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GRADUAÇÃO EM DIREITO
Salvador
2020
RESUMO:
O presente estudo, tem por finalidade discutir o instituto da herança digital e o
destino dos bens deixados virtualmente pelo de cujus, baseando-se na pergunta de
pesquisa: “Como a tecnologia vem modificando o ordenamento jurídico brasileiro
através das novas formas de patrimônios virtuais?” Partindo então, de investigações
através de pesquisa exploratória para análise da temática, como a exemplo das
propostas de alterações legislativas no Código Civil vigente. Buscou-se como objetivo
geral analisar a sucessão causa mortis na herança digital e compreender como se deu
sua inserção no ordenamento jurídico brasileiro, tendo em vista que esse instituto
ainda é pouco difundido mas é de tamanha relevância entender como surgiu o primeiro
caso no Brasil, seus resultados e como atualmente se encontra essa discussão.
Desta feita, tem-se como objetivos específicos discutir o Direito das Sucessões
e sua evolução histórica, bem como conceituar patrimônio e herança digital, abordar
como os avanços da tecnologia contribuíram para as novas formas de patrimônio e
identificar e debater a partir da literatura à temática da herança digital e sua colocação
no ordenamento jurídico brasileiro. Como metodologia utilizou-se as pesquisas
bibliográfica, exploratória e quantitativa, através de questionário junto aos alunos da
Universidade Católica do Salvador, por meio da plataforma Google Forms.
Por fim, os resultados parecem demonstrar que ainda poucos indivíduos
pensam em como se dará a destinação dos seus bens digitais após sua morte, pois
trata-se de um assunto o qual nem todos querem pensar, discutir e muito menos
planejar.
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Assim, o estudo busca elucidar de que forma a influência da nova era digital
trouxe mudanças no ordenamento jurídico face aos patrimônios virtuais, seja nas
decisões do judiciário ou nos contratos e regramentos das próprias redes sociais e
demais meios.
Nesse cenário então, a de se identificar qual o destino desses bens deixados
virtualmente, quem tem por direito herda-los, da mesma forma que serão discutidos
os “contra tempos” causados no ordenamento jurídico e aos herdeiros através das
lacunas deixadas pelo Código Civil.
Para essa análise serão abordados os projetos de lei em tramitação na câmara
dos deputados, a exemplo da PL 4.099/12, PL 4.847/2012 e a PL 8.567/17, bem como
as ferramentas atualmente disponibilizadas pelos sites e redes sociais para auxiliar os
familiares a gerenciarem o acervo digital do de cujus.
“Com a crescente importância desses bens, surge a pergunta: o que fazer com
todo esse patrimônio após a morte? No Brasil e o no exterior, a nova era de tecnologia
traz mais uma preocupação para quem já parou para pensar na própria morte: a
herança digital.” (TERRA TECNOLOGIA, 2012).
2. OBJETIVOS:
Específicos:
1. Discutir o Direito das Sucessões e sua evolução histórica, bem como
conceituar patrimônio e herança digital.
2. Abordar como os avanços da tecnologia contribuíram para as novas formas
de patrimônio.
3. Identificar e debater a partir da literatura à temática da herança digital e sua
inserção no ordenamento jurídico brasileiro.
3. METODOLOGIA PROPOSTA:
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Para a elaboração do presente projeto, foi utilizada a pesquisa descritiva, que
teve por finalidade retratar os conceitos e as particularidades do tema em questão,
assim sendo eles, o direito sucessório pós morte, patrimônio, bens e bens digitais,
herança digital, etc., a fim de esclarecer tal instituto que apesar de ser passível de
muita discussão, ainda carece de estudos.
Em face disso, também foi utilizada a pesquisa bibliográfica, através da coleta
de informações frente as opiniões doutrinárias, artigos científicos, dispositivos legais,
web sites confiáveis e jurisprudências que tratam sobre a matéria, tendo como
referência os doutrinadores Flávio Tartuce, Yuri Prinzler e Marco Aurélio Costa Filho.
