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Estrutura das

Demonstrações
Financeiras
Material Teórico
Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Ms. Wellington Rodrigues Silva Souza

Revisão Textual:
Profa. Dra. Selma Aparecida Cesarin
Balanço Patrimonial e Demonstração
do Resultado do Exercício (DRE)

• O Balanço Patrimonial
• Elementos Identificativos do Balanço Patrimonial
(Aplicável às Demais Demonstrações)
• A Demonstração do Resultado do Exercício – DRE

OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Tratar das duas principais Demonstrações Contábeis: Balanço Patri-
monial e Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).
· Discutir as principais finalidades dessas Demonstrações Contábeis e
as suas estruturas, de acordo com as normas de Contabilidade So-
cietária vigentes.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.

Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como o seu “momento do estudo”.

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.

No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
UNIDADE Balanço Patrimonial e Demonstração
do Resultado do Exercício (DRE)

O Balanço Patrimonial
Como vimos na Unidade 1, as transações do dia a dia da Empresa são re-
gistradas em “Contas Contábeis”, que podem ser tanto patrimoniais quanto de
resultado. No Balanço Patrimonial, são demonstradas todas as Contas Contábeis
patrimoniais da Empresa.

Essa Demonstração Contábil tem como principal objetivo demonstrar o patri-


mônio (riqueza) das entidades para determinada data, a saber que o patrimônio da
Empresa não é apenas aquilo que ela tem como bens e direitos (ativos), mas desses
bens e direitos são deduzidas suas obrigações (passivos). Como resultado da dife-
rença, temos o que é chamado de Patrimônio Líquido da entidade.

De acordo com Iudícibus et al. (2011, p. 17):


O Balanço Patrimonial é uma das mais importantes demonstrações
contábeis, por meio do qual podemos apurar a situação patrimonial e
financeira de uma entidade em determinado momento, dentro de certas
regras. Nessa demonstração, estão claramente evidenciados o Ativo, o
Passivo e o Patrimônio Líquido da entidade.

Para a elaboração do Balanço Patrimonial, algumas regras devem ser observa-


das. Atualmente, as normas que tratam do assunto são a Lei nº 6.404/76 (BRA-
SIL, 1976), alterada pela Lei nº 11.941/09, que trouxe as subdivisões vigentes do
balanço patrimonial, e o CPC 26 (R1) – Apresentação das Demonstrações Con-
tábeis (CPC, 2011), que estabelece regras de como as Demonstrações Contábeis
(incluindo o Balanço Patrimonial) devem ser apresentadas.

Você Sabia? Importante!

O CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis – é uma entidade não governamental,


criada em 2005, que tem como atribuição emitir Normas de Contabilidade aplicáveis
às Empresas brasileiras após a convergência para os padrões internacionais de
Contabilidade, a partir de 2008.

O Art. 178 da Lei nº 6.404/76, (BRASIL, 1976), alterado pela Lei nº 11.941/09,
esclarece que, no Balanço Patrimonial, além da divisão em ativo, passivo e patrimô-
nio líquido, mais algumas subdivisões em grupos específicos devem ser observadas,
conforme transcrição a seguir:
Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos
do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o
conhecimento e a análise da situação financeira da companhia.
§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de
liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:
I – ativo circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009).

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II – ativo não circulante, composto por ativo realizável em longo prazo,
investimentos, imobilizado e intangível. (Incluído pela Lei nº 11.941,
de 2009).

§ 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:

I – passivo circulante; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

II – passivo não circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital,


ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e
prejuízos acumulados. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

A ilustração a seguir demonstra a estrutura geral do Balanço Patrimonial, de


acordo com as regras definidas pela Lei Societária:

Aplicação de recursos Origem de recursos


↓ ↓
ATIVO PASSIVO

Capital de
terceiros
Ativo circulante Passivo circulante


Passivo não circulante
Ativo não circulante PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital social
Capital próprio
– Realizável a longo prazo
Reservas de capital
– Investimento Ajustes de avaliação patrimonial

Reservas de lucro
– Imobilizado Ações em tesouraria
– Intangével Prejuízos acumulados

Dizemos que os Ativos correspondem às aplicações do recursos (para onde foram


os recursos captados pela Empresa) e os Passivos e o Patrimônio Líquido corres-
pondem às origens dos recursos (de onde vieram os recursos aplicados aos ativos).

