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Revista

INTEGRADO
Publicação Especial – União Centro Oeste Brasileira
Nossa visão
Ser igreja é ser amigo
+ COMUNHÃO + RELACIONAMENTO + MISSÃO

S
er igreja é ser amigo” – não 2) a relação entre os crentes; e 3) uma abordagem relacional de evan-
é um lema com palavras bo- gelização, baseada no conceito bíblico de discipulado.
nitas para nós. Este não é o
SUMÁRIO tema do programa de um ano de CRISTO E SEUS DISCÍPULOS
trabalho. Por trás destas palavras 1. Ele considerou seus discípulos como amigos - “Já vos não
existem conceitos profundos de chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor;

03 NOSSA VISÃO
uma visão de igreja e discipulado mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu
que norteiam toda nossa forma de Pai vos tenho feito conhecer” (João 15:15).
Ser Igreja é ser amigo ser igreja e fazer discípulos. Esta- 2. Ele era amigo dos homens - “Assim falou; e depois disse-lhes:
mos querendo romper com uma Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono” (João
10 + COMUNHÃO postura distorcida do conceito bí- 11:11).
Tornando-se um verdadeiro amigo de Deus blico de ser igreja e de como vive a 3. A obediência é a demonstração de nossa amizade com Ele
Igreja de Deus aqui na terra. - “Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando” (João

16 + RELACIONAMENTO
A linguagem universal da amiza- 15:14).
de toca especialmente a nova gera- 4. Até o traidor foi chamado de amigo - “Jesus, porém, lhe disse:
Tornando-se amigo dos membros da minha comunidade ção, com quem queremos estabe- Amigo, a que vieste? Então, aproximando-se eles, lançaram mão
lecer uma forte ligação. Contudo, de Jesus, e o prenderam” (Mateus 26:50).
22 + MISSÃO também alcança os mais velhos 5. A maior demonstração de amor dele foi para com os seus
Discipulando pessoalmente um novo amigo com relevância. O conceito deriva amigos - “Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém
de uma reflexão bíblica sobre três a sua vida pelos seus amigos” (João 15:13).
28 NOVA GERAÇÃO pontos: 1) o tipo de relacionamen-
to de Cristo com Seus discípulos;
Tornando a nossa igreja mais jovem

24 CRONOGRAMA
Roteiro de ações para a consolidação da visão na igreja local

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ao formato digital da revista.

expediente
Edição atualizada 2017
Coordenação Geral Conteúdo
Pr. Alijofran Brandão Pr. Jair Góis Pr. Manoel Nunes Todos os direitos reservados à
Pr. Jim Galvão Pr. Jomarson Dias Pr. Mark Wallacy Prof. Pedro Frozza União Centro-Oeste Brasileira.
Pr. Jairo dos Anjos Pr. Joni Oliveira Pr. Richard Figueredo Profa. Eleni Wordel

Imagens Tiragem: 4150 Impressão:


depositphotos Casa Publicadora Brasileira
3
4 Ser Igreja é Ser Amigo

RELAÇÕES ENTRE OS CRENTES cipulava. “E subiu ao monte, e vra de Deus, Paulo compro-
1. Relação profunda - “Em todo o tempo ama o amigo e para a hora chamou para si os que ele quis; metia-se pessoalmente com
da angústia nasce o irmão”. Prov. 17:17 “...mas há amigos mais e vieram a ele. E nomeou doze aqueles a quem queria salvar.
chegados que um irmão” (Prov. 18:24). para que estivessem com ele e “Assim nós, sendo-vos tão afei-
2. Relação que produz crescimento - “Tal como o ferro é traba- os mandasse a pregar” (Marcos çoados, de boa vontade qui-
lhado com o próprio ferro, assim uma pessoa se cultiva em conta- 3:13,14). séramos comunicar-vos, não
to com os amigos” (Prov. 27:17). 3. Prática da Igreja Primitiva somente o evangelho de Deus,
3. Relação abundante - “E o Senhor vos aumente, e faça crescer Os membros da igreja primitiva mas ainda as nossas próprias
em amor uns para com os outros, e para com todos, como tam- vivenciavam relacionamentos almas; porquanto nos éreis
bém o fazemos para convosco;” (1 Tessalonicenses 3:12). reais e profundos no cotidiano. muito queridos” (1 Tessaloni-
4. Relação autêntica - “O amor seja não fingido. Aborrecei o mal - “E perseveravam na doutrina censes 2:8).
e apegai-vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos outros com dos apóstolos, e na comunhão, 5. Confirmação da Palavra verdades do caminho da salvação. Não mandava que os discípulos
amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros” (Roma- e no partir do pão, e nas ora- profética – “Por três anos e fizessem isto ou aquilo, mas dizia: ‘Segue-Me’. Marcos 2:14. Em
nos 12:9,10). ções... E todos os que criam meio, estiveram os discípulos Suas jornadas através dos campos e das cidades, levava-os com
5. Relação Intensa - “Purificando as vossas almas pelo Espírito na estavam juntos, e tinham tudo sob a direção do maior Profes- Ele para que pudessem ver como ensinava o povo. Viajavam com
obediência à verdade, para o amor fraternal, não fingido; amai-vos em comum... E, perseverando sor que o mundo já conheceu. Ele de um lugar a outro. Tomavam parte nas Suas frugais refei-
ardentemente uns aos outros com um coração puro;” (1 Pe. 1:22). unânimes todos os dias no tem- Por associação e contato pesso- ções e, como Ele, estiveram algumas vezes famintos e não raro
6. Relacionamento que comprova o discipulado - “Nisto todos plo, e partindo o pão em casa, al, Cristo preparou-os para Seu cansados. Estiveram com Ele nas ruas apinhadas, junto ao lago
conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos ou- comiam juntos com alegria e serviço. Dia a dia, caminhavam e no solitário deserto. Viram-nO em todos os aspectos da vida”
tros” (João 13:35). singeleza de coração, louvan- a Seu lado, conversando com (Atos dos Apóstolos, p. 10).
7. Baseado no mandamento de Cristo - “O meu mandamento do a Deus, e caindo na graça Ele, ouvindo Suas palavras
é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei” de todo o povo. E todos os dias de ânimo aos cansados e que- NOSSA MISSÃO: FAZER DISCÍPULOS
(João 15:12). acrescentava o Senhor à igreja brantados, e vendo a manifes- Para destacar o propósito da igreja aqui na Terra, a seguinte sele-
aqueles que se haviam de sal- tação de Seu poder em favor ção de textos bíblicos e do Espírito de Profecia nos ajudam a ter uma
DISCIPULADO RELACIONAL var” (Atos 2:42,44,46,47). dos doentes e sofredores. Às visão geral:
1. Prática comum desde o Antigo Testamento 4. Maneira de Paulo discipular vezes, Ele os instruía, assen- “Porque o Filho do Homem veio salvar o que se havia perdido”
Uma pessoa escolhia outra e por meio de um Além de compartilhar a Pala- tando-Se entre eles junto às (Mateus 18:11). “Assim como o Pai me enviou eu também vos envio”
companheirismo contínuo um discipulava montanhas; outras vezes, junto (João 20:21).
o outro. “Partiu, pois, Elias dali, e achou ao mar ou andando pelo cami- “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo
a Eliseu...; e Elias passou por ele, e nho, lhes revelava os mistérios de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes
lançou a sua capa sobre ele. Então do reino de Deus. Onde quer daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” (I
deixou ele os bois, e correu que houvesse corações aber- Pedro 2:9).
após Elias; e disse: Deixa- tos para receber a “Ide, portanto, e fazei discípulos de todas as nações” (Mateus
me beijar a meu pai e a divina mensagem, 28:19).
minha mãe, e então te se- Ele desdobrava as “Quando Ele subiu às alturas... concedeu dons... com vistas ao
guirei...; então se levantou aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do
e seguiu a Elias, e o servia” Seu serviço...” (Efésios 4:8 e12).
(1 Reis 19:19-21). “Vi outro anjo voando pelo meio do céu,
2. Método usado por Jesus tendo um evangelho eterno para pregar... a
Jesus escolheu um gru- cada nação, e tribo, e língua e povo,...”
po pequeno, e por meio (Apoc. 14:6).
de uma convivência con- Jesus veio ao mundo com o propósito
tínua e profunda, os dis- de salvar pecadores e ao retornar ao céu,
enviou Sua igreja para dar continuidade ao
Seu propósito salvífico. A igreja foi eleita para