Isto posto, também foi utilizada a pesquisa quantitativa para melhor
compreensão do tema, na qual foi realizada através de um questionário por meio da
plataforma do “Google Forms” junto aos alunos da Universidade Católica do Salvador,
a fim de obter informações e dados relacionados ao conhecimento desta temática por
parte dos mesmos.
4. JUSTIFICATIVA
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Com o surgimento de alguns casos polêmicos no judiciário em que tratava-se
da temática, projetos de leis foram criados, ainda em discussão, com a finalidade de
regulamentar a matéria e dar um destino a esses bens de maneira legal, como a
inclusão de novos artigos no atual código civil, a exemplo dos projetos de lei que
posteriormente serão analisados. Sabe-se que, o direito vive em constantes rupturas
e mudanças para tentar se adequar a evolução do mundo, porém, em passos muito
mais lentos que o andar da sociedade.
Com isso, a ausência de regulamentação da disciplina no ordenamento
brasileiro fez com que os indivíduos não se preocupassem com o seu acervo virtual
pós morte quando ainda vivos, por isso é de extrema importância aqui colaborar sobre
a temática, expondo conceitos, a forma como vem sendo tratado o instituto no Brasil
e de que maneira se prevenir para poder fazer valer a sua vontade expressa a amigos
e/ou familiares após a morte, vez que no país é bastante frequente que as pessoas
manifestem o desejo de poder acessar os bens de algum ente querido que tenha já
falecido.
Diante do exposto, vale ressaltar que a pesquisa possui relevância social e
jurídica devido ao aumento na judicialização na área do direito civil em razão de casos
de sucessão de bens virtuais. Ademais, a pesquisa objetiva ainda incitar a importância
de discutir sobre esta matéria em virtude principalmente por se tratar de direitos
personalíssimos, em que vai de encontro o legado “profissional” e a privacidade do de
cujus,
5. MARCO TEÓRICO
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herdeiros legítimos ou testamentários, exceto se forem personalíssimos ou inerentes
à pessoa do de cujus.”
O direito sucessório se originou em Roma, onde existia uma forte ligação entre
a religião e a família. A regra era a sucessão hereditária do patrimônio e da religião,
no qual o filho homem sempre “herdava” a propriedade da família bem como realizava
os cultos religiosos, além disso, na sociedade romana daquela época a herança só
poderia ser destinada para os filhos procriados do mesmo casamento.
Com o passar dos tempos, começaram a surgir forças nos movimentos sociais
que manifestavam contra esse tipo de tratamento ligado a natureza da filiação,
pedindo então pela equiparação dos filhos de relações concubinárias e foi assim, que
no último período do Direito Romano os filhos extra matrimoniais foram nivelados aos
legítimos, se tornando a filiação uma relação de parentesco sanguíneo de primeiro
grau em linha reta.
No Brasil, no século XX, ainda com o Código Civil de 1.916 em seus artigos
978 e 1.572, a transmissão de uma herança também só era destinada aos filhos
legítimos do mesmo casamento, aqueles filhos adulterinos de relação extra
matrimonial não tinham direito a sucessão, pois a família era fundada no casamento
legal. Com a promulgação da Constituição Federal de 1.988, tais artigos foram
vedados e essa prática discriminatória foi proibida com base no princípio da igualdade,
equiparando os filhos ilegítimos (sendo esses de origem adotiva ou extra matrimonial)
aos legítimos. Atualmente, no ordenamento jurídico brasileiro, o direito sucessório
está positivado no Código Civil de 2002 nos seus artigos 1.784 a 2027, na Constituição
Federal de 1988 no artigo 5º, incisos XXX e XXI, no artigo 10 da Lei de Introdução as
Normas do Direito Brasileiro bem como na Lei 11.441/2007 e Código de Processo civil
nos artigos 982 a 1.169.
