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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE MATO GROSSO DO SUL

ACADEMIA DE BOMBEIROS MILITAR (ABM)

APOSTILA DE ORDEM UNIDA – II (CFS 2021)

Resumo

A referida apostila contempla elementos relevantes para a atualização ao


Aluno do CFS 2021, com assuntos necessários para a formação do Sargento
Bombeiro Militar. Desta forma o material didático presente, esta embasado nos
seguintes regulamentos e manual:

a) Regulamento Interno e dos Serviços Gerais – R-1 (RISG), edição 2003;


b) Manual de Campanha EB70-MC-10.308 – Ordem Unida, 4ª Edição, 2019;
c) Regulamento de Continências, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial
Militar das Forças Armadas R-2 (Rcont).
d) Separata nº 39/2015 / portaria nº 1.353, de 24 de setembro de 2015. Que
altera o R-2 (Rcont).

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Regulamento Interno e dos Serviços Gerais – R-1 (RISG)

TITULO -I
DAS GENERALIDADES
CAPITULO -I
DA FINALIDADE E DA APLICAÇÃO

Art. 1º O Regulamento Interno e dos Serviços Gerais (RISG) prescreve tudo quanto
se relaciona com a vida interna e com os serviços gerais das unidades consideradas
corpos de tropa, estabelecendo normas relativas às atribuições, às
responsabilidades e ao exercício das funções de seus integrantes.
§ 1º O RISG também estabelece normas para as Gu Mil do Exército e para as
substituições temporárias de oficiais-generais.
§ 2º As prescrições do RISG estendem-se às demais OM do Exército, no que lhes
for aplicável.

Seção I
Do Exército Brasileiro
Art. 3º O Exército Brasileiro é uma Instituição nacional, permanente e regular,
organizada com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do
Presidente da República, e destina-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes
constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
Parágrafo único. Sem comprometimento de sua destinação constitucional, cabe
também ao Exército o cumprimento de atribuições subsidiárias explicitadas em lei
complementar.

TÍTULO II
DAS ATRIBUIÇÕES
CAPÍTULO I
NAS UNIDADES

Seção I
Do Comandante
Art. 18. O comando é função do grau hierárquico, da qualificação e das habilitações,
constituindo uma prerrogativa impessoal com atribuições e deveres.
Art. 19. Os dispositivos deste Regulamento, relativos ao Cmt U, aplicam-se, também,
ao Ch ou ao Dir.
Art. 20. O Cmt U exerce sua ação de comando em todos os setores da unidade,
usando-a com a iniciativa necessária e sob sua inteira responsabilidade.

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Parágrafo único. A ação de comando de que trata o caput deste artigo é
caracterizada, principalmente, pelos atos de planejar, orientar, coordenar,
acompanhar, controlar, fiscalizar e apurar responsabilidades.
Art. 21. Ao Cmt U, além de outros encargos relativos à instrução, à disciplina, à
administração e às relações com outras OM, prescritos por outros regulamentos ou
por ordens superiores, incumbem as seguintes atribuições e deveres:
I - superintender todas as atividades e serviços da unidade, facilitando, contudo, o
livre exercício das funções de seus subordinados, para que desenvolvam o espírito
de iniciativa, indispensável na paz e na guerra, a busca do auto-aperfeiçoamento e
sintam a responsabilidade decorrente;
II - esforçar-se para que os seus subordinados façam do cumprimento do dever
militar um verdadeiro culto e exigir que pautem sua conduta civil pelas normas da
mais severa moral, orientando-os e compelindo-os a satisfazerem seus
compromissos morais e pecuniários, inclusive de assistência à família, e punindo-os
disciplinarmente quando se mostrarem recalcitrantes na satisfação de tais
compromissos;
III - imprimir a todos os seus atos, como exemplo, a máxima correção, pontualidade
e justiça;
IV - velar para que os oficiais sob seu comando sirvam de exemplo aos
subordinados;
V - zelar para que seus comandados observem fielmente todas as disposições
regulamentares e para que existam entre eles coesão e harmonia, a fim de facilitar o
máximo rendimento e a indispensável uniformidade nas atividades de comando,
instrução e administração;
VI - procurar, com o máximo critério, conhecer os seus comandados, observando
cuidadosamente suas capacidades física, intelectual e de trabalho, bem como suas
virtudes e defeitos, não apenas para formar juízo próprio, mas também para prestar
sobre eles, com exatidão e justiça, as informações regulamentares e outras que
forem necessárias;
VII - providenciar para que a unidade esteja sempre em condições de ser
empregada;
VIII - determinar, em observância aos preceitos da Medicina Preventiva, que:

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a) os oficiais e as praças se submetam às vacinações preventivas contra moléstias
contagiosas e, quando for o caso, a exames complementares, sempre após
avaliação médica; e
b) os médicos da OM desenvolvam, sob supervisão do S3, rigorosa campanha
contra o uso de substâncias que causem dependência química e de prevenção das
doenças sexualmente transmissíveis, com o auxílio do capelão militar e de outros
especialistas;
IX - cumprir cuidadosamente as obrigações que lhe forem impostas pela legislação
relativa à mobilização;
X - nomear, em BI, o MP da unidade, observando as instruções e as normas que
regulam o assunto; XI - definir o horário da unidade;
XII - transcrever, a seu juízo, em BI, as recompensas concedidas pelos comandos
subordinados;
XIII - prestar honras fúnebres aos seus subordinados, quando a elas fizerem jus,
obedecendo às prescrições do R-2;
XIV - atender às ponderações justas de seus subordinados, quando feitas em
termos adequados e desde que sejam de sua competência;
XV - conceder dispensa do serviço aos militares, nas condições estabelecidas na
legislação vigente:
a) até dez dias, para instalação;
b) até oito dias, para desconto em férias, quando existir, a seu critério, motivo de
força maior;
c) oito dias por motivo de núpcias;
d) oito dias por motivo de luto, por falecimento de cônjuge, companheiro(a), pais,
sogros, padrastos, filhos, enteados, menor sob sua guarda ou tutela, curatelado e
irmãos; e
e) como recompensa, nos limites estabelecidos pelo RDE;
XVI - conceder aos militares, nas condições estabelecidas na legislação, os períodos
de trânsito a que têm direito;
XVII - publicar em BI da unidade, notas referentes a atos e fatos relativos aos seus
comandados e que devam constar de suas folhas de alterações;
XVIII - conceder férias aos seus subordinados, de acordo com as normas
estabelecidas neste Regulamento;

