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6 sinais silenciosos de

depressão
Além da tristeza típica que costumamos associar à depressão,
existem comportamentos mais sutis que podem esconder esse
problema. Explicamos os mais frequentes a seguir.

Ouvimos muitos mitos sobre a depressão. Em nosso site, já tocamos no assunto

inúmeras vezes. Tudo isso nos ajudou a entender que esta doença é muito séria

e pode afetar qualquer pessoa. O que você pode não saber é que a depressão

pode surgir em qualquer momento na vida, e devemos conhecer os sinais

silenciosos que a acompanham.

Com esse conhecimento, você estará mais preparado para saber se você ou um

parente próximo está começando a sentir isso. Observe esses sinais silenciosos

de depressão e não hesite em pedir ajuda quando eles aparecerem na sua vida.

1. Irritabilidade, um dos principais


sinais silenciosos de depressão
É comum pensar que a depressão é necessariamente acompanhada de tristeza e

lágrimas. No entanto, você deve saber que algumas pessoas sentem

irritabilidade e raiva diante dela. Isso não significa que a tristeza não esteja

presente. Esta é apenas outra maneira de experimentar e externalizar emoções.

Por esse motivo, você deve estar alerta para identificar essas mudanças de
humor. Não fique com a ideia de que é sua culpa ou sua falta de paciência.

Reserve um momento para entender o que está acontecendo com você e

considere a possibilidade de que seja depressão.

2. Dificuldade para dormir


Passar uma noite com dificuldade para dormir é normal. O estresse, as
preocupações do dia a dia e as responsabilidades podem ocupar sua mente e
impedi-lo de descansar. No entanto, o comum é que essa situação passe

rapidamente quando você encontrar a solução para os seus problemas.

Se dormir é um problema constante sem causa médica, faça uma pausa. Muitas

pessoas com depressão têm dificuldade para adormecer, enquanto outras

dormem demais.

Analise seus hábitos de sono e identifique quaisquer mudanças recentes. Você

tem dificuldade para dormir? Você consegue passar mais horas dormindo do

que o normal? Quais pensamentos você tem antes e depois de dormir?

3. Diminuição dos níveis de energia


Antes você ia para o trabalho, saía com os amigos e ainda tinha energia para

praticar algum esporte? Agora, qualquer tarefa o deixa sem energia? Com o

passar dos anos, é normal que seus níveis de energia caiam.

O que não é normal é que de repente você não tenha vontade de fazer nada. A

depressão suga toda a sua energia e o deixa em um estado letárgico. As coisas

que costumavam te inspirar e os sonhos que te motivavam não importam mais.

A depressão faz você sentir que muitas coisas não fazem mais sentido. Você vai

parar de tentar alcançar seus objetivos e desistir muito antes de traçar outros.

4. Culpa
Culpar-se excessivamente e sem motivo não é saudável. A depressão fará com
que você se sinta culpado por tudo. Se você tem se culpado por tudo, desde o

seu divórcio até os problemas dos seus filhos adultos, precisa analisar o que

está acontecendo.

Algumas pessoas exibem a culpa como o primeiro sintoma de depressão.

Outros apresentam culpa e tristeza, ou culpa e raiva. Antes de começar a se

criticar ou acreditar que está exagerando a situação, tente identificar o que

mais você sente e por quê.


5. Extroversão excessiva
Pode não parecer, mas muitas pessoas escondem a sua depressão por trás dos

seus sorrisos. Nesses casos, é mais difícil identificar esta condição. Se você é

uma dessas pessoas, é importante que entenda que ninguém irá julgá-lo ou

criticá-lo pelas suas emoções. Entre os comportamentos mais comuns dos

depressivos que procuram parecer extrovertidos, estão:


 Comportamentos sexuais de risco.
 Vício em jogo
 Uso e abuso de drogas

Você pode pensar que esses comportamentos o ajudarão a ver um lado melhor

da vida. No entanto, a melhor maneira de lidar com seus problemas é


assumindo o controle deles.