Assim, no país se um indivíduo não manifesta sua vontade quando ainda vivo
e também não deixa algum tipo de testamento, essa sucessão ocorre de forma
legítima, como determina a lei, em disposição no artigo 1.788 do Código Civil:
Art. 1.788. “Morrendo a pessoa sem testamento, transmite a herança aos
herdeiros legítimos; o mesmo ocorrerá quanto aos bens que não forem
compreendidos no testamento; e subsiste a sucessão legítima se o testamento
caducar, ou for julgado nulo.”
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Herança Digital
Com a evolução da era tecnológica, a internet passou a ser um dos meios mais
utilizados pela sociedade para os mais diversos fins. A cada dia que passa é mais
comum que as pessoas utilizem o espaço cibernético para armazenar um certo diário
de suas vidas e é compreensível afirmar diante desse fato que apesar do direito está
sempre buscando mudanças para se adequar ao tempo em que vivemos, ele não
consegue acompanhar os mesmos passos da evolução da humana. Através dos
avanços tecnológicos as pessoas foram deixando os discos de vinil, as revelações de
fotos impressas, os disquetes, fitas, cds, etc, todos esses bens tangíveis e passaram
a utilizar-se dos meios virtuais. Através do mundo virtual as pessoas passaram a
armazenar seus dados nas mais diversas plataformas, desde as redes e mídias
sociais, sejam elas faceboook, instagram, twitter, whatsapp, youtube, etc, aos e-mails
e as chamadas nuvens de armazenamento, essas que disponibilizam de espaço
superior a qualquer dispositivo eletrônico e podem ser acessadas a qualquer tempo e
em qualquer lugar, como por exemplo icloud, g-mail e google drive, outlook e one
drive, além dos bancos digitais e moedas virtuais como a exemplo das bitcoins, por
conta disso, através desse acúmulo de informações ou bens, se assim podemos
chamar, dos indivíduos membros dessas redes digitais é que surgiu a necessidade de
discutir a herança digital.
Por conseguinte, antes de falar sobre a herança digital, se faz necessário uma
breve conceituação do termo patrimônio, para melhor compreensão da temática.
Patrimônio pode ser entendido como o acúmulo de bens de um indivíduo que possa
ser convertido em pecúnia, ou seja, possui valor econômico. Para o Direito Civil,
conceitua Clóvis Beviláquia como sendo “o complexo das relações jurídicas de uma
pessoa, que tiverem valor econômico. (Teoria Geral do Direito Civil, 5º Ed., 1951,
pp.209-210).
A grande discussão é que com o surgimento dessas modalidades virtuais de
armazenamento de dados, produção de conteúdo, geração de renda, etc, os
indivíduos então passaram a constituir certos tipos de patrimônios virtuais, podendo
ele ter valoração econômica, como por exemplo sites, blogs, materiais de autoria que
geram receita mensal ao proprietário ou os de valoração afetiva ou sentimental, que
está intimamente ligado as memórias, como fotos, vídeos, textos, etc., deixando então
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dúvidas se o judiciário pode considerar esses bens patrimônios e se realmente podem
fazer parte da sucessão de alguém.
No Brasil, a herança digital ainda não conta com regulamentação específica
para a disciplina, o que se sabe é que essas mesmas plataformas disponíveis no
ciberespaço contam com políticas de privacidade que muitas vezes disponibilizam
algum regimento no tocante a matéria para o usuário poder decidir algo relacionado a
sua conta ainda em vida.