5
6 Ser Igreja é Ser Amigo

testemunhar do Seu amor e obra salvadora. Fazer discípulos por meio e o homem. Cristo confia a Seus ser supridas apenas por pessoas” (A to doutrinário, para ser desenvolvimento de relacionamentos saudá-
dos dons espirituais foi a ordem dada à igreja. seguidores uma obra individual — Arte Perdida de Fazer Discípulos, p. 58). veis com Deus e o meu próximo. “Ninguém tem maior amor do que
uma obra que não pode ser feita por este de dar alguém a sua vida pelos seus amigos” (João 15:13). A par-
O Discípulo procuração. O serviço aos pobres e UMA NOVA PERSPECTIVA tir do exemplo de Cristo Jesus, entendemos que o os relaciomentos
Quando pensamos no discípulo, não estamos falando de um mem- enfermos, o anunciar o evangelho “SER IGREJA É SER AMIGO” vivenciados como igreja devem ser pautados por amizades genuínas.
bro de igreja. Alguém que, simplesmente, seja um “papa” sermões, aos perdidos, não deve ser deixado Uma igreja relacional – gen-
programas, eventos e vive uma vida morna “esquentando” bancos na a comissões ou caridade organiza- te cuidando de gente em comuni- NOSSO PROCESSO DE DISCIPULADO
igreja. Estamos falando de alguém que tem uma vida de comunhão da. Responsabilidade individual, dades de amor. Este é o nosso pro- Amizades construídas na presença de Deus nos levará a relacio-
com Deus. Falamos de alguém que participa em uma comunidade individual esforço e sacrifício pes- pósito: trazer o foco da igreja física namentos saudáveis com nossos amigos da igreja, com quem ado-
(PG) e vive relacionamentos saudáveis que promovem o crescimento soal são exigências evangélicas” (A (templo) para a igreja viva (gente), ramos juntos. Com esses vivemos os valores do reino de Deus em
nesta comunidade. Ele é alguém que está utilizando seus talentos Ciência do Bom Viver, p. 147). e isso envolve as pessoas e seu re- comunidade (PG). Nos pequenos grupos amamos e somos amados;
para alcançar os de fora desse círculo de relacionamento. Esta visão distorcida levou a lacionamento com Deus e com o cuidamos e somos cuidados; discipulamos e somos discipulados; ser-
Embora a definição de um discípulo possa envolver muitos aspec- enfatizarmos programas, projetos, seu semelhante. Em que a ênfase vimos e somos servidos. Vivenciamos relacionamentos cristãos genu-
tos, aqui estamos destacando o relacionamento. No conceito de “Ser material, shows e impactos. Evan- não está no que fazemos na igre- ínos que nos levam ao amadurecimento como verdadeiros discípulos
Igreja é Ser Amigo”, discípulo é sinônimo de amigo. Pois o discípulo gelizar passou a ser sinônimo de ja, mas sim no que fazemos como de Cristo, e não como meros membros de uma igreja, focados em nós
que buscamos é aquele que é um verdadeiro amigo de Deus, amigo fazer algum evento ou levar pes- igreja. mesmos.
dos membros de sua comunidade (PG) e está envolvido pessoalmen- soas para o templo e parece que a Nessa perspectiva, evange- Há também um impulso missionário que nos leva ao encontro
te na conquista e salvação de um novo amigo. igreja não se move de outra manei- lizar deixa de ser trazer alguém daqueles que ainda não conhecem toda a verdade. Com esses, bus-
“Todo verdadeiro discípulo nasce no reino de Deus como missio- ra. Fazer discípulos é simplesmen- para o templo, e passa a ser trazer caremos primeiramente construir amizades sinceras para fazê-los
nário. Aquele que bebe da Água viva, faz-se fonte de vida. O deposi- te sinônimo de convencer alguém um novo amigo para minha vida, verdadeiros amigos de Deus. Usando nossos dons em ministérios
tário torna-se doador. A graça de Cristo no coração de nossas doutrinas e trazer para a e juntos aprendermos a amar a contínuos, os serviremos no que estiver ao nosso alcance, para con-
é uma vertente no deserto, fluindo para refrigério nossa igreja (templo). Os relacio- Deus e ao semelhante. Fazer dis- quistá-los para o nosso circulo de amizade. Levando-os para nossa co-
de todos, e tornando os que estão prestes a perecer, namentos são formais, funcionais cípulos deixa de ser, simples- munidade (PG), compartilhando nossa vida com eles os ajudaremos
ansiosos de beber da Água da vida” (O Desejado e superficiais. E nesse contexto, mente, sinônimo de convencimen- na jornada de se tornarem verdadeiros amigos de Deus.
de Todas as Nações, p. 195). todos somos “irmãos” – aquele
que eu não sei o nome ou não
DESVIOS NO CAMINHO estou interessado em saber
Por alguma razão a igreja deixou de priorizar de sua vida e lutas.
as pessoas e passou a focar em si mesma e na Contudo, LeRoy
sua estrutura. O conceito de igreja mudou para Eims, afirma que
representar apenas um prédio, seus rituais, seu “cada um de nós
corpo doutrinário ou sua estrutura hierárqui- tem necessidades
ca de funcionamento. Quando se pensa em especiais que só
igreja, normalmente se pensa em um lugar ou podem ser preen-
denominação e não em pessoas e relaciona- chidas por outras
mentos. pessoas. Nenhum
“Há por toda parte a tendência de substituir o sistema ou pro-
esforço individual pela obra de organizações. A sa- grama, mesmo
bedoria humana tende à consolidação, à centraliza- que funcione
ção, à edificação de grandes igrejas e instituições. maravilhosamen-
Muitos deixam às instituições e organizações a te, atenderá às neces-
obra da beneficência; eximem-se do contato com sidades humanas. Por
o mundo, e seu coração torna-se frio. Ficam ab- sermos indivíduos, te-
sorvidos consigo e insensíveis à impressão. Extin- mos necessidades in-
gue-se-lhes no coração o amor para com Deus dividuais que podem

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8

+ COMUNHÃO + RELACIONAMENTO + MISSÃO + COMUNHÃO + RELACIONAMENTO + MISSÃO

VISÃO TRADICIONAL NOSSA VISÃO


VISÃO TRADICIONAL NOSSA VISÃO

Prédios Trazer para o templo Alcançar para a comunidade (PG)


Programas Pessoas
Convencer Aprender juntos
Liturgias Batizar Fazer amigos
A IGREJA EVANGELIZAR
* Focada em: * Focada em: * Discipular: * Discipular:
1. Trazer para: 1. Trazer para:
2. Fazer: 2. Fazer:
Visão Tradicional Nossa Visão
Visão Tradicional Nossa Visão

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

VISÃO TRADICIONAL NOSSA VISÃO

QUANDO PENSO EM IGREJA

SER DISCÍPULO
SER MEMBRO

Batizado Amigo de Deus


Vai à igreja Amigo da comunidade (PG) Eu sou mais focado em:
Tem um cargo Amigo dos que não conhecem a Cristo
DISCÍPULO
* Prioriza: * Prioriza:

COMO DISCÍPULO
Eu priorizo mais o:
Visão Tradicional Nossa Visão

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

NOS RELACIONAMENTOS NA IGREJA


VISÃO TRADICIONAL NOSSA VISÃO
Eu sou movido principalmente por:

Funcionais Genuínos
Superficiais Profundos
“Irmão” RELACIONAMENTOS “Amigos”
EU
NO EVANGELIZAR
* Movidos pela: * Movidos pelo:
Eu comumente entendo discipulado como:
* Focada: EVENTOS / RELACIONAMENTOS
* Prioriza: O FAZER / O SER
Visão Tradicional Nossa Visão * Movidos: NECESSIDADE / AMOR
* Discipular: 1. PRÉDIO 2. EVENTOS / 1. VIDA 2. AMIGOS

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
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+ COMUNHÃO
10 Ser Igreja é Ser Amigo

CADA DIA – Em Êxodo 16:19, a nhecido a Deus o que somos; mas sim para nos habilitar a recebê-Lo.
ordem foi: “comei-o hoje”. Não se A oração não faz Deus baixar a nós, mas eleva-nos a Ele” (Caminho a
podia deixar para o dia seguinte. A Cristo, p. 93).
Tornando-se um verdadeiro experiência espiritual precisa ser O outro lado da moeda é o estudo da Bíblia. Toda vida devocional

amigo de Deus
renovada todos os dias. Aquilo com consistente passa pelo estudo sistemático da Palavra de Deus. Se pela
que me alimento hoje, basicamen- oração nós falamos com Deus, através da Bíblia Ele se revela a nós.
te serve só para hoje. A Palavra de Cada verdadeiro amigo de Deus deve desenvolver o hábito de dedicar
Deus deve ser consumida todos os tempo ao estudo diário da Bíblia. Ela alimenta a alma e fortalece nos-
dias. sa amizade com Deus.

