Você está na página 1de 33

O arrebatamento e a volta de Jesus

Aula 1

Os dois aspectos da volta do Senhor


Após o Senhor subir ao céu, os discípulos estavam contemplando o céu, e os anjos
disseram: “Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir.” (At.
1:11).
Como subiu Ele ao céu? Em duas etapas: A primeira parte foi do Monte das Oliveiras até
as nuvens e A segunda parte foi das nuvens até o trono.
A primeira parte foi visível, mas a segunda parte, das nuvens até ao trono, ninguém viu.
Essa é a parte invisível.
O Senhor voltará da mesma forma como Ele foi. Ele voltará em duas etapas. A primeira,
do trono até as nuvens; essa será a parte invisível. Depois, das nuvens até o Monte das Oliveiras,
todos O verão.
Na etapa invisível, Ele vem como um ladrão. O ladrão nunca dá um telefonema para avisar
quando vai assaltar a nossa casa. Por isso temos que ser vigilantes. Não sabemos quando o ladrão
vai chegar.
Os santos são o tesouro do Senhor. Então, quando Ele vier naquela primeira etapa, Ele vai
nos levar, vai como que nos “roubar”. Essa parte é oculta, ninguém verá. Não sabemos detalhes
dessa primeira etapa.
No entanto, sabemos quando Ele voltará na segunda etapa. II Tessalonicenses diz que,
antes daquele dia, o Anticristo vai surgir. Então, três anos e meio depois que o Anticristo vier, os
pés do Senhor estarão sobre o Monte das Oliveiras.
Dessa vez Ele vem como a luz de um relâmpago. Se você não vir a estrela da manhã, resta-
lhe ver o sol nascer. Isso significa passar pela Grande Tribulação.
Um crente jamais sofrerá o juízo que virá sobre o mundo, mas eles sofrerão a perseguição
do anticristo.
Em João 4, Jesus disse que os campos estão prontos para colheita. É tempo de ceifar e
senhor nos chama para sermos os ceifeiros para ajuntar os feixes de trigo.
Qual o segredo para sermos maduros? Somos o trigo que foi semeado neste mundo.
Sabemos que o trigo está maduro quando a espiga, o caule e as outras partes se encurvam. Isso
significa que o trigo está morto para o mundo, assim a sua raiz é facilmente arrancada da terra.
Os dois aspectos da volta do Senhor são, portanto, duas partes do processo da colheita.
Primeiro colhe-se o trigo que já está maduro, no final passa-se a foice para a seara.

1. O aspecto secreto
a. Cristo virá como ladrão
Ap. 3:3 e 16:15 falam que Cristo virá como ladrão. Quando o Senhor vier como ladrão ele
virá para buscar coisas preciosas, o seu tesouro precioso.
Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te.
Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de modo
algum em que hora virei contra ti. Ap. 3:3
(Eis que venho como vem o ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e
guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua
vergonha.) Ap. 16:15
Então, dois estarão no campo, um será tomado, e deixado o outro; duas
estarão trabalhando num moinho, uma será tomada, e deixada a outra.
Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor. Mas
considerai isto: se o pai de família soubesse a que hora viria o ladrão,
vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa. Por isso, ficai
também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do
Homem virá. Mt. 24:40 e 41

b. Em hora desconhecida
Nenhum ladrão diz de antemão a hora de sua chegada, por isso será em hora desconhecida.
Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te.
Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de modo
algum em que hora virei contra ti. Ap.3:3.
Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus,
nem o Filho, senão o Pai. Mt. 24:36
Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor. Mt.
24:42
Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora. Mt. 25:13

c. Para buscar os vencedores


Apocalipse 12:5 diz que o filho varão foi arrebatado até o trono de Deus. Nós veremos
mais adiante que esse filho varão são os crentes vencedores.
Nasceu-lhe, pois, um filho varão, que há de reger todas as nações com
cetro de ferro. E o seu filho foi arrebatado para Deus até ao seu trono. Ap.
12:5

d. Como recompensa para os crentes vigilantes


Apocalipse 2:28 diz que Ele virá como a estrela da manhã, mas Malaquias 4:2 fala que virá
como o sol. Se quiser ver a estrela da manhã você deve estar acordado bem cedo quando todos
estão dormindo. Mas com respeito ao sol não precisamos fazer coisa alguma.
Assim como também eu recebi de meu Pai, dar-lhe-ei ainda a estrela da
manhã. Ap. 2:28
Mas para vós outros que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça,
trazendo salvação nas suas asas; saireis e saltareis como bezerros soltos
da estrebaria. Ml. 4:2
“Acautelai-vos por vós mesmos, para que nunca vos suceda que o vosso
coração fique sobrecarregado com as conseqüências da orgia, da
embriaguez e das preocupações deste mundo, e para que aquele dia não
venha sobre vós repentinamente, como um laço. Pois há de sobrevir a
todos os que vivem sobre a face de toda a terra”. Lc. 21:34-35
Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor. Mas
considerai isto: se o pai de família soubesse a que hora viria o ladrão,
vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa. Por isso, ficai
também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do
Homem virá. Mt. 24:42-44

2. O aspecto às claras
a. Será visto por todas as tribos da terra
Não existe muita clareza se a terra mencionada em Apocalipse 1:7 se refere a todo o
planeta ou apenas a Israel. Baseados em Zacarias 12:10 é provável que se refira apenas a Israel.
Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até quantos o
traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele.
Certamente. Amém! Ap. 1:7
Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até no
ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do Homem.
Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos da
terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do
céu, com poder e muita glória. Mt. 24:27 e 30
E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o
espírito da graça e de súplicas; olharão para aquele a quem traspassaram;
pranteá-lo-ão como quem pranteia por um unigênito e chorarão por ele
como se chora amargamente pelo primogênito. Naquele dia, será grande
o pranto em Jerusalém, como o pranto de Hadade-Rimom, no vale de
Megido. Zc. 12:10-11

b. Será no fim da grande tribulação


Enquanto a vinda secreta do Senhor, que chamamos de arrebatamento, acontecerá antes da
grande tribulação, a vinda às claras nas nuvens será depois da grande tribulação.
No seu aspecto secreto ninguém sabe quando será o tempo, mas no segundo aspecto os
sinais são perfeitamente claros na Palavra de Deus. Será quando soar a última trombeta (a
sétima). Sabemos que a última trombeta marcará o final da grande tribulação (Ap. 18:1 I Ts.
4:16, I Cor. 15:52) e que o Anticristo vai de manifestar antes da vinda do Senhor (II Ts. 2:1-4 e
8).
Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta
Daniel, no lugar santo (quem lê entenda), ... porque nesse tempo haverá
grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem
havido e nem haverá jamais. Mt. 24:15 e 21
Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não
dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos
céus serão abalados. Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem;
todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo
sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória. Mt. 24:29-30
Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz
do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos
em Cristo ressuscitarão primeiro... I Ts. 4:16
num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última
trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós
seremos transformados. I Cor. 15:52

c. Virá nas nuvens (Mt. 24:30)


De acordo com Atos 1:11-12, o Senhor virá da mesma maneira que subiu ao céu. Uma vez
que ele subiu do monte das Oliveiras é de lá que ele virá (Zc. 14:4).
Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até quantos o
traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele.
Certamente. Amém! Ap. 1:7
E lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para as alturas?
Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes
subir. Então, voltaram para Jerusalém, do monte chamado Olival, que
dista daquela cidade tanto como a jornada de um sábado. At. 1:11-12
Olhei, e eis uma nuvem branca, e sentado sobre a nuvem um semelhante a
filho de homem, tendo na cabeça uma coroa de ouro e na mão uma foice
afiada. Outro anjo saiu do santuário, gritando em grande voz para aquele
que se achava sentado sobre a nuvem: Toma a tua foice e ceifa, pois
chegou a hora de ceifar, visto que a seara da terra já amadureceu! Ap.
14:14
Naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está
defronte de Jerusalém para o oriente; o monte das Oliveiras será fendido
pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito
grande; metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade, para
o sul. Zc. 14:4

d. Ele virá com os santos vencedores para estabelecer seu reino sobre a
terra
Então, sairá o SENHOR e pelejará contra essas nações, como pelejou no
dia da batalha. Naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte das
Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; o monte das
Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e
haverá um vale muito grande; metade do monte se apartará para o norte,
e a outra metade, para o sul. Fugireis pelo vale dos meus montes, porque
o vale dos montes chegará até Azal; sim, fugireis como fugistes do
terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá; então, virá o SENHOR, meu
Deus, e todos os santos, com ele. Zc. 14:3 a 5
Então, será, de fato, revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará
com o sopro de sua boca e o destruirá pela manifestação de sua vinda. II
Ts. 2:8
Derramou o sexto a sua taça sobre o grande rio Eufrates, cujas águas
secaram, para que se preparasse o caminho dos reis que vêm do lado do
nascimento do sol. Então, vi sair da boca do dragão, da boca da besta e da
boca do falso profeta três espíritos imundos semelhantes a rãs; porque
eles são espíritos de demônios, operadores de sinais, e se dirigem aos reis
do mundo inteiro com o fim de ajuntá-los para a peleja do grande Dia do
Deus Todo-Poderoso. (Eis que venho como vem o ladrão. Bem-
aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande
nu, e não se veja a sua vergonha.) Então, os ajuntaram no lugar que em
hebraico se chama Armagedom. Ap.16:12-16
Têm estes um só pensamento e oferecem à besta o poder e a autoridade
que possuem. Pelejarão eles contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá,
pois é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão também os
chamados, eleitos e fiéis que se acham com ele. Ap. 17:13-14
Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e
Verdadeiro e julga e peleja com justiça. Os seus olhos são chama de fogo;
na sua cabeça, há muitos diademas; tem um nome escrito que ninguém
conhece, senão ele mesmo. Está vestido com um manto tinto de sangue, e
o seu nome se chama o Verbo de Deus; e seguiam-no os exércitos que há
no céu, montando cavalos brancos, com vestiduras de linho finíssimo,
branco e puro. Sai da sua boca uma espada afiada, para com ela ferir as
nações; e ele mesmo as regerá com cetro de ferro e, pessoalmente, pisa o
lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso. Tem no seu manto
e na sua coxa um nome inscrito: REI DOS REIS E SENHOR DOS
SENHORES. Então, vi um anjo posto em pé no sol, e clamou com grande
voz, falando a todas as aves que voam pelo meio do céu: Vinde, reuni-vos
para a grande ceia de Deus, para que comais carnes de reis, carnes de
comandantes, carnes de poderosos, carnes de cavalos e seus cavaleiros,
carnes de todos, quer livres, quer escravos, tanto pequenos como grandes.
E vi a besta e os reis da terra, com os seus exércitos, congregados para
pelejarem contra aquele que estava montado no cavalo e contra o seu
exército. Mas a besta foi aprisionada, e com ela o falso profeta que, com
os sinais feitos diante dela, seduziu aqueles que receberam a marca da
besta e eram os adoradores da sua imagem. Os dois foram lançados vivos
dentro do lago de fogo que arde com enxofre. Os restantes foram mortos
com a espada que saía da boca daquele que estava montado no cavalo. E
todas as aves se fartaram das suas carnes. Ap. 19:11-21
O arrebatamento e a volta de Jesus
Aula 2

O filho varão e o
arrebatamento dos vencedores
Quando terá início a Grande Tribulação? Quando surgirá o anticristo? Se você estudar
Apocalipse, evidentemente não obterá uma data específica, mas certamente conhecerá os sinais e
saberá quando tudo acontecerá.
O momento da crucificação do Senhor Jesus foi um clímax na história da humanidade. A
morte do Senhor na cruz foi o momento mais importante da humanidade, foi o ponto crucial da
história. Mas a Palavra de Deus revela que a humanidade vai chegar a um outro ponto
crucial.
Quando estudamos o Apocalipse e chegamos ao capítulo 11, vemos que toda história está
consumada ali. Mas, então, segue-se o capítulo 12 e parece que a profecia começa tudo
novamente. A verdade é que a partir do capítulo 12 o Senhor está chamando a nossa
atenção para fatos e personagens especiais.
Há uma descrição especial no capítulo 12. Do capítulo 1 ao capítulo 11 de Apocalipse, nos
é dada uma visão geral. Mas no capítulo 12 é como se o Senhor voltasse o vídeo, no intuito de
mostrar tudo novamente e focalizar em um determinado ponto. No capítulo 12, você descobre
que os símbolos se tornam totalmente diferentes dos outros.

