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50 DDS VOLTADOS PARA PORTOS E NAVIOS

Imagem:
@serjosoza

DDS
DIÁLOGOS DI ÁRI OS DE SEGURANÇA

1º ED IÇÃ O
PO R BRU NO CO NCE I ÇÃO DA S ILV A
DADOS DE COPYRIGHT

Este e-book é disponibilizado gratuitamente com objetivo de falar


de segurança marítima e portuária, oferecendo Diálogos Diários de
Segurança para profissionais que atuam em portos e navios.

É proibido e totalmente repudiável a venda, aluguel, ou quaisquer


uso comercial do presente conteúdo.

O material é baseado nas boas práticas de SMS e na Cultura de


Segurança exigida e esperada neste ramo de trabalho.

As imagens ilustrativas são oriúndas da internet, de acervo pessoal e


também cedidas pelo fotógrafo Sérgio Souza @serjosoza , através
do serviço "unsplash", e licenciadas sob Creative Commons Zero.

1
BRUNO CONCEIÇÃO DA SILVA

DD S - D I Á LO G OS DI Á R I OS DE S E G UR A NÇ A

VO L T AD O S P A R A P O RT O S E NA VI O S

Editores: Fauzi Mendonça / Cláudia Diaz


Coordenação Editorial: Cláudia Diaz
Revisão: Fauzi Mendonça
Diagramação e Arte: Bruno Silva e Fauzi Mendonça

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PREFÁCIO

Um dos grandes desafios das empresas é reduzir a taxa de acidentes


de trabalho ao mínimo, ter zero acidentes com afastamentos e
manter todos os ambientes seguros, seja ele uma embarcação, base,
terminal, estaleiro ou escritório.

À primeira vista, esta parece uma missão impossível para várias


empresas, mas é possível atingir esse resultado a partir da
compreensão do comportamento seguro e mudanças na cultura
organizacional.

A busca por um nível de segurança interdependente  é o caminho


para uma cultura de segurança madura e sustentável, com taxas de
lesões realmentes próximas de zero.

É preciso ir além de regras estabelecidas em leis, normatizações


técnicas, equipamentos de proteção individual e coletiva, entre
outros meios adotados para prevenir os acidentes de trabalho, para
eliminar verdadeiramente os comportamentos inseguros.

Por conta disso tudo, eu recomendo a leitura deste exclusivo


material, que conta com vários DDS criativos, inovadores,
diferentes, engraçados, envolventes, objetivos e curiosos,
envolvendo segurança marítima e segurança do trabalho, e voltados
especialmente para portos, navios, e toda atividade marítima.

Boa leitura!

Fauzi Mendonça (Coordenador de PCM e Diretor Editorial da Revista


Manutenção)

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Os presentes Diálogos Diários de Segurança DDS , são fornecidos


como medida preventiva para o ambiente de trabalho restrito em
portos e navios. 

O uso deste material é livre e recomendado a todos, e pode ser


utilizado conforme instruções da gestão de QSMS, ou como leitura
adicional de prevenção de segurança pelo trabalhador, sem
quaisquer restrições.

Reitera-se que o principal objetivo do conteúdo é prover discussões


de forma criativa, inovadora e personalizada, e fornecer instruções
básicas de assuntos ligados à segurança do trabalho, promovendo a
conscientização dos colaboradores para a prática de atos seguros e
colaborando diretamente com a prevenção de acidentes.

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ÍNDICE

Prefácio ......................................................................................................................
Considerações Iniciais............................................................................................
Índice ..........................................................................................................................
História ......................................................................................................................7
Glossário ....................................................................................................................8
Segurança Marítima e Portuária .......................................................................
Tá no porto? Então se atraca essas dicas! ........................................................
Curto-circuito? Aqui não! ....................................................................................
E na faina de óleo diesel, o que fazer? .............................................................
Primeiros Socorros envolvendo Óleo Diesel Marítimo ............................
Ações em casos de incêndios .............................................................................
Programa S Cinco Sensos a bordo .............................................................. 6
Efeitos do ruído a bordo e em instalações portuárias ................................ 8
Suas mãos são importantes? Então agarre esse DDS! ................................. 9
Não caia rolando escada abaixo! .......................................................................
Prevenção também é assunto na cozinha da embarcação! .......................
Boas práticas na manipulação de alimentos .................................................
Acesso a embarcações, como fazer com segurança? ...................................
Afaste-se das partes quentes de equipamentos ............................................ 7
Qual a importância que você dá para os seus olhos? .................................. 8
Segurança em máquinas e equipamentos ..................................................... 9
Sinalização e isolamento de área ......................................................................
Riscos ergonômicos ..............................................................................................
Procedimentos comuns em situações de emergência ................................
Quedas por escorregão ou tropeço ..................................................................
Dispositivos de bloqueio e etiquetagem .........................................................
Sistema fixo de CO ............................................................................................. 7
Navegação com mau tempo ............................................................................... 9
Proteção do navio ..................................................................................................
Nosso bem-estar também a bordo é prioridade ...........................................
Substâncias químicas perigosas .........................................................................
A importância do colete salva-vidas .................................................................
Análise de Segurança da Tarefa – AST ............................................................ 7
Plano de Segurança do navio .............................................................................. 8
Sinalização e instruções de seguranças ............................................................ 9
Encalhe ......................................................................................................................
Água aberta ...............................................................................................................
Escorregamento de carga .....................................................................................
Adernamento ...........................................................................................................
Homem ao mar ....................................................................................................... 6
Abarroamento .......................................................................................................... 8
Principais causas dos acidentes de trabalho no mar ..................................... 9

5
Naufrágio / Abandono do navio .........................................................................6
Cargas a granel .........................................................................................................6
Trabalhos em mastros e no costado ..................................................................6
Trabalhos em espaços c..........................................................................................6
Trabalhos na Praça de Máquinas ........................................................................6
Manobras ...................................................................................................................67
Assistência ao embarque e/ou desembarque de pessoas .............................68
Planos SOPEP ...........................................................................................................69
Tabela fonética internacional ..............................................................................7
Álcool & drogas .........................................................................................................7
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho .........................................................7
Movimentação de cargas .......................................................................................7
Trabalho em altura ..................................................................................................76
Trabalho a quente ....................................................................................................78
Jogo dos Erros............................................................................................................79
Glossário Marítimo...................................................................................................8
Sobre o autor .............................................................................................................88
Agradecimentos.........................................................................................................9

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HISTÓRIA

Você conhece a sigla DDS?

O Diálogo Diário de Segurança DDS se trata do método mais


utilizado por empresas para promover a segurança no trabalho.

Essa é uma ferramenta antiga e eficiente, que surgiu na década de


9 para prevenir acidentes nos locais de trabalho.

Como funciona?

O DDS deve acontecer no ambiente operacional todos os dias, seja


a bordo ou em terra, antes do início das atividades da equipe.

Normalmente, tem uma duração de a minutos, com um


diálogo que visa conscientizar os profissionais da operação sobre a
prevenção de acidentes, e orientando a melhor forma de trabalhar
com segurança, sem riscos, e respeitando às regras e normas.

A equipe é instruída, geralmente, por um líder, que pode ser um


técnico de segurança, um engenheiro de segurança, um gestor, um
preposto, um Comandante ou Imediato.

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GLOSSÁRIO DE SEGURANÇA

Acidente – Incidente, entendido como acontecimento súbito e


imprevisto, sofrido pelo trabalhador, que originou ferimento,
dano para a saúde ou fatalidade.

Acidente de Trabalho – Acidente que se verifique no local e no


tempo de trabalho, ocasionando direta ou indiretamente lesão
corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte redução
na capacidade de trabalho ou a morte.

Acidente de trajeto – São acidentes ocorridos no trajeto entre a


residência e o local do trabalho do colaborador, e vice-versa.

Avaliação do Risco – Processo global de estimativa da grandeza


do risco e da decisão sobre a sua aceitabilidade probabilidade de
ocorrência de um evento e provável magnitude dos seus efeitos
adversos para a segurança, saúde, meio ambiente ou economia .

Danos – doenças, patologias ou outras lesões sofridas pelo


trabalhador, devido à atividade que exerce ou durante o período
de trabalho ou, no caso dos materiais e equipamentos, reduções
no seu valor ou inoperacionalidade dos mesmos. Os danos
também podem ser ambientais, quando houver qualquer
liberação de produto que resulte em modificação negativa do
meio ambiente, derivada, no topo ou em parte, das atividades,
produtos ou serviços da unidade.

Doença do trabalho – Assim entendida a adquirida ou


desencadeada em função de condições especiais em que o
trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente.

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GLOSSÁRIO DE SEGURANÇA

Gravidade – Medida com base nos danos para a saúde e


segurança das pessoas, onde a avaliação qualitativa atende ao pior
incidente.

Exposição – Conceito de avaliação que traduz o tempo de


permanência sob os efeitos de uma condição perigosa. Para um
risco concreto, a exposição pode ser estimada em função do
tempo de permanência na área de trabalho, operando com um
determinado equipamento ou em presença de substância nociva.

Identificação de perigo – Processo que permite reconhecer a


existência de um perigo e definir as suas características.

Incidente – Evento que tenha potencial para causar dano


ambiental, lesão e/ou perda, que não ocorreu por questão de
tempo ou espaço.

Perigo – Fonte, situação ou ato com potencial para o dano em


termos de lesões, ferimentos ou danos para a saúde, ou uma
combinação destes.

Prevenção – Conjunto de atividades ou medidas adotadas ou


previstas em todas as fases de atividade da empresa ou do serviço
com o fim de evitar, eliminar ou diminuir os riscos.

Risco – Combinação da probabilidade da ocorrência de um


acontecimento perigoso ou exposição, e da severidade das lesões,
ferimentos ou danos para a saúde, que pode ser causada pelo
acontecimento ou pela exposição.

Segurança – Ausência de riscos não aceitáveis.

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SEGURANÇA MARÍTIMA E
PORTUÁRIA

O transporte marítimo é responsável por mais de 9 % das


mercadorias transportadas em todo o mundo, tornando-se o
principal meio de transporte do mundo globalizado.

Como em qualquer outro setor, também neste mercado os recursos


humanos são um fator chave na eficiência das operações, colocando
a segurança operacional e ocupacional como questões prioritárias no
sucesso da atividade.

O trabalho a bordo dos navios, plataformas, portos, terminais e


estaleiros possuem características próprias e específicas, com
elevados níveis de risco e periculosidade.

O trabalho marítimo é regulamentado por convenções


internacionais e nacionais, as quais comportam um conjunto de
requisitos e de recomendações, que visam promover a segurança, a
saúde e a integridade do trabalhador marítimo, contribuindo
também para a minimização dos acidentes pessoais a bordo dos
navios.

A Segurança em todos estes ambientes, compreende um conjunto de


procedimentos que visa afastar, sobretudo, os perigos que ameaçam
a vida do colaborador.

Assim, cada profissional deve possuir um conjunto de


conhecimentos relacionados com a sua atividade, que vão desde o
enquadramento da profissão até a adoção e desenvolvimento de
uma cultura forte de segurança, visando garantir a manutenção das
condições de segurança e a manutenção de um ambiente propício à
cooperação.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

0 – Tá no porto? Então se atraca essas dicas!

A atividade portuária é regida pela NR 9 – Saúde e Segurança do


Trabalho Portuário, que proporciona uma série de medidas de
segurança que são cumpridas pelos Portos e pelo OGMO Órgão
Gestor de Mão de Obra .

O porto é uma área que requer muita atenção, então vamos rimar
falando um pouco de prevenção:

Próximo a navios tem cabos amarrados, fique sempre em lugar


seguro e não deixe nada dar errado.