CADA MANHÃ – No verso 21, AUXÍLIOS PARA A COMUNHÃO


diz: “Vindo o calor do Sol se derre- A igreja dispõe de projetos para fortalecer a vida devocional dos
tia”. Com o raiar do Sol vem as ati- seus membros, como os 10 dias de oração, seminários de enriqueci-
vidades diárias. Jesus ia à presença mento espiritual, dentre outros. Existem também diversos materiais
do Pai muito cedo, para em meio para fortalecer e direcionar o estudo da Bíblia, como meditações ma-
à tranquilidade do amanhecer en- tinais, jornadas, livros devocionais etc. Mas o principal deles é a lição
contrar o pão espiritual. O melhor da Escola Sabatina. Ela é um guia de estudo sistemático e diário da
momento para encontrar o maná Bíblia. Está entre nós desde os primeiros anos do adventismo, colabo-
celestial é nas primeiras horas da rando significativamente para a formação de nossa identidade como
manhã. Se possível antes do sol igreja.
aparecer.
NOSSA META
OS DOIS LADOS DA Desejamos 100% dos membros com a lição da Escola Sabatina
COMUNHÃO (LES) estudando diariamente. Adultos, jovens, adolescentes e crian-

A
Bíblia nos revela que a despeito do pecado, é possível manter que afirmou ser “o pão da vida”, A comunhão essencialmente se ças precisam ter sua lição e estudá-la diariamente. Cada igreja deve
uma vida de relacionamento pessoal com Jesus. Ele próprio o verbo feito carne, a Palavra de dá mediante a oração e o estudo mobilizar-se para que ninguém fique sem a sua lição.
disse que a vida eterna consiste em conhecer a Deus como o Deus (João 6:35). da Bíblia. Não podemos abrir mão
único Deus verdadeiro (João 17:3). Eles tinham que sair, caminhar da conversa com Deus através da O PROJETO MANÁ
Ter amizade com Jesus é um grande privilégio. A fim de receber e colher. O maná não aparecia no oração constante, pessoal e que Este projeto consiste em um mutirão de assinaturas da LES. Ele é
orientação e preparo para os últimos dias desse mundo, manter um prato. Buscar intencionalmente o flua do coração e não apenas ri- liderado pela Escola Sabatina e deve envolver toda a Igreja para pro-
relacionamento de amizade genuína com Ele é uma necessidade. reino de Deus é fundamental na tos. Dedicar tempo para derramar mover a aquisição e o estudo da lição da Escola Sabatina.
Como todo relacionamento, conhecer e ser amigo de Cristo im- vida cristã. A comunhão não acon- o coração perante o Senhor, como
plica dedicar tempo. Tempo para orar, meditar e estudar a Palavra de tecerá por acaso à nossa vida. É se abre o coração a um amigo, é o
Deus. Como Adventistas do Sétimo Dia temos o privilégio de estudar necessário que se façam esforços segredo para uma vida devocional
a Bíblia e conhecer a Jesus por meio do estudo da lição da Escola planejados para desenvolvê-la e rica.
Sabatina. praticá-la. “A oração é o abrir do coração a
Deus como a um amigo. Não que
PROPÓSITO CADA UM – A ideia bíblica da seja necessário, a fim de tornar co-
Desejamos levar os membros de cada igreja a ter uma vida de rela- salvação não é corporativa, é indi-
cionamento pessoal e verdadeira amizade com o nosso melhor amigo, vidual; por isso, em Êxodo 16:16
Jesus. Deus ordenou: “Colhei disso cada
um”. Por isso, embora a busca cole-
UMA METÁFORA BÍBLICA PARA A COMUNHÃO tiva na igreja e no culto doméstico
A experiência de como Deus atendeu às necessidades do povo de tenham o seu papel na comunhão,
Israel no deserto é uma metáfora perfeita de como devemos buscar ao é necessário que cada um desen-
Senhor nos nossos dias. Ali eles foram alimentados por Deus com o volva seu próprio hábito de buscar
pão do céu, o Maná. (Êxodo 16:16-21). O Maná representava Jesus, ao Senhor pessoalmente.
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12 Ser Igreja é Ser Amigo

IDEIAS QUE FAZEM DIFERENÇA de pessoas e faz a compra cole- COMO FUNCIONA O PROJETO MANÁ NA IGREJA LOCAL?
1. Exemplo da liderança. Os líderes devem ser os primeiros a ad- tiva. No dia “D” do mutirão de • Marque bem o início do projeto. Com oração, prepare o lançamento
quirirem a LES. De preferência que façam sua assinatura. Cada assinaturas com cartão é mais em um sábado reservado para essa finalidade. Pregue uma poderosa
membro da comissão da igreja e demais líderes devem ser os pri- rápido. mensagem espiritual sobre a importância e a necessidade da comu-
meiros a adquirirem e promoverem sua assinatura. 6. Brinde no kit do Batismo. Ao nhão pessoal.
2. Mobilize outros departamentos e equipes. Os líderes dos entregar o kit de batismo, en- • Durante dois ou três meses a equipe da Escola Sabatina conversa
Desbravadores, dos Jovens, Ministério da Criança, dentre outros tregue também uma assinatura pessoalmente com cada um dos membros da igreja e famílias para
devem ser chamados para fazerem parte de um grande movimen- como presente. É a primei- que façam a sua assinatura da LES.
to para aquisição da LES na igreja. ra assinatura da vida do novo • À medida que se comprometem a fazer a assinatura, os membros
vão recebendo um formulário impresso (fornecido pela Associação/
3. Mostre os resultados. Apresente diante da comissão da igreja crente. A igreja pode doar essa
Missão), onde são anotados os seus dados pessoais para se realizar a
e da própria igreja o quanto falta para completar o desafio de ter assinatura ou a própria pessoa
assinatura junto à CASA (Casa Publicadora Brasileira).
todos os membros com sua lição. Use, pelo menos uma vez ao que deu os estudos ou alguns • O movimento continua até a data (27 de agosto, dia “D”) quando se
mês, um espaço na Escola Sabatina para apresentar esse relatório amigos podem se unir para encerra o mutirão.
e continuar desafiando a igreja a todos terem a sua LES e estuda- fazer essa doação. Um gesto
rem. Você também pode apresentar esses resultados prévios atra- muito significativo. Todos vão PROMOVENDO O PROJETO MANÁ NA IGREJA LOCAL
vés dos professores da Escola Sabatina em cada unidade de ação. entender que o investimento 1. Comece cedo no ano.
4. Assinatura solidária. Descubra alguém que não pode pagar a na comunhão nunca pode ser Uma sugestão é começar no mês de abril ou maio. Será fornecido
assinatura e dê uma de presente. Ou oferte uma lição para um ir- esquecido. um formulário de pré-assinatura para facilitar esse movimento anterior
mão carente, com vários filhos. Todos temos que 7. Inclua a Nova Geração. Este ao dia ‘D” do MANÁ. A campanha encerra em 27 de agosto, esse é o dia
nos unir nesse propósito. é um movimento para toda a “D”.
2. Trabalhe com a equipe da Escola Sabatina
5. Incentive o cartão solidário. igreja. Nenhuma criança, juve-
tão é criar um incentivo para Junto com os professores das unidades de ação, essa equipe é o mi-
Alguém que tenha cartão de crédito re- nil, adolescente ou jovem pode
os menores. Algumas igrejas já nistério de comunhão da igreja. Reúnam-se, orem juntos, planejem, con-
cebe o valor de todos ou de um grupo ficar sem a lição. Uma suges- versem antes do lançamento e durante todo o movimento. Para melhor
experimentaram usar um cofri-
funcionamento, escolha uma pessoa ou duas da equipe para liderar o
nho onde a criança é estimu- projeto.
POR QUE ESTUDAR A LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA? lada a juntar moedinhas para
Existem algumas razões porque a igreja trabalha tanto para que cada pessoa adquirir ela mesma sua assina-
tenha e estude a Lição da Escola Sabatina. tura. Os pais devem ser desa- 10. Deixe clara a meta. O sonho é que 100% dos membros da
1. Auxília a compreensão do tema em estudo. Comentários equili- fiados, motivados e auxiliados igreja estejam vivendo em comunhão. Uma vida de oração e
brados feitos por pessoas de comprovada reputação teológica e espiritual, neste propósito. estudo da Bíblia por meio da Lição da Escola Sabatina (LES).
ampliam a compreensão e lançam nova luz sobre o texto. 8. Aproveite a Casa Aberta. Se
a sua Associação tem o hábito Muitas são as possibilidades
2. Provoca reflexão. A LES é escrita de forma a estimular a
de realizá-la, esta é uma oca- que podem ser utilizadas a
reflexão mais demorada do assunto. Não é uma mera leitu-
sião excelente para fortalecer o fim de incentivar a aqui-
ra. Há perguntas, comparações de textos bíblicos de vários
livros diferentes da Bíblia. Tudo com o objetivo de levar o movimento que já está aconte- sição da LES e o estu-
estudante a pensar sobre o que está lendo. Ellen White cendo em sua igreja. Aproveite do desta em sua igreja.
afirma: “Não basta simplesmente ler ou ouvir a Palavra. esse momento. Aproveite as ideias acima
Aquele que anela que As Escrituras lhe sejam úteis, pre- 9. Ore em todas as etapas do e fique à vontade para criar
cisa meditar sobre a Verdade que lhe foi apresentada. Pre- processo. Tudo o que está outras. Contudo, lembre
cisa aprender a significação das palavras da Verdade por acontecendo deve ser acom- que por trás de todo esse es-
sincera atenção e pensar devoto e sorver profundamente o panhado de muita oração. Ore forço precisamos levar cada
Espírito dos oráculos sagrados” (Parábolas de Jesus, p. 24). sempre com a equipe e leve membro da sua igreja a ter,
esse ambiente de oração para renovar ou ampliar seu re-
3. Estimula a prática. Ao estudar a Bíblia por meio da
toda a igreja. lacionamento de amizade
LES o aluno é estimulado a aplicar o ensino à sua vida diá-
ria. Isto produz um forte ambiente para crescimento na vida
com a pessoa de Jesus.
pessoal.