A Empresa tem duas formas de se financiar: pelo Capital de terceiros, ou seja,


financiadores alheios ao negócio (Bancos ou fornecedores que vendem a prazo para
a Empresa, por exemplo), ou pelo Capital próprio (contribuições de acionistas via
Capital ou as próprias atividades da Empresa, que aumentam o valor do patrimônio
empresarial).

Grupos e Subgrupos do Ativo


O Ativo deve ser dividido em circulante e não circulante, sendo que o grupo
não circulante é dividido em mais 4 subgrupos.

O que distingue o circulante do não circulante é o prazo em que os ativos se


realizarão: se esse prazo é de até um exercício social (no Brasil, esse prazo corres-
ponde à 12 meses, tal como é na maior parte do mundo), então, os ativos serão
classificados como circulante.

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UNIDADE Balanço Patrimonial e Demonstração
do Resultado do Exercício (DRE)

Um exemplo de ativo circulante é o Caixa, que já está realizado financeira-


mente, ou seja, enquadra-se na regra de realização em até 12 meses, portanto,
é ativo circulante.

Outro exemplo seria um Contas a receber (direito) derivado de uma venda a


prazo, a ser recebida dentro de 30 dias: como Contas a receber, será realizado em
1 mês (transformar-se-á em dinheiro nesse prazo); então, o ativo é circulante.

Os ativos não circulantes, por sua vez, são subdivididos em mais quatro grupos,
cada qual com as seguintes características:
• Ativo realizável a longo prazo: correspondem a todos os recursos que po-
deriam ser classificados no ativo circulante caso realizáveis em até 12 meses,
mas que não foram, porque excederam esse prazo. Por exemplo, um Contas
a receber derivado de uma venda a prazo, que será recebido apenas 16 meses
depois da data da venda;
• Investimentos: é um subgrupo bastante restrito, no qual devem ser alocados os
investimentos da Empresa que tenham caráter permanente (ou seja, aqueles
para os quais não há data de vencimento pré-estabelecida e que a Empresa,
em geral, mantém por um longo período de tempo). Podemos citar como
exemplo, um edifício que a Empresa mantém para locação a um terceiro,
auferindo renda, ou para valorização de capital, a ser vendido com lucro em
um futuro não determinado;
• Imobilizado: nesse subgrupo, devem ser registrados todos os bens corpóreos
(com substância física) destinados à manutenção operacional do negócio ou
utilizados pelas Áreas Administrativas da Empresa. Por exemplo, veículos
que compõem a frota de uma Empresa transportadora, cadeiras, espelhos,
estantes e pias em um Salão de Cabeleireiros ou um edifício próprio no qual
está situado o ponto de venda de uma Empresa comercial.

Imobilizado não significa bens imóveis (que não podem ser movimentados), e sim,
Explor

qualquer bem destinado à operação da Empresa ou a finalidades administrativas.

• Intangível: tal como o ativo imobilizado, são bens destinados à manutenção


operacional do negócio ou utilizados pelas Áreas Administrativas da Empresa,
mas que, diferentemente do imobilizado, são bens incorpóreos (sem substância
física). Como exemplo mais claro e simples de ativo intangível temos os
softwares utilizados pela Empresa, como seu Sistema Digital de Escrituração
Contábil, de Contas a Pagar e a Receber ou de Vendas.

Os Grupos do Passivo
Tal como os ativos, os passivos são subdivididos em circulante e não circulante,
seguindo a mesma premissa do prazo de 12 meses, mas, nos casos dos passivos,

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considera-se tempo de liquidação. Portanto, são ditos circulantes os passivos que
serão liquidados (pagos) em até 12 meses, e não circulantes os passivos que serão
liquidados em um período superior a 12 meses.

São exemplos mais comuns de passivos circulantes os fornecedores, salários a


pagar, impostos a pagar, dividendos a pagar (1) e empréstimos cujas parcelas serão
pagas em até 12 meses a contar da data do Balanço que está sendo divulgado.

Já os passivos não circulantes mais comuns são empréstimos e financiamentos


de longo prazo e parcelamentos tributários de longo prazo, a vencer em período
superior a 12 meses.

Contas Contábeis do Patrimônio Líquido


A principal Conta Contábil do Patrimônio Líquido é o Capital Social, corres-
pondente ao recurso inicial aportado pelos acionistas quando da constituição da
Empresa, ou eventuais contribuições posteriores, geralmente, para cobrir necessi-
dades de caixa momentâneas da Empresa.