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XIX - conceder aos seus comandados, dentro do limite de sua competência, as
recompensas de que tratam o E-1 e o RDE;
XX - conceder licenças de acordo com as instruções e normas específicas em vigor;
XXI - autorizar o uso do traje civil pelas praças, para entrada e saída da OM, bem
como para a permanência no interior da mesma, em situações excepcionais e
quando no cumprimento de missão que assim o recomende, observado o disposto
no inciso V do art. 307 deste Regulamento;
XXII - autorizar, se julgar conveniente, que as bandas de música, fanfarras,
orquestras e bandas de corneteiros ou clarins ou os músicos toquem em festas e
atos que não tenham caráter político partidário;
XXIII - emitir juízo a respeito dos militares da unidade, não só em fichas de avaliação
como em qualquer documento análogo, exigidos pelos órgãos competentes;
XXIV - providenciar para que seja lavrado o “Atestado de Origem”, nos casos de
ferimentos ou doenças adquiridas por militares da unidade, em ato de serviço ou na
instrução, de acordo com as prescrições em vigor;
XXV - despachar ou informar, nos prazos regulamentares, os requerimentos, as
partes, as consultas, os recursos, os pedidos de reconsideração etc, de seus
subordinados, mandando arquivar os que não estejam redigidos com propriedade ou
que não se fundamentem em dispositivos legais, publicando em BI as razões desse
ato e punindo disciplinarmente os seus autores, se for o caso;
XXVI - nomear ou designar comissões ou equipes que se tornem necessárias ao
bom andamento do serviço, sejam estabelecidas em legislação ou impostas pelo
escalão superior;
XXVII - corresponder-se diretamente com as autoridades civis ou militares, quando o
assunto não exigir a intervenção da autoridade superior, ressalvadas as restrições
regulamentares;
XXVIII - participar, imediatamente, à autoridade superior, fatos de natureza grave
ocorridos na unidade, solicitando-lhe intervenção, se não estiver em suas atribuições
providenciar a respeito;
XXIX - incluir na unidade:
a) os oficiais, as praças e os servidores civis nela classificados ou para ela
transferidos; e
b) os voluntários e os conscritos a ela incorporados, designando-lhes as SU em que
irão servir;
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XXX - reincluir as praças desertoras que se apresentarem ou forem capturadas, se
julgadas aptas em inspeção de saúde;
XXXI - distribuir, pelas SU e serviços, os oficiais temporários convocados para
estágio e classificados na unidade;
XXXII - realizar as movimentações no âmbito da unidade, segundo a legislação em
vigor e a melhor conveniência do serviço;
XXXIII - evitar que sejam empregadas no serviço das repartições ou dependências
internas outras praças que excedam às respectivas lotações previstas;
XXXIV - excluir da unidade os militares que:
a) se enquadrarem em qualquer um dos motivos de exclusão do serviço ativo
relacionados no E-1;
b) deixarem de pertencer à mesma por motivo de movimentação; e
c) forem promovidos, quando houver incompatibilidade entre o novo posto ou a nova
graduação e o cargo que exerciam;
XXXV - licenciar e excluir as praças nos limites de sua competência, em
conformidade com a legislação em vigor;
XXXVI - anular a incorporação de conscrito ou voluntário que tiver ocultado sua
condição de licenciado ou excluído a bem da disciplina, ou de desertor, neste último
caso providenciando sua apresentação à OM de onde desertou;
XXXVII - anular a incorporação de conscrito ou voluntário moralmente inidôneo ou
que tenha utilizado, para o alistamento, documentos inadequados ou falsos, neste
último caso mandando apresentá-lo à Polícia Civil, com os referidos documentos;
XXXVIII - licenciar as praças do serviço ativo e incluí-las na reserva, de
conformidade com as normas em vigor, observadas, conforme o caso, as
disposições seguintes:
a) relacionar as que, estando legalmente habilitadas, forem consideradas aptas à
promoção quando convocadas para o serviço ativo;
b) entregar-lhes, devidamente escriturados, os certificados a que têm direito,
consoante o grau de instrução militar que possuírem; e
c) proceder de acordo com as prescrições legais e regulamentares relativas a
indenizações devidas à União;
XXXIX - manter adidos:
a) os militares promovidos, quando existir incompatibilidade entre o novo posto ou a
nova graduação e o cargo que exerciam, comunicando este fato, por meio da cadeia
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de comando, ao órgão de movimentação (os militares nessa situação ficam sujeitos
ao recebimento de encargos);
b) durante os prazos fixados na legislação específica para passagem de carga e/ou
encargo, quando for o caso, os militares excluídos do estado efetivo da unidade;
c) os militares em processo de transferência para a reserva ou reforma, por qualquer
motivo; e
d) por entrar de licença, de acordo com as instruções e normas específicas em vigor;
XL - desligar os militares movimentados, após o término dos prazos citados no inciso
XXXIX deste artigo e em outras situações definidas em leis e regulamentos;
XLI - pedir providências à autoridade superior se, decorridos dois meses do
encaminhamento de processo de reforma, não houver sido solucionado;
XLII - distribuir entre oficiais, subtenentes e sargentos, e administrar, consoante as
prescrições existentes, os PNR a cargo da unidade;
XLIII - mandar encostar à unidade os conscritos e os voluntários que aguardam
incorporação, bem como as praças de outras unidades que se apresentarem por
motivo de serviço, até o dia de regresso;
XLIV - conceder engajamento e reengajamento às praças de sua unidade, de acordo
com a legislação vigente;
XLV - remeter às autoridades competentes, na época oportuna, os mapas, as
relações, as fichas e outros documentos que forem exigidos pelos regulamentos e
por outras disposições em vigor;
XLVI - facilitar às autoridades competentes os exames, as verificações, as inspeções
e as fiscalizações, quando determinado por autoridade superior ou em cumprimento
a dispositivos regulamentares; XLVII - distribuir os animais e o material, de acordo
com as dotações das SU subordinadas, e transferi-los, dentro da unidade, quando o
serviço assim o exigir;
XLVIII - assegurar que o material e o equipamento distribuídos à unidade estejam
nas melhores condições possíveis de uso e sejam apropriadamente utilizados,
manutenidos, guardados ou estocados e controlados;
XLIX - designar oficiais, praças e servidores civis para os cargos da unidade, de
acordo com as prescrições em vigor, com o QCP ou com o QLPC, observando que
nenhum oficial seja, em princípio, mantido no mesmo cargo por mais de dois anos
consecutivos;

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L - designar, em BI, o Oficial e o Sargento de Prevenção de Acidentes da unidade e,
por indicação dos respectivos Cmt SU, o Oficial e o Sargento de Prevenção de
Acidentes de cada SU e, quando for o caso, da base administrativa;
LI - determinar que sejam ministradas palestras sobre prevenção de acidentes na
instrução e em outras atividades de risco para todo efetivo pronto da OM, sob a
coordenação do S3 e sob o controle do O Prv Acdt U;
LII - emitir suas ordens e instruções, sempre que possível, por intermédio do SCmt
U, devendo aqueles que as receberem diretamente dar ciência ao SCmt, na primeira
oportunidade;
LIII - receber de seu antecessor os documentos sigilosos controlados, de acordo
com as normas vigentes sobre o assunto;
LIV - encaminhar ao EME, pelos trâmites regulamentares, os processos relativos aos
trabalhos de natureza científico-militar, apresentados por seus comandados, para
fins de julgamento e publicação;
LV - participar, imediatamente, ao órgão competente, o local de residência declarado
pelo militar desligado do estado efetivo, em virtude de reforma ou transferência para
a reserva, tão logo seja transcrito em BI o respectivo ato oficial;
LVI - encaminhar ao órgão competente os requerimentos nos quais os inativos e
pensionistas vinculados à unidade, para fins de percepção de proventos, solicitem
transferência para outros destinos;
LVII - participar ao órgão competente o falecimento de inativos e pensionistas
vinculados à unidade; LVIII - fornecer, mediante requerimento do interessado e
obedecida a legislação pertinente ao assunto, certidão do que constar nos arquivos
da unidade;
LIX - anular em BI, quando existirem razões para isto, qualquer ato seu ou de seus
subordinados, dentro do prazo de sessenta dias;
LX - providenciar a elaboração ou a atualização dos planos de segurança e defesa
do aquartelamento, de combate a incêndios, de chamada e outros;
LXI - responsabilizar-se pelos planejamentos referentes à GLO, em sua área de
jurisdição;
LXII - propor o comissionamento na graduação honorífica de sargento-brigada do 1º
Sgt que satisfaça às exigências estabelecidas na legislação pertinente;
LXIII - estabelecer as NGA/U;

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LXIV - conceder, de acordo com a legislação em vigor, porte de arma de fogo às
praças sob seu comando;
LXV - orientar, de acordo com as normas vigentes, os procedimentos a serem
adotados pela unidade, particularmente pelo pessoal de serviço, quanto ao
recebimento de ordens judiciais, inclusive as que não estejam dirigidas a sua OM ou
não sejam da sua competência prestar informações ou esclarecimentos;
LXVI - encaminhar as possíveis solicitações e/ou questionamentos da mídia ao
escalão superior, a quem caberá decidir pela postura e procedimento decorrentes;
LXVII - orientar e coordenar o processo de arquivamento, análise, avaliação e
seleção de documentos no âmbito da unidade;
LXVIII - manter número suficiente de militares cadastrados no Sistema de
Inteligência do Exército, para fazer face a eventuais substituições, cadastrando,
obrigatoriamente, os integrantes do Serviço de Fiscalização de Produtos
Controlados; e
LXIX - participar, de imediato, pelo meio mais rápido disponível, ao CCOMSEx, ao
CIE e à DFPC, qualquer extravio, furto ou roubo de armamento, munição ou
explosivo da unidade ou das empresas sob sua fiscalização, independente de outras
determinações do escalão superior.

Seção II
Do Subcomandante

Art. 22. O SCmt U é o principal auxiliar e substituto imediato do Cmt U, seu


intermediário na expedição de todas as ordens relativas à disciplina, à instrução e
aos serviços gerais, cuja execução cumpre-lhe fiscalizar.
§ 1º O SCmt U é o Chefe do EM/U e o responsável pela coordenação dos seus
elementos.
§ 2º Nas SU independentes, o SCmt poderá acumular suas funções com outros
encargos previstos no QCP.
Art. 23. Incumbe ao SCmt U, além das atribuições e dos deveres estabelecidos em
outros regulamentos, o seguinte:
I - encaminhar ao Cmt U, com as informações necessárias, todos os documentos
que dependam da decisão deste;

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II - levar ao conhecimento do Cmt U, verbalmente ou por escrito, depois de
convenientemente apuradas, todas as ocorrências que não lhe caiba resolver;
III - dar conhecimento ao Cmt U das ocorrências e dos fatos a respeito dos quais
haja providenciado por iniciativa própria;
IV - assinar documentos ou tomar providências de caráter urgente na ausência ou
no impedimento ocasional do comandante, dando-lhe conhecimento na primeira
oportunidade;
V - zelar assiduamente pela conduta civil e militar dos oficiais e das praças da
unidade;
VI - escalar os oficiais e a SU ou as subunidades que fornecerão pessoal para os
serviços gerais e extraordinários da unidade;
VII - assinar todos os documentos referentes à vida funcional do Cmt U;
VIII - assinar todos os livros existentes na unidade, salvo os de atribuição do Cmt U,
dos serviços administrativos ou os relativos à instrução;
IX - autenticar as cópias do BI, bem como as ordens e instruções do Cmt U que
importem em coordenação de assuntos referentes a mais de uma seção do EM e/ou
SU;
X - exercer rigorosa supervisão das normas de controle do armamento, da munição
e do explosivo adotadas pela unidade, introduzindo as modificações para o
constante aperfeiçoamento da verificação e do acompanhamento desse material
bélico, além de realizar inspeções inopinadas;
XI - receber, ao final do expediente, os mapas diários do armamento, da munição e
do explosivo, resultantes da revista diária, para efeito de autorização do toque de
“ordem”, por parte do Cmt U;
XII - manter arquivados, sob sua responsabilidade, os mapas de que trata o inciso XI
deste artigo, em pastas e locais apropriados e seguros; e
XIII - fornecer aos civis que tenham encargos diários no quartel, um cartão de
identidade que lhes faculte o ingresso para as suas atividades, cuja validade
obedeça a critérios estabelecidos pela própria unidade.

