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BRUNO TOLENTINO DA SILVA

SUCESSÕES DE BENS DIGITAIS

PATOS DE MINAS
2021
BRUNO TOLENTINO DA SILVA

SUCESSÕES DE BENS DIGITAIS

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado como exigência parcial para a
obtenção do título de Bacharel em Direito
pelo Centro Universitário de Patos de
Minas (UNIPAM), sob orientação do
professor Esp. Itamar José Fernandes.

PATOS DE MINAS
2021
Seja você quem for, seja qual for a posição
social que você tenha na vida, a mais alta ou a
mais baixa, tenha sempre como meta muita
força, muita determinação e sempre faça tudo
com muito amor e com muita fé em Deus, que
um dia você chega lá. De alguma maneira
você chega lá. - Ayrton Senna
Meu agradecimento principalmente:
A Deus, por ter permitido que eu tivesse saúde
е determinação, e para não desanimar diante
das dificuldades.
A todos que direta ou indiretamente fizeram
parte dessa minha formação, e em especial a
minha mãe e esposa, o meu muito obrigado.
Aos professores, pelas correções e
ensinamentos que me permitiram apresentar
um melhor desempenho no meu processo de
formação profissional ao longo do curso.
5

SUCESSÕES DE BENS DIGITAIS

Bruno Tolentino Da Silva1

SUMÁRIO: 1 Considerações iniciais. 2 Os bens digitais e o Direito Digital no Brasil atualmente.


2.1 Bens digitais, tipos e sua classificação. 3 Categorias de bens digitais 4 Direito Sucessório. 5
Herança digital e seus efeito no Direito Sucessório. 5.1 Testamento Digital. 5.1.1 Tipos de herança
digital. 6 Prejetos de Lei sobre Herança Digital. 7 Considerações finais. Referências. Anexo A -
Relatório do Programa Copyspider.

RESUMO: O presente artigo enfoca a Sucessões de Bens Digitais, sob o ponto de vista do Direito
Sucessório no Brasil, em virtude da lacuna estabelecida na legislação brasileira acerca do assunto.
Também são delineadas às possibilidades de inclusão do patrimônio digital como parte tocante aos
herdeiros através do Direito Sucessório. Para tanto, vários conceitos são apresentados com o intuito
de configurar a temática e suas peculiaridades. O método de pesquisa se fez por revisão de literatura
de forma dedutiva, onde serão fornecidas informações mais abrangentes sobre um tema, com busca
das fontes de referência incluindo tanto estudos originais como revisões teóricas e relatos de casos
apresentados em periódicos atuais online, livros de autores conceituados e plataformas nacionais de
renome. A temática abordada tem uma importância fundamental, tendo em vista que dia a dia
aumentam os bens que são armazenados digitalmente pela rede internacional de computadores, e
estas têm uma conotação de herança no post mortem do seu titular.

PALAVRAS-CHAVE: Direito Sucessório. Herança Digital. Patrimônio Digital. Direito Digital.


Bens Digitais.

1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A única certeza que todos os seres vivos têm é a certeza da morte, e infelizmente
esse acontecimento, pode se tornar um verdadeiro pesadelo para os entes do de cujus, que não
deixa expresso qual será a destinação dos seus bens, sejam eles tangíveis ou intangíveis.
As interações humanas foram se tornando mais virtuais, devido às novas
tecnologias que surgiram, e um grande número de informações online foram sendo criadas e
armazenadas virtualmente. Estas tecnologias influenciaram diretamente a vidas das pessoas,
seus relacionamentos sociais e impactaram outros segmentos como os setores sociais,
econômicos e políticos.
Na atualidade, uma parte significativa da população mundial, aproximadamente
metade, possui algum tipo de rede social e consequentemente possui, algum patrimônio
virtual, seja ele na forma de fotos, vídeos, áudios, mensagens privadas e moedas virtuais. O

1
Acadêmico do 8º Período do curso de Direito do Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM.
E-mail: bruno.tolentino@hotmail.com.br
6