A segunda principal Conta Contábil componente do Patrimônio Líquido são as


Contas de Reservas de Lucro, obrigatórias para Empresas de capital aberto, e que
representam a parcela do lucro gerado e retido pela Empresa, ou seja, não distribuído
aos seus acionistas como remuneração pelo Capital investido (dividendos).

No caso das demais sociedades (Empresas que não sejam S. A., de capital
aberto), o lucro não distribuído aos acionistas pode ser registrado em uma Conta
Contábil chamada “Lucros acumulados”.

As reservas de Capital são contas específicas para registrar transações não de-
rivadas da atividade da Empresa, como, por exemplo, emissão de ações com ágio.

Os ajustes de avaliação patrimonial correspondem a complementos a valores de


ativos (bens ou direitos), cuja contrapartida não é registrada como receita e, sim,
como aumento direto do Patrimônio Líquido.

A Conta de Ações em Tesouraria registra a recompra de ações efetuada pela


própria Empresa. Geralmente, a ocorrência que dá origem à sua utilização é a saída
de algum acionista sem ingresso momentâneo de outro, caso em que a própria
Empresa recompra as ações desse acionista e as mantém “em Tesouraria” até que
um novo sócio as adquira e volte a compor o quadro acionário da Empresa.

A Conta Contábil de Prejuízos Acumulados é utilizada em ocasiões nas quais


a Empresa apresente prejuízos (despesas maiores que receitas) em vez de lucro,
situação que originaria reservas de lucro ou lucros acumulados.

1 (*) Os dividendos representam a remuneração da Empresa aos seus acionistas pelo Capital investido, ou seja, são
as retiradas relativas a parte do lucro auferido no período feitas pelos investidores. Dividendos “a pagar” significa
que a Empresa já apurou este valor e vai pagá-lo futuramente, ou seja é uma dívida já assumida e registrada pela
contabilidade, portanto um passivo.

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UNIDADE Balanço Patrimonial e Demonstração
do Resultado do Exercício (DRE)

Elementos Identificativos do
Balanço Patrimonial (Aplicável
às Demais Demonstrações)
De acordo com o CPC 26 (R1) (CPC, 2011), é obrigatório que O Balanço
Patrimonial, assim como todas as outras Demonstrações Contábeis, seja clara-
mente identificado.

Adicionalmente, as seguintes informações devem ser divulgadas:


1. O nome da entidade à qual as Demonstrações Contábeis dizem respeito ou
outro meio que permita sua identificação, bem como qualquer alteração que
possa ter ocorrido nessa identificação desde o término do período anterior;
2. Se as Demonstrações Contábeis se referem a uma entidade individual ou a
um grupo de entidades;
3. A data de encerramento do período de reporte ou o período coberto pelo
conjunto de Demonstrações Contábeis ou Notas Explicativas;
4. A moeda de apresentação;
5. O nível de arredondamento usado na apresentação dos valores nas De-
monstrações Contábeis.

Também em atendimento ao disposto no CPC 26 (R1) (CPC, 2011), as Empre-


sas devem apresentar informações comparativas, pelo menos relativas ao período
imediatamente anterior ao de referência da Demonstração.

Você Sabia? Importante!

Quando uma Empresa mantém participação societária (investimento) sobre o Capital


de outra, controlando-a, na apresentação do Balanço Patrimonial e de todas as demais
Demonstrações Contábeis, são apresentados em uma coluna os saldos da Empresa
individual e em outra coluna os saldos consolidados de ambas as Empresas – ou de
todas as Empresas, caso haja investimentos com controle em mais de uma Empresa.