Afaste-se mais de metros se houver operação, e se você faz


parte dela, sinalize tudo para chamar atenção!

Uma atitude proibida é ficar embaixo de carga suspensa, pois


representa um risco a vida e isso não compensa.

Nos portos os veículos estão em intensa circulação, ande sempre


pelas rotas seguras, e faça isso com determinação.

E para finalizar, afaste qualquer perigo eminente, observando


tudo ao seu redor e as sinalizações existentes.

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PORTOS E NAVIOS

0 – Curto-circuito? Aqui não!

O curto-circuito ocorre quando uma corrente elétrica com força


acima do normal passa por um circuito que estava funcional. Isso
pode provocar explosões, faíscas e dissipação de calor, então para
evitar um incêndio, veja essas dicas de muito valor:

Mantenha os equipamentos nas tomadas adequadas, sem arrancar


pinos e alterar configuração das entradas.

Água e eletricidade todo mundo sabe que não combina, proteja


seus equipamentos e navegue junto nessa rima.

As manutenções preventivas em equipamentos e quadros


elétricos precisam ser realizadas, esta é uma regra que tem que ser
enfatizada.

Sobrecarregar a sua tomada com diversos eletrônicos pode


comprometer a segurança, esta prática não pode ser feita, mesmo
com toda confiança.

Antes de utilizar um equipamento, verifique sua voltagem, não


importa se esteja no porto, offshore ou na cabotagem.

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PORTOS E NAVIOS

0 – E na faina de óleo diesel, o que fazer?

É sempre bom falar de abastecimento em embarcações, pois é uma


atividade necessária e que tem muitas informações.

Nesta faina todos os colaboradores precisam estar preparados, e


sobretudo familiarizados, cumprindo normas e procedimentos com
o máximo comprometimento.

Confira dicas para o sucesso dessa operação, fique ligado e sem


vacilação:

Para aumentar a segurança mantenha tudo sinalizado, assim você


tranquiliza a operação, deixando tudo padronizado.

Rotinas de controle são fundamentais, com análises de segurança,


listas de verificações, e tudo para evitar riscos adicionais.

Outro ponto essencial é a distribuição de funções, isso engloba a


vistorias em barcaças e também nos caminhões, com
monitoramento dos suspiros e também conexões.

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50 DDS VOLTADOS PARA
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0 – Primeiros Socorros envolvendo Óleo Diesel Marítimo

Uma das medidas importantes nas operações de abastecimento e


transferência de óleo diesel marítimo ODM é manter próximo da
área de operação a Ficha de Informação de Segurança de Produto
Químico FISPQ do combustível, pois ela é um dos principais guias
para responder com eficiência uma emergência.

Conheça a medida de primeiros socorros adequada para cada caso


envolvendo ODM:

Inalação: Remova a vítima para local arejado. Se a vítima não


estiver respirando, aplique respiração artificial. Se a vítima estiver
respirando, mas com dificuldade, administre o oxigênio a uma
vazão de a litros / minuto.

Contato com a pele: Retire imediatamente as roupas e sapatos


contaminados. Lave a pele com água em abundância, por pelo
menos minutos sob chuveiro de emergência.

Contato com os olhos: Lave os olhos com água em abundância,


por pelo menos minutos, mantendo as pálpebras separadas.
Use de preferência um lavador de olhos.

Ingestão: Não provoque o vômito. Se a vítima estiver consciente,


lave a sua boca com água limpa em abundância e faça ingerir água.

Em todos os casos, procurar assistência médica imediatamente,


levando a FISPQ, sempre que possível.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

05 – Ações em casos de incêndios

Prevenir incêndios é tão importante quanto saber apagá-los.


Mantenha-se sempre familiarizado com os planos de emergência do
navio ou do porto, e saiba como agir em casos de princípios de
incêndios.

Confira a seguir algumas recomendações em caso de incidentes


envolvendo fogo:

Manter a calma;
Primeiro preservar a vida, depois objetos;
Acalmar as pessoas afetadas/envolvidas;
Combater o fogo no início utilizando equipamento extintor
correto;
Livrar-se de tudo que possa se queimar;
Sentir a temperatura da porta antes de abri-la, ter cuidado com
maçanetas que podem estar quentes;
Não trancar portas ao sair;
Não usar elevadores;
Caminhar agachado a fumaça fica suspensa ;
Usar lenço umedecido junto ao nariz.

Uso de extintores

Segure pela alça;


Retire o pino trava girando-o;
Aponte a mangueira ou difusor
extintor de CO pegando no
cabo em direção a base do fogo;
Acione o gatilho pressionando-o;
Faça movimentos em forma de
leque.

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PORTOS E NAVIOS

0 – Programa 5S Cinco Sensos a bordo.

O programa S é uma grande ferramenta em diferentes áreas da


indústria, e não seria diferente nos portos e a bordo.

O programa Cinco Sensos S visa combater perdas e desperdícios e


preservar nossa saúde e segurança, afinal, este é o objetivo de todos,
né?

Os cinco sensos foram traduzidos para a língua portuguesa com a


seguinte identidade: Senso de utilização, Senso de organização,
Senso de limpeza, Senso de saúde e Senso de autodisciplina.

Descubra na cruzadinha abaixo cada um dos sensos citados acima


Confira as dicas na próxima página :

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

Vertical

. Separar o necessário do desnecessário, facilitando nossa


movimentação e desobstruindo compartimentos.

Horizontal

.Tornar fácil a localização dos materiais evitando desperdícios e


otimizando o tempo.

.Manter um ambiente limpo e organizado, com boa saúde e


qualidade de vida no local de trabalho.

.Zelar pelas boas condições físicas e de saúde do local de trabalho,


principalmente utilizando EPI corretamente.

.Consolidar os princípios básicos dos sensos anteriores,


incorporando essa cultura em nosso dia a dia.

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0 – Efeitos do ruído a bordo e em instalações portuárias.

o que? Não estou ounvindo! EFEITOS DO RUÍDO A BORDO E


EM PORTOS! DEU PARA OUVIR AGORA?

Som alto, ruídos, estrondos, zoadas de todo tipo e barulhos diversos.

Você encontra ambientes assim em portos e embarcações,


principalmente em praças de máquinas, ou quando há atividades em
andamento.

Caminhões circulam o tempo todo no porto, há buzinas de veículos,


apitos de navio, alarmes de sinalização e maquinário variado
trabalhando.

Se não for utilizado o EPI corretamente, a consequência mais grave


pode ser a surdez, que é a perda parcial ou total da audição,
dificultando a compreensão e a comunicação da pessoa afetada.

A surdez pode ser classificada por graus:

Leve: quando a perda auditiva é de até decibéis, que impede a


audição de um som fraco ou distante.

Moderada: é a perda auditiva entre e 7 decibéis, em que só são


compreendidos sons de alta intensidade, causando dificuldades na
comunicação.

Severa: causa perda auditiva entre 7 e 9 decibéis, que permite a


compreensão de alguns ruídos e vozes intensas, tornado a percepção
visual e a leitura labial importantes para a compreensão;

Profunda: é a forma mais grave, e acontece quando a perda auditiva


ultrapassa 9 decibéis, impedindo a comunicação e a compreensão
da fala.

Não é possível recuperar sua audição sem recorrer ao uso de


próteses auditivas ou implantes de aparelhos eletrônicos.

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0 – Suas mãos são importantes? Então agarre esse DDS!

Os instrumentos mais importantes com os quais trabalhamos são c


om certeza as nossas mãos, mas as mão não são peças, se elas se
machucam, não tem troca!

Então o DDS de proteção das mãos vai ser feito com a ajuda de
vocês!

Relacione abaixo coisas que vocês fazem com as mãos quando


estão em casa com suas famílias:

. ____________________________________________
. ____________________________________________
. ____________________________________________

Agora coisas fundamentais que vocês fazem no trabalho com suas


mãos:

. ____________________________________________
. ____________________________________________
. ____________________________________________

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

Imagine você ficar com o uso das suas mãos comprometido ou


limitado? Pois é…

O primeiro passo para evitar isso é o uso de luvas apropriadas para


cada atividade.

O segundo passo é defender suas mãos no dia a dia, então confira


abaixo dicas de proteção para as mãos em embarcações e
instalações portuárias:

A embarcação está em constante movimento, adernada para um


bordo ou outro, abicada ou derrabada, esses movimentos fazem as
portas se fecharem prensando os dedos violentamente. Verifique
se em seu navio existem amortecedores em todas as portas!

Partes móveis de equipamentos são a maior ameaça a suas mãos.


Todas as partes móveis de equipamentos precisam estar com
proteção, e em caso de manutenção, o equipamento precisa estar
bloqueado e etiquetado.

Não apoie as mãos em qualquer lugar! Em embarcações existe


muitas partes quentes em equipamentos diversos, como chapas de
fogão, motores e caldeiras, para defender suas mãos desses
adversários, vista sua armadura luvas e cuide de suas mãos!

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9 – Não caia rolando escada abaixo!

Escadas em navios são locais de grande risco de acidentes, que


podem ser quedas de pequenas escoriações até quedas com alto
potencial de gravidade. Nas embarcações, que estão condicionadas
ao constante movimento do mar, você pode ser lançado escada
abaixo se não tiver o mínimo cuidado.

Os pontos básicos de prevenção de acidentes em escadas de


embarcações são:

Manter o corrimão pintado adequadamente, e, pelo menos, o


primeiro e último degrau pintado com sinalização de segurança;
Verificar se os corrimãos estão seguros e bem fixados;
Manter os degraus totalmente desobstruídos;
O usuário precisa estar atento e andar sempre com no mínimo
uma das mãos livre para se segurar ao corrimão;
Em escadas a bordo com ângulo de graus, o corpo deverá ser
mantido de frente para os degraus. Nunca descer ou subir a
escada de costas.

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50 DDS VOLTADOS PARA
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0 – Prevenção também é assunto na cozinha da embarcação!

Os acidentes na cozinha de navios são causados, na maioria das


vezes, por falta de limpeza e organização, podendo ser evitados com
medidas simples de prevenção.

As queimaduras, cortes e lesões configuram grande parte dos


acidentes de trabalho em cozinhas nas embarcações, então as luvas
de malha de aço e luvas resistentes a alta temperatura se tornaram
personagens fundamentais nesse ambiente.

Confira abaixo dicas para sua segurança na cozinha de um navio:

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PORTOS E NAVIOS

– Corte o alimento sempre com a faca no sentido contrário ao


corpo, e utilizando luva de malha de aço.
– Faça o descarte seguro dos restos de materiais, principalmente
obedecendo as diretrizes do gerenciamento de resíduos.
– Coloque os cabos das panelas voltadas para dentro do fogão, e
utilize a barra de proteção.
– Use as luvas resistentes a alta temperatura para manusear objetos
quentes.
– Evite deixar óleo e água caírem no chão, e mantenha a cozinha
limpa e organizada, sem objetos obstruindo o espaço.

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– Boas práticas na manipulação de alimentos

Toda manipulação de alimentos a bordo requer cuidados básicos


para garantir a segurança alimentar e prevenir riscos à saúde dos
tripulantes.

O trabalho na cozinha com alimentação exige cuidados por parte do


manipulador como:

Cuidar bem da saúde;


Manter o uniforme sempre limpo e conservado;
Manter cabelos sempre cobertos por touca ou rede;
Evitar falar, tossir ou espirrar em cima dos alimentos;
Manter as unhas curtas e limpas;
Higienizar as mãos frequentemente;
Usar luvas ao manipular alimentos prontos para o consumo.

Deve-se EVITAR:

Provar alimentos com as mãos.


