2% da Receita Corrente Líquida - RCL prevista no projeto de LOA encami-
nhado ao Congresso Nacional.
Registre-se que esse apelido não corresponde à realidade, uma vez que apenas uma pe-
quena fatia da LOA passou a ser de execução obrigatória, divergindo assim do conceito dou-
trinário de orçamento impositivo, aquele em que a aprovação da Lei obriga o Executivo a
executar a LOA de forma mais amarrada.
Existem ainda alguns doutrinadores que entendem que somente após a EC 100/2019
(adiante comentada) é que o orçamento impositivo passou a ter vez no Brasil.

O que você deve levar para a prova é que hoje em dia algumas despesas consignadas no

orçamento devem necessariamente ser executadas, ou seja, não podemos mais dizer que o

orçamento brasileiro é plenamente autorizativo, sendo, em verdade, em sua maior parte ainda

autorizativo, mas também impositivo para as situações previstas na Própria CF/88.

Na verdade, temos que ter muito cuidado com a interpretação da assertiva no dia da pro-

va. Veja abaixo 2 questões muito sutis elaboradas de forma maldosa para lhe pegar, no qual

além de conhecer o tema, você precisa ficar muito atendo à redação da assertiva.

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Questão 4 (CESPE/PREFEITURA DE JOÃO PESSOA/PROCURADOR/2018/ADAPTADA) Em

relação ao conceito, às espécies e à natureza jurídica do orçamento público, julgue o item a

seguir.

De acordo com a jurisprudência do STF, o orçamento público, em regra, possui caráter auto-

rizativo, ou seja, o simples fato de uma despesa ser incluída no orçamento não gera direito

subjetivo à sua realização.

Certo.

Para as despesas discricionárias, o STF já decidiu que, em regra, “a previsão de despesa, em

lei orçamentária, não gera direito subjetivo a ser assegurado por via judicial”.

Assim, o CESPE entende que o simples fato de uma despesa discricionária ser incluída no

orçamento não gera direito subjetivo à sua realização.

Considerando ser essa uma questão do ano de 2018 e que, nessa época, já tínhamos a Emen-

da Constitucional – EC 86/2015, aquela apelidada de “EC do orçamento impositivo” que tor-

nou obrigatória a execução da programação orçamentária relativas às emendas individuais

à LOA por parte dos congressistas (até 1,2% da Receita Corrente Líquida - RCL prevista no

projeto de LOA), mas, mesmo assim, o CESPE considerou a assertiva correta.

Questão 5 (CESPE/PREFETURA DE SALVADOR/PROCURADOR/2015) Julgue o item a se-


guir.
A CF estabelece que a LOA possua caráter meramente autorizativo, ou seja, inexiste a obriga-
toriedade de o Poder Executivo exaurir a verba orçamentária prevista nas diferentes dotações.
Dessa forma, a CF não acolheu em seus dispositivos a hipótese de orçamento impositivo.

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Errado.
A assertiva é falsa, uma vez que a Emenda Constitucional – EC 86/2015, apelidada de “EC do
orçamento impositivo”, tornou obrigatória a execução da programação orçamentária relativas
às emendas individuais à LOA por parte dos congressistas.

De qualquer forma, guarde que a EC 86/2015 tornou impositiva apenas emendas individu-
ais dos parlamentares, mas não trouxe qualquer novidade em relação às chamadas emendas
de bancadas, aquelas que são apresentadas, por exemplo, por parte de uma bancada de de-
terminado Estado da Federação.

Apenas com a promulgação da EC 100/2019 é que as emendas de bancada também passa-


ram a ser obrigatórias (limite para a execução de 0,8% em 2020 e, a partir de 2021, de 1% da
RCL) e houve a revogação dos incisos I a IV do § 14, que tratavam das medidas a serem toma-
das em caso de impedimento de ordem técnica que inviabilizassem a execução das emendas.

Ainda de acordo com a nova redação de nossa Carta Magna trazida pela EC 100/2019, quan-
do as emendas impositivas resultarem em transferências obrigatórias a Estados e Municípios,
os recursos transferidos não integram a RCL – Receita Corrente Líquida dos entes destinatários.
Além dessas novidades, a EC 100/2019, em seu § 17, do artigo 165, dispõe acerca dos
restos a pagar no âmbito do orçamento impositivo, determinando que os restos a pagar pro-
venientes das programações orçamentárias previstas nos § 11 e 12 (emendas impositivas
individuais e de bancada) poderão ser considerados para fins de cumprimento da execução
financeira até o limite de 0,6% (seis décimos por cento) da RCL realizada no exercício anterior,
para as programações das emendas individuais, e até o limite de 0,5% (cinco décimos por
cento), para as programações das emendas de bancada.

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Atente, portanto, ao fato de que metade das emendas impositivas (0,6% e 0,5%, respectiva
dos 1,2% para as emendas individuais e do 1% para as emendas de bancada) podem ser des-
tinadas para o pagamento de restos a pagar.
Mas guarde que as emendas impositivas podem ser contingenciadas, de acordo com os
ditames da LRF - Lei de Responsabilidade Fiscal.
Ainda temos o § 19, do artigo 165, que dispõe acerca do critério equitativo para execução
das emendas, definindo como equitativa a execução das programações de caráter obrigatório
que observe critérios objetivos e imparciais e que atenda de forma igualitária e impessoal às
emendas apresentadas, independentemente da autoria.

Em suma, guarde o seguinte: Emendas individuais impositivas – trazidas pela EC 86 – tem


como limite para execução de 1,2% da RCL, e Emendas de bancada impositivas – trazidas
pela EC 100/2019 tem como limite para a execução de 1% da RCL a partir de 2021, sendo em
2020 esse limite de 0,8% da RCL.

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Ainda falando das chamadas emendas impositivas, a partir do 3º ano da promulgação, ou


seja, em 2022, até o último exercício de vigência do regime de teto de gastos públicos (EC 95),
o limite para a execução das emendas impositivas de bancada será o montante do exercício
anterior corrigido pela inflação.

No dia 12/12/2019, o Congresso Nacional promulgou a EC - Emenda Constitucional n.


105/2019, acrescentando o artigo 166-A em nossa Carta Magna, tratando das emendas indi-
viduais impositivas.

O objetivo desse artigo 166-A é, resumidamente falando, autorizar a transferência direta


de recursos de emendas parlamentares para Estados, ao DF e a Municípios sem vinculação
a uma finalidade específica, ou seja, o Congressista e o Ente que receber os recursos de sua
emenda parlamentar passam a dispor de maior liberdade na aplicação dos recursos públicos.
Trocando em miúdos, o resultado dessa EC 105/2019 é que ficará mais fácil o acesso aos
recursos das emendas parlamentares individuais, já a partir do Orçamento Geral da União de
2020, destinadas aos Municípios, Estados e Distrito Federal.
A CF determinava que as emendas individuais dos parlamentares fossem obrigatoria-
mente executadas, embora sujeitas a bloqueios e metade do valor das emendas devia ser
destinado à área da saúde.

Uma importante inovação trazida pela EC 105/2019 é a previsão de que seja feita a transfe-
rência direta de recursos federais para os demais Entes, sem a necessidade de convênio ou
instrumento similar com um órgão público intermediário.

A ideia é que a descentralização dos recursos realizada dessa forma, com a liberação
imediata da verba para os cofres dos Estados, DF e Municípios traga agilidade e melhoria nos
serviços prestados ao cidadão, especialmente nos pequenos municípios.

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Após a EC 105/2019, o parlamentar pode escolher se o dinheiro será transferido com


vinculação a um objeto específico (transferência com finalidade definida) ou para uso livre
(transferência especial) sob certas condições. Em outras palavras, temos dois tipos de trans-

ferências: a especial (no texto original era chamado de “doação”), que é quando o parlamentar

encaminha recursos para o Ente sem destinação específica; e a com finalidade definida, que

é quando a verba vai “carimbada” para um uso determinado.

A EC 105/2019 estabeleceu que 60% das transferências especiais realizadas no primeiro

ano de vigência da emenda constitucional devem ser executadas até o mês de junho e que

70% dos recursos oriundos das emendas parlamentares individuais terão que ser utilizados

em investimentos.

DICA!
Esses recursos não podem ser usados para despesas com
pessoal (ativos, inativos ou pensionistas) e para pagar encar-
gos sociais e também não poderão ser usados para pagar ju-
ros da dívida.

De acordo com esse novo artigo, os Municípios, o Distrito Federal e Estados poderão dei-

xar esses recursos de fora do cálculo de limites com despesas de pessoal, de endividamento

e para repartição – no caso dos Estados, para com os municípios em seu território.

Guarde alguns aspectos presentes na EC 105/2019, pois eles podem aparecer em sua prova:
• Transferência especial - o dinheiro é repassado diretamente, sem necessidade de con-
vênio ou qualquer outro instrumento e pertencerá ao ente federado após concluído o
repasse. Uma vez incorporado à receita do beneficiado, o recurso deverá ser aplicado
em programações finalísticas das áreas de competência do Poder Executivo;
• Utilização dos recursos – deve ser respeitado o mínimo de 70% para despesas de capi-
tal, exceto encargos da dívida. Assim, 30% podem ser usados para despesas de custeio,
como insumos, materiais de consumo, contas de serviços públicos, entre outras;

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Orçamento Público
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• Cooperação técnica - o município beneficiado pode firmar contratos de cooperação


técnica relacionados ao acompanhamento da execução orçamentária. Atualmente,
esse serviço é prestado pela Caixa Econômica Federal.

2.3. Teto de Gastos das Despesas Primárias – Novo Regime Fiscal


da União

A EC 95/2016, também chamada de “PEC dos Gastos”, que estabeleceu o “Novo Regime

Fiscal da União”, que se aplica aos orçamentos fiscal e da seguridade social da União em 20

exercícios financeiros e deve ser calculado sobre as despesas primárias.

Dessa forma, não são objeto do Novo Regime Fiscal da União, as despesas do orçamento

de investimentos da União e as despesas financeiras dos orçamentos fiscal e da seguridade

social. Obviamente, também ficam de fora os orçamentos dos Estados, DF e Municípios.

É importante registrar que foram estabelecidos nessa EC 95/2016 quais são os poderes e

órgãos com limites individuais, quais sejam:

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Orçamento Público
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Poder Órgãos com Limites Individuais


Executivo -
STF, STJ, CNJ, Justiça do Trabalho, Justiça Federal, Justiça Eleitoral,
Judiciário
Justiça do DF e Territórios e Justiça Militar da União.
Legislativo Senado, Câmara e TCU.
Ministério Público da União MPU e CNMP
Defensoria Pública da União -

Para o ano de 2017, os limites individualizados devem corresponder à despesa primária


paga no ano de 2016, devendo ser incluídos os restos a pagar liquidado e demais operações
que afetam o resultado primário, corrigidos por 7,2 %.
Para os anos de 2018 em diante, os limites individualizados das despesas primárias de-
vem corresponder ao valor do limite do ano imediatamente anterior corrigido pela variação do
IPCA ou de outro índice que o venha a substituir, para o período de 12 meses encerrado em
junho do ano anterior a que se refere a LOA.
Importante destacar que existem alguns itens que mesmo sendo despesas primárias de-
vem ficar de fora da base de cálculo:
• Despesas não recorrentes da Justiça Eleitoral com a realização de eleições;
• Despesas com aumento de capital de estatais não dependentes;
• Créditos Extraordinários a que se refere o parágrafo 3º do artigo 167 da CF/88; e
• Transferências Constitucionais relativas a royalties e compensações financeiras, ao
Simples Nacional, ao IOF Ouro, ao IR dos Estados, DF e Municípios, ao Impostos Re-
siduais, a 50% do ITR, ao FPE, FPM, FCO, FNE e FNO, as cotas estaduais e municipais
do Salário Educação, os valores destinados às Polícias Civil e Militar e aos Bombeiros
Militares do DF e à Complementação do FUNDEB.

Importante destacar também que a partir do décimo ano desse regime, é possível ser revista
essa metodologia por meio de uma Lei Complementar de iniciativa do Presidente da República.
É inegável que essa EC 95/2016 impactou a autonomia orçamentária e financeira dos de-
mais poderes, pois os artigos da CF/88 que reforçam tal autonomia, como os artigos 51, 52,
99, 127 e 134, foram relativizados pela EC 95/2016.

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Orçamento Público
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Além desse impacto, a EC 95/2016 também trouxe reflexos ao Ciclo Orçamentário.


Quanto à fase de elaboração da LOA, passou a ser necessário que na mensagem pre-
sidencial sejam demonstrados os valores máximos de programação, de acordo com os
limites individuais.
No que diz respeito à fase de execução da LOA, as despesas primárias autorizadas na LOA
ficam sujeitas aos limites individuais, não podendo exceder os valores máximos da mensa-
gem presidencial. Além disso, fica vedada a abertura de crédito suplementar ou especial que
aumente o valor total autorizado da despesa primária.
Ressalte-se que, para os anos de 2017, 2018 e 2019, o poder executivo pôde ajudar os
demais poderes por meio da compensação dos limites individuais de outros poderes, desde
que o executivo reduza as suas despesas primárias no montante correspondente.

Professor, e se os limites individualizados de gastos forem ultrapassados? O que acon-


tece?

Nesse caso são previstas restrições, sendo que algumas delas contagiam os demais ór-
gãos do mesmo poder e outras restrições ficam vinculadas ao órgão que estourou seu limite.
As chamadas “restrições contagiantes” aos demais órgãos impedem que todos os órgãos
do mesmo poder concedam aumento de remuneração aos seus servidores, exceto os derivados
de sentença judicial transitada em julgado, ou de determinação legal relativa a atos anteriores
à entrada em vigor da EC 95/2016. Além dessa, todos os órgãos ficam proibidos de alterar a
estrutura de carreira que implique aumento de gastos e também de criar ou majorar auxílios,
vantagens, bônus, abonos, verbas de representação ou benefícios de qualquer natureza.
Por outro lado, as restrições que ficam vinculadas ao órgão do poder são relativas a:
• Criação de despesa obrigatória;
• Criação de cargo, emprego ou função que gere aumento de gastos;
• Realização de concurso público, exceto para as reposições de vacâncias de cargos
efetivos ou vitalícios;
• Adoção de medida que implique reajuste de despesa obrigatória acima da variação da
inflação, observada a preservação do poder aquisitivo;

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Orçamento Público
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• Admissão ou contratação de pessoal a qualquer título, ressalvadas as reposições de


cargos de chefia e de direção que não acarretem aumento de despesa e aquelas decor-
rentes de vacâncias de cargos efetivos ou vitalícios.

Apenas para o Poder Executivo existem mais 2 restrições extras: a vedação para criação ou
expansão de programas e linhas de financiamento, bem como a remissão, renegociação ou
refinanciamento de dívidas que gerem ampliação de despesas com subvenções e subsídios,
e a vedação de concessão ou ampliação de incentivos fiscais.

Além das restrições “contagiantes”, das restrições vinculadas ao órgão do poder e das res-
trições adicionais específicas do Poder Executivo, temos uma restrição geral, ou seja, uma
restrição que se aplica a todos os órgãos de todos os poderes se um poder desrespeitar o
seu limite individual: fica vedada a concessão de revisão geral da remuneração prevista no
artigo 37, X, da CF/88.

Importante saber que a EC 95/2016 previu alguns casos especiais, notadamente relativos
à saúde, à educação e às chamadas emendas individuais impositivas da EC 86/2015.
Para a área da saúde, a EC 95/2016 definiu para o ano 1 (2017) o limite de 15% da RCL
- Receita Corrente Líquida arrecadada da LOA de 2017, e para os anos seguintes o valor do
exercício anterior corrigido pelo IPCA.
Para a área da educação, a EC 95/2016 definiu para o ano 1 (2017) o limite de 18% dos
impostos líquidos LOA de 2017, e para os anos seguintes o valor do exercício anterior cor-
rigido pelo IPCA.
A EC 95/2016, por meio do artigo 111 do ADCT da nossa CF/88 nos diz que:

Art. 111. A partir do exercício financeiro de 2018, até o último exercício de vigência do Novo Regime
Fiscal, a aprovação e a execução previstas nos §§ 9º e 11 do art. 166 da Constituição Federal cor-
responderão ao montante de execução obrigatória para o exercício de 2017, corrigido na forma es-
tabelecida pelo inciso II do § 1º do art. 107 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

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Orçamento Público
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Assim, para o ano 1 (2017) definiu o limite de 1,2% da RCL arrecadada em 2016 LOA e, a
partir de 2018 até o fim do Novo Regime Fiscal, a aprovação e execução das emendas indi-
viduais de execução obrigatória terão como limite o valor do exercício anterior acrescido do
IPCA de 12 meses.
O chamado Novo Regime Fiscal da União também inovou ao constitucionalizar os fa-
mosos “restos a pagar”, uma vez que, até então, os resíduos passivos relativos às despesas
empenhadas e ainda não pagas dentro do mesmo ano, só tinha previsão em legislação infra-
constitucional, determinando que os restos a pagar podem ser considerados, até o limite de
0,6% da RCL do ano anterior, para fins de cumprimento da execução financeira obrigatória de
emendas individuais.
Ressalte-se ainda que o Novo Regime Fiscal da União não alterou os demais dispositivos
de metas e limites fiscais da LRF.

Questão 6 (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) Em relação às técnicas e aos princípios do


orçamento público, julgue o item a seguir:
O orçamento base zero facilita o processo de revisão da decisão a respeito da alocação dos
recursos públicos, sendo, por essa razão, adequado às situações em que as despesas públi-
cas são limitadas por um teto de gastos.

Certo.
Em função da nossa grave crise fiscal, com déficits elevados e crescentes, foi aprovada uma
PEC para estabelecer um “teto” para os gastos públicos.
Nessa linha de raciocínio, torna-se razoável admitir que uma técnica como a do orçamento
de base zero, a qual tem o poder de extinguir ou redimensionar programas desnecessários,
possa vir a ser utilizada com o fito de atingir o equilíbrio fiscal.
Assim, os órgãos governamentais terão que justificar anualmente, na fase de elaboração da
sua proposta orçamentária, a totalidade de seus gastos, sem utilizar o ano anterior como va-
lor inicial mínimo.

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2.4. Natureza Jurídica do Orçamento

Importante deixar registrado que o orçamento público, embora tenha formato de lei, sendo
aprovado como tal, é entendido predominantemente no Brasil, como lei apenas em sentido formal.
Para o famoso doutrinador Ricardo Lobo Torres:

A teoria de que o orçamento é lei formal, que apenas prevê as receitas públicas e autoriza gastos,
sem criar direitos subjetivos e sem modificar as leis financeiras e tributárias, é que melhor se adap-
ta ao Direito Constitucional Brasileiro.

Em relação à sua natureza jurídica, é bom deixar registrado que o orçamento público, embora
tenha formato de lei, sendo aprovado como tal, a DOUTRINA dominante, embora não pacífica,
é a de que o orçamento público, no Brasil, é lei em sentido formal.

Entretanto, no que diz ao controle abstrato de constitucionalidade de uma lei orçamen-


tária, o STF entende que é possível sim (ADI 4048 e 4049), embora normalmente só seja
possível esse controle para leis consideradas em sentido material.

Quando mencionamos o sentido formal da LOA, é que temos uma lei que tem “cara”, ou
“forma” de lei, sendo formalmente aprovada pelo Poder Legislativo.
A LOA pode ser chamada de lei de efeitos concretos, sendo apenas lei quanto à forma
(aprovada pelo Legislativo), mas não quanto à matéria.

Lei em
sentido
material

Lei em sentido
formal

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Orçamento Público
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Em contraste, uma lei em sentido material é aquela norma que tem abstração e generali-
dade, não tendo destinatário certo.
É um conjunto de hipóteses normativas abstratas, como, por exemplo, o Código Penal
Brasileiro tipifica o crime de furto, elenca explicitamente o tipo penal como “subtrair coisa
alheia móvel”, especificando as penalidades para quem comete o ilícito, não mencionando
quem será penalizado. Qualquer pessoa, em regra, que subtrair coisa alheia móvel de terceiro,
estará cometendo o crime, não tendo a lei destinatário certo. É uma norma genérica, portanto.
Assim sendo, o Código Penal é uma lei em sentido material.
Orçamento público – natureza jurídica:
• Lei formal – apenas prevê as receitas e autoriza os gastos;
• Orçamento autorizativo;
• Temporária – vigência limitada;
• Especial – de conteúdo determinado e processo legislativo peculiar;
• Lei ordinária – aprovada por maioria simples.

Questão 7 (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) Julgue:


Prevalece no Brasil a compreensão de que o orçamento público é lei apenas em sentido for-
mal, visto que é aprovado pelo Poder Legislativo, mas é substancialmente ato de natureza
político-administrativa, insuscetível de hospedar normas gerais ou abstratas próprias de lei
em sentido material.

Errado.
Em regra, o entendimento que você deve levar para a prova é o de que o Orçamento Público é
uma lei em sentido formal. Esse é o entendimento doutrinário predominante.
Entretanto, as bancas examinadoras costumam colocar “complicadores” em assertivas que
tratam desse tema. Ou seja, provavelmente, não vai aparecer em sua prova uma assertiva que
apenas afirme ou negue esse aspecto.

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Orçamento Público
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Assim, a assertiva acima afirmou que é uma lei formal, mas colocou uma casca de banana na
parte final: “ mas é substancialmente ato de natureza político-administrativa, insuscetível de
hospedar normas gerais ou abstratas próprias de lei em sentido material”.
Nesse ponto, o entendimento do examinador, baseado nas ADIS 408 e 409 do STF, é que
como o STF entendeu que a Lei Orçamentária pode ser objeto de Controle em sede abstrata
de constitucionalidade, e, por tabela, a lei orçamentária PODE hospedar normas gerais ou
abstratas próprias de lei em sentido material.

2.5. Outros Aspectos Relevantes do Orçamento Público

Quem elabora e executa o Orçamento Público no Brasil?


É apenas o Poder Executivo?
O que você acha?
Na realidade, todos os Poderes e o Ministério Público elaboram suas propostas orçamen-
tárias, porém, quem executa a maior parte das despesas públicas é o Poder Executivo, mesmo
porque essa é a sua principal função.
Basicamente, em termos de elaboração da proposta orçamentária, genericamente falan-
do, temos o seguinte: todos os Poderes (Executivo, Legislativo, Judiciário e mais o Ministério
Público), e demais órgãos (Unidades Orçamentárias) elaboram as suas propostas orçamen-
tárias e encaminham para o Poder Executivo (Ministério da Economia que absorveu o antigo
MPOG - Planejamento, Orçamento e Gestão), que faz a consolidação de todas as propostas e
encaminha um projeto de Lei de Orçamento ao Congresso Nacional.

Nenhuma proposta orçamentária, nem mesmo a do Poder Legislativo, pode ser encaminhada
diretamente ao Congresso Nacional pelo órgão que elabora a sua proposta orçamentária.
Essa competência é privativa do Presidente da República (Inciso XXIII, do art. 84, da CF).