O sinal da mulher e do filho varão


Viu-se grande sinal no céu, a saber, uma mulher vestida do sol com a lua
debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça. Ap 12: 1
Alguns já disseram que esta mulher representa a nação de Israel; outros, que essa mulher
representa Maria, mãe de Jesus. Há inúmeras interpretações para essa mulher. Mas antes de
avançar precisamos de um terreno comum com a qual já concordamos.
Primeiro: concordamos que a Bíblia é a Palavra de Deus. Segundo: cremos que Apocalipse
12 é inspirado pelo Espírito Santo. Terceiro: há simbolismo aqui, essa é uma passagem obscura.
Precisamos de uma outra passagem mais clara para interpretar esta. Precisamos da Palavra de
Deus para interpretar a Palavra de Deus. Esse é um princípio fundamental da hermenêutica: a
Bíblia interpreta a própria Bíblia.
Quem é este filho varão? A Bíblia mesmo diz quem é ele. No versículo 5 do capítulo 12
de Apocalipse, está escrito: “Nasceu-lhe, pois, um filho varão que há de reger todas as nações
com cetro de ferro. E o seu filho foi arrebatado para Deus até o seu trono”.
A Bíblia dá a definição deste filho varão, não precisamos fazer especulações. Qual é a
definição? Esse filho varão regerá todas as nações com cetro de ferro. Foi o apóstolo João quem
escreveu o livro de Apocalipse, ele conhece, portanto, a sua linguagem muito bem. Se quiser
interpretar os escritos de João, você precisa usar a linguagem dele.
Existe algum outro lugar em todo o Apocalipse onde aparece a expressão: reger todas as
nações com cetro de ferro? Há somente duas; uma se encontra em Apocalipse 19:15: “Sai da sua
boca uma espada afiada, para com ela ferir as nações; e ele mesmo as regerá com cetro de
ferro ... “ O ‘ele’ aqui se refere ao nosso Senhor Jesus Cristo. Nisso todos estamos de acordo. Rei
dos reis, Senhor dos senhores é o Senhor Jesus. Está muito claro, não há dúvida.
O outro texto é Apocalipse 2:26 e 27: “Ao vencedor, que guardar até ao fim as minhas
obras, eu lhe darei autoridade sobre as nações e com cetro de ferro as regerá e as reduzirá a
pedaços como se fossem objetos de barro”. Esse texto se refere aos santos vencedores. Na
linguagem de João em Apocalipse concluímos que ou o Senhor Jesus ou os santos regerão com
cetro de ferro.
Precisamos determinar pelo contexto se o texto de Apocalipse 12 refere-se ao Senhor Jesus
ou aos santos. Vamos assumir que o filho varão refere-se ao Senhor Jesus. Se esse for o caso,
então aquela mulher deve ser Maria, uma vez que foi ela que deus á luz ao Senhor. Será que
podemos crer nisso? Maria vestida do sol, com a lua debaixo dos pés. Você já viu a Bíblia
representar Maria com esse tipo de figura? Sabemos também que o nosso Senhor Jesus foi o
primogênito de Maria. Mas esta mulher, no capítulo 12, já teve outros filhos antes de ter esse
filho. Como sabemos disso? Apocalipse 12:17 fala do restante da sua descendência.
Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua
descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o
testemunho de Jesus; e se pôs em pé sobre a areia do mar. Ap. 12:17
Se você pensa que essa mulher refere-se a Maria, então sua interpretação não está de
acordo com a história relatada na Bíblia. Além disso se interpretarmos Jesus como o filho varão,
então fazemos desta passagem uma passagem histórica e não futura. Isso é contrário à natureza
do próprio livro, porque é um livro profético. Por essas razões creio que a interpretação mais
satisfatória deste texto é que esse filho varão refere-se aos santos.
Nasceu-lhe, pois, um filho varão, que há de reger todas as nações com
cetro de ferro. E o seu filho foi arrebatado para Deus até ao seu trono. Ap
12:5
Isso refere-se ao arrebatamento dos santos. Se você quer uma passagem clara sobre o
arrebatamento, não procure no capítulo 4 de Apocalipse. A Bíblia diz no capítulo 4:1, ‘João,
sobe para aqui’. Muitas pessoas afirmam que toda a igreja sobe com João, que isso é, então, o
arrebatamento de todos os santos antes da Grande Tribulação.
Mas essa interpretação é muito frágil. O texto que fala sobre o arrebatamento dos santos
está em Apocalipse 12:5. Ali nos é dito que esse filho foi arrebatado para Deus até o Seu trono.
Também podemos ver que depois do arrebatamento dos santos, algo acontece nas regiões
celestiais.
Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão.
Também pelejaram o dragão e seus anjos; todavia, não prevaleceram;
nem mais se achou no céu o lugar deles.
Por isso, festejai, ó céus, e vós, os que neles habitais. Ai da terra e do mar,
pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco
tempo lhe resta. Ap 12:7-8 e 12
Este é um ponto crucial na história da humanidade. Preste atenção: depois do
arrebatamento do filho varão, há uma batalha no céu. O resultado dessa batalha é que Satanás e
seus anjos caídos são lançados para a Terra.
Se esse filho varão refere-se ao Senhor Jesus, então o ser arrebatado ao céu significa Sua
ascensão. Isso significa que, após Sua ascensão, Satanás foi lançado sobre a Terra. Isso significa,
em outras palavras, que Satanás não está mais nas regiões celestiais. Mas, em Efésios 6:12, está
escrito: “ ... a nossa luta não é contra o sangue e a carne e sim contra os principados e potestades,
contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões
celestes”.
Pelo texto de Efésios 6:12 sabemos que Satanás e seus anjos ainda habitam as regiões
celestiais, eles ainda não foram lançados para esta Terra. Dessa forma, podemos concluir que
aquele filho varão refere-se aos santos. Isso significa que o arrebatamento do filho varão nos fala
sobre o arrebatamento dos santos. E, como resultado dessa batalha nos céus, Satanás e seus anjos
são lançados sobre a Terra.
No princípio, Satanás foi um anjo, ele era o chefe dos anjos, mas pecou contra Deus,
rebelando-se contra ele. Satanás e os anjos que o seguiram foram lançados fora da presença de
Deus.
Para onde foram Satanás e seus anjos? De acordo com a Bíblia, Lúcifer foi lançado para as
regiões celestiais. Ele foi lançado para as regiões siderais acima da terra. Por isso a Bíblia diz
‘espíritos malignos nas regiões celestiais. Em Gênesis 1, temos o registro que Deus falou que era
bom após criar a luz no primeiro dia. Mas, no segundo dia, Deus não disse que era bom. Sabe o
que aconteceu? Por causa daquela grande rebelião no céu, os espíritos malignos estão nas regiões
celestiais, na atmosfera do nosso planeta.
Depois do arrebatamento dos santos, há uma guerra. Miguel e seus anjos obtêm a vitória. O
resultado é que Satanás e seus anjos são lançados sobre a Terra. Como conseqüência seu
território será reduzido. Já não habitará mais as regiões celestiais, agora ele estará na Terra e no
mar. Originalmente habitava as regiões celestiais e o mar. Agora a Bíblia diz que não haverá
mais lugar para ele nas regiões celestiais.
No período da Grande Tribulação pode-se ver a cólera de Satanás perseguindo os santos de
Deus que ainda estiverem na Terra. Ele os vence e todos os habitantes da Terra seguirão esta
besta. Isso é a Grande Tribulação.
No capítulo 12 aparece o dragão e no capitulo 13 surge o Anticristo, a besta que se levanta
do mar, e o falso profeta que é a besta que vem da terra. Você tem, então, uma trindade satânica,
que se unirá, com todo o poder das trevas para tentar destruir a Terra.
Essa trindade maligna inclui todo o poder político, o poder econômico e o poder religioso.
Esse será o governo mundial. Essa trindade têm um único propósito: ser contra Deus, contra o
Espírito Santo e contra Cristo. Essa é a Grande Tribulação.

O Dia de Cristo
Mas nós não estamos esperando a Grande Tribulação. Não! Esperamos ser arrebatados.
Antes da Grande Tribulação, haverá o arrebatamento, os cristãos vencedores desaparecerão. O
mundo inteiro ficará perplexo.
Você crê no arrebatamento? Que o Senhor seja misericordioso para conosco. Não
queremos passar pela fornalha da perseguição; queremos ser arrebatados. O Senhor prometeu
que voltaria. O próprio Senhor voltará para nos levar. E, quando nos levar, isso será o
arrebatamento.
Ele nos disse adeus lá em Betânia; Ele retomará em Betânia. O Senhor quer levar-nos
juntamente com Ele. Lembre-se dessa promessa! Essa promessa é exclusivamente para nós
cristãos. Os pés do Senhor tocarão no Monte das Oliveiras. Mas lembre-se, quando o Senhor
aparecer no Monte das Oliveiras, Ele descerá com os Seus santos. No arrebatamento, Ele vem
para Seus santos.
Quando Seus pés tocarem o Monte das Oliveiras, Ele descerá com os Seus santos para o
julgamento do mundo e para a libertação do povo de Israel. Esse dia é chamado ‘Dia do Senhor’.
Mas o dia em que seremos arrebatados é chamado, na Bíblia, de ‘Dia de Cristo’. Aguardamos
pelo ‘Dia de Cristo’. Nosso Noivo virá e nos uniremos a Ele (Fp. 1:6; 1:10 e 2:16).
Nesses dois mil anos temos celebrado ceia após ceia. A igreja nunca celebrou um “café da
manhã”, porque o nosso “Sol da Justiça” como que se ocultou e hoje atravessamos uma longa,
longa noite. Mas, daqui há alguns dias, participaremos de um “café da manhã” com o nosso
Senhor. Uma ceia após outra ceia e o Senhor ainda não veio. Mas Ele nos prometeu que voltaria.
Ele nunca falha, apegue-se a essa promessa. Ele prometeu nos levar.

