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FUNDAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DE GOIATUBA – FESG

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIATUBA – UNICERRADO


CURSO DE DIREITO

RAIANE FRANÇA CARDOSO

HERANÇA DIGITAL: SUCESSÃO DOS BENS DIGITAIS DOS INFLUENCIADORES

GOIATUBA – GO
2022 – 1
RAIANE FRANÇA CARDOSO

HERANÇA DIGITAL: SUCESSÃO DOS BENS DIGITAIS DOS INFLUENCIADORES

Monografia apresentada ao curso de Direito do


Centro Universitário de Goiatuba – UNICERRADO,
Goiás, como requisito parcial para obtenção do título
de Bacharel em Direito orientado (a) pelo professor
(a) João Rosemar.

GOIATUBA – GO
2022 – 1
RAIANE FRANÇA CARDOSO

HERANÇA DIGITAL: SUCESSÃO DOS BENS DIGITAIS DOS


INFLUENCIADORES

Monografia aprovada como requisito parcial para


obtenção do grau de Bacharelado em Direito pelo
Centro Universitário de Goiatuba – UNICERRADO,
Goiás.

Data da Aprovação:

/ /

Banca examinadora:

(Título do orientador) João Rosemar – ORIENTADOR – UNICERRADO

(Título do professor) Nome do professor – UNICERRADO

(Título do professor) Nome do professor – UNICERRADO


Texto no qual o autor dedica seu trabalho ou presta uma
homenagem a alguém de significado especial em sua vida
pessoal ou profissional (a dedicatória é um texto opcional).
AGRADECIMENTOS
Diz respeito à escolha de frase ou pensamento de
cunho filosófico ou poético, que esteja relacionado a
construção do trabalho ou que tenha forte
significado pessoal para o autor. A autoria do texto
deve ser identificada (a epígrafe é um texto
opcional).
RESUMO

PALAVRAS-CHAVES:
ABSTRACT

KEYWORDS:
LISTA DE FIGURAS
(se houver)
LISTA DE TABELAS
(se houver)
LISTAS DE SIGLA
(se houver)
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 11
INTRODUÇÃO

OBJETO DE PESQUISA

O tema do presente estudo se faz necessário, pois, possui aspectos que interferem
diretamente nas relações humanas, isso porque, a sucessão se dá na vida de alguém, após a
morte de outrem, que necessariamente tinha um vínculo com esse alguém, paralelo a isso
incide as modalidades de sucessão, sendo ela testamentaria ou legítima.

A sucessão não é um procedimento recente, e a mesma não viola direitos da


personalidade, especialmente porque o próprio ordenamento procura esse resguardo para o
falecido, contudo o foco do estudo é demonstrar essa sucessão em campo digital, que ocorre
por causa dos bens oriundos da monetização digital, adquiridos por individuos que possuem
influencia no meio online.

PROBLEMA DE PESQUISA

A problemática é superveniente da ausência de regulamentação para esse processo de


sucessão no meio digital, já que a temática de sucessão não é tema novo, porém, a criação
desse patrimônio dentro dessa esfera é algo recente e não tão comum pra muitos. Ainda não
existe um posicionamento padrão, então nesses casos quem herdará os perfis de
influenciadores como titulares no pós-morte? Compreendendo que determinados conteúdos
encontrados nesses perfis são personalíssimos.

O conceito de sucessão se localiza em vários campos da vida humana, desde o


nascimento, onde você nós tornamos sucessores de alguém, no caso, nossos pais, até mesmo
quando alguém fica com determinado bem de outra pessoa, sendo herdeiro, por meio de
herança.

Sucessão é o meio pelo qual é possivel ocorrer à transmissão dos bens de uma pessoa
que faleceu, aos seus eventuais herdeiros, ocorrendo judicialmente através do procedimento
de inventario e partilha, e ainda na forma extrajudicial junto aos cartórios que são
devidamente competentes, sendo um direito personalíssimo. A sucessão em um sentido mais
amplo é o ato pelo qual uma pessoa assume o lugar de outra, substituindo-a quanto
titularidade de determinados bens.

Enfocando na da temática, o objetivo é entender como acontece à transição


sucessória na realidade, seu procedimento legal, bem como a sucessão de bens da herança
digital, fruto do trabalho na mídia.