O google por exemplo é uma das empresas com diversos serviços digitais que
já se manifestou acerca do assunto, a plataforma conta com um gerenciador de contas
inativas que funciona basicamente como um testamento digital, o qual dispõe da
possibilidade do indivíduo escolher um período de inatividade para alertar a empresa
que execute a sua vontade, podendo ela transmitir para até 10 contatos algumas ou
todas as contas de domínio da mesma pertencentes ao falecido ou que esta exclua o
seu perfil, conforme vontade do mesmo. O facebook e o instagram disponibilizam de
duas opções através do aplicativo “If I die” que traduzido na língua portuguesa significa
“se eu morrer”, por meio deste é possível que a pessoa indique os “herdeiros” ainda
em vida, expressando a permissão ou não do acesso a dados e contas, podendo o
proprietário também escolher se as contas permanecem ativas ou que sejam
excluídas. Para a conta permanecer ativa é necessário que alguém comunique.
Quando essa comunicação expressa não é feita através do aplicativo ainda em vida,
pode qualquer pessoa informar as respectivas redes a morte do proprietário da conta,
porém essa pessoa tem que ter parentesco em linha reta com o falecido, já que esta
poderá gerenciar e dar manutenção a conta de modo parcial caso esta permaneça
ativa, a primeira opção é de manter a conta como um memorial, onde o perfil do
falecido permanece com as publicações feitas por ele visíveis, podendo continuar
recebendo homenagens, solicitações de amizades, que podem ser aceitas ou não
pelo gerenciador, etc., mas não sendo exibido a esse parente administrador do
memorial aqueles conteúdos que atinja o direito de privacidade do falecido, como a
exemplo das mensagens trocadas por ele ainda em vida e a outra opção é a exclusão
do perfil, que também deve ser comprovada a morte. O twitter também dá aos
familiares do falecido a opção de baixarem, dentro do prazo de um ano, todos os
tweets que foram publicados de forma pública ou que a conta seja excluída.
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Além disso, em São Paulo um cartório do tabelionato de notas foi procurado
para saber se poderia ser realizado um tipo de inventário cerrado em que constava
senhas de alguns meios digitais como contas bancárias, e-mails, redes sociais e etc,
e esse procedimento foi realizado com a justificativa do cartório de que apesar de não
possuir na legislação brasileira um dispositivo que regulamente, não há também
impedimentos. Enfim, existe uma infinidade de aplicativos como esses anteriormente
citados que não há como expor todos aqui, mas que é importante demonstrá-los para
ficar claro o quanto o tema carece de amparo legal, da mesma forma, as moedas
virtuais como as bitcoins, que estão super em alta no mercado de crédito digital e
contam apenas com um projeto de lei tramitando na Câmera dos Deputados, a Lei
2303/2015, para que sejam supervisionadas pelo Banco Central, e já que possuem
valor econômico é procedente dizer que os herdeiros tenham direito as moedas caso
o titular faleça.
No Brasil, o judiciário começou a receber casos relacionados a bens deixados
virtualmente no ano de 2012, um dos primeiros casos surgiu na 1ª Vara do Juizado
Central de Campo Grande no Mato Grosso do Sul, foi o da jornalista de 24 anos de
nome Juliana Ribeiro, que faleceu em maio do referido ano devido a alguns problemas
após realização de um exame de endoscopia. A ação foi movida pela sua mãe Dolores
em janeiro de 2013 após diversas tentativas extrajudiciais de exclusão da conta por
meio das ferramentas disponibilizada pela rede na época, na demanda a mãe
solicitava ao Facebook para que excluíssem o perfil de sua filha em respeito ao luto
da família e de amigos, dizia ela em suas entrevistas que o perfil da filha única “virou
um muro de lamentações, que sua filha precisava descansar em paz e se desligar
desse mundo”. A decisão liminar ocorreu após dois meses, na qual a juíza Vânia de
Paula Arantes decidiu que a empresa Facebook excluísse o perfil da falecida com a
fundamentação de que manter a conta da usuária ativa violava o direito da dignidade
da pessoa humana das pessoas próximas, aplicando então multa diária de 500,00
reais ao dia por descumprimento, ainda assim a empresa manteve no ar o perfil da
jovem sendo necessário que a juíza encaminhasse um ofício com nova determinação
com prazo de 48 horas para excluírem o perfil e em caso de descumprimento a pessoa
recebedora do ofício responderia criminalmente, somente após isso é que o perfil foi
retirado da rede social.