indivíduo que possui algum tipo de rede social, ou conta em um site online é detentor dessa
nova classificação de propriedade, é detentor de um bem digital.
Houve uma mudança significativa na forma de armazenamento dos ativos
econômicos, antes acessíveis na forma de dinheiro (papel moeda) e a bens materiais, hoje se
encontram mais no campo virtual das chamadas "nuvens" de armazenamento digital.
Criou-se uma sociedade baseada na informação, sem fronteiras e sem regras
próprias, altamente influenciada pelas mídias sociais e aplicativos de mensagens, com uma
velocidade de propagação de informação nunca antes vivida na história moderna da
humanidade.
Essas novas informações foram, de uma forma gradativa, se acumulando online,
sem a preocupação, pelo menos por parte usuário, no que poderia acontecer posteriormente
com essas informações. Com isso, surgiram desafios a serem estudados e solucionados pelos
Operadores do Direito, como o destino correto dessas informações dentro do Direito
Sucessório.
O aumento das novas tecnologias interfere não só na vida dos indivíduos, mas
também na evolução do dinamismo jurídico, em razão das novas relações decorrentes da
modernização dos acontecimentos através da informática e da viabilização de fácil acesso à
rede mundial de computadores.
No nosso ordenamento jurídico não existe uma lei voltada a regulamentação dos
bens digitais. Essa lacuna, após o falecimento do usuário, desampara os familiares na
sucessão desses ativos, que possuem valor econômico ou valor sentimental, como, por
exemplo, arquivos em “nuvem” mantidas por determinada plataforma digital
Vamos abordar o tema da “Sucessão de Bens Digitais”, o qual pode ser complexo
e muito abrangente, pois atinge vários ramos do Direito, como o Civil, Penal, Tributário,
Comercial, Processual e Internacional. Pretendemos analisar o tema na forma com que ele se
insere no nosso ordenamento jurídico, discutindo possíveis propostas de alteração legislativa
para ajustar a Legislação Civil ao fenômeno da Internet, pois os bens digitais, sendo
desprovidos de existência física, geram controvérsias na sua sucessão dentro do Direito
Sucessório. É um tema de extrema relevância, e muito atual, vasto e que alcança praticamente
todas as pessoas, não somente estudantes ou operadores do direito.
Apresentamos, portanto, a problemática: O Direito sucessório não prevê a
possibilidade de novas formas de herança, como os bens digitais. Diante das novas relações
sociais surgidas da atual sociedade, há uma grande dificuldade para o nosso Judiciário em
definir alternativas e posicionamentos aos problemas relativos à sucessão dos bens digitais.
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Qual a importância de protegermos juridicamente os Ativos e os Bens Digitais?


De que forma o Direito Sucessório poderá respaldar os herdeiros do de cujus quanto aos
patrimônios digitais? Então, neste ínterim, quais seriam as modificações necessárias que
podem ser feitas no Ornamento Jurídico com relação aos bens digitais?
Em contrapartida apresentamos a hipótese de que: Sim, é importante que sejam
protegidos juridicamente os Ativos e os Bens Digitais; se faz necessário que o Direito
Sucessório respalde os herdeiros para que estes obtenham garantias da herança digital e que
muito ainda se pode discutir e aperfeiçoar as propostas de legislação atualizando o Ornamento
Jurídico para absorver as demandas já existentes e àquelas que virão.
Com este intuito, o presente trabalho tem como objetivo geral: Aprofundar o
estudo sobre a herança digital, em especial a sucessão dos bens digitais após a morte do seu
detentor. Como objetivos específicos: a) Analisar quais são os bens denominados digitais. b)
Verificar se os arquivos digitais podem ser considerados bens passíveis de transferência post
mortem. c) Confrontar e direcionar para a qual a solução deve ser aplicada nos casos onde não
haja declaração de ultima vontade do de cujus acerca de seus ativos digitais. d) Apresentar e
discutir possíveis alterações e regulamentações propostas com este novo tipo de sucessão de
bens no ordenamento Jurídico. e) Definir quem são os detentores dos ativos digitais, e os
responsáveis por esses ativos digitais após a morte do detentor.
O artigo se apresenta sob a forma de uma revisão de literatura de forma
integrativa/dedutiva, onde serão fornecidas informações mais abrangentes sobre o tema, com
busca das fontes de referência, incluindo tanto estudos originais como revisões teóricas e
relatos de casos apresentados em periódicos atuais online, livros de autores conceituados e
plataformas nacionais de renome.

2 OS BENS DIGITAIS E O DIREITO DIGITAL NO BRASIL ATUALMENTE

Segundo afirmam Baião e Gonçalves (2014), a unidade da pessoa humana está


condicionada ao conjunto de seus dados, sendo igualmente importantes o seu corpo físico
quanto o seu corpo eletrônico. Desta forma, entende-se que, até mesmo, a proteção jurídica
conferida aos direitos de personalidade teve de se moldar a uma nova realidade que foi gerada
pela formação das identidades virtuais.
A personificação do indivíduo através do mundo virtual, suas redes sociais, contas
digitais, espaços e endereços eletrônicos, ressignificou o sentido da personalidade das
pessoas. Hoje se entende que a personalidade no mundo virtual tem um “corpo”, no qual o
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usuário tem seus “dados de identidade” online, podendo esse corpo, inclusive, entendido
como prolongamento do corpo físico. (LEAL, 2020)
O mundo digital ocorreu muito rápido e alterou nossas referenciais de
comunicação, produção, trabalho e consumo. Em alguns anos, passamos a conviver cada vez
mais com a tecnologia e desta forma acumular uma significativa parte da nossa vida no
universo on-line. (PINHEIRO, 2016)
Conforme postula Manoel Fagundes Lara:

Com o uso da internet, a expressão mídia social ganhou maior relevância,


pois aquela informação que era difundida de um para todos, ou seja, da
televisão, do jornal, do rádio para os telespectadores, para os leitores, para os
ouvintes, passou a ser uma via de mão dupla, onde todos podem interagir
nessa informação, publicando conteúdos, fotos, vídeos; muitas vezes
contrariando a versão publicada pelos meios de comunicação, pelas grandes
empresas detentoras de concessões de televisão, rádio, jornais e revistas. Isso
é uma revolução da informação dentro da revolução tecnológica em que
estamos. (LARA, 2016 p. 40)

As implicações da posse dos bens digitais atualmente na sociedade, no tocante a


vida dos seus titulares, ainda necessitam de pesquisas, pois os seus efeitos post mortem ainda
são mais complexos. Todavia, os efeitos já surgem no mundo real, não obstante o
ordenamento Jurídico brasileiro não evoluir concomitantemente ao desenvolvimento da
chamada herança digital. (LARA, 2016)
O direito como ciência, não evolui na mesma velocidade que a sociedade na qual
vivemos, os avanços tecnológicos estão em constante transformação, alterando o nosso
comportamento, costumes e também nossos bens de consumo, porém o direito positivado
ainda não está preparado para tantas mudanças. No âmbito cível, sentimos os reflexos
principalmente no campo do Direito, em especial no âmbito do Direito das Sucessões.
(PEREIRA, 2018)
Primeiramente acontecem os fatos, os conflitos, sejam eles conhecidos ou
inéditos, depois o direito regulamenta tais fatos, segundo as necessidades que possam surgir, a
fim de prevenir novos conflitos ou solucioná-los. E não está sendo diferente, com a
transformação da sociedade da sua forma analógica em sociedade digital, apresentou-se a
necessidade do Direito Digital. Muito embora, o Direito Digital não se resuma apenas a
internet, é o Direito na sua forma evoluída apresentando todas as áreas que já faziam parte do
mundo jurídico, ele é o resultado da relação entre a ciência do Direito com a Ciência da
Computação, e envolve um conjunto de normas, como também, aplicações, conhecimentos e
relações jurídicas, advindas do universo digital. (NOVO, 2019)
9

Essa evolução exige que seja elaborado uma nova delineação sucessória e
tornando a existência da herança digital um tema inevitável. Uniformemente, como o
patrimônio acumulado pela pessoa durante toda a sua vida, é digno de um tratamento especial
a sua herança digital, em razão de eventuais desavenças sobre a divisão dos seus bens, o
patrimônio virtual também precisa ser protegido, seja esses bens com valoração econômica ou
não. (PEREIRA, 2018)

2.1 BENS DIGITAIS, TIPOS E SUA CLASSIFICAÇÃO

Doutrinariamente e no Código Civil, podemos classificar os bens em corpóreos e


incorpóreos, segundo a sua tangibilidade. Resumidamente podemos definir bens corpóreos os
bens possuidores de existência física, são concretos e visíveis. Já os Bens Incorpóreos são os
bens abstratos, que não possuem existência física e não são concretos. (BRASIL, 2002)
Esse é o nosso desafio entender que existe uma nova forma de riqueza, de
valoração de bens, diferentemente dos bens materias, considerados tradicionais, agora
possuimos Bens Digitais, virtualizados. (LARA, 2016)
Não há conceito definido legalmente no Brasil em relação a bens digitais. Sendo
assim ,“[...] bens digitais são instruções trazidas em linguagem binária que podem ser
processadas em dispositivos eletrônicos, tais como fotos, músicas, filmes, etc., ou seja,
quaisquer informações que podem ser armazenadas em bytes nos diversos aparelhos como
computadores, celulares, tablets.”. LARA (2016, p. 22)
Enquanto que para Bruno Zampier (2021), Os Bens Digitais apesar de serem bens
incorpóreos, sempre trazem alguma utilidade àquele ao qual pertence. Eles são inseridos ao
longo de um tempo, pelo usuário, dentro da internet e consistem de informações de caráter
pessoal, na maior parte das vezes.
Quando uma pessoa adquire bens em formato digital, ele se torna um consumidor
e estára sujeito aos termos de serviço que regulamentam o uso destes objetos. Em se tratando
de bens digitais as empresas têm gerado cada vez mais regras para sua regulamentação, tanto
a respeito dos direitos autorais quanto na questão da sucessão destes bens. Nessa situação a
única escolha para o usuário é aderir ou não a política de termos e serviços dessas empresas,
para que seja permitido o uso dessa plataforma do provedor, não existindo a possibilidade de
se discutir ou afastar as cláusulas contratuais que o usuário considere inadequadas. (LEAL,
2020)
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A grande maioria dos bens são regulados por termos contratuais que, não
garantem a propriedade desses aos usuários do serviço do provedor; ou quando garantem a
propriedade, em muitas situações, proíbem a possibilidade de sua transmissão sucessória.
Contudo, em muitas situações, o que se adquire na verdade é uma licença de uso, que pode, na
maior parte das vezes, ser intransmissível, independente do ato. (ZAMPIER, 2021),

