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ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL

ADELAIDE ALVIM

PROFESSORA: Sara Luzzardi DATA _____/_____/_2021_


Nome: turma: 7º ano

Para Pensar: "O aprender contínuo é essencial e se concentra em dois pilares: a própria pessoa, como agente, e a
escola, como lugar de crescimento profissional permanente." NÓVOA

Arte e linguagem
Trajetórias para arte
Venha musicar!!
Observe a imagem a seguir

No palco som ecoar.


Um batuque feito de que? Por
quem?
Corpo sonoro a explorar.
Tem gente, mas cadê os
instrumentos?
Será que o instrumento é feito
da própria gente?
Formas de criar e percutir.
Batendo, esfregando,
chacoalhando...
Cantar e sons produzir.
Na linguagem da música, esse
povo do barbatuques segue
assim, inventando e criando.
Na linguagem da música, esse
povo dos Barbatuques segue
assim, inventando e criando. Venha conhecer e musicar, seu corpo sonoro potencializar!

Mais de perto

Corpo instrumento musical

Observe a imagem ao lado:

Grupo Barbatuques em cena do videoclipe


da música Beautiful creatures (Você
chegou, na versão em português), composta
e interpretada pelo grupo especialmente
para a animação Rio 2, de Carlos Saldanha.
Foto de 2014.
O grupo Barbatuques, que surgiu
em 1995 em São Paulo, trabalha com a
percussão corporal, criando sonoridades com base na potência sonora do corpo humano como
instrumento musical. Grupos como o Barbatuques utilizam muito as onomatopeias, formações
de palavras que expressam sons.
O artista paulista Fernando Barba começou a fazer pesquisas e jogos lúdicos explorando
essa ideia com alguns amigos que, como ele, estudam música. Com o tempo, o grupo foi sendo
formado, tendo Barba como organizador e diretor da trupe. O nome do grupo, Barbatuques, vem
do sobrenome do seu idealizador. O grupo tem atuado em shows, oficinas e até em sonoplastias
de filmes.

PALAVRA DO ARTISTA
Fernando Barba (1971-)
Todos nós temos limites, qualidades e
características que moldam nosso corpo sonoro. A música
corporal desenvolve nossa psicomotricidade, nossa
capacidade fonética, estimula a circulação sanguínea, o
bem-estar físico, o autoconhecimento do corpo e nos facilita
entrar em contato com um estado de brincar.
Trecho de entrevista com Fernando Barba. In: TODO
mundo pode barbatucar. Uia Diário, 9 out. 2013.
Fernando Barba , do grupo Barbatuques.
Oficina 1 — Corpo sonoro
Ao experimentar nosso corpo como um instrumento musical, podemos explorar
saberes sobre o som, a percussão e a música. Estude o som, pesquise os seus parâmetros e
também a música e os artistas que exploram a percussão corporal, como o grupo Barbatuques.
Vamos experimentar? Veja exemplos.

Exemplos de percussão corporal. O corpo como


instrumento musical, corpo sonoro. As quatro
imagens iniciais ilustram, respectivamente, a
palma concha, o estalar dedo, bater o pé e bater
no joelho.
Depois de pesquisar quantos sons o seu corpo
pode fazer, agora é hora de criar música! Para
isso, faça registros com desenhos para cada tipo
de som pesquisado. Em seguida, coloque esses
registros em uma espécie de partitura.
Exemplos: duas batidas nas coxas, um assobio
longo, uma batida no peito, um estalo de dedos,
uma palma, três batidas de pés.
Crie e procure fazer mais experiências, fazendo
outras sequências sonoras e interpretando-as
individualmente ou em grupo.

Ver, ouvir, movimentar, conversar...