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Seção III
Do Sargenteante e dos Sargentos

Art. 118. Os sargentos são auxiliares do Cmt SU e dos oficiais da SU em educaç ão,
instrução, disciplina e administração e lhes incumbe, ainda, assegurar a observância
ininterrupta das ordens vigentes, angariando a confiança dos seus chefes e a estima
e o respeito dos seus subordinados.
Art. 119. Ao Sgte SU incumbe:
I - ter a seu cargo toda a escrituração corrente da SU, referente a pessoal, ao
serviço e à instrução, e executá-la, auxiliado pelos demais sargentos, mantendo-a
em dia e em ordem, e submetendo a à apreciação do Cmt SU para aposição do
visto;
II - fiscalizar a execução da escrituração que distribuir aos seus auxiliares, ficando
responsável pelas irregularidades existentes;
III - organizar as relações de pessoal para as escalas de serviço a cargo da SU;
IV - responsabilizar-se pelo arquivamento de todos os documentos que devam ser
conservados na SU, de acordo com as normas em vigor;
V - organizar um índice dos assuntos publicados nos BI que interessem à SU;
VI - responder pela SU, na ausência dos oficiais e do subtenente, exercendo sua
autoridade sobre as demais praças, nas questões de serviço e disciplina;
VII - proceder à chamada ou verificação das praças nas formaturas, anotando as
faltas;
VIII - instruir os demais sargentos nos assuntos concernentes à escrituração, a fim
de pô los a par do serviço e prepará-los para o substituírem em seus impedimentos;
IX - auxiliar na instrução da SU, como lhe for determinado pelo respectivo Cmt;
X - estar em condições de substituir os oficiais subalternos no comando de pelotão
ou seção;
XI - conhecer a instrução de sua Arma, Quadro ou Serviço até a escola do pelotão
ou da seção, bem como os diversos manuais de instrução e regulamentos, devendo
possuir os conhecimentos necessários ao exercício de suas atribuições;
XII - proceder à leitura do BI e de seus aditamentos para a SU;
XIII - pôr em forma, quinze minutos antes da Parada, as praças que devam entrar de
serviço, fazer a respectiva chamada, revistar-lhes os uniformes, o equipamento e o
armamento, e conduzi-las, ao toque ou à hora regulamentar, ao local determinado;
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XIV - formar as praças da SU para as revistas e, quando impossibilitado, designar,
por escala, outro sargento para substituí-lo, com o conhecimento do respectivo Cmt;
XV - apresentar, diariamente, ao Cmt SU, os documentos endereçados à SU;
XVI - participar, ao SCmt U, na ausência dos oficiais ou do subtenente da SU,
qualquer ocorrência que exija providência imediata;
XVII - apresentar-se, diariamente, ao oficial da SU que chegue primeiro ao quartel,
participando-lhe as ocorrências havidas e ao respectivo Cmt SU logo após sua
chegada; e
XVIII - submeter à assinatura do Cmt SU o expediente diário, à hora por ele
marcada.
Art. 120. A cada um dos demais sargentos da SU incumbe:
I - auxiliar na instrução da SU e ministrar a que lhe incumbir, em virtude de
disposições regulamentares, programas e ordens;
II - participar ao Cmt Pel ou Seç tudo o que, na sua ausência, ocorrer com o pessoal;
III - auxiliar o Sgte, fora das horas de instrução, em toda a escrituração da SU e em
tudo o que se relacionar com o serviço;
IV - auxiliar o Cmt Pel ou Seç na fiscalização da fiel observância das ordens e
instruções relativas à limpeza, à conservação e à arrumação das dependências da
fração e do material distribuído aos homens e no rigoroso cumprimento das normas
de prevenção de acidentes na instrução e em atividades de risco, verificando se
todos encontram-se inteirados das ordens gerais e particulares que lhes dizem
respeito;
V - conhecer a instrução de sua Arma, Quadro ou Serviço e possuir os principais
manuais de instrução e regulamentos necessários ao exercício de suas atribuições;
VI - participar as faltas verificadas nas frações de tropa sob seu comando, em
qualquer formatura;
VII - substituir, por ordem de graduação ou antigüidade, o Sgte em seus
impedimentos fortuitos ou, responder pela sargenteação da SU, em seus
impedimentos prolongados, por ordem do respectivo Cmt;
VIII - apresentar-se, diariamente, ao oficial a que esteja diretamente subordinado e
ao Sgte SU, logo que estes cheguem ao quartel; e
IX - responder, perante o Cmt Pel ou Seç e o subtenente, pelo material que lhe
tenha sido distribuído.

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Seção IV
Do Adjunto
Art. 205. O Sgt Adj é o auxiliar imediato do Of Dia, incumbindo-lhe:
I - apresentar-se ao Of Dia após receber o serviço, executar e fazer executar todas
as suas determinações;
II - transmitir as ordens que dele receber e inteirá-lo da execução;
III - secundá-lo, por iniciativa própria, na fiscalização da execução das ordens em
vigor relativas ao serviço;
IV - responder, perante o Of Dia, pela perfeita execução da limpeza do quartel a
cargo do cabo da faxina;
V - participar ao Of Dia todas as ocorrências que verificar e as providências que a
respeito tenha tomado;
VI - acompanhar o Of Dia nas suas visitas às dependências do quartel, salvo quando
dispensado por ele ou na execução de outro serviço;
VII - passar revista às SU, quando determinado pelo Of Dia;
VIII - organizar e escriturar os papéis relativos ao serviço, de modo que, uma hora
depois da Parada, no máximo, estejam concluídos e à disposição do SCmt U;
IX - dividir os quartos de ronda noturna entre si e os Sgt Dia SU;
X - dividir a ronda noturna da guarda entre o seu comandante e o Cb Gd;
XI - secundar o Of Dia na verificação do roteiro do pessoal de serviço da guarda,
confeccionado pelo Cmt Gd;
XII - fiscalizar os serviços das SU, na ausência dos respectivos Cmt ou de seus
substitutos eventuais;
XIII - receber, dos Sgt Dia SU, todas as praças da unidade que devam ser recolhidas
presas e apresentá-las ao Of Dia para o conveniente destino;
XIV - providenciar para que as chaves de todas as dependências do quartel
(gabinetes, reservas, depósitos, paiol etc) estejam colocadas no claviculário da
unidade, logo após o toque de ordem, informando pessoalmente ao Of Dia qualquer
falta e entregando-lhe a respectiva chave;
XV - no caso de abertura de reserva para entrega de armamento do pessoal de
serviço, nos horários sem expediente e ausente o Cmt SU, auxiliar o Of Dia na
fiscalização, acompanhados do respectivo Sgt Dia SU, da distribuição e do
recolhimento, pelos armeiros, de todo o armamento utilizado, bem como da abertura
e do fechamento da reserva; e
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XVI - responder pelo Of Dia em seus impedimentos eventuais.
Art. 206. Quando o Adj responder eventualmente pelo Of Dia, participar-lhe-á as
ocorrências havidas durante o seu impedimento, mesmo que já as tenha
comunicado à autoridade superior ou haja providenciado a respeito.