3 CATEGORIAS DE BENS DIGITAIS

Com os surgimentos dos bens digitais, fez se necessário, para a sua melhor
interpretação, a sua divisão em dois tipos de bens digitais: Bens digitais patrimoniais e bens
digitais existenciais e bens patrimoniais-existenciais.
1. Bem digital PATRIMONIAL. Aquele que tem conteúdo econômico. Ex:
milhas aéreas, moedas virtuais.
2. Bem digital EXISTENCIAL. Aquele ligado a direitos da personalidade de
natureza existencial. Ex: Rede social em que uma pessoa externa suas opiniões, seus
sentimentos, publica fotos, vídeos, simplesmente por lazer, sem finalidade econômica ou
lucrativa.
3. Bem digital PATRIMONIAL-EXISTENCIAL. Envolve, a um só tempo,
questões de cunho econômico e existenciais. Ex: Youtuber manifesta seu pensamento, ao
mesmo tempo em que essa manifestação do pensamento gera ativos financeiros. Monetiza.

4 DIREITO SUCESSÓRIO

A palavra sucessão se origina do latim, e significa substituição. Dentro do nosso


ordenamento jurídico, se traduz em substituir o objeto ou o sujeito de determinada relação
jurídica. Esse acontecimento se dá em virtude da morte do proprietário dos bens patrimoniais.
Direito das Sucessões é tido como o ramo do Direito Civil responsável por
disciplinar à transmissão de direitos e deveres, ou seja, do patrimônio de uma pessoa a outra, a
qual será denominada herdeira, esta transmissão sendo feita por disposição da vontade, ou
seja, por determinação de lei. (TARTUCE, 2020)
O Direito Sucessório está presente no art. 5º, inciso XXX, da nossa Constituição
(1988) e no Código Civil (2002) nos artigos 1.784 a 2.027 temos a tutela do direito à herança,
que constitui na universalidade de bens, direitos e obrigações deixadas pelo falecido aos seus
sucessores. (BRASIL, 2002; BRASIL, 1988)
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Desta feita, segundo Maria Helena Diniz, a sucessão se faz de duas formas
principais: a sucessão inter vivos, ocorre quando a transmissão é realizada entre vivos e a qual
cabe ao Direito das Coisas e ao Direito das Obrigações regular.

Transmissão de bens feita por ato inter vivos, é aquela que se aplica a todos
os modos derivados de aquisição do domínio, indicando o ato inter vivos
pelo qual uma pessoa sucede a outra, investindo-se, no todo ou em parte, nos
direitos que lhe pertenciam. Exemplo: o comprador sucede o vendedor; o
donatário ao doador, tomando uns o lugar dos outros em relação ao bem
vendido ou doado. (DINIZ, 2015, p. 531)

Segundo a mesma autora, a sucessão causa mortis, é aquela em que ocorre devido
ao falecimento de uma pessoa, onde o seu patrimônio será transmitido aos seus herdeiros, por
meio da sucessão legítima e/ou da sucessão testamentária.

É a transferência, total ou parcial, de herança por morte de alguém, a um ou


mais herdeiros, em razão de lei ou de testamento. No conceito subjetivo, é o
direito por força do qual alguém recolhe os bens da herança e, no conceito
objetivo, indica a universalidade dos bens do de cujos, que ficaram com seus
direitos e encargos. (DINIZ, 2015, p. 531)