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+ COMUNHÃO + RELACIONAMENTO + MISSÃO + COMUNHÃO + RELACIONAMENTO + MISSÃO

Tornando-se um verdadeiro
amigo de Deus
MINHAS PRIORIDADES

RADIOGRAFIA DA MINHA IGREJA TEMPO COM DEUS

LIÇÃO DA
% realiza devoção pessoal diariamente ESCOLA SABATINA

ORAÇÃO
Em 2017, minha igreja possui membros tempo de comunhão diária INTERCESSORA

% possuem Lição da Escola Sabatina CULTO FAMILIAR

QUALIDADE DA MINHA VIDA DEVOCIONAL PRIORIDADES DA MINHA IGREJA LOCAL

PONTOS FORTES
TEMPO COM DEUS

LIÇÃO DA
ESCOLA SABATINA

ORAÇÃO
INTERCESSORA

PONTOS FRACOS CULTO FAMILIAR

MEU PARCEIRO DE ORAÇÃO

Nome: Telefone:
Atribua uma nota à sua vida devocional Nossas metas
Fraca Forte

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Escolha alguém para ser parceiro de oração ao longo do ano e estabeleçam metas para a vida devocional de ambos

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+ RELACIONAMENTO
16 Ser Igreja é Ser Amigo

NA IGREJA ADVENTISTA
A Igreja Adventista em seus primeiros anos de existência, como
Tornando-se amigo dos membros a igreja do Novo Testamento, seguiu um modelo similar tanto para

da minha comunidade
reuniões públicas quanto nos lares. Confirmando essa prática, Ellen
White escreveu: “A apresentação de Cristo em família, no lar e em
pequenas reuniões em casas particulares, é muitas vezes mais bem-
sucedida em atrair almas para Jesus, do que sermões feitos ao ar
livre, às multidões em movimento, ou mesmo em salões e igrejas”
(Obreiros Evangélicos, p. 193).
A maneira como a igreja vive hoje deve reproduzir a mesma preo-
cupação dos pioneiros. E uma vez mais, Ellen White reforça a impor-
tância dos relacionamentos ao dizer: “Incorremos em perda quando
negligenciamos o privilégio de nos associarmos, a fim de fortalecer-
nos e encorajar-nos uns aos outros no serviço de Deus. As verdades
de Sua Palavra perdem sua vivacidade e importância em nossa men-
te. Nosso coração deixa de iluminar-se e despertar-se pela influência
santificadora, e nós decaímos em espiritualidade” (Mente Caráter e
Personalidade, v. 2, p. 627).

O QUE SÃO OS PEQUENOS GRUPOS


Conceitualmente o Pequeno Grupo (PG) é um ambiente de dis-
cipulado. Ele desenvolve pessoas comprometidas com os valores do
reino de Deus. Gera maturidade espiritual e compromisso com a
missão da igreja. No território da União Centro-Oeste Brasileira, o
Pequeno Grupo é a comunidade transformadora onde o discipulado
acontece. É o lugar onde os discípulos são guiados ao crescimento
em comunhão, relacionamento e missão.
Além disso, os pequenos grupos proporcionam outros benefícios
para a igreja local. Flexibilidade para alterar seus procedimentos, ou
funções, para enfrentar situações novas e alcançar objetivos diferen-
tes. Por ser informal, não tem muita necessidade de padrões rígidos
de operação. Mobilidade para se reunir quase em qualquer lugar. Por
exemplo: uma casa, em um escritório, ou uma oficina, facilitando
a integração e a continuidade do PG. Por ser inclusivo, pode atrair

V
ivemos em um período singular da história, onde necessitamos continuavam a reunir-se no pátio Esse cenário mostra que os en- pessoas de todos os tipos, credos e classes sociais sem preconceitos.
resgatar o valor do ser humano como pessoa. A busca desen- do templo. Partiam o pão em casa contros nas residências sugerem a Finalmente, ele é pessoal e seus participantes podem interagir entre
freada por bens materiais e o desejo de grandeza e prestígio e juntos participavam das refei- base para a experiência que neces- si de maneira que a comunicação flui naturalmente e todos compre-
invertem o que de fato tem valor. Ama-se as coisas e desvaloriza-se ções, com alegria e sinceridade de sitamos vivenciar com os pequenos endem.
as pessoas. Essa situação aumenta o número de gente solitária e va- coração” (Atos 2:44-46). grupos. Assim como no passado, Na igreja local os pequenos grupos integram pessoas e criam vín-
zia. Diante desse quadro, a vida em comunidade vem preencher uma Ao olharmos para a igreja do essa estrutura é hoje essencial para culos. Proporcionam um ambiente acolhedor onde se compartilham
crescente necessidade nas pessoas de se relacionar. A igreja pode mu- Novo Testamento, vemos os pri- a manutenção da vida cristã, bem experiências, trazendo um sentimento de pertencimento à igreja.
dar essa realidade com base em sua história. meiros cristãos relacionando-se como, para o cumprimento da mis- Fortalecem a vida cristã ao favorecer a identificação e desenvolvi-
De como claro e simples, a Bíblia revela como era o estilo de vida intencionalmente com as pessoas são. Os pequenos grupos não são mento dos dons espirituais. Incentivam a leitura da Bíblia aplican-
dos primeiros cristãos. “E todos os que criam estavam juntos, e ti- em seu ambiente mais íntimo, o um fim em si mesmo. Eles são um do-a à vida prática. Contribuem para o desenvolvimento de novos
nham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens, e re- seu próprio lar. Compartilhavam o meio para estabelecer a comuni- líderes em potencial, através das oportunidades de servir.
partiam com todos, segundo cada um havia de mister. Todos os dias, alimento e seus sentimentos. dade, onde se cultiva o verdadeiro
amor de uns para com os outros.
17
18 Ser Igreja é Ser Amigo

PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DA REDE membro. É fundamental a leitura a assumir a liderança de um outro Escola de Líderes
DE PEQUENOS GRUPOS de bons livros que o ajudarão no PG por ocasião da multiplicação. A escola de líderes é a capacitação dos futuros líderes de pequenos
A rede é o sistema de liderança e pastoreio que conecta os peque- exercício de sua liderança, bem grupos fora do protótipo. Ela trabalha com os líderes aprendizes que
nos grupos a um processo contínuo de discipulado. A estrutura de como, na formação e consolidação Coordenador e Supervisores já são membros de um PG e estão vivenciando os valores práticos da
liderança é composta pelo pastor que é o líder geral dos pequenos da visão de pequenos grupos em Com as multiplicações, sur- vida em comunidade e precisam ser preparados para a liderança. A
grupos no distrito; seguido pelo coordenador de pequenos grupos, seu coração e também nos mem- ge a necessidade de estabelecer a escola de líderes fornecerá os fundamentos teóricos, práticos e me-
que é o líder principal na igreja local. Esse, lidera os supervisores que, bros do protótipo. estrutura de liderança da rede de todológicos de liderança. Ela pode ser conduzida de três maneiras:
por sua vez, apoiam os líderes de pequenos grupos. pequenos grupos. 1) Intensiva – em um fim de semana (sexta e sábado); 2) Bimestral
A Primeira Multiplicação O pastor distrital escolhe o co- – acontecendo em oito encontros (uma hora a cada domingo), ou 3)
PEQUENO GRUPO PROTÓTIPO Esse período de encontros deve ordenador e os supervisores da Trimestral – realizada em três manhãs de domingo durante um mês.
É o pequeno grupo modelo composto por aqueles que serão líderes durar de 4 a 6 meses. Ao final, che- rede. Durante o período de realiza-
de novos pequenos grupos no processo de implantação da rede em ga o momento muito especial - a ção do protótipo o pastor seleciona GERENCIAMENTO DA REDE
uma igreja. Preferencialmente o líder deve ser o pastor distrital. multiplicação - quando o peque- o líder mais promissor e se dedica No gerenciamento da rede destaca-se a necessidade dos encon-
Passos iniciais: no grupo protótipo se transforma a prepará-lo para ser o primeiro tros semanais com o coordenador e supervisor e quinzenalmente com
• 1º Passo – Oração. Essa é a fase em que o pastor deverá se de- em novos pequenos grupos. Fique supervisor do grupo após a mul- toda a rede (coordenadores, supervisores e líderes) para ajustes no
dicar na busca por orientação de Deus para escolha das pessoas atento, pois os passos iniciais (ora- tiplicação inicial. Esse líder deve foco, aprofundamento da visão, motivação e inspiração.
que participarão do protótipo; ção, escolha, convite, encontro co- evidenciar espiritualidade, credi- Cada Pequeno Grupo é extremamente importante, por isso deve
• 2º Passo – Escolha dos líderes. Listar, observar e escolher os letivo) desempenhados pelo pastor bilidade, tato, bom relacionamen- receber um cuidado especial. Em suma, pastor, coordenador, supervi-
nomes das pessoas que comporão o protótipo. A quantidade de como líder do protótipo, deverão to e vibração com o aprendizado sor e líder trabalham para estimular o crescimento e a saúde de cada PG.
12 a 18 pessoas, de acordo com o número de membros na igreja; ser repetidos pelos novos líderes da visão dos pequenos grupos. A
• 3º Passo – Convite. As pessoas escolhidas devem ser visitadas a recém formados no protótipo ao medida que os grupos vão se mul- CONCLUSÃO
fim de convidá-las para os encontros do protótipo. iniciarem o seu próprio PG. tiplicando, outros supervisores se- É impressionante o impacto positivo que uma rede de pequenos
• 4º Passo – Encontro coletivo. Realizar um encontro coletivo rão escolhidos para cuidar de 3 a grupos traz a qualquer igreja. Ela se torna mais espiritual, mais amo-
com todos os irmãos que aceitaram o convite. Esse pode ser na MULTIPLICAÇÃO DOS 5 líderes de pequenos grupos. Du- rosa, receptiva e missionária.
casa pastoral. Deve ser um momento de reflexão sobre a condição PEQUENOS GRUPOS rante esse processo, um supervisor Quanto mais fortes forem os pequenos grupos mais dinâmica e
atual da igreja local e o sonho de ser uma igreja mais acolhedora, A multiplicação é a reprodução deve ser capacitado para se tornar atraente será a igreja local. Cristo será visto na vida prática dos mem-
amorosa, reavivada e missionária. Observação: Nesse encontro dos pequenos grupos na igreja local. o coordenador de pequenos grupos bros da congregação, pois a maior evidência a favor do Evangelho é a
coletivo todos devem receber de presente um dos seguintes li- Significa também o ampliar da expe- da igreja. Será sua responsabilida- unidade visível de Seus seguidores.
vros: Como Reavivar a Igreja do Século 21, Pense Grande Pense em riência da vida em comunidade para de coordenar o trabalho dos super- Portanto, uma igreja que tem, semanalmente, a maior parte de
Pequenos Grupos ou Discípulos Modernos. um número cada vez maior de pesso- visores e pastoreá-los. Para cada seus membros reunidos orando, estudando a Bíblia e relacionando-
as. Por trás dela está a ordem bíbli- cinco líderes de PG um supervisor, se está em franco preparo para o recebimento do Espírito Santo em
Encontros Regulares do Pequeno Grupo Protótipo ca de fazer discípulos. Cremos que e para cada cinco supervisores um forma de chuva serôdia.
As reuniões do protótipo devem ocorrer semanalmente e de prefe- o PG é o melhor ambiente para isso coordenador.
rência às sextas-feiras à noite. O seu foco deve ser o estudo relacional acontecer. Multiplicar pequenos gru-
da Bíblia. Além desses encontros semanais, haverá necessidade de pos significa multiplicar discípulos.
realizar reuniões extras para a formação teórica. Devem ser abordados A visão de uma comunidade de amor
temas que fundamentam a vida em comunidade e a importância dos que apoia, cuida e salva, precisa che-
pequenos grupos para igreja. gar a cada membro da igreja local.
É importante lembrar que o momento é de mudança de pensa-
mentos, de valores e quebra de paradigmas. Diante disso, todo o pro- Líder Aprendiz
cesso precisa estar firmado na oração, vigílias de curta duração, jejuns O líder aprendiz é o membro
coletivos, retiros de um dia, e outras atividades devocionais. Isso de- do PG que tem potencial para li-
finirá o sucesso de cada pequeno grupo após o protótipo. derança e está sendo discipulado O QUE É UM PEQUENO GRUPO?
Durante o protótipo, o líder (pastor) instruirá os participantes na pelo líder do grupo que frequenta. É um ambiente marcado por amizades genuínas, onde aprendemos a ser amigos de
teoria e na prática da vida em comunidade. O pastor deverá ser uma É importante lembrar que todo líder Deus, juntos e individualmente, e nos comprometemos a conquistar novos amigos
para a nossa comunidade; é um ambiente de transformação.
pessoa de intensa oração pessoal e intercessora. Pelo exemplo deverá precisa, em oração, buscar alguém
ser um modelo de pastoreio, se interessando pessoalmente por cada que depois de preparado estará apto Pequeno Grupo, uma
comunidade discipuladora. 19
20

+ COMUNHÃO + RELACIONAMENTO + MISSÃO + COMUNHÃO + RELACIONAMENTO + MISSÃO

PASTOR

Tornando-se amigo dos membros A Rede


da minha comunidade
Nome

COORDENADOR
/ /

QUEM ME PASTOREIA? Nome

SUPERVISOR
/ /

Nome

QUEM EU PASTOREIO? MEU PEQUENO GRUPO


/ /

Nome

Anfitrião Líder Líder Aprendiz


/ / / / / /

Nome Nome Nome

Membro do PG Membro do PG Membro do PG Membro do PG Membro do PG

Membro do PG Membro do PG MEU NOME Membro do PG Membro do PG

Meu Discípulo Meu Discípulo

/ / / /

21
+MISSÃO
22 Ser Igreja é Ser Amigo

fim de colaborar para o alcance de de cumprir a missão é da forma como já estamos fazendo, estaremos
mais pessoas. não apenas limitando o envolvimento missionário dos membros, mas
também a atuação do Espírito Santo. Para mudarmos esse quadro de
Discipulando pessoalmente PREOCUPAÇÃO OPORTUNA
Apesar dessas conquistas, pes-
envolvimento missionário é preciso considerar que as metodologias
conhecidas podem ser melhor aproveitadas se ampliarmos a nossa
um novo amigo quisas indicam que o envolvimen- compreensão sobre como fazer e viver a missão, ao fortalecermos a
to missionário dos membros da prática de ministérios contínuos.
nossa comunidade está aquém do
que poderia ser. Uma igreja “nor- AUMENTANDO O
mal” terá em torno de 20% dos ir- ENVOLVIMENTO MISSIONÁRIO
mãos que fazem 80% do trabalho Todos podem ser missionários. Todos podem encontrar alguma
da igreja (Chaves Para Revolucio- coisa para fazer. Ninguém deve achar que não há lugar em que possa
nar a Sua Igreja, p. 24). trabalhar por Cristo (A Ciência do Bom Viver, p. 32).
Por que os nossos membros não A questão que agora surge é: se todos podem trabalhar e ser mis-
se envolvem tanto com a missão de sionários, como eu posso viver essa experiência, mesmo não sendo
fazer discípulos? Por que os dados um pregador, nem um habilidoso instrutor bíblico ou um cantor expe-
estatísticos indicam que precisa- riente?
mos de uma grande quantidade A Bíblia diz que o Espírito Santo concede dons a todos os discípu-
de pessoas para ganhar um novo los com o objetivo de edificar o reino de Deus (I Coríntios 12:7-11).
amigo para a nossa comunidade? Nem todos possuímos os mesmos dons e talentos, mas todos, sem
A dificuldade poderia estar com as exceção possuímos dons e habilidades que podem e devem ser utili-
nossas metodologias? zados com o objetivo de pregar o evangelho.
Uma das respostas seria o Falando aos pastores, Ellen White ressalta que os ministros devem
fato de muitos membros atuais ensinar os membros da igreja a usarem seus talentos em comunicar a
pensarem que fazer evangelismo verdade aos que estão ao redor (Obreiros Evangélicos, p. 200). Nota-
resume-se apenas a um formato se, portanto que todos podem estar envolvidos na missão à medida
único de pregação, com dia e local que utilizarem os dons e talentos recebidos por Deus como um minis-
destinados para testemunhar ou tério contínuo ao longo da vida. Quando isso ocorre, a “arte de fazer
o uso exclusivo de programas de- evangelismo” não estará resumida apenas a alguns “especialistas” da
senvolvidos pela igreja em alguns igreja e nem tampouco aguardará uma data ou época específica do