Seção V
Do Sargento-de-Dia à Subunidade

Art. 207. O Sgt Dia SU é o auxiliar do Of Dia no que se referir ao serviço em sua SU
e, de conformidade com as determinações desse oficial, incumbe-lhe:
I - apresentar-se ao Cmt SU, ao Of Dia e ao Adj, ao entrar e sair de serviço e após a
leitura do BI;
II - informar ao Of Dia a existência de ordens especiais relativas à sua SU que
interessem ao serviço;
III - solicitar do Of Dia, na ausência do Cmt SU, qualquer providência de caráter
urgente;
IV - auxiliar o Of Dia e o Adj em tudo o que diga respeito à boa execução dos
respectivos serviços, providenciando, particularmente, para que o armeiro da SU
esteja na reserva à hora prevista para a distribuição e o recolhimento do armamento
do pessoal de serviço;
V - registrar no livro de partes diárias da SU todas as ocorrências havidas no seu
serviço;
VI - fiscalizar o serviço de guarda da SU;
VII - cumprir e fazer cumprir todas as ordens gerais e particulares referentes ao
serviço na SU;
VIII - manter a ordem, o asseio e a disciplina na SU;
IX - responder pelo Sgte, na ausência deste;
X - cumprir as determinações do Of Dia relativas à sua SU ou ao serviço da unidade;
XI - participar, com a urgência necessária, ao Cmt SU, aos oficiais, ao subtenente e
ao Sgte, as ordens extraordinárias que receba e que sejam de interesse imediato
desses militares ou da SU;
XII - participar ao Cmt SU, com urgência, as ocorrências verificadas durante o
serviço e que exijam seu imediato conhecimento, independente das providências
tomadas a respeito;
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XIII - pôr em forma a SU para as formaturas e revistas;
XIV - conduzir, em forma, os cabos e soldados da SU para o rancho, cumprindo os
seguintes procedimentos:
a) exigir que as praças se apresentem corretamente fardadas;
b) apresentar ao encarregado do setor de aprovisionamento a relação das praças
que, por motivo de serviço, não compareçam à hora regulamentar; e
c) permanecer no rancho até o final da refeição, verificando os aspectos relativos à
higiene e à disciplina das praças da SU;
XV - apresentar ao Adj as praças da SU que devam ser recolhidas presas;
XVI - zelar para que as praças detidas da SU permaneçam nos lugares
determinados;
XVII - substituir o Sgte nos feriados, sábados e domingos, nas atribuições deste
relativas à Parada; e
XVIII - no caso de abertura da reserva de armamento da SU, nos horários sem
expediente, para entrega de armamento do pessoal de serviço, assistir à distribuição
e ao recolhimento, pelo armeiro, de todo o armamento utilizado, bem como à
abertura e ao fechamento da reserva.
§ 1º Quando no quartel se encontrar apenas uma SU da unidade, as funções de Adj
Of Dia e de Sgt Dia SU são acumuladas pelo mesmo militar.
§ 2º O serviço de Sgt Dia SU, quanto às ligações externas, começa normalmente
depois da leitura do BI, salvo nos dias em que, por qualquer circunstância, não se
achem presentes os oficiais, o subtenente ou o Sgte SU, caso em que seguirá a
regra geral para os serviços diários.
§ 3º Ordinariamente, antes da leitura do BI, o Sgt Dia SU entende-se apenas com as
autoridades de sua SU.
Art. 208. Nas unidades em que os animais se achem distribuídos às SU, o Sgt Dia
tem mais os seguintes encargos:
I - verificar a limpeza e outros cuidados com os animais, bem como zelar pela
conservação das cavalariças ou do canil, de acordo com as regras estabelecidas e
ordens recebidas;
II - receber a forragem destinada à alimentação dos animais da SU e assistir à sua
distribuição, bem como a da água, tudo de acordo com as ordens em vigor;
III - acompanhar o Cmt SU, o Of Dia, o veterinário ou outra autoridade nas revistas
às cavalariças ou ao canil, prestando-lhes as informações pedidas;
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IV - inspecionar, com freqüência, as cavalariças, tanto de dia como de noite,
verificando se tudo corre normalmente, corrigindo as irregularidades que encontre e
pedindo providências para as que escapem à sua alçada;
V - anotar os animais que se desferrarem e os que o veterinário considerar sem
condições de prestar serviço, registrando os respectivos números no quadro de
avisos da SU para conhecimento dos interessados e providências decorrentes;
VI - apresentar, diariamente, à enfermaria veterinária, os animais que precisarem de
curativos ou tratamento, bem como ao veterinário, o caderno de registro da SU, para
as alterações necessárias;
VII - impedir que qualquer animal da SU seja retirado das baias ou do canil sem a
autorização necessária, bem como anotar as quantidades de forragem recebidas do
seu antecessor e passadas ao seu sucessor; e
VIII - examinar, minuciosamente, os animais que saírem ou regressarem, a fim de
inteirar-se, de imediato, das irregularidades ocorridas e participá-las à autoridade
competente para as devidas providências.
Art. 209. Nas unidades, cujas SU disponham de viaturas, o Sgt Dia tem, ainda, os
seguintes encargos:
I - verificar limpeza, arrumação e segurança da garagem, das oficinas e dos
depósitos, em especial os que contenham inflamáveis.
II - acompanhar o Cmt SU, o Of Dia, o O Mnt Vtr ou outra autoridade, nas revistas
às dependências mencionadas, prestando-lhes as informações pedidas;
III - somente permitir a saída de viaturas quando devidamente autorizada,
verificando se o motorista cumpre todas as normas prescritas;
IV - anotar as viaturas que sofrerem panes ou acidentes, participando as alterações
verbalmente ao Cmt SU e registrando-as no livro de partes;
V - inspecionar, com freqüência, as dependências relacionadas no inciso I deste
artigo, verificando se tudo corre normalmente, corrigindo eventuais irregularidades
ou solicitando as providências que o caso indicar;
VI - examinar as viaturas na saída e no regresso, transcrevendo no livro de partes:
a) o reabastecimento;
b) a leitura do odômetro;
c) a natureza do serviço prestado e quem o autorizou; e
d) as observações que julgar oportunas;

16
VII - anotar e transcrever no livro de partes as quantidades de lubrificantes e
combustíveis que recebeu de seu antecessor, as que foram consumidas e as que
passou para o seu sucessor.

Seção VI
Da Guarda do Quartel

Art. 210. A guarda do quartel é normalmente comandada por um 2º ou 3º Sgt e


constituída dos cabos e soldados necessários ao serviço de sentinelas.
§ 1º Excepcionalmente, a guarda do quartel pode ser comandada por oficial, neste
caso, é acrescida de um corneteiro ou clarim, passando o sargento às funções de
auxiliar do Cmt Gd.
§ 2º Todo o pessoal da guarda deve manter-se corretamente uniformizado, equipado
e armado durante o serviço, pronto para entrar rapidamente em forma e atender a
qualquer eventualidade.
§ 3º Observado o previsto no § 5º deste artigo, um rodízio de descanso entre os
homens menos folgados pode funcionar no decorrer de todo o serviço, sob o
controle do Cmt Gd, com a finalidade de permitir que os soldados estejam
descansados, vigilantes e alertas durante a permanência nos postos de sentinela,
particularmente no período noturno.
§ 4º O período de descanso de que trata o § 3º deste artigo é gozado no alojamento
da guarda, de onde os homens somente se afastam mediante ordem ou com
autorização do Cmt Gd, sendo autorizado que os soldados afrouxem o equipamento
e durmam.
§ 5º Um efetivo aproximado de um terço da guarda do quartel deve estar acordado e
reunido, como força de reação, inclusive à noite, para atender a situações de
emergência na defesa do quartel.
§ 6º As condições do rodízio tratado nos §§ 3º e 4º deste artigo devem estar
reguladas de forma pormenorizada nas NGA/U.
Art. 211. A guarda do quartel tem por principais finalidades:
I - manter a segurança do quartel;
II - manter os presos e detidos nos locais determinados, não permitindo que os
primeiros saiam das prisões, nem os últimos do quartel, salvo mediante ordem de
autoridade competente;
17
III - impedir a saída de praças que não estejam convenientemente fardadas,
somente permitindo a sua saída em trajes civis quando portadoras de competente
autorização e, neste caso, convenientemente trajadas;
IV - somente permitir a saída de praças, durante o expediente e nas situações
extraordinárias, mediante ordem ou licença especial e apenas pelos locais
estabelecidos;
V - não permitir a entrada de bebidas alcoólicas, inflamáveis, explosivos e outros
artigos proibidos pelo Cmt U, exceto os que constituírem suprimento para a unidade;
VI - não permitir aglomerações nas proximidades das prisões nem nas imediações
do corpo da guarda e dos postos de serviço;
VII - impedir a saída de animais, viaturas ou material sem ordem da autoridade
competente, bem como exigir o cumprimento das prescrições relativas à saída de
viaturas;
VIII - impedir a entrada de força não pertencente à unidade, sem conhecimento e
ordem do Of Dia, devendo, à noite, reconhecer à distância aquela que se aproximar
do quartel;
IX - impedir que os presos se comuniquem com outras praças da unidade ou
pessoas estranhas, sem autorização do Of Dia;
X - dar conhecimento imediato ao Of Dia sobre a entrada, no aquartelamento, de
oficial estranho à unidade;
XI - levar à presença do Adj as praças de outras OM que pretendam entrar no
quartel;
XII - impedir a entrada de civis estranhos ao serviço da unidade sem prévio
conhecimento e autorização do Of Dia;
XIII - apenas permitir a entrada de civis, empregados na unidade, mediante a
apresentação do cartão de identidade em vigor, fornecido pelo SCmt U;
XIV - só permitir a entrada de qualquer viatura à noite, depois de reconhecida à
distância, quando necessário;
XV - fornecer escolta para os presos que devam ser acompanhados no interior do
quartel;
XVI - relacionar as praças da unidade que se recolherem ao quartel depois de
fechado o portão principal;
XVII - permitir a saída das praças, após a revista do recolher, somente das que
estejam autorizadas pelo Of Dia; e
18
XVIII - prestar as continências regulamentares.
Parágrafo único. Na execução dos serviços que lhes cabem, as guardas são regidas
pelas disposições regulamentares vigentes relativas ao assunto e instruções
especiais do Cmt U.
Art. 212. No corpo da guarda é proibida a permanência de civis ou de praças
estranhas à guarda do quartel.
Art. 213. No corpo da guarda devem ser afixados quadros contendo relações de
material carga distribuído, os deveres gerais do pessoal da guarda e as ordens
particulares do Cmt U.
Art. 214. Os postos de sentinela, especialmente o da sentinela das armas e os das
prisões, são ligados ao corpo da guarda por meio de campainha elétrica ou outros
meios de comunicação.