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Posteriormente, um outro caso com decisão contrária apareceu na Vara Única
da Comarca de Pompeu no estado de Minas Gerais, o processo correu em segredo
de justiça, no qual uma mãe demandava na ação o pedido de acesso aos dados
pessoais de sua filha falecida, na internet. O juiz Manoel Jorge de Matos Júnior julgou
improcedente o pedido com base no art. 5º, inciso XII, da Constituição Federal que
dispõe sobre o sigilo de correspondência e comunicações telegráficas de dados,
fundamentando que a intimidade da falecida não poderia ser “acessada” para
contentamento pessoal, uma vez que a mesma não estava mais nesse mundo para
manifestar sua vontade, devendo preservar dessa forma a sua intimidade.
Diante desses casos, certamente muitas discussões giraram em torno dos
magistrados. A falta de uma legislação específica faz com que decisões contrarias se
tornem sempre comum no ordenamento jurídico brasileiro. Há determinados
magistrados que defendem que alguns bens virtuais são direitos personalíssimos e
que por esse motivo não podem ser invadidos, mas também há aqueles que opinam
de forma oposta. Diante de casos como esses de repercussão nacional, o legislativo
brasileiro atentou-se a necessidade da criação de projetos de lei para regulamentação
da herança digital com a finalidade de facilitar a sucessão desses bens digitais
deixados pelo de cujos.
No ano de 2012 esse projeto de Lei foi criado pelo deputado Jorginho Mello,
com a justificativa de que essa alterações no mundo virtual causam impactos na vida
das pessoas, pois hoje se tornou muito comum a procura de familiares que desejam
ter acesso ao conteúdo de contas e arquivos deixados pelo ente falecido e por isso o
Direito Civil brasileiro precisa se adequar as evoluções da sociedade vez que essa
temática ainda não possui entendimento pacífico e tem decido casos semelhantes de
formas totalmente destoantes e as vezes até injustas, dessa forma criou o projeto de
lei afim de atualizar a legislação civil e regulamentar a matéria em questão. O projeto
de lei tem como objetivo acrescentar um parágrafo único ao artigo 1.788 do Código
Civil com o seguinte texto:
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Art. 1.788 [...] Parágrafo único. “Serão transmitidos aos herdeiros todos os
conteúdos de contas ou arquivos digitais de titularidade do autor da herança.”
Contudo, esse projeto de lei foi arquivado.
Esse projeto de lei foi criado pelo deputado Marçal Filho justificando a proposta
de que os bens digitais devem fazer parte do patrimônio das pessoas e suscetível de
sucessão, afirmando que todo conteúdo, seja foto, vídeo, música, tudo que seja
possível ser armazenado virtualmente deve fazer parte do patrimônio, da herança
digital. O projeto tinha como objetivo incluir três novos artigos ao Código Civil de 2002,
inclusive o conceito de herança digital, sendo eles:
Capítulo II-A
Da Herança Digital
Art. 1.797-B. Se o falecido, tendo capacidade para testar, não o tiver feito, a
herança será transmitida aos herdeiros legítimos.
Esse projeto de lei, juntamente com o anteriormente falado, foi arquivado sob
o fundamento de que viola alguns direitos personalíssimos, como o direito de imagem
e direito de privacidade. Porém, em 2017 com o arquivamento desses projetos de lei,
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surgiram novas propostas, a exemplo da PL 8.562/17 de autoria do deputado Eliseu
Dionísio, que carrega o mesmo texto da PL 4.847/12 e aguarda apreciação do
Senado.
Projeto de Lei nº 7.742/2017
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Considerações finais
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REFERÊNCIAS
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