S
er um verdadeiro discípulo implica em ter Jesus como um ver- METODOLOGIAS períodos do ano. Como alguns não ano para a sua realização.
dadeiro amigo e desenvolver sólidas amizades por meio de rela- CONHECIDAS se identificam com esses modelos, Ao se exercer o dom e o talento como um ministério de modo
cionamentos significativos. Contudo, ser um cristão completo Como Adventistas do Sétimo é mais fácil não se envolver. contínua, sob a direção do Espírito Santo, os membros da igreja per-
também demanda um compromisso pessoal, coletivo, constante e Dia temos buscado e desenvolvi- Talvez o problema não está ne- ceberão sucessivas oportunidades para influenciar amigos para Cristo
intencional na salvação de um amigo. do metodologias variadas para o cessariamente nas metodologias, e e se valerão dos métodos já conhecidos para alcançar aqueles com os
Jesus disse: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, cumprimento da missão. Dentre sim, na maneira como pensamos quais temos mantido um vínculo de amizade e relacionamento.
batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensi- os meios atuais podemos citar a e o modo como as utilizamos. Se
nando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado” (Mateus Semana Santa, as Duplas Missio- imaginamos que a única maneira DESCOBRINDO OS DONS
28:19 e 20). A nossa missão é fazer discípulos. Ellen G. White realça nárias, as Classes Bíblicas, os pro- “Qual é o meu dom?”. Muitos que estão na igreja ainda não sabem
isso ao declarar que a igreja é o instrumento apontado por Deus para gramas de impacto missionário nas quais são os seus dons e quando descobrirem, saberão que maiores
a salvação dos homens. Foi organizada para servir e sua missão é levar ruas, evangelismo público e as Se- serão as possibilidades de atuação e envolvimento dos membros no
o evangelho ao mundo (Atos dos Apóstolos, p. 9). manas de Colheita. cumprimento da missão.
De modo prático, fazer discípulos é levar alguém a ser um verda- Nos alegramos ao vermos cen- Dons espirituais são concedidos aos cristãos para realizarem mi-
deiro amigo de Deus, ser amigo dos membros da minha comunidade tenas de pessoas tendo a oportu- nistérios relacionados com o reino de Deus. Todas as pessoas pos-
e discipular pessoalmente um novo amigo. Como amigos de Cristo nidade de conhecer o amigo Jesus suem talentos naturais que nem sempre estão relacionados direta-
não podemos ficar de fora dessa tarefa. A questão é: como eu posso através de tais ações e estas devem
estar pessoalmente envolvido com a missão? continuar sendo aperfeiçoadas a
23
24 Ser Igreja é Ser Amigo

TESTE DE DONS
DOM EVIDENTE é aquele que se manifesta de modo claro em sua vida.
mente com as necessidades da igreja (Impacto dos Dons, p. 136). Uma igreja que tem vivido ou está DOM LATENTE é aquele que pode estar no grupo dos seus seus dons.
DOM AUSENTE é aquele que você tem certeza que não tem.
Eles podem ser convertidos em dons espirituais. Cada discípulo que em processo de implantação dos pe-
começa a sua jornada em seguir a Jesus, possui o privilégio de ter pelo quenos grupos, possui um ambiente ajuda e incentivam a fazerem parte LISTA DE DONS
Dom Dom Dom Grau de Grau de Grau de Grau de
TOTAL
Evidente Latente Ausente Atuação Satisfação Identificação Eficiência
menos um dom que pode ser usado em algum ministério da sua igreja propício para implantar um plano de um Pequeno Grupo. Em algum Profecia
local e contribuir significativamente para o cumprimento da missão (I de ação de ministérios orientados momento surgirá a oportunidade Ministério ou serviço

Pedro 4:10). pelos dons. Sob a coordenação do de se oferecer um estudo bíblico Ensino
Exortação/Aconselhamento
Abaixo você dispõe de uma sequência sugestiva para a descoberta líder e com os dons identificados no ou encaminhar algumas dessas fa- Contribuir ou repartir
de dons espirituais. Antes de seguir tais sugestões, é preciso conside- PG, experimentem: mílias até uma classe bíblica. Presidir ou liderar
rar pelo menos três aspectos que tornarão essa experiência cada vez 1. Identificar áreas de neces- Outro exemplo: um empresário Exercer misericórdia

mais significativa para a vida cristã. sidade. pode dedicar um dia na semana Palavra de sabedoria
Palavra do conhecimento
Em primeiro lugar devemos compreender que a descoberta de 2. Dialogar sobre como os para dar consultoria em sua área Fé
dons deve ser uma jornada dinâmica. O mesmo Espírito que nos con- dons podem atuar em tais para empresários que estão ini- Curar

cede hoje um dom, pode nos dar outros amanhã, se Ele achar ne- necessidades. ciando o seu negócio e a partir Operação de milagres
Discernimento de espíritos
cessário. Em segundo lugar, lembre-se de que o Espírito Santo sabe 3. Encontrar companheiros dessa rede de contatos, surge a Variedade de línguas
o momento certo para nos capacitar no exercício de certos serviços. com dons semelhantes. amizade e a confiança para que a Interpretação de línguas
E por fim, todo dom espiritual é concedido para ser utilizado e não 4. Buscar um treinamento verdade bíblica seja apresentada. Apostolado

ostentado. para aperfeiçoar a atuação Não importa se você é um apo- Socorro ou ajuda
Governo ou administração
dos dons. sentado, estudante ou estiver em Evangelismo
PLANO DE AÇÃO 5. Organizar ações coordena- qualquer área de atuação, todos Pastorado

Uma vez descobertos e confirmados os dons espirituais, considere das aproveitando, se possí- podem fazer algo de maneira con- Sofrimento ou martírio
Pobreza voluntária
que estes não são um fim em si mesmos e devem ser utilizados em um vel, os grandes movimentos tínua e criativa em prol da prega- Celibato
ministério contínuo de modo harmônico, interdependente e coorde- gerais da Igreja (Semana ção do evangelho. Exorcismo ou libertação
nado. Santa, Classes Bíblicas, Se- Há muitas vantagens em se Missão transcultural