6. Problemas de concentração
Se você está tendo problemas para manter o foco, este pode ser um sinal de

depressão. Pessoas com esse problema geralmente têm dificuldade de lembrar

onde deixaram suas coisas ou o que tinham que fazer.

É importante que você aprenda a diferenciar entre distração causada pelas

suas obrigações e distração causada pela depressão. Você está mais focado em

seus problemas? Sua produtividade foi afetada mesmo que sua rotina seja a

mesma?

Não tenha medo de pedir ajuda


diante desses sinais silenciosos de
depressão
Se você tem uma suspeita de depressão, não hesite em procurar ajuda. Este é

um problema muito mais sério do que pode parecer à primeira vista. A boa

notícia é que cuidar dele é muito simples: basta tomar a decisão e buscar o
auxílio de uma terapia.
https://amenteemaravilhosa.com.br/sinais-silenciosos-de-depressao/

O oposto da depressão não é


a felicidade, é a vitalidade
O oposto da depressão não é a alegria ou a felicidade, é a vontade
de viver. Como a pessoa com depressão não sente apenas tristeza,
o que ela percebe é que está presa em um buraco negro onde não
entra luz, desejo ou esperança.

O oposto da depressão não é a felicidade, mas a vitalidade. Isso porque o

transtorno depressivo não é sinônimo exclusivamente de tristeza. É mais do que

isso e, às vezes, mesmo quando sentimos tristeza, nós nos percebemos como

pessoas que possuem vitalidade, com vontade de criar novas coisas e de nos

expressarmos plenamente. A depressão, no entanto, nos bloqueia em todos os

sentidos, saciando nossa vontade, nosso espírito e, acima de tudo, nossa

esperança.

Essa ideia, a da falta de vitalidade, foi posta em evidência pelo escritor e

professor de psicologia da Universidade de Columbia, Andrew Solomon, em seu

conhecido livro “O Demônio do Meio-Dia”. Nesse trabalho, ele falou da sua

própria experiência com a doença e também registrou o testemunho de um

grande número de pessoas que, durante anos, conviveram com a depressão.

Algo que aprendemos com este livro e, principalmente, com o dia a dia de

quem enfrenta essa condição – em todas as suas formas – é que nos falta força

para viver. A depressão é um lamento silencioso de quem sente que lhe falta

tudo, de quem não encontra sentido em nada e de quem se sente preso por uma

mente e por um corpo sem impulso e sem energia.

Pensar na depressão como algo isolado também nos leva ao erro. Não estamos

enfrentando uma gripe, não é uma infecção que pode ser tratada com

antibióticos. Quem enfrenta depressão não precisa ser incentivado ou


encorajado a rir, porque o que a pessoa vivencia não é apenas tristeza.
Precisamos de diagnósticos precisos, abordagens terapêuticas

multidisciplinares e de uma maior consciência social.


“O amor não é suficiente para curar a depressão, mas o apego a um ser próximo

permite enfrentá-la com maiores chances de sucesso.”

-Andrew Solomon-

O oposto da depressão não é


alegria, amor ou felicidade
As pessoas têm uma tendência quase automática de categorizar tudo ao seu

redor. Além do mais, frequentemente fazemos isso em termos absolutos. Um

exemplo disso é quando pensamos que, se não estamos felizes, é porque

estamos tristes; se não estamos calmos, estamos ansiosos ou preocupados.

Dentro dessas lógicas, é natural pensar que o oposto da depressão é a

felicidade.

Essas abordagens, além de equivocadas, não ajudam, principalmente quando

falamos em transtornos psicológicos, pois nesse caso entramos, sem dúvida,

em universos pessoais complexos. William Styron, um conhecido escritor

americano, escreveu um livro excepcional intitulado “Visível escuridão:

memórias da loucura” (1989), onde detalhou este mesmo assunto. Ele estava

gravemente deprimido aos seus sessenta anos.