Ao provar com uma colher, não colocá-la novamente no
recipiente antes de lavá-la;
Fumar durante o trabalho;
Passar as mãos no cabelo durante a atividade;
Usar o uniforme fora da área de trabalho;
Enxugar o suor do rosto com as mãos, pano de prato ou avental;
Coçar-se ou assoar o nariz durante a manipulação de alimentos;
Usar cabelos compridos e barba;
Anéis, brincos, pulseiras e roupas com botões para que não caiam
sobre os alimentos.

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– Acesso a embarcações, como fazer com segurança?

Para acessar uma embarcação, você não precisa ir nadando como se


fosse uma travessia, tampouco pulando como em uma prova de
aventura.

Segundo a OIT - Organização Internacional do Trabalho, deve haver


um meio de acesso seguro entre qualquer navio e qualquer cais,
flutuadores ou estruturas similares, ou outro navio encostado, ao
qual a embarcação está amarrada.

Os meios de acesso as embarcações podem ser vários, tais como


escadas e passarelas de portaló, rampas de acesso entre embarcações,
escadas portáteis e escadas de prático.

Podemos acessar o navio por via aquática ou pelo cais de um porto.

Conheça as características principais de segurança para um acesso


seguro ao navio:

Todos os meios de acesso e suas imediações devem ser


suficientemente iluminados;

O equipamento de acesso deve ser prontamente colocado em


posição após o navio ter sido amarrado e permanecer em posição
enquanto o navio estiver atracado;

Uma bóia salva-vidas com iluminação autônoma e um cabo de


segurança separado, ou dispositivo similar, devem ser
posicionados no ponto de acesso ao navio;

Os marítimos devem usar apenas os meios previstos para o acesso


ao navio, caso contrário, de maneira segura acessar o navio
utilizando colotes salva vidas;

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

Os meios de acesso devem ser mantidos livres de óleo, graxa ou


qualquer outra substância que possa causar escorregões e quedas;

Qualquer distância entre o cais e o navio, por onde uma pessoa


utilizando-se do meio de acesso possa cair na água, deve ser
protegida por uma rede de segurança com tamanho, malha e
fabricação adequadas, fixada da melhor forma possível;

Os meios de acesso devem ser posicionados de tal forma que


nenhuma carga suspensa passe sobre eles;

A tripulação deve sempre usar um cinto de segurança e colete salva-


vidas enquanto opera com as escadas;

As pessoas que forem passar nas escadas devem sempre estar


utilizando EPI completo e colete salva-vidas;

As escadas devem ser inspecionadas regularmente. Particular


atenção deve ser dada às áreas onde há liga de alumínio para
conexões de aço. A ausência ou deterioração da junta de isolamento
pode levar à corrosão eletrolítica, o que causará desperdício e,
portanto, enfraquecimento.

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– Afaste-se das partes quentes de equipamentos

Em navios, principalmente na praça de máquinas, existem vários


pontos quentes. Essas áreas são locais que geram um calor
considerável e que são responsáveis por queimaduras, muitas delas
graves.

É fundamental a proteção e sinalização dos equipamentos e locais


com fonte excessiva de calor, tais como redes de trocadores de calor,
motores a combustão, dutos de escape de gases de exaustão, motores
elétricos, turbinas, caldeiras, entre outros, utilizando mantas de
proteção térmica ou grades de proteção.

O uso do macacão de manga longa e luvas apropriadas é um


importante recurso de prevenção, quando se está trabalhando
próximo a partes quentes.

Para ações de primeiros socorros:

. Coloque a região queimada debaixo de água fria por, pelo


menos, minutos;
. Mantenha um pano limpo e umedecido em água fria na região,
trocando sempre que o pano aquecer;
. Não aplique qualquer produto como óleo ou manteiga na
queimadura;
. Passe uma pomada hidratante ou cicatrizante para
queimaduras.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

– Qual a importância que você dá para os seus olhos?

Luz, câmera, ação! Sim, nossos olhos são semelhantes a uma câmera
fotográfica ou uma filmadora. Aliás, esses equipamentos foram
inspirados na observação das estruturas do olho humano.

Apesar da evolução dos equipamentos, nenhum deles conseguiu


superar nossos olhos em termos tecnológicos. Prova disso é que a
nossa visão é 6 vezes mais sensível que a mais moderna câmera
digital.

Visto que a nossa visão é uma verdadeira máquina, é preciso investir


em certos cuidados para mantê-la funcionando.

Em as nossas tarefas diárias a bordo ou nos portos, nós podemos ter


os olhos atingidos por fagulhas, rebarbas, poeiras, fuligens, respingos
químicos e radiações luminosas intensas.

A poluição e o ar-condicionado, assim como a baixa umidade do ar,


também são inimigos. Esses agentes externos causam ardência,
vermelhidão ocular e irritação nos olhos.

Para se defender desses riscos, contamos com normas,


procedimentos de segurança e Equipamentos de Proteção Coletiva e
Individual, os quais podemos destacar protetores contra radiação
luminosa, protetores contra partículas multidirecionais, protetor
facial, óculos de proteção contra impacto, óculos de proteção contra
respingos e óculos com lentes escuras para radiações luminosas.

A melhor visão para o seu futuro é cuidar dos seus olhos!

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

5 – Segurança em máquinas e equipamentos

As embarcações são repletas de partes moveis, engrenagens, polias e


correias que oferecem riscos ao tripulante, a começar pelo eixo
principal, motores elétricos e compressores, como exemplo.

As proteções para as partes moveis dos equipamentos são essenciais


para formar uma barreira que impede o acesso a essas zonas de
perigo, mantendo as partes do corpo protegidas de um contato com
as áreas que oferecem riscos.

Para prevenção eficiente embarque nessas dicas:

Quando a máquina estiver em manutenção ou operando,


mantenha as mãos afastadas, e mesmo estando parada, faça o
travamento e bloqueio do equipamento;
Cuidado com suas vestimentas, pois uma roupa folgada pode
levar a um acidente;
Antes de iniciar qualquer trabalho em qualquer equipamento,
conheça-o, busque analisar os pontos de agarramento e de
possíveis acidentes;
Nunca remova uma proteção da máquina ou coloque suas mãos
em lugares não permitidos sem autorizações, análises
preliminares e bloqueio do equipamento.

Use essas dicas a seu favor, e mantenha você e seus colegas seguros
sempre que for trabalhar com máquinas e equipamentos.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

– Sinalização e isolamento de área

A Sinalização é uma forma de comunicação, de rápida e fácil


interpretação, que utiliza sinais em forma de placa e até iluminação.

O Isolamento é um meio muito eficaz de impedir o livre acesso de


quem não leu o cartaz.

Para fazer esta delimitação, muitos recursos podem ser utilizados


nesta ação, desde tapumes de madeira até cones de sinalização.

As fitas zebradas, servem de alerta de boreste a bombordo. Não


devemos nunca ultrapassá‐las e desrespeitar nenhuma regra, assim o
Comandante e a sua própria segurança se alegra!

Devemos reconhecer a importância de todos estes recursos, que


existem para nos alertar, então faça bom uso!

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– Riscos ergonômicos

Entre os riscos ergonômicos mais comuns que podemos citar, estão:

Postura inadequada durante as atividades;


Jornada de trabalho prolongada;
Situação de estresse;
Levantamento de peso;
Esforço físico, monotonia e repetitividade;
Imposição de rotina intensa;
Trabalhos em período noturno;
Controle rígido de produtividade.

Tais riscos ergonômicos no setor naval e offshore, e também em


várias outras áreas da indústria, podem gerar distúrbios psicológicos
e fisiológicos, alterando o organismo e o estado emocional dos
tripulantes – o que afeta, obviamente, a sua saúde, segurança e
produtividade.

Entre os riscos ergonômicos mais comuns está a postura inadequada


durante as atividades, causando dores musculares.

Todos temos limites que devem ser respeitados. Quando uma tarefa
exercida ultrapassa esses limites, é importante ficar atento para o
que isso pode vir a causar.

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– Procedimentos comuns em situações de emergência

Na grande maioria das situações de emergência a bordo, existem um


conjunto de procedimentos comuns que devem ser executados por
todos os tripulantes. Assim, ao soar o alarme e tendo ele sido
identificado como correspondendo a uma dada situação de
emergência, o tripulante deve, de imediato:

Vestir o colete de salvatagem;


Avisar os companheiros de quarto que estão descansando;
Dirigir-se ao ponto de reunião, como indicado no Plano de
Segurança, e aguardar ordens do Comandante;
Após ter recebido ordens do Comandante, executar as tarefas que
lhe estão distribuídas na Tabela Mestra.

A Tabela Mestra da embarcação é o local onde encontra-se a função


de cada tripulante nas fainas de emergência, ela fica fixada em vários
locais do navio.

Se você é um visitante ou passageiro, siga sempre as sinalizações de


segurança e as orientações da tripulação, que está devidamente
treinada para agir conforme o plano de emergência de bordo.

ANTES DE ACESSAR O NAVIO,


FAÇA O BRIEFING DE
SEGURANÇA!

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PORTOS E NAVIOS

9 – Quedas por escorregão ou tropeço

Um navio não é um lugar fácil de se trabalhar, já que parece que


você está participando da antiga “Olimpíadas do Faustão”, onde você
escolhe um “nome de guerra” e vai para bordo. No quadro dos anos
9 do programa dominical, sempre tinha alguma coisa atrapalhando
você concluir o percurso, mas já nessa época todos usavam seus EPIs
como capacete, bota, ombreiras, cotoveleiras, entre outros.

A bordo dos navios, em alguns momentos você precisa se abaixar ao


entrar em um compartimento na praça de máquinas, se
preocupando sempre com as redes aéreas, em outros momentos
precisa ficar atento a desníveis no piso por conta de redes,
contenções ou elipses, há adversidades a todo tempo, e a atenção
precisa se manter ativa o tempo todo, por mais que você esteja
familiarizado com a embarcação.

A distração é um dos fatores para ocorrência de acidente, bem como


outros fatores que relacionaremos abaixo, o desafio agora é você
ajudar a identificar alguns desses riscos, vamos nessa!

Complete na próxima página os itens que colaboram com os riscos


de queda e escorregões.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

Em que momento tropeçamos? complete os itens

. Uma péssima iluminação;

. ____________________________________________

. Tapetes mau posicionados, com dobras;

. ____________________________________________

. Saliências, degraus no piso;

E quando escorregamos?

. Cascas de banana esse foi brincadeira , mas alimentos ou sujeira


no chão;

. ____________________________________________

. Tempo chuvoso e úmido;

. ____________________________________________

. Tapetes soltos;

As formas de prevenção desse tipo de acidente a bordo são diversas,


e precisam ser rotineiras. A sinalização de segurança como a pintura
de “zebrados amarelo e preto” em desníveis já é um bom começo
para evitar muitas quedas, conversem entre vocês analisando quais
outras medidas preventivas vocês utilizam a bordo ou em suas
instalações de trabalho para minimizar esses riscos.

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0 – Dispositivos de bloqueio e etiquetagem

O ambiente a bordo, em portos e estaleiros apresentam vários


perigos em decorrência do uso e da exposição do trabalhador às
diversas fontes de energia. Bloquear e controlar essas fontes durante
a manutenção e intervenção em equipamentos é fundamental para
evitar que tripulantes e colaboradores inadvertidos possam sofrer
acidentes devido a uma energização acidental.

Diversos meios de energia, incluindo fontes elétricas, mecânicas,


hidráulicas, químicas ou térmicas podem acionar os equipamentos.

Imagine que você é o SubChefe de Máquinas a bordo de uma


embarcação de Apoio Marítimo Offshore . Em um determinado
momento, o Imediato da embarcação informa a você que o Bow
Trhuster encontra-se inoperante. Após alguns minutos de testes
preliminares, você chama o Eletricista ELT para verificar com você
o problema e tomar as medidas corretivas.

Vocês desligam o disjuntor principal no Quadro Elétrico de


Distribuição e vão verificar o problema. Neste instante, você e o
Eletricista estão inspecionando o motor elétrico do Bow Trhuster.

O Chefe de Máquinas que não estava no quarto de serviço aparece


de forma repentina na Sala de Controle de Máquinas CCM e
percebe que o Bow Trhuster encontra-se com disjuntor desligado,
ele religa o mesmo e informa para o passadiço testar o Bow
Thruster, que começa a funcionar, podendo causar um acidente
grave no compartimento do Bow Trhuster onde vocês estão
trabalhando.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

Esta é uma situação muito real, devido a um fluxo de oficinas,


turnos, quartos de serviços e colaboradores de seção de máquinas e
manutenção circulam nos ambientes operacionais em diversas
operações na industria naval e offshore, para tratar de diferente
tipos de manutenção.

Como prevenir acidentes envonvendo essas diversas fontes de


energia, partida automática ou acidental de máquinas, entre outros
riscos?

R.: Utilizando um Kit de Bloqueio e Etiquetagem.

A Tagout é uma fabricante de dispositivos de bloqueio e


etiquetagem que possui uma linha de produtos adequadas as
necessidades de qualquer empresa, principalmente no segmento
marítimo e offshore.

A Tagout desenvolve seus produtos, treinamentos e consultorias


baseados na norma OSHA Occupational Safety and Health
Administration - 9 CFR 9 . 7 Control of Hazardous Energy
Lockout .

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50 DDS VOLTADOS PARA
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– Sistema fixo de CO

O sistema de supressão por inundação de CO é um dos tipos mais


comuns de sistemas de combate a incêndios fixos em instalações
marítimas e offshore. Ele libera dióxido de carbono CO em
grande quantidade em um determinado espaço que esteja pegando
fogo.

O CO é capaz de sufocar as chamas, fazendo com que elas não se


alastrem para o resto do navio. Para funcionar, diversos cilindros
contendo CO em estado líquido são colocados em um local
separado do risco.

Quando um fogo saí de controle, não sendo possível combatê-lo


com outros instrumentos, o sistema fixo de CO é acionado após as
ordens do Comandante do navio. Um alarme soa em toda a
embarcação alertando todos os tripulantes e um giroflex na cor azul
dentro do compartimento é acionado, a fim de evacuar toda a área.
O CO é enviado dos cilindros até o local que está em chamas
através de tubulações de aço-carbono, até chegarem aos difusores,
por meio dos quais será liberado o gás no local para extinguir as
chamas. Também é exigida sinalização no local informando a
presença desse recurso de combate a incêndio.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

Existem diversas vantagens que fazem com que o CO seja um dos


métodos preferidos de combate a incêndios. São elas:

A densidade do CO é cerca de , vezes maior que a dor ar, o que


faz com que ela desloque o ar e tome o seu lugar, ajudando a
extinguir as chamas mais rapidamente;
Pode ser facilmente liquefeito e envasado em cilindros;
Não é corrosivo;
Não é condutor de eletricidade;
Não deixa resíduos;
Não deteriora com o tempo.

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– Navegação com mau tempo

O céu está azul. O mar acena tranquilo e convidativo. Você, então,


está despreocupado em seu quarto de serviço no navio. Mas, de
repente, tudo muda. O mar fica alto, com ondas salientes. O céu
oscila entre o cinza-chumbo e o preto; o tranquilidade virou
apreensão; a brisa, vendaval.

Com a aproximação do mau tempo, a embarcação deve ser


preparada o mais rápido possível para esta situação.

Os procedimentos fundamentais consistem em:

Verificar a peação da carga;


Acomodar e pear todos os aparelhos, peças soltas, tambores e
embalagens no convés, cozinhas e espaços internos da casaria do
navio;
Verificar as escotilhas, portas estanques e vigias próximas da
linha de água;
Reduzir a máquina para um regime adequado;
Reforçar a vigia no passadiço;
Procurar um porto ou fundeadouro de refúgio.

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– Proteção do navio

Um navio protegido é também um navio seguro!

A cada período as estatísticas apresentam um crescimento no


número de casos de pirataria, roubo armado, contrabando em geral
e bandidagem, no mar e também nos portos. O nosso litoral tem
sido palco de vários ataques de assaltantes armados que visam a
carga e os bens dos tripulantes.

Confira abaixo as principais recomendações sobre proteção de


navio:

Levantar e/ou proteger todas as escadas, rampas e escada de


portaló quando fora de uso;

Manter trancadas as áreas não tripuladas, tais como paióis, demais


compartimentos ou gaiutas de acesso, e travar todas as portas pelo
lado de dentro, principalmente a noite, para restringir e controlar
o acesso;

Abordar trabalhadores desconhecidos tentando acessar a


embarcação sem prévia autorização;

Ficar atento a pessoas se aproximando em pequenas embarcações


solicitando auxílio, realizando desenhos, anotações ou
fotografando sem nenhuma autorização;

Ficar atento a indivíduos suspeitos próximos da embarcação ou


do porto;

Iluminar o convés principal, todos os pontos de acesso e os bordos


durante períodos de escuridão;

Caso visualize pessoa suspeita, tentar reconhecer e detectar


rapidamente se a mesma encontra-se com porte de armas,
substâncias, artefatos ou dispositivos perigosos, a fim de tomar de
forma imediata as medidas de prevenção e proteção, conforme
instruções do ISPS Code.

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50 DDS VOLTADOS PARA
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– Nosso bem-estar também a bordo é prioridade

Para manter uma boa saúde física e mental, seguir os pilares do


relacionamento interpessoal é uma “jogada de mestre”.

Conheça um pouco mais sobre essas habilidades que fazem a


diferença a bordo:

Autoconhecimento: Esse pilar é um facilitador de questões


emocionais, pois conhecer a si mesmo nos faz analisar o impacto
que causamos nos outros.

Empatia: É a capacidade de se colocar no lugar do outro, na


prática, empatia é nada mais que entender, tentar compreender o
que passa na mente do próximo.

Assertividade: É a capacidade de nos comunicarmos de maneira


clara, franca, direta e acima de tudo respeitosa.

Cordialidade: Gentileza, simpatia e solicitude é ter cordialidade


com as pessoas. Mostrar cortesia pelo próximo, pela sua tripulação
e por todos com quem você tem um relacionamento é ser cordial.

Ética: É o conjunto de princípios e valores morais que norteiam a


conduta humana dentro da sociedade.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

Como desenvolver um bom relacionamento interpessoal a bordo?

Desenvolva sua comunicação;

Escute com interesse;

Fale um pouco de si mesmo;

Se adapte às diferenças;

Fuja da “rádio cipó”;

Dialogue em vez de discutir.

Dessa forma, é preciso saber encontrar o equilíbrio para manter um


bom relacionamento interpessoal no trabalho e crescer na sua
carreira a bordo!

A PortSide Consultoria e Treinamento é uma empresa de


Engenharia de Manutenção, Consultoria e Treinamentos, com
ênfase na área naval, que foi criada para prover conhecimento,
mentoria e expertises técnicas, como foco na melhoria de processos
industriais através do desenvolvimento de pessoas.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

5 – Substâncias químicas perigosas

A bordo de navios é comum se deparar com produtos químicos no


paiol de tintas, no paiol de lubrificantes e também no paiol de
produtos de limpeza, e eu não estou falando de navios químicos, em
qualquer embarcação a exposição a produtos químicos é uma
realidade.

O risco químico é o perigo a que está exposto à pessoa ao manipular


ou se expor a produtos químicos. O contato de produtos químicos
com a pele e os olhos pode causar severas queimaduras, então nunca
se esqueça do uso adequado dos equipamentos de proteção
individual.

Caso não conheça o produto, de acordo com a norma ABNT-


NBR 7 : 9 ele tem que vir acompanhado da Ficha de
Informação de Segurança de Produto Químico FISPQ .

Nesta ficha deve conter as seguintes informações:

Identificação da empresa e do produto;


Identificação de perigos;
Composição e informações sobre os ingredientes;
Medidas de primeiros socorros;
Medidas de prevenção e combate a incêndios;
Medidas de controle para derramamentos ou vazamento;
Manuseio e armazenamento;
Controle de exposição e proteção individual;
Propriedades físico-químicas;
Informações toxicológicas;
Informações ecológicas;
Considerações sobre tratamento e disposição;
Informações sobre transporte, etc…

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

Tintas, solventes e diluentes, assim como qualquer produto químico,


deve ser armazenado em local apropriado, sendo necessário fácil
acesso, boa ventilação, distante de locais aquecidos ou equipamentos
que gerem faíscas.

Defeitos na embalagem, danificações sofridas durante o transporte,


manuseio incorreto na estocagem ou ainda, aquecimento excessivo,
podem causar vazamentos de solventes e acúmulo de seus vapores
no ambiente. Se houver uma faísca elétrica ou uma chama aberta
poderá ocorrer um incêndio ou explosão.

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50 DDS VOLTADOS PARA
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– A importância do colete salva-vidas

“Perto do mar, a gente é mais feliz”

O mar é uma das partes da natureza que mais encanta a todos, mas
também é bastante perigoso, o jogo deve ser duro quando o assunto
é a segurança no mar.

Um dos riscos que existe é a queda no mar. Este risco se potencializa


quando ocorre a atracação e a desatracação do navio. Tanto os
tripulantes do navio, dos rebocadores, os amarradores, e todos os
envolvidos na operação, tanto em terra quando a bordo, precisam
estar com coletes de acordo com as normas de homologação da
Marinha do Brasil, ou seja, não só o colete é suficiente, mas sim o
colete correto e em boas condições.

De acordo com as Normas da Autoridade Marítima para


Homologação de Material NORMAM , a Marinha Brasileira
classifica cinco classes de colete salva vidas, de acordo com a situação
de uso:

• Classe I: Os coletes de classe I devem ser fabricados conforme as


exigências SOLAS Convenção Internacional para Salvaguarda da
Vida Humana no Mar . Nessa classe, os itens de segurança
obrigatórios incluem luz sinalizadora, gola, alça para resgate, cabo
liga-náufrago, refletivos e apito. Indicado para navegação marítima,
seja em águas brasileiras ou internacionais.

• Classe II: Nos modelos canga e jaleco, os coletes de classe II são


fabricados para uso em embarcações de mar aberto que naveguem
apenas em águas nacionais. Também devem estar alinhados com os
requisitos SOLAS, e devem possuir gola, apito e refletivos como
itens de segurança obrigatórios.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

Classe III: Os coletes de terceira classe são exclusivos para


embarcações de navegação interior, tais como rios, lagos e beira
mar. Disponíveis nos modelos canga e jaleco, devem incluir gola e
apito.

Classe IV: O colete salva vidas de classe IV é um item de segurança


no trabalho, pois deve ser utilizado por trabalhadores envolvidos
em operações próximas à borda de embarcações, suspensos por
pranchas ou outros dispositivos aonde exista o risco de cair na
água. Os itens de segurança obrigatório desta classe variam de
acordo com a situação.

Classe V: Coletes próprios para atividades esportivas, como


banana-boat, jet-ski, esqui aquático e até mesmo pesca.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

– Análise de Segurança da Tarefa – AST

A AST é uma ferramenta que permite identificar os perigos e


potenciais acidentes, avaliar os riscos e determinar as ações de
controle preventivas em cada uma das etapas do trabalho, a fim de
garantir a segurança durante a sua execução.

A AST deve ser aplicada às tarefas e trabalhos que ofereçam riscos as


pessoas, ao meio ambiente e ao patrimônio da empresa.

A emissão de uma AST é recomendado para:

Trabalhos com emissão de Permissão de Trabalho PT ;


Trabalhos não rotineiros, modificados ou executados
excepcionalmente de maneira não convencional ou não prevista
nos procedimentos;
Trabalhos em que os procedimentos estabelecidos não podem ser
aplicados na sua totalidade ou geram dúvidas;
Trabalhos críticos para SMS com histórico ou potencial de
acidentes, e que não tenham procedimento escrito;
Quando há tripulantes recém-familiarizados com a tarefa ou
embarcação.

As discussões e o planejamento devem ser realizados após uma


avaliação das condições e no local onde ocorrerá o trabalho, levando
em consideração vários itens, como o cenário do trabalho, duração
do trabalho, pessoal envolvido, condições locais, isolamento da área,
ferramentas e equipamentos necessários, preparação da área,
necessidade de bloqueio e etiquetagem, necessidade de
descontaminação e/ou inertização, equipamentos de proteção
coletiva e equipamentos de proteção individual.

São exemplos de riscos queda de mesmo nível, queda ou projeção de


materiais sobre pessoas, choque elétrico, contato ou manuseio de
produtos químicos perigosos, contato com superfície quente,
prensamento, esmagamento, contato com superfícies móveis e
rotativas, exposição a ruído, ergonomia, exposição a agentes
biológicos, entre outros.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

– Plano de Segurança do navio

O Plano de Segurança é um item de bordo obrigatório, que deve


estar fixado para consulta todos os tripulantes e passageiros, no
passadiço, na praça de máquinas e em lugares de grande frequência
e visibilidade do navio áreas comuns .

Este plano consiste na esquematização de várias vistas do navio,


incluindo todos os pisos deck e convés do tijupá, indicando a
localização de todos os equipamentos de salvatagem coletivos e
individuais, a localização dos pontos de reunião, as saídas de
emergência, as portas estanques, rotas de fuga, sistemas de detecção,
proteção e combate a incêndio, entre outras informações pertinentes
a segurança da tripulação e do navio.

Este plano deve conter uma legenda indicando o significado de toda


a simbologia utilizada. Deve ainda ser legendado na língua mais
usual utilizada pelos tripulantes a bordo e em inglês.

O Plano de Segurança precisa estar atualizado e toda a tripulação


deve conhecer o documento e a utilização correta de todos os seus
recursos.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

9 – Sinalização e instruções de seguranças

De modo a garantir a chamada de atenção para as condições dos


equipamentos de segurança instalados a bordo, assim como para a
melhor identificação dos meios de fuga e salvamento em
caso de acidente ou emergência, são utilizados a bordo um
conjunto de sinais e instruções internacionalmente padronizados
que, na sua grande maioria, fazem recurso a símbolos, figuras
ou desenhos minimizando a necessidade de recurso à informação
escrita, e que sejam facilmente reconhecíveis e entendidos pelos
marítimos, independente de sua nacionalidade.

Esta sinalização por ícones padronizados obedece a um conjunto


de regras internacionais e devem ser impressas em material
fotoluminescentes, de modo a facilitar a sua visualização e leitura
em ambiente escuro, por ocasião de blackout.

A IMO também normalizou um conjunto de cartazes para serem


fixados junto a alguns equipamentos de segurança com instruções
contendo o modo correto de utilização.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

0 – Encalhe

Os navios, normalmente encalham de proa, pois é mais frequente


este tipo de acidente acontecer com o navio navegando a vante.
Quando o encalhe acontece na praia-mar, a sua solução se torna
mais complexa pois não há os benefícios da alteração do nível das
águas pelo efeito da variação das marés, tornando o desencalhe mais
difícil, acrescentando ainda o perigo de, durante a vazante, o navio
perder a sua estabilidade transversal por falta de impulsão para
garantir a sua posição direita.

No caso de encalhe, deve-se:

Sondar em volta do navio com prumo de mão de modo a avaliar


as possibilidades de proceder a operações de desencalhe pelos
próprios meios;
Verificar o estado e evolução da maré;
Colocar bombas de esgoto, de lastro e de carga e gerador de
emergência em estado de prontidão;
Colocar todo o equipamento de combate a incêndios em estado
de prontidão;
Avaliação sumária dos danos no casco, anteparas e estrutura do
navio, e da possibilidade de se tomarem medidas rápidas de
controle, principalmente evitando o embarque de águas;
Sondagem de tanques, porões, cavernas, coferdam, e duplos-
fundos;
Esgoto, lastragem ou deslastramento de águas de lastro de modo a
equilibrar o navio para reduzir os efeitos da perda de estabilidade
e/ou facilitar as manobras de desencalhe;
Preparação dos ferros e amarras para escoramento do navio
enquanto aguarda a variação da maré ou o socorro;
Solicitar meios externos de assistência como rebocadores ou
outros, e informar as autoridades marítimas;

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

Pear a carga e objetos soltos, e movimentar a carga apenas se for


melhorar a estabilidade;
Em caso de encalhe, nunca abandonar o navio através de salto
para a água ou para terra, a fim de evitar acidentes pessoais
graves.

As principais causas do encalhe são:

Mau tempo, nevoeiro, correntes inesperadas e arrebentação;


Avaria na máquina ou no leme;
Cartas e publicações náuticas desatualizadas, inexistentes ou
deficientemente elaboradas;
Erros de navegação;
Erro humano.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

– Água aberta:

O navio pode fazer água através de muitos tipos de furos. Podem


acontecer perfurações no casco, provocadas por colisões com
pedras, cais, outras embarcações, objetos flutuantes, etc. Pode
haver água aberta através de válvulas de fundo, eixos que tenham
contato com o meio externo, etc.

Devemos ter cuidado com a manutenção dos equipamentos que


possam causar esses tipos de vazamentos, fazendo manutenções
periódicas e inspeções frequentes.

No caso de uma situação de água aberta precisamos atentar aos


seguintes procedimentos básicos:

Sondagem de tanques, porões e cavernas;


Avaliação sumária dos danos e da possibilidade de medidas
rápidas de controle;
Esgoto das águas de lastro e águas entradas pelos rombos;
Proceder a lastragens ou deslastramentos de tanques do navio
conforme instruções, para equilibrar o navio e limitar a entrada
de água;
Utilizar técnicas de tamponamento com a utilização de diversos
tipos de materiais para evitar a entrada de água nos
compartimentos estanques;
Fechamento de portas estanques;
Avaliação de esforços no casco, anteparas e estrutura do navio;
Preparação do gerador de emergência e das bombas de esgoto;
Preparação de ferros e amarras para fundeio de emergência;
Preparar os meios de salvatagem se a situação e a sua evolução o
determinar;
Solicitar meios externos de assistência como rebocadores, navios
ou outros, e informar as autoridades marítimas;
Pear a carga e objetos soltos;
Atracar no porto mais próximo.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

As principais causas da água aberta são:

Objetos à deriva / vigia deficiente ou inexistente;


Baixios e rochas submersas;
Falhas estruturais ou mecânicas;
Ondulação e mau tempo;
Abalroamento;
Erro humano.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

– Escorregamento de carga:

No caso de escorregamento de cargas deve-se:

Pear a carga e objetos soltos, movimentando apenas se favorecer a


estabilidade;
Sondagem de tanques, porões e cavernas;
Transferir combustíveis para equilibrar convenientemente o
navio;
Proceder a lastragens ou deslastramentos de tanques do navio
conforme instruções;
Avaliação de esforços no casco, anteparas e estrutura do navio;
Preparação de ferros e amarras para fundeio de emergência;
Preparar os meios de salvatagem se a situação e a sua evolução o
determinar;
Solicitar meios externos de assistência com rebocadores, navios
ou outros, e informar as autoridades marítimas;
Atracar no porto mais próximo.

As principais causas do escorregamento de carga são:

Mau tempo;
Carga mal peada;
Utilização de material de peação deficiente;
Falta de vigia;
Excesso de carga.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

– Adernamento:

Quando esta situação ocorre a perda de vidas humanas é muito


frequente, pois o navio ao “fazer da quilha portaló”, dificilmente
permitirá aos tripulantes o uso dos recursos de salvatagem, e nesses
casos, normalmente as saídas para o exterior ficam bloqueadas.

Neste caso, em primeiro lugar é preciso encontrar as bolsas de ar


que sempre se formam no interior do navio para assegurar a própria
sobrevivência até a chegada de socorro externo. Sempre que possível
deverão ser produzidos ruídos que indiquem para as equipes de
salvamento a localização mais precisa no interior do navio.

A melhor forma de lutar contra o adernamento é evitando os riscos


que possam conduzir a uma situação deste tipo. Recomenda-se
então::

Garantir sempre a existência de um bordo livre adequado, isto é,


não sobrecarregar o navio;
Ter especial cuidado ao fazer o carregamento do navio,
garantindo as melhores condições de estabilidade com adequada
distribuição de carga a bordo.

As principais causas em casos de adernamento são:

Pura perda de estabilidade;


Rebentamento de onda de grandes dimensões sobre o convés;
Ondas síncronas que causam grandes ângulos de balanço;
Efeitos de ressonância entre os ciclos das ondas e o balanço do
navio;
Perda do governo do navio.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

– Homem ao mar

No caso de alguém cair na água não podemos esquecer que é fácil


perder a pessoa de vista, pois na grande maioria dos casos não é
possível parar o navio em curto espaço de tempo, e quando alguém
está dentro de água, a única parte do corpo que tem à superfície é
geralmente a cabeça.

As principais ações de emergência para a tripilação são:

Gritar “HOMEM AO MAR POR Boreste/Bombordo” indicar o


bordo por onde caiu o tripulante ou passageiro ;
Atirar uma bóia ou objeto flutuante na água, com objetivo de
marcar o local e permitir que o náufrago tenha perto de si um
objeto flutuante para se agarrar;
Lançar em seguida uma nova bóia ou objeto flutuante com
objetivo de marcar a zona em que caiu o naufrago;
Marcar o náufrago, sempre apontando para a pessoa e não
desviando nunca os olhos do naufrágo ou da bóia que lançou.
Se for a noite, ascender o projetor mais próximo ou holofote de
busca;
Avisar o passadiço via telefone, fonoclama, boca de ferro, vhf
portátil ou ponto de alarme mais próximo, indicando que caiu um
homem à água e qual o bordo por onde caiu, para ser marcada a
posição do evento.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

Procedimento recomendado na sequência do alarme

No passadiço, o pessoal de quarto, em particular o oficial, deverá


tomar de imediato as seguintes medidas:

Parar a máquina;
Carregar o leme todo ao bordo por onde o homem caiu;
Chamar o marinheiro de quarto para o leme;
Largar a bóia de “Man over board” que se encontra na asa do
passadiço;
Marcar de imediato a posição de queda do homem, na carta
náutica e no GPS;
Avisar imediatamente o Comandante;

As principais causas que favorecem uma situação de homem ao mar


são:

Bordas falsas ou balaustradas reduzidas, baixas ou inexistentes;


Balanço excessivo;
Convés escorregadios ou desarrumados;
Mau tempo;
Excesso de álcool ou estupefacientes;
Operações de pesca;
Operações fora da borda.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

5 – Abarroamento

O abalroamento é a colisão com outro navio, objeto flutuante ou


estrutura fixa no mar ou em terra.

Entre as tarefas necessárias no caso de acontecer uma emergência


deste gênero, recomenda-se:

Socorrer feridos, acidentados e pessoas que tenham caído na água;


Avaliação sumária dos danos no casco, anteparas e estrutura do
navio, para controle e resposta rápida, visando evitar o embarque
de águas água aberta ;
Colocar bombas de esgoto, de lastro e de carga e gerador de
emergência em estado de prontidão;
Colocar todo o equipamento de combate a incêndios em estado
de prontidão;
Sondagem de tanques, porões, cavernas, coferdames, e duplos-
fundos;
Esgoto, lastragem ou deslastramento de águas de lastro de modo a
estabilizar o navio para reduzir os efeitos do embarque de água do
mar;
Fechamento de portas estanques;
Preparação de ferros e amarras para fundeio de emergência;
Avaliar danos no outro navio ou nas estruturas colididas e prestar
a assistência necessária;
Preparar os meios de salvatagem se a situação piorar;
Solicitar meios externos de assistência como rebocadores ou
outros, e informar as autoridades marítimas;
Pear a carga e objetos soltos, e movimentar apenas se favorecer a
estabilidade;
Atracar no porto mais próximo, caso possível.

Principais causas do abarroamento:

Vigia deficiente ou inexistente;


Mau tempo;
Desrespeito pelas regras de navegação;
Avaria da máquina ou do leme.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

– Principais causas dos acidentes de trabalho no mar

De acordo com algumas companhias seguradoras, existem várias


causas de acidentes de trabalho no mar, tais como complexidades
das manobras, condições meteorológicas, local de trabalho com
espaço restrito, elevado ruído e vibração, dificuldades na prestação
dos primeiros socorros, uso incorreto dos recursos de segurança a
bordo e deficiência na manutenção.

Com uma manutenção comprometida, uma embarcação pode ter


perda de governo, blackout, sobrevelocidade em motores
principais e auxiliares, equipamentos de salvatagem ineficientes,
cabos de operação em mau estado, equipamentos críticos com
sistema de segurança inoperante, entre outros problemas
relacionados à maquinas e equipamentos, podendo ocorrer graves
acidentes.

A embarcação, os equipamentos marítimos, portuários, a


ferramentaria dos estaleiros, tudo isso representa um ativo muito
valioso para as empresas, e estando em más condições, se tornam
um grande risco para o trabalhor.

O que é um ativo?

Um ativo é todo e qualquer objeto físico sob o controle de


determinada organização, incluindo as embarcações, o maquinário,
e outros materiais.

A melhor maneira de manter os ativos em perfeito estado de


conservação e segurança, é ter um gerenciamento de manutenção e
uma gestão de ativos confiável.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

A gestão de ativos consiste em boas práticas que podem ser


utilizadas pelas organizações em seu processo de controle de ativos
e que buscam alcançar um resultado desejado e sustentável. Esses
ativos precisam ser monitorados, analisados e diagnosticados.

A gestão de ativos possui diversos benefícios, tais como:

Aumento da segurança das pessoas e processos;


Rastreabilidade dos ativos;
Otimização do uso dos ativos em todo seu ciclo de vida;
Aumento da disponibilidade dos ativos;
Redução dos custos em reparos e aumento de produtividade;
Melhoria do planejamento das ações sob os ativos;
Qualidade dos serviços prestados aos clientes;
Maximização dos resultados da empresa;
Contribuição para reputação da organização.

Visando todos esses benefícios, a Maxinst é uma empresa que


implementa e gerencia uma plataforma robusta que traz benefícios
reais para áreas de manutenção e gestão de ativos.

O Maxinst EAM, é um sistema da Maxinst baseado no IBM®


Maximo, produto líder de mercado para o segmento de gestão de
ativos, e possui o grande diferencial de agregar competências como
modelos de processos baseados nas melhores práticas em gestão de
ativos ISO , instalação, manutenção, sustentação e suporte,
melhorias contínuas e atualizações, entregues como serviço para as
organizações.

WWW.MAXINST.COM.BR

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

– Naufrágio / Abandono do navio

Em caso de naufrágio afundamento do navio , situação em que o


abandono do navio se torna real, o procedimento imediato a se
adotar é:

Ao soar o Alarme Geral de Emergência:

Vestir roupa quente adicional e o colete de salvatagem, colocar


um chapéu, gorro, boné ou capacete na cabeça;
Avisar os companheiros que estão de quarto de serviço ou
descansando;
Dirigir-se de imediato para o ponto de encontro que lhe está
atribuído no Plano de Segurança;
Aguardar instruções do Comandante;
Executar as tarefas que estão atribuídas na Tabela Mestra, ou
outras que sejam designadas pelo Comandante.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

– Cargas a granel

Os navios que transportam este tipo de cargas, exigem um constante


acompanhamento e vigilância da carga, com objetivo de prevenir
eventuais alterações na estabilidade do navio, destravamento nas
cargas de granéis sólidos, escorregamentos da carga, alteração de
calados e caimento do navio.

Atentar sempre às necessidades de tranferências de carga e/ou lastro,


para evitar fugas de cargas líquidas, derrames, alteração dos níveis da
água pela variação das marés, etc.

O Código Marítimo Internacional para Cargas Sólidas à Granel


IMSBC , adotado pela Resolução MSC. 68 8 em caráter
obrigatório a partir de / / , de acordo com a Regra VI/ - da
Convenção SOLAS, é todo dedicado a estes tipos de carregamentos,
trazendo procedimentos específicos para esta atividade.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

9 – Trabalhos em mastros e no costado

Estes tipos de trabalhos são de alta periculosidade, devido à altura


em que normalmente ocorrem, e posições adotadas pelos
trabalhadores.

O balanço a que estão sujeitos e o espaço que têm disponível,


obrigam à utilização de equipamento específico como por exemplo:
Cinto de segurança, talabartes, trava-quedas, redes de proteção,
cabos guia, assistência de colegas, etc, de acordo com a NR .

O tripulante precisa estar apto para a atividade, e isso precisa estar


constando no ASO Atestado de Saúde Ocupacional do profissional.

No costado, as obrigações são parecidas, e deve-se ainda ter


disponível no convés, perto do local de trabalho, uma bóia de
salvatagem. O tripulante deve trabalhar sobre uma prancha e
equipado com colete de salvatagem, e preso a uma estrutura fixa a
bordo.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

0 – Trabalhos em espaços confinados 

Quando se desenvolvem trabalhos em espaços confinados devem


observar-se os seguintes princípios básicos:

O trabalho deve ser previamente autorizado pelo Comandante e


ser emitida a Permissão de Trabalho;
Os espaços onde irão decorrer os trabalhos devem ser abertos e
ventilados antes de se iniciar a atividade e durante a sua
realização;
Todos os objetos que possam produzir faíscas devem ser retirados
do local;
Nunca se deve iniciar um trabalho e/ou penetrar num local
fechado sem estar autorizado e apoiado por um colega e a ele
ligado por cabo de segurança mantendo-se um sistema de
comunicação constante e fiável;
Utilizar os equipamentos ou protetores respiratórios adequados
aos potenciais riscos das atmosferas do local;
As permanências nos locais devem ter a duração estritamente
necessária para a execução dos trabalhos;
Deve haver um sistema de apoio de prevenção para ocorrer a
eventual ignição de incêndios e/ou prestar os primeiros socorros a
trabalhadores acidentados no interior dos locais.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

– ISPS Code nos Portos

O Código Internacional para Segurança de Navios e Instalações


Portuárias ISPS Code é uma norma internacional de proteção para
controle de acessos e monitoramento.

No Brasil, as inspeções dos terminais e as concessões dos certificados


são responsabilidade da Comissão Nacional de Segurança Pública
nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis Conportos , seguindo o
código internacional passado pela Organização Marítima
Internacional IMO .

A Conportos é composta pelo Ministério da Justiça, Ministério da


Defesa, representado pelo Comando da Marinha, Ministério da
Fazenda, Ministério das Relações Exteriores e pelo Ministério dos
Transportes.

O código estabelece delimitações de área portuária, restrição de


acesso, cadastramento e controle de circulação através de sistema de
vigilância nos limites das instalações portuárias e cais, além de
procedimentos durante a navegação e antes da chegada do navio no
porto, como por exemplo ter informada suas últimas dez posições
anteriores, passíveis de inspeções, quarentena, etc.

Prevê ainda que haja uma avaliação de Risco e Institucionalização de


um Plano de Segurança submetido à certificação e auditoria pela
Conportos.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

São exemplos de boas práticas de proteção nos Portos:

Balanças rodoviárias e scanners nos portões de acesso;


Controle de acesso com catraca;
Cercas e muros;
Câmeras de segurança;
Gerador de energia e sistema de iluminação satisfatórios em todas
as áreas no porto.

São exemplos de incidentes de proteção nos Portos:

Roubo e "pirataria";
Acesso de pessoal não autorizado/clandestinos;
Embarques de drogas;
Ataques físicos à instalação portuária.

São estabelecidos também três níveis de proteção:

• Nível : É o nível para o qual medidas mínimas adequadas de


proteção deverão ser mantidas durante todo o tempo.

• Nível : É o nível para o qual medidas adicionais adequadas de


proteção deverão ser mantidas por um período de tempo como
resultado de um risco mais elevado de um incidente de proteção.

• Nível : É o nível para o qual medidas adicionais específicas de


proteção deverão ser mantidas por um período limitado de tempo
quando um incidente de proteção for provável ou iminente, embora
possa não ser possível identificar o alvo específico.

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50 DDS VOLTADOS PARA
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– Manobras

O navio executa diversos tipos de manobra durante a sua operação –


atracação, desatracação, reboque, entradas e saídas de docas secas,
fundeio e suspender, etc.

Na maioria delas, se recorre o uso de cabos, amarras, guinchos,


cabrestantes, paus de carga, etc.

Na manobra de cabos deve-se:

Dar a terra o cabo mais conveniente, não o deixando em tensão


excessiva;
Evitar dar a volta a um cabo com o navio ainda em movimento;
Afastar-se dos cabos em perigo de ruptura;
Depois da manobra, deve-se colher os cabos e manter o convés
organizado.

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– Assistência ao embarque e/ou desembarque de pessoas

Durante o embarque e/ou desembarque de pessoas, o tripulante de


serviço ao portaló deve assegurar-se que:

A escada/prancha do portaló está protegida por rede de modo a


reduzir o risco de quedas na água;
Assegurar-se que as balaustradas e respectivos cabos de proteção
estão fixos e corretamente montados;
Vigiar a inclinação da escada/prancha tendo em conta a evolução
da maré;
Garantir que os degraus ou piso da prancha estão limpos de modo
a evitar derrapagens pelos utilizadores.

No caso do embarque de Prático, o marinheiro deve assegurar-se


que a combinação da escada de portaló obrigatória para navios com
bordo livre superior a 9 metros está corretamente montada, e que a
amarração da escada ao navio está firme, e que a sua posição acima
da linha de água está dentro das normas.

Para além disso deve assegurar- se que junto da escada, está


disponível uma bóia equipada de luz e uma retinida. O tripulante
oficial ou marinheiro que assiste ao embarque/desembarque do
Prático deve estar munido de VHF para comunicação com o
passadiço.

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50 DDS VOLTADOS PARA
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– Planos SOPEP

Os planos SOPEP - Shipboard Oil Pollution Emergency Plan


SOPEP , estão previstos na regra 6 do anexo I da MARPOL, e
visam consciencializar as tripulações para a importância da
preparação para a ocorrência de situações de emergência através da
institucionalização dos exercícios e treinos regulares, e padronizam
os procedimentos de comunicação e combate à poluição por óleos e
derivados.

O conteúdo do plano SOPEP deve prever:

A quem notificar: representante ambiental, órgão ambiental,


autoridade portuária;
Quando notificar: em qualquer ocorrência de poluição;
Como notificar: pelo meio mais rápido existente a bordo;
O que notificar: Relatório Inicial.

Deve ainda definir os tipos de exercícios e treinamentos, que devem


ter uma periodicidade mensal, a realizar a bordo no caso de
Derrames Operacionais derrames de redes, transbordo de
tanques, etc. ; e procedimentos mitigadores após Situações de
Emergência encalhe, colisão, etc. .

Anualmente deve ainda ser conduzido pelo menos um exercício


envolvendo a tripulação do navio, as autoridades portuárias e o
pessoal de operação dos terminais.

Obriga ainda à existência a bordo de um kit de controle e combate à


eventuais derrames, veja alguns itens que compõe o kit SOPEP::

Serragem;
Mantas absorventes;
Vassouras, rodos e pás plásticas;
Botas de cano longo e luvas de borracha;
Dispersante;
Baldes plásticos;
Barreiras flutuantes em particular no caso dos navios petroleiros .

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

5 - Tabela fonética internacional

O código internacional de sinais CIS utilizado pela navegação


marítima serve de comunicação entre dois ou mais navios, podendo
ser representado por código NATO, código Morse ou um conjunto
de bandeiras

O objetivo do Código Internacional de Sinais CIS é prover meios e


significados de comunicação essencialmente relacionados a
segurança de navegação e de pessoas, especialmente quando há
barreiras e dificuldades entre idiomas distintos.

Veja alguns sinais de uma só letra, e seu respectivo significado:

A alfa – Tenho mergulhador na água;


B bravo – Estou movimentando carga perigosa;
G golfe – Necessito de piloto;
H hotel – Tenho piloto a bordo;
O oscar – Homem ao mar;
W whisky – Preciso de assistência médica.

Sinais de socorro

Havendo a possibilidade de ser avistado por outo navio ou por


meios de socorro sediados em terra, um navio em perigo, pode
solicitar ajuda através de sinais visuais de socorro, isolados ou
combinados.

Os sinais visuais de socorro são:

Içar o grupo de bandeiras NC do CIS no mastro de sinais;


Lançamento de fumígeno laranja;
Lançamento de sinais de pára-quedas, foguetes ou bombas de
estrelas vermelhas;
Emissão de som contínuo do apito, sirene ou buzina de nevoeiro;
Pintar uma zona laranja no convés, com símbolo preto para
identificação aérea;
Tripulante fazendo movimentos lentos com os braços estendidos
lateralmente, para cima e para baixo.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

- Álcool & drogas

Os efeitos do álcool, das drogas e de alguns medicamentos, causa


reflexos, fadigas, reações e comportamentos inadequados e
inseguros a bordo.

Visando minimizar esses efeitos a bordo, as convenções


internacionais, em particular a SOLAS e a STCW, tendem a não
permitir ou a limitar o consumo a bordo dessas substâncias.

No que diz respeito à política de drogas, a regulamentação nacional


e internacional proíbe completamente o consumo e a entrada a
bordo.

A taxa máxima de alcool que um tripulante pode apresentar não


pode ser superior a , % ou , mg/l no sangue. A Solas requer
que qualquer tripulante envolvido nas manobras do navio e nos
serviço de quartos, não ingira qualquer bebida alcoólica nas horas
imediatamente anteriores à realização das mesmas.

"Muitas empresas nacionais e internacionais já adotam em suas


regras internas a política de Álcool ZERO."

O código ISM, mais rigoroso, proíbe ao pessoal que participa nas


manobras do navio, a ingestão de qualquer bebida alcoólica no
período das 6 horas imediatamente anteriores à manobra.

A convenção SOLAS, quando regulamenta a taxa de alcool máxima a


bordo, permite que o armador fixe para os seus navios, a Tolerância
Zero, isto é, taxa máxima de alcool igual a ZERO.

O controle da taxa de alcool pode ser feito:

Por realização de exame clínico prévio ao embarque;


Por amostragem aleatória ou geral;
Em certos terminais de petroleiros, as autoridades locais podem
exigir que toda a tripulação antes das manobras seja sujeita a testes
de bafômetro;
Durante as inspeções do Estado do Porto.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

– Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho

Esta área complementa a segurança marítima, pois sem trabalho


seguro e responsável, não há atividade marítima eficaz. Assim, com
base nas Convenções da OIT, o tripulante tem o dever de:

Conhecer os direitos e deveres neste assunto;


Utilizar o equipamento de proteção individual;
Vigiar a saúde física e mental através de exames periódicos ASO ;
Informar de imediato qualquer acidente de trabalho a bordo e à
Empresa para efeitos de socorro, assistência e transporte;
Não efetuar descargas de lastro, resíduos líquidos bem como
hidrocarbonetos usados para os rios ou mares, assim como lixos,
os quais se devem se realizar a coleta seletiva.
Vistoriar regularmente os meios de salvatagem e assegurar- se que
os equipamentos de primeiros socorros, combate a incêndios, de
evacuação e de recuperação de náufragos estão em bom estado,
bem identificados e acessíveis.
Manter a “ Farmácia de Bordo “ com os medicamentos na data de
validade e em conformidade com a lista recomendada por lei.
Fazer uso dos seus conhecimentos técnicos, profissionais e sociais
para prover um bom ambiente de trabalho a bordo e um eficiente
serviço de transporte marítimo.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

– Movimentação de cargas

O içamento de cargas é uma atividade realizada constantemente na


industria naval e offshore.

Os equipamentos utilizados são muito úteis e eficientes, porém há


alto risco na atividade, incluindo tombamento, queda da carga e
outros. Por isso, a segurança deve ser a principal preocupação dos
trabalhadores envolvidos nessas atividades.

Dicas de Segurança para Içamento de Cargas:

Mantenha os equipamentos com a manutenção em dia e em


perfeito estado de conservação;
O local de instalação dos equipamentos deve ter estabilidade
comprovada através de análise técnica;
Sempre ter informações como peso, dimensões, centro de
gravidade, a respeito da carga a ser içada Equipamentos
certificados ;
Os operadores devem ser treinados e possuir certificação para
operação dos equipamentos;
Manter apenas um operador capacitado para orientar o içamento
da carga;
As cargas sempre deverão ser erguidas na vertical, sem arrastar.
Isolar e sinalizar a área que ocorrerá a movimentação da carga.
Nunca passar sobre cargas suspensas;
Desenergizar e bloquear as redes elétricas próximas à área de
içamento da carga para evitar acidentes;
Utilizar cabos guias para auxiliar a movimentação e
posicionamento da carga- Nunca tocar em uma carga que esteja
sendo içada;
Inspecionar todos os acessórios a serem utilizados conforme o
tipo de carga antes do içamento;
Verificar a velocidade do vento antes de iniciar as atividades de
içamento. Ele influencia diretamente na movimentação da carga;
Elaborar e tornar conhecido de todos os envolvidos na
movimentação, um plano do içamento de cargas;
Verifique o gancho gato se não está muito aberto e se há trava de
segurança.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

A movimentação de carga só pode ser feita após abertura de


Permissão de Trabalho.

Ao ser observado qualquer condição insegura ou anormal no local


ou no equipamento, suspenda a operação imediatamente e relate aos
responsáveis. Só retome a atividade quando o local ou o
equipamento for avaliado e liberado por um profissional habilitado.

Os equipamentos e caminhões devem ter sensor sonoro de marcha


ré para alerta.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

9 – Trabalho em altura

Os trabalhos em altura representam os acidentes mais graves na


industria naval e offshore, por isso, eles devem ser realizados com
segurança e de acordo com as normas.

A NR- considera trabalho em altura toda atividade executada


acima de , m dois metros do nível inferior.

Considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura


aquele que foi submetido e aprovado em treinamento, teórico e
prático, ter realizado exames admissionais e periódicos e passado
por avaliação médica.

Realizar a Análise Preliminar de Risco da Tarefa, ou Análise de


Segurança da Tarefa AST , para identificar todos os riscos que
envolvem a atividade.

Uso do Cinto de Segurança

É obrigatório o uso de cinto de segurança tipo paraquedista para


trabalhos onde haja risco de queda com duplo talabarte. Pode-se
usar também trava-quedas e trava-quedas retrátil.

Andaimes e Cimbramentos – Liberação

Atividades em andaimes e cimbramentos só poderão ser realizadas


se os mesmos atenderem os requisitos normativos check list e
possuírem placa de identificação "liberado", devidamente assinada
pelo responsável da montagem e por um profissional de segurança.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

Instalação de Linhas de Vida

O trabalho em local onde não haja possibilidade de fixação do cinto


de segurança, deve ser instalado a linha de vida, ou cabo guia, para
fixação do mesmo.

Instalação de Guarda-corpo

Em mastros e outras edificações verticais devem ser instalados


guarda-corpos h= cm em todo o seu perímetro.

Fixação de Equipamentos e Ferramentas

Ferramentas e equipamentos deverão subir, descer e permanecer


amarrados caso o mesmo não esteja sendo utilizado.

Escadas de Acesso

Escadas de acesso a partir de , m devem ser dotadas de guarda


corpo ou ter acesso interno.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

50 – Trabalho a quente

Soldadores e mecânicos são alguns dos profissionais que trabalham


em áreas ou equipamentos que produzem centelhas ou geram
aquecimento, sendo por isso classificados como profissionais de
trabalho a quente. A área é reconhecida pela NR , que trata das
condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção e
reparação naval.

Na indústria Naval e Offshore, diversas atividades são realizadas


com máquinas e equipamentos que produzem chamas abertas e
aquecem seu interior, afetando a temperatura do espaço onde os
trabalhadores executam sua rotina profissional. Por esta situação
oferecer riscos ao trabalhador, é fundamental que os padrões de
segurança sejam seguidos, para ajudar a prevenir acidentes de
trabalho.

Vale destacar que, no trabalho a quente, o risco de ocorrerem


explosões e incêndios é grande, e é necessário todo o suporte para
evitar que esses acontecimentos ocorram.

Principais medidas de segurança para trabalho a quente:

Monitorar o trabalho;
Treinamentos de aperfeiçoamento e adaptação;
Equipamentos de combate à incêndio próximos e disponíveis;
Limpeza e organização do local de trabalho;
Realização de Análise de Segurança da Tarefa;
Utilize sempre anteparos anti-chama para a proteção dos demais
trabalhadores no entorno do serviço;
Não permitir a presença de pessoas próximas aos locais das
atividades;
Isolar e sinalizar a área.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

DDS EXTRA - JOGO DOS ERROS!

Descubra abaixo os desvios nesse navio, e vamos navegar rumo a


uma cultura de segurança madura e sustentável.

Arte e criação: Bruno Silva

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

E nessa base de manutenção, será que tem desvios???.

Arte e criação: Bruno Silva

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

GLOSSÁRIO MARÍTIMO

Abicada: Embarcação encontra-se abicada quando navega com a


proa baixa, ou seja, calado a vante maior que calado a ré.

Água de Lastro: Recurso usado pelas embarcações, que por meio de


tanques específicos armazenam água para manter a estabilidade de
seus navios, adequando estes à disposição das cargas.

Amarra: Cabo ou corrente que prende o navio à âncora ferro .

Amarrador: Pessoa que efetua a amarração ou desamarração do


navio nos cabeços do cais, consolidando a atracação/desatracação.

Âncora: Comumente chamada de ferro, é utilizada para fundear o


barco.

Antepara: Anteparas são "paredes" longitudinais ou transversais cuja


função pode ser delimitar espaços, fortalecer a estrutura ou garantir
a estanquidade de um compartimento.

Apoio Marítimo Offshore : É a realizada para o apoio logístico a


embarcações e instalações em águas territoriais nacionais e na Zona
Econômica, que atuam nas atividades de pesquisa e lavra de
minerais e hodrocarbonetos.

Apoio Portuário: A navegação de apoio portuário é aquela que é


realizada exclusivamente nos portos e terminais aquaviários, para
atendimento a embarcações e instalações portuárias.

Atracação: Ato ou efeito de um navio atracar num porto ou terminal


privativo, ou a contrabordo ao lado de outra embarcação.

Avaria: Prejuízos e danos causados aos navios e mercadorias, por


violência, choque ou outras causas diversas.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

GLOSSÁRIO MARÍTIMO

Barcaça: Embarcação de fundo chato, reforçada, usada para


transportar grandes quantidades de cargas, tais como cimento,
carvão, toras, óleo, areia e açúcar. Algumas barcaças são empurradas
ou puxadas por rebocadores. Outras são propulsionadas por seus
próprios motores.

Boca de ferro: É uma espécie de alto-falante, localizada em alguns


pontos da embarcação, como convés.

Bombordo: Lado esquerdo do navio.

Bordo: Algum lado do navio.

Boreste: Lado direito do navio.

Bow Trhuster: É um equipamento propulsor que fornece maior


poder de manobra aos navios, formado por um hélice lateral
embutido dentro de um pequeno túnel no casco da proa, e
localizado um pouco abaixo da linha d’água.

Cabeço: Estrutura de ferro maciça, encravada no cais, ou aos pares,


junto à amurada da embarcação, destinada a agüentar as voltas dos
cabos de amarração.

Cabo de amarração: São as cordas de um navio. Os velhos cabos de


fibras vegetais, sisal, linho, algodão e outros, usados antigamente,
foram substituídos pelos de fibras sintéticas que, embora sejam mais
caros, tem maior durabilidade, pois não apodrecem, além de terem
uma resistência à tração cerca de 6 vezes maior.

Cabotagem: Navegação doméstica pela costa do país .

Cabrestante: Máquina ou mecanismo para içar âncoras, suspender


vergas e levantar grandes pesos, que consiste num eixo vertical, fixo,
em torno do qual gira um tambor mais estreito no centro e mais
largo nas extremidades.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

GLOSSÁRIO MARÍTIMO

Cais: Parte do porto onde atracam as embarcações.

Calado: Profundidade em que cada navio está submerso na água.


Tecnicamente é a distância da lâmina de água até a quilha do navio.

Casco: É o corpo da embarcação sem a mastreação, aparelhos,


acessórios, motores ou qualquer outro arranjo. O casco não possui
uma forma geométrica definida sendo a sua principal característica
ter um plano de simetria. Da forma adequada do casco dependem as
qualidades náuticas de um barco: resistência mínima a propulsão;
mobilidade e estabilidade.

Cavernas: São as costelas da embarcação, presas a quilha, que


permitem dar forma ao casco. A caverna principal é chamada de
caverna mestra e é geralmente localizada na boca máxima da
embarcação. O conjunto das cavernas é chamado de cavername.

Chefe de Máquinas: O chefe de máquinas de um navio é a mais alta


autoridade técnica a bordo, apenas reportando ao comandante.
Compete-lhe exercer a chefia da secção de máquinas.

Comandante: O capitão ou comandante é a pessoa encarregada do


comando de um navio, é o gestor da embarcação.

Convenção MARPOL: A Convenção Internacional para a Prevenção


da Poluição por Navios MARPOL tem por propósito o
estabelecimento de regras para a completa eliminação da poluição
intencional do meio ambiente por óleo e outras substâncias danosas
oriundas de navios, bem como a minimização da descarga acidental
daquelas substâncias no ar e no meio ambiente marinho.

Convenção SOLAS: A Convenção Internacional para a Salvaguarda


da Vida Humana no Mar tem por propósito estabelecer os padrões
mínimos para a construção de navios, para a dotação de
equipamentos de segurança e proteção, para os procedimentos de
emergência e para as inspeções e emissão de certificados.

Convenção STCW: É a Convenção que estabelece padrões


internacionais à Instrução dos marítimos, emissão de certificados de
qualificação para funções a bordo e ao serviço de quarto nos navios.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

GLOSSÁRIO MARÍTIMO

Convés: Qualquer dos pavimentos a bordo.

Costado: É a parte do casco acima da linha d’água

Derrabada: Embarcação encontra-se derrabada quando navega com


a proa alta, ou seja, calado a vante menor que calado a ré.

Desatracação: Ato ou efeito de um navio desatracar de um porto ou


terminal privativo, ou sair do contrabordo do lado de outra
embarcação.

Duplo-fundo: Tanques estruturais de um navio situados entre os


forros exterior e interior do casco do navio. São espaços destinados a
armazenar combustível, água potável ou simplesmente lastro.

Equipamentos de salvatagem: São equipamentos que servem para o


resgate e manutenção da vida após um acidente marítimo.

Escotilhas: Abertura feita num convés para passagem de ar, luz,


pessoal ou carga.

Fundeadouro: Área de aguardo para atracação, onde os navios


ancoram.

Fundeio: Ato de ancorar o navio em área de aguardo para atracação


fundeadouro .

Gaiúta: Armação metálica ou de madeira, geralmente em forma de


telhado de duas águas, envidraçada com que se cobrem as escotilhas
destinadas à entrada de luz e ar para o interior da embarcação.

Imediato: O imediato é o oficial cuja função vem imediatamente


abaixo a do comandante de um navio, é quem assume o comando da
embarcação em caso de incapacidade, de impedimento ou morte do
capitão.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

GLOSSÁRIO MARÍTIMO

IMO: É a agência especializada das Nações Unidas, tendo como


objetivo instituir um sistema de colaboração entre governos no que
se refere a questões técnicas que interessam à navegação comercial
internacional, bem como encorajar a adoção geral de normas
relativas à segurança marítima e à eficácia da navegação.

Lastro: Qualquer corpo pesado posto no fundo ou no porão do


barco para aumentar-lhe a estabilidade. O lastro pode ser de água,
areia, cascalho ou ferro.

Linha dágua: É uma faixa pintada com tinta especial no casco de


proa a popa da embarcação.

Longo Curso: Diz-se da navegação que proporciona contato entre


países. Por isso, costuma-se dizer: mercadorias de longo curso,
tarifas de longo curso, transporte de longo curso, etc.

Marinheiro: Um marinheiro é uma pessoa que opera embarcações


ou assiste à sua operação, manutenção ou serviço.

Norma da Autoridade Marítima NORMAM : São as Normas da


Autoridade Marítima para Embarcações, Aquaviários, Amadores,
Auxílios à Navegação, Atividades de Meteorologia Marítima,
Levantamentos Hidrográficos, Serviço de Tráfego de Embarcações
VTS , Navegação e Cartas Náuticas e recolhimento da tarifa de
utilização de Faróis TUF . Tais normas têm como principais
objetivos a salvaguarda da vida humana no mar, a garantia da
segurança do tráfego aquaviário e a prevenção da poluição hídrica.

OIT: É uma agência multilateral da Organização das Nações Unidas,


especializada nas questões do trabalho, especialmente no que se
refere ao cumprimento das normas convenções e recomendações
internacionais. Tem por missão promover oportunidades para que
homens e mulheres possam ter acesso a um trabalho decente
conceito formalizado pela OIT em 999 e produtivo, em condições
de liberdade, equidade, segurança e dignidade humanas, sendo
considerado condição fundamental para a superação da pobreza, a
redução das desigualdades sociais, a garantia da governabilidade
democrática e o desenvolvimento sustentável.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

GLOSSÁRIO MARÍTIMO

Paiol: Compartimento de um navio destinado ao depósito de


materiais específicos alimentos, bagagens, etc.

Passadiço: Compartimento de um navio a partir do qual o mesmo é


comandado Ponte .

Pau de carga: É um equipamento utilizado para a elevação e a


movimentação de cargas e materiais pesados.

Peação de carga: é um serviço utilizado em portos para garantir a


proteção de cargas marítimas. Através de diversos equipamentos, os
materiais da varga são presos no porão do navio ou embarcação,
fazendo com que eles não sofram danificações ao longo da viagem,
ficando estáveis e seguros.

Popa: Parte posterior do navio.

Porão de navio: a parte mais baixa no interior de um navio, onde se


dispõe a carga a transportar.

Portaló: Lugar por onde se entra em um navio ou por onde passa a


carga.

Portas Estanques: Portas de fechamento estanque que estabelecem


ou interceptam as comunicações através das anteparas estanques.

Praça de Máquinas: É a sala de máquinas do navio, onde concentra-


se a maior partes dos equipamentos principais e auxiliares, tais como
motores, propulsores, bobas, caldeiras, compressores, entre outros.

Prático: É o profissional que, depois de aprovado em um processo


seletivo público e devidamente treinado, trabalha diretamente com
as tripulações das embarcações durante o trânsito nas chamadas
Zonas de Praticagem ZPs , regiões próximas dos portos onde
ocorrem as manobras de atracação e desatracação.

Proa: Parte da frente da embarcação.

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50 DDS VOLTADOS PARA
PORTOS E NAVIOS

GLOSSÁRIO MARÍTIMO

Quilha: Peça que se estende da popa até a proa na parte inferior dos
navios

Rebocador: Pequena embarcação utilizada para rebocar navios ou


manobrá-los com segurança em áreas dos portos.

Sondagem: Ato de verificar o nível ou volume de água ou óleo em


um tanque, ou profundidade da água.

Subchefe de Máquinas: É o oficial que coadjuva o chefe de


máquinas de um navio, substituindo-o em caso de impedimento
daquele.

Suspender: Ato de suspender a ancora do navio em área de aguardo


para atracação fundeadouro .

Tijupá: É a parte mais alta de uma embarcação, ou seja, o convés


logo acima do passadiço.

Vigia: Abertura feita no costado para iluminação e arejamento dos


compartimentos.

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Sobre o produtor deste conteúdo:

Bruno Silva é carioca, nascido em de abril de 98 , atua nas


áreas de Engenharia e Tecnologia desde o ano , e tripula
embarcações de Apoio Marítimo Offshore e Apoio Portuário na
função de Chefe de Máquinas desde .

Possui forte experiência em gestão de manutenção,


comissionamentos, inspeções, auditorias, docagens, operações
especiais, operações de resposta à emergências e treinamentos,
além de certificações e reconhecimentos, como a conquista de
prêmios Mar de Ideias, que contempla ideias inovadoras,
promovido pelo grupo Wilson, Sons.

CONECTE-SE:

Bruno Silva Chefe de Máquinas | Auditor ISM & ISPS Code |


Instrutor DP Técnico e IMO OPRC Level , , ,

/brunosilvarj

Fauzi Mendonça Diretor Editorial | Coordenador de PCM |


Desenvolvedor Web

/fauzimendonca

Cláudia Diaz Editora-Chefe Revista Manutenção

/cláudia-diaz

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APOIO:

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A Comunicarte é uma startup que atua nos quatro setores da
economia, como fornecedor de serviços de comunicação para
diversos segmentos da indústria e do comércio, com o objetivo de
estabelecer um novo paradigma de negócio online, utilizando-se de
recursos e inovações tecnológicas desenvolvidas pela Comunidade
através de Software Livre, como forma de catalisar o conhecimento
através da Cultura Livre.

Idealizada e fundada em meados de 6, a doravante Revista


Manutenção é uma publicação aperiódica, administrada e mantida
por profissionais que atuam com manutenção no setor secundário
indústria e terciário comércio e serviços da economia, dispostos à
difundir informações, artigos, opiniões, debates e eventos, para
estudantes e profissionais que atuam direta ou indiretamente com
manutenção, assim como na gestão de ativos, recursos e serviços.

AGRADECIMENTOS

Reverencio aqui todos os meus mestres, mentores, professores,


Comandantes e gestores que, direta ou indiretamente, contribuiram
para o meu crescimento pessoal e profissional através de seus
talentos e expertises.

Um agradecimento especial à Revista Manutenção, pela cultura de


colaboração e contribuição com toda a comunidade profissional,
e agradeço todas as famílias dos trabalhadores, que são a principal
motivação para trabalhar com segurança, e obter os melhores
resultados.

Bruno Conceição da Silva

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