O famoso doutrinador Alexandre de Moraes, agora Ministro do STF, descreve que:

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Orçamento Público
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A iniciativa das leis orçamentárias é exclusiva e obrigatória para Estados e Municípios e ainda
argumenta que se trata de iniciativa legislativa vinculada, uma vez que deverá ser remetida ao Con-
gresso Nacional no tempo estabelecido pela própria Constituição Federal (in Direito Constitucional,
16ª edição, p.594).

É até comum, em provas de concurso, perguntarem sobre quem tem competência para dispor
sobre Orçamento Público no Brasil. Essa competência é exclusiva do Congresso Nacional.

DICA!
O termo dispor (na área orçamentária) significa votar, apresentar
e rejeitar emendas, manter ou derrubar vetos do Presidente da
República, aprovar créditos adicionais, fiscalizar, etc.

Aí eu lhe pergunto: caso o Presidente da República se omita, deixando de encaminhar o


projeto de lei de orçamento ao Congresso Nacional, pode, qualquer parlamentar, apresentar esse
projeto de lei?
Não! Essa competência é exclusiva do CHEFE DO PODER EXECUTIVO, função essa exerci-
da pelo Presidente da República. A proposta apresentada por parlamentar caracteriza incons-
titucionalidade formal.
Nessa mesma linha de pensamento, se o envio ao Congresso Nacional do projeto de lei
orçamentária anual é de competência privativa (art. 84, caput, inciso XXIII) do chefe do Poder
Executivo e o parágrafo único do mesmo artigo não menciona explicitamente o inciso XXIII
como possibilidade de delegação pelo Presidente da República da matéria nele constante,
significa dizer que a iniciativa do orçamento público é indelegável.
Assim, o doutrinador Alexandre de Moraes, agora Ministro do STF, e, portanto, “produtor”
de jurisprudência, prefere, portanto, chamá-la de competência exclusiva.

Essa distinção é feita em razão da existência de uma diferenciação entre a competência pri-
vativa e a competência exclusiva; esta indelegável, a primeira passível de delegação. Entretanto,

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Orçamento Público
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muitas vezes existe confusão e trata-se os dois conceitos de forma indistinta. Registre que o
fato de a iniciativa ser exclusiva do Presidente da República, no caso da União, dentre outras
características, faz com que a LOA seja uma lei ordinária especial.

Importante reforçar ainda que a CF/88 concedeu autonomia administrativa e financeira


ao Poder Judiciário, ao Ministério Público, ao Poder Legislativo e ao Tribunal de Contas da
União para elaborarem suas próprias propostas orçamentárias, encaminhando-as ao Poder
Executivo para consolidação final.
Assim, a partir dessa consolidação final, realizada no âmbito do Ministério da Economia
(antes era no MPOG – Planejamento, Orçamento e Gestão), uma proposta consolidada de
orçamento da unidade da federação é encaminhada ao Legislativo, que a apreciará.
Importante também deixar registrado que, apesar de o Executivo receber inúmeras pro-
postas setoriais de orçamento público, por força do princípio da unidade orçamentária (im-
plícito no art. 165, § 5º da CF/88, combinado com art. 2º, caput, Lei n. 4.320/64, onde está
explícito), somente poderá haver um único projeto de LOA, para cada ente político, e em cada
exercício financeiro, de sorte que o Congresso Nacional só recebe um PLOA.

Cuidado com essa pegadinha. Existem questões de concursos que alegam que seria possível
um Poder enviar sua própria proposta orçamentária diretamente ao Poder Legislativo. Fique
atento, não vacile, marque falsa! Só quem envia é o Presidente da República!

A Lei Orçamentária Anual - LOA é o Orçamento Público propriamente dito, devendo conter
exclusivamente duas matérias: previsão de receita e fixação de despesa.
Importante atentarmos para a palavra previsão para receita, já a receita orçamentária pode
ser arrecadada acima do valor previsto no orçamento público por não existir teto para a receita!
Por outro lado, em se tratando da despesa, usamos a expressão fixação, por ser prevista
com um limite até o qual poderá ser executada. A esse limite de autorização de gastos dá-se
o nome de dotação orçamentária, que é a expressão monetária do crédito orçamentário, au-
torização discriminada para se gastar recursos.

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Orçamento Público
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Assim, no que se refere às despesas, o orçamento público estabelece autorizações de gas-


tos por meio dos chamados créditos orçamentários, limitados por suas respectivas dotações.
Destaque-se ainda que, de acordo com o artigo 166 da nossa Carta Magna, os projetos de
lei relativos ao PPA, à LDO, à LOA e aos créditos adicionais devem ser apreciados pelas duas
Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum, ou seja, devem ser analisados
e votados pelo Poder Legislativo.
O próprio artigo 167, VII, CF/88 estabelece a seguinte vedação orçamentária:

Art. 167. São vedados:


VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados;

Raciocine comigo: se é o Poder Legislativo quem autoriza a LOA e, portanto, os créditos


orçamentários com suas respectivas dotações, significa dizer que o Legislativo não poderá
conceder um crédito ilimitado para o Poder Executivo gastar ilimitadamente.
Concorda?
Por essa razão existem limites de gastos preestabelecidos para cada crédito orçamentário.

Professor, na prática, como se elabora o Orçamento Público?

Aí eu lhe digo que essa tarefa é bastante complexa e é chamada de processo de elaboração
da proposta orçamentária, entretanto, pode ser simplificadamente explicada da seguinte forma.
Pense no seu orçamento familiar, em que são orçados os gastos do mês em função das
receitas recebidas.
Só que tenho que lhe dizer que na Administração Pública funciona um pouco diferente,
pois as receitas a serem arrecadadas já estão previstas em Lei, e incumbe ao Poder Executivo
prever o quanto será arrecadado no ano subsequente e a fixação das despesas em função
dessas receitas, cabendo ao Congresso Nacional autorizar sua execução.
A previsão das receitas e a fixação das despesas é semelhante à ideia do seu orçamento
familiar, só que com muito mais complexidade e burocracia.
Assim, para atender o que determinam as normas atuais e as mais avançadas técnicas
orçamentárias, no atual modelo orçamentário brasileiro deve existir estreita conexão entre
planejamento e orçamento, formando assim o poderíamos chamar de binômio inseparável.

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Orçamento Público
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Na verdade, a distribuição de recursos são Políticas Públicas. Para tanto, deve haver pla-
nejamento para o entrelaçamento entre Planejamento, Orçamento-programa e Implementa-
ção das ações.
Esse inter-relacionamento, no caso brasileiro, teve seu marco inicial, pelo menos do ponto
de vista legal, com o advento da Lei n. 4.320/64, que pretendeu instituir o Orçamento-Progra-
ma, instrumento de alocação de recursos com ênfase não no objeto de gasto.
Amigo(a), você não precisa ser entendido no assunto para saber que os principais pro-
blemas da economia brasileira tem sido a deficiência ou até mesmo a ausência de planeja-
mento de longo prazo.

2.6. Orçamento de Guerra – Pandemia Covid-19

Apelidado de Emenda Constitucional do Orçamento de Guerra, a EC 106/2020 publicada em


07/05/2020 implantou em nosso país o chamado regime extraordinário fiscal, financeiro e de
contratações para enfrentamento de calamidade pública nacional decorrente de pandemia”.
Basicamente, seu objetivo é dar maior flexibilidade aos gastos do governo federal de modo
a facilitar a tomada de medidas para combater a pandemia (COVID-19) e seus efeitos.

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O chamado “Orçamento de Guerra”, tem vigência temporária limitada ao encerramento do


estado de calamidade decorrente da pandemia (COVID-19).
Assim, com o reconhecimento por parte do Congresso Nacional do encerramento do esta-
do de calamidade pública, a EC 106/2020 será automaticamente revogada e o orçamento de
Guerra deixará de vigorar.
Registre-se ainda que a situação de calamidade pública em razão da pandemia (COVID-19)
foi reconhecida pelo Congresso Nacional por meio do DL - Decreto Legislativo 06/2020, com
previsão até 31/12/2020.

DICA!
Entenda o orçamento de guerra como um orçamento sepa-
rado do orçamento normal, que foi objeto de LOA, ou seja, o
orçamento de guerra tem seus gastos vinculados ao combate
da pandemia, ficando os demais alocados na LOA.

Outro ponto relevante é que o orçamento de guerra é válido apenas para a União e deve es-
tar voltado exclusivamente para atender às necessidades inerentes ao combate à pandemia
e naquilo que for incompatível com o regime ordinário de gastos.
Assim, o processo simplificado de gastos aplicado no orçamento de guerra é uma exce-
ção para a regra geral de contratação no serviço público que é a sua realização via licitação
e concurso público.
Em outras palavras, esse processo simplificado de contratação deve assegurar, sempre
que possível, competição e igualdade de condições a todos os concorrentes e que eles só
podem ser usados exclusivamente para o enfrentamento do vírus.
Ainda falando em regime de gastos e de contratação, a EC 106/2020 “liberou”, no âmbito
do combate ao corona, a contratação por tempo determinado de atender às exigências de que

trata o artigo 37, IX, da CF/88 e também de atender às exigências previstas no § 1º do artigo

169 da CF/88 e de estar prevista na LDO.

Merece destaque também o fato de que a EC 106/2020 dispensou ainda o cumprimento

das limitações legais ao aumento de despesa e renúncia de receitas decorrentes da conces-

são de incentivos fiscais ou benefícios tributários.

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Orçamento Público
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Assim, desde que não implique em aumento permanente de despesas, as proposições le-
gislativas e os atos do Poder Executivo que tenham o propósito exclusivo de enfrentar a pan-
demia e suas consequências sociais e econômicas, ficam dispensados da observância das
limitações legais relativas a aumento de despesas e renúncia de receitas previstas na LRF.
Outro ponto relevante para nossa matéria é que a EC 106/2020 dispensou, durante a inte-
gralidade do exercício financeiro em que vigore a calamidade pública nacional da pandemia
(2020), a obrigatoriedade de atender a chamada regra de ouro das finanças públicas.
Em outros termos, o “orçamento de guerra” autoriza que o governo realize operações de
crédito para gastar mais com despesas correntes como os salários dos profissionais de saú-
de e materiais de consumo como remédios e EPIs.
Nessa toada, visando dotar de transparência as operações de crédito e os gastos públicos
relacionados ao enfrentamento da pandemia, o Ministério da Economia deve publicar a cada
30 (trinta) dias relatório com os valores e o custo das operações de crédito realizadas no pe-
ríodo de vigência do estado de calamidade pública nacional relativa à pandemia (COVID-19).
Além disso, as autorizações de despesas relacionadas ao enfrentamento da calamidade
pública nacional decorrente da pandemia (COVID-19) e de seus efeitos sociais e econômicos
deverão ser separadamente avaliadas na prestação de contas do Presidente da República e
evidenciadas, até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada bimestre, no Relatório Resu-
mido da Execução Orçamentária – RREO.

3. Técnicas/Métodos/Espécies de Orçamento
Ao longo da história, o Orçamento Público evoluiu em termos de conceito, funções e téc-
nicas de elaboração, ganhando gradativa importância no sentido de uma ferramenta funda-
mental para a boa gestão de recursos por parte da Administração Pública.
Registre-se que alguns autores chamam essa classificação de tipos de orçamento e a que
vimos anteriormente como espécies de orçamento.

3.1. Orçamento Tradicional ou Clássico

Com o surgimento do Estado Liberal inglês no século XIX, tivemos alguns reflexos tam-
bém na Administração Pública e em suas ferramentas de Gestão, sendo destacada a criação

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Orçamento Público
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do chamado “Orçamento Tradicional ou Clássico”, cuja ideia principal era de permitir a manu-
tenção do equilíbrio econômico-financeiro, com a finalidade de controlar eventuais aumentos
dos gastos públicos.
Pode-se dizer, ainda, que esse modelo orçamentário serviu também como uma ferramen-
ta de controle político sobre o Poder Executivo. Deixava em segundo plano os seus demais
aspectos, quais sejam: econômico, contábil, administrativo e jurídico.
Espécies de orçamento – clássico ou tradicional:
• Falta de planejamento da ação governamental;
• Mero instrumento contábil;
• Despreocupação do gestor público com o atendimento das necessidades da popula-
ção;
• Não há preocupação com a realização com os programas de governo;
• A alocação de recursos visa a aquisição de meios;
• Apenas um documento de previsão de receita e autorização de despesa.

De acordo com a metodologia Clássica adotada na elaboração do Orçamento, a Admi-


nistração Pública e seus respectivos órgãos e entidades recebiam dotações de recursos que
seriam destinados ao pagamento dos funcionários e das compras de matérias e insumos do
período, sem que qualquer vinculação entre esses recursos e o seu planejamento, seus pla-
nos detalhados de trabalho e seus objetivos de curto, médio e longo prazo.
Importante deixar registrado que o que era levado em consideração no que diz respeito
à distribuição de recursos para determinado exercício era o valor gasto no ano anterior, sem
considerar, portanto, as ações, planos e programas de trabalho previstos para o ano seguinte,
sendo a falta de planejamento da ação governamental uma das principais características do
orçamento tradicional.
Esse tipo de orçamentação pública ficou conhecido como “lei de meios”, já que focava
nos meios e não nas metas e objetivos do Estado.
Vale destacar também que não existiam ferramentas de controle adequadas para garantir
a efetividade do gasto público, sendo os únicos parâmetros a honestidade do agente público
e a adequação do produto público às necessidades da população.

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Orçamento tradicional

Por meio do controle


contábil

Função: controle político

Classificações para instrumentalizar o controle das despesas:


1. por unidades administrativas (órgãos responsáveis pelo gasto); 2. por objeto ou
item da despesa.

Aqui, no Brasil, as primeiras demandas para a implementações de orçamentos formais


surgiram após a Independência, com a Constituição Federal de 1822.
Merece ser mencionada a primeira lei de orçamento no Brasil, a Carta de Lei de 15/12/1830,
cujo objeto era orçar a Receita e fixar a Despesa para o período 1831-1832.

3.2. Orçamento Desempenho ou de Realizações

A principal mudança da metodologia de orçamentação pública, ou melhor, a mais impor-


tante evolução do orçamento para o orçamento de desempenho ou de realizações foi mudar
o foco de “com o que o Estado” gasta, para “qual a finalidade do gasto”.

Orçamento desempenho – realizações

Preocupa-se em saber as
coisas que o governo faz e
não as coisas que o
governo compra.

Gasto Resultado

Desvinculado a um planejamento centro das ações do governo.

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Orçamento Público
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O Orçamento de Desempenho é considerado o precursor do Orçamento-Programa e sua


característica fundamental é trazer para o Orçamento uma dimensão programática aliada
com a explicação detalhada dos gastos de cada unidade, buscando atender à população com
eficiência e economia, sem, entretanto, vincular os objetivos governamentais de longo prazo,
ou seja, seu Planejamento Estratégico ao Orçamento.

3.3. Orçamento-Programa

Como tudo na vida as técnicas orçamentárias evoluíram ao longo da nossa história, desde
o Orçamento tradicional, com ênfase no gasto, passando pelo Orçamento de Desempenho até
o que denominamos hoje de orçamento-programa, com ênfase nas realizações.
O orçamento-programa deve ser visto como um plano de trabalho expresso por um con-
junto de ações a realizar e pela identificação dos recursos necessários para a sua execução.

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Fazendo um link entre os temas Orçamento-Programa e Princípios Orçamentários, pode-

mos dizer que no orçamento-programa estão embutidos dois princípios: o da programação e

o da especificação ou discriminação.

O orçamento-programa explicita o princípio da programação ao apresentar os programas

de cada órgão do governo, incluindo os objetivos a serem alcançados, determinando as ações

que serão desenvolvidas para atingir esses objetivos, calcular e consignar os recursos para

efetivar essas ações.

O orçamento-programa também explicita o princípio da especificação ou da discrimina-

ção ao impedir que as dotações sejam feitas de forma globalizada, tanto no que se refere à

arrecadação de receitas quanto para gastar recursos financeiros obtidos.

É importante que saiba que desde a entrada em vigor da Lei n. 4.320/64, o Orçamento-

-Programa vem sendo adotado no Brasil.

Sua mola mestra é fixar as Despesas Públicas a partir da identificação das necessidades

públicas sob a responsabilidade de determinado nível de governo e da sua organização, de

acordo com as suas prioridades.

É notório que os seus aspectos administrativos e econômicos são privilegiados em detri-

mento do aspecto político.

Merece destaque também o Decreto-Lei n. 200/1967 que detalhou os aspectos opera-

cionais do Orçamento-Programa e orientou a Administração Pública Federal de modo a es-

tabelecer o Orçamento-Programa anual como um instrumento de planejamento, a ideia de

discriminar a despesa pública por objetivo.

Entretanto, o orçamento-programa tornou-se realidade com o Decreto n. 2.829/1998, que

estabeleceu normas para elaboração e execução do plano plurianual e dos orçamentos da União.

A ideia do orçamento-programa é fazer com que o gasto público possa ser detalhado de

modo a enfatizar a sua finalidade, identificando para cada gasto a respectiva à ação, definindo

o responsável pela respectiva execução de cada ação, além de apresentar individualmente os

resultados esperados para cada uma delas. Veja um exemplo hipotético na figura abaixo:

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Exemplo de um Orçamento-Programa

Qual a finalidade?

Função Educação

Subfunção Educação
Fundamental

Secretaria de Educação R$ 50 milhões


Programa de Redução
de Analfabetismo

Quais as ações
necessárias?

Como benefícios mais relevantes do orçamento-programa, podemos citar a integração


entre o planejamento e o orçamento, a quantificação dos objetivos e metas, a utilização das
relações de insumo-produto e das diversas alternativas programáticas em seu processo de-
cisório, além de permitir o uso de ferramentas para medir os seus resultados.

Guarde que orçamento-programa PRIORIZA atender aos objetivos, metas e prioridades defi-
nidos no Planejamento das ações do Governo, integrando planejamento e orçamento.

Guarde algumas características positivas do orçamento-programa:


• Permite melhor planejamento das ações do Governo;
• Facilita a identificação dos gastos e a realização por programas e sua comparação em
termos absolutos e relativos;
• Contribui para uma orçamentação mais precisa;
• Inter-relação entre custo e programação vinculada a objetivos;

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• Permite maior possibilidade de redução de custos;


• Torna mais fácil identificar funções duplas;
• Foca no que a instituição realiza e não no que ela gasta;
• Permite melhor controle e execução dos programas.

Questão 8 (CESPE/PGE-PE/ANALISTA/2019) No que se refere ao sistema de planejamento


e orçamento do governo federal, julgue o item subsequente.
Na elaboração do orçamento-programa, são considerados todos os custos dos programas
subtraindo-se aqueles que extrapolem o exercício.

Errado.
Na verdade, na elaboração do orçamento-programa devem ser considerados todos os custos
dos programas, inclusive aqueles que extrapolem o exercício.

Orçamento-Programa – Vantagens:
• Melhor planejamento das ações;
• Maior precisão na elaboração dos orça mentas;
• Identificação dos gastos e realizações por programa e sua comparação em termos
absolutos e relativos;
• Enfase no que a instituição realiza e não no que eIa gasta.

Perceba que outras espécies de orçamento podem ser usadas como apoio ao Orçamen-
to-Programa. Veja, por exemplo, que a elaboração do orçamento de algumas ações pode
ocorrer de maneira incremental. Assim como o valor a ser pago, em condições normais, para
as contas de energia elétrica e telefone sofre pequena variação de um ano para outro, pode-se
aplicar apenas a inflação acumulada, utilizando, assim, o método tradicional, acrescentando
a inflação do período sobre o valor do orçamento desta ação no ano anterior.

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Abaixo um resumo comparativo entre as principais características dos orçamentos tradi-


cional e programa.

Orçamento Tradicional Orçamento Moderno


O processo orçamentário é dissociado dos proces- O orçamento é o elo entre o planejamento e as funções
sos de planejamento e programação. executivas da organização.
A alocação de recurso visa à consecução de objetivos
A alocação do recurso visa à aquisição de meios.
e metas.
As decisões orçamentárias são tomadas tendo em As decisões orçamentárias são tomadas com base em
vista as necessidades das unidades organizacionais. avaliações e análises técnicas das alternativas possíveis.
Na elaboração do orçamento são considerados todos
Na elaboração do orçamento são consideradas as
os custos dos programas, inclusive os que extrapo-
necessidades financeiras das unidades organizacionais.
lam o exercício.
A estrutura do orçamento dá ênfase aos aspectos A estrutura do orçamento está voltada para os aspec-
contábeis de gestão. tos administrativos e de planejamento.

3.4. Orçamento Base Zero


Logo após a implementação do Orçamento-Programa no Brasil, apareceu nos Estados
Unidos o chamado “orçamento base-zero”.
Esse modelo de orçamentação foi criado por uma empresa privada, a Texas Instruments
Co., que, posteriormente, ficou conhecida no mundo inteiro por suas excelentes calculadoras
financeiras e foi trazido do setor empresarial para o setor governamental.
Planejamento: identifica o resultado desejado, estabelece metas, objetivos, programas e
define decisões básicas sobre políticas para a organização.
Orçamento: identifica os insumos necessários e analisa detalhadamente as funções e
atividades da organização necessárias para atingir os resultados necessários. Forma de ge-
renciar recursos.
A sua ideia-chave é fazer com que todas as despesas de todos os órgãos sejam justifica-
das detalhadamente, sem permitir que o simples fato de que uma despesa que já estivesse
no orçamento do ano anterior fosse simplesmente repetida, tratando cada gasto demandado
como um novo gasto.

DICA!
A ideia é passar um pente fino em TODOS OS GASTOS!

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Se faz necessário destacar que quando da elaboração da proposta orçamentária para o ano
posterior, toda informação prévia relativa aos anos anteriores era desprezada, ou seja, a necessi-
dade e a utilidades de cada despesa deveria ser vista como se fosse completamente nova.

O foco desse modelo de orçamentação era identificar gastos, programas e até órgãos que não
tinham utilidade prática para a Administração Pública.

Seguindo essa linha de raciocínio, para que um gasto fosse “aprovado”, ela deveria ser
eficiente e eficaz, não poderia ter ainda mais suas operações reduzidas ou eliminadas.

Conceito do Orçamento Base Zero

OBZ Outros Orçamentos

Visão das contas por


Visão das contas por áreas
pacotes e por áreas

Incentiva revisão Baseiam-se no orçamento


dos processos do exercício anterior

Propõe priorização Tratam todos os


na alocação de recursos custos igualmente

Envolvimento de todos A alta gestão tem menor


os níveis da organização visão da parte operacional

Vamos agora ver um comparativo entre os Orçamentos Base Zero-OBZ e Tradicional.

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ORÇAMENTO TRADICIONAL ORÇAMENTO Base Zero (OBZ)

O histórico serve como base, sendo necessário somente o


Base Folha de papel em branco, ou seja, do zero.
acerto de alguns gastos.

Custos são detalhados e justificados. Devidamente


Custos não são revistos e podem ocorrer desperdícios. Custos
alocados e alinhados aos objetivos.