A Vinda do Senhor em Duas Etapas


Precisamos entender o que é a vinda do Senhor. Às vezes entendemos mal esses
acontecimentos. Vejamos uma ilustração. Após o Senhor subir ao céu, os discípulos estavam
contemplando o céu, e os anjos disseram: “Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do
modo como o vistes subir.”
Isto nos dá subsídios para entendermos a vinda do Senhor. Como subiu Ele ao céu? Em
duas etapas: a primeira parte foi do Monte das Oliveiras até as nuvens e a segunda parte das
nuvens até o trono. A primeira parte foi visível, mas a segunda parte, das nuvens até ao trono,
ninguém viu. Essa é a parte invisível. O Senhor voltará da mesma forma como Ele foi. Ele
voltará em duas etapas. A primeira, do trono até as nuvens; essa será a parte invisível. Depois,
das nuvens até o Monte das Oliveiras, todos O verão.
Na etapa invisível, Ele vem como um ladrão. Estamos nós prontos? O ladrão nunca dá um
telefonema para avisar quando vai assaltar a nossa casa. Por isso temos que ser cuidadosos. Não
sabemos quando o ladrão vai chegar.
Por esta razão, não podemos fixar uma data para a vinda do Senhor. Quando o ladrão vem
a sua casa, ele quer levar o seu luxo, não o seu lixo. Se o ladrão vier buscar o lixo, sempre darei a
ele as boas-vindas todos os dias. Mas, você sabe, o ladrão vem arrebatar aquilo que é precioso.
Os santos são o tesouro do Senhor. Então, quando Ele vier naquela primeira etapa, Ele vai
nos levar, vai nos “roubar”. Essa parte é oculta, ninguém verá. Não sabemos detalhes dessa
primeira etapa.
No entanto, sabemos quando Ele voltará na segunda etapa. II Tessalonicenses diz que,
antes daquele dia, o Anticristo vai surgir. Então, três anos e meio depois que o Anticristo vier, os
pés do Senhor estarão sobre o Monte das Oliveiras. Dessa vez Ele vem como a luz de um
relâmpago.
Não sabemos o que vai acontecer, mas uma coisa sabemos: naquele dia todas os canais de
televisão estarão exibindo esse evento espetacular, pois a Sua vinda será como o relâmpago que
reluz do Ocidente ao Oriente. E, nessa segunda parte de Sua vinda, Ele vem como o sol, o Filho
da justiça. Se você é preguiçoso ou diligente para se levantar pela manhã, se levanta cedo ou não,
isso não importa porque de qualquer forma você verá o sol. O sol surgirá para os crentes e
descrentes. Isso não depende de você. Esse é o ‘Dia do Senhor’.
Mas, do trono até as nuvens, Ele vem como a estrela da manhã. Quem são os que veem a
estrela da manhã? A estrela da manhã é a mais brilhante que aparece no céu um pouco antes do
nascer sol. Se quiser ver a estrela da manhã, você precisa vigiar, não pode estar dormindo. Se
não for cuidadoso, você perde o momento em que surge a estrela da manhã. Por essa razão, o
Senhor Jesus disse: “vigiai e orai”. Enquanto você vigia e ora, porque quer ver a estrela da
manhã, então Ele virá como a estrela da manhã. Não queremos perder esse momento!
Se você não vir a estrela da manhã, resta-lhe ver o sol nascer. Isso significa passar pela
Grande Tribulação. Um crente jamais sofrerá o juízo que virá sobre o mundo, mas eles sofrerão a
perseguição do anticristo. Na segunda etapa da Sua vinda o Senhor descerá das nuvens até o
Monte das Oliveiras com Seus santos.

O arrebatamento e a volta de Jesus


Aula 3

O Armagedom
Depois que toda a igreja for arrebatada para estar com o Senhor nos ares, Satanás, o
Anticristo e o falso profeta ajuntarão as nações para pelejarem contra Cristo e os vencedores.
Apocalipse 17:14 diz que os chamados, eleitos e fiéis pelejarão.
Provavelmente o argumento será de que se trata de uma invasão de alienígenas. Haverá um
tempo em que o homem vai declarar guerra contra Deus.
A guerra do Armagedom é necessária porque dará a Deus oportunidade de limpar a terra
antes do milênio. Sabemos que Satanás, o Anticristo e o falso profeta ainda estarão atuando por
isso o Senhor virá para vencê-los.
A volta de Jesus descrita em Apocalipse 19 é tremenda! A sua volta será em meio a uma
grande batalha, a batalha do Armagedon.
O Senhor virá na sua glória montado num cavalo branco. Ele vem como um rei
conquistador e como um herói.
Na sua primeira vinda o Senhor não tinha uma espada desembainhada na mão e também
não chegou como um general. Ele chegou como um servo humilde. E humilde ele apenas serviu.
Ele veio para salvar, veio como cordeiro de Deus. Disse que poderia pedir legiões de anjos para
livrá-lo dessa hora, mas não pediu.
Mas na segunda vez em que Ele vier, já não será mais montado num jumento. Ele virá
montado num cavalo branco, como os generais vencedores. Já não será o servo, mas o Rei dos
reis e o Senhor dos senhores. Com ele virão as miríades de anjos e os santos também montados
em cavalos brancos.
Vamos ver a descrição do Armagedom como está em Apocalipse 19:11-21

O guerreiro
1. Num cavalo branco
“Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro, e
julga e peleja com justiça” (19.11). O branco indica aquilo que é puro e aprovado. Enquanto luta
contra o inimigo o Senhor mostra a sua pureza e justiça montado num cavalo branco.
O texto descreve Jesus montado em um cavalo branco para contrastar com a primeira
vinda, na qual o Senhor Jesus entrou em Jerusalém montado num jumento.

2. Chamado fiel e verdadeiro


E Ele é conhecido pelo nome de “Fiel e Verdadeiro”, aquele que “julga e peleja com
justiça”. Na verdade, Jesus Cristo jamais falhou nem falhará. Portanto, Ele há de cumprir cada
uma de suas promessas. O Senhor é fiel para com os que esperam nele. Porque ele é fiel ele
precisa ser o vingador e vir para destruir os inimigos.

3. Olhos como chama de fogo


“Os seus olhos são chama de fogo...” (19.12). Isso significa que onde o Senhor olha não
pode haver trevas. Tudo vai estará manifesto ante os olhos daquele que tudo vê. O Senhor não
pode contemplar as trevas porque para onde Ele olha tudo se torna luz.

4. Julgando e pelejando com justiça


“...O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça.” (19.12).
A palavra do Senhor diz que todo julgamento foi entregue nas mãos Dele. Jesus vai julgar
vivos e mortos. Mas Ele não apenas julga, Ele também executa o julgamento. Ele possui poder
de julgar e também de executar a sentença. E Ele fará isso com justiça, uma vez que este também
é um dos nomes. A Sua peleja é o resultado de seu julgamento justo.

5. Coroado com muitas diademas


“...a sua cabeça há muitos diademas” (19.12). Diademas representam glória e vitória.
Cristo foi coroado e glorificado com muitos tipos de glória (Hb. 2:9). Jesus não têm só um
diadema, ele têm muitos porque Ele foi coroado com muitas glórias. Ele foi coroado com honra,
com verdade, poder e majestade. Ele já recebeu todas as glórias por isso Ele virá com muitos
diademas.

6. Com um nome desconhecido


“Os seus olhos são chama de fogo: na sua cabeça há muitos diademas: tem um nome
escrito que ninguém conhece senão ele mesmo” (19.12). O que significa ter um nome
desconhecido? Na Bíblia, conhecer o nome é conhecer a pessoa. Quando Deus revela seu próprio
nome Ele está se dando a conhecer. Mas aqui está dizendo que, quando Jesus voltar, Ele virá
com um novo nome escrito nas diademas. E ninguém conhece esse nome, senão Ele.
O quanto nós conhecemos do Senhor Jesus? Na verdade, apesar haver mais de cem nomes
do Senhor na Bíblia nós precisamos reconhecer que conhecemos apenas alguns dos seus nomes.
E quanto desses nomes temos experimentado em nossas vidas? Precisamos conhecê-lo ainda
muito mais. E esse conhecimento é inexaurível. Conhecer a Jesus é o mesmo que conhecer a vida
eterna, pois ela está nele. E a vida eterna é esta, disse João, conhecer o Senhor Deus como o
único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem Ele enviou (Jo 17.3). Então, a vida eterna é
conhecer a Cristo! É por isso que Ele tem um nome que ninguém conhece. O conhecimento dele
é eterno, inexaurível. João afirmou que, se fosse contar tudo o que Jesus fez e disse, “nem no
mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos.” (Jo 21.25).

7. Com uma veste banhada de sangue


“Está vestido com um manto tinto de sangue...” (v. 13). As vestes de Jesus estão tingidas
de sangue, que é o símbolo da aliança entre Deus e o homem. Agora, Jesus está voltando para
tomar posse definitiva daqueles que Ele comprou com seu próprio sangue. As roupas tingidas de
sangue são o comprovante de que Ele comprou e pagou o preço de nossa redenção eterna.

8. O seu nome é Verbo de Deus (Palavra de Deus)


“Está vestido com um manto tinto de sangue, e o seu nome se chama o Verbo de Deus” (v.
13). No versículo anterior, João afirma que Jesus tem um nome que ninguém conhece; em
seguida, porém, um dos nomes é revelado: Verbo de Deus. Verbo é palavra. A palavra é a
expressão e a explicação de algo. Sendo a Palavra de Deus Jesus é a definição, a explicação e a
expressão de Deus. Cristo é Deus revelado (Hb. 1:3).

9. Com os vencedores
“... e seguiam-no os exércitos que há no céu, montando cavalos brancos, com vestiduras
de linho finíssimo, branco e puro” (v. 14). Esse linho finíssimo, branco e puro é uma referência
aos vencedores que são os eleitos e fiéis mencionados no capítulo 17:14 e 19:8.
De acordo com Mateus 24:30, toda a terra contemplará o sinal da vinda de Jesus. E isso
será um motivo suficiente para o Anticristo e o falso profeta arregimentarem as nações para se
defenderam de uma invasão alienígena. Em seguida, marcharão contra a nação de Israel para
destruí-la.
Alguns pensam que Ele vem buscar a Igreja; mas na verdade Ele vem com a Igreja. Porque
a Igreja vai encontrar-se com Ele nos ares, e vamos ficar nos ares por algum tempo com ele
quando haverá o julgamento. E quando o Senhor Jesus vier para pisar de fato na Terra; Ele virá
acompanhado destes que no verso 8 e 9, estão vestidos de linho finíssimo.

10. Da sua boca saia uma espada afiada


“Sai da sua boca uma espada afiada, para com ela ferir as nações; e ele mesmo as regerá
com cetro de ferro e pessoalmente pisa lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso”
(v. 15). Nos evangelhos Jesus disse: “Quem me rejeita e não recebe as minhas palavras tem
quem o julgue; a própria palavra que tenho proferido, essa o julgará no último dia” (Jo. 12:48).
Esse será o julgamento do Senhor sobre os rebeldes naqueles dias.
O Senhor Jesus não terá necessidade de nenhuma arma para combater seus inimigos. A
palavra que sai de seus lábios é uma espada afiada, ferindo as nações.
Quando Jesus veio a primeira vez, Ele veio como um cordeiro manso e humilde. Desta vez,
porém, Ele está vindo, não mais como um cordeiro, e sim, como um leão. Agora, Ele está
revelando o seu verdadeiro nome para que todos saibam quem, de fato, Ele é: REI DOS REIS E
SENHOR DOS SENHORES.
11. As regerá com cetro de ferro
Esse cetro simboliza poder e autoridade. As nações ainda terão uma natureza rebelde. A
prova é que no final do milênio seguirão o diabo novamente, por isso ele terá de as reger com
cetro de ferro que indica autoridade e poder absoluto.