Seção VII
Do Comandante da Guarda

Art. 215. O Cmt Gd é o responsável pela execução de todas as ordens referentes ao


serviço da guarda e é subordinado, para esse efeito, diretamente ao Of Dia.
Art. 216. Ao Cmt Gd incumbe:
I - formar a guarda:
a) rapidamente, ao sinal de alarme dado pelas sentinelas, reconhecendo
imediatamente o motivo e agindo por iniciativa própria, se for o caso; e
b) à chegada e à saída do Cmt U, prestando-lhe as honras militares, respeitado o
prescrito no R-2 e as determinações daquela autoridade;
II - responder perante o Of Dia pelos asseio, ordem e disciplina no corpo da guarda;
III - conferir, ao assumir o serviço, o material distribuído ao corpo da guarda e
constante do quadro nele afixado, dando parte, imediatamente, ao Of Dia das faltas
e dos estragos verificados;
IV - cumprir e fazer cumprir, por todas as praças da guarda, os deveres
correspondentes;
V - velar pela fiel execução do serviço, de conformidade com as ordens e instruções
em vigor;
VI - confeccionar o roteiro do pessoal de serviço da guarda, sob a supervisão do Of
Dia e seu Adj;
19
VII - organizar e controlar o rodízio de descanso dos soldados da guarda;
VIII - verificar, ao assumir o serviço, se todas as praças presas encontram-se nos
lugares determinados;
IX - examinar, cuidadosamente, as condições de segurança das prisões, em
especial o tocante aos presos condenados ou sujeitos a processo no foro militar ou
civil;
X - dar conhecimento às praças da guarda das ordens e disposições regulamentares
relativas ao serviço e, especialmente, das ordens e instruções particulares a cada
posto, relembrando-lhes as normas de segurança;
XI - passar em revista o pessoal da guarda, constantemente;
XII - somente abrir as prisões, durante o dia, mediante ordem do Of Dia e, à noite,
somente com a presença deste;
XIII - quando abrir as prisões, formar a guarda em torno dos respectivos portões;
XIV - exigir dos presos compostura compatível com a finalidade moral da punição,
não permitindo diversões coletivas ou individuais ruidosas;
XV - passar em revista, tanto a guarda como os presos, na mesma hora em que esta
é passada nas SU, sem prejuízo de outras que julgue conveniente;
XVI - verificar, freqüentemente, se as sentinelas têm pleno conhecimento das ordens
particulares relativas aos seus postos;
XVII - fechar os portões do quartel às dezoito horas, ou em horário determinado pelo
Cmt U, deixando aberta, apenas, a passagem individual do portão principal;
XVIII - conservar em seu poder, durante o dia, as chaves das prisões e das
diferentes entradas do quartel, entregando-as ao Of Dia às vinte e uma horas, com
exceção das chaves do portão principal;
XIX - dar imediato conhecimento ao Of Dia de qualquer ocorrência extraordinária
havida na guarda, mesmo que tenha providenciado a respeito;
XX - entregar ao Of Dia, logo depois de substituído no serviço, a parte da guarda,
nela fazendo constar a relação nominal das praças da guarda, os roteiros das
sentinelas e rondas, as ocorrências havidas durante o serviço e a situação do
material do corpo da guarda;
XXI - anexar à parte da guarda uma relação:
a) das praças que entraram no quartel após a revista do recolher, mencionando a
hora de entrada; e

20
b) das saídas e entradas de viaturas civis ou militares, indicando o horário em que
ocorreram, bem como os respectivos motivos;
XXII - levar ao conhecimento do Of Dia a presença, no quartel, de qualquer m ilitar
estranho à unidade, bem como a dos oficiais e praças da própria unidade que, aí
não residindo, nela entrarem depois do toque de silêncio ou de encerramento do
expediente;
XXIII - estar a par da entrada, permanência e saída de quaisquer pessoas estranhas
à unidade, cientificando o Adj e o Of Dia a respeito;
XXIV - somente permitir que as praças saiam do quartel nos horários previstos ou
quando munidas de competente autorização, verificando se estão corretamente
fardadas;
XXV - só permitir que as praças saiam do quartel em trajes civis, quando autorizadas
e bem trajadas;
XXVI - revistar as viaturas estranhas, militares e civis, à entrada e à saída do quartel;
e
XXVII - somente afastar-se do corpo da guarda autorizado pelo Of Dia ou por motivo
de serviço, coordenando, nesses casos, as ações com o Cb Gd.

MANUAL DE CAMPANHA (10.308), 4ª ed. 2019 - ORDEM UNIDA

1.6 ORDEM UNIDA E CHEFIA

1.6.1 A execução da Ordem Unida constitui um dos meios mais eficientes para se
alcançar aquilo que consubstancia o exercício da chefia e liderança: a interação
necessária entre o comandante e os seus subordinados. A Ordem Unida é a forma
mais elementar de iniciação do militar na prática do comando, desenvolvendo as
qualidades do líder. Ao comandar um grupo de militares deslocando-se, o
comandante desenvolve a autoconfiança, ao mesmo tempo em que adquire
consciência da responsabilidade sobre aqueles que atendem aos comandos. Os
exercícios de Ordem Unida despertam no comandante o apreço às ações bem
executadas, o exame dos pormenores e, ainda, o desenvolvimento da capacidade
de observar e de estimular a tropa.
21
1.6.2 Por intermédio da Ordem Unida, a tropa evidencia, claramente, quatro índices
de eficiência: moral, disciplina, espírito de corpo e proficiência.
1.6.2.1 Moral - pela superação das dificuldades e determinação em atender aos
comandos, apesar da necessidade de esforço físico.
1.6.2.2 Disciplina - pela presteza e atenção com que obedece aos comandos.
1.6.2.3 Espírito de corpo - pela boa apresentação coletiva e pela uniformidade na
prática de exercícios que exigem execução coletiva.
1.6.2.4 Proficiência - pela manutenção da exatidão na execução.
1.6.3 A Ordem Unida é uma atividade de instrução militar ligada, indissoluvelmente,
à prática da chefia e liderança e à criação de reflexos de disciplina.

1.8 COMANDOS E MEIOS DE COMANDO


1.8.1 Na Ordem Unida, para transmitir sua vontade à tropa, o comandante pode
empregar a voz, o gesto, a corneta (ou clarim) e/ou apito.
1.8.1.1 Vozes de comando - são formas padronizadas, pelas quais o comandante de
uma fração exprime, verbalmente, a ordem. A voz constitui o meio de comando mais
empregado na Ordem Unida. Deve ser usada, sempre que possível, pois permite
execução simultânea e imediata.
1.8.1.1.1 As vozes de comando constam, geralmente, da voz de advertência,
comando propriamente dito e da voz de execução.
a) A voz de advertência é um alerta que se dá à tropa, prevenindo-a para o comando
que será enunciado. Exemplos: “PRIMEIRO PELOTÃO!” ou “ESCOLA!” ou
“ESQUADRÃO!”.
1) A voz de advertência pode ser omitida, quando se enuncia uma sequência de
comandos. Exemplo: “PRIMEIRA COMPANHIA! - SENTIDO! OMBRO ARMA! -
APRESENTAR-ARMA! - OLHAR À DIREITA! - OLHAR FRENTE!”.
2) Não há, portanto, necessidade de repetir-se a voz de advertência antes de cada
comando.
b) O comando propriamente dito tem por finalidade indicar o movimento a ser
realizado pelos executantes. Exemplos: “DIREITA!”, “ORDINÁRIO!”, “PELA
ESQUERDA!”, “ACELERADO!”, “CINCO PASSOS EM FRENTE!”.
1) Às vezes, o comando propriamente dito impõe a realização de certos
movimentos, que devem ser executados pelos militares antes da voz de execução.