Autonomia baixa. Não demanda tomada de decisões. Autonomia Autonomia (alta) total do gestor para tomada de decisões.

Planejamento financeiro pode não estar alinhado à Planejamento financeiro 100% orientado para atingir as
Metas
estratégia. metas.

Questão 9 (CESPE/CGM-JOÃO PESSOA/TÉCNICO/2018) A respeito de orçamento público,


julgue o item seguinte.
O ORÇAMENTO-PROGRAMA consiste no processo de elaboração de orçamento que exige dos
gestores, a cada novo exercício, a justificativa detalhada dos recursos solicitados.

Errado.
A assertiva refere-se ao Orçamento Base Zero, técnica que consiste na obrigação de que o
administrador justifique, a cada ano, todas as dotações solicitadas em seu orçamento, in-
cluindo alternativas, análise de custo, finalidade, medidas de desempenho, e as consequên-
cias da não aprovação do orçamento.
A ênfase é na eficiência, e não se preocupa com as classificações orçamentárias, mas com o
porquê de se realizar determinada despesa.

Em suma, o grande legado trazido pela metodologia do Orçamento Base Zero foi o comba-
te àquela ideia que existia até então de gastos simplesmente repetidos de períodos anteriores,
acrescentado a expectativa de inflação. Tudo tinha que ser revisto e novamente justificado!

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Questão 10 (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Acerca de administração financeira e orçamen-


tária e do orçamento público no Brasil, julgue o item.
Os programas executados de acordo com a técnica do Orçamento-Programa devem ser zera-
dos ao final do exercício financeiro, a fim de que os órgãos públicos sejam obrigados a demons-
trar os custos e benefícios de cada programa, sob pena de descontinuidade dos programas.

Errado.
Na verdade, é o orçamento base zero que deve ser zerado ao final do exercício. O Orça-
mento-Programa deve ser analisado ao final do exercício e ajustado para o atendimento
das metas do PPA.

3.5. Orçamento Participativo

O orçamento participativo é um instrumento que deve ser usado para colocar o cidadão co-
mum como parte da gestão pública, permitindo a participação da população nos processos de
elaboração e alocação dos recursos públicos, levando em conta as suas demandas, usando para
isso diversos canais de participação, seja por meio de lideranças ou via audiências públicas.

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Orçamento Público
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O processo de orçamento participativo ainda não possui uma metodologia única, varian-
do entre os entes municipais e estaduais que começam a usá-lo.

Questão 11 (CESPE/MPE-PI/ANALISTA/2018) Julgue o próximo item, relativo aos tipos de


orçamentos públicos.
O orçamento participativo contempla a participação da população no processo decisório por
meio de lideranças ou de audiências públicas.

Certo.
A modalidade de orçamento participativo contempla a participação da população na alocação
de alguns recursos do orçamento, seja por meio da participação direta (audiências públicas)
ou grupos organizados (lideranças), estimulando o exercício da cidadania, o compromisso
da população com o bem público. É um importante espaço de debate e decisão político-par-
ticipativa. Nele, a população interessada decide as prioridades de investimentos em obras e
serviços a serem realizados a cada ano com os recursos do orçamento.
Por meio dessa técnica orçamentária, a alocação de alguns recursos contidos no Orçamento
Público é decidida com a participação direta da população ou através de grupos organizados
da sociedade civil como a associação de moradores. Entretanto, até o momento, sua aplica-
ção em solo brasileiro restringe-se ao âmbito municipal.

3.6. Orçamento Incremental

O orçamento incremental usa a base de dados gerada a partir de períodos anteriores. É


um tipo de orçamento básico, mais rápido e fácil de elaborar. Em outras palavras, é um mo-
delo orçamentário baseado na aplicação de ajustes marginais nos itens de receita e despesa.
Orçamento incremental:
• Elaborado através de ajustes marginais de seus itens de receita e despesa;
• Repetição do orçamento anterior acrescido da variação de preços ocorrida no período.

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Orçamento Público
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Questão 12 (CESPE/STM/TÉCNICO/2018) Com relação às técnicas e princípios orçamentá-


rios, julgue o item seguinte.
O orçamento incremental tem como base as receitas e despesas ocorridas no período ante-
rior, sobre as quais são feitos ajustes marginais.

Certo.
O Orçamento incremental funciona exatamente de modo inverso ao orçamento base zero, ou
seja, é a técnica que se baseia nos quantitativos do orçamento do período anterior.
Pode-se dizer, ainda, que Orçamento Incremental é o orçamento feito através de ajustes mar-
ginais nos seus itens de receita e despesa, ou seja, a partir dos gastos atuais, e propõe um
aumento percentual para o ano seguinte, considerando apenas o aumento ou diminuição dos
gastos, sem análise de alternativas possíveis.

Com o surgimento do chamado regime do teto de gastos (novo regime Fiscal) no âmbito
das finanças públicas da União, e copiada por alguns Estados, começam a existir debates no
meio acadêmico acerca da utilização da técnica do orçamento incremental no Brasil.
A tese elaborada por quem defende essa ideia é que como o regime do teto de gastos
baseia-se na execução orçamentária do ano anterior com incremento apenas dos índices
inflacionários, indiretamente, seria uma aplicação prática desse modelo orçamentário.
É interessante conhecer esses argumentos, mas não entremos nessa polêmica. Adote a
ideia de que no Brasil usa-se o Orçamento-Programa.

3.7. Orçamento por Resultados ou Novo Orçamento Desempenho


Temos atualmente a tendência de se tentar melhorar o desempenho dos governos e, para
isso, faz-se necessário dotar as decisões governamentais no que diz respeito a orçamento de
ainda mais racionalidade.

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Orçamento Público
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A principal mudança em relação ao Orçamento Desempenho é que no novo foca-se no re-


sultado e na sua aferição por meio de indicadores no que diz respeito ao Sistema de Estrutura de
Programa, ao Sistema de Mensuração de Desempenho e ao Sistema de Determinação de Custos.

3.8. PART
Basicamente, leve para a prova que o PART, sigla em inglês para Program Assessment
Rating Tool, usado nos Estados Unidos nos anos 2001 e 2002, funciona por meio de um ques-
tionário utilizado para avaliar o propósito, o desenho, o planejamento, a gestão, os resultados
e a prestação de contas, com o fito de verificar se um programa é realmente eficaz. Como
resultado das avaliações efetuadas, o PART ainda fornece informações e sugestões para me-
lhorar os resultados dos programas avaliados.

4. Tipos de Orçamentos
Quando falamos em tipos de orçamento público, estamos relacionando esse tema ao regime
político em que é elaborado o orçamento público combinado com o sistema de governo vigente.
Aqui, no Brasil, já tivemos a oportunidade de conviver com três tipos de orçamento público:

4.1. Orçamento Legislativo


É o tipo de orçamento público típico de países parlamentaristas, em que a elaboração, a
votação e o controle do orçamento são de competência do Poder Legislativo, cabendo ao Po-
der Executivo apenas a sua execução. Esse tipo vigorou no Brasil à época da CF/1891.

4.2. Orçamento Executivo


É o tipo de orçamento público típico de países ditatoriais, em que a elaboração, a votação,
a execução e o controle do orçamento são de competência do Poder Executivo. Esse tipo vi-
gorou no Brasil à época da CF/1937.

4.3. Orçamento Misto

É o tipo de Orçamento Público em que a votação e o controle do orçamento são de com-


petência do Poder Legislativo, enquanto a elaboração e a execução são de competência do

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Orçamento Público
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Poder Executivo. Esse é o tipo que vigora no Brasil atual e está previsto em nossa CF de 1988.
Veja um exemplo:
ORÇAMENTO PÚBLICO

ORÇAMENTO MISTO - MUNICÍPIO

Poder Executivo
Elaboração
Prefeitura Municipal

Poder Legislativo
Aprovação Câmara de Vereadores

Poder Executivo
Execução
Prefeitura Municipal

Questão 13 (CESPE/TCU/AUDITOR/2015) Julgue o próximo item.


Considerando a evolução conceitual da terminologia usada em referência ao orçamento, o
Brasil utilizou o orçamento legislativo, o executivo e o misto ao longo de sua história.

Certo.
No Brasil já tivemos a oportunidade de conviver com três tipos de orçamento público.
O do tipo legislativo, aquele em que elaboração, a votação e o controle do orçamento são de
competência do Poder Legislativo, cabendo ao Poder Executivo apenas a sua execução, vigo-
rou no Brasil à época da CF/1891.
O do tipo executivo, em que elaboração, a votação, a execução e o controle do orçamento são
de competência do Poder Executivo, vigorou no Brasil à época da CF/1937.
E, finalmente, o do tipo misto, que vigora no Brasil atual e está previsto em nossa CF de 1988,
em que a votação e o controle do orçamento são de competência do Poder Legislativo, en-
quanto a elaboração e a execução são de competência do Poder Executivo.

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Orçamento Público
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Tipos de orçamento:
• Legislativo - usado em países parlamentaristas, a elaboração, a votação, aprovação e
controle cabe ao legislativo;
• Executivo - usado em países onde impero o poder absoluto, a elaboração, aprovação,
execução e controle cabe ao executivo;
• Misto - A elaboração e a execução cabe ao Executivo, enquanto a votação, aprovação e
controle cabe ao Legislativo. É o tipo utilizado no Brasil.

5. Objetivos da Política Orçamentária e Funções do Orçamento Público


Bem, é importante dizer que a ação econômica do setor público está vinculada às funções que
promove junto à sociedade, dentre as quais: contribuir no fornecimento de bens públicos, melho-
rar a distribuição da renda, promover a estabilidade e impulsionar o crescimento econômico.
Basicamente, os objetivos da política orçamentária são corrigir as falhas de mercado e as
distorções, visando manter a estabilidade, além de melhorar a distribuição de renda, e alocar
recursos com mais eficiência nos gastos.
Para que o Governo possa realizar políticas de alocação e de realocação de recursos es-
cassos, torna-se imprescindível a existência de fontes de arrecadação de recursos, neces-
sárias ao pagamento do que chamamos de estrutura pública, responsável pelos estudos e
aplicações de políticas econômicas objetivadas na equidade e no crescimento e distribuição
da renda no país.
Nessa linha de raciocínio, para alcançar os objetivos das políticas públicas, a política or-
çamentária tem como objetivos de modo amplo, fomentar o crescimento econômico, assegu-
rar o cumprimento das funções elementares do Estado, como justiça e segurança, melhorar a
distribuição de renda, corrigir as imperfeições do mercado ou atenuar os seus efeitos e man-

ter a estabilidade econômica e social e universalizar o acesso aos bens e serviços produzidos

pelo setor público ou pelo setor privado.

Os objetivos da política orçamentária são alcançados em razão da capacidade do Estado

de influenciar na economia por meio da recombinação dos recursos arrecadados no momen-

to da realização das despesa pública.

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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamento Público
Manuel Piñon

Segundo a classificação de Richard Musgrave sobre as funções do setor público (Estado),

e também do orçamento, em economias de mercado, existem 3 funções exercidas pelo Esta-

do comentadas a seguir.

Promoção de ajustamentos na alocação


Função Alocativa
de recursos.

Promoção de ajustamentos na distribuição


Função Distributiva
de renda.

Função Estabilizadora Manutenção da estabilidade econômica.

5.1. Função Alocativa

A função alocativa do setor público está relacionada às ações empreendidas no forneci-

mento de bens e serviços não disponibilizados pela economia de mercado. Neste sentido, o

setor público disponibiliza bens e serviços para consumo coletivo e não exclusivo a esta ou

aquela faixa da população. Em referência, cita-se como exemplo de bens públicos a segurança.

A ideia básica da função alocativa é de o setor público atuar onde a iniciativa privada so-

zinha não consegue ou não tem interesse de atuar.

Questão 14 (CESPE/SE-DF/ANALISTA/2017) Os Jogos Olímpicos transformaram o Rio de


Janeiro, avalia o jornalista suíço Jean-Jacques Fontaine, que lançou recentemente o livro Rio
de Janeiro e os Jogos Olímpicos, uma cidade reinventada. Para o jornalista suíço, foram os Jo-
gos que permitiram investimentos importantes na mobilidade urbana, na segurança, na saúde e

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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamento Público
Manuel Piñon

na educação. Entre os projetos alavancados incluem-se a construção de quatro corredores de


BRT e a expansão do metrô, embora tais projetos existissem desde a década de 60 do século XX;
o crescimento das unidades de polícia pacificadora (UPPs), apesar de agora a política de segu-
rança estar em declínio; e a ampla reforma urbana na região portuária, que, no entanto, ainda não
conseguiu decolar a maior parte dos investimentos imobiliários previstos no Porto Maravilha.
Valor Econômico, 26/7/16. Internet: <http://www.valor.com.br> (com adaptações).
Considerando as informações apresentadas, julgue o item a seguir, acerca das funções eco-
nômicas do Estado e de suas formas de atuação.
Por meio da implantação de UPPs em comunidades carentes dominadas pelo crime organi-
zado, o Estado atuou no âmbito de sua função alocativa, garantindo a oferta do bem público
segurança.

Certo.
Via sua função alocativa, o Estado realizou a oferta do bem público, segurança que, no caso
das UPPs, foca nas comunidades carentes dominadas pelo crime organizado.

5.2. Função Distributiva

A função distributiva refere-se às ações de caráter redistributivo efetuadas por meio de

medidas de transferência que o Estado executa em favor dos segmentos menos favorecidos

na sociedade.

Ressalta-se, como exemplo, a implementação de estrutura tributária progressiva cujos

valores arrecadados de impostos dos possuidores de riqueza sejam transferidos para pesso-

as de baixa renda, através da oferta de educação e saúde de qualidade.

O bolsa família talvez seja o exemplo mais emblemático da função distributiva (estilo Ro-

bin Wood), uma vez que o governo transfere para os mais pobres os valores arrecadados de

toda a sociedade de acordo com a capacidade contributiva de cada um.

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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamento Público
Manuel Piñon

5.3. Função Estabilizadora

A terceira ação econômica do setor público se dá no âmbito da função estabilizadora

realizada pelo setor público, expressa por ações de intervenção na economia no intuito de

contribuir para seu melhor funcionamento.

Destacam-se, por exemplo, as intervenções voltadas à redução da inflação, bem como

ações destinadas ao combate do desemprego em determinado setor produtivo.

Fora da mencionada classificação do velho Musgrave, há quem diga, e quem sabe não

será o caso do seu examinador, que faz parte dos atributos sob responsabilidade do setor

público, a função de crescimento econômico expressa pelas ações voltadas em fomentar in-

vestimentos públicos e privados na economia.

Guarde, portanto, que o Orçamento Público se reveste como sendo um importante instru-

mento de planejamento operacional das ações governamentais, considerando que é a LOA

que o autoriza a receber e gastar os recursos financeiros arrecadados de diversas fontes.

Questão 15 (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Com relação à economia do setor público, jul-


gue o item que se segue.
Entre as funções governamentais estabelecidas por meio da política fiscal inclui-se a função
estabilizadora, a qual objetiva alterar o modo de distribuição da renda nacional.

Errado.
A assertiva está errada, já que conceituou a função distributiva. A estabilizadora é aquela que
foca em contribuir para o melhor funcionamento da economia.

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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamento Público
Manuel Piñon

RESUMO
O Orçamento Público é um documento que prevê as quantias de moeda que, num período

determinado (normalmente um ano), devem entrar e sair dos cofres públicos (receitas e des-

pesas públicas), com especificação de suas principais fontes de financiamento e das catego-

rias de despesas mais relevantes.

Resumidamente, podemos dizer que o orçamento tem aspecto político, porque revela

ações sociais e regionais na destinação das verbas. Tem também características econômi-

cas, porque manifesta a realidade da economia. É técnico, porque utiliza cálculos de receita e

de despesa e tem, ainda, aspectos jurídicos, porque atende às normas da Constituição Fede-

ral e de leis infraconstitucionais.

O Orçamento Público é o ato pelo qual o Poder Executivo prevê a arrecadação de receitas e

fixa a realização de despesas para o período de um ano e o Poder Legislativo lhe autoriza, através

de LEI, a execução das despesas destinadas ao funcionamento da máquina administrativa.

Vale deixar registrado que o Orçamento Público, embora tenha formato de lei, sendo apro-

vado como tal, entende-se que o Orçamento Público, no Brasil, é lei apenas em sentido formal.

A entrada da Emenda Constitucional – EC 86/2015, apelidada de “EC do orçamento imposi-

tivo”, tornou obrigatória a execução da programação orçamentária relativas às emendas indivi-

duais à LOA por parte dos congressistas, sendo que tais emendas serão aprovadas até 1,2% da

Receita Corrente Líquida - RCL prevista no projeto de LOA encaminhado ao Congresso Nacional.

Com a promulgação da EC 100/2019, é que as emendas de bancada também passaram a

ser obrigatórias (limite para a execução de 0,8% em 2020 e, a partir de 2021, de 1% da RCL)

Após a EC 105/2019, o parlamentar pode escolher se o dinheiro de sua Emenda Parla-

mentar Individual será transferido com vinculação a um objeto específico (transferência com

finalidade definida) ou para uso livre (transferência especial) sob certas condições.

No quadro abaixo, você pode ver um resumo da evolução histórica do orçamento e suas
principais espécies:

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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamento Público
Manuel Piñon

- Foco - Objeto do gasto

Clássico - Preocupação - Aspectos políticos/contábeis/financeiros/numéricos


- Planejamento - Não há

- Realizações
- Programa
Moderno
- Base zero
- Participativo

Realizações (desempenho)

Foco - o que o órgão fez no exercício anterior


Preocupação - desempenho governamental
Planejamento - existe, mas não é vinculado (pode exceder o planejado)

Base zero (por estratégia)

- Necessidade de justificativa de todos os programas cada vez que se inicia um


novo ciclo orçamentário
- Análise, revisão e avaliação de todos as despesas propostas e não apenas as das
solicitações que ultrapassam o nível de gasto já existente

Participativo

- Participação direta do povo


- Democratização do orçamento
- Conscientização político-orçamentária
- Não vincula o gestor
- Normalmente, em municípios

Orçamento-programa

- Foco - objetivos
- Preocupação - resolver problemas da sociedade
- Planejamento - flexível, mas vinculado
- Elo integrador entre o plano (PPA) e o orçamento (LOA)

Em termos de tipos de orçamento, temos:


• Orçamento Legislativo: a elaboração, a votação e o controle do orçamento são compe-
tências do Poder Legislativo. Ao executivo, cabe apenas a execução;

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Orçamento Público
Manuel Piñon

• Orçamento Executivo: a elaboração, a votação, o controle e a execução são competên-


cias do Poder Executivo.
• Orçamento Misto: elaboração e execução são de competência do Executivo, cabendo
ao Legislativo a votação e o controle. Vigora em nossa CF/88.

Promoção de ajustamentos na
Função Alocativa
alocação de recursos.

Promoção de ajustamento na
Função Distributiva
distribuição de renda.

Manutenção da estabilidade
Função Estabilizadora
econômica.

• Alocação de recursos em pontos necessários, onde o mercado não se interessa (falhas do


mercado);
Alocativa
• Grandes obras, estradas, saúde, educação, serviços públicos;
• Necessidades públicas.

• Distribuição de renda, buscando reduzir as desigualdades sociais e regionais;


• Programas sociais, políticas fiscais vantajosas aos mais pobres, impostos progressivos sobre a
Distributiva
renda;
• Escolas públicas também podem ser consideradas.

• Interferência no mercado, por meio de políticas econômicas;


Estabilizadora • Alterações sobre taxa de juros, câmbio etc;
• Monitoramento dos índices de inflação, desemprego etc.

A função alocativa do setor público está relacionada às ações empreendidas no forneci-


mento de bens e serviços não disponibilizados pela economia de mercado. Neste sentido, o
setor público disponibiliza bens e serviços para consumo coletivo e não exclusivo a esta ou
aquela faixa da população. Em referência, cita-se como exemplo de bens públicos a segurança.
Por sua vez, a função distributiva refere-se às ações de caráter redistributivo efetuadas
por meio de medidas de transferência que o Estado executa em favor dos segmentos menos
favorecidos na sociedade.
A terceira ação econômica do setor público se dá no âmbito da função estabilizadora
realizada pelo setor público, expressa por ações de intervenção na economia no intuito de

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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamento Público
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contribuir para seu melhor funcionamento. Destacam-se, por exemplo, as intervenções vol-
tadas à redução da inflação, bem como ações destinadas ao combate do desemprego em
determinado setor produtivo.
Como diria Miguel de Cervantes: “Nunca fique implorando por aquilo que você tem o
poder de obter”.
Então, vá à luta! Pense que uma vaga é sua e vá buscá-la!
Agora quero pedir um favor. Avalie nossa aula, é rápido e fácil, deixe sugestões de melho-
ria. Ficarei extremamente feliz com o feedback e trabalharei ainda mais para torná-la melhor.
Tenho muito a aprender e você pode me ajudar nisso. Pode ser? Muito obrigado.
Acredite! Esse é o segredo! Tenha fé que tudo vai dar certo!
Siga-me @profmanuelpinon no Instagram e Facebook. Temos excelentes cards para revisão!
Até a próxima ou ao fórum de dúvidas!

Professor Manuel Piñon


Contato: manuelpinon@hotmail.com

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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamento Público
Manuel Piñon

MAPA MENTAL

Ato contendo a aprovação prévia


das Receitas e despesas públicas
para um período determinado
Conceito

Política
Econômica
Social
Administrativa
Dimensões
Jurídica
Técnica

Legislativo
Executivo
Tipos
Misto

ORÇAMENTO Tradicional ou clássico

PÚBLICO De desempenho ou de realizações


Orçamento-programa
Base zero
Técnicas/
Participativo
Especies de
Incremental
Orçamento
Por resultados - novo desempenho
PART

Alocativa
Estabilizadora
Funções
Distributiva

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Orçamento Público
Manuel Piñon

QUESTÕES COMENTADAS EM AULA


Questão 1 (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) O orçamento público, um instrumento fun-
damental de governo, constitui o principal documento de políticas públicas. A respeito desse
assunto, julgue o seguinte item.
Com base no orçamento público, os governantes selecionam as prioridades e decidem como
empregar os recursos extraídos da sociedade e como distribuí-los entre diferentes grupos
sociais, conforme o peso ou a força política desses grupos.

Questão 2 (CESPE/MPE-PI/TÉCNICO/2018) Julgue o item seguinte, relativo ao orçamento


público.
O orçamento, importante instrumento de planejamento de qualquer entidade pública ou pri-
vada, representa o fluxo previsto de ingressos financeiros e a aplicação desses recursos em
determinado período de tempo.

Questão 3 (CESPE/IPHAN/AUXILIAR/2018) Em relação ao orçamento público e seus pre-


ceitos, julgue o item.
Orçamento é o plano contábil que expressa como as ações de governo serão executadas, por
meio da aplicação de recursos (despesas) e suas formas de financiamento (receitas).