12. Com um nome: rei dos reis e Senhor dos senhores


Todos saberão que Cristo é o Rei dos reis e o Senhor dos senhores, já não será algo oculto.
O verso 16 conclui: “Tem no seu manto e na sua coxa um nome inscrito: REI DOS REIS E
SENHOR DOS SENHORES.” O manto nos fala de dignidade e nobreza enquanto a coxa nos fala
da parte mais forte do corpo. Está escrito no manto e na coxa que Ele é Senhor dos Senhores,
Reis dos Reis. Seu senhorio e realeza estão baseados em sua dignidade e poder.

O exército - v. 14
Alguns creem que os exércitos aqui apontam para os anjos, mas na verdade se referem aos
crentes eleitos em Apocalipse 17:14, que virão para pelejar e para assumir o reino com Cristo.
A terra, nem o reino foi dado aos anjos, portanto eles não têm autoridade sobre satanás.
Mas aos santos foi dado o reino e a terra e foram eles que receberam autoridade para pisar o
diabo debaixo dos seus pés. Isto se cumprirá completamente naquele dia.
Esse exército vem vestido de linho finíssimo, que é a mesma descrição dos crentes
vencedores em Apocalipse 19:8, por isso creio que esses exércitos são os crentes salvos
vencedores. Assim a veste nupcial também é uma roupa de combate. O linho finíssimo nos
qualifica para a guerra.

Os inimigos - v. 19
Os inimigos são os reis da terra, seus exércitos, a besta e o falso profeta. Os reis são
principalmente os 10 reis que seguem o Anticristo em Apocalipse 17:12-14. Os exércitos
incluem pelo menos os 200 milhões de Apocalipse 9:16 e 16:12, mas certamente será muito
mais.
O Armagedom nada mais é do que uma declaração de guerra do Anticristo, do Falso
profeta e do dragão contra Deus.
Essa exuberante tropa de cavalaria marchará contra Israel, e se acampará num lugar
chamado vale de Josafá, ou vale de Megido – de onde vem a palavra Armagedom. Nada disso
será surpresa, porque já estava profetizado.
“Proclamai isto entre as nações, apregoai guerra santa; suscitai os
valentes; cheguem-se, subam todos os homens de guerra. Forjai espadas
das vossas relhas de arado, e lanças das vossas podadeiras; diga o fraco:
Eu sou forte. Apressai-vos, e vinde, todos os povos em redor, e congregai-
vos; para ali, ó Senhor, faze descer os teus valentes. Levantem as nações,
e sigam para o vale de Josafá; porque ali me assentarei, para julgar todas
as nações em redor. Lançai a foice, porque está madura a seara; vinde,
pisai, porque o lagar está cheio, os seus compartimentos transbordam;
porquanto a sua malícia é grande. Multidões, multidões no vale da
decisão! Porque o dia do Senhor está perto, no vale da decisão. O sol e a
lua se escurecem, e as estrelas retiram o seu esplendor. O Senhor brama
de Sião, e se fará ouvir de Jerusalém, e os céus e a terra tremerão; mas o
Senhor será o refúgio do seu povo, e a fortaleza dos filhos de Israel” (Jl
3.9-16).
“Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém e a
cidade será tomada e as casas serão saqueadas, e as mulheres forçadas;
metade da cidade sairá para o cativeiro, mas o restante do povo não será
expulso da cidade. Então sairá o Senhor o Senhor e pelejará contra essas
nações, como pelejou no dia da batalha. Naquele dia estarão os seus pés
sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o
oriente; o Monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e
para o ocidente, e haverá um vale muito grande; metade do monte se
apartará para o norte, e a outra metade para o sul. [...] Acontecerá
naquele dia que não haverá luz, mas frio e gelo. Mas será um dia singular
conhecido do Senhor; não será nem dia nem noite, mas haverá luz à
tarde.[...] O Senhor será rei sobre a terra; naquele dia um só será o
Senhor, e um só será o seu nome.” (Zc 14.1-4,6,7,9).
O Senhor está avisando que participará pessoalmente dessa grande batalha do
Armagedom. Ele já marcou dia e local para onde vai apresentar-se para esse confronto: será no
dia do Senhor, no Monte das Oliveiras. Exatamente, do mesmo lugar de onde, após ter
ressuscitado, subiu ao céu. (Leia também Is. 63:1-6, 14:4 e 12, Is. 2:2-3 e Zc. 8:20-23).
O Senhor também antecipa o que acontecerá a Israel.
“Em toda terra, diz o Senhor, dois terços dela serão eliminados, e
perecerão; mas a terceira parte restará nela. Farei passar a terceira parte
pelo fogo, e a purificarei, como se purifica a prata, e a provarei, como se
prova o ouro; ela invocará o meu nome, e eu a ouvirei; direi: É meu povo,
e ela dirá: O Senhor é meu Deus.” (Zc 13.8,9).
O poderoso exército do Anticristo, de 200 milhões de soldados, será esmagado pelo
Senhor. Os seus corpos ficarão espalhadas pelo campo de batalha, e servirão de comida aos
abutres. O Anticristo e o Falso profeta serão lançados vivos no lago de fogo e enxofre. Depois
dessa batalha, o Senhor Jesus estabelecerá seu trono em Jerusalém, de onde reinará com os
vencedores sobre toda a terra por mil anos.
A Bíblia diz que ele irá pisar no lagar da ira do Todo-Poderoso. E os exércitos que se
reunirem naquele dia serão mortos. Será um dia terrível. O grande e terrível dia do Senhor. Mas
não será ainda o tempo em que a rebeldia será aniquilada. Levará ainda mais 1000 anos para que
isso aconteça.
A Batalha do Armagedon é o momento quando Jesus voltará. Em nossas mentes a volta de
Jesus é algo meio romântico, porém, não vai ser assim. O Senhor virá montado em seu cavalo
branco, e Ele virá para tomar posse da terra no meio de uma batalha.
Na volta de Jesus, todo olho o verá. O fato, porém, é que nem todos os olhos que o verão
terão admiração. É por isso que as nações se lamentarão (Mt. 24:30; Ap. 1:7).
Apocalipse 19 verso 19 diz:
‘‘E vi a besta e os reis da terra, com os seus exércitos, congregados para
pelejarem contra aquele que estava montando um cavalo e contra o seu
exercito”.
Jesus e a igreja estão montados em cavalos brancos. O exército se refere à igreja. Os reis da
terra, com seus exércitos congregados, arregimentarão todo seu arsenal para pelejar contra Jesus.
Portanto a volta do Senhor vai ser um combate.
O texto diz ainda a partir do verso 20: “Mas a besta foi aprisionada, e com
ela o falso profeta que, com os sinais feitos diante dela, seduziu aqueles
que receberam a marca da besta e eram os adoradores da sua imagem. Os
dois foram lançados vivos dentro do lago de fogo que arde com enxofre.
Os restantes foram mortos com a espada que saía da boca daquele que
estava montado no cavalo. E todas as aves se fartaram das suas carnes”.
O Senhor vai aprisionar os inimigos que serão enviados para o lago de fogo. Satanás será
aprisionado por 1000 anos, no entanto o falso profeta e o anticristo serão lançados vivos no lago
de fogo e enxofre.
A Bíblia diz que Jesus virá reinar. Ele reinará com um cetro de ferro. Hoje Jesus apascenta
a sua Igreja com o cajado de pastor. Mas as nações Ele regerá com cetro de ferro. Com relação a
Sua Igreja Ele apascentará baseado nos seu amor e cuidado. Mas quanto às nações Ele as regerá
com poder e autoridade.

O arrebatamento e a volta de Jesus


Aula 4

O anticristo e o falso profeta


A palavra anticristo é um adjetivo, e como tal pode ser aplicada a uma série de pessoas na
história. Nesses dois mil anos tivemos muitos homens que foram anticristos. Mas João diz que
virá um que será o anticristo ( I Jo. 2:18).
Todos os que vieram antes, eram apenas sombra daquele a respeito do qual se pode dizer
que é o próprio anticristo. Ele é o homem da iniqüidade e o filho da perdição que se manifestará
nos últimos dias (II Ts.2:3).
Apocalipse o denomina de a besta. A palavra besta significa um animal feroz, indescritível,
que não possui similar. Certamente ele será um homem, mas não será exatamente como nós.
Vamos ter uma visão geral do que a Palavra de Deus diz a respeito do anticristo.
A Estátua de Nabucodonosor – Daniel 2:31 a 44
O povo de Israel foi levado cativo 500 anos antes de Cristo, por um império chamado
Babilônia. Esse era o nome do império e também da sua capital. O imperador de Babilônia se
chamava Nabucodonosor.
Certa vez ele teve um sonho que o deixou sobremodo perturbado. No sonho, ele viu uma
grande estátua, cuja aparência era terrível:
“A cabeça era de fino ouro, os braços e o peito de prata, o ventre e os
quadris de bronze; as pernas de ferro, os pés em parte de ferro, em parte
de barro” (Dn 2.32,33).
Foi então que, dentre os cativos de Judá, Deus levantou um profeta, Daniel, a quem o
Senhor revelou tanto o sonho como o seu significado (Dn 2.28,29-35).
A estátua de Nabucodonosor simboliza o sistema político mundial, e cada uma das partes
da estátua representa os impérios mundiais que se sucederão através da História dos dias de
Daniel até o final dos tempos.
A cabeça de ouro simboliza o Império Babilônico. É de ouro porque Nabucodonosor
reinava sozinho, com cetro de ferro. E nesse sentido o seu reino simbolizava o de Jesus, que um
dia também reinará sozinho, com cetro de ferro.
O peito e os braços de prata representam o Império Medo-Persa que veio logo em seguida,
sob o domínio de Ciro. Este império é representado pelos dois braços porque era constituído de
dois reinos: o da Média e o da Pérsia. A Pérsia corresponde hoje ao Irã.
O terceiro império é o Império Grego ou Macedônico simbolizado pelo quadril de bronze.
À frente deste império, Alexandre o Grande conquistou todo o mundo conhecido daquela época
até a Índia.
Observe que a qualidade do material vai diminuindo, enquanto a força vai aumentando. O
ouro é um metal frágil, macio, mas é o mais valioso. Mas à medida que os impérios vão
passando, o poder perde em qualidade, mas ganha em força.
O quarto império é o Império Romano simbolizado pelas pernas de ferro. É um império tão
poderoso que não há quem possa resisti-lo. Na verdade, o Império Romano não foi derrotado por
nenhum outro, simplesmente caiu sozinho. Depois dele não se levantou mais nenhum outro
império mundial.
O Império Romano, porém, ressurgirá nos últimos dias. Esse império romano ressurgido é
representado pelos pés metade de barro e metade de ferro. Contudo, não será como foi na
antiguidade. Ele será de ferro ainda, porque terá muito poder, mas terá pouca consistência porque
vai estar misturado ao barro.
Essa mistura de barro com ferro representa a democracia. O último Império Romano terá
estas duas características: a consistência do ferro e a fragilidade do barro. Será constituído de dez
reis. E nisto reside a sua fragilidade, porque dependerá de alianças e de conchavos políticos para
manter-se no poder.
Os pés da estátua apontam para o império do Anticristo, sobre o qual cairá a grande pedra,
que é Jesus – a rocha dos séculos – cujo reino se transformará na grande montanha que encherá
toda a terra.
Isto indica que o Senhor voltará nos dias desse império, porque o Senhor é aquela pedra e o
seu reino a montanha que encherá toda a terra.