Styron definiu a depressão como uma chuva cinza que cobria tudo onde ele
colocava seu olhar. Ele sentiu a presença da morte ao seu lado, teve a sensação

de que alguma parte de seu corpo estava quebrada, mas sem saber qual. Ele

também tinha certeza de que seu cérebro havia lhe pregado um truque maligno

para que cada pensamento se voltasse contra ele. Ele experimentou o calor e o

frio mais escaldantes, tudo ao mesmo tempo, além de uma solidão exasperante,

mesmo quando estava acompanhado.

Olhando para essa descrição caótica, mas nítida, que Styron fez em seu livro,
entendemos como a depressão é multifacetada: é uma realidade com tantas
nuances, variações e sombras que não faz sentido defini-la apenas como

“tristeza”.

Prozac e a busca infrutífera pela


felicidade
Em 1988, uma verdadeira revolução ocorreu no campo clínico e na sociedade

em geral. Com a chegada dos chamados SSRIs (inibidores seletivos da

recaptação da serotonina) e especialmente com a introdução da fluoxetina

(Prozac foi seu primeiro nome comercial), muitas coisas mudaram. A mudança

mais notável foi que as pessoas ousaram, pela primeira vez, falar sem medo

sobre a depressão.

O Prozac pulou das farmácias para as capas de revistas em um piscar de olhos

e, de repente, era comum encontrar mais informações sobre doenças

mentais. A fluoxetina estava na moda, especialmente depois que o livro “Prozac

Nation”, de Elizabeth Wurtzel, foi publicado na década de 1990.

Naquela época, a sociedade passou a ver esse fármaco como a solução para

todas as tristezas, preocupações e desânimos. O Prozac era visto como a pílula

da felicidade. Isso estava embasado na lógica equivocada de que o oposto da

depressão era, mais uma vez, aquele sentimento completo e elevado que é “a

felicidade”. Por isso, muitos foram aos centros médicos exigindo esse

medicamento para se sentirem melhor.


Agora, os antidepressivos têm efeitos nos níveis de serotonina, geram um maior

bem-estar, mas não trazem felicidade. Além do mais, na maioria dos casos, eles

nem resolvem o problema.

O oposto da depressão é a vontade


de viver
A depressão é mais do que apenas um desequilíbrio químico. É também um

distúrbio da mente, do cérebro e do corpo. O Dr. Alexander Glassman, da


Universidade de Columbia, ainda ressalta que a depressão também afeta a

nossa saúde cardiovascular, a ponto de alguém com depressão ter uma maior

probabilidade de sofrer algum tipo de doença cardíaca.

O impacto da depressão é imenso, e sua anatomia é complexa. Mas, mesmo

assim, ela permanece tratável desde que estejamos firmemente comprometidos

com a terapia, com a mudança dos nossos hábitos, padrões mentais, propósitos

e diálogos internos. O objetivo de todo esse processo delicado não é o de

recuperar a felicidade perdida, nem deixar as tristezas para trás.


Quando você lida com a depressão, você só quer uma coisa: recuperar a sua

vontade de viver.
https://amenteemaravilhosa.com.br/oposto-da-depressao-vitalidade/

A alimentação e a sua relação


com os sintomas depressivos
Fato verificado
Qual é a relação entre a alimentação e os sintomas depressivos?
Será que a maneira como nos alimentamos influencia a nossa
saúde mental?

Estudos de revisão comprovam a relação entre a alimentação e os transtornos

do humor, especificamente os sintomas depressivos, que são um elemento

chave na conclusão dos resultados a favor de uma dieta rica em nutrientes.

O ferro, os antioxidantes, e vitaminas como a B12 influenciam fatores

cognitivos e comportamentais, por exemplo. Além disso, a influência desses

nutrientes não se baseia apenas na melhora dos sintomas depressivos, visto

que eles também reduzem a prevalência ou gravidade de outros transtornos.

A alimentação ao longo da história


Com o surgimento do Homo erectus há mais de 1,8 milhão de anos, a variedade

e a riqueza dos alimentos aumentaram. Além disso, surgiu a necessidade de


alimentar um cérebro muito mais desenvolvido, que consumia 16 vezes mais

calorias por grama. Dessa forma, o ser humano evoluiu o preparo de alimentos

com o cozimento, além de incluir em sua alimentação frutas e verduras

provenientes da agricultura.