mana de Colheita, etc). trabalhar através de ministérios Música


Pregação
SUGESTÕES PARA DESCOBRIR O SEU DOM Caso a sua igreja trabalhe basi- orientados pelos dons. O com- Oração ou intercessão
Abaixo sugerimos alguns passos práticos sobre como descobrir o seu camente por meio dos departamen- prometimento é mais evidente, os Hospitalidade
dom e utilizá-lo em algum ministério em sua comunidade local. tos, também é possível desenvolver relacionamentos são mais estrei- Amizade
Criatividade artística
um plano de ação com ministérios tos, aumenta a probabilidade da
1. Oração – Ore persistentemente. Sendo um assunto espiritual, con- Organização
vém saber qual é o plano de Deus para a sua vida. Ore com intensidade coordenados pelos dons seguindo realização dos sonhos e a certeza
pedindo que Ele revele os seus dons para o cumprimento da missão. os mesmos passos anteriores. que as ações não surgiram por im-
2. Reflexão – Pesquise e estude sobre o tema. Busque assimilar o máxi- Independente se os dons serão posição e sim, o Espírito Santo foi Edinaldo Juarez Silva, Impacto dos Dons: Como Revolucionar Vidas e Ministérios (Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2011, p. 32).
mo de informações a respeito dos dons revelados nas Escrituras. Isso o utilizados por meio dos pequenos quem dirigiu todo o processo com
ajudará na formação de uma base sólida, correta e espiritual que muito
grupos ou departamentos de uma o objetivo do cumprimento efetivo TABELA DE PONTUAÇÃO
auxiliará no exercício das tarefas relacionadas aos seus dons. Tais in- ›› Atribua 10 p/ os dons evidentes e 05 p/ os dons latentes.
formações podem ser encontradas na revelação bíblica e na literatura igreja local, o princípio fundamen- da missão. ›› Atribua nota de 1 a 10 no grau de atuação de acordo com o seu envolvimento e participação.
moderna. tal é: aproximar-nos das pessoas ›› Atribua nota de 1 a 10 no grau de satisfação.
3. Observação – Observe o que o “incomoda” na igreja e na comunidade com o sincero interesse de amá-las, PALAVRAS FINAIS ››
››
Atribua nota de 1 a 10 no grau de identificação.
Atribua nota de 1 a 10 no grau de eficiência. Os dons com maior pontuação terão a maior probabilidade de serem os seus dons.
ao redor. A sensibilidade para perceber uma fragilidade, necessidade ajudá-las em suas necessidades e Podemos salvar pessoas por
ou área que não está sendo atendida na igreja e na comunidade pode
trazê-las para a nossa vida e para o meio do uso contínuo dos dons e
indicar um chamado divino a algum dom espiritual.
4. Avaliação – Faça alguns testes de descoberta de dons sem torná-lo a reino de Deus. talentos que Ele nos concedeu.
“última palavra” no assunto. Há vários testes disponíveis em livros e na Exemplificando: imagine que Ao usá-los dessa forma vere-
internet. Alguns são amplos e outros mais simples. Nenhum deles pos- alguns membros do seu pequeno mos um maior envolvimento
sui uma resposta definitiva, mas podem dar pistas significativas sobre grupo ou de sua igreja descobriram pessoal dos nossos membros
os dons que possuímos. Ao final desta seção oferecemos um modelo su-
que possuem o dom do serviço co- com a missão.
gestivo de questionário que pode auxiliar nesse processo de descoberta.
5. Confirmação – Ouça a opinião de irmãos maduros espiritualmente munitário. Eles percebem que nas O resultado desse envolvi-
acerca de suas habilidades como uma forma de confirmar ou não a imediações há algumas famílias ca- mento contínuo, será a con-
presença de seu dom espiritual. rentes. Os membros se aproximam quista de muitos amigos para a
delas, fazem amizade, oferecem nossa a vida e para a eternidade.
25
26

+ COMUNHÃO + RELACIONAMENTO + MISSÃO + COMUNHÃO + RELACIONAMENTO + MISSÃO

Discipulando pessoalmente
um novo amigo
MINHA IGREJA É MISSIONÁRIA? MINHAS PRIORIDADES MISSIONÁRIAS

Membros/Batismos No ano de 20 minhas prioridades relacionadas aos dons espirituais,


possuir um ministério contínuo e estar pessoalmente envolvido no discipulado de um novo amigo, são:
JANEIRO/2010 MEMBROS BATISMOS

JANEIRO/2016 1. DONS ESPIRITUAIS


MEMBROS BATISMOS

Atribua uma nota à vida missionária de sua igreja


Menos Missionária Mais Missionária

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

EU SOU UM MISSIONÁRIO? 2. MINISTÉRIO CONTÍNUO

“Todo verdadeiro discípulo nasce no reino de Deus


como um missionário.” Serviço Cristão, p. 7.
1. CONHEÇO OS MEUS DONS?
Sim  Não Quais?

3. PESSOAS QUE DISCIPULAREI


2. TENHO UM MINISTÉRIO CONTÍNUO?
 Sim  Não Qual?

3. QUEM EU ESTOU DISCIPULANDO


PESSOALMENTE?

Atribua uma nota à sua vida missionária


Pouco Missionário Muito Missionário

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

27
28 Ser Igreja é Ser Amigo

NOVA GERAÇÃO
pecíficos “dos jovens” e os adultos deveriam estar presentes com eles
em suas atividades. A igreja como um todo deve ser relevante para a
Nova Geração e não apenas ter um departamento para ela.
Outro ponto analisado foi que a compreensão dos pais sobre o
Tornando a nossa igreja mais jovem discipulado dos seus filhos estava, de alguma maneira, equivocada.
Muitos imaginam que podem delegar a educação espiritual à igreja.
O papel bíblico do discipulado dos jovens é claramente dos pais
(Deut. 6:4-9). Há inclusive uma promessa para o tempo do fim em
relação a isso (Malaquias 4:5 e 6).
“Muitos dos que estão agora lamentando o desvio dos filhos são
os únicos culpados. Examinem suas Bíblias e vejam o que Deus
deles exige como pais e guardiões. Assumam eles seus deveres ne-
gligenciados por muito tempo. Necessitam humilhar-se e arrepen-
der-se diante de Deus por sua negligência em seguir Sua direção
na educação dos filhos. Necessitam mudar seu curso de ação e se-
guir estrita e cuidadosamente a Bíblia como seu guia e conselheiro”
(Manuscrito, 57, 1897).
A igreja desempenha um papel de auxiliadora nesse processo,
mas cabe aos pais a responsabilidade principal. São eles que devem
discipular seus filhos desde cedo e a igreja deve oferecer ferramen-
tas, ambiente e orientação para que isso aconteça.
Outro fator determinante da permanência da nova geração na
sua igreja é o envolvimento dela na missão de levar pessoas a Jesus.
O engajamento missionário é sem dúvida um elemento que deve es-
tar presente em cada igreja. Desde pequenos, devem aprender a im-
portância de ganhar pessoas para Cristo e como fazer isto. Seguindo
esta ideia, pensar em uma igreja “para fora” ou “sem muros” é algo
que os desafia e compromete. É próprio da realidade dos jovens
fazer o que ninguém quer fazer ou as coisas difíceis e desafiadoras.
Desafie-os e eles farão.

N
as últimas décadas, chegamos a acreditar que a Igreja Adven- Considerando esses e outros as- nistérios para os jovens podem ajudá Um outro instituto de pesquisa (Barna) apontou que os jovens
tista era uma igreja jovem. Essa época foi marcada pelos gran- pectos, ser uma igreja mais jovem -los a amadurecer e contribuir para a não usam a Bíblia para tomar suas principais decisões (casar, facul-
de congressos, camporis e ajuntamentos que criaram esta im- é uma de nossas metas, sendo fácil diversidade de gerações, no entanto, dade, trabalho, etc). A razão para isso é que eles não entendem suas
pressão. Com o passar dos anos aqui no Centro-Oeste sutilmente essa saber o que fazer: “ganhar mais e quando a juventude se isola, um pa- vidas como vidas a serviço de Deus e da igreja. Desenvolver no co-
realidade foi mudando e não percebemos. No ano de 2012, a União perder menos jovens”. Entretanto, drão de separação entre as gerações ração da nova geração uma identidade missionária deveria ser uma
Centro-Oeste Brasileira (UCOB) fez uma pesquisa sobre a apostasia o grande desafio, é o como fazer. pode aparecer. prioridade na sua igreja.
em sua região e chegou à triste conclusão que o grupo que mais “sai” Como manter os jovens na igreja? “Há a necessidade de contato en-
da igreja é o dos jovens. Onde mais ganhamos é justamente onde mais Onde estamos errando e o que preci- tre as gerações, tanto em casa quanto Essa reflexão nos levou a sugerir três ênfases para ajudar a sua
perdemos. A conclusão da pesquisa é que o jovem vem para a igreja sa ser feito para mudar esse quadro? na igreja. Interações com os colegas, igreja cumprir a meta de ser mais jovem:
mas, por várias razões, não fica. Uma pesquisa da Igreja Ad- pessoalmente ou por meio de mídias 1. Pais discipuladores dos filhos;
Hoje consideramos jovem ou Nova Geração a pessoa batizada com ventista na Europa, denominada sociais não são suficientes para man- 2. Igreja relevante para a nova geração;
idade até 30 anos. Esse grupo tem sido objeto de atenção da mídia, Valuegenesis, feita com 6.000 pes- ter os jovens na igreja” (Casti). 3. Missão plantada no coração dos jovens.
política, economia, educação, etc. O mundo está de olho nos jovens soas com idade entre 14-25 anos, Fica claro portanto que essa gera-
e está gastando milhões para influenciá-los. de 17 nacionalidades, apresenta ção não deve estar isolada das pesso- A igreja possui as ferramentas necessárias para alcançar cada
Na UCOB, 40,5% dos seus membros fazem parte da Nova Gera- informações importantes acerca as de outras idades. Elas precisam in- uma delas. A seguir há uma lista das coisas que deveriam estar acon-
ção, bem abaixo da média da igreja na América do Sul que é de 46,7%. dessa problemática. teragir com adultos para que recebam tecendo na sua igreja para que ela comece o processo de virada para
É por essa razão que nossa igreja precisa reagir agora para que amanhã O primeiro ponto tem a ver com influência e tenham suas referências uma igreja mais jovem.
não chegue a uma situação irreversível como chegaram algumas igre- os departamentos da igreja que afirmadas. Os jovens não deveriam
jas em outros lugares: uma igreja composta em sua maioria por idosos. trabalham para esta idade. Os mi- trabalhar somente nos ministérios es-
29
30 Ser Igreja é Ser Amigo

PAIS DISCIPULADORES DE SEUS FILHOS


❏❏ O planejamento participativo contempla encontros de orientação para os
pais?
❏❏ As famílias de sua igreja fazem o culto familiar de forma sistemática?