O Sonho dos quatro animais – Daniel 7:1-7


Apocalipse 13 diz que a besta é semelhante ao leopardo com pés de urso e boca de leão.
Esses animais estão ali para mostrar que o império do anticristo será a consumação de todos os
outros impérios. Cada um desses animais corresponde à visão de Daniel capítulo 7.

O Primeiro animal - O Leão com asas de águia - O império babilônico (Dn 7.1-4).
O primeiro animal é o leão com asa de águia, que corresponde à cabeça de ouro da estátua
de Nabucodonosor, ou seja: o primeiro animal simboliza o Império Babilônico.
O símbolo de Nabucodonosor era um leão com asas. Um leão com asas de águia é algo
poderoso: a maior das aves de rapina e o maior dos animais de rapina unidos num animal só.

O Segundo animal - O Urso com três costelas entre os dentes - O império Medo-persa
(Dn 7.5).
O segundo animal é o urso com as costelas entre os dentes. Ele aponta para o Império
Medo-Persa, representado pelo peito e os braços de prata da estátua. O urso sai do leão assim
como o Império Medo-Persa saiu do Império Babilônico.

O Terceiro animal - O Leopardo com quatro cabeças e quatro asas - O império grego
(Dn 7.6).
O terceiro animal – o leopardo – simboliza o Império Grego, representado pelo quadril de
bronze da estátua. Depois da morte de Alexandre, o grande, que morreu muito jovem, aos 33
anos, o Império Macedônico foi dividido entre seus principais generais: Ptolomeu, Seleuco,
Antipater e Filetero. É por isso que esse leopardo tem quatro cabeças e quatro asas.

O Quarto animal - Uma fera com dez chifres e dentes de ferro - O império romano
(Dn 7.7).
Apesar de não ter sido descrito, o quarto animal é o mais assustador de todos. Daniel
informa apenas que ele tem dez chifres e dentes de ferro. O ferro aqui é para associá-lo à quarta
parte da estátua, as pernas de ferro. Esse estranho animal com dentes de ferro é o Império
Romano.
Esse quarto animal tem dez chifres, assim como o animal de Apocalipse 13:1-2. Esses dez
chifres correspondem aos dez artelhos da estátua em Daniel 2. O quarto animal aponta para o
império do Anticristo.
A fera que Daniel viu era terrível, espantosa e muito forte. O império do Anticristo será
muito forte. Ele tem grandes dentes de ferro e unhas de bronze. Isso mostra como serão
realizadas suas conquistas. O poder que ele recebe é o poder militar – o poder bélico.
Esta besta tem um chifre pequeno que sobe entre os dez chifres (Dn. 7:8, 20, 24-26). O
Anticristo é esse pequeno chifre, o qual tem olhos e uma boca que fala com insolência.

O anticristo
Há pelo menos cinco descrições do anticristo na Palavra de Deus. Vamos ver cada uma
delas.

1. O pequeno chifre – Daniel 7:19-25


O Anticristo é esse pequeno chifre que se levantará. O império do Anticristo será uma
espécie de extensão do império romano renascido nos últimos dias.
O anticristo governará sobre o império romano ressurgido nos dias da grande tribulação.
Ele perseguirá os judeus e os cristãos que estiverem aqui na terra durante o seu reinado. (Dn.
7.22)
O império do anticristo será formado por dez reis que também podem representar dez
sistemas diferentes de governo. Dentre os dez governantes, um governa mais de um país. Na
verdade, são dez reis que estarão governando todo o mundo. Esses dez reis são representados
pelos dez chifres e também pelos dez dedos da estátua (Ap 7.24).
No início, serão dez reis, mas quando o Anticristo se levantar, ele abaterá três entre os dez.
No final, serão apenas o Anticristo e mais sete. De acordo com Apocalipse 13.1 a besta tem dez
chifres e sete cabeças (Dn 7.20).
O chifre tem olhos de homem, simbolizando que, de fato, é um homem. Um daqueles
chifres proferirá blasfêmias contra o Altíssimo.
O Anticristo se levantará contra tudo que se chama Deus e contra qualquer forma de culto
e proferirá palavras insolentes e blasfêmias contra Deus.
Naqueles dias o arrebatamento já terá acontecido. E conseqüentemente, ele terá que dar
exaustivas explicações sobre o ocorrido.
Os cristãos que não forem arrebatados serão entregues nas mãos do Anticristo. Eles
sofrerão toda sorte de perseguições, por um tempo, dois tempos e metade de um tempo, ou seja:
três anos e meio.
Ele cuidará de mudar os tempos e a lei. Isso aqui só pode se referir aos judeus. Daniel está
se referindo à lei de Moisés. Mudar a lei, significa que a lei de Moisés será revogada.
O Anticristo é esse pequeno chifre que se levantará. O império do Anticristo será uma
espécie de ressurreição do império romano nos últimos dias.

2. O príncipe – Daniel 9:26-27


“Depois das sessenta e duas semanas será morto o Ungido, e já não
estará; e o povo de um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o
santuário, e o seu fim será num dilúvio e até ao fim haverá guerra:
desolações são determinadas” (Dn 9.26).
Esse príncipe que há de vir, refere-se a Tito, o general romano que destruiu Jerusalém. Ele,
é um tipo do Anticristo. Todavia, o versículo 27 refere-se ao Anticristo: “Ele fará firme aliança
com muitos por uma semana”. Não sabemos quanto tempo durará o governo do Anticristo, mas
é certo que ele fará uma aliança com Israel de sete anos, ou uma semana de anos.
Entretanto, na metade dos sete anos, ele proibirá todo culto a Deus, e profanará o Templo
de Jerusalém, colocando a sua própria imagem no lugar santo. O Templo de Jerusalém
certamente será reconstruido.
“E sobre as asas dessa abominação virá o assolador, até que a destruição
que está determinada se consume, se derrame sobre ele” (Dn 9.27; Mt
24.15).
O Templo de Jerusalém já foi profanado antes, no ano 163 a.C., quando Antíoco Epifânio –
um tipo do Anticristo – invadiu a cidade e sacrificou um porco sobre o altar, no Santo dos
Santos. Para os judeus, o porco é o animal mais imundo que existe, e o Santo dos Santos, o lugar
mais sagrado. Portanto, o sacrifício desse animal, oferecido por Antíoco Epifânio e a imagem do
Anticristo no lugar santo dos judeus, representam o abominável da desolação. Naquela ocasião,
muitos pensaram que era o fim dos tempos. No entanto, era apenas uma ilustração para o que vai
acontecer no futuro.

3. O assolador – Daniel 11:36-38


Historicamente, os fatos mencionados em Daniel 11 já se cumpriram na vida de um certo
imperador grego chamado Antíoco Epifânio. Todavia, sabemos que ele era apenas um tipo do
anticristo que se manifestará no futuro (Dn.11:21-35).
O abominável da desolação, mencionado por Jesus em Mateus 24 já teve um primeiro
cumprimento com Ele, que sacrificou um porco no Santos dos santos no ano 168 a.C. (Dn.
11:31). Jesus, porém, disse que isso acontecerá novamente e quando acontecer, marcará o início
da grande tribulação (Mt. 24:15)
Daniel 11:36 diz que “este rei fará segundo a sua vontade e se levantará e se
engrandecerá sobre todo deus”. “Não terá respeito aos deuses de seus pais, nem ao desejo de
mulheres, nem a qualquer deus, porque sobre tudo se engrandecerá” (Dn. 11:37) Por causa
disso alguns dizem que ele será homossexual. Mas hoje eu creio que também pode apontar para
um muçulmano. No islamismo a mulher não tem valor algum. I Timóteo 4:3 diz que ele será
contra o casamento, chegando mesmo a proibi-lo.
O verso 38 diz: “Mas, em lugar dos deuses, honrará o deus das fortalezas; a um deus que
seus pais não conheceram, honrará com ouro, com prata, com pedras preciosas e coisas
agradáveis”. Esse é mais um sinal que parece indicar que ele será muçulmano, pois a maneira
deles honrarem o seu deus é pela guerra.

4. A besta vinda do mar – Apocalipse 13:1-10


Vi emergir do mar uma besta (um animal feroz) que tinha dez chifres e sete cabeças (a
mesma descrição do animal descrito por Daniel) e, sobre os chifres, dez diademas e, sobre as
cabeças, nomes de blasfêmia. A besta que vi era semelhante a leopardo (império macedônico),
com pés como de urso (Império medo-persa) e boca como de leão (império babilônico). E deu-
lhe o dragão (Satanás) o seu poder, o seu trono e grande autoridade” (Ap. 13:1-2).
Esta besta contém todos os elementos dos impérios mundiais que vieram antes, mostrando
que é uma continuação da revelação de Daniel.
Ela emerge do mar. Que mar é este? De acordo com Apocalipse 17:15, as águas (do mar)
“são povos, multidões, nações e línguas”. Portanto, o Anticristo não procede de Israel.
Veja o que diz Apocalipse 9.11:“...e tinham sobre eles, como seu rei, o anjo do abismo”.
Quem é que emerge do abismo? O Anticristo. Logo, ele será a encarnação de satanás.
Apocalipse 13:1 é a mesma descrição do dragão que persegue a mulher no capitulo 12:3.
Satanás também é um dragão com sete cabeças e dez chifres, exatamente como o Anticristo. Isso
significa que o Anticristo é a exata expressão humana de Lúcifer.
Os dez chifres correspondem aos dez dedos da estátua (Dn 2.33), os quais também são dez
reis, e as sete cabeças são sete reis ou sete montes (Ap 17.9). Isso significa que a capital do
império será uma cidade edificada sobre 7 montes, os quais simbolizam também sete reis.
O Anticristo será ferido mortalmente, mas ressuscitará. Será um fato tão maravilhoso e
extraordinário, que não haverá dúvida sobre o poder do Anticristo (Ap 13:3-4). Ele será adorado
por todos os moradores da terra, “cujos nomes não foram escritos no livro da vida do Cordeiro
que foi morto desde a fundação do mundo” (13.8).
“Foi-lhe dado também que pelejasse contra os santos e os vencesse. Deu-se-lhe ainda
autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação” (Ap 13.7). O império do Anticristo é
constituído de dez reis que vão governar toda a terra. É como se fosse o dirigente de uma
Comunidade de Nações de todo o mundo. O Anticristo terá poder para matar os santos, inclusive
as duas testemunhas: Moisés e Elias (Ap. 11.7).
A operação do engano virá. Hoje a operação do diabo ainda não está liberada, porque os
crentes vencedores detém essa ação na terra. Quando, porém, o filho varão for arrebatado para o
trono de Deus, a operação do engano será liberada, e por não darem crédito a verdade, Deus
permitirá a operação do engano (II Ts. 2:9-11).

