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Segundo a Organização Mundial da Saúde, em 2020 a depressão

será a segunda moléstia que mais...


Segundo a Organização Mundial da Saúde, em 2020 a depressão será
a segunda moléstia que mais roubará tempo de vida útil da
população. Perderá apenas para as doenças do coração.

A depressão se caracteriza como um transtorno do humor e pode ter


início na infância, adolescência ou mesmo na vida adulta. Na verdade,
a depressão pode vir após um acontecimento traumático, geralmente
a perda de um ente querido (falecimento), o fim de um
relacionamento amoroso, a perda do emprego, de poder aquisitivo,
perda da beleza, do vigor físico e sexual, perda da saúde, etc.

Quando a depressão ocorre após algum acontecimento traumático,


chamamos de “reativa”. Quando aparece sem um motivo aparente,
leva o nome de “endógena”.

Os sintomas mais comuns da depressão são:


- Apetite diminuído ou aumentado;
- Insônia ou excesso de sono;
- Fadiga constante, irritabilidade;
- Baixa auto–estima (sentimento de desvalorização);
- Lentidão de raciocínio, memória, atenção (incapacidade de se
concentrar);
- Desânimo, desinteresse pela vida, desesperança, sentimento de
inutilidade, sentimento de culpa;
- Crises de choro ou de lamentação;
- Agitação (Pode indicar um suicida em potencial).

Por outro lado, nem sempre a depressão se manifesta na forma


desses sintomas acima mencionados. Há pessoas que reprimem
fortemente a tristeza, mascarando-a por exemplo, após a perda de
uma pessoa querida (morte ou separação). É o que chamamos
deDepressão Mascarada.

Na nossa cultura é muito comum os homens negarem que estão


deprimidos. Muitos dizem que estão “cansados” ao invés de admitirem
e dizerem: Estou triste!!!
Ficam agressivos ao invés de demonstrarem tristeza. Há um
preconceito ainda muito grande dos homens demonstrarem tristeza,
pois em sua maioria não se permitem chorar, principalmente em
público. Existem 5 emoções básicas, autênticas, legítimas, inerentes
ao ser humano; portanto, nascemos com elas: medo, tristeza, alegria,
raiva e afeto.
Toda nossa educação emocional foi baseada no binômio: Permissão e
Proibição. Ao homem foi permitido sentir e demonstrar alegria, raiva,
mas recebeu a proibição para demonstrar medo, tristeza e afeto.
Muitos homens quando sentem medo ficam agressivos e não admitem
que estão com medo. Na verdade, a agressividade é uma forma de
mascarar, disfarçar a sua insegurança e seus medos. Por outro lado, à
mulher foi permitido, isto é, foi educada a sentir e expressar medo,
tristeza, afeto, raiva e alegria – embora, há tempos atrás - ela não
pudesse expressar livremente a raiva e a alegria. Ela tinha que ser
recatada, bem comportada, feminina, meiga e não podia, portanto, ser
agressiva e nem tampouco dar altas gargalhadas em público. Mulher
que agisse dessa forma, era mal vista.
Por conta desse processo educacional opressivo, em muitas casos, a
depressão pode estar mascarada nas crianças sob forma de
irritabilidade e agressividade.

Nos adolescentes, a depressão pode se manifestar sob forma de uso


de drogas, álcool ou até mesmo como delinqüência. Em muitas
famílias, não há permissão para o adolescente expressar alegria e
afeto. Os pais não costumam dar boas gargalhadas e demonstrar
ternura. Há uma verdadeira “economia” de afeto e alegria nessas
famílias. Por outro lado, há “permissão” para ofensas, agressividade,
criticismo acentuado e pouco espaço para diálogo, compreensão,
momentos de intimidade, apoio, incentivo e elogios sinceros.

Na fase adulta, a depressão pode ser mascarada sob forma de


excessos alcoólicos, drogas, comida, sexo, jogos, vício em trabalho
(workaholics), ou em forma de máscara sorridente e aparente
felicidade. Tratei de um paciente que sofria de depressão mascarada
cujo apelido em seu trabalho era “garoto propaganda”, porque vivia
“sorrindo”. Nunca demonstrava tristeza ou mesmo raiva. (vide Caso
Clínico que segue: Depressão Mascarada). Há pessoas que, após uma
separação, não se permitem entrar em contato com a perda, com a
tristeza.

É natural, com a separação, sentirmos tristeza. No entanto, essas


pessoas reprimem fortemente essa tristeza, trabalhando feito “um
louco”. Se tornam um viciado em trabalho. O trabalho passa a ser uma
fuga, uma forma de não entrar em contato com a perda.

Mas quando param de trabalhar, entram numa profunda depressão.


Aqui explica, em muitos casos, o porquê dessas pessoas adiarem em
procurar auxílio de um Psicoterapeuta. Afinal, passar por um processo
terapêutico implica em entrar em contato com os seus verdadeiros
sentimentos.
Do ponto de vista orgânico, a depressão pode estar mascarada em
forma de sintomas psicossomáticos, tais como dores de cabeça
constantes, fadiga, dores lombares, náuseas, vômitos, úlcera, colite e
alergias diversas. Às vezes, as dores “andam” de um lado para outro
no corpo. Muitos suicídios ou tentativas de suicídio inesperados e
aparentemente inexplicáveis, são devidas às depressões mascaradas.

Uma pessoa pode ter uma dor de cabeça por anos a fio e certo dia
tentar um suicídio.
Em muitos casos, essas pessoas podem ser consideradas
hipocondríacas, passando por vários médicos, fazendo exames e não
encontrando nada.

Na verdade, todo depressivo é um decepcionado. A vida está lhe


devendo. Daí a sua insatisfação. A pessoa depressiva sempre vê o que
não têm e não se permite olhar para o que já tem, para suas
conquistas. É uma pessoa emburrada, se fecha porque guarda e
carrega dentro de si muitos “lixos emocionais” (mágoas, decepções,
ressentimentos, desilusões), os bagaços de seu passado. Muitas
mulheres me perguntam o porquê sua vida amorosa está péssima.
Respondo que elas carregam uma quantidade enorme de mágoas,
desilusões do passado que bloqueiam e impedem de atrair parceiros e
situações favoráveis. Por conta disso, só atraem homens violentos,
complicados, problemáticos, casados, com problemas financeiros, que
não querem saber de nada, etc.

Portanto, é preciso “desatar os nós energéticos” (lixos emocionais) de


seu passado, seja desta ou de outras vidas, que estão impedindo que
sua vida afetiva flua de forma mais livre. Muitos pacientes depressivos
me perguntam também: “Por que sofro tanto”? Eu digo: Você sofre
porque está na ilusão, dormindo na ilusão e não quer acordar. Na
verdade, o sofrimento tem uma função. É um sinal, um indicador do
quanto você resiste em querer mudar. E se você está na teimosia,
resiste, quer continuar assim, colherá a desilusão cedo ou tarde.
Teimosia é continuar com o que não funciona em sua vida. A dor, é
portanto, um sinal de que o que você está fazendo consigo não está
sendo legal. E todos nós somos responsáveis pelo nosso próprio bem
estar. Para isso, é preciso sair da ilusão de culpar as pessoas, a vida e
o destino e reassumir a capacidade de dirigir sua própria vida.

Na verdade, o problema está na cabeça e não na situação. É a forma


como cada um percebe os fatos. Observe as pessoas felizes. Elas são
felizes porque valorizam os aspectos positivos dos acontecimentos e
não dão muita importância aos fatos desagradáveis da vida.

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