Dentro do campo sucessório, até o momento não tem uma decisão acerca da sucessão
da titularidade das contas e redes sociais após o falecimento do possuidor, tudo aquilo que foi
construído no decorrer de sua vida, deste modo, tratando-se de um direito personalíssimo,
logo, será intransferível, além de seus herdeiros legais, legítimos ou testamentários, cabendo
renuncia em algumas hipóteses.

A verificação de como ficará a questão dos perfis pessoais em redes sociais, ainda
possui subjetividades interpretativas, passiveis de explicação e entendimento, uma vez que o
assunto engloba abertamente uma temática pecuniária, sendo um dos aspectos problemáticos
neste trabalho, a forma como isso ocorre, a vinculação desse patrimônio, e como acontecerá a
divisão justa desses bens.

A titularidade no pós-morte do detentor gera a incógnita de quem irá herdar tudo


aquilo que foi construído a partir das mídias sociais, por famosos, influenciadores e demais
personalidades da mídia, após sua morte? Ainda levantando o questionamento se caberá a
continuidade da utilização do meio pelo qual, o então detentor deu origem ao patrimônio.

JUSTIFICATIVA

A justificativa se dá que a sucessão é algo presente em nosso cotidiano, já há


certo tempo, acontecendo de diversas formas e por meio de diversos instrumentos, de
maneira empírica, o ato de suceder, ganhou regras para a sua aplicabilidade, com o
avanço tecnológico, o grupo de bens passiveis de sucessão se estendeu e o assunto não
se esvaziou, gerando mais especulação e exploração sobre, sendo a explanação do tema
e o esgotamento de duvidas uma das justificativas.
A sucessão aumento sua proporção é passou a englobar bens até mesmo de
áreas tecnológicas, como é o caso dos patrimônios digitais, a sucessão de bens com esse
caráter, cria espaço para diálogos e questionamentos sobre, o que dá margem, para
discorrer sobre a sua validade bem como, sua ocorrência em campo real, contudo o
direito sucessório não tem uma regra especifica para tratar de sucessão digital.

A internet hoje fornece um novo meio de adquirir patrimônio, os bens digitais


sustentam muitas pessoas, e o ciberespaço é muito vasto, e as normas jurídicas não se
adaptaram na mesma rapidez que a evolução tecnológica, levando em consideração o
acúmulo desenfreado de informações na internet, já temos acesso a tomadas de decisões
de forma divergente, em nosso ordenamento, gerando insegurança jurídica pela ausência
dessa legislação específica.

Alguns projetos de leis até foram instituídos anos atrás, dispondo sobre essa
área, sugerindo adequação e regras, que seriam acrescentadas no Código Civil,
entretanto, não obtiveram êxito, o que causou mais questionamento dentro da matéria,
causando especulações nas comissões que tiveram a temática como pauta.

Existem hoje em nosso país casos famosos de conflitos judicias, que tratam
dessa situação elencada na ausência de legislação especifica, o que gera um transtorno
notório que evidencia a questão de que, tão somente a disciplina de sucessões e partilha
já existente, não basta.

OBJETIVO GERAL

A sucessão no mundo digital está em constante crescimento, e vem acontecendo


perante nossos olhos, por não ser necessário muito para se atuar em áreas que englobe a
rentabilidade derivada do meio tecnológico. Temos a sucessão da herança digital como
objetivo geral, por não ser um assunto muito antigo, com decisões concretas, onde não tem
muito a se explorar.

A sucessão digital fica ainda mais evidenciada como um assunto importante a ser
discutido, quando citada em relação às contas dos influenciadores digitais, sendo eles
protagonistas da atual mídia, nas mais variadas áreas, como trabalho, atuação, hobbies dentre
outros, levando em consideração o patrimônio adquirido por esses influenciadores a partir do
próprio meio digital.

Artistas já consolidados no mercado de trabalho também já fazem parte dessa


realidade, expandindo uma renda que já possuiam, através da rentabilidade de suas redes em
aplicativos. O artista que já tinha uma carreira passa a gerar um lucro ainda maior, através de
sua pessoa e de seu trabalho. Ou seja, através do conteúdo que produz.