Nosso Código Civil de 2002 classifica a sucessão em duas categorias: a sucessão


legítima e a testamentária.
A sucessão legítima ocorre de forma legal, obedecendo à vocação hereditária
prevista no artigo 1.829 do Código Civil, que é quando alguém falece, ab intestato, sem
deixar expresso suas vontades através de testamento, nesse caso a transmissão dos bens aos
seus herdeiros, ocorrerá de acordo com a lei, podendo ser os ascendentes, descendentes,
cônjuge ou companheiro e os demais parentes até o quarto grau, surgindo a partir daí a
nomenclatura de Sucessão Legítima ou Legal. (BRASIL, 2002)
A Sucessão Testamentária se dá seguindo a vontade do autor da herança, expressa
através de testamento ou codicilo, declarando a destinação de metade dos seus bens,
resguardando o limite da legítima, que é a quota indisponível na herança, caso haja herdeiros
necessários, garantido em prol de determinados sucessores legítimos, conforme o art. 1.789
do Código Civil. (BRASIL, 2002)
Na hipótese de o autor ser casado sob o regime da comunhão universal de bens,
art. 1.667 do Código Civil, seu patrimônio será dividido em duas partes e a pessoa só poderá
dispor da sua meação. (BRASIL, 2002)
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O Ordenamento Jurídico Brasileiro restringe a esses dois tipos de sucessão,


restringindo outro tipo de sucessão, em especial a contratual. Não é permitido nenhum tipo de
pacto sucessório, também denominado de pacta corvina, que é o acordo que tem por objeto a
herança de pessoa viva, conforme o art. 426 do Código Civil, permitindo somente a cessão de
direitos. (BRASIL, 2002)
Após o falecimento, os bens são transferidos automaticamente para os herdeiros,
independentemente se a herança estiver na detenção de terceiros, conforme determina o
“Princípio de Saisine”, que estabelece que: com o evento morte, se transmite o patrimônio do
falecido aos herdeiros e ocorrendo a abertura da sucessão automaticamente, independente de
aceitação. (GONÇALVES, 2021)
Se inicia a sucessão a partir da morte, sendo ela real ou presumida. Sendo que na
sucessão real se dá quando existe um corpo ou restos dele, e a presumida quando não há um
corpo, para que se comprove materialmente a morte do de cujus. A sucessão será regida pela
lei do momento do falecimento, abrindo-se no lugar do último domicílio do de cujus. A
aferição da legitimidade sucessória, portanto, ocorre no momento da abertura da sucessão. Do
evento morte decorrem vários efeitos, entre eles a extinção da personalidade jurídica do
falecido, mas sendo tutelado pelo ordenamento jurídico, os direitos da personalidade do de
cujus. (GONÇALVES, 2021)
É possível compreender que a função social do Direito Sucessório está ligada à
legitimação do exercício da propriedade. Neste sentido, na legitimação da propriedade cabe
conceituar “Herança”. A qual pode ser dada por um patrimônio (com valor economicamente
definido) deixado por alguém devido ao seu falecimento que, no entender de Farias e
Rosenvald (2015, p.20), “permitirá a conservação das unidades econômicas, em prol da
proteção de seu núcleo familiar como fenômeno da diretriz da sociabilidade”, sendo este um
dos princípios basilares do Código Civil. (FARIAS; ROSENVALD, 2015)
É público e notório que a sucessão é a garantia da transmissão do patrimônio do
de cujus. Entendendo-se como patrimônio, um somatório de bens, direitos, obrigações,
pretensões, ativos e passivos, pertencentes a uma pessoa e que tenha valor econômico.
(GONÇALVES, 2020)
Segundo Maria Helena Diniz (2015, p. 79), é, “[...] tudo aquilo que compõe o
patrimônio da pessoa falecida”, significa dizer que abrange os direitos e deveres que se transmite aos
herdeiros, sejam herdeiros legítimos ou testamentários, com exceção se estes forem personalíssimos
ou inerentes à pessoa do de cujus”. Os direitos patrimoniais de autor são, em regra, dotados de
transmissibilidade. (DINIZ, 2015)
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Assim, se a pessoa não exprimiu em vida as suas vontades e não há testamento, a


transmissão de bens receberá o nome de legítima, respeitando a vontade do falecido,
conforme expresso pelo do artigo 1.788 do Código Civil (2002): “Morrendo a pessoa sem
testamento, transmite a herança aos herdeiros legítimos; o mesmo ocorrerá quanto aos bens
que não forem compreendidos no testamento; e subsiste a sucessão legítima se o testamento
caducar, ou for julgado nulo”. (BRASIL, 2002). Quando o herdeiro ou os herdeiros, sejam
eles instituídos ou legatários, são designados por ato de última vontade, há a sucessão
testamentária.