5. O Homem da Iniqüidade – II Tessalonicenses 2:3-10


Paulo chama o anticristo de homem da iniqüidade e filho da perdição ou da destruição (II
Ts. 2:3).
Paulo diz claramente que ele se levantará contra toda forma de culto (II Ts. 2:4). Chegará o
tempo em que as pessoas terão aversão a qualquer tipo de religião. Nesse tempo o homem será
proclamado seu próprio deus. A vinda do anticristo será o ápice do humanismo e da
independência de Deus.
“E, agora, sabeis o que o detém, para que ele seja revelado somente em
ocasião própria. Com efeito, o mistério da iniqüidade já opera e aguarda
somente que seja afastado aquele que agora o detém.” (II Ts. 2:6-7)
Quem detém a manifestação do filho da perdição hoje é a igreja. São os crentes vencedores
que estão impedindo que se manifeste o filho da perdição. Antes, porém, da grande tribulação
esses santos vencedores serão arrebatados e, quando isso acontecer, então ele vai ter o caminho
liberado para se manifestar.
O mistério da iniqüidade já opera e há muitos anticristos agindo na terra, mas ainda não
chegou aquele que de fato há de vir.
O anticristo promoverá sinais e maravilhas com objetivo de mostrar que o homem não
precisa de Deus (II Ts. 2:9-10). Por não acolherem o amor da verdade para serem salvos é que
Deus lhes manda a operação do erro para darem crédito a mentira a fim de serem julgados todos
quantos não derem crédito a verdade antes pelo contrario deleitaram com a injustiça.

O falso profeta - Ap. 13:11 a 18


Apocalipse 16:13 menciona a trindade satânica: “Então vi sair da boca do dragão, da boca
da besta e do falso profeta”. Por esse texto, você vê que há três personagens agindo: A besta,
que é o anticristo; o dragão, que é Satanás, e o falso profeta. Estes três estarão agindo na terra
naqueles dias.
Já falamos sobre o anticristo mostrando cinco descrições bíblicas. Vamos agora entender a
figura do falso profeta que é a besta que emerge da terra em Apocalipse 16:13, 19:20 e 20:10. A
primeira besta vem do mar e representa o Anticristo que deverá vir de nações gentílicas. A
segunda vem da terra. Essa besta representa o falso profeta que deve vir de Israel. A terra
simboliza Israel.

1. Com dois chifres, parecido com um cordeiro e falando como um


dragão. Ap. 13:11-13
O fato de ter apenas dois chifres, significa que o falso profeta tem menos poder que o
Anticristo. Ele se parece cordeiro, mas fala como dragão. Com essa falsa aparência de cordeiro,
ele tentará fazer-se passar por um seguidor de Jesus Cristo. Certamente, ele se identificará como
um mensageiro de Deus.
Será difícil distinguir o falso profeta das duas testemunhas. Vemos assim que os sinais
miraculosos não são o critério de discernimento entre o falso e o verdadeiro. Mt. 24:24 e II Ts.
2:9-10.

2. Trabalhando para o Anticristo. Ap. 13:14


Exercendo autoridade do anticristo. v. 12
Fazendo com que adorem a imagem do anticristo - v. 12
Fazendo as pessoas levarem a marca - v. 16

O arrebatamento e a volta de Jesus


Aula 5

As três perguntas dos discípulos


sobre o fim
Os capítulos 24 e 25 de Mateus tratam de profecias relacionadas aos judeus, à Igreja e aos
gentios. Fora o livro de Apocalipse, esses dois capítulos trazem as mais significantes profecias
para essa presente era.
Nos versos 1 e 2 o Senhor profetiza que o Templo de Jerusalém seria destruído. Essa
destruição do Templo e sua futura restauração são dois pontos importantes da profecia bíblica.
No século XIX nos dias de Spurgeon e Moody eles não podiam compreender perfeitamente
o que hoje está diante de nossos olhos. Para eles a terra de Israel, que naqueles dias era chamada
de Palestina, era apenas um lugar infestado de malária e habitado por alguns beduínos. Hoje
porém vemos os judeus vivendo em sua própria terra. Esse é um sinal indiscutível de que
estamos perto do fim.
Para que as profecias bíblicas se cumpram é necessário que Israel esteja na sua terra. Nós
somos a geração que viu o cumprimento dessa profecia. Em 1948 a nação de Israel foi
novamente estabelecida e os judeus agora têm uma pátria.
Em 1967 na guerra dos seis dias Jerusalém foi conquistada e voltou a ser a capital do povo
de Israel. Esse certamente foi um marco profético estabelecido por Jesus em Lucas 21.
Quando, porém, virdes Jerusalém sitiada de exércitos, sabei que está
próxima a sua devastação. Então, os que estiverem na Judéia, fujam para
os montes; os que se encontrarem dentro da cidade, retirem-se; e os que
estiverem nos campos, não entrem nela. Porque estes dias são de
vingança, para se cumprir tudo o que está escrito. Ai das que estiverem
grávidas e das que amamentarem naqueles dias! Porque haverá grande
aflição na terra e ira contra este povo. Cairão a fio de espada e serão
levados cativos para todas as nações; e, até que os tempos dos gentios se
completem, Jerusalém será pisada por eles. Lc. 21:20-24
A profecia de Jesus a respeito da destruição do Templo se cumpriu no ano 70 d.C. quando
o general romano Tito sitiou e destruiu Jerusalém espalhando os judeus por todo o mundo, num
fenômeno conhecido como a Diáspora.
Por dois mil anos e ainda hoje há judeus em todas nações do mundo. Jesus disse que esses
dois mil anos seriam o tempo dos gentios e nesse tempo Jerusalém seria pisada por eles. Mas em
1967 os judeus tomaram Jerusalém de volta. No entanto a profecia ainda não está plenamente
cumprida pois o Templo não foi ainda reconstruído. Mas tudo isso é um sinal de que estamos
vivendo dias proféticos e o fim se aproxima rapidamente.
Sei que há alguns que dizem exatamente o contrário, afirmam que hoje as coisas são como
tem sido por dois mil anos. Mas Pedro diz que o Senhor retarda a sua volta por causa da sua
misericórdia.
Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada;
pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum
pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento. II Pe. 3:9

Uma parte para os judeus outra para a Igreja


Para compreendermos as profecias de Mateus 24 precisamos entender que uma parte se
refere aos judeus e outra parte se refere à Igreja. É extremamente importante definir qual parte se
relaciona aos judeus e qual parte se relaciona à Igreja.
O verso 31 estabelece a linha divisória. Do verso 1 ao 31 tudo se relaciona aos judeus e do
verso 32 até 25:46 se relaciona à Igreja. Essa divisão é baseada em evidências do próprio texto.
Vamos ver algumas delas:
Do verso 1 ao 31 tudo é interpretado de forma literal. Por exemplo, inverno no verso 20 é
literal uma vez que é difícil fugir no frio do inverno. O sábado também é literal mas o verão
mencionado no verso 32 deve ser interpretado espiritualmente pois se refere à vinda do reino e a
figueira é um símbolo de Israel.
No verso 26 o interior da casa é literal, mas a casa mencionada no verso 43 deve ser
interpretada espiritualmente. O que diz respeito aos judeus é literal, mas o que se relaciona à
Igreja é simbólico.
A parte anterior ao verso 31 é cheia de menções judaicas como lugar santo (v. 15), Judéia
(v. 16), Sábado (v. 20), mas a parte depois do verso 31 não possui nenhuma restrição de
terminologia.
As coisas mencionadas antes do verso 31 são de natureza física, mas depois do verso 31
tudo tem um aspecto moral.
Até o verso 31 o único requerimento é que fuja, mas depois do verso 31 é preciso vigiar e
orar que são ações que envolvem responsabilidade.
Uma vez que os judeus ainda estão esperando o Messias, os falsos cristos são mencionados
antes do verso 31, mas não se menciona nada sobre falsos cristos depois do verso 31 porque é a
parte endereçada à Igreja.
Em resumo, os versos 4 a 31 se relacionam aos judeus e aqueles do verso 32 até o final se
referem à Igreja.
No verso 3 de Mateus 24 os discípulos fazem três perguntas ao Senhor, então o capítulo
pode ser dividido como uma resposta do Senhor a cada uma destas três perguntas.
No monte das Oliveiras, achava-se Jesus assentado, quando se
aproximaram dele os discípulos, em particular, e lhe pediram: Dize-nos
quando sucederão estas coisas e que sinal haverá da tua vinda e da
consumação do século. Mt. 24:3
As três perguntas feitas a Jesus foram:
1. Quando sucederá essas coisas?
2. Qual será o sinal da sua vinda?
3. Qual será o sinal da consumação dos séculos?
As primeiras duas perguntas estão relacionadas com os judeus e a terceira
pergunta se relaciona com a Igreja.

Quando sucederá estas coisas?


Os versos 4 a 31 respondem a esta pergunta e ainda não se cumpriram completamente.

1. Virão muitos enganadores - 2 a 6


No verso 4 o Senhor diz: “vede que ninguém vos engane!” Muitos cristãos caem em erro
porque não prestam a devida atenção à profecia (II Pe. 1:19).
Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em
atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o
dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração. II Pe. 1:19
Desde a época em que Cristo foi assunto aos céus muitos têm aparecido se dizendo o
Cristo. Houve muitos falsos cristos, mas nenhum fez milagres.

2. Guerra, fome e terremoto - 7 a 8


As guerras aqui se referem a todas as guerras que ocorreram nesses dois mil anos, mas nos
últimos dias elas serão aumentadas grandemente. Elas são tipificadas pelo cavalo vermelho de
Apocalipse 6:3-4.
O Senhor Jesus falou em Mateus 24 a respeito dos quatro cavaleiros mesmo sem
mencioná-los. Primeiro o Senhor disse: “Vede que ninguém vos engane. Porque virão muitos
em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos” (Mt. 24:4 e 5). Esse é o cavaleiro
branco que representa os falsos ensinos.
Depois o Senhor acrescentou: “E, certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de
guerras; vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim
(24:6). Esse é o cavaleiro vermelho que simboliza a guerra.
No verso seguinte o Senhor disse: “Porquanto se levantará nação contra nação, e reino
contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares (Verso 7 versão RC). A
fome é a ação do terceiro cavaleiro, o preto, que representa a fome e a escassez.
Por último o Senhor menciona a pestilência. As pestes apontam para o cavalo amarelo
que simboliza a pestilência e a morte.
A sequência de Mateus 24 é exatamente a mesma de Apocalipse 6.

3. Perseguição e tribulação - 9 a 13
A perseguição mencionada aqui se refere aos discípulos que no princípio eram todos
judeus. Eles foram mortos em todas as nações para onde foram. Mas também se refere à
perseguição que os judeus tem sofrido no decorrer dos últimos dois mil anos.
Parece que a profecia de ter o amor esfriado deve ser aplicada apenas aos judeus e não
a igreja de hoje.
A perseverança para salvação mencionada no verso 13 não se refere a salvação do inferno.
Refere-se antes a salvação da tribulação e da qualificação para o reino.
Nos versos 10 a 13 certamente mostram a criação do ambiente apropriado para o
surgimento do anticristo. Escandalizar, trair e odiar serão a consequência da perseguição. Nos
dias do anticristo se levantará o maior dos falsos profetas descrito em Apocalipse 13:11.