Questão 4 (CESPE/PREFEITURA DE JOÃO PESSOA/PROCURADOR/2018-ADAPTADA) Em


relação ao conceito, às espécies e à natureza jurídica do orçamento público, julgue o item a
seguir.
De acordo com a jurisprudência do STF, o orçamento público, em regra, possui caráter auto-
rizativo, ou seja, o simples fato de uma despesa ser incluída no orçamento não gera direito
subjetivo à sua realização.

Questão 5 (CESPE/PREFEITURA DE SALVADOR/PROCURADOR/2015) Julgue o item a se-


guir.

A CF estabelece que a LOA possua caráter meramente autorizativo, ou seja, inexiste a obriga-
toriedade de o Poder Executivo exaurir a verba orçamentária prevista nas diferentes dotações.
Dessa forma, a CF não acolheu em seus dispositivos a hipótese de orçamento impositivo.

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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamento Público
Manuel Piñon

Questão 6 (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) Em relação às técnicas e aos princípios do


orçamento público, julgue o item a seguir:
O orçamento base zero facilita o processo de revisão da decisão a respeito da alocação dos
recursos públicos, sendo, por essa razão, adequado às situações em que as despesas públi-
cas são limitadas por um teto de gastos.

Questão 7 (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) Julgue:


Prevalece no Brasil a compreensão de que o orçamento público é lei apenas em sentido for-
mal, visto que é aprovado pelo Poder Legislativo, mas é substancialmente ato de natureza
político-administrativa, insuscetível de hospedar normas gerais ou abstratas próprias de lei
em sentido material.

Questão 8 (CESPE/PGE-PE/ANALISTA/2019) No que se refere ao sistema de planejamento


e orçamento do governo federal, julgue o item subsequente.
Na elaboração do orçamento-programa, são considerados todos os custos dos programas
subtraindo-se aqueles que extrapolem o exercício.

Questão 9 (CESPE/CGM-JOÃO PESSOA/TÉCNICO/2018) A respeito de orçamento público,


julgue o item seguinte.
O orçamento-programa consiste no processo de elaboração de orçamento que exige dos
gestores, a cada novo exercício, a justificativa detalhada dos recursos solicitados.

Questão 10 (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Acerca de administração financeira e orçamen-


tária e do orçamento público no Brasil, julgue o item.
Os programas executados de acordo com a técnica do orçamento-programa devem ser zerados
ao final do exercício financeiro, a fim de que os órgãos públicos sejam obrigados a demonstrar os
custos e benefícios de cada programa, sob pena de descontinuidade dos programas.

Questão 11 (CESPE/MPE-PI/ANALISTA/2018) Julgue o próximo item, relativo aos tipos de


orçamentos públicos.
O orçamento participativo contempla a participação da população no processo decisório por
meio de lideranças ou de audiências públicas.

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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamento Público
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Questão 12 (CESPE/STM/TÉCNICO/2018) Com relação às técnicas e princípios orçamentá-


rios, julgue o item seguinte.
O orçamento incremental tem como base as receitas e despesas ocorridas no período ante-
rior, sobre as quais são feitos ajustes marginais.

Questão 13 (CESPE/TCU/AUDITOR/2015) Julgue o próximo item.


Considerando a evolução conceitual da terminologia usada em referência ao orçamento, o
Brasil utilizou o orçamento legislativo, o executivo e o misto ao longo de sua história.

Questão 14 (CESPE/SE+DF/ANALISTA/2017) Os Jogos Olímpicos transformaram o Rio de


Janeiro, avalia o jornalista suíço Jean-Jacques Fontaine, que lançou recentemente o livro Rio
de Janeiro e os Jogos Olímpicos, uma cidade reinventada. Para o jornalista suíço, foram os Jo-
gos que permitiram investimentos importantes na mobilidade urbana, na segurança, na saúde e
na educação. Entre os projetos alavancados incluem-se a construção de quatro corredores de
BRT e a expansão do metrô, embora tais projetos existissem desde a década de 60 do século
XX; o crescimento das unidades de polícia pacificadora (UPPs), apesar de agora a política de
segurança estar em declínio; e a ampla reforma urbana na região portuária, que, no entanto,
ainda não conseguiu decolar a maior parte dos investimentos imobiliários previstos no Porto
Maravilha. Valor Econômico, 26/7/16. Internet: <http://www.valor.com.br> (com adaptações).

Considerando as informações apresentadas, julgue o item a seguir, acerca das funções eco-
nômicas do Estado e de suas formas de atuação.
Por meio da implantação de UPPs em comunidades carentes dominadas pelo crime organi-
zado, o Estado atuou no âmbito de sua função alocativa, garantindo a oferta do bem público
segurança.

Questão 15 (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Com relação à economia do setor público, jul-


gue o item que se segue.
Entre as funções governamentais estabelecidas por meio da política fiscal inclui-se a função
estabilizadora, a qual objetiva alterar o modo de distribuição da renda nacional.

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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamento Público
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 16 (IADES/HEMOCENTRO-DF/ANALISTA/2017) A ideia de um imposto de renda

progressivo baseia-se em uma função primordial do orçamento público, denominada função

a) equitativa.

b) distributiva.

c) estabilizadora.

d) alocativa.

e) empresarial.

Questão 17 (IADES/PM-DF/OFICIAL/2017) De acordo com a Constituição Federal de 1988,

a elaboração e a execução do orçamento são de competência do Executivo, cabendo ao Le-

gislativo a votação e o controle. Quanto ao tipo de orçamento, é correto afirmar que o Brasil

adota o orçamento

a) legislativo.

b) executivo.

c) misto.

d) participativo.

e) impositivo.

Questão 18 (IADES/CRF-DF/ANALISTA/2017) Assinale a alternativa que apresenta uma ca-

racterística do orçamento tradicional.

a) O controle objetiva avaliar a efetividade das ações governamentais.

b) A alocação de recursos visa à consecução de objetivos e metas.

c) Os princípios orçamentários buscam a utilização sistemática de indicadores do trabalho e

de resultados.

d) O orçamento tradicional constitui o elo entre o planejamento e as funções executivas da

organização.
e) As decisões orçamentárias consideram as necessidades das unidades organizacionais.

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Orçamento Público
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Questão 19 (IADES/CRQ-21ª/ADMINISTRADOR/2014) Assinale a alternativa que indica uma


característica inerente ao orçamento-programa.
a) Ausência de planejamento.
b) Foco no objeto do gasto.
c) Foco no objetivo do gasto.
d) Instrumento de pressão política.
e) Foco nas unidades administrativas.

Questão 20 (IADES/TRE-PA/TÉCNICO/2014) A respeito do orçamento programa, assinale a


alternativa incorreta.
a) O orçamento é o elo entre o planejamento e as funções executivas do governo.
b) A alocação de recursos visa à consecução de objetivos e metas.
c) Na elaboração do orçamento, são considerados todos os custos dos programas, inclusive
os que extrapolam o exercício.
d) O orçamento utiliza a sistemática de indicadores e padrões de medição do trabalho e dos
resultados.
e) A estrutura do orçamento dá ênfase aos aspectos contábeis da gestão.

Questão 21 (FCC/TRT-5ª/ANALISTA/2013) No orçamento-programa, uma das dimensões


do controle é a efetividade. Para isso, são utilizados indicadores que representam o produto
final dos programas governamentais, tal como,
a) aumento da expectativa de vida.
b) despesa per capita em educação.
c) número de hospitais.
d) professor/aluno.
e) número de consultas médicas.

Questão 22 (FCC/TJ-PE/ANALISTA/2012) O instrumento de gestão em que se registra o ato


pelo qual o poder legislativo autoriza ao poder executivo, por certo período de tempo e, em
pormenores, as receitas a serem arrecadadas, e fixa as despesas a serem realizadas no exer-
cício financeiro vindouro, objetivando a continuidade, eficácia, eficiência, efetividade e a eco-
nomicidade dos serviços prestados à sociedade, denomina-se orçamento

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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamento Público
Manuel Piñon

a) estático.
b) público.
c) financeiro.
d) operacional.
e) flexível.

Questão 23 (FCC/TJ-PE/ANALISTA/2012) O orçamento que enfatiza os fins, em vez de os


meios, e que a base fundamental é o planejamento, em vez de ser apenas um instrumento
contábil de controle, é o orçamento
a) programa.
b) base zero.
c) clássico.
d) tradicional.
e) legislativo.

Questão 24 (FCC/TRF-1ª/ANALISTA/2007/ADAPTADA) O orçamento-programa foi introdu-


zido no Brasil por meio da Lei n. 4.320/64 e do Decreto-Lei n. 200/67. A Constituição Federal
de 1988 consolidou definitivamente o orçamento-programa no Brasil, ao vincular o processo
orçamentário ao PPA, à LDO e à LOA. Julgue:
Orçamento-programa é um documento que prevê apenas a fixação da despesa e a pre-
visão da receita, constituindo a principal peça contábil-financeira para a orientação da
ação governamental.

Questão 25 (FCC/MPU/TÉCNICO/2007) Em relação ao orçamento-programa, é correto


afirmar que
a) seu único critério de classificação de despesas são as unidades administrativas.
b) é totalmente dissociado do processo de planejamento.
c) sua estrutura enfatiza os aspectos contábeis da gestão.
d) sua prioridade é respeitar as necessidades financeiras das unidades orçamentárias.
e) constitui um dos instrumentos do planejamento governamental.

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Orçamento Público
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Questão 26 (FGV/DPE-RJ/CONTADOR/2019) A situação deficitária das contas públicas do


governo federal fez com que candidatos à presidência nas eleições de 2018 propusessem
mudanças drásticas na técnica de elaboração do orçamento utilizada pelo governo. Uma
dessas propostas apresentava a necessidade de que os gestores públicos justificassem anu-
almente de forma detalhada cada gasto público empregado, sem compromisso com qualquer
montante inicial de dotação.
Trata-se de técnica conhecida como orçamento:
a) clássico;
b) programa;
c) base zero;
d) por desempenho;
e) de teto móvel.

Questão 27 (FGV/SEFIN-RO/CONTADOR/2018) Em relação à Lei Orçamentária Anual (LOA),


assinale a afirmativa correta.
a) Deve conter uma estimativa das receitas e das despesas em um exercício.
b) Deve conter a fixação para as receitas e para as despesas em um exercício.
c) As despesas e as receitas apresentadas devem ter valores iguais.
d) Deve compreender o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.
e) Deve compreender o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos
e entidades da administração direta e indireta, sem incluir as fundações instituídas e manti-
das pelo Poder Público.

Questão 28 (FGV/CGM-NITERÓI/ANALISTA/2018) A Lei Orçamentária Anual (LOA.) é o or-


çamento propriamente dito, com vigência de 1 (um) ano, e compreende três orçamentos: o
fiscal, o de investimento de empresas estatais e o da seguridade social, tendo, cada um deles,
uma função específica.
Sobre o orçamento fiscal, assinale a opção que indica sua função específica.

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Orçamento Público
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a) Distributiva, a qual visa à redução das desigualdades.


b) Alocativa, a qual visa à produção de bens e serviços não providos pelo mercado.
c) Distributiva, a qual visa a garantir o pleno emprego e manter a economia aquecida.
d) Estabilizadora, a qual visa à produção de bens e serviços não providos pelo mercado.
e) Estabilizadora, a qual visa a garantir o pleno emprego e manter a economia aquecida.

Questão 29 (FGV/CGM-NITERÓI/ANALISTA/2018) A edição do Decreto Federal n. 2.829/98,


que disciplinou o plano plurianual, tornou o orçamento-programa uma realidade no País. So-
bre o orçamento-programa, assinale a afirmativa correta.
a) É elaborado a partir de ajustes incrementais nas receitas e despesas, com base nos orça-
mentos anteriores.
b) Integra o orçamento com o planejamento, quantificando objetivos e fixando metas.
c) Contempla a participação direta da população no processo decisório sobre a alocação dos
recursos públicos.
d) Enfatiza a legalidade das ações do gestor e a aquisição dos meios.
e) Evidencia o objeto dos gastos, pautando-se nas necessidades financeiras de cada unidade.

Questão 30 (FGV/CGM-NITERÓI/ANALISTA/2018) O governante de um pequeno país, pre-


ocupado com as finanças públicas, decide pesquisar uma nova espécie de orçamento para
adotá-la em sua administração. Ele entende que a espécie de orçamento ideal é aquela que
justifica anualmente cada uma das despesas, enfatizando as necessidades do momento.
Sendo assim, a espécie de orçamento adequada às necessidades desse país é o
a) base zero.
b) tradicional.
c) legislativo.
d) autorizativo.
e) típico.

Questão 31 (FGV/CM-SALVADOR/ANALISTA/2018) Um dos modelos orçamentários difun-


didos a partir da aplicação da lógica empresarial no setor público tem como base para

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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamento Público
Manuel Piñon

elaboração do orçamento atual a não vinculação com os montantes de despesa ou nível de


atividade do exercício anterior. Embora de difícil operacionalização, o modelo propicia rea-
valiações constantes das alocações de recursos. Esse modelo orçamentário é denominado
orçamento:
a) programa;
b) base zero;
c) incremental;
d) operacional;
e) com teto móvel.

Questão 32 (FGV/TJ-SC/ANALISTA/2018) Desde o surgimento das primeiras práticas or-


çamentárias até a vigência dos atuais instrumentos de planejamento, o processo de orça-
mentação no setor público passou por várias modificações relacionadas diretamente com
o papel do Estado.
Uma das características das práticas modernas de orçamento que marca essa evolução é o(a):
a) foco no controle de insumos e produtos;
b) ênfase no impacto econômico do gasto público;
c) independência dos instrumentos de planejamento;
d) reforço no controle contábil das unidades orçamentárias;
e) tendência à contenção da despesa pública.

Questão 33 (FGV/ALE-RO/ANALISTA/2018) Em relação à despesa salarial da ASSEMBLÉIA


LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, é correto afirmar que pertence à esfera orçamentá-
ria relativa ao orçamento
a) da Seguridade Social.
b) Fiscal.
c) de Investimento.
d) Base Zero.
e) Extrafiscal.

Questão 34 (FGV/ALE-RJ/ESPECIALISTA/2017) O orçamento surgiu no setor público como


instrumento de controle. A consolidação da democracia e o crescimento das atribuições do

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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamento Público
Manuel Piñon

Estado criaram a necessidade de desenvolvimento de modelos orçamentários condizentes


com as necessidades da Administração Pública. Um elemento que caracteriza a concepção
moderna de Orçamento Público é:
a) ausência de integração entre planejamento e orçamento;
b) ênfase na redução dos gastos públicos;
c) influência da lógica empresarial;
d) neutralidade das finanças públicas;
e) papel secundário do aspecto econômico.

Questão 35 (FGV/ALE-RJ/ESPECIALISTA/2017/ADAPTADA) O orçamento surgiu no setor


público como instrumento de controle. A consolidação da democracia e o crescimento das
atribuições do Estado criaram a necessidade de desenvolvimento de modelos orçamentários
condizentes com as necessidades da Administração Pública. Julgue a assertiva abaixo:
Um elemento que caracteriza a concepção moderna de orçamento público é a ausência de
integração entre planejamento e orçamento.

Questão 36 (FGV/ALE-RJ/ESPECIALISTA/2017/ADAPTADA) Julgue:


A elaboração do Orçamento Público é baseada em alguns princípios que servem como bali-
zadores do formato e do conteúdo do orçamento. A elaboração detalhada do orçamento, que
expresse a origem dos recursos e sua aplicação em cada exercício está em consonância com
o princípio da transparência.

Questão 37 (FGV/IBGE/ANALISTA/2017) Desde o surgimento das primeiras práticas orça-


mentárias na administração pública, o orçamento tem evoluído e têm surgido modelos e con-
ceitos orçamentários com o objetivo de fornecer informações para a gestão adequada dos
recursos públicos. Um dos modelos orçamentários mais difundidos é o chamado orçamen-
to-programa, que tem entre as suas características:
a) enfatizar as metas e objetivos de curto prazo;
b) ser instrumento disciplinador das finanças públicas;
c) priorizar as necessidades financeiras das unidades organizacionais;
d) manter o equilíbrio financeiro e evitar ao máximo a expansão dos gastos públicos;

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Orçamento Público
Manuel Piñon

e) adotar medidas de desempenho com a finalidade de acompanhar o cumprimento das me-


tas definidas.

Questão 38 (FGV/TJ-RO/ADMINISTRADOR/2015) Os conceitos de orçamento tradicional e


orçamento moderno não são modelos definidos, mas concepções extremas a partir das quais
os modelos e técnicas orçamentárias são elaborados. Uma das características da concepção
tradicional do orçamento público é:
a) a alocação de recursos com vistas à aquisição de meios;
b) a existência de associação entre orçamento e planejamento;
c) a preponderância do aspecto econômico, que reflete a intervenção do Estado;
d) a utilização do orçamento como instrumento de administração;
e) o controle com vistas a avaliar a eficiência e eficácia das ações.

Questão 39 (FGV/TJ-SC/ANALISTA/2015) A prática de elaboração de um orçamento para as


atividades governamentais tem origem na Inglaterra e apresentou diversas características que
marcam sua evolução ao longo do tempo. O método de elaboração de orçamento em que a
cada novo exercício deve haver justificativa detalhada dos recursos solicitados é o orçamento:
a) programa;
b) por desempenho;
c) participativo;
d) base zero;
e) operacional.

Questão 40 (FGV/TCM-SP/ECONOMISTA/2015) Relacione as funções do governo com suas


respectivas características ou descrições.
1. Função Alocativa
2. Função Distributiva
3. Função Estabilizadora
( ) O mecanismo eleitoral é imprescindível para que uma sociedade revele suas preferências
de distribuição dos recursos públicos disponíveis na provisão de bens e serviços por parte
do Estado.

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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamento Público
Manuel Piñon

( ) Uma taxa de inflação elevada tende a impactar mais fortemente os mais pobres, visto que
estes têm maior perda de poder de compra de seus rendimentos. Essa é uma das razões pelas
quais o governo deve usar a política monetária e fiscal para combater a inflação.
( ) A tributação de grandes fortunas pode ser um mecanismo importante para financiar pro-
gramas de construção de moradias populares.
A relação correta, de cima para baixo, é:
a) 1, 2 e 3;
b) 1, 3 e 2;
c) 2, 1 e 3;
d) 2, 3 e 1;
e) 3, 1 e 2.

Questão 41 (FGV/DPE-MT/ECONOMISTA/2015) Segundo muitos analistas, a economia bra-


sileira apresentou um crescimento próximo de 0% em 2014. Aliado a uma taxa de inflação
próxima de 6,5%, podemos dizer que a economia se encontra em um cenário de estagflação,
mas ainda mantendo uma baixa taxa de desemprego. Nesse sentido, o governo não tem cum-
prido totalmente a sua função
a) alocativa, por meio da política fiscal.
b) distributiva, por meio da política monetária.
c) estabilizadora, por meio de uma combinação das políticas monetária e fiscal.
d) estabilizadora, por meio do melhor provimento de serviços públicos.
e) alocativa, por meio da elevação das contribuições relativas a seguridade social.

Questão 42 (FGV/DPE-RO/ANALISTA/2015) Em relação às funções do Estado, considere V


para a(s) afirmativa(s) verdadeira(s) ou F para a(s) falsa(s):
( ) Um candidato eleito que eleva os gastos com segurança pública, está exercendo a sua
função alocativa.
( ) A implementação de um imposto sobre grandes fortunas e a redução daqueles cobrados
sobre os extratos menores de renda estão relacionados à função distributiva.
( ) Políticas que reduzam os custos admissionais a fim de elevar o emprego estão relaciona-
das à função estabilizadora.

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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamento Público
Manuel Piñon

A sequência correta é:
a) V – V – V;
b) V – V – F;
c) F – V – V;
d) F – F – V;
e) F – F – F.

Questão 43 (FGV/DPE-RO/ANALISTA/2015) Uma característica do orçamento-programa,


que se baseia em uma concepção moderna de orçamento, que o diferencia das práticas orça-
mentárias tradicionais é o(a):
a) ênfase na função de controle;
b) ênfase no aspecto jurídico do orçamento;
c) foco nos insumos;
d) posição secundária do aspecto econômico;
e) vinculação entre orçamento e planejamento.

Questão 44 (FGV/TCE-BA/AGENTE/2014-ADAPTADO) Julgue:


O Orçamento Público apresenta apenas os enfoques político e jurídico para sua execução e
controle.

Questão 45 (FGV/TCE-BA/AGENTE/2014-ADAPTADA) Julgue:


O Orçamento Público tem a finalidade de alcançar a satisfação social, independente do equi-
líbrio fiscal.

Questão 46 (CESPE/COGE-PE/AUDITOR/2019) Com o objetivo de melhor atender aos inte-


resses da sociedade, as nações procuram aprimorar o seu sistema orçamentário; isso dá
origem a vários modelos orçamentários. Nesse sentido, assinale a opção correta relativa a
modelos orçamentários.
a) A alocação de recursos, no modelo de orçamento tradicional, visa ao alcance de objetivos
e metas preestabelecidas.
b) A estrutura do orçamento-programa está associada ao planejamento e à adoção de indi-
cadores de medição de resultados.

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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamento Público
Manuel Piñon

c) O orçamento desempenho é fundamentado nos custos dos programas e nas metas quali-
tativas para alcance de resultados.
d) A elaboração do orçamento base zero é realizada a partir da perspectiva do orçamento
incremental.
e) O orçamento por resultados é fundamentado em padrões de alocação de recursos, com
ênfase na economia de recursos.

Questão 47 (CESPE/TCM-BA/AUDITOR/2018) A sistemática de elaboração orçamentária


que exige a justificativa de cada recurso solicitado, sem fixar de antemão um valor orçamen-
tário inicial e sem considerar os valores previstos no orçamento anterior, denomina-se
a) orçamento base zero.
b) orçamento participativo.
c) orçamento-programa.
d) orçamento tradicional.
e) orçamento de desempenho.

Questão 48 (CESPE/TCE-PB/AUDITOR/2018) Considerando o regime constitucional das leis


que tratam do Orçamento Público, assinale a opção correta.
a) Em razão do princípio da eficiência orçamentária, o Poder Executivo, mesmo sem prévia
autorização legislativa, pode utilizar os recursos que não tenham despesa correspondente
aprovada em virtude de emenda no projeto da LOA.
b) A LOA compreende o orçamento da seguridade social das entidades e órgãos vinculados à
União, inclusive de todas as fundações, autarquias, empresas públicas e sociedades de eco-
nomia mista.
c) O modelo de orçamento anual adotado na CF é meramente autorizativo, apesar da existên-
cia de dispositivos constitucionais que tornam obrigatória a despesa nas áreas de saúde e
educação.
d) A LOA prevê a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas
de capital, desde que a proposta seja aprovada por maioria qualificada.
e) O plano plurianual tem por objetivo estabelecer a previsão da receita e a fixação da despesa
para o período de quatro anos.