5 HERANÇA DIGITAL E OS SEUS EFEITOS NO DIREITO SUCESSÓRIO

A caracterização de patrimônio vem sofrendo uma evolução, pois foi impactada


por várias revoluções na área da tecnologia, que ocorreram na sociedade. Essas
transformações que ocorreram devido da era da informação, criaram um mundo virtual onde
se utilizam moedas e são realizadas transações comerciais, comercializam-se ações, e que
podem também ser consideradas como patrimônio. Consequentemente irão compor a
chamada “Herança digital”. (LARA, 2016)
No Brasil não há nada que desabone a de elaboração de um testamento que
envolva o tratamento dos bens digitais. E segundo Lima (2016, p.61) “a noção de Herança
Digital expressa à possibilidade de transmissão do acervo patrimonial digital do de cujus para
seus herdeiros, imediatamente quando de sua morte”.
Desta feita, podemos ter entendimento de que a Herança Digital como um
conteúdo de titularidade do indivíduo falecido e que é imaterial, intangível, incorpóreo,
compondo o acervo de bens acumulados e armazenados no plano virtual sob a forma digital,
no decorrer de sua vida. (CADAMURO, 2015)

Conforme estudado quando da abordagem do objeto do direito sucessório, na


atual sistemática desse instituto, somente as relações jurídicas de natureza
econômica são passíveis de sucessão, sendo as relações jurídicas de natureza
personalíssimas extintas com o falecimento do titular. (SILVEIRA;
VIEGAS, 2018, p. 603)

Destarte, os bens digitais que contenham somente conteúdo existencial, sem


valoração econômica, não haverá transmissão, mas podendo ocorrer, através de testamento, a
regulação da sua destinação, ou ainda, pode haver a possibilidade de legitimação processual
para o seu exercício. (VENOSA, 2020)
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O nosso Código Civil (2002), nos traz em seus Art. 12 e 20, que apesar de não
permitir a transmissão de direitos de personalidade, permite aos herdeiros a tutela de reclamar
no que se refere a alguns desdobramentos dos direitos de personalidade de alguém já falecido
quando houver ameaça ou lesão a esse direito. (BRASIL, 2002)
O artigo 20 do Código Civil (2002), refere-se à legitimidade processual sejam do
cônjuge, dos ascendentes ou dos descendentes, para tutelar o direito de manifestação de
pensamento e direito de imagem de uma pessoa falecida. (BRASIL, 2002)
Dentre juristas do Direito Sucessório, já se admite que não é pacífico o
reconhecimento do que se pode denominar de privacidade post-mortem ou de direito de
privacidade do morto. Dentro da tutela dos direitos morais do autor, é notório que os
herdeiros terão legitimidade processual para o exercício dos direitos morais de reivindicar a
autoria da obra; sejam eles: do direito de paternidade da obra; do direito de conservar a obra
como inédito e do direito de integridade da obra.
Um fato que torna muito difícil se ter acesso aos dados pessoais de outrem, após o
seu falecimento, envolve a ideia da tutela da privacidade, não só do falecido, o que por si só já
é bastante controverso, mas o direito à privacidade de terceiros que se correlacionaram com o
de cujus, na sua intimidade, de modo privado.
Trata-se de ponto extremamente complexo pois, tradicionalmente no nosso
ordenamento, não há a transmissão dos direitos de personalidade após o falecimento.

5.1 TESTAMENTO DIGITAL

A titulação de ‘testamento digital’ ainda não está inserida no Ordenamento


Jurídico Brasileiro, porém já é um fato cada vez mais presente na sociedade em que vivemos.
Não há uma diretriz que especifique que o testamento deve se limitar apenas aos bens
tangíveis. O art. 1.857 do Código Civil (2002) nos traz: “Toda pessoa capaz pode dispor, por
testamento, da totalidade dos seus bens, ou de parte deles, para depois de sua morte.”.
(BRASIL, 2002)
Consequentemente, caso exista um testamento, manifestando a vontade do de
cujus no tocante a herança digital, tal manifestação de vontade tem que ser respeitada. Mesmo
que não haja uma lei especifica sobre o tema, prevalecendo essa manifestação de vontade.
Muito embora a maioria dos detentores de algum tipo de bens digital, não se preocupem,
ainda, com a destinação desses bens após o seu falecimento. (LARA, 2016)
.
15

5.1.1 Tipos de herança digital

Nosso Código Civil, especificamente no seu Art. 1.791, refere-se ao termo


herança como um todo, incluindo tanto o patrimônio material do falecido, como também os
seus bens imateriais. (BRASIL, 2002). Porém todos esses bens digitais, chamado patrimônio
digital, extrapola o que entendemos por bens móveis e imóveis. O patrimônio digital pode ser
classificado em dois tipos: com valoração econômica e sem valoração econômica (de valor
sentimental).