4. O evangelho do reino será pregado - 14


A ênfase do evangelho da graça está no perdão dos pecados, na redenção de Deus e na vida
eterna; enquanto a ênfase do evangelho do reino está no governo celestial de Deus e no Senhorio
de Cristo.
Na verdade existe apenas um evangelho como afirma Paulo em Gálatas 1:6-8. O que temos
são ênfases distintas dentro do mesmo evangelho. O evangelho da graça enfatiza a questão dos
pecados e a redenção, enquanto que o evangelho do reino enfatiza a soberania do Senhor e o seu
senhorio.
Parece que esse evangelho será pregado por crentes judeus. Se for assim, isto é uma
referência aos 144 mil mencionados em Apocalipse 7.
De acordo com Apocalipse 3:10 a grande tribulação virá sobre todos os que habitam sobre
a terra, portanto é necessário que eles tenham uma oportunidade de escaparem dela recebendo o
evangelho.
O maior sinal da vinda do Senhor é a pregação do evangelho do reino.
Até aqui temos o princípio das dores. A Grande tribulação acontece a partir do verso 15.

5. A grande tribulação - 15 a 22
O abominável da desolação deve se referir a um ídolo (Dt. 29:17). Isto vai marcar o início
da grande tribulação. O Anticristo vai fazer uma aliança com Israel por sete anos, mas no meio
dos sete anos ele vai quebrar a aliança e dar início à grande tribulação (Dn. 9:25-27, 11:30-31 e
12:11)
A grande tribulação termina com a volta do Senhor no verso 29.
A sua duração será de 1260 dias ou três anos e meio (Ap. 11:3 e 12:6). O Anticristo e o
falso profeta são descritos em Ap. 13:1 a 6 e 13:11 a 15.
A abominação da desolação provavelmente será um ídolo com a própria imagem do
anticristo sendo colocada dentro do Templo. Daí concluímos que o Templo precisa ser
reconstruído, porque a grande tribulação começará justamente quando ele for profanado.
Quando a abominação da desolação for colocada no santo lugar os judeus precisarão fugir.
Nos versos 16 a 22 temos as circunstâncias dessa fuga.
Apocalipse 12:17 diz que o anticristo perseguirá os que guardam os mandamentos de Deus
e o testemunho de Jesus. Isso se refere a judeus e cristãos que não forem arrebatados.
Essa profecia é endereçada aos judeus. Se fosse para nós estaríamos esperando pelo
anticristo em vez de esperar pelo Senhor.
Creio que o arrebatamento dos crentes vencedores acontecerá antes do verso 15. Mas ainda
haverá crentes sobre a terra. No entanto é preciso que se esclareça que os crentes não vão sofrer a
grande tribulação, pois esta é a manifestação da ira de Deus e nós já fomos salvos da ira (Rm.
5:9).
Os crentes que estiverem aqui vão na verdade sofrer a perseguição e a ira do diabo
(Ap. 12:12).

6. Falsos cristos e falsos profetas - 23 a 28


Os judeus vão precisar ser avisados que o Cristo se manifestará nas nuvens do céu.
Ninguém deverá acreditar que ele está no deserto ou no interior da casa.
O verso 24 certamente é uma advertência contra o falso profeta descrito em Apocalipse
13:11-15.
Os cristãos não têm esse problema com falsos cristos, mas os judeus ainda esperam pelo
Messias, então eles podem ser enganados pelo anticristo durante a Grande tribulação. Eles
devem saber que o Messias virá nas nuvens com grande poder e glória.
No entanto, mesmo nós precisamos estar atentos porque o Senhor menciona quatro vezes o
problema dos falsos profetas (5, 11, 23 e 24). Isso indica quão grave será a situação do mundo.
A volta do Senhor nos ares não será um evento secreto para os judeus. Como sabemos, a
volta do Senhor tem dois aspectos: um oculto e outro às claras. No aspecto oculto ele vem como
ladrão para arrebatar os vencedores, enquanto que no aberto as claras ele volta nas nuvens para
salvar os judeus.
O verso 28 é bem misterioso. O cadáver é um corpo sem vida que certamente simboliza os
homens sem a vida de Cristo sobre a terra. Para Deus são apenas cadáveres ambulantes,
enquanto nós somos o corpo vivo de Cristo A palavra traduzida como “abutre” é “águia” no
original grego.
Em Apocalipse 19:17-18 as aves são um símbolo do juízo de Deus sobre a terra, então os
abutres aqui devem ter o mesmo significado.

2. Qual será o sinal da sua vinda


Os versículos 29 a 31 respondem a segunda pergunta dos discípulos: “quais serão os sinais
da segunda vinda?”

1. Sinais no céu - 29 a 31
Depois da tribulação ainda haverá sinais no céu e só então o Senhor virá.
Haverá no céu o sinal do Filho do homem. Não sabemos como será esse sinal, mas será
algo inequívoco e sobrenatural anunciando a vinda do Senhor.
Esse sinal do sol escurecer e a lua não dar a sua claridade parece que vai acontecer duas
vezes, no começo e no final da Grande tribulação.
Joel 2:31 diz claramente que isso acontecerá antes que venha o grande e terrível Dia do
Senhor.
O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha o
grande e terrível Dia do SENHOR. Jl. 2:31
Por outro lado o mesmo evento é descrito em Apocalipse 6 por ocasião do sexto selo. Nós
sabemos que a Grande tribulação é o conteúdo do sétimo selo.
Vi quando o Cordeiro abriu o sexto selo, e sobreveio grande terremoto. O
sol se tornou negro como saco de crina, a lua toda, como sangue, as
estrelas do céu caíram pela terra, como a figueira, quando abalada por
vento forte, deixa cair os seus figos verdes, e o céu recolheu-se como um
pergaminho quando se enrola. Então, todos os montes e ilhas foram
movidos do seu lugar. Os reis da terra, os grandes, os comandantes, os
ricos, os poderosos e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas
e nos penhascos dos montes e disseram aos montes e aos rochedos: Caí
sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e da ira
do Cordeiro, porque chegou o grande Dia da ira deles; e quem é que pode
suster-se? Ap. 6:12-17

2. Logo em seguida à tribulação - 29


O verso 29 diz que a volta do Senhor será depois da tribulação daqueles dias.

3. Jerusalém será pisada pelos gentios - Lc. 21:20-24


A passagem de Lucas 21:20-24 é uma passagem paralela e parece-nos que um sinal já se
cumpriu, ou seja, o sinal do tempo dos gentios pisarem Jerusalém.
Até que os tempos dos gentios se completem, Jerusalém será pisada por
eles. Lc. 21:24

3. Qual será o sinal da consumação dos séculos


Até o verso 31 tudo se refere aos judeus, mas a partir do verso 32 tudo se refere à igreja.
1. A figueira representa Israel - 32 e 33
Podemos dizer que os gentios pisarão Jerusalém até que se completem os tempos.
Precisamos olhar para Israel pois Israel é a figueira que sinaliza a mudança dos tempos.
O inverno significa o tempo de sequidão e tribulação. Foram quase dois mil anos de um
longo inverno, mas agora vemos os brotos e as folhas.
A restauração de Israel ainda não é plena, ainda há muita contenda com os árabes e os
palestinos, mas quando ela se completar então virá o fim.

2. Esta geração não passará - 34 a 36


A expressão “esta geração” pode significar que a figueira florescerá durante o período de
uma geração, ou seja 40 anos segundo o costume judeu.
Pode ainda significar que aquela geração viria já em seus dias o cumprimento de algumas
profecias como a destruição de Jerusalém e do Templo.
Pode ainda ser que o sentido da palavra “geração” aqui seja o mesmo de Mateus 11:16,
12:39, 41,42 e 45 e Provérbios 30:11-14 e não de acordo com Mateus 1:17. Isto significa que a
condição da geração em relação a Cristo não mudará até que ele venha.
Particularmente creio que o Senhor está se referindo à geração que verá a figueira com as
folhas brotando. A volta do Senhor não passaria portanto dessa geração.
De qualquer forma todos os sentidos acima devem estar corretos e contribuem para a
compreensão do texto.

3. Como nos dias de Noé - 37 a 39


Podemos entender o paralelo entre os dias de Noé e os últimos dias da seguinte maneira:
A condição humana será como nos dias de Noé – viviam em função do prazer e do
dinheiro.
Como Noé e sua família foram preservados, os santos serão guardados naqueles dias (Ap.
12). Na verdade Noé passou pelo dilúvio, mas foi guardado pela Arca.
O dilúvio destruiu a todos, exceto Noé e sua família. Quando Noé entrou na Arca veio o
dilúvio. O arrebatamento provavelmente será um fator que desencadeará a grande tribulação. O
fator principal será o abominável da desolação sendo colocado no lugar santo.

4. O arrebatamento antes da vinda - 40 a 42


Por causa do verso 42 fica claro que esse texto se refere a crentes, pois a exortação são para
aqueles que têm o Senhor. O texto diz que não sabemos a que hora virá o nosso Senhor.
O Senhor não é senhor dos incrédulos e nem manda incrédulos vigiarem. Esse texto
portanto se refere a pessoas convertidas.
A questão do arrebatamento é colocada de maneira simples, ambos estarão trabalhando e
um será tomado e deixado o outro. Não precisamos nos tornar monges para sermos
arrebatados, podemos trabalhar de maneira normal em nosso dia a dia..
O que diferencia os dois irmãos é a questão da maturidade. Os crentes vencedores são
aqueles que estão maduros e, portanto, prontos para serem colhidos.

5. O arrebatamento será como um ladrão - 43 a 44


A vinda do senhor tem dois aspectos: um oculto e outro às claras. O aspecto oculto é o
arrebatamento a respeito do qual a Palavra de Deus diz que será como o ladrão de noite.
Sobre o arrebatamento não existem muitos sinais e por isso somos exortados a vigiar e
orar.
O segundo aspecto, às claras, é a volta do Senhor propriamente dita que acontecerá depois de
uma série de sinais: a vinda do anticristo, a grande tribulação, a marca da besta, o falso profeta,
o sol escurecerá e a lua será como sangue. Quando esses sinais acontecerem o Senhor virá nas
nuvens.
O arrebatamento e a volta de Jesus
Aula 6

Os sinais da consumação dos séculos


Em nossa aula anterior compartilhamos sobre a primeira parte da profecia de Mateus 24 a
que foi endereçada aos judeus. A partir do verso 32 temos a segunda parte da profecia dada por
Jesus e a sua resposta à terceira pergunta dos discípulos a respeito da consumação dos séculos.
Nessa parte o Senhor usa quatro sinais espirituais para falar do arrebatamento. Vamos ver
cada um deles de forma mais detalhada.