OBJETIVO ESPECÍFICO

O objetivo específico desse trabalho é salientar o que é a sucessão digital e como ela
incide no ordenamento jurídico brasileiro, constituindo no ato de transmitir um patrimônio
para um herdeiro legitimo ou testamentário, quais as características de uma sucessão,
esclarecer se existem limites sucessórios, e demonstrar que ela poderá acontecer de duas
formas, por meio judicial ou extrajudicial.

Em decorrência será observado todo o caminho, da origem até o pós-morte, o que


nos leva aos fundamentos da sucessão, tendo como foco principal a sucessão de bens oriundos
do meio digital, averiguando a possível manifestação de vontade de transmissão do detentor
antes de morrer, para seus possíveis herdeiros, bem como buscar saber sobre o sucessor
legitimo dos perfis digitais e suas devidas responsabilidades.

Análise do PL 4.099/2012, verificando o que poderia ser acrescentado, caso


ocorresse essa adequação no Código Civil, ainda se o texto seria inviável ou excederia os
limites constitucionais; análogo a isso a análise do PL 4.847/2012, averiguando quais as
normas seriam aumentadas no ordenamento e em que patamar esses projetos de lei, se
localizam nos dias atuais.

A pesquisa ainda busca solucionar as duvidas pertinentes que aparecem no


desenrolar do desenvolvimento deste, e ainda busca respostas para incógnitas simples como se
tais bens oriundos desse meio podem ser objeto de testamento, se os bens digitais são bens
materiais, e se existentes, quais critérios são utilizados na sucessão.
Utilizando uma linguagem clara, simples e transparente, para que facilite a
compreenção e sirva como referência para o leitor que fara seu uso.

MARCO TEÓRICO

Para embasar as discussões, busco fundamentar os argumentos descritos nesse


trabalho apresentando citações de vários autores dentro dessas indagações como
George Salomão Leite e Ronaldo Lemos para apresentar o marco cívil da internet, que
descreve como a lei 12.965/14 funciona como a constituição da Internet, pela razão de
estabelecer os direitos, os princípios e deveres no uso da mesma no Brasil. Carlos Roberto
Gonçalves para explicar como ocorre à sucessão, mostrando seu conceito amplo, que dispõe
que suceder nada mais é que substituir, ocupando o lugar de alguem no campo jurídico. A
abertura do processo de sucessão conforme autora Maria Helena Diniz, em regra, se dá com a
morte natural, de forma que está elencado no nosso Código Civil no art. 6°.

Moisés Fagundes Lara, no livro Herança Digital destaca a conceituação dos bens
digitaveis, assim como Aldelmo da Silva Emerenciano, que explicam que os bens digitais são
tudo aquilo que pode ser processado em dispositivos eletrônicos, como fotos, músicas, filmes,
todo e quaisquer dados que pode ser armazenado em bytes nos mais variados aparelhos como
computadores, celulares, tablets. Utilizando ainda pesquisas feitas a alguns projetos de lei que
vissavam implementar ao ordenamento juridico a sucessão no meio digital.

METODOLOGIA

A metodologia utilizada no desenvolvimento da pesquisa é qualitativa, que consiste


em uma pesquisa menos estruturada empregada para obter informações aprofundadas sobre a
motivação e o raciocínio das pessoas. Detentora de método exploratório, sendo uma pesquisa
acadêmica, possuindo como objeto qualitativo os fenômenos que ocorrem em determinado
tempo, local e cultura, indo de encontro a pareceres subjetivos, até mesmo observando as
divergências tomadas em decisões judiciais, sem o esgotamento do assunto discutido. Para
Prodanov; Freitas (2013, p. 48) “a pesquisa científica é uma atividade humana, cujo objetivo
é conhecer e explicar os fenômenos, fornecendo respostas às questões significativas para a
compreensão da natureza.” Para isso se faz uso do conhecimento acumulado anteriormente e
manipula diferentes métodos e técnicas para assim obter um resultado.

Utilizando de diversas análises sobre a temática, problematização e embasamentos,


de caráter exploratório, de cunho bibliográfico incidindo a busca por meio de pesquisas em
artigos já existentes sobre o tema, dissertações, posicionamentos e estudos dentro do campo
de sucessões, focalizados na área digital. A explicação aqui feita do conteúdo é atual, tendo
um histórico de desenvolvimento em nosso meio, ressaltado o linguajar simplório.

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