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Exemplo de um Balanço Patrimonial
Balanço Patrimonial Individual – Companhia Alpha S/A
Exercícios findos em 31/12/2016 e 31/12/2015
Em R$ milhões
31/12/2016 31/12/2015 31/12/2016 31/12/2015
ATIVO PASSIVO 46.240 41.900
Circulante 61.000 56.000 Circulante 29.240 27.300
Caixa e equivalentes 12.000 10.000 Fornecedores 9.000 7.000
Contas a receber 30.000 29.000 Salários a pagar 6.000 5.500
Estoques 19.000 17.000 Impostos a pagar 4.000 4.300
Não circulante 39.300 34.200 Dividendos a pagar 4.740 3.600
Realizável a longo prazo 11.000 9.400 Empréstimos e financiamentos 5.500 6.900
Contas a receber 4.000 3.400 Não circulante 17.000 14.600
Aplicações financeiras 7.000 6.000 Empréstimos e financiamentos 3.000 5.600
Investimentos 5.700 5.700 Parcelamentos tributários 14.000 9.000
Propriedades para 4.500 5.000
investimentos
Obras de arte 1.200 700 PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PL) 54.060 48.300
Imobilizado 19.500 17.000 Capital social 40.000 35.000
Máquinas e 7.000 8.000 Reservas de lucros 11.060 8.400
equipamentos 4.500 3.000
Veículos 2.500 3.000 Reservas de capital
Edifícios 10.000 6.000 Ajustes de avaliação patrimonial 1.500 1.900
Intangível 3.100 2.100 Ações em tesouraria (3.000) 0
Softwares 1.400 1.600
Patentes 1.700 500
ATIVO TOTAL 100.300 90.200 PASSIVO + PL 100.300 90.200

Observe que, tal como estudado na Unidade 1, o ativo total corresponde exa-
tamente à soma do passivo e do Patrimônio Líquido. Afinal, para algo “vir” a
Empresa, outra coisa há de “ir”. Para o ingresso de ativos na Empresa, há de se
assumir dívidas, sejam elas obrigações com terceiros (passivo) ou com os acionistas
da Empresa (Patrimônio Líquido).

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UNIDADE Balanço Patrimonial e Demonstração
do Resultado do Exercício (DRE)

A Demonstração do Resultado
do Exercício – DRE
Diferentemente do Balanço Patrimonial, que mostra o patrimônio das Empre-
sas para determinada data, a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) mos-
tra o desempenho da Empresa em determinado intervalo de tempo.

Conforme bem esclarecem Iudícibus et al. (2011, p. 177):


A Demonstração do Resultado do Exercício, elaborada simultaneamente
com o Balanço Patrimonial, constitui-se no relatório sucinto das operações
realizadas pela Empresa durante determinado período de tempo; nele
sobressai um dos valores mais importantes às pessoas nela interessadas,
o resultado líquido do período, Lucro ou Prejuízo.

De acordo com o CPC 26 (R1) (CPC, 2011), há duas formas de demonstrar as


receitas e as despesas na DRE: por função ou por natureza.

Na DRE por função, as Contas são agrupadas de acordo com sua finalidade
dentro da estrutura Empresarial. Por exemplo, todas as despesas associadas ao
Setor Administrativo são agrupadas e demonstradas em uma rubrica (linha) da
DRE denominada “Despesas Administrativas”. Dentro dessa rubrica, podem estar
contidas Contas Contábeis de despesas com salários de funcionários do Setor
Administrativo, despesa de aluguel do prédio administrativo ou qualquer outra
despesa cuja função tenha sido para finalidades administrativas.

Na DRE por natureza, o agrupamento das despesas é feito de acordo com as


suas características (tipo de despesa). Por exemplo, todas as despesas associadas
aos funcionários podem ser agrupadas e demonstradas em uma rubrica da DRE de-
nominada “Despesas com Pessoal”. Dentro dessa rubrica, serão alocadas todas as
despesas relacionadas aos funcionários da Empresa, tais como despesas com salá-
rios, despesas com refeição, despesas com transporte, despesas com benefícios etc.

A Legislação Societária brasileira – Lei nº 6.404/76 – requer a apresentação


por função, obrigatoriamente (BRASIL, 1976). No entanto, o CPC 26 (R1)
(CPC, 2011) determina que, quando da apresentação por função, é obrigatória a
evidenciação das despesas por natureza, em Notas Explicativas.

Você Sabia? Importante!

Além das seis Demonstrações Contábeis propriamente ditas (BP, DRE, DRA, DMPL, DVA
e DFC), as Empresas também devem apresentar Notas Explicativas, que nada mais são
do que detalhamentos das informações divulgadas nas Demonstrações Contábeis,
sejam elas de caráter obrigatório pelas Normas de Contabilidade ou informações
complementares que a Empresa julgue necessárias para a compreensão dos Relatórios
Contábeis pelos seus usuários.