22
Exemplo: (tropa armada, na posição de “Sentido”) “ESCOLA! DIREITA (os militares
executam o movimento de “Arma Suspensa”),VOLVER!”.
2) A palavra “DIREITA” é um comando propriamente dito e comporta-se, neste caso,
como uma voz de execução, para o movimento de “Arma Suspensa”.
3) Torna-se, então, necessário que o comandante enuncie estes comandos de
maneira enérgica, definindo com exatidão o momento do movimento preparatório e
dando aos militares o tempo suficiente para realizarem o movimento, ficando em
condições de receberem a voz de execução.
4) O comando propriamente dito, em princípio, deve ser longo e pronunciado
pausadamente. Este cuidado é importante em comandos propriamente ditos que
correspondem à execução de movimentos preparatórios, como foi citado acima.
c) A voz de execução tem por finalidade determinar o exato momento em que o
movimento deve começar ou cessar.
1) A voz de execução deve ser curta, viva, enérgica e segura. Tem que ser mais
breve que o comando propriamente dito e mais incisiva.
2) Quando a voz de execução for constituída por uma palavra oxítona (que tem a
tônica na última sílaba), é aconselhável o alongamento na enunciação da(s)
sílaba(s) inicial(ais), seguido de uma enérgica emissão da sílaba final. Exemplos:
“PERFI-LAR!” - “CO-BRIR!” - “VOL-VER!” “DES-CAN-SAR!”.
3) Quando, porém, a tônica da voz de execução cair na penúltima sílaba, é
imprescindível destacar essa tonicidade com precisão. Nestes casos, a(s) sílaba(s)
final(ais) praticamente não se pronuncia(m). Exemplos: “MAR-CHE!”, “AL-TO!”, “EM
FREN-TE!”, “ORDI-NÁ-RIO”, “AR-MA!”, “PAS-SO!”.
1.8.1.1.2 As vozes de comando são claras, enérgicas e de intensidade proporcional
ao efetivo dos executantes.
1.8.1.1.3 O comandante emite as vozes de comando na posição de Sentido, com a
frente voltada para a tropa, de um local em que possa ser ouvido e visto por todos
os militares.
1.8.1.1.4 Nos desfiles, o comandante dará as vozes de comando com a face voltada
para o lado oposto àquele em que estiver a autoridade (ou o símbolo) a quem será
prestada a continência.
1.8.1.1.5 Quando o comando for direcionado para toda a tropa, os comandantes
subordinados não o repetirão para suas frações. Caso contrário, repetirão o
comando ou, se necessário, emitirão comandos complementares para as mesmas.
23
1.8.1.1.6 As vozes de comando devem ser rigorosamente padronizadas, para que a
execução seja sempre uniforme. Para isso, é necessário que os instrutores de
Ordem Unida pratiquem individualmente, antes de comandarem uma tropa.
1.8.1.2 Comandos por gestos - os comandos por gestos substituirão as vozes de
comando quando a distância, o ruído ou qualquer outra circunstância não permitir
que o comandante se faça ouvir. Os comandos por gestos, para tropas Motorizadas
(Mtz), Mecanizadas (Mec) e Blindadas (Bld) são abordados no Capítulo V deste
manual. Os convencionados para tropa a pé, são os seguintes: (...)
1.8.1.3 Emprego da corneta (ou clarim) - os toques são empregados de acordo com
as normas em vigor no exército. Quando uma Escola atingir certo progresso na
instrução individual, são realizadas sessões curtas e frequentes de Ordem Unida,
com os comandos executados por meio de toques de corneta/clarim. Consegue-se,
assim, familiarizar os militares com os toques mais simples, de emprego usual. O
militar deve conhecer os toques correspondentes às diversas posições, aos
movimentos das armas e os necessários aos deslocamentos.
1.8.1.4 Emprego do apito - os comandos por meio de apitos são dados mediante o
emprego de silvos longos e curtos. Os silvos longos são dados como advertência e
os curtos como execução.
1.8.1.4.1 Precedendo os comandos, os militares são alertados sobre quais os
movimentos e posições que serão executados.
1.8.1.4.2 Para cada movimento ou posição, é dado um silvo longo, como
advertência, e um ou mais silvos breves, conforme seja a execução a comando ou
por tempos. Exemplo: Ombro-Arma - para a execução deste movimento, o instrutor
dará um silvo longo, como advertência, e um silvo breve, para a execução a
comando, ou quatro silvos breves, para a execução por tempos.
1.8.1.4.3 Os comandos mais comuns por intermédio de apito são:
a) Atenção - estando a fração fora de forma, a um silvo longo, todos se voltam para
o comandante à espera de seu gesto, voz de comando, ordem ou outro sinal.
Estando em forma, à vontade, a um silvo longo, os militares retomarão a posição de
Descansar;
b) Apressar o passo (acelerado) - silvos curtos repetidos, utilizados durante os
exercícios de vivacidade, entrada em forma e outras situações em que o militar deva
atender a um chamado com presteza; e

24
c) Sem cadência e passo de estrada - para a execução destes movimentos, durante
a realização de marchas a pé, podem ser utilizados comandos por apitos.

1.10 MÉTODOS E PROCESSOS DE INSTRUÇÃO

1.10.1 Os exercícios de Ordem Unida são executados de modo uniforme, buscando-


se habilidade, automatismo e padrões individuais e coletivos na execução de
determinados movimentos de emprego frequente, bem como, o desenvolvimento e a
manutenção da disciplina e da atitude militar. Cada militar deve exercer,
continuamente, durante os exercícios, a autocrítica e a avaliação crítica do
desempenho do grupo.
1.10.2 A instrução da Ordem Unida deve ser orientada como se segue:
a) o ensino da Ordem Unida para o militar inexperiente será, inicialmente,
individualizado. O militar, tendo compreendido o fim a atingir em cada movimento,
procura alcançá-lo, sempre auxiliado pelo instrutor ou monitor;
b) a instrução coletiva só é iniciada após o militar ter conseguido desembaraço na
execução individual dos movimentos;
c) as sessões coletivas devem ser encerradas com exercícios no âmbito das
subunidades, para obtenção de uniformidade e padronização;
d) a instrução tem desenvolvimento gradual, isto é, começa pelas partes mais
simples, atingindo, progressivamente, as mais difíceis; e
e) os exercícios são metódicos, precisos, frequentes e ministrados em sessões de
curta duração. Assim conduzidos, tornam-se de grande valor para o
desenvolvimento do autocontrole e do espírito de coesão. É um grande erro realizar
sessões de Ordem Unida de longa duração.
1.10.3 O rendimento da instrução de Ordem Unida está diretamente ligado à
motivação dos participantes. O instrutor deve estar consciente de que a Ordem
Unida bem ministrada diminui a insegurança, a timidez e a falta de desenvoltura no
instruendo, conseguindo deste, reflexos de obediência e espírito de corpo.
1.10.4 Na escolha do local para instrução de Ordem Unida, o instrutor deve evitar
lugares em que há exposição a ruídos, que, além de distrair a atenção do
instruendo, dificultam o entendimento dos comandos de voz. Enquadram-se, neste

25
caso, as proximidades de estacionamentos, estandes de tiro, banda de música e
quadra de desportos.
1.10.5 A instrução de Ordem Unida deve ser ministrada segundo os processos
descritos a seguir: reunir para a instrução, instrução individual sem comando,
instrução individual mediante comando ou comando em conjunto.

(Rcont) REGULAMENTO DE CONTINÊNCIAS, HONRAS, SINAIS DE RESPEITO


E CERIMONIAL MILITAR DAS FORÇAS ARMADAS, 2009. (R-2)

Seção VI
Da Continência da Guarda

Art. 70. A guarda formada presta continência:


I - aos símbolos, às autoridades e à tropa formada, referidos nos incisos I a X, XII e
XIII do art. 15 deste Regulamento;
II - aos Almirantes-de-Esquadra, Generais-de-Exército e Tenentes-Brigadeiros, nas
sedes dos Comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, respectivamente;
III - aos oficiais-generais, nas sedes de Comando, Chefia ou Direção privativos dos
postos de oficial-general;
IV - aos oficiais-generais, aos oficiais superiores e ao comandante, chefe ou diretor,
qualquer que seja o seu posto, nas Organizações Militares;
V - aos oficiais-generais e aos oficiais superiores das Forças Armadas das Nações
Estrangeiras, quando uniformizados, nas condições estabelecidas nos incisos I a IV
deste artigo; e
VI - à guarda que venha rendê-la.
§ 1º As normas para a prestação de continência, pela guarda f ormada, a oficiais de
qualquer posto, serão reguladas pelo Cerimonial de cada Força.
§ 2º A continência é prestada por ocasião da entrada e saída da autoridade.
Art. 71. Para a continência à Bandeira Nacional e ao Presidente da República, a
guarda forma na parte externa do edifício, à esquerda da sentinela do portão das
armas (sentinela da entrada principal), caso o local permita, o corneteiro da guarda
ou de serviço dá o sinal correspondente (“Bandeira” ou “Presidente da República”), e
o Comandante da guarda procede como estabelecido no inciso III do art. 53 deste
Regulamento.
26
Art. 72. A guarda forma para prestar continência a tropa de efetivo igual ou superior
a subunidade, sem Bandeira, que saia ou regresse ao quartel.
Art. 73. Quando em uma Organização Militar entra ou sai seu comandante, chefe ou
diretor, acompanhado de oficiais, a continência da guarda formada é prestada
apenas ao oficial de maior posto, ou ao comandante, se de posto igual ou superior
ao dos que o acompanham.
Parágrafo único. A autoridade a quem é prestada a continência destaca-se das
demais para corresponder à continência da guarda; os acompanhantes fazem a
continência individual, voltados para aquela autoridade.
Art. 74. Quando a continência da guarda é acompanhada do Hino Nacional ou da
marcha batida, os militares presentes voltam à frente para a autoridade, ou à
Bandeira, a que se presta a continência, fazendo a continência individual no início do
Hino Nacional ou marcha batida e desfazendo-a ao término.
Art. 75. Uma vez presente, em uma Organização Militar, autoridade cuja insígnia
esteja hasteada no mastro principal, apenas o comandante, diretor ou chefe da
organização e os que forem hierarquicamente superiores à referida autoridade têm
direito à continência da guarda formada.

