A Amizade de Jesus com uma

Família de Betânia

Antonio Vitor
 A Amizade de Jesus com uma Família de Betânia
Comentário lição 13
A estadia de Jesus em Betânia nos ensina que a nossa intimidade com o Senhor não se resume
aos aspectos da vida espiritual. Ele se preocupa também que desfrutemos de Suas bênçãos em
outras áreas da vida. Nesse sentido, o cristão não deve limitar seu relacionamento com Cristo
apenas ao exercício ministerial ou mesmo aos serviços eclesiásticos como se isso resumisse a
vida cristã. A caminhada com Cristo é marcada por etapas de aprendizado e amadurecimento
da fé. Todos que seguem as pegadas de Jesus estão em processo de crescimento espiritual, tanto
no que diz respeito a conhecer quem é Deus quanto à importância da in uência do
Evangelho em sua própria vida. Nesse contexto, a amizade com Cristo é um discipulado
contínuo em que desfrutamos da Sua amizade e aprendizado1.
O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um
subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no
decorrer desta maravilhosa lição.
A VIDA SOCIAL DE JESUS
O ser humano foi criado por Deus para ser sociável. Encontramos essa verdade durante todo o
período em que Adão habitou no Jardim. Deus comunicava-se com Adão todos os dias, e até
no momento de sua queda não deixou de fazer isso (Gn 3.8). A criação da mulher foi
antecedida pela frase “não é bom que o homem esteja só” (Gn 2.18). A sociabilidade é um
parâmetro pelo qual todo cristão deve buscar em sua jornada.
Olhando para o ministério de Jesus encontramos um homem sociável. Seu relacionamento
com a família de Betânia destaca muito bem como o Senhor agia durante sua jornada,
arrebanhando pessoas e amigos para estarem ao seu lado em todo o tempo, assim Ele mesmo
falou: “tenho-vos chamado amigos” (Jo 15.15).

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Por ser um homem sociável, Jesus se comunicava com todas as pessoas por onde passava. Toda
vez que ia a Jerusalém, Ele procurava visitar Marta, Maria e Lázaro, uma família que se
tornou especial nas suas relações pessoais e que vivia numa pequena aldeia chamada Betânia
(Jo 12.1,2). O texto não fala dos pais nessa casa, mas os três irmãos viviam e moravam juntos e,
de vez em quando, hospedavam Jesus e seus discípulos2.
Destaque
A amizade de Jesus com essa família era um conforto especial porque seus irmãos, por não
compreenderem sua missão, o rejeitavam e o criticavam. Na última semana antes da sua
morte, foi nessa casa que Jesus foi confortado e encontrou amizade sincera. O texto bíblico
diz que Jesus e seus discípulos estavam de caminho para Jerusalém indo para a Festa da
Dedicação dos judeus. Jesus aproveitou a oportunidade da viagem para visitar seus amigos na
vila de Betânia2.
FRUTOS DA AMIZADE COM JESUS
A amizade dessa família com Jesus rendia momentos únicos e que deveriam ser aproveitados
por todos. Eles gozavam da grande honra de receber o Filho de Deus em sua casa, e com isso
presenciar os seus milagres e serem alimentados pelos seus ensinos gloriosos e poderosos.
Nessa ocasião algo deve nos gritar em atenção. A Palavra de Deus destaca uma das visitas que
Jesus fez na casa dos três irmãos de Betânia. Nesse dia, o Mestre estava a ensinar e duas atitudes
diferentes são destacadas: a Marta que trabalhava e a Maria que estava sentada aos pés de Jesus
ouvindo a Sua palavra.
Marta e Maria amavam a Jesus. Nessa ocasião ambas o serviam. Porém Marta pensou que o
estilo de serviço de Maria fosse inferior ao dela. Não percebeu que, em seu desejo de servir
bem, na verdade, negligenciou atenção a seu convidado. […] Jesus não culpou Marta por estar
preocupada com as tarefas domésticas. Ele só pediu que ela estabelecesse corretamente as
prioridades3.

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Entenda que nenhum dos dois foi condenado por Jesus, mas sim a hiperatividade de Marta
em querer realizar muitas coisas ao mesmo tempo. Precisamos ser mordomos do nosso tempo,
e, assim, entender que em certas horas temos que nos dedicar a melhor parte, que é estar aos
pés do Mestre o adorando.
Embora o serviço ativo e prático do crente para Deus seja primordial e bom, nossa tarefa
primeira e mais importante é o amor e a devoção que se expressam na adoração que se
expressam na adoração e oração tranquilas, em comunhão com o Senhor. Estamos tão
ocupados na obra do Senhor, na frequência aos cultos da igreja, na execução das boas obras,
que nos esquecemos da comunhão espiritual com nosso Salvador4.
Destaque
[…] os três irmãos haviam descoberto em Jesus a resposta a todas as suas dúvidas, e entenderam
que a sua relação com Ele deveria ser algo mais que mera relação social de hospitalidade.
Entenderam que Jesus deveria ser recebido em sua casa com muito mais dalguia do que um
hóspede importante. Eles viam em Jesus um verdadeiro amigo da família. Havia nessa
amizade um elemento mais forte do que mera religiosidade, pois Jesus, o Filho de Deus, era
real e estava em sua casa2.
LIÇÕES QUE APRENDEMOS COM A AMIZADE DE JESUS
“Jesus amava a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro” (Jo 11.5). Aqui temos uma família que tinha
uma dedicação genuína e forte a Jesus (Jo 11.2), que desfrutava de íntima comunhão com Ele
(Lc 10.38-42), e que era especialmente amada por Ele (Jo 11.3-5)4.
Quem se dispõe a estar próximo de Jesus gozará de Sua amizade e amor. As ações da família de
Betânia para com o Mestre era feitas não por aquilo que receberam, mas sim por quem
estavam recebendo. A amizade dos irmãos para com Cristo destaca que Ele sempre terá amor e
cuidado para conosco.

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A nossa amizade com Jesus não se baseia no tempo de trabalho que realizamos em Sua Obra.
Embora Ele seja nosso Senhor, a quem prestaremos contas dos dons recebidos para servi-lO
(Mt 25.21,29), nosso relacionamento com Cristo não é relação patronal. Podemos depositar
nEle total con ança, compartilhar nossos segredos, angústias, sonhos e confessar nossas
culpas. Os amigos sinceros e verdadeiros são os que nos ajudam nas horas mais complexas da
vida. Mesmo quando não sabem o que dizer, permanecem ao nosso lado. E a amizade de Jesus
é perfeita, pois Ele tem a palavra certa que precisamos para nos confortar. Na demora para ir a
Betânia, parecia que Ele não se importava com a dor de seus amigos (Jo 11.6), mas era só o
método de Deus para realizar um dos maiores milagres registrados nos Evangelhos: a
ressurreição de Lázaro. Nosso Senhor é o amigo Fiel! Ele tem a resposta certa para o tempo
certo1.
Esperando Jesus voltar hoje!
Pb. Antonio Vitor de Lima Borba
Referências:
1 – Revista o Ensinador Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, Ano 24, nº 93.
2 – CABRAL, Elienai. Relacionamentos em Família. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.
3 – Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
4 – STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

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