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Orçamento Público
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Questão 49 (CESPE/PREFEITURA DE JOÃO PESSOA/PROCURADOR/2018) Em relação ao


conceito, às espécies e à natureza jurídica do orçamento público, julgue os itens a seguir.
I – De acordo com a jurisprudência do STF, o Orçamento Público, em regra, possui caráter au-
torizativo, ou seja, o simples fato de uma despesa ser incluída no orçamento não gera direito
subjetivo à sua realização.
II – O Orçamento Público é instrumentalizado por meio de lei que possui caráter formal, o que
torna inviável o seu controle em sede abstrata.
III – O orçamento base zero constitui uma técnica de elaboração do orçamento em que há o
reexame crítico dos dispêndios de cada área governamental, de modo que não há compro-
misso com o montante de dispêndios do exercício anterior.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas os itens I e III estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.

Questão 50 (FCC/FUNAPE/ANALISTA/2017) A Emenda Constitucional n. 86, de 2015, intro-


duziu o caráter equitativo para a execução orçamentária e financeira, segundo critérios a se-
rem definidos em lei complementar, consolidando o que se convencionou chamar de “orça-
mento impositivo”, que, entre outros aspectos, contempla
a) a obrigatoriedade da execução orçamentária e financeira das emendas individuais ao pro-
jeto de lei orçamentária, aprovadas no limite de 1,2% da receita corrente líquida do exercício
anterior, das quais 50% deverão, necessariamente, ser destinadas à ações e serviços públicos
na área da saúde, afastada a obrigatoriedade no caso de impedimentos de ordem técnica.
b) a inviabilidade de apresentação de emendas parlamentares ao projeto de lei orçamentária
encaminhado pelo Poder Executivo, salvo se respaldadas na revisão das estimativas das pro-
jeções de receita constantes do anexo de metas fiscais que integra a Lei de Diretrizes Orça-
mentárias ou para ações destinadas à área da saúde.

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Orçamento Público
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c) a obrigatoriedade de destinar ao menos um terço do valor da estimativa de receitas prevista


na Lei Orçamentária Anual para emendas individuais de parlamentares, das quais 50% deverão,
necessariamente, ser destinadas a ações e serviços públicos na área da educação e saúde.
d) a vedação à apresentação de emendas individuais de parlamentares ao projeto de lei or-
çamentária anual encaminhado pelo Poder Executivo, salvo para correção de erros e inexa-
tidões, ou para assegurar a aplicação dos limites mínimos previstos na Constituição Federal
para programas e ações nas áreas da saúde e educação.
e) a obrigatoriedade do estrito cumprimento da execução orçamentária e financeira dos pro-
gramas consignados na Lei Orçamentária Anual, inclusive os oriundos de emendas individu-
ais de qualquer natureza, salvo na hipótese de revisão das metas fiscais ou materialização de
passivos contingentes.

Questão 51 (FCC/CL-DF/CONSULTOR/2018) Se o orçamento público for elaborado com


base na concepção do orçamento-programa, terá como um dos principais critérios de classi-
ficação da despesa orçamentária aquele por
a) natureza e o objetivo de um programa vinculado à função saúde poderá ser aumentar o
número de vacinas adquiridas.
b) estrutura programática e o objetivo de um programa vinculado à função educação poderá
ser aumentar o número de livros adquiridos.
c) estrutura programática e o objetivo de um programa vinculado à função educação poderá
ser a redução do analfabetismo.
d) ações e o objetivo de um programa vinculado à função saúde poderá ser aumentar o nú-
mero de médicos contratados.
e) elementos de despesa e o objetivo de um programa vinculado à função assistência social
poderá ser a redução da população em situação de vulnerabilidade.

Questão 52 (FCC/TRT-11ª/ANALISTA/2017) Sobre o orçamento-programa é INCORRETO


afirmar que

a) o orçamento é o elo de interação entre o planejamento e as funções executivas da organização.

b) a ênfase está nos meios (o que se compra) e não nas diretrizes, prioridades, objetivos e metas.

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Orçamento Público
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c) o controle visa avaliar a eficiência, eficácia e efetividade das ações governamentais.


d) a Lei n. 4.320/1964 contém determinações para a elaboração da Lei Orçamentária Anual
que são típicas do orçamento-programa.
e) o principal critério de classificação está contido na Portaria STN e MOG no 42/1999.

Questão 53 (FCC/TCM-RJ/PROCURADOR/2015-ADAPTADA) O orçamento é conceituado


pela doutrina como uma lei formal, especial (trata de matéria específica), de efeito concreto
e com certo prazo de vigência. Por isso, sua natureza jurídica é de “lei”, sendo uma lei auto-
rizativa, porque autoriza a Administração a praticar atos administrativos, assim como cobrar
tributos e efetuar despesas. Sobre as espécies de orçamento, julgue:
A doutrina afirma que a Constituição Federal brasileira adotou o chamado Orçamento Misto,
em que o Poder Executivo tem a competência para elaboração dos projetos de leis orçamen-
tárias e o envio destes projetos ao Poder Legislativo, para sua discussão e aprovação.

Questão 54 (FCC/TCM-RJ/AUDITOR/2015) A espécie de orçamento cuja técnica utilizada


para sua confecção consiste em desconsiderar os valores do ano anterior como valor inicial
mínimo, e proceder a uma análise crítica de todos os recursos solicitados pelos órgãos go-
vernamentais, e de suas efetivas necessidades, sem qualquer compromisso com montantes
iniciais de dotações, denomina-se orçamento
a) real ou efetivo.
b) de base zero ou por estratégia.
c) participativo.
d) democrático.
e) de desempenho ou por realizações.

Questão 55 (FCC/TCM-RJ/AUDITOR/2015) O orçamento do qual consta apenas a previsão


da receita e a fixação da despesa, constituindo uma peça meramente contábil-financeira, sem
nenhuma espécie de planejamento da ação do governo, sem qualquer objetivo econômico e
social de forma clara e sem preocupação com objetivos e metas e voltado preferencialmente
às necessidades dos órgãos públicos, denomina-se orçamento

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Orçamento Público
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a) de desempenho ou por realizações.


b) estatal.
c) clássico ou tradicional.
d) pragmático.
e) de base zero ou por estratégia.

Questão 56 (AOCP/PREF-JF/TÉCNICO/2016) Desde sua criação, o orçamento público pas-


sou por um contínuo processo de reforma e aprimoramento, com efeitos importantes sobre
sua ênfase, conceituação e prática. Em muitos países, em especial no Brasil, a idealização do
orçamento moderno esteve, e ainda está representada no chamado orçamento-programa.
Sobre esse assunto, assinale a alternativa correta.
a) A concepção básica desse sistema foi extraída da experiência americana obtida com a
implementação do orçamento por objeto.
b) O orçamento-programa enfatiza as coisas que o governo adquire, tais como provisões,
equipamentos e meios de transporte.
c) O orçamento-programa surgiu cobrindo áreas negligenciadas pelo Sistema de Planeja-
mento, Programação e Orçamento.
d) Na elaboração do orçamento-programa, são consideradas as necessidades financeiras
das unidades organizacionais. Os principais critérios classificatórios são unidades adminis-
trativas e elementos. e) Constituem elementos essenciais do orçamento-programa: os obje-
tivos, os programas, os custos e as medidas de desempenho.

Questão 57 (AOCP/FUNDASUS/TÉCNICO/2015) Em relação aos orçamentos públicos, com-


parando os tipos de orçamentos tradicional e programa, assinale a alternativa correta.
a) Quanto à finalidade, o orçamento-programa tem ênfase no que o governo compra, nos
itens por ele adquiridos.
b) Quanto à relação com o planejamento, o orçamento tradicional normalmente reflete ações
planejadas.
c) Quanto ao processo de elaboração, o orçamento tradicional conta com uma elaboração
técnica, e não empírica.
d) Quanto ao processo de elaboração, o orçamento-programa conta com uma elaboração
técnica, com estimativa real de recursos e cálculo real das necessidades.
e) Quanto à forma de controle, o orçamento tradicional tem ênfase nas realizações físicas.

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Orçamento Público
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Questão 58 (AOCP/TCE-PA/AUDITOR/2012) As atividades relacionadas com a utilização do


orçamento-programa envolvem, EXCETO
a) a comparação da participação das atividades privadas na obtenção das metas regionais.
b) a realização de estimativas e comparações entre os vários programas do governo, em ter-
mos de sua contribuição para o atingir os objetivos nacionais.
c) a determinação de como os objetivos escolhidos podem ser alcançados com o mínimo de
alocação de recurso.
d) a projeção das atividades do governo dentro de um horizonte temporal adequado.
e) a revisão dos objetivos, programas e orçamentos, tendo em vista a experiência adquirida e
as diferentes circunstâncias.

Questão 59 (AOCP/TCE-PA/AUDITOR/2012) Sobre o orçamento-programa, analise as as-


sertivas e assinale a alternativa correta.
I – O orçamento-programa foi introduzido no Brasil através da Lei n. 4.320/64.
II – O orçamento-programa pode ser entendido como um plano de trabalho, um instrumento
de planejamento da ação do governo, através da identificação dos seus programas de traba-
lho, projetos e atividades, além dos estabelecimentos de objetivos e metas a serem imple-
mentados, bem como a previsão dos custos relacionados.
III – A CF/88 implantou definitivamente o orçamento-programa no Brasil, ao estabelecer a
normatização da matéria orçamentária através do Plano Plurianual - PPA, da Lei de Diretrizes
Orçamentárias - LDO e da Lei Orçamentária Anual - LOA, ficando evidente o extremo zelo do
constituinte para com o planejamento das ações do governo.
IV – O orçamento de base zero é uma técnica utilizada para a confecção do orçamento-pro-
grama, que consiste basicamente em uma análise crítica de todos os recursos solicitados
pelos órgãos governamentais.
a) I, II, III e IV estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas I e IV estão corretas.
d) Apenas III e IV estão corretas.
e) I, II, III e IV estão incorretas.

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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamento Público
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Questão 60 (CONSULPLAN/PREFEITURA DE SÃO LEOPOLDO/AGENTE/2010) Desde sua im-


plantação, o orçamento público vem sofrendo inúmeras alterações de ordem técnica e filo-
sófica. Entretanto, a partir da edição da Lei n.. 4.320/64, passou-se a ser adotado um tipo de
orçamento, cuja base principal é o planejamento. Trata-se do:
a) Orçamento Tradicional ou Clássico.
b) Orçamento Participativo.
c) Orçamento de Metas.
d) Orçamento-Programa.
e) Plano Diretor.

Questão 61 (IBFC/CGE-RN/TÉCNICO/CONTROLE-INTERNO/2019) No que se refere ao orça-


mento público, assinale a alternativa correta:
a) orçamento de desempenho é o processo orçamentário em que é explicitado apenas o ob-
jeto de gasto. Ele apresenta valores para as despesas com pessoal, material e serviços, sem
relacionar os gastos a nenhuma finalidade. Também é conhecido como orçamento clássico.
b) orçamento-programa é o processo orçamentário que apresenta duas dimensões: o objeto
de gasto e o programa de trabalho, contendo as ações desenvolvidas. Esse modelo enfatiza o
desempenho organizacional e também é conhecido como orçamento funcional.
c) orçamento base zero é o processo orçamentário elaborado através de ajustes marginais
nos seus itens de receita e despesa. Nesse caso, a repetição do orçamento anterior se faz
acrescer da variação de preços ocorrida no período.
d) orçamento com teto fixo apresenta um critério de alocação de recursos através do estabe-
lecimento de um quantitativo financeiro fixo, obtido mediante a aplicação de um percentual
único sobre as despesas realizadas em determinado período. Esse percentual único serve de
base para que os órgãos/unidades elaborem suas propostas orçamentárias parciais.

Questão 62 (IBFC/EBSERH-HUGG/ANALISTA/ADM/2017) O Orçamento Público funciona


como um balizador da Economia. Se há elevados investimentos governamentais no Orçamen-
to, provavelmente o número de empregos aumentará, assim como a renda agregada melho-
rará. E o inverso provoca desemprego, desaceleração da economia e decréscimo no produto
interno bruto. O Orçamento Público tem funções. Assinale a alternativa que contém uma delas.

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Orçamento Público
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a) Função Aglomerativa
b) Função Sintética
c) Função Analítica
d) Função Alocativa
e) Função Estática

Questão 63 (IBFC/CM-ARARAQUARA/AGENTE/2016) Para se estudar o orçamento, é neces-


sário que se defina a ótica, o aspecto ou dimensão de observação, assinale a alternativa que
apresenta a ordem correta, de cima para baixo, das dimensões ou aspectos do orçamento.
( ) Representa o conjunto de regras e formalidades técnicas e legais exigidas na elaboração,
aprovação, execução e no controle do orçamento, corresponde às formalidades intrínsecas e
extrínsecas de forma que caracteriza a “ embalagem” do conteúdo orçamentário, principal-
mente no que diz respeito aos anexos que acompanham a Lei Orçamentária Anual.
( ) Não obstante todas as divergências existentes na doutrina, atualmente é posição domi-
nante, diversas vezes retiradas pelo STF, considerar o orçamento como lei formal. É aquela em
que se define ou integra a lei orçamentária no conjunto de leis do país.
( ) Representa o fluxo financeiro gerado pelas entradas de recursos obtidos com a arrecada-
ção de receitas e os dispêndios com as saídas de recursos proporcionados pelas despesas,
evidenciando a execução orçamentária.
( ) Corresponde à definição de prioridades, visando à inclusão e à realização de programas go-
vernamentais no plano de ação ou orçamento a ser executado, devendo compreender sempre
a ação política não só de definição dessas prioridades numa situação de escassez de recur-
sos, mas também a concepção e ideologia do partido político detentor do poder.
( ) Corresponde à característica que atribui ao orçamento, como plano de ação governamental
que o é, o poder intervir na atividade econômica, propiciando a geração de emprego e renda
em função dos investimentos que podem ser previstos e realizados pelo setor público, resul-
tando com isso o desenvolvimento do país.
a) Técnica - Jurídica – Financeira - Política - Econômica.
b) Jurídica - Técnica- Financeira – Econômica - Política.
c) Jurídica - Técnica- Econômica – Política - Financeira.
d) Técnica - Jurídica- Econômica - Política - Financeira

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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamento Público
Manuel Piñon

Questão 64 (QUADRIX/CFO-DF/CONTADOR/2017) A respeito de administração orçamentá-


ria e financeira, julgue o item.
A parcela das emendas parlamentares individuais destinada a ações e serviços públicos de
saúde compõe o piso que a União é obrigada a aplicar com essa finalidade.

Questão 65 (QUADRIX/SE-DF/PROFESSOR/2017) Com base nos conceitos e nas normas a


respeito de orçamento público no Brasil, julgue o próximo item.
Com a aprovação da chamada PEC do Teto de Gastos, a tentativa de cada segmento de in-
teresses de preservar sua “fatia” no orçamento tenderá a reforçar a prática incrementalista.

Questão 66 (QUADRIX/CFO-DF/TÉCNICO/2017) Com base em conhecimentos relativos à


matemática financeira, a finanças e a orçamento, julgue o item a seguir.
O orçamento participativo tem como característica relevante transferir a prerrogativa da deli-
beração sobre a alocação de recursos públicos do Poder Legislativo para as representações
da sociedade civil e obrigar o Poder Executivo a executar a programação aprovada por essas
instâncias populares.

Questão 67 (QUADRIX/CRP-9/ASSISTENTE/2012) O orçamento-programa é constituído


pela previsão das fontes de receita e a utilização dos recursos necessários, identificados por
Unidade Administrativa e seu respectivo programa de trabalho em termos de funções, pro-
gramas, subprogramas, projetos e atividades. O orçamento-programa é uma modalidade de
orçamento em que, do ponto de vista de sua apresentação, os recursos financeiros previstos
para cada Unidade Administrativa vinculam-se, direta ou indiretamente, aos objetivos a se-
rem alcançados. No orçamento-programa, os objetivos da intervenção governamental no de-
senvolvimento econômico e social da comunidade, tais como Educação, Saúde, Transporte,
Comunicação, Saneamento Básico, Segurança, recebem a denominação de:
a) Funções.
b) Programas.
c) Subprogramas.
d) Projetos.
e) Atividades

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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamento Público
Manuel Piñon

Questão 68 (UFG/UFG/CONTADOR/2017) O Orçamento Público é o instrumento de gestão


que os governos usam para organizar os seus recursos financeiros. O orçamento que incorpora
a população ao processo decisório da elaboração orçamentária, por meio de lideranças da so-
ciedade civil, audiências públicas ou por outras formas de consulta direta à sociedade, é o
a) programa.
b) base zero.
c) participativo.
d) incremental.

Questão 69 (VUNESP/PAULIPREV/PROCURADOR/2018) A respeito dos tipos de Orçamen-


tos Públicos, é correto afirmar:
a) o orçamento por desempenho é o tipo de orçamento adotado pela legislação financeira
brasileira e representa a manutenção, ano após ano, da mesma estrutura do orçamento ante-
rior, com ajustes marginais nas receitas previstas e despesas autorizadas.
b) adotado no Brasil, o orçamento-programa busca dar ênfase aos objetivos finais a serem
perseguidos pela ação do Estado, vinculando o planejamento estatal com a autorização das
despesas no orçamento.
c) o orçamento base zero consiste na técnica de codificação dos sub elementos de despesas
orçamentárias por meio da utilização de sequências numéricas iniciadas com o dígito zero,
seguidas da classificação funcional da despesa.
d) o orçamento clássico, adotado no Brasil, baseia-se na ausência de correlação entre as
despesas autorizadas em anos seguidos, revendo-se, na integralidade, a cada ano, o mérito
de cada ação orçamentária e a disponibilidade de recursos para seu financiamento.
e) o orçamento-programa visa a promover incentivos às unidades orçamentárias, por meio
da ampliação dos recursos destinados a ações com bom desempenho em anos anteriores,
colocando ênfase no objeto do gasto público.

Questão 70 (VUNESP/PREF-SJC/AUDITOR/2018) No orçamento por resultados informativo,


a) os recursos são indiretamente relacionados aos resultados passados ou futuros pretendidos.
b) as informações de desempenho são apenas apresentadas como subsídios à prestação de contas.
c) a alocação de recursos é diretamente vinculada aos resultados alcançados.

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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamento Público
Manuel Piñon

d) é feita uma análise crítica de todos os recursos solicitados pelos órgãos governamentais.
e) constam apenas a fixação da despesa e a previsão da receita, sem o planejamento das
ações do governo.

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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamento Público
Manuel Piñon

GABARITO
1. C 28. a 55. c
2. C 29. b 56. e
3. E 30. a 57. d
4. C 31. b 58. a
5. E 32. b 59. a
6. C 33. b 60. d
7. E 34. c 61. d
8. E 35. E 62. d
9. E 36. E 63. a
10. E 37. e 64. C
11. C 38. a 65. C
12. C 39. d 66. E
13. C 40. b 67. a
14. C 41. c 68. c
15. E 42. a 69. b
16. b 43. e 70. a
17. c 44. E
18. e 45. E
19. c 46. b
20. e 47. a
21. a 48. c
22. b 49. c
23. a 50. a
24. E 51. c
25. e 52. b
26. c 53. C
27. d 54. b

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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamento Público
Manuel Piñon

GABARITO COMENTADO
Questão 16 (IADES/HEMOCENTRO-DF/ANALISTA/2017) A ideia de um imposto de renda
progressivo baseia-se em uma função primordial do orçamento público, denominada função

a) equitativa.

b) distributiva.

c) estabilizadora.

d) alocativa.

e) empresarial.

Letra b.

A função distributiva refere-se às ações de caráter redistributivo efetuadas por meio de me-

didas de transferência que o Estado executa em favor dos segmentos menos favorecidos na

sociedade.

A implementação de imposto de renda progressivo, ou seja, no qual quem ganha mais paga

mais e cujos valores arrecadados sejam transferidos para pessoas de baixa renda, através da

oferta de educação e saúde de qualidade, é típica da função distributiva do orçamento público.

Questão 17 (IADES/PM-DF/OFICIAL/2017) De acordo com a Constituição Federal de 1988,

a elaboração e a execução do orçamento são de competência do Executivo, cabendo ao Le-

gislativo a votação e o controle. Quanto ao tipo de orçamento, é correto afirmar que o Brasil

adota o orçamento

a) legislativo.

b) executivo.

c) misto.

d) participativo.

e) impositivo.

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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamento Público
Manuel Piñon

Letra c.
No Brasil atual, está previsto em nossa CF de 1988 o tipo de orçamento público MISTO, em
que a votação e o controle do orçamento são de competência do Poder Legislativo, enquanto
a elaboração e a execução são de competência do Poder Executivo.

Questão 18 (IADES/CRF-DF/ANALISTA/2017) Assinale a alternativa que apresenta uma ca-


racterística do orçamento tradicional.
a) O controle objetiva avaliar a efetividade das ações governamentais.
b) A alocação de recursos visa à consecução de objetivos e metas.
c) Os princípios orçamentários buscam a utilização sistemática de indicadores do trabalho e
de resultados.
d) O orçamento tradicional constitui o elo entre o planejamento e as funções executivas da
organização.
e) As decisões orçamentárias consideram as necessidades das unidades organizacionais.

Letra e.
No orçamento clássico predominam os aspectos jurídico e político, não sendo usado como
instrumento de intervenção do Estado na economia, como é o caso do orçamento-programa.
Assim, as decisões orçamentárias consolidavam as necessidades das unidades organiza-
cionais, documento de previsão de receitas e autorização de despesas cujo foco era o que se
comprava.
As demais alternativas se referem às características do orçamento-programa.

Questão 19 (IADES/CRQ-21/ADMINISTRADOR/2014) Assinale a alternativa que indica uma


característica inerente ao orçamento-programa.
a) Ausência de planejamento.
b) Foco no objeto do gasto.
c) Foco no objetivo do gasto.
d) Instrumento de pressão política.
e) Foco nas unidades administrativas.

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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamento Público
Manuel Piñon

Letra c.
Apenas o foco no objetivo do gasto é característica do Orçamento-Programa. Repare abaixo
que todos as demais são relacionadas ao orçamento clássico.
No orçamento clássico predominam os aspectos jurídico e político (letra d), não sendo usado
como instrumento de intervenção do Estado na economia (letra a), como é o caso do orça-
mento-programa. Assim, as decisões orçamentárias consolidavam as necessidades das uni-
dades organizacionais (letra e), documento de previsão de receitas e autorização de despesas
cujo foco era o que se comprava (letra b).
Em suma, note na correlação acima, que apenas o objetivo do gasto não se relaciona às ca-
racterísticas do orçamento tradicional ou clássico.

Questão 20 (IADES/TRE-PA/TÉCNICO/2014) A respeito do orçamento programa, assinale a


alternativa incorreta.
a) O orçamento é o elo entre o planejamento e as funções executivas do governo.
b) A alocação de recursos visa à consecução de objetivos e metas.
c) Na elaboração do orçamento, são considerados todos os custos dos programas, inclusive
os que extrapolam o exercício.
d) O orçamento utiliza a sistemática de indicadores e padrões de medição do trabalho e dos
resultados.
e) A estrutura do orçamento dá ênfase aos aspectos contábeis da gestão.