Seção II
Das Honras Fúnebres

Art. 124. Honras Fúnebres são homenagens póstumas prestadas diretamente pela
tropa aos despojos mortais de uma alta autoridade ou de um militar da ativa, de
acordo com a posição hierárquica que ocupava e consistem de:
I - Guarda Fúnebre;
II - Escolta Fúnebre; e
III - Salvas Fúnebres.
§ 1º As Honras Fúnebres são prestadas aos restos mortais:
I - do Presidente da República;
II - do Ministro de Estado da Defesa;
III - dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica; e
IV - dos Militares das Forças Armadas.
§ 2º Excepcionalmente, por determinação do Presidente da República, do Ministro
de Estado da Defesa ou do Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica,
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são prestadas Honras Fúnebres aos despojos mortais de Presidente do Congresso
Nacional, Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente do Supremo Tribunal
Federal, Ministro de Estado ou Secretário Especial da Presidência da República
equiparado a Ministro de Estado, assim como o seu transporte, em viatura especial,
acompanhada por tropa.
§ 3º Excepcionalmente, por determinação do Presidente da República, do Ministro
de Estado da Defesa, do Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica,
ou de outra autoridade militar, são prestadas Honras Fúnebres aos despojos mortais
de Chefes de Missão Diplomática estrangeira falecidos no Brasil, ou de insigne
personalidade, assim como o seu transporte, em viatura especial, acompanhada por
tropa.
§ 4º As Honras Fúnebres prestadas a Chefes de Missão Diplomática estrangeira ou
às autoridades mencionadas no § 1º deste artigo seguem as mesmas determinação
estabelecidas para os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
Art. 125. As Honras Fúnebres a militares da ativa são, em princípio, prestadas por
tropa da Força Armada a que pertencia o extinto.
§ 1º Quando na localidade em que se efetuar a cerimônia não houver tropa dessa
Força, as Honras Fúnebres podem ser prestadas por tropa de outra Força, após
entendimentos entre seus Comandantes.
§ 2º O féretro de comandante de Estabelecimento de Ensino é acompanhado por
tropa armada constituída por alunos desse estabelecimento.
Art. 126. O ataúde, depois de fechado, até o início do ato de inumação, será coberto
com a Bandeira Nacional, ficando a tralha no lado da cabeceira do ataúde e a
estrela isolada (ESPIGA) à direita.
§ 1º Para tal procedimento, quando necessário, deverá a Bandeira Nacional ser
fixada ao ataúde para evitar que esvoace durante os deslocamentos do cortejo.
§ 2º Antes do sepultamento, deverá a Bandeira Nacional ser dobrada, sob comando,
na forma do Anexo II a esta Portaria Normativa.
Art. 127. Ao descer o corpo à sepultura, com corneteiro ou clarim postado junto ao
túmulo, é dado o toque de silêncio.
Art. 128. As Honras Fúnebres a militares da reserva ou reformados constam de
comissões previamente designadas por autoridade competente.
Art. 129. As Honras Fúnebres não são prestadas:

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I - quando o extinto com direito às homenagens as houver dispensado em vida ou
quando essa dispensa parte da própria família;
II - nos dias de Festa Nacional;
III - no caso de perturbação da ordem pública;
IV - quando a tropa estiver de prontidão; e
V - quando a comunicação do falecimento chegar tardiamente.

Subseção I
Das Guardas Fúnebres

Art. 130. Guarda Fúnebre é a tropa armada especialmente postada para render
honras aos despojos mortais de militares da ativa e de altas autoridades civis.
Parágrafo único. A Guarda Fúnebre toma apenas a posição de “Sentido” para a
continência às autoridades de posto superior ao do seu comandante.
Art. 131. A Guarda Fúnebre posta-se no trajeto a ser percorrido pelo féretro, de
preferência na vizinhança da casa mortuária ou da necrópole, com a sua direita
voltada para o lado de onde virá o cortejo e em local que, prestando-se à formatura
e à execução das salvas, não interrompa o trânsito público.
Art. 132. A Guarda Fúnebre, quando tiver a sua direita alcançada pelo féretro, dá
três descargas, executando em seguida “Apresentar Arma”; durante a continência,
os corneteiros ou clarins e tambores tocam uma composição grave ou, se houver
banda de música, esta executa uma marcha fúnebre.
§ 1º Se o efetivo da Guarda Fúnebre for de um batalhão ou equivalente, as
descargas de fuzil são dadas somente pela subunidade da direita, para isso
designada.
§ 2º Se o efetivo da Guarda Fúnebre for igual ou superior a uma companhia ou
equivalente, conduz Bandeira Nacional e tem banda de música ou clarins.
Art. 133. A Guarda Fúnebre é assim constituída:
I - para o Presidente de República:
a) por toda a tropa disponível das Forças Armadas, que forma em alas, exceto a
destinada a fazer as descargas fúnebres; e
b) a Guarda da Câmara Ardente é formada por Aspirantes da Marinha e Cadetes do
Exército e da Aeronáutica, os quais constituem, para cada Escola, um posto de
sentinela dupla junto à urna funerária;
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II - para o Ministro de Estado da Defesa:
a) por um destacamento composto de um ou mais batalhões ou equivalentes de
cada Força Armada, cabendo o comando à Força a que pertence o Chefe do
Estado-Maior de Defesa; e
b) a Guarda da Câmara Ardente é formada por Aspirantes da Marinha e Cadetes do
Exército e da Aeronáutica;
III - para os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica:
a) por um destacamento composto de um ou mais batalhões ou equivalentes de
cada Força Armada, cabendo o comando à Força a que pertencia o falecido;
e
b) a Guarda da Câmara Ardente é formada por Aspirantes ou Cadetes
pertencentes à Força Singular da qual fazia parte o extinto;
c) IV - para os oficiais-generais: por tropa com o efetivo de um batalhão de
infantaria, ou equivalente, de sua Força;
d) V - para os oficiais superiores: por tropa com o efetivo de duas companhias
de infantaria, ou equivalente, de sua Força;
e) VI - para os oficiais intermediários: por tropa com o efetivo de companhia de
infantaria, ou equivalente, de sua Força;
f) VII - para oficiais subalternos: por tropa com o efetivo de um pelotão de
fuzileiros, ou equivalente, de sua Força;
g) VIII - para Aspirantes, Cadetes e alunos do Colégio Naval e Escolas
Preparatórias ou equivalentes: por tropa com o efetivo de dois grupos de
combate, ou equivalente, da respectiva Força;
h) IX - para Subtenentes, Suboficiais e Sargentos: por tropa com o efetivo de um
grupo de combate, ou equivalente, da respectiva Força; e
i) X - para Cabos, Marinheiros e Soldados: por tropa com o efetivo de uma
esquadra de fuzileiros de grupo de combate, ou equivalente, da respectiva
Força.
§ 1º As sentinelas de câmaras ardentes, enquanto ali estiverem, mantêm o fuzil
na posição de “Em Funeral Arma” e ladeiam o ataúde, ficando de um mesmo
lado face a face.
§ 2º Quando, pela localização da necrópole, a Guarda Fúnebre vier causar
grandes transtornos à vida da comunidade, ou quando a premência de tempo
não permitir um planejamento e execução compatíveis, a critério de comandante
30
militar da área, ou por determinação superior, ela pode ser substituída por tropa
postada em alas, de valor não superior a uma companhia, no interior da
necrópole e por grupo de combate nas proximidades da sepultura, que realiza as
descargas de fuzil previstas no art. 132 deste Regulamento.
§ 3º As Honras Fúnebres são determinadas pelo Presidente da República, pelo
Ministro de Estado da Defesa, pelo Comandante da Marinha, do Exército ou da
Aeronáutica, pelo Comandante de Distrito Naval, de Comando Naval, de
Comando Militar de Área, de Comando Aéreo Regional, de Navio, de Guarnição
ou de Corpo de Tropa, tal seja o comando da unidade ou navio a que pertencia o
extinto.
§ 4º Nos casos previstos nos §§ 2º e 3º do art. 124 deste Regulamento, caberá à
autoridade que determinar as Honras Fúnebres definir que Força Armada as
comandará e formará a Guarda da Câmara Ardente.

SEPARATA Nº 39/2015/PORTARIA Nº 1.353, de 24 de setembro de 2015.


(Regulamento de Continências, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial Militar
das Forças Armadas (EB10-IG-12.001), 3ª Edição, 2015. (R-2)

CAPÍTULO V
DA CONTINÊNCIA DA GUARDA

Art. 18. A guarda formada prestará continência aos símbolos, às autoridades e à


tropa formada, mencionados no artigo 70 da Portaria Normativa nº 660-MD, alterada
pela Portaria Normativa nº 849-MD.
§ 1º A guarda não formará no período compreendido entre o arriar da Bandeira
Nacional e o toque de alvorada do dia seguinte, exceto para prestar continência à
Bandeira Nacional, ao Hino Nacional, ao Presidente da República, às bandeiras e
hinos de outras nações e à tropa formada, quando comandada por oficial.
§ 2º Estando presente em uma OM o seu comandante, a guarda só formará para
prestar continência a oficial de posto superior ao desta autoridade.
Art. 19. A continência da guarda para autoridade inspecionadora ou visitante será
executada da seguinte forma: o Comandante da Guarda toma a posição de sentido,
executa ombro-arma e comanda: “GUARDA, SENTIDO!, OMBRO-ARMA!”; o
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corneteiro ou clarim tocará o indicativo do posto e função da autoridade; e caso a
autoridade seja oficial-general, após o toque indicativo do posto e função, o
Comandante da Guarda comandará á voz: “APRESENTAR-ARMA!, OLHAR A
DIREITA!” e executará os movimentos conjuntamente com sua guarda, sendo então
executado o exórdio.
Art. 20. Quando da saída de autoridade superior ao comandante da OM, este deverá
posicionar-se dentro do quartel, à esquerda e um passo à retaguarda do local onde
a autoridade receberá a continência da guarda, acompanhando-a por ocasião da
revista.
Parágrafo único. Procedimento análogo será seguido quando a autoridade superior
chegar a uma OM, já acompanhada do seu comandante, cabendo ao oficial de dia
recepcioná-la no interior do aquartelamento, permanecendo o comandante da OM
junto da autoridade.