É considerável a diferença entre a disponibilidade de alimentos atual e a que os

primeiros seres humanos da história tiveram. No entanto, isso não significa que

a disponibilidade atual seja melhor do que no passado.

Diferenças no nível socioeconômico


Pesquisas apontam para a existência de uma forte associação entre a qualidade

da alimentação e os transtornos do humor, em especial os sintomas


depressivos. Em geral, os alimentos que estão mais intimamente relacionados

aos sintomas depressivos são caracterizados por serem ricos em açúcares

refinados e gorduras saturadas (o que é característico de

dietas ultraprocessadas).

Assim, é provável que pessoas com uma renda menor sejam mais propensas ao

seu consumo. Os componentes dos alimentos ultraprocessados costumam ser

baratos; por isso, o preço final desses produtos é muito mais baixo em

comparação com alimentos ricos em nutrientes ou alimentos naturais. Dessa

forma, pessoas com menor poder aquisitivo seriam forçadas, de certa forma, a

ter que consumi-los.

As consequências podem ser graves em termos de saúde mental, podendo

causar sintomas depressivos, mas também em termos de saúde física, podendo

levar à obesidade, diabetes, etc. Além disso, as mulheres têm uma desvantagem,

já que uma dieta pobre em nutrientes como ferro, folato e cálcio pode causar

maiores prejuízos na idade fértil.

Saúde mental, alimentação e


sintomas depressivos
Os estudos que relacionam os problemas que podem surgir na saúde mental no

que diz respeito à nutrição foram realizados com uma população com carências

graves, e por isso não devem ser interpretados isoladamente. Nesse caso, a

suplementação vitamínica melhora o estado de pacientes psiquiátricos, além de

outras pessoas com problemas de absorção de nutrientes.

Estudos também apontam que, embora uma deficiência de ácido fólico possa

causar depressão, pessoas com depressão podem precisar de uma maior

quantidade de ácido fólico do que pessoas que não têm depressão. Além disso, o

medicamento parece ser mais eficaz no cérebro de pessoas que se alimentam

de forma ideal.

Os nutrientes que estão ligados a transtornos afetivos, como a depressão, são

os seguintes:

Ômega 3
O ômega 3 é um ácido graxo essencial. Por esse motivo, sua deficiência pode

levar ao surgimento de transtornos do humor. Foi comprovada

sua eficácia para a melhora da depressão unipolar e bipolar.

Esse ácido graxo pode ser encontrado em peixes e frutos do mar, oleaginosas e

sementes, óleo de linhaça e óleo de soja.

Folato e vitamina B12


O folato e a vitamina B12 pertencem às vitaminas do complexo B e estão

presentes em um grande número de alimentos. O baixo nível de folato está

associado a um aumento dos sintomas depressivos. Por esse motivo, o folato

pode ser útil como um tratamento adjuvante para a depressão.

Com relação à vitamina B12 e ao ácido fólico, foi comprovado que a eficácia da

medicação antidepressiva se dá de acordo com o nível dessas vitaminas. Em


níveis mais baixos, há uma resposta menor ao tratamento farmacológico.
O folato e a vitamina B12 podem ser encontrados em alimentos como a

levedura nutricional e laticínios.

Magnésio e zinco
Foi comprovado que uma alimentação deficiente em magnésio aumenta os

comportamentos relacionados à depressão e ansiedade. O tratamento com

magnésio pode melhorar esses comportamentos. Alguns dos alimentos ricos

nesse mineral são quinoa, espinafre, abacate e tofu.

Com relação ao zinco, foi observada uma deficiência desse oligoelemento em

pessoas com depressão maior. Estudos com animais evidenciam a eficácia do

uso de suplementos ricos em zinco no tratamento antidepressivo.


Em suma, a alimentação desempenha um papel importante na vida das pessoas.

Dependendo da sua qualidade, além do ritmo de vida associado a ela, os

benefícios para a saúde física e mental podem ser consideráveis.


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