Letra e.
Note que o orçamento-programa não dá ênfase aos aspectos contábeis, característica essa do
orçamento tradicional ou clássico. Na verdade, o orçamento-programa foca no planejamento.
Todas as demais alternativas apresentam características do orçamento-programa. Confira:

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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamento Público
Manuel Piñon

Orçamento Tradicional Orçamento Moderno


O processo orçamentário é dissociado dos proces- O orçamento é o elo entre o planejamento e as funções
sos de planejamento e programação. executivas da organização.
A alocação de recurso visa à consecução de objetivos
A alocação do recurso visa à aquisição de meios.
e metas.
As decisões orçamentárias são tomadas tendo em As decisões orçamentárias são tomadas com base em
vista as necessidades das unidades organizacionais. avaliações e análises técnicas das alternativas possíveis.
Na elaboração do orçamento são considerados todos
Na elaboração do orçamento são consideradas as
os custos dos programas, inclusive os que extrapo-
necessidades financeiras das unidades organizacionais.
lam o exercício.
A estrutura do orçamento dá ênfase aos aspectos A estrutura do orçamento está voltada para os aspec-
contábeis de gestão. tos administrativos e de planejamento.

Questão 21 (FCC/TRT-5ª/ANALISTA/2013) No orçamento-programa, uma das dimensões


do controle é a efetividade. Para isso, são utilizados indicadores que representam o produto
final dos programas governamentais, tal como,
a) aumento da expectativa de vida.
b) despesa per capita em educação.
c) número de hospitais.
d) professor/aluno.
e) número de consultas médicas.

Letra a.
Vamos aproveitar a oportunidade para aplicar os conceitos de eficiência, eficácia, economi-
cidade e efetividade.
A eficiência é a relação entre os produtos (bens e serviços) gerados por uma atividade e
os custos dos insumos empregados para produzi-los, em um determinado período de tem-
po, mantidos os padrões de qualidade. Essa dimensão refere-se ao esforço do processo de
transformação de insumos em produtos.
A eficácia é o grau de alcance das metas programadas (bens e serviços) em um determinado
período de tempo, independentemente dos custos implicados. Diz respeito se aquilo que foi
traçado como meta foi cumprido, sem levar em consideração os custos envolvidos.

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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamento Público
Manuel Piñon

A economicidade é a minimização dos custos dos recursos utilizados na consecução de uma


atividade, sem comprometimento dos padrões de qualidade. Refere-se à capacidade de uma
instituição gerir adequadamente os recursos financeiros colocados à sua disposição. De cer-
ta forma, o conceito de economicidade se confunde com o de eficiência.
A efetividade diz respeito ao alcance dos resultados pretendidos, a médio e longo prazo. Re-
fere-se à relação entre os resultados de uma intervenção ou programa, em termos de efeitos
sobre a população-alvo (impactos observados), e os objetivos pretendidos (impactos espe-
rados), traduzidos pelos objetivos finalísticos da intervenção. Ou seja, uma ação é efetiva
quando gera uma mudança, um impacto na sociedade.
Nesse sentido, a única alternativa que trata de efetividade é a letra a. O aumento da expectati-
va de vida de uma população é um indicador que traduz essa ideia de geração de valor para a
sociedade. Os demais indicadores (n. de consultas médicas, n. de hospitais, professor/aluno
e etc.) não permitem auferir resultados perante a população-alvo, sendo meras ferramentas
de gestão para dar suporte à análise da eficiência/eficácia/economicidade.

Questão 22 (FCC/TJ-PE/ANALISTA/2012) O instrumento de gestão em que se registra o ato


pelo qual o poder legislativo autoriza ao poder executivo, por certo período de tempo e, em
pormenores, as receitas a serem arrecadadas, e fixa as despesas a serem realizadas no exer-
cício financeiro vindouro, objetivando a continuidade, eficácia, eficiência, efetividade e a eco-
nomicidade dos serviços prestados à sociedade, denomina-se orçamento
a) estático.
b) público.
c) financeiro.
d) operacional.
e) flexível.

Letra b.
Aproveite para ver mais um conceito doutrinário de Orçamento Público, dessa vez do Mestre
Caldas Furtado:

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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamento Público
Manuel Piñon

Orçamento público é o instrumento através do qual os cidadãos, por intermédio de lei aprovada
por seus representantes no Parlamento, fixam a despesa e preveem a receita para o período de um
ano, a partir da determinação dos serviços públicos que serão prestados pelo Estado e dos demais
objetivos da política orçamentária, bem como da definição de quais, e de que forma, setores da
sociedade financiarão a atividade estatal.

Questão 23 (FCC/TJ-PE/ANALISTA/2012) O orçamento que enfatiza os fins, em vez de os


meios, e que a base fundamental é o planejamento, em vez de ser apenas um instrumento
contábil de controle, é o orçamento
a) programa.
b) base zero.
c) clássico.
d) tradicional.
e) legislativo.

Letra a.
O orçamento que enfatiza os fins, em vez de os meios, e que a base fundamental é o planeja-
mento, em vez de ser apenas um instrumento contábil de controle, é o orçamento programa,
que tem como características principais, as seguintes:
• o orçamento representa o elo entre o planejamento e as ações governamentais;
• a destinação dos recursos está atrelada ao alcance de objetivos e metas;
• as decisões sobre alocações de recursos são realizadas mediante avaliação com base
cientificadas possibilidades existentes;
• as despesas são agrupadas não só pela sua natureza econômica, mas também segun-
do a classificação funcional-programática, ou seja, os recursos são alocados segundo
as funções e programas de governo;
• a organização administrativa do ente e o planejamento são os delineadores da estru-
tura do orçamento;
• o controle vai além do exame da legalidade, avaliando a eficiência, a eficácia e efetivi-
dade das ações governamentais, com base em índices e padrões de mensuração dos
resultados dos programas.

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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamento Público
Manuel Piñon

Questão 24 (FCC/TRF-1ª/ANALISTA/2007/ADAPTADA) O orçamento-programa foi introdu-


zido no Brasil por meio da Lei n. 4.320/64 e do Decreto-Lei n. 200/67. A Constituição Federal
de 1988 consolidou definitivamente o orçamento-programa no Brasil, ao vincular o processo
orçamentário ao PPA, à LDO e à LOA. Julgue:
Orçamento-programa é um documento que prevê apenas a fixação da despesa e a pre-
visão da receita, constituindo a principal peça contábil-financeira para a orientação da
ação governamental.

Errado.
O orçamento-programa é um método de orçamentação por meio do qual as despesas públi-
cas são fixadas a partir da identificação das necessidades públicas sob a responsabilidade
de certo nível de governo e da sua organização, segundo níveis de prioridades e estruturas
apropriadas de classificação da programação.
Nessa pegada, podemos dizer sim que o orçamento-programa é o plano operacional de tra-
balho por meio da identificação dos seus programas de trabalho, projetos e atividades, além
do estabelecimento de objetivos e metas a serem implementados, bem como a previsão dos
custos relacionados, ou seja, vai muito além do que disse a assertiva.

Questão 25 (FCC/MPU/TÉCNICO/2007) Em relação ao orçamento-programa, é correto afirmar que


a) seu único critério de classificação de despesas são as unidades administrativas.
b) é totalmente dissociado do processo de planejamento.
c) sua estrutura enfatiza os aspectos contábeis da gestão.
d) sua prioridade é respeitar as necessidades financeiras das unidades orçamentárias.
e) constitui um dos instrumentos do planejamento governamental.

Letra e.
Com exceção da letra e, todas as outras tratam do orçamento tradicional. Guarde que o orça-
mento-programa é um instrumento de planejamento da ação do governo, por meio da identi-
ficação dos seus programas de trabalho, projetos e atividades, com estabelecimento de obje-
tivos e metas a serem implementados e previsão dos custos relacionados.

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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamento Público
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Questão 26 (FGV/DPE-RJ/CONTADOR/2019) A situação deficitária das contas públicas do


governo federal fez com que candidatos à presidência nas eleições de 2018 propusessem
mudanças drásticas na técnica de elaboração do orçamento utilizada pelo governo. Uma
dessas propostas apresentava a necessidade de que os gestores públicos justificassem anu-
almente de forma detalhada cada gasto público empregado, sem compromisso com qualquer
montante inicial de dotação.
Trata-se de técnica conhecida como orçamento:
a) clássico;
b) programa;
c) base zero;
d) por desempenho;
e) de teto móvel.

Letra c.
Muito noticiado na mídia no início do Governo Bolsonaro, o Orçamento Base Zero, que não
leva em conta a série histórica de gastos, busca passar um pente-fino em todos os gastos
governamentais. Assim, a ideia é avaliar as despesas propostas com uma lupa, definindo
prioridades e verificando o custo-benefício de cada gasto em detrimento de outro. Trata-se
de uma das ideias de Paulo Guedes para conter o déficit do Orçamento

Questão 27 (FGV/SEFIN-RO/CONTADOR/2018) Em relação à Lei Orçamentária Anual (LOA),


assinale a afirmativa correta.
a) Deve conter uma estimativa das receitas e das despesas em um exercício.
b) Deve conter a fixação para as receitas e para as despesas em um exercício.
c) As despesas e as receitas apresentadas devem ter valores iguais.
d) Deve compreender o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.
e) Deve compreender o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos
e entidades da administração direta e indireta, sem incluir as fundações instituídas e manti-
das pelo Poder Público.

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Orçamento Público
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Letra d.
A resposta está na literalidade do artigo 165, § 5º, da CF/88. Confira com grifos nossos:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha
a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo
Poder Público.

a) Errada. As despesas não são estimadas na LOA, mas sim fixadas.


b) Errada. Na verdade, as despesas são fixadas e as receitas previstas.
c) Errada. Na verdade, não se faz necessário que os montantes da receita e despesa sejam
iguais. Assim, se as receitas forem maiores, temos superávit, e se as despesas forem maiores,
teremos déficit.
e) Errada. Incluiu fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.

Questão 28 (FGV/CGM-NITERÓI/ANALISTA/2018) A Lei Orçamentária Anual (LOA.) é o or-


çamento propriamente dito, com vigência de 1 (um) ano, e compreende três orçamentos: o
fiscal, o de investimento de empresas estatais e o da seguridade social, tendo, cada um deles,
uma função específica.
Sobre o orçamento fiscal, assinale a opção que indica sua função específica.
a) Distributiva, a qual visa à redução das desigualdades.
b) Alocativa, a qual visa à produção de bens e serviços não providos pelo mercado.
c) Distributiva, a qual visa a garantir o pleno emprego e manter a economia aquecida.
d) Estabilizadora, a qual visa à produção de bens e serviços não providos pelo mercado.
e) Estabilizadora, a qual visa a garantir o pleno emprego e manter a economia aquecida.

Letra a.
Perceba que a função do orçamento fiscal é a redução das desigualdades, que representa a
função distributiva do Estado. Confira diretamente do texto constitucional, com grifos nossos:

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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamento Público
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Art. 165, § 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano
plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério
populacional.
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da admi-
nistração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha
a maioria do capital social com direito a voto”;

Questão 29 (FGV/CGM-NITERÓI/ANALISTA/2018) A edição do Decreto Federal n. 2.829/98,


que disciplinou o plano plurianual, tornou o orçamento-programa uma realidade no País. So-
bre o orçamento-programa, assinale a afirmativa correta.
a) É elaborado a partir de ajustes incrementais nas receitas e despesas, com base nos orça-
mentos anteriores.
b) Integra o orçamento com o planejamento, quantificando objetivos e fixando metas.
c) Contempla a participação direta da população no processo decisório sobre a alocação dos
recursos públicos.
d) Enfatiza a legalidade das ações do gestor e a aquisição dos meios.
e) Evidencia o objeto dos gastos, pautando-se nas necessidades financeiras de cada unidade.

Letra b.
Fixe em sua mente que a principal característica do orçamento-programa é a integração do
orçamento e do planejamento, além de estabelecer objetivos, metas e avaliações, ou seja, o
orçamento-programa integra o orçamento com o planejamento, quantificando objetivos e fi-
xando metas, funcionando como o instrumento operacional do planejamento.
Vamos agora comentar as demais alternativas e associá-las aos respectivos modelos de
orçamento.
a) Errada. Retenha que a técnica que se baseia nos orçamentos anteriores é o orçamento
incremental.

c) Errada. Lembre-se que orçamento participativo é quem contempla a participação direta da

população no processo decisório.

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d) Errada. Não se esqueça que o orçamento-programa enfatiza o objetivo do gasto e as

realizações.

e) Errada. Lembre-se que o tipo de orçamento que enfatiza o objeto do gasto e está pautado

nas necessidades do Estado é o orçamento tradicional.

Questão 30 (FGV/CGM-NITERÓI/ANALISTA/2018) O governante de um pequeno país, pre-

ocupado com as finanças públicas, decide pesquisar uma nova espécie de orçamento para

adotá-la em sua administração. Ele entende que a espécie de orçamento ideal é aquela que

justifica anualmente cada uma das despesas, enfatizando as necessidades do momento.

Sendo assim, a espécie de orçamento adequada às necessidades desse país é o

a) base zero.

b) tradicional.

c) legislativo.

d) autorizativo.

e) típico.

Letra a.
Trata-se do Orçamento base zero. Confira a conceituação desse modelo orçamentário, nas
palavras de Augustinho Paludo, no Livro “Orçamento Público” (AFO e LRF) 4ª Edição (Ed. El-
sevier), com grifos nossos:

Orçamento Base Zero surgiu no Texas, Estados Unidos, na década de 1970, e nele não há direito ad-
quirido no orçamento. Cada despesa é tratada como uma nova iniciativa de despesa, e a cada ano
é necessário provar as necessidades de orçamento, competindo com outras prioridades e projetos.
Inicia-se todo ano, partindo do “zero” – daí o nome Orçamento Base Zero. O Orçamento Base Zero
exige que o administrador justifique, a cada ano, todas as dotações solicitadas em seu orçamento,
incluindo alternativas, análise de custo, finalidade, medidas de desempenho, e as consequências
da não aprovação do orçamento. A ênfase é na eficiência, não se preocupa com as classificações
orçamentárias, mas com o porquê de se realizar determinada despesa.

Questão 31 (FGV/CM-SALVADOR/ANALISTA/2018) Um dos modelos orçamentários difun-


didos a partir da aplicação da lógica empresarial no setor público tem como base para elaboração

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Orçamento Público
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do orçamento atual a não vinculação com os montantes de despesa ou nível de atividade do


exercício anterior. Embora de difícil operacionalização, o modelo propicia reavaliações cons-
tantes das alocações de recursos. Esse modelo orçamentário é denominado orçamento:
a) programa;
b) base zero;
c) incremental;
d) operacional;
e) com teto móvel.

Letra b.
O enunciado da questão traz características do Orçamento Base Zero (OBZ), técnica orça-
mentária de difícil implementação por parte dos gestores públicos, já que exige uma avaliação
de toda programação de gastos a cada novo exercício, por isso da denominação base zero.
Toda ação, projeto ou atividade, seja nova ou de natureza contínua, deve ser detalhadamente
justificada a cada ano, ou seja, há sempre uma reavaliação constante da necessidade de ma-
nutenção do gasto ao longo do tempo.

Questão 32 (FGV/TJ-SC/ANALISTA/2018) Desde o surgimento das primeiras práticas orçamen-


tárias até a vigência dos atuais instrumentos de planejamento, o processo de orçamentação no
setor público passou por várias modificações relacionadas diretamente com o papel do Estado.
Uma das características das práticas modernas de orçamento que marca essa evolução é o(a):
a) foco no controle de insumos e produtos;
b) ênfase no impacto econômico do gasto público;
c) independência dos instrumentos de planejamento;
d) reforço no controle contábil das unidades orçamentárias;
e) tendência à contenção da despesa pública.

Letra b.
O orçamento atual, e que é considerado moderno, é o orçamento-programa, que foca no impacto
econômico do gasto público. Assim, o aspecto contábil deixou de ser o mais importante e a real efe-
tividade do gasto passou a ser prioridade, dando ênfase ao fim social e econômico do gasto público.

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Destaca-se ainda o fato de o orçamento-programa promover a vinculação do instrumento


de orçamentação com o planejamento das ações governamentais e preocupa-se com os im-
pactos das ações governamentais gerados à sociedade (efetividade), e não só com o mero
cumprimento de objetivos e metas, que nem sempre atendem às necessidades coletivas.
Veja o quadro-resumo elaborado pelo professor Giacomoni, contendo as principais diferen-
ças entre o orçamento tradicional e o orçamento moderno:

Orçamento Tradicional Orçamento Moderno


O processo orçamentário é dissociado dos proces- O orçamento é o elo entre o planejamento e as funções
sos de planejamento e programação. executivas da organização.
A alocação de recurso visa à consecução de objetivos
A alocação do recurso visa à aquisição de meios.
e metas.
As decisões orçamentárias são tomadas tendo em As decisões orçamentárias são tomadas com base em
vista as necessidades das unidades organizacionais. avaliações e análises técnicas das alternativas possíveis.
Na elaboração do orçamento são considerados todos
Na elaboração do orçamento são consideradas as
os custos dos programas, inclusive os que extrapo-
necessidades financeiras das unidades organizacionais.
lam o exercício.
A estrutura do orçamento dá ênfase aos aspectos A estrutura do orçamento está voltada para os aspec-
contábeis de gestão. tos administrativos e de planejamento.

Questão 33 (FGV/ALE-RO/ANALISTA/2018) Em relação à despesa salarial da ASSEMBLÉIA


LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA, é correto afirmar que pertence à esfera orçamentá-
ria relativa ao orçamento
a) da Seguridade Social.
b) Fiscal.
c) de Investimento.
d) Base Zero.
e) Extrafiscal.

Letra b.
Perceba que a ALE-RO - ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA é o Poder
Legislativo do Estado, pertencendo assim a Administração Direta. Considerando que temos 3
suborçamentos, o Fiscal, o de Investimentos das empresas e o da Seguridade Social, as des-
pesas de salário da ALE-RO devem constar no Orçamento Fiscal do ESTADO DE RONDÔNIA.

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Questão 34 (FGV/ALE-RJ/ESPECIALISTA/2017) O orçamento surgiu no setor público como


instrumento de controle. A consolidação da democracia e o crescimento das atribuições do
Estado criaram a necessidade de desenvolvimento de modelos orçamentários condizentes
com as necessidades da Administração Pública. Um elemento que caracteriza a concepção
moderna de Orçamento Público é:
a) ausência de integração entre planejamento e orçamento;
b) ênfase na redução dos gastos públicos;
c) influência da lógica empresarial;
d) neutralidade das finanças públicas;
e) papel secundário do aspecto econômico.

Letra c.
a) Errada. Uma das características principais do orçamento programa é a integração entre
planejamento e orçamento.
b) Errada. Ênfase moderna é na efetividade dos gastos públicos.
c) Certa. É isso mesmo! Integrar Planejamento e Orçamento, focando na eficiência, eficácia e
efetividade, como nas empresas.
d) Errada. As funções são alocativa, distributiva e estabilizadora.
e) Errada. O orçamento moderno foca no aspecto econômico, não dando mais prioridade total
ao aspecto contábil.

Questão 35 (FGV/ALE-RJ/ESPECIALISTA/2017/ADAPTADA) O orçamento surgiu no setor


público como instrumento de controle. A consolidação da democracia e o crescimento das
atribuições do Estado criaram a necessidade de desenvolvimento de modelos orçamentários
condizentes com as necessidades da Administração Pública. Julgue a assertiva abaixo:
Um elemento que caracteriza a concepção moderna de orçamento público é a ausência de
integração entre planejamento e orçamento.

Errado.
Orçamento-Programa PRIORIZA atender aos objetivos, metas e prioridades definidos no Pla-
nejamento das ações do Governo, integrando planejamento e orçamento.

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Questão 36 (FGV/ALE-RJ/ESPECIALISTA/2017/ADAPTADA) Julgue:


A elaboração do Orçamento Público é baseada em alguns princípios que servem como bali-
zadores do formato e do conteúdo do orçamento. A elaboração detalhada do orçamento, que
expresse a origem dos recursos e sua aplicação em cada exercício está em consonância com
o princípio da transparência.

Errado.
Na verdade, a elaboração detalhada do orçamento, que expresse a origem dos recursos e sua
aplicação em cada exercício, está em consonância com o princípio da especificação.

Questão 37 (FGV/IBGE/ANALISTA/2017) Desde o surgimento das primeiras práticas orça-


mentárias na administração pública, o orçamento tem evoluído e têm surgido modelos e con-
ceitos orçamentários com o objetivo de fornecer informações para a gestão adequada dos
recursos públicos. Um dos modelos orçamentários mais difundidos é o chamado orçamento-
-programa, que tem entre as suas características:
a) enfatizar as metas e objetivos de curto prazo;
b) ser instrumento disciplinador das finanças públicas;
c) priorizar as necessidades financeiras das unidades organizacionais;
d) manter o equilíbrio financeiro e evitar ao máximo a expansão dos gastos públicos;
e) adotar medidas de desempenho com a finalidade de acompanhar o cumprimento das me-
tas definidas.

Letra e.
Observe que uma das principais características desse modelo de orçamentação (Orçamento-
-Programa) é justamente realizar a quantificação dos objetivos e metas para que seja possí-
vel acompanhar o cumprimento das metas definidas.

Questão 38 (FGV/TJ-RO/ADMINISTRADOR/2015) Os conceitos de orçamento tradicional e


orçamento moderno não são modelos definidos, mas concepções extremas a partir das quais
os modelos e técnicas orçamentárias são elaborados. Uma das características da concepção
tradicional do orçamento público é:

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a) a alocação de recursos com vistas à aquisição de meios;


b) a existência de associação entre orçamento e planejamento;
c) a preponderância do aspecto econômico, que reflete a intervenção do Estado;
d) a utilização do orçamento como instrumento de administração;
e) o controle com vistas a avaliar a eficiência e eficácia das ações.

Letra a.
O Orçamento Tradicional ficou conhecido como “lei de meios”, já que focava nos meios e não
nas metas e objetivos do Estado.

Questão 39 (FGV/TJ-SC/ANALISTA/2015) A prática de elaboração de um orçamento para as


atividades governamentais tem origem na Inglaterra e apresentou diversas características que
marcam sua evolução ao longo do tempo. O método de elaboração de orçamento em que a
cada novo exercício deve haver justificativa detalhada dos recursos solicitados é o orçamento:
a) programa;
b) por desempenho;
c) participativo;
d) base zero;
e) operacional.

Letra d.
O orçamento base zero, cujo foco era passar um pente fino em TODOS OS GASTOS, é o mé-
todo de elaboração de orçamento em que a cada novo exercício deve haver uma justificativa
detalhada dos recursos solicitados, já que toda informação prévia relativa aos anos anterio-
res era desprezada, ou seja, a necessidade e a utilidades de cada despesa deveria ser vista
como se fosse completamente nova.