[ ]
❏❏ Os pais providenciam a lição da Escola Sabatina para seus filhos?
❏❏ Os pais têm informação sobre o Elo da Graça e como deve ser estudada a
lição da Escola Sabatina com seus filhos?
❏❏ Os pais são informados que a lição bíblica além de ser contada, precisa ser
aplicada à vida da criança e que toda semana há uma oportunidade para se Temos hoje em dia um exército de jovens
colocar em prática os conceitos aprendidos por meio de uma tarefa de casa? que podem fazer muito, se devidamente diri-
gidos e animados. Queremos que eles sejam
(Essa tarefa de casa faz parte da proposta das classes do Jardim ao Juvenis).
❏❏ Os pais participam com seus filhos das ações e projetos missionários propos-
tos pela igreja ? abençoados por Deus.
❏❏ Os pais apoiam a participação de seus filhos no Clube de Aventureiros e
Desbravadores? Serviço Cristão, p. 22.
❏❏ Os pais tem conhecimento e são motivados a apoiar seus filhos nos Pro-
jetos: Calebe, Geração 148, Um ano em Missão, desde a poupança mis-
sionária?
❏❏ Há incentivo aos pais para abrirem uma poupança para seu filho na época de
seu batismo, como meio de financiamento para a missão?

IGREJA RELEVANTE PARA A NOVA GERAÇÃO


Aspectos Gerais
❏❏ Há integração das ações dos vários departamentos da igreja para que não haja
sobrecarga de atividades? Exemplo: classe da Escola Sabatina dos Adolescen-
tes com Desbravadores; Ministério da Criança com Aventureiros, etc.
❏❏ Percebe-se nas decisões da comissão da igreja, apoio às decisões relacionadas
à Nova Geração, incluindo também a questão financeira?
Liturgia
❏❏ A adoração na igreja é planejada também para a Nova Geração? A linguagem,
A MISSÃO NO CORAÇÃO DA NOVA GERAÇÃO
o ambiente, decoração, louvor, os temas e a forma como tudo é planejado,
❏❏ A liderança da igreja apoia os projetos missionários da IASD (Calebes, Um Ano em Missão, etc)?
consideram essa faixa etária?
❏❏ A Nova Geração está envolvida no PG, já que ele é o meio de discipulá-los para a missão?
Envolvendo a Nova Geração nas Atividades da Igreja
❏❏ Há capacitação específica para a Nova Geração com o fim de prepará-los para testemunhar/missão?
A Nova Geração está incluída nas ações e projetos da igreja? Exemplos:
❏❏ A igreja está se preparando para enviar um jovem para o projeto “Um ano em Missão”?
❏❏ Projetos Missionários

[ ]
❏❏ Recepção
❏❏ Diaconato
❏❏ Louvor
❏❏ Composição da plataforma
❏❏ Oração intercessora
❏❏ Adoração Infantil (contar história), Deus chama jovens de coração puro, fortes e va-
❏❏ Sermão – Esse item inclui a linguagem, a forma e a participação da Nova Ge- lorosos, e determinados a combater corajosa-
ração na composição do sermão. Eles podem fazer parte da pregação, mesmo mente na luta que se acha diante deles, a fim de
que seja dirigido por um adulto. Podem contar a ilustração, contar um teste- glorificarem a Deus e beneficiarem a humanidade.
munho seu, ler e comentar um verso, etc.
Estrutura Física
Mensagens aos Jovens, p. 21.
❏❏ Há sala para cada classe da Escola Sabatina, do Rol ao Adolescente?
❏❏ As salas são apropriadas? O ambiente está organizado e com bom gosto? Há
espaços e cadeiras suficientes?
❏❏ Há placas indicativas designando cada classe?

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+ COMUNHÃO + RELACIONAMENTO + MISSÃO + COMUNHÃO + RELACIONAMENTO + MISSÃO

Tornando a nossa igreja mais jovem


MINHA IGREJA
PRIORIDADES DA MINHA IGREJA
Em 2017, minha igreja possui membros são da Nova Geração

% são da Nova Geração 1. PAIS DISCIPULANDO OS FILHOS


Nosso sonho
Em 20 , minha igreja possuir membros, sendo da Nova Geração / % da Nova Geração

MINHA IGREJA E A NOVA GERAÇÃO

PONTOS FORTES

2. IGREJA RELEVANTE PARA A NOVA GERAÇÃO

PONTOS FRACOS
3. A MISSÃO NO CORAÇÃO DA NOVA GERAÇÃO

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ROTEIRO DE AÇÕES PARA


CONSOLIDAÇÃO DA VISÃO + COMUNHÃO + RELACIONAMENTO + MISSÃO

METAS 1 Ser uma igreja mais jovem 2 Todos os membros da minha igreja com 3 A maioria dos membros da minha igreja 4 Cada membro discipulando
a Lição da Escola Sabatina participando da rede de Pequenos Grupos pessoalmente um novo amigo

IMPLANTAÇÃO DA REDE ALINHAMENTO


DE PEQUENOS GRUPOS DAS METAS

REUNIÃO PARA ELABORAR O


ESCOLHA DOS MEMBROS 1º Mês DESPERTAMENTO 1º Mês PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO
DO PROTÓTIPO Contemplar uma representação de todas as faixas etárias
juntamente com a principal liderança da igreja.
Início das reuniões
Reuniões semanais baseadas em 2º mês 2º mês Reunião mensal com liderança
estudos relacionais da Bíblia A partir deste mês fazer revisão do planejamento

3º mês 3º mês

4º mês 4º mês
Escolha dos novos Pequenos Grupos
Repetição dos passos na 5º mês 5º mês Planejar o 1º Encontro de Avaliação e Celebração
formação do protótipo

1ª MULTIPLICAÇÃO AVALIAÇÃO
1º ENCONTRO PARA AVALIAÇÃO E
DOS PEQUENOS GRUPOS 6º Mês CELEBRAÇÃO 6º Mês
Apresentação dos novos líderes de PGs / Início da Rede de PG DOS SONHOS CELEBRAÇÃO DAS METAS ALCANÇADAS
Escolha de Líderes Aprendizes
Oração e identificação de líderes 7º mês 7º mês Reunião mensal com liderança
com potencial de liderança Continuar revisão mensal do planejamento

Início da Escola de Líderes 8º mês 8º mês


Capacitação de líderes aprendizes (membros dos PGs)

9º mês 9º mês

10º mês 10º mês

11º mês 11º mês Planejar o 2º Encontro de Avaliação e Celebração

2ª MULTIPLICAÇÃO AVALIAÇÃO
12º Mês CELEBRAÇÃO 12º Mês 2º ENCONTRO PARA AVALIAÇÃO E
DOS PEQUENOS GRUPOS
Líderes aprendizes assumem a liderança de novos PGs DOS SONHOS CELEBRAÇÃO DAS METAS ALCANÇADAS
Escolha de Líderes Aprendizes
Oração e identificação de líderes 13º mês 13º mês Reunião mensal com liderança
Continuar revisão mensal do planejamento
com potencial de liderança
Escola de Líderes 14º mês
Capacitação de líderes aprendizes (membros dos PGs)
14º mês

15º mês 15º mês

16º mês 16º mês

17º mês 17º mês Planejar o 3º Encontro de Avaliação e Celebração

3ª MULTIPLICAÇÃO 3º ENCONTRO PARA AVALIAÇÃO E


18º Mês CONSOLIDAÇÃO 18º Mês
DOS PEQUENOS GRUPOS DA VISÃO CELEBRAÇÃO DAS METAS ALCANÇADAS
Apresentação dos novos líderes de PGs
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ANOTAÇÕES ANOTAÇÕES

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UNIÃO CENTRO
OESTE BRASILEIRA

NOSSA VISÃO
Ser igreja é ser amigo

NOSSA MISSÃO
Fazer discípulos (novos amigos) através da
Comunhão, Relacionamento e Missão.

Igreja
Gente cuidando de gente em
pequenas comunidades de amor.

Discípulo
É um verdadeiro amigo de Deus; amigo dos membros de sua
comunidade (Pequeno Grupo); e conquista pessoalmente
novos amigos para o reino de Deus e sua vida.

Discipulado
Aprender a ser amigos de Deus, juntos (culto coletivo) e individualmente;
construir comunidades (pequenos grupos) solidificadas por amizades genuínas;
conquistar novos amigos para a comunidade usando os nossos dons em ministérios.

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