O ordenamento jurídico brasileiro deve resguardar os direitos sucessórios


referentes aos bens digitais economicamente valoráveis adquiridos durante a
vida do falecido, assim como assegurar o respeito à intimidade e a
transcendência dos direitos de personalidade quanto aos bens digitais que
não revelem a aferição de proveito financeiro. (VIEGAS; SILVEIRA, 2017,
p. 293)

O Patrimônio Digital de valoração econômico envolve os ativos de autoria


própria, como músicas, poemas, textos e fotos armazenados em ambientes virtuais. E também
as bitcoins, chamados de moedas virtuais. Exemplos claros que embasam a sua integralização
a herança. Enfim, se há valor patrimonial ou econômico, caberia à sua sucessão. (LARA,
2016)
Em contrapartida, temos os ativos digitais de valor sentimental ou afetivo. Isso
incluídos as trocas de informações feitas de forma online, como conversas, a gestão de
páginas em redes sociais, os posts publicados, e as senhas de acesso a e-mails e dentre outros
aplicativos. (LARA, 2016)
Contudo, distinto dos bens com valor econômico, esse panorama de informações
reunidas no mundo virtual, não defende a composição do interesse sucessório e de uma
possível partilha. Entretanto, não deixam de representar um bem, integrante do patrimônio,
que, a princípio, deve receber uma destinação após a morte do seu detentor. Não obstante, o
que deve prevalecer neste contexto é o direito de natureza personalíssima do falecido ou
direito à privacidade. (CADAMURO, 2015)

[...] a transmissão do patrimônio digital do titular aos seus herdeiros mostra-


se possível mesmo com a omissão de norma específica. Podendo ocorrer a
transmissão com as normas civis vigentes aplicáveis ao instituto da sucessão.
Mas, para maior concretismo do direito de herança dos bens digitais com
valor econômico, revela-se necessário a legislação específica para dar
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efetividade a esse direito e garantir, assim, a segurança jurídica. (SILVEIRA;


VIEGAS, 2018, p. 605)

Desta feita entende-se que a legislação deve ser pensada com o intuito de suprir a
lacuna existente quanto a transmissão do patrimônio digital amealhado durante a vida do de
cujus, de maneira a não deixar desassistidos seus herdeiros legítimos.

6 PROJETOS DE LEI SOBRE HERANÇA DIGITAL

Infelizmente, nosso Ordenamento Jurídico não evoluiu satisfatoriamente


concomitante ao avanço da era digital, o Código Civil nada traz a respeito dos bens
armazenados virtualmente, e não abrange o tema da Sucessão da Herança desses Bens, sendo
uma verdadeira lacuna do Direito Brasileiro. (LEAL, 2020)
Sem regulamentação sobre o tema Herança Digital, no Congresso Nacional já se
discutiu o tema, no âmbito do Direito de Sucessões. Havia três projetos de lei em discussão na
busca de solução dos conflitos esse sentido. Entretanto, todos eles discutiam sobre a
titularidade dos bens digitais que são armazenados e construídas online. (LEAL, 2020)
O Projeto de Lei 7.742, datado de 2017 e pleiteava a priori retirada das contas
online do de cujus, quando não há a manifestação da sua vontade. Em casos excepcionais, os
familiares solicitariam o acesso as contas do falecido, essa opção iria ser incluída através de
um novo dispositivo de lei ao Marco Civil da Internet.
Tramitava também o PL 8.562, de 2017, datada inicialmente de 2012, pretendia
inserir três novos artigos ao Código Civil, visando elucidar a definição do que é a herança
digital propriamente dito na legislação brasileira. (SANTOS JÚNIOR; COSTA, 2019)
Por último, ainda tínhamos o Projeto de Lei 4.099, de 2012, que sanava as dúvidas
sobre a herança digital no contexto da sucessão legítima. Tinha como sentindo principal
estabelecer aos herdeiros do falecido, a possibilidade da total gestão e liberdade quanto ao
destino dos bens digitais do falecido.
Porém, a ideia central dos três projetos, entravam em desacordo com o direito da
privacidade, da imagem e de outros direitos da personalidade do de cujus e foram arquivados
pela Mesa Diretora, nos mesmos termos do artigo 105 do Regimento Interno da Câmara dos
Deputados.
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A razão pela qual nenhum desses projetos de leis foram aprovados, pode ser pela
repercussão negativa no âmbito jurídico dessas alterações, pois ia de encontro as garantias
fundamentais, como o direito à privacidade.
Tramita na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), o projeto
de lei n.º 10.406/2002 do Código Civil Brasileiro, a fim de dispor sobre a sucessão dos bens e
contas digitais, alterar o artigo 1.788 da referida lei, que trata de sucessão/transmissão de
herança aos herdeiros legítimos quando não é deixado um testamento. O projeto de lei prevê
que os conteúdos digitais, sejam transmitidos aos herdeiros do autor da herança. O deputado
justifica a necessidade da lei baseado na ausência de regulamentação. Por não existir uma
regulamentação específica, as famílias têm recorrido à justiça, e cada juiz tem decidido
diferentemente em relação a esta questão. (VAZ, 2019)
Art. 1.788. Morrendo a pessoa sem testamento, transmite a herança aos herdeiros
legítimos; o mesmo ocorrerá quanto aos bens que não forem compreendidos no testamento; e
subsiste a sucessão legítima se o testamento caducar, ou for julgado nulo. (BRASIL, 2002)
Art. 1º Esta Lei altera o art. 1.788 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, que
institui o Código Civil, a fim de dispor sobre a sucessão dos bens e contas digitais do autor da
herança. (MELLO, 2019)
Art. 2º O art. 1.788 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, passa a vigorar
acrescido do seguinte parágrafo único: “Serão transmitidos aos herdeiros todos os conteúdos
de contas ou arquivos digitais de titularidade do autor da herança.”. (VAZ, 2019)
O relator da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, deputado Onofre
Santo Agostini (PSD-SC) justifica dizendo que a lei atende às necessidades de tempos
modernos e atualizaria a legislação. (VAZ, 2019)
Até que a lei fosse regulamentada, as decisões judiciais serão tomadas de acordo
com as disposições gerais do Código Civil. Até o momento de conclusão deste trabalho, o PL
já havia passado pela Câmara dos Deputados Federais e fora aprovado e encaminhado ao
Senado Federal e no momento encontra-se em tramitação na Comissão de Constituição,
Justiça e Cidadania. Especialistas em direito reiteram a importância de se escolher um
herdeiro para a transmissão destes dados digitais, para que não haja conflitos sobre quem
ficará responsável por determinada conta ou quem a apagará. (MELLO, 2019)
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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Tendo em vista o exposto, considera-se que com o advento da tecnologia ocorreu