Questão 40 (FGV/TCM-SP/ECONOMISTA/2015) Relacione as funções do governo com suas


respectivas características ou descrições.
1. Função Alocativa

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2. Função Distributiva
3. Função Estabilizadora
( ) O mecanismo eleitoral é imprescindível para que uma sociedade revele suas preferências de dis-
tribuição dos recursos públicos disponíveis na provisão de bens e serviços por parte do Estado.
( ) Uma taxa de inflação elevada tende a impactar mais fortemente os mais pobres, visto que
estes têm maior perda de poder de compra de seus rendimentos. Essa é uma das razões pelas
quais o governo deve usar a política monetária e fiscal para combater a inflação.
( ) A tributação de grandes fortunas pode ser um mecanismo importante para financiar pro-
gramas de construção de moradias populares.
A relação correta, de cima para baixo, é:
a) 1, 2 e 3;
b) 1, 3 e 2;
c) 2, 1 e 3;
d) 2, 3 e 1;
e) 3, 1 e 2.

Letra b.
Vamos associar e marcar a sequência correta.
1 – Alocativa, com o governo alocando recursos para fornecer bens e serviços públicos à
população.
3 – Estabilizadora com foco na estabilização macroeconômica.
2 – Distributiva, usando o dinheiro arrecado dos ricos para distribuir aos pobres via mo-
radia popular.

Questão 41 (FGV/DPE-MT/ECONOMISTA/2015) Segundo muitos analistas, a economia bra-


sileira apresentou um crescimento próximo de 0% em 2014. Aliado a uma taxa de inflação
próxima de 6,5%, podemos dizer que a economia se encontra em um cenário de estagflação,
mas ainda mantendo uma baixa taxa de desemprego. Nesse sentido, o governo não tem cum-
prido totalmente a sua função
a) alocativa, por meio da política fiscal.

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b) distributiva, por meio da política monetária.


c) estabilizadora, por meio de uma combinação das políticas monetária e fiscal.
d) estabilizadora, por meio do melhor provimento de serviços públicos.
e) alocativa, por meio da elevação das contribuições relativas a seguridade social.

Letra c.
Numa lida do enunciado já podemos ver que estamos falando da função estabilizadora, aque-
la responsável por manter a estabilidade do nível de preços, o que já elimina as alternativas, a,
b e e. Bem, a função estabilizadora normalmente é exercida pela combinação adequada das
políticas monetária e fiscal.

Questão 42 (FGV/DPE-RO/ANALISTA/2015) Em relação às funções do Estado, considere V


para a(s) afirmativa(s) verdadeira(s) ou F para a(s) falsa(s):
( ) Um candidato eleito que eleva os gastos com segurança pública, está exercendo a sua
função alocativa.
( ) A implementação de um imposto sobre grandes fortunas e a redução daqueles cobrados
sobre os extratos menores de renda estão relacionados à função distributiva.
( ) Políticas que reduzam os custos admissionais a fim de elevar o emprego estão relaciona-
das à função estabilizadora.
A sequência correta é:
a) V – V – V;
b) V – V – F;
c) F – V – V;
d) F – F – V;
e) F – F – F.

Letra a.
Vamos julgar, comentar e marcar a sequência correta.
I – Verdadeira. Segurança pública é um caso típico de função alocativa.
II – Verdadeira. Sim. Belo exemplo de redistribuição de renda via tributação.
III – Verdadeira. Manter o nível de emprego faz parte da função estabilizadora.

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Questão 43 (FGV/DPE-RO/ANALISTA/2015) Uma característica do orçamento-programa,


que se baseia em uma concepção moderna de orçamento, que o diferencia das práticas orça-
mentárias tradicionais é o(a):
a) ênfase na função de controle;
b) ênfase no aspecto jurídico do orçamento;
c) foco nos insumos;
d) posição secundária do aspecto econômico;
e) vinculação entre orçamento e planejamento.

Letra e.
O Orçamento-Programa PRIORIZA atender aos objetivos, metas e prioridades definidos no
Planejamento das ações do Governo, integrando e vinculando planejamento e orçamento.

Questão 44 (FGV/TCE-BA/AGENTE/2014-ADAPTADO) Julgue:


O Orçamento Público apresenta apenas os enfoques político e jurídico para sua execução
e controle.

Errado.
Na verdade, o orçamento tem aspecto político, porque revela ações sociais e regionais na
destinação das verbas. Tem também características econômicas, porque manifesta a realida-
de da economia. É técnico, porque utiliza cálculos de receita e de despesa e tem, ainda, aspec-
tos jurídicos, porque atende às normas da Constituição Federal e de leis infraconstitucionais.

Questão 45 (FGV/TCE-BA/AGENTE/2014-ADAPTADA) Julgue:


O Orçamento Público tem a finalidade de alcançar a satisfação social, independente do equi-
líbrio fiscal.

Errado.
Na verdade, em atendimento ao princípio do equilíbrio orçamentário, reforçado pela LRF, do
ponto de vista econômico, o orçamento público deve racionalizar o processo de alocação de
recursos, conciliando essa alocação com o equilíbrio das contas públicas.

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Questão 46 (CESPE/COGE-PE/AUDITOR/2019) Com o objetivo de melhor atender aos inte-


resses da sociedade, as nações procuram aprimorar o seu sistema orçamentário; isso dá
origem a vários modelos orçamentários. Nesse sentido, assinale a opção correta relativa a
modelos orçamentários.
a) A alocação de recursos, no modelo de orçamento tradicional, visa ao alcance de objetivos
e metas preestabelecidas.
b) A estrutura do orçamento-programa está associada ao planejamento e à adoção de indi-
cadores de medição de resultados.
c) O orçamento desempenho é fundamentado nos custos dos programas e nas metas quali-
tativas para alcance de resultados.
d) A elaboração do orçamento base zero é realizada a partir da perspectiva do orçamento
incremental.
e) O orçamento por resultados é fundamentado em padrões de alocação de recursos, com
ênfase na economia de recursos.

Letra b.
O orçamento-programa deve ser visto como um plano de trabalho expresso por um conjun-
to de ações a realizar e pela identificação dos recursos necessários para a sua execução,
fazendo com que o gasto público possa ser detalhado de modo a enfatizar a sua finalidade,
identificando para cada gasto a respectiva a ação, definindo o responsável pela respectiva
execução de cada ação, além de apresentar individualmente os resultados esperados para
cada uma delas.
Nessa linha de raciocínio, o orçamento-programa destaca a integração ente o planejamento e o
orçamento, a quantificação dos objetivos e metas, a utilização das relações de insumo-produto
e das diversas alternativas programáticas em seu processo decisório, além de permitir o uso de
ferramentas para medir os seus resultados, priorizando atender aos objetivos, metas e priorida-
des definidos no Planejamento das ações do Governo, integrando planejamento e orçamento.
a) Errada. Essa é uma característica do orçamento-programa.
c) Errada. Essa é uma característica do orçamento-programa.

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d) Errada. O Orçamento Base Zero não leva em conta a série histórica de gastos, mas sim a
realização de uma análise detalhada dos gastos.
e) Errada. A ênfase do orçamento por resultados é na efetividade dos seus atos.

Questão 47 (CESPE/TCM-BA/AUDITOR/2018) A sistemática de elaboração orçamentária


que exige a justificativa de cada recurso solicitado, sem fixar de antemão um valor orçamen-
tário inicial e sem considerar os valores previstos no orçamento anterior, denomina-se
a) orçamento base zero.
b) orçamento participativo.
c) orçamento-programa.
d) orçamento tradicional.
e) orçamento de desempenho.

Letra a.
É denominada orçamento base zero a técnica orçamentária que consiste na obrigação de
que o administrador justifique, a cada ano, todas as dotações solicitadas em seu orçamento,
incluindo alternativas, análise de custo, finalidade, medidas de desempenho, e as consequên-
cias da não aprovação do orçamento.

Questão 48 (CESPE/TCE-PB/AUDITOR/2018) Considerando o regime constitucional das leis


que tratam do Orçamento Público, assinale a opção correta.
a) Em razão do princípio da eficiência orçamentária, o Poder Executivo, mesmo sem prévia
autorização legislativa, pode utilizar os recursos que não tenham despesa correspondente
aprovada em virtude de emenda no projeto da LOA.
b) A LOA compreende o orçamento da seguridade social das entidades e órgãos vinculados
à União, inclusive de todas as fundações, autarquias, empresas públicas e sociedades de
economia mista.
c) O modelo de orçamento anual adotado na CF é meramente autorizativo, apesar da existência
de dispositivos constitucionais que tornam obrigatória a despesa nas áreas de saúde e educação.
d) A LOA prevê a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas
de capital, desde que a proposta seja aprovada por maioria qualificada.

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e) O plano plurianual tem por objetivo estabelecer a previsão da receita e a fixação da despesa
para o período de quatro anos.

Letra c.
Até antes da entrada em vigência da Emenda Constitucional n. 86/2015, o nosso orçamento
era pacificamente considerado “autorizativo”, assim, até então, a não execução de um crédito
orçamentário autorizado pela LOA não era considerado crime de responsabilidade. Mas isso
mudou com a entrada em vigor da mencionada Emenda à Constituição, e, atualmente, o orça-
mento é considerado, embora apenas em parte, impositivo.

Questão 49 (CESPE/PREFEITURA DE JOÃO PESSOA/PROCURADOR/2018) Em relação ao


conceito, às espécies e à natureza jurídica do orçamento público, julgue os itens a seguir.
I – De acordo com a jurisprudência do STF, o Orçamento Público, em regra, possui caráter au-
torizativo, ou seja, o simples fato de uma despesa ser incluída no orçamento não gera direito
subjetivo à sua realização.
II – O Orçamento Público é instrumentalizado por meio de lei que possui caráter formal, o que
torna inviável o seu controle em sede abstrata.
III – O orçamento base zero constitui uma técnica de elaboração do orçamento em que há o
reexame crítico dos dispêndios de cada área governamental, de modo que não há compro-
misso com o montante de dispêndios do exercício anterior.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas os itens I e III estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.

Letra c.
Vamos julgar os itens e marcar a alternativa correspondente.
I – Verdadeiro. O STF já decidiu que a previsão de despesa, em lei orçamentária, não gera
direito subjetivo a ser assegurado por via judicial. Assim, o simples fato de uma despesa

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discricionária ser incluída no orçamento não gera direito subjetivo à sua realização, em regra,
mas claro, admitindo as exceções dos valores objeto de destinações específicas de acordo
com a nossa CF/88.
II – Falso, já que é possível a impugnação de lei orçamentária em sede controle de constitu-
cionalidade. Veja decisão na ADI 5.449-MC:

Leis orçamentárias que materializem atos de aplicação primária da Constituição Federal


podem ser submetidas a controle de constitucionalidade em processos objetivos.

III – Verdadeiro. O orçamento base zero parte do ZERO, realizando uma análise detalhada dos
gastos governamentais. Analisando as despesas propostas, passa um pente fino, definindo
prioridades e verificando o custo-benefício de determinado gasto em detrimento de outro.

Questão 50 (FCC/FUNAPE/ANALISTA/2017) A Emenda Constitucional n. 86, de 2015, intro-


duziu o caráter equitativo para a execução orçamentária e financeira, segundo critérios a se-
rem definidos em lei complementar, consolidando o que se convencionou chamar de “orça-
mento impositivo”, que, entre outros aspectos, contempla
a) a obrigatoriedade da execução orçamentária e financeira das emendas individuais ao pro-
jeto de lei orçamentária, aprovadas no limite de 1,2% da receita corrente líquida do exercício
anterior, das quais 50% deverão, necessariamente, ser destinadas à ações e serviços públicos
na área da saúde, afastada a obrigatoriedade no caso de impedimentos de ordem técnica.
b) a inviabilidade de apresentação de emendas parlamentares ao projeto de lei orçamentária
encaminhado pelo Poder Executivo, salvo se respaldadas na revisão das estimativas das pro-
jeções de receita constantes do anexo de metas fiscais que integra a Lei de Diretrizes Orça-
mentárias ou para ações destinadas à área da saúde.
c) a obrigatoriedade de destinar ao menos um terço do valor da estimativa de receitas prevista
na Lei Orçamentária Anual para emendas individuais de parlamentares, das quais 50% deverão,
necessariamente, ser destinadas a ações e serviços públicos na área da educação e saúde.
d) a vedação à apresentação de emendas individuais de parlamentares ao projeto de lei or-
çamentária anual encaminhado pelo Poder Executivo, salvo para correção de erros e inexatidões,

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ou para assegurar a aplicação dos limites mínimos previstos na Constituição Federal para
programas e ações nas áreas da saúde e educação.
e) a obrigatoriedade do estrito cumprimento da execução orçamentária e financeira dos pro-
gramas consignados na Lei Orçamentária Anual, inclusive os oriundos de emendas individu-
ais de qualquer natureza, salvo na hipótese de revisão das metas fiscais ou materialização de
passivos contingentes.

Letra a.
Após a entrada em vigor da Emenda Constitucional – EC 86/2015, apelidada de “EC do orça-
mento impositivo”, passou a ser obrigatória a execução da programação orçamentária relati-
vas às emendas individuais à LOA por parte dos congressistas, sendo que tais emendas serão
aprovadas até 1,2% da Receita Corrente Líquida - RCL prevista no projeto de LOA encaminha-
do ao Congresso Nacional.

Questão 51 (FCC/CL-DF/CONSULTOR/2018) Se o orçamento público for elaborado com


base na concepção do orçamento-programa, terá como um dos principais critérios de classi-
ficação da despesa orçamentária aquele por
a) natureza e o objetivo de um programa vinculado à função saúde poderá ser aumentar o
número de vacinas adquiridas.
b) estrutura programática e o objetivo de um programa vinculado à função educação poderá
ser aumentar o número de livros adquiridos.
c) estrutura programática e o objetivo de um programa vinculado à função educação poderá
ser a redução do analfabetismo.
d) ações e o objetivo de um programa vinculado à função saúde poderá ser aumentar o nú-
mero de médicos contratados.
e) elementos de despesa e o objetivo de um programa vinculado à função assistência social
poderá ser a redução da população em situação de vulnerabilidade

Letra c.
O orçamento-programa tem como principal critério de classificação da despesa orçamentária o
funcional-programático, com foco na realização dos programas e não no objeto da compra em si.

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Orçamento Público
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Note que na alternativa c temos a classificação das despesas com base na estrutura progra-
mática e naquilo que o governo realiza, ou seja, na redução do analfabetismo.
a) Errada. O foco deve ser na realização dos programas e não no objeto da compra em si (va-
cina).
b) Errada. O foco deve ser na realização dos programas e não no objeto da compra em si (li-
vros).
d) Errada. O foco deve ser na realização dos programas e não no objeto da compra em si (con-
tratação de médicos)
e) Errada. A classificação por elementos de despesa não é um dos principais critérios utiliza-
dos de acordo com o orçamento-programa.

Questão 52 (FCC/TRT-11ª/ANALISTA/2017) Sobre o orçamento-programa é INCORRETO


afirmar que
a) o orçamento é o elo de interação entre o planejamento e as funções executivas da organização.
b) a ênfase está nos meios (o que se compra) e não nas diretrizes, prioridades, objetivos
e metas.
c) o controle visa avaliar a eficiência, eficácia e efetividade das ações governamentais.
d) a Lei n. 4.320/1964 contém determinações para a elaboração da Lei Orçamentária Anual
que são típicas do orçamento-programa.
e) o principal critério de classificação está contido na Portaria STN e MOG no 42/1999.

Letra b.
O orçamento-programa visa fazer com que o gasto público possa ser detalhado de modo a
enfatizar a sua finalidade, identificando para cada gasto a respectiva ação, definindo o res-
ponsável pela respectiva execução de cada ação, além de apresentar individualmente os re-
sultados esperados para cada uma delas.
Assim, a ênfase do Orçamento Programa NÃO está nos meios (o que se compra), MAS SIM
nas diretrizes, prioridades, objetivos e metas.

Questão 53 (FCC/TCM-RJ/PROCURADOR/2015/ADAPTADA) O orçamento é conceituado


pela doutrina como uma lei formal, especial (trata de matéria específica), de efeito concreto

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e com certo prazo de vigência. Por isso, sua natureza jurídica é de “lei”, sendo uma lei auto-
rizativa, porque autoriza a Administração a praticar atos administrativos, assim como cobrar
tributos e efetuar despesas. Sobre as espécies de orçamento, julgue:
A doutrina afirma que a Constituição Federal brasileira adotou o chamado Orçamento Misto,
em que o Poder Executivo tem a competência para elaboração dos projetos de leis orçamen-
tárias e o envio destes projetos ao Poder Legislativo, para sua discussão e aprovação.

Certo.
Excelente questão para confirmar que o entendimento da banca acompanha a doutrina no
sentido de que o Orçamento é uma lei formal, especial (trata de matéria específica), de efeito
concreto e com certo prazo de vigência e que, por isso, sua natureza jurídica é de “lei”, sendo
uma lei autorizativa, porque autoriza a Administração a praticar atos administrativos, assim
como cobrar tributos e efetuar despesas.
Realmente, a Doutrina entende que o Orçamento brasileiro é misto, já que o Poder Executivo
tem a competência para elaboração dos projetos de leis orçamentárias e ao Poder Legislativo
cabe a sua discussão e aprovação, diferentemente dos modelos Legislativo e Executivo, em
que apenas um dos Poderes atua.

Questão 54 (FCC/TCM-RJ/AUDITOR/2015) A espécie de orçamento cuja técnica utilizada


para sua confecção consiste em desconsiderar os valores do ano anterior como valor inicial
mínimo, e proceder a uma análise crítica de todos os recursos solicitados pelos órgãos go-
vernamentais, e de suas efetivas necessidades, sem qualquer compromisso com montantes
iniciais de dotações, denomina-se orçamento
a) real ou efetivo.
b) de base zero ou por estratégia.
c) participativo.
d) democrático.
e) de desempenho ou por realizações.

Letra b.
A espécie de orçamento cuja técnica utilizada para sua confecção consiste em desconsiderar
os valores do ano anterior como valor inicial mínimo e proceder a uma análise crítica de todos

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os recursos solicitados pelos órgãos governamentais e de suas efetivas necessidades, sem


qualquer compromisso com montantes iniciais de dotações, denomina-se orçamento base
zero ou por estratégia.
A sua ideia-chave é fazer com que todas as despesas de todos os órgãos sejam justificadas
detalhadamente, sem permitir que o simples fato de que uma despesa que já estivesse no
orçamento do ano anterior fosse simplesmente repetida, tratando cada gasto demandado
como um novo gasto.
O foco desse modelo de orçamentação é identificar gastos, programas, e até órgãos que não
tinham utilidade prática para a Administração Pública. Seguindo essa linha de raciocínio, para
que um gasto fosse “aprovado”, ela deveria ser eficiente e eficaz, não poderia ter ainda mais
suas operações reduzidas ou eliminadas.

Questão 55 (FCC/TCM-RJ/AUDITOR/2015) O orçamento do qual consta apenas a previsão


da receita e a fixação da despesa, constituindo uma peça meramente contábil-financeira, sem
nenhuma espécie de planejamento da ação do governo, sem qualquer objetivo econômico e
social de forma clara e sem preocupação com objetivos e metas e voltado preferencialmente
às necessidades dos órgãos públicos, denomina-se orçamento
a) de desempenho ou por realizações.
b) estatal.
c) clássico ou tradicional.
d) pragmático.
e) de base zero ou por estratégia.

Letra c.
Veja a visão do Mestre Harrison Leite sobre o orçamento tradicional:

O orçamento tradicional era o orçamento desvinculado de qualquer planejamento, com foco mais
em questões contábeis, em detrimento de um foco administrativo de gestão. Aqui o orçamento era
uma mera peça contábil e não havia menção a qualquer objetivo ou meta a ser atingida. Demonstra
despreocupação do gestor com o atendimento das necessidades populacionais, uma vez que se
atenta mais para as necessidades das unidades organizacionais.

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Questão 56 (AOCP/PREF-JF/TÉCNICO/2016) Desde sua criação, o orçamento público pas-


sou por um contínuo processo de reforma e aprimoramento, com efeitos importantes sobre
sua ênfase, conceituação e prática. Em muitos países, em especial no Brasil, a idealização do
orçamento moderno esteve, e ainda está representada no chamado orçamento-programa.
Sobre esse assunto, assinale a alternativa correta.
a) A concepção básica desse sistema foi extraída da experiência americana obtida com a
implementação do orçamento por objeto.
b) O orçamento-programa enfatiza as coisas que o governo adquire, tais como provisões,
equipamentos e meios de transporte.
c) O orçamento-programa surgiu cobrindo áreas negligenciadas pelo Sistema de Planeja-
mento, Programação e Orçamento.
d) Na elaboração do orçamento-programa, são consideradas as necessidades financeiras
das unidades organizacionais. Os principais critérios classificatórios são unidades adminis-
trativas e elementos. e) Constituem elementos essenciais do orçamento-programa: os obje-
tivos, os programas, os custos e as medidas de desempenho.

Letra e.
A letra e descreveu corretamente os elementos essenciais do orçamento-programa, em con-
formidade com o renomado doutrinador na área de Finanças Públicas, Giacomoni, que, em
sua obra, destaca que o orçamento-programa deve conter:

os objetivos e propósitos perseguidos pela instituição e para cuja consecução são utilizados os
recursos orçamentários, os programas, isto é, os instrumentos de integração dos esforços gover-
namentais, no sentido da concretização dos objetivos, os custos dos programas medidos por meio
da identificação dos meios ou insumos (pessoal, material, equipamentos, serviços, etc.) necessá-
rios para a obtenção dos resultados; e as medidas de desempenho, com a finalidade de medir as
realizações (produto final) e os esforços despendidos na execução dos programas.

a) Errada. Inexiste tal relação.


b) Errada. Na verdade, o orçamento-programa enfatiza naquilo que o governo faz destacando
objetivos e metas.
c) Errada. Inexiste tal relação.
d) Errada. Essas são características do orçamento tradicional.

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Orçamento Público
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Questão 57 (AOCP/FUNDASUS/TÉCNICO/2015) Em relação aos orçamentos públicos, com-


parando os tipos de orçamentos tradicional e programa, assinale a alternativa correta.
a) Quanto à finalidade, o orçamento-programa tem ênfase no que o governo compra, nos
itens por ele adquiridos.
b) Quanto à relação com o planejamento, o orçamento tradicional normalmente reflete ações
planejadas.
c) Quanto ao processo de elaboração, o orçamento tradicional conta com uma elaboração
técnica, e não empírica.
d) Quanto ao processo de elaboração, o orçamento-programa conta com uma elaboração
técnica, com estimativa real de recursos e cálculo real das necessidades.
e) Quanto à forma de controle, o orçamento tradicional tem ênfase nas realizações físicas.

Letra d.

Realizações (desempenho)

Foco - o que o órgão fez no exercício anterior


Preocupação - desempenho governamental
Planejamento - existe, mas não é vinculado (pode exceder o planejado)

Base zero (por estratégia)

- Necessidade de justificativa de todos os programas cada vez que se inicia um


novo ciclo orçamentário
- Análise, revisão e avaliação de todos as despesas propostas e não apenas as das
solicitações que ultrapassam o nível de gasto já existente

Participativo

- Participação direta do povo


- Democratização do orçamento
- Conscientização político-orçamentária
- Não vincula o gestor
- Normalmente, em municípios

Orçamento-programa

- Foco - objetivos
- Preocupação - resolver problemas da sociedade
- Planejamento - flexível, mas vinculado
- Elo integrador entre o plano (PPA) e o orçamento (LOA)

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Orçamento Público
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Quanto ao processo de elaboração, o orçamento-programa conta com uma elaboração téc-


nica, com estimativa real de recursos e cálculo real das necessidades e vai além de um orça-
mento como documento financeiro, ou seja, ele é um efetivo instrumento de operacionaliza-
ção das ações do governo, ligando o planejamento ao orçamento via programas de governo,
focando nos aspectos gerenciais e alcance de resultados.

Questão 58 (AOCP/TCE-PA/AUDITOR/2012) As atividades relacionadas com a utilização do


orçamento-programa envolvem, EXCETO
a) a comparação da participação das atividades privadas na obtenção das metas regionais.
b) a realização de estimativas e comparações entre os vários programas do governo, em ter-
mos de sua contribuição para o atingir os objetivos nacionais.
c) a determinação de como os objetivos escolhidos podem ser alcançados com o mínimo de
alocação de recurso.
d) a projeção das atividades do governo dentro de um horizonte temporal adequado.
e) a revisão dos objetivos, programas e orçamentos, tendo em vista a experiência adquirida e
as diferentes circunstâncias.

Letra a.
Os elementos essenciais do orçamento-programa, em conformidade com o renomado doutri-
nador na área de Finanças Públicas, Giacomoni, são:

1 - os objetivos e propósitos perseguidos pela instituição e para cuja consecução são utilizados os
recursos orçamentários;
2 - os programas, isto é, os instrumentos de integração dos esforços governamentais, no sentido
da concretização dos objetivo;
3 - os custos dos programas medidos por meio da identificação dos meios ou insumos (pessoal,
material, equipamentos, serviços, etc.) necessários para a obtenção dos resultados;
4- as medidas de desempenho, com a finalidade de medir as realizações (produto final) e os esfor-
ços despendidos na execução dos programas.

Note que inexiste comparativo em relação à participação das atividades privadas na obten-
ção das metas regionais.

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Questão 59 (AOCP/TCE-PA/AUDITOR/2012) Sobre o orçamento-programa, analise as as-


sertivas e assinale a alternativa correta.
I – O orçamento-programa foi introduzido no Brasil através da Lei n. 4.320/64.
II – O orçamento-programa pode ser entendido como um plano de trabalho, um instrumento
de planejamento da ação do governo, através da identificação dos seus programas de traba-
lho, projetos e atividades, além dos estabelecimentos de objetivos e metas a serem imple-
mentados, bem como a previsão dos custos relacionados.
III – A CF/88 implantou definitivamente o orçamento-programa no Brasil, ao estabelecer a
normatização da matéria orçamentária através do Plano Plurianual - PPA, da Lei de Diretrizes
Orçamentárias - LDO e da Lei Orçamentária Anual - LOA, ficando evidente o extremo zelo do
constituinte para com o planejamento das ações do governo.
IV – O orçamento de base zero é uma técnica utilizada para a confecção do orçamento-pro-
grama, que consiste basicamente em uma análise crítica de todos os recursos solicitados
pelos órgãos governamentais.
a) I, II, III e IV estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas I e IV estão corretas.
d) Apenas III e IV estão corretas.
e) I, II, III e IV estão incorretas.

Letra a.
Vamos avaliar as assertivas e marcar a alternativa correspondente.
I – Verdadeira. Guarde que desde a entrada em vigor da Lei n. 4.320/64, o orçamento-progra-
ma vem sendo adotado no Brasil.
Merece destaque também o Decreto-Lei n. 200/1967 que detalhou os aspectos operacionais
do orçamento-programa e orientou a Administração Pública Federal de modo a estabelecer o
orçamento-programa anual como um instrumento de planejamento, a ideia de discriminar a
despesa pública por objetivo. Além disso, guarde que o orçamento-programa virou realidade
com o Decreto n. 2.829/1998, que estabeleceu normas para elaboração e execução do plano
plurianual e dos orçamentos da União.

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II – Verdadeira. A mola mestra do orçamento-programa é fixar as Despesas Públicas a par-


tir da identificação das necessidades públicas sob a responsabilidade de determinado nível
de governo e da sua organização, de acordo com as suas prioridades. É notório que os seus
aspectos administrativos e econômicos são privilegiados em detrimento do aspecto político.
III – Verdadeira. Devemos destacar as disposições constitucionais relativas às leis orçamen-
tárias, especialmente o artigo 165, §§ 1º, 2º, 4º e 7º, com destaque para o planejamento e a
programação, com o estabelecimento de metas, objetivos e estimativas de receitas.
IV – Verdadeira. O orçamento base zero é uma técnica orçamentária que tem dentre as suas
principais características um reexame crítico dos dispêndios de cada área governamental,
inexistindo “direitos adquiridos” no que diz respeito ao montante dos dispêndios ou com o ní-
vel de atividade do exercício anterior, fazendo com que o administrador, a cada novo exercício,
justifique detalhadamente os recursos solicitados.

Questão 60 (CONSULPLAN/PREFEITURA DE SÃO LEOPOLDO/AGENTE/2010) Desde sua im-

plantação, o orçamento público vem sofrendo inúmeras alterações de ordem técnica e filo-

sófica. Entretanto, a partir da edição da Lei n.. 4.320/64, passou-se a ser adotado um tipo de

orçamento, cuja base principal é o planejamento. Trata-se do:

a) Orçamento Tradicional ou Clássico.

b) Orçamento Participativo.

c) Orçamento de Metas.

d) Orçamento-Programa.

e) Plano Diretor.

Letra d.

Trata-se do orçamento-programa, cujas principais características desse modelo de orçamentação

são propiciar a integração entre o planejamento e o orçamento, realizar a quantificação dos obje-

tivos e metas, basear as decisões em relações de insumo-produto e na pluralidade de alternativas

programáticas e empregar instrumentos aperfeiçoados para a mensuração de resultados.

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Orçamento Público
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Questão 61 (IBFC/CGE-RN/TÉCNICO/CONTROLE INTERNO/2019) No que se refere ao orça-


mento público, assinale a alternativa correta:
a) orçamento de desempenho é o processo orçamentário em que é explicitado apenas o ob-
jeto de gasto. Ele apresenta valores para as despesas com pessoal, material e serviços, sem
relacionar os gastos a nenhuma finalidade. Também é conhecido como orçamento clássico.
b) orçamento-programa é o processo orçamentário que apresenta duas dimensões: o objeto
de gasto e o programa de trabalho, contendo as ações desenvolvidas. Esse modelo enfatiza o
desempenho organizacional e também é conhecido como orçamento funcional.
c) orçamento base zero é o processo orçamentário elaborado através de ajustes marginais
nos seus itens de receita e despesa. Nesse caso, a repetição do orçamento anterior se faz
acrescer da variação de preços ocorrida no período.
d) orçamento com teto fixo apresenta um critério de alocação de recursos através do estabe-
lecimento de um quantitativo financeiro fixo, obtido mediante a aplicação de um percentual
único sobre as despesas realizadas em determinado período. Esse percentual único serve de
base para que os órgãos/unidades elaborem suas propostas orçamentárias parciais.

Letra d.
Modelo orçamentário pouco conhecido, o Orçamento com Teto Fixo é aquele que utiliza o
critério de alocação de recursos através deste quantitativo fixo. Vamos apontar os erros das
demais alternativas:
a) Errada. É o tradicional.
b) Errada. É o de desempenho.
c) Errada. É o incremental.

Questão 62 (IBFC/EBSERH-HUGG/ANALISTA ADM/2017) O Orçamento Público funciona


como um balizador da Economia. Se há elevados investimentos governamentais no Orçamen-
to, provavelmente o número de empregos aumentará, assim como a renda agregada melhorará.
E o inverso provoca desemprego, desaceleração da economia e decréscimo no produto interno
bruto. O Orçamento Público tem funções. Assinale a alternativa que contém uma delas.

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Orçamento Público
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a) Função Aglomerativa
b) Função Sintética
c) Função Analítica
d) Função Alocativa
e) Função Estática

Letra d.
Segundo a classificação de Richard Musgrave sobre as funções do setor público (Estado), em
economias de mercado existem 3 funções exercidas pelo estado comentadas a seguir.

Promoção de ajustamentos na
Função Alocativa
alocação de recursos.

Promoção de ajustamento na
Função Distributiva
distribuição de renda.

Manutenção da estabilidade
Função Estabilizadora
econômica.

• Alocação de recursos em pontos necessários, onde o mercado não se interessa (falhas do


mercado);
Alocativa
• Grandes obras, estradas, saúde, educação, serviços públicos;
• Necessidades públicas.

• Distribuição de renda, buscando reduzir as desigualdades sociais e regionais;


• Programas sociais, políticas fiscais vantajosas aos mais pobres, impostos progressivos sobre a
Distributiva
renda;
• Escolas públicas também podem ser consideradas.

• Interferência no mercado, por meio de políticas econômicas;


Estabilizadora • Alterações sobre taxa de juros, câmbio etc;
• Monitoramento dos índices de inflação, desemprego etc.

A função alocativa do setor público está relacionada às ações empreendidas no fornecimento


de bens e serviços não disponibilizados pela economia de mercado. Neste sentido, o setor
público disponibiliza bens e serviços para consumo coletivo e não exclusivo a esta ou aquela
faixa da população. Em referência, cita-se como exemplo de bens públicos a segurança.
Note que as funções mencionadas nas demais alternativas não existem.

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Questão 63 (IBFC/CM-ARARAQUARA/AGENTE/2016) Para se estudar o orçamento, é neces-


sário que se defina a ótica, o aspecto ou dimensão de observação, assinale a alternativa que
apresenta a ordem correta, de cima para baixo, das dimensões ou aspectos do orçamento.
( ) Representa o conjunto de regras e formalidades técnicas e legais exigidas na elaboração,
aprovação, execução e no controle do orçamento, corresponde às formalidades intrínsecas e
extrínsecas de forma que caracteriza a “ embalagem” do conteúdo orçamentário, principal-
mente no que diz respeito aos anexos que acompanham a Lei Orçamentária Anual.
( ) Não obstante todas as divergências existentes na doutrina, atualmente é posição domi-
nante, diversas vezes retiradas pelo STF, considerar o orçamento como lei formal. É aquela em
que se define ou integra a lei orçamentária no conjunto de leis do país.
( ) Representa o fluxo financeiro gerado pelas entradas de recursos obtidos com a arrecada-
ção de receitas e os dispêndios com as saídas de recursos proporcionados pelas despesas,
evidenciando a execução orçamentária.
( ) Corresponde à definição de prioridades, visando à inclusão e à realização de programas go-
vernamentais no plano de ação ou orçamento a ser executado, devendo compreender sempre
a ação política não só de definição dessas prioridades numa situação de escassez de recur-
sos, mas também a concepção e ideologia do partido político detentor do poder.
( ) Corresponde à característica que atribui ao orçamento, como plano de ação governamental
que o é, o poder intervir na atividade econômica, propiciando a geração de emprego e renda
em função dos investimentos que podem ser previstos e realizados pelo setor público, resul-
tando com isso o desenvolvimento do país.
a) Técnica - Jurídica – Financeira - Política - Econômica.
b) Jurídica - Técnica- Financeira – Econômica - Política.
c) Jurídica - Técnica- Econômica – Política - Financeira.
d) Técnica - Jurídica- Econômica - Política - Financeira

Letra a.
A questão foi elaborada com base no livro de AFO de Sérgio Jund, cujos trechos são reprodu-
zidos em associação com a respectiva dimensão do orçamento:
(I) Dimensão técnica

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Representa o conjunto de regras e formalidades técnicas e legais exigidas na elaboração, aprova-


ção, execução e no controle do orçamento, não devendo ser confundida com a dimensão jurídica, e
sim complementa àquela, uma vez corresponde às formalidades intrínsecas e extrínsecas da for-
ma que caracteriza a “embalagem” do conteúdo orçamentário, principalmente no que diz respeito
aos anexos que acompanham a Lei Orçamentária Anual.

(II) Dimensão jurídica

Não obstante todas as divergências existentes na doutrina, atualmente é posição dominante, di-
versas vezes reiteradas pelo STF, considerar o orçamento como uma lei formal. Dessa forma, a di-
mensão jurídica é aquela em que se define ou integra a lei orçamentária no conjunto de leis do país.

(III) Dimensão financeira

Representa o fluxo financeiro gerado pelas entradas de recursos obtidos com a arrecadação de
receitas e os dispêndios com as saídas de recursos proporcionados pelas despesas, evidenciando
a execução orçamentária.

(IV) Dimensão política

Corresponde à definição de prioridades, visando à inclusão e à realização de programas governa-


mentais no plano de ação ou orçamento a ser executado, devendo compreender sempre a ação
política não só de definição dessas prioridades numa situação de escassez de recursos, mas tam-
bém a concepção e ideologia do partido político detentor do poder. A dimensão política foi assim
definida por Sila: diz respeito à sua característica de Plano de Governo ou Programa de Ação do
grupo ou facção partidária que detém o Poder.

(V) Dimensão econômica

Corresponde à característica que atribui ao orçamento, como plano de ação governamental que o
é, o poder de intervir na atividade econômica, propiciando a geração de emprego e renda em função
dos investimentos que podem ser previstos e realizados pelo setor público, resultando com isso no
desenvolvimento do país.

Questão 64 (QUADRIX/CFO-DF/CONTADOR/2017) A respeito de administração orçamentá-


ria e financeira, julgue o item.
A parcela das emendas parlamentares individuais destinada a ações e serviços públicos de
saúde compõe o piso que a União é obrigada a aplicar com essa finalidade.

Certo.
Para a maior parte das despesas consignadas no Orçamento Público não existe obrigatorie-
dade de execução, já que o Poder Público tem a discricionariedade para avaliar a conveni-
ência e a oportunidade do que deve ou não ser executado, ou seja, no Brasil, o orçamento é
autorizativo na quase totalidade da LOA.

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Assim, em regra, o fato de ser fixada uma despesa na LOA não gera o direito de exigência de
sua realização por via judicial, com exceção das Emendas Individuais de Execução Obrigató-
ria na PLOA, como determina o artigo 166, §§ 9º e 11º, da CF/88 abaixo transcritos:

§ 9º. As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,2% (um in-
teiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder
Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde.
§ 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a que se refere o § 9º
deste artigo, em montante correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita
corrente líquida realizada no exercício anterior, conforme os critérios para a execução equitativa da
programação definidos na lei complementar prevista no § 9º do art. 165.

Questão 65 (QUADRIX/SE-DF/PROFESSOR/2017) Com base nos conceitos e nas normas a


respeito de orçamento público no Brasil, julgue o próximo item.
Com a aprovação da chamada PEC do Teto de Gastos, a tentativa de cada segmento de in-
teresses de preservar sua “fatia” no orçamento tenderá a reforçar a prática incrementalista.

Certo.
A prática incrementalista, mencionada na assertiva, está relacionada ao chamado orçamento
incremental, aquele que mantém a mesma estrutura orçamentária do ano anterior, fazendo
ajustes nas receitas e despesas em função principalmente da inflação.
A chamada PEC dos Gastos institui o Novo Regime Fiscal no âmbito dos Orçamentos Fiscal
e da Seguridade Social da União, que vigorará por 20 exercícios financeiros, determinando a
aplicação limites individualizados para as despesas primárias de cada um dos três Poderes,
do Ministério Público da União e da Defensoria Pública da União.
Assim, existe uma forte tendência de que cada segmento de interesses tente atuar para pre-
servar sua “fatia” no orçamento, tentando não fazer que sua “porção” não diminua a cada ano.

Questão 66 (QUADRIX/CFO-DF/TÉCNICO/2017) Com base em conhecimentos relativos à


matemática financeira, a finanças e a orçamento, julgue o item a seguir.
O orçamento participativo tem como característica relevante transferir a prerrogativa da deli-
beração sobre a alocação de recursos públicos do Poder Legislativo para as representações
da sociedade civil e obrigar o Poder Executivo a executar a programação aprovada por essas
instâncias populares.

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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamento Público
Manuel Piñon

Errado.
Na verdade, não é correto afirmar que a prerrogativa sobre a apreciação dos recursos defini-
dos pelo executivo para as Sociedades civis é transferida, já que o que é feito é um compar-
tilhamento com maior interação na fase de elaboração e controle do gasto público, especial-
mente na parte relativa aos investimentos, como, por exemplo, a escolha de um local para
construção de uma escola.

Questão 67 (QUADRIX/CRP-9ª/ASSISTENTE/2012) O orçamento-programa é constituído


pela previsão das fontes de receita e a utilização dos recursos necessários, identificados por
Unidade Administrativa e seu respectivo programa de trabalho em termos de funções, pro-
gramas, subprogramas, projetos e atividades. O orçamento-programa é uma modalidade de
orçamento em que, do ponto de vista de sua apresentação, os recursos financeiros previstos
para cada Unidade Administrativa vinculam-se, direta ou indiretamente, aos objetivos a se-
rem alcançados. No orçamento-programa, os objetivos da intervenção governamental no de-
senvolvimento econômico e social da comunidade, tais como Educação, Saúde, Transporte,
Comunicação, Saneamento Básico, Segurança, recebem a denominação de:
a) Funções.
b) Programas.
c) Subprogramas.
d) Projetos.
e) Atividades

Letra a.
Guarde que no orçamento-programa as metas governamentais são organizadas usando a estru-
tura funcional e programática e são classificadas em funções de governo, que são subdivididas em
programas, subprogramas, projetos e atividades.

Questão 68 (UFG/UFG/CONTADOR/2017) O Orçamento Público é o instrumento de gestão


que os governos usam para organizar os seus recursos financeiros. O orçamento que incorpora
a população ao processo decisório da elaboração orçamentária, por meio de lideranças da so-
ciedade civil, audiências públicas ou por outras formas de consulta direta à sociedade, é o

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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamento Público
Manuel Piñon

a) programa.
b) base zero.
c) participativo.
d) incremental.

Letra c.
Guarde que o Orçamento Participativo é uma técnica orçamentária em que a alocação de
alguns recursos contidos no Orçamento Público é decidida com a participação direta da po-
pulação, ou através de grupos organizados da sociedade civil, como a associação de mora-
dores. Até o momento, sua aplicação restringe-se ao âmbito municipal.
Configurando-se em relevante espaço de debate e decisão político-participativa, por meio
dele a população interessada decide as prioridades de investimentos em obras e serviços a
serem realizados, a cada ano, com os recursos do orçamento, sendo “estimulado” pela LRF
que, sem seu artigo 48, parágrafo único determina:

A transparência será assegurada também mediante incentivo à participação popular e realização


de audiências públicas, durante os processos de elaboração e de discussão dos planos, Lei de Di-
retrizes Orçamentárias e orçamentos.

Questão 69 (VUNESP/PAULIPREV/PROCURADOR/2018) A respeito dos tipos de Orçamen-


tos Públicos, é correto afirmar:
a) o orçamento por desempenho é o tipo de orçamento adotado pela legislação financeira
brasileira e representa a manutenção, ano após ano, da mesma estrutura do orçamento ante-
rior, com ajustes marginais nas receitas previstas e despesas autorizadas.
b) adotado no Brasil, o orçamento-programa busca dar ênfase aos objetivos finais a serem
perseguidos pela ação do Estado, vinculando o planejamento estatal com a autorização das
despesas no orçamento.
c) o orçamento base zero consiste na técnica de codificação dos sub elementos de despesas
orçamentárias por meio da utilização de sequências numéricas iniciadas com o dígito zero,
seguidas da classificação funcional da despesa.
d) o orçamento clássico, adotado no Brasil, baseia-se na ausência de correlação entre as
despesas autorizadas em anos seguidos, revendo-se, na integralidade, a cada ano, o mérito
de cada ação orçamentária e a disponibilidade de recursos para seu financiamento.

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Orçamento Público
Manuel Piñon

e) o orçamento-programa visa a promover incentivos às unidades orçamentárias, por meio


da ampliação dos recursos destinados a ações com bom desempenho em anos anteriores,
colocando ênfase no objeto do gasto público.

Letra b.
Confira a definição de orçamento-programa feita pelo mestre Augustinho Vicente Paludo, em
sua obra “Orçamento Público, administração financeira e orçamentária e LRF”, com grifos da
própria obra:

O Orçamento-Programa é um plano de trabalho que integra – numa concepção gerencial – plane-


jamento e orçamento com objetivos e metas a alcançar. A ênfase do orçamento-programa é nas
realizações, e a avaliação de resultados abrange a eficácia (alcance das metas) e a efetividade
(análise do impacto final das ações). É a única técnica que integra planejamento e orçamento e,
como o planejamento começa pela definição de objetivos, não há Orçamento Programa sem defini-
ção clara de objetivos. Essa integração é feita através dos “programas”, que são os “elos de união”
entre planejamento e orçamento.”

Questão 70 (VUNESP/PREF-SJC/AUDITOR/2018) No orçamento por resultados informativo,


a) os recursos são indiretamente relacionados aos resultados passados ou futuros pretendidos.
b) as informações de desempenho são apenas apresentadas como subsídios à prestação
de contas.
c) a alocação de recursos é diretamente vinculada aos resultados alcançados.
d) é feita uma análise crítica de todos os recursos solicitados pelos órgãos governamentais.
e) constam apenas a fixação da despesa e a previsão da receita, sem o planejamento das
ações do governo.

Letra a.
A VUNESP usou a definição para orçamento por resultados informativo presente no artigo
“Orçamento por resultados: definição, características e o modelo teórico”, elaborado por Ste-
phan Righi Boechat.
Confira:

Por sua vez, o orçamento por resultados de alocação indireta (performance - informed budgeting)
relaciona indiretamente a alocação dos recursos às metas futuras ou ao desempenho apontado

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Orçamento Público
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pelos indicadores. Nessa segunda modalidade, a informação de resultados ocupa um espaço im-
portante nas decisões orçamentárias, mas não determina isoladamente a alocação dos recursos.
A informação de resultados é sopesada em conjunto com outros dados relevantes no processo
orçamentário durantes as etapas de decisão.

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Orçamento Público
Manuel Piñon

REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em 12 julh. 2020

GIACOMONI, James. Orçamento Público. Atlas.

HARADA, Kiyoshi. Direito Financeiro e Tributário. Atlas.

PACELLI, Giovanni. Administração Financeira e Orçamentária. 2ª. ed. Juspodivm.

PALUDO, Augustinho. Orçamento Público (AFO e LRF). Campus.

PASCOAL, Valdecir F. Direito Financeiro e Controle Externo. 10ª. ed. Método.

PISCITELLI, Tathiane. Direito Financeiro. 6ª. ed. Método.

Manuel Piñon
Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado para a
área de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e Controle) da Controladoria-
Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 1998.

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