CAPÍTULO XI
DA BANDEIRA NACIONAL

Art. 47. A Bandeira Nacional será hasteada diariamente, normalmente às 0800h, no


mastro principal da OM, com formatura que conte com o maior número possível de
militares de serviço e terá a seguinte sequência:
I - toques de “sentido”, “ombro-arma” e “bandeira-avançar”, dados ao comando do
oficial de dia;
II - recepção da Bandeira Nacional, que será dobrada e conduzida sobre ambos os
braços à frente do corpo, pelo sargento adjunto, ladeado por outros dois militares,
respeitosamente, em passo ordinário, até o mastro principal;
III - fixação da Bandeira Nacional nas adriças;
IV - execução do toque de “em continência à Bandeira, apresentar-arma”, dado ao
comando do oficial de dia;
V - hasteamento da Bandeira Nacional pelo sargento adjunto, aos acordes da
Marcha Batida ou, se houver banda de música, do Hino Nacional;
VI - execução da continência individual, ao início dos acordes, pelos militares que
estiverem fora de forma, independentemente de comando;

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VII - acompanhamento do hasteamento, com o olhar fixo no símbolo da Pátria, por
todos os militares presentes;
VIII - desfazimento da continência individual, ao término do hasteamento, pelos
militares que estiverem fora de forma, independentemente de comando;
IX - execução do toque de “ombro-arma”, dado ao comando do oficial de dia, após o
término do hasteamento; e
X - liberação dos participantes, que seguirão destino, em passo ordinário, mediante
ordem do oficial de dia.
§ 1º Nos corpos de tropa, pelo menos uma vez por semana, a cerimônia do
hasteamento diário da Bandeira Nacional deverá coincidir com a formatura geral da
OM.
§ 2º Quando for hasteada em solenidade, a Bandeira Nacional poderá ser
previamente afixada nas adriças, quando da tomada do dispositivo, antecedendo ao
início da solenidade.
Art. 48. Para a arriação diária da Bandeira Nacional, normalmente às 1800h, idêntica
cerimônia deverá ser observada, sendo admissível o comparecimento de apenas
uma parte do pessoal de serviço.
Parágrafo único. Terminada a arriação, a Bandeira Nacional será retirada das
adriças, dobrada e transportada sobre ambos os braços à frente do corpo, pelo
sargento adjunto, ladeado por outros dois militares, respeitosamente, em passo
ordinário, até o local em que será guardada.
Art. 49. A cerimônia para o culto à Bandeira Nacional, realizada no dia 19 de
novembro, constará dos atos prescritos pela seção II do capítulo III do título IV da
Portaria Normativa nº 660-MD, alterada pela Portaria Normativa nº 849-MD,
obedecidos os dispositivos constantes das figuras 2 e 3 do anexo único a estas IG,
com as adaptações necessárias devido ao local ou inexistência de banda de música,
e ocorrerá de acordo com a seguinte sequência:
I - hasteamento da Bandeira Nacional pelo comandante da OM;
II - incineração da Bandeira Nacional e o canto do Hino à Bandeira:
a) tomada do dispositivo pela tropa, conforme a figura 3 do anexo único a estas IG;
b) incineração das Bandeiras, se for o caso;
c) canto do Hino à Bandeira, conduzido pelo regente da banda de música, com toda
a tropa na posição de sentido e armas descansadas, realizado ao final da
incineração; e
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d) tomada do dispositivo para o desfile em continência à Bandeira Nacional.
III - desfile em continência à Bandeira Nacional; e
IV - a solenidade poderá ser conduzida em logradouro público com a presença da
comunidade.
Parágrafo único. A Bandeira Nacional será hasteada às 1200h, de acordo com o que
prescreve o § 2º do artigo 152 da Portaria Normativa nº 660-MD, alterada pela
Portaria Normativa nº 849- MD.
Art. 50. Nos atos solenes de incorporação e desincorporação, a aproximação e a
retirada da Bandeira Nacional do local em que deva receber a continência da tropa
serão executadas, com o acompanhamento do refrão previsto, no dispositivo
constante da figura 4 do anexo único a estas IG, conforme as normas da seção IV
do capítulo III do título IV da Portaria Normativa nº 660-MD, alterada pela Portaria
Normativa nº 849-MD e as prescrições seguintes, com as adaptações necessárias:
I - por ocasião da aproximação:
a) a Bandeira Nacional deverá ser retirada do relicário pelo porta-bandeira e
conduzida até uma posição de espera, à frente e à direita da tropa, onde se encontra
a sua guarda, entrando em forma no local previsto;
b) durante a execução da Alvorada de Lo Schiavo, a guarda-bandeira permanecerá
imóvel, em ombro-arma, ainda na posição de espera;
c) ao iniciar a Canção do Expedicionário, a guarda-bandeira marcará passo;
d) após uma ligeira interrupção na execução da Canção do Expedicionário, seguida
de um solo de pratos, haverá uma forte batida de bombo, sinal convencional para a
guarda-bandeira seguir em frente, na cadência oficial de 100 passos por minuto;
e) a banda continuará executando a Canção do Expedicionário e, nos dois últimos
compassos, haverá uma ponte modulante que conduzirá ao Hino à Bandeira, onde
terá início a coda do refrão; e
f) ao atingir a posição em que deverá ser prestada a continência à Bandeira
Nacional, a sua guarda deverá fazer conversão à esquerda, marcar passo, fazer alto
ao término do refrão, permanecendo na posição de ombro-arma;
II - por ocasião da retirada:
a) terminada a continência à Bandeira Nacional, sua guarda permanecerá em
ombro-arma, à frente da tropa, durante a execução da Alvorada de Lo Schiavo;
b) ao iniciar a Canção do Expedicionário, a guarda-bandeira marcará passo e fará
conversão à esquerda;
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c) após uma ligeira interrupção na execução da Canção do Expedicionário, seguida
de um solo de pratos, haverá uma forte batida de bombo, sinal convencional para a
guarda-bandeira seguir em frente, na cadência oficial de 100 passos por minuto;
d) a banda continuará executando a Canção do Expedicionário e, nos dois últimos
compassos, haverá uma ponte modulante que conduzirá ao Hino à Bandeira, onde
terá início a coda do refrão;
e) ao atingir a posição em que a Bandeira Nacional deverá deixar a sua guarda, esta
marcará passo e fará alto ao término do refrão, permanecendo na posição de
ombro-arma; e
f) o porta-bandeira sairá de forma e conduzirá a Bandeira Nacional de volta ao seu
relicário.
Parágrafo único. Nas OM que não dispuserem de banda de música, a execução
musical para os atos de incorporação e de retirada poderá ser feita com sonorização
gravada.
Art. 51. Por ocasião da continência, a pé firme ou em marcha, ao desfraldar a
Bandeira Nacional, o porta-bandeira empunhará apenas a lança, deixando o pano
completamente solto.

CAPÍTULO XVII
DAS HONRAS FÚNEBRES E DAS COMISSÕES DE PÊSAMES

Art. 99. Para fins de aplicação do artigo 128 da Portaria Normativa nº 660-MD,
alterada pela Portaria Normativa nº 849-MD, as honras fúnebres a militares da
reserva remunerada ou reformados constarão do acompanhamento do féretro por
comissões de pêsames, integradas, no mínimo, por três militares da ativa,
determinada pelo comandante militar de área (no caso do falecido ser oficial-
general) ou da guarnição, após tomar conhecimento do óbito e com a anuência dos
familiares.
§ 1º Quando o sepultamento for realizado em localidade não integrante de guarnição
militar, a comissão será organizada, conforme o caso, pelo comandante militar de
área ou pelo comandante de guarnição onde tiver ocorrido o falecimento, devendo,
apenas, apresentar condolências à família.
§ 2º Por ocasião do sepultamento, aos militares que tenham integrado o Alto
Comando do Exército ou exercido cargo de Ministro de Estado, as homenagens
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póstumas constarão ainda da cobertura do ataúde com a Bandeira Nacional e do
toque de silêncio ao descer o corpo à sepultura, executado por corneteiro ou clarim
postado junto ao túmulo.
§ 3º Os casos especiais serão resolvidos pelo comandante militar de área.
Art. 100. As seguintes medidas devem ser tomadas nos dias de Luto Nacional e no
dia de Finados (dia 2 de novembro):
I - a Bandeira Nacional é mantida a meio mastro:
a) por ocasião do hasteamento, a Bandeira Nacional é conduzida ao topo do mastro,
descendo em seguida até a posição a meio mastro; e
b) no momento da arriação, a Bandeira Nacional sobe ao topo do mastro, sendo em
seguida arriada;
II - os símbolos e as insígnias de comando permanecem também a meio mastro;
III - as bandas de música permanecem em silêncio, exceto para marcação de
cadência por tarol e bombo;
IV - o corneteiro realiza todos os toques previstos, inclusive a marcha batida;
V - a Bandeira Nacional, transportada por tropa, tem como sinal de luto um laço de
crepe negro colocado na lança;
VI - a tropa não cantará hinos ou canções militares;
VII - não deverá ser executada salva de gala; e
VIII - a guarda de honra e a escolta de honra poderão ser realizadas, porém com as
restrições descritas anteriormente.

Sgt BM Gabriel-Instrutor

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