inúmeras modificações nas interações humanas. Na atualidade os bens digitais já fazem parte
do cotidiano da maioria das pessoas. Sendo desta forma necessário, que se faça, uma
atualização também do Direito, para que este se torne eficaz para resolver as demandas
apresentadas ao Direito Sucessório, quanto ao que tange ao patrimônio digital e sua sucessão.
Desta maneira, concluiu-se que a Herança Digital, apesar de ser um assunto
relativamente inovador no Direito Sucessório e no Ornamento Jurídico brasileiro, deve ser
discutido e ter suas questões pormenorizadas conforme foram apresentadas no presente artigo.
Em contrapartida, compreendeu-se que, mesmo os bens virtuais sem valor
econômico, na sucessão devem ser abarcados no acervo de bens de titularidade do falecido,
pois têm cunho sentimental. Sendo desta forma, essa Herança Digital não tangível
economicamente, mas de titularidade do de cujus, merece atenção especial e deve ser
considerado à apreciação dos herdeiros, em salvaguarda dos direitos de personalidade deste.
Identificou-se com o presente estudo, que o Brasil deve se adequar à tendência
mundial, providenciando legislação que dê respaldo acerca da temática. É notória sua
importância no intento de diminuir os diversos litígios em torno da propriedade, comércio e
sucessão dos bens armazenados sob a forma virtual.
Por todo o exposto, é justo considerar a necessidade urgente de regulamentação
específica, considerando uma possível disparidade entre o direito à privacidade do falecido e
o direito de suceder dos herdeiros. O Poder Judiciário brasileiro precisa estabelecer as regras e
diretrizes acerca do tema, aplicando a legislação já existente a estas novas relações, através de
um Direito Digital que abarque todas as áreas do Direito.
Dentre os objetivos traçados, para o estudo de Sucessões de Bens Digitais é certo
que todos foram alcançados, pois foi aprofundado o estudo sobre a herança digital, com
enfoque especial, à sucessão dos bens digitais após a morte do seu detentor. Também foi
possível analisar quais são os bens denominados digitais, e se estes podem ser considerados
bens passíveis de transferência post mortem. Cumpriu-se a confrontação e a discussão acerca
das possíveis alterações e regulamentações propostas com este novo tipo de sucessão de bens
no ordenamento Jurídico. Assim como definiu-se quem são os detentores dos ativos digitais, e
os responsáveis por esses ativos digitais após a morte do seu titular.
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REFERÊNCIAS

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sociedade tecnológica: um imperativo à concretização do princípio da dignidade da
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ZAMPIER, Bruno. Bens digitais: cybercultura, redes sociais, e-mails, músicas, livros, milhas
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21

ANEXO A - RELATÓRIO DO PROGRAMA COPYSPIDER

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