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A estrutura da DRE, em atendimento à Lei nº 6.404/76, é a seguinte:
Receita líquida de venda de bens e prestação de serviços

(-) Custo dos produtos, mercadorias ou serviços vendidos

(=) Lucro Bruto

(-) Despesas com vendas

(-) Despesas administrativas

(-) Despesas gerais

(±) Resultado de equivalência patrimonial

(±) Outras receitas (despesas) operacionais

(=) Resultado antes das receitas e despesas financeiras

(±) Resultado financeiro (despesas financeiras menos receitas financeiras)

(=) Resultado antes dos tributos sobre o lucro

(-) Tributos sobre o lucro (Lei)

(=) Resultado líquido do período

A seguir, estão detalhadas cada uma das rubricas da DRE:


• Receita líquida de venda de bens e prestação de serviços: compreende as
vendas de mercadorias, produtos ou prestação de serviços, menos qualquer de-
volução, abatimentos, descontos comerciais e tributos incidentes sobre a venda;
• (-) Custo dos produtos, mercadorias ou serviços vendidos: refere-se a to-
dos os custos industriais de fabricação (matéria-prima, mão de obra, materiais
empregados na produção etc.) no caso da indústria; custos comerciais (mer-
cadorias, armazenagem etc.) no caso de comércio; ou custos incorridos na
prestação de serviços (materiais consumidos, remunerações de executores dos
serviços etc.) no caso de Empresas de Prestação de Serviços;
• Lucro bruto: diferença entre a receita líquida de vendas e os custos;
• Despesas administrativas: todas as despesas associadas às atividades admi-
nistrativas da Empresa (salários do pessoal administrativo e aluguel do prédio
administrativo, por exemplo);
• Despesas com vendas: todas as despesas relacionadas à comercialização do
produto, mercadoria ou serviço (salários e comissões dos vendedores e aluguel
do espaço comercial, por exemplo);

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UNIDADE Balanço Patrimonial e Demonstração
do Resultado do Exercício (DRE)

• Despesas gerais: despesas que não podem ser alocadas especificamente às


finalidades administrativas ou de vendas (por exemplo: manutenção de bens de
uso comum aos Setores Administrativos e de Vendas);
• Resultado de equivalência patrimonial: pode ser tanto receita quanto
despesa. Refere-se à valorização ou à desvalorização de um investimento de
uma Empresa em coligadas ou controladas (quando há influência significativa
ou poder, respectivamente, sobre a Empresa investida);
• Outras receitas e despesas operacionais: referem-se aos ganhos ou perdas
da Empresa, não vinculados a sua atividade-fim (ganho na venda de um ativo
imobilizado, por exemplo);
• Resultado antes das receitas e despesas financeiras: refere-se ao resultado
da Empresa (lucro ou prejuízo) proveniente do lucro bruto menos as despesas
administrativas, com vendas, gerais, resultado de equivalência patrimonial e
outras receitas e despesas;
• Resultado financeiro: diferença entre as receitas financeiras obtidas pela Em-
presa (por exemplo, rentabilidade de aplicações financeiras ou juros cobrados em
vendas a prazo) e as despesas financeiras incorridas (por exemplo, juros pagos
sobre empréstimos ou tarifas bancárias para manutenção de contas correntes);
• Resultado antes dos tributos sobre o lucro: resultado da Empresa (lucro ou
prejuízo) proveniente do resultado antes das receitas e das despesas financeiras
mais ou menos o resultado financeiro (mais, se as receitas financeiras superarem
as despesas financeiras; menos, em ocasião inversa);
• Tributos sobre o lucro: referem-se aos tributos incidentes sobre o lucro aufe-
rido pela Empresa. Para as empresas brasileiras, esses tributos são o Imposto
de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido (CSLL).

Você Sabia? Importante!

Tanto custo como despesa representam gastos incorridos pela Empresa para a obtenção
de receitas. No entanto, há uma diferença conceitual entre os dois elementos: o custo
está vinculado ao produto, à mercadoria ou ao serviço prestado (matéria-prima para
produção em Empresa industrial, as próprias mercadorias revendidas por Empresa
comercial ou os materiais consumidos para a prestação de serviços, por exemplo), ao
passo que as despesas são gastos assessórios aos quais as Empresas estão sujeitas sem
o que não há manutenção operacional do negócio e, consequentemente, a aferição das
receitas não seria possível.

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Exemplo de uma DRE e nota explicativa de despesas por natureza
Demonstração do Resultado do Exercício Individual – Companhia Alpha S/A
Período de 01/01/2016 a 31/12/2016 e de 01/01/2015 a 31/12/2015
Em R$ milhões
2016 2015
Receita líquida de vendas 195.000 180.000
(–) CMV (120.000) (114.000)
(=) Lucro Bruto 75.000