A fotografia é mais recente, tem menos de


200 anos. Um dia alguém fez desenhos em
rochas e começou, naquele instante, uma
conversa por meio da linguagem visual.
Conversas sobre a vida, atividades do
cotidiano, como as caçadas que faziam ou
as crenças que tinham. Isso significa que,
desde a arte rupestre, inventamos e
reinventamos a linguagem do desenho. Do
mesmo modo, criamos música a partir da
percepção e arranjos de sons. Também
criamos modos de dançar, encenar e outras
linguagens. Somos seres inventores de
linguagens, seres "linguajantes". Linhas,
formas, cores, sons e gestos são alguns dos
elementos de linguagem que podemos usar
para criar arte.
Cenas de dança e caça em pintura rupestre no sítio arqueológico Xique- xique,
Sertão do Seridó, Carnaúba dos Dantas (RN). Foto de 2014.
Observe a imagem a seguir:

Ler é um modo de
conversar com tudo o que
está à nossa volta,
inclusive as linguagens
artísticas. Imagens feitas
na arte rupestre são
interpretadas até a
atualidade. É o caso das
imagens na página ao lado.

Pessoa visitando a exposição


de obras de Saul Steinberg,
no Museu Ludwig, na
Alemanha, em 2013.

Atividade

1. Ao observar a cena de dança na imagem da arte rupestre brasileira, como você a percebe?
Será que essas pessoas estão mesmo dançando? Interpretavam uma música ao dançar? O
que essa imagem leva a pensar?
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2. Agora observe a fotografia. Uma moça caminha apreciando imagens criadas pelo artista
Saul Steinberg. Será que essas imagens nas paredes estão conversando com a apreciadora?
Usando sua imaginação, pense: o que será que falam essas figuras?
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3. Nossas interpretações são feitas com base no que acreditamos ou sabemos sobre a imagem.
Observe novamente os textos e as imagens que fazem parte da seção venha desenhar!
(Tirinha do Clovis, de Paulo Stocker) e da seção venha musicar! (Cena que mostra a
apresentação do grupo Barbatuques). Que interpretações você faz?
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Atividade de abril

Mundo linguagem, mundo imagem

Observe a imagem a seguir:

A obra faz parte de vários


experimentos que o romeno Saul
Steinberg (1914-1999) criou usando
desenhos e fotografias. Parece que
Saul Steinberg se diverte com essa
brincadeira com desenhos e fotos,
em um jogo visual.

O cartunista e ilustrador Saul


Steinberg com suas criações
durante mostra de fotografias
e desenhos, nos Estados
Unidos, em 1978.

Atividade:

1. Será que a fotografia é o retrato do artista ou toda a composição expressa o seu modo de
criar? O que você achou dessa maneira de criar imagens artísticas?
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2. O modo como você escreve, como se comunica, seja por gesto, fala, canto, dança ou
desenho, entre outras linguagens, expressa quem você é? Respostas pessoais.

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Agora vamos apreciar mais imagens criadas por Saul Steinberg:

Composição de desenho com


objeto (1950)

Business Mask (1964), colagem


e desenhos sobre papel, 102
cm x 77 cm.
Esse mesmo artista também explora o humor realizando intervenções no ambiente com
desenhos e objetos. Usando linhas e formas, ele brinca com a nossa imaginação.

Atividade:

1. Na sua opinião, as linguagens artísticas proporcionam diálogos? Observar imagens é como


conversar com elas?
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2. Quando dizemos "ler", o que você pensa a respeito? Será que as linguagens podem ser
lidas de muitas maneiras?
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3. Vamos fazer um exercício? Escolha uma imagem, observe-a em todos os seus detalhes e
reflita: Por quais lugares o seu olhar passeou? O que você descobriu nesse trajeto?
Quando olha para uma imagem, como os seus olhos se comportam? O que você descobriu
nesse exercício de apreciação de imagem?
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4. Aqui nesta página temos duas imagens criadas por Saul Steinberg. Comparando as
imagens, como o artista usou as linhas e as formas em suas criações?
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5. Em uma conversa oral ou escrita, usamos palavras. E em uma conversa por imagens,
usamos linhas, formas, cores, luminosidades e espaços? O que você acha?
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Por línguas e linguagens

Observe a imagem a seguir:

Projeto Arte Limitada, de


Yan Lei, 2012.
Apresentada na exposição
dOCUMENTA (13), em
Kassel (Alemanha).
Nosso mundo é repleto de imagens, sons, gestos, movimentos, palavras...Qual é a razão de tudo
isso?
Talvez tudo isso exista por causa da necessidade de diálogos, leituras de mundo, interpretações
e criação de pensamentos. É natural encontrar mais de uma razão no ato de ler uma linguagem.
Cada cultura criou suas próprias formas de comunicação e expressão, assim como também
desenvolveu o sentido e os significados das coisas.

Segundo os dicionários, a palavra "linguagem" pode ter vários significados: é a capacidade que as
pessoas têm de se comunicar e se expressar; é, também, o conjunto de vocábulos (elementos de
linguagem), as maneiras de expressar usando símbolos e atribuindo significados a esses símbolos.
Existem ainda, como definição, a linguagem formal, que usamos quando escrevemos, desenhamos
ou tocamos uma música, e a linguagem natural, quando usamos a voz, o gesto ou outros sinais
corporais por instinto, como gritar diante de um susto, olhar expressando algum sentimento,
chorar, rir...
Seja qual for a definição dada à palavra "linguagem", o que prevalece é que somos seres
"linguajantes", isto é, estamos o tempo todo usando linguagens para nos comunicar e expressar.
O texto que você está lendo agora está apresentado em linguagem escrita. Ao conversar sobre
este texto com os colegas e professores, você estará usando a linguagem oral ou gestual, no caso
de quem se comunica por sinais. As imagens que apresentamos neste livro de Arte, ou as que
você vê no seu dia a dia nos mais diversos lugares e suportes, são linguagens visuais. As músicas
que você ouve são linguagens sonoras. A dança, o teatro e as expressões circenses são linguagens
cénicas e corporais. A televisão, o cinema e os vídeos que você vê e compartilha na internet são
linguagens audiovisuais. Existem muitas e diversas linguagens.
O artista chinês Yan Lei (1965-) criou uma instalação com base em uma pesquisa sobre linguagens
visuais na internet. O nome da sua obra é Projeto Arte Limitada e foi apresentada em uma grande
exposição que aconteceu na Alemanha, em 2012, chamada dOCUMENTA (13). Yan Lei selecionou
360 pinturas figurativas durante um ano de pesquisa, as reproduziu em telas e trouxe essas
imagens para a sala do museu. Durante a exposição, todos os dias ele retirava uma de suas telas
e a pintava de uma única cor, escondendo assim a imagem figurativa. Aos poucos, a exposição de
imagens figurativas foi se transformando em uma exposição de telas monocromáticas. O
ambiente, no final, estava composto apenas de telas em cores únicas.

Atividade:

1. Qual seria a proposta do artista Yan Lei ao apresentar sua obra desse modo?

2. Pense na quantidade de imagens que você vê diariamente. Você lembra de todas as


imagens que já viu? São tantas imagens nesse “mundo linguagem”! Seria essa a ideia que
motivou Yan Lei na concepção da obra?

Desvendando o tema!

O artista chinês Yan Lei (1965) criou uma instalação com base em uma pesquisa sobre linguagens
visuais na internet. O nome da sua obra é Projeto Arte Limitada, apresentada em uma grande
exposição que aconteceu na Alemanha, em 2012, chamada dOCUMENTA (13). Yan Lei selecionou
360 pinturas figurativas durante um ano de pesquisa, reproduziu-as em telas e trouxe essas
imagens para a sala do museu. Durante a exposição, todos os dias ele retirava uma de suas telas
e a pintava de uma única cor, escondendo assim a imagem figurativa. Aos poucos, a exposição de
imagens figurativas foi se transformando em uma exposição de telas monocromáticas. O
ambiente, no final, estava composto apenas de telas em cores únicas.

Ampliando: monocromático, uma palavra usada para designar coisas que tem ( ou são
pintadas) uma única cor.

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