O sinal da figueira - 32 a 36
A terceira pergunta que os discípulos fizeram a Jesus foi: “Qual será o sinal da consumação
dos séculos?” O Senhor mostra que Israel é esse sinal profético.
Tinha um cesto figos muito bons, como os figos temporãos; mas o outro,
ruins, que, de ruins que eram, não se podiam comer.
Assim diz o SENHOR, o Deus de Israel: Do modo por que vejo estes bons
figos, assim favorecerei os exilados de Judá, que eu enviei deste lugar
para a terra dos caldeus.
Como se rejeitam os figos ruins, que, de ruins que são, não se podem
comer, assim tratarei a Zedequias, rei de Judá, diz o SENHOR, e a seus
príncipes, e ao restante de Jerusalém, tanto aos que ficaram nesta terra
como aos que habitam na terra do Egito. Jr. 24:2, 5 e 8
A figueira é um símbolo espiritual de Israel (Jr. 24:2, 5 e 8). Anteriormente o Senhor tinha
amaldiçoado a figueira que tinha apenas folhas mas não frutos. A maldição era sobre os judeus
que possuíam aparência exterior sem realidade (Mt. 21:19).
E, vendo uma figueira à beira do caminho, aproximou-se dela; e, não
tendo achado senão folhas, disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti! E a
figueira secou imediatamente. Mt. 21:19
A figueira passou por um longo inverno até 1948 quando então a nação de Israel foi
restaurada. O inverno significa o tempo da seca, a época da tribulação. A primavera aponta para
o arrebatamento (Ct. 2:10-14). O verão significa o reino restaurado que começará com a vinda de
Cristo (Lc. 21:29-31).
O Senhor disse que o Templo seria destruído e a nação de Israel seria espalhada por todas
as nações.
Cairão a fio de espada e serão levados cativos para todas as nações; e, até
que os tempos dos gentios se completem, Jerusalém será pisada por eles.
Lc. 21:24
Em 1948 a Nação de Israel foi restaurada, mas em 1967 Jerusalém foi reconquistada e feita
novamente a capital do povo judeu. Isso certamente é um sinal de que o tempo dos gentios está
acabando. No verso 33 de Mateus 24 o Senhor diz que quando virmos a figueira dando as suas
folhas devemos saber que o fim está próximo, às portas.
A nação de Israel é um sinal para nós da volta do Senhor. Devemos orar por Israel e ficar
atentos ao que acontece ali. A restauração de Israel ainda não está completa. Para que a profecia
se cumpra o Templo ainda precisa ser reconstruido. Será nesse Templo reconstruido que o
anticristo colocará a sua imagem para ser adorada. Esse é o abominável da desolação que dará
início à Grande Tribulação (Mt. 24:15).
No verso 34 o Senhor diz que não passaria aquela geração sem que tudo se cumprisse. Por
causa disso muitos acreditam que a profecia de Mateus 24 já se cumpriu. Mas a expressão “esta
geração” pode significar que a figueira florescerá durante o período de uma geração, ou seja 40
anos segundo o costume judeu. Isto significa que aquela geração viria já em seus dias o
cumprimento de algumas profecias como a destruição de Jerusalém e do Templo.
Pode ainda ser que o sentido da palavra “geração” aqui seja o mesmo de 11:16, 12:39,
41,42 e 45 e Provérbios 30:11-14 e não de acordo com 1:17. Isto significa que a condição da
geração em relação a Cristo não mudará até que ele venha.
Particularmente creio que o Senhor está se referindo à geração que verá a figueira com as
folhas brotando, ou seja, a nossa geração. A volta do Senhor não passaria portanto dessa geração.
Se for assim precisamos estar muito atentos a duas datas: 1948 quando a nação de Israel voltou a
existir, e 1967 quando Jerusalém foi reconsquistada.
O verso 36 diz que “a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus,
nem o Filho, senão o Pai.” Evidentemente devemos lembrar que o Senhor Jesus na posição de
filho do homem não sabe, mas hoje ele foi glorificado.

O sinal dos dias de Noé - 37 a 39


Podemos entender o paralelo entre os dias de Noé e os últimos dias da seguinte maneira:
A condição humana será como nos dias de Noé – viviam em função do prazer e do
dinheiro.
Como Noé e sua família foram preservados, os santos serão guardados naqueles dias (Ap.
12). Na verdade Noé passou pelo dilúvio, mas foi guardado pela Arca.
O dilúvio destruiu a todos, exceto Noé e sua família. Quando Noé entrou na Arca veio o
dilúvio. O arrebatamento provavelmente será o fator que desencadeará a grande tribulação.
O Senhor disse que assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do
Homem. Como eram as pessoas nos dias de Noé? Podemos mencionar pelo menos sete
características.

1. Depois do nascimento de Enos elas passaram a invocar o Senhor. Isso significa que
antes de Enos elas adoravam a Deus criador, mas não a Jeovah. Há uma diferença nisso. Adorar
a Jeovah significa adorar o salvador. Hoje as pessoas não são anti-Deus, mas elas são anti-Cristo.
Não se importam de falar de um criador, mas rejeitam o salvador.
A Sete nasceu-lhe também um filho, ao qual pôs o nome de Enos; daí se
começou a invocar o nome do SENHOR. Gn. 4:26
2. Em Gênesis 4:19-22 se menciona o nome de várias mulheres. Os seus nomes são muito
significativos. Ada significa ornamento, Zilá significa tela ou aparência e, Naamá significa
encanto. Elas eram belas e frívolas. Veja as mulheres de hoje, o que se gasta com beleza e roupas
é algo sem precedentes.

3. Em Gênesis 4 se menciona a edificação de cidades com artistas e músicos. Hoje 60% da


população mundial vive em grandes cidades. Esse é um sinal profético, a explosão de mega
cidades. É notório que a iniquidade se multiplicou quando o homem passou a habitar em grandes
cidades.

4. Antes do dilúvio havia duas linhagens de homens na terra, os filhos dos homens e os
filhos de Deus. No final as duas linhagens se misturaram e somente Noé achou graça diante de
Deus. Hoje vivemos um tempo onde muitas igrejas têm se misturado com o mundo e perdido o
seu sabor de sal.

5. Gênesis 6:1 diz que a população do mundo começou a se multiplicar, exatamente como
tem acontecido hoje. Já somos sete bilhões de pessoas sobre a terra. Ninguém pode negar que
esse é um sinal profético.

6. Judas 14 e 15 diz que Enoque profetizou a vinda do Senhor, mas a sua pregação foi
ignorada pelo mundo. Hoje temos a mesma situação. As pessoas do mundo ouvem a pregação do
arrebatamento e da volta de Jesus apenas como um folclore evangélico.
Quanto a estes foi que também profetizou Enoque, o sétimo depois de
Adão, dizendo: Eis que veio o Senhor entre suas santas miríades, para
exercer juízo contra todos e para fazer convictos todos os ímpios, acerca
de todas as obras ímpias que impiamente praticaram e acerca de todas as
palavras insolentes que ímpios pecadores proferiram contra ele. Jd. 1:14-
15

7. Gênesis 6:1-2 diz que os filhos de Deus se uniram às filhas dos homens. Muitos mestres
da palavra concordam que esses filhos de Deus mencionados ali são anjos, portanto isso mostra
um tipo de feitiçaria. Hoje bruxos e feiticeiros são os heróis de nossos filmes.
O sinal de Noé é para mostrar que assim como eram as condições nos dias de Noé assim
será em nossos dias. E assim como o dilúvio veio subitamente sobre eles, também o Filho do
homem virá repentinamente sobre esse mundo brevemente.

3. O arrebatamento antes da vinda - 40 a 42


Então, dois estarão no campo, um será tomado, e deixado o outro; duas
estarão trabalhando num moinho, uma será tomada, e deixada a outra.
Mt. 24:40-41
De acordo com o contexto, “então” aqui significa naquela hora, naquele momento. Isso
mostra que enquanto as pessoas do mundo estão embriagadas com os prazeres, alguns crentes
sóbrios e vigilantes serão tomados.
Os dois homens devem ser irmãos e as duas mulheres devem ser irmãs no Senhor. Digo
isso porque o verso 42 diz que não sabemos a que hora virá o nosso Senhor.
O Senhor não é senhor dos incrédulos e nem manda incrédulos vigiarem. Esse texto
portanto se refere a pessoas convertidas.
Ser tomado significa ser arrebatado antes da Grande tribulação. Esse arrebatamento é um
sinal da vinda do Senhor e um sinal para o povo judeu.
A questão do arrebatamento é colocada de maneira simples, ambos estarão trabalhando e
um será tomado e deixado o outro. Não precisamos nos tornar monges para sermos arrebatados,
podemos trabalhar de maneira normal.
Quando fala dos dias de Noé o Senhor diz que eles comiam, bebiam e se casavam. Mas
quando fala dos crentes diz que eles estavam trabalhando. Isso certamente fala de uma atitude
diante da vida. O arrebatamento não acontece enquanto os irmãos estão orando, mas enquanto
estão trabalhando.
Muitos dizem que a condição para ser arrebatado é apenas ter nascido de novo. No entanto
se a única condição para ser arrebatado é o novo nascimento, então não faz sentido o Senhor
mandar vigiar. Vigiar para quê, se já somos salvos?
Acautelai-vos por vós mesmos, para que nunca vos suceda que o vosso
coração fique sobrecarregado com as conseqüências da orgia, da
embriaguez e das preocupações deste mundo, e para que aquele dia não
venha sobre vós repentinamente, como um laço. Pois há de sobrevir a
todos os que vivem sobre a face de toda a terra. Vigiai, pois, a todo tempo,
orando, para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder
e estar em pé na presença do Filho do Homem. Lc. 21:34-36
Fica evidente que as duas mulheres e os dois homens são salvos, pois o Senhor não
mandaria um não convertido vigiar. Os que ficam são também salvos e deverão passar pela
grande tribulação quando serão perseguidos pelo anticristo.
O que diferencia os dois irmãos é a questão da maturidade. Os crentes vencedores são
aqueles que estão maduros e prontos para serem colhidos.

4. O sinal do pai da família e o ladrão - 43 e 44


Existem quatro elementos nessa parábola: a casa, o pai da família, o ladrão e o ato de
roubar.
A casa aponta para a obra do crente. Hebreus 3:6 fala da casa que é o crente, Marcos 13:34
fala da casa do Senhor e Mateus 7:24 fala como o crente edifica a sua casa.
Se a casa se refere às nossas obras, então naturalmente o dono da família se refere a nós.
O ladrão aqui tipifica o Senhor (leia I Ts. 5:2, II Pe. 3:10, Ap. 3:3 e 16:15).
Um ladrão comum causa perdas ao dono da casa, mas o Senhor nos dá bênçãos ainda
maiores. Um ladrão comum não avisa quando vem roubar, mas o Senhor nos diz
antecipadamente que ele está vindo. O ladrão comum nos defrauda, mas o Senhor nos leva para o
trono.
O motivo do Senhor usar essa parábola é para mostrar que a sua volta no arrebatamento
será imprevisível e que por isso mesmo precisamos vigiar.
Mas vós, irmãos, não estais em trevas, para que esse Dia como ladrão vos
apanhe de surpresa; porquanto vós todos sois filhos da luz e filhos do dia;
nós não somos da noite, nem das trevas. Assim, pois, não durmamos como
os demais; pelo contrário, vigiemos e sejamos sóbrios. Ora, os que
dormem dormem de noite, e os que se embriagam é de noite que se
embriagam. Nós, porém, que somos do dia, sejamos sóbrios, revestindo-
nos da couraça da fé e do amor e tomando como capacete a esperança da
salvação; porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançar a
salvação mediante nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu por nós para
que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos em união com ele. I Ts. 5:4-
10
O Arrebatamento será um sinal para os judeus, mas para os crentes que ficarem será um
sinal de que a grande tribulação está para começar.
A vinda do Senhor tem dois aspectos: um oculto e outro às claras. O aspecto oculto é o
arrebatamento a respeito do qual a Palavra de Deus diz que será como o ladrão de noite.
Sobre o arrebatamento não existem muitos sinais e por isso somos exortados a vigiar e
orar.
O segundo aspecto, às claras, é a volta do Senhor propriamente dita que acontecerá depois de
uma série de sinais: a vinda do anticristo, a grande tribulação, a marca da besta, o falso profeta, o
sol escurecerá e a lua se tornará como sangue. Quando esses sinais acontecerem o Senhor virá
nas nuvens e todo olho o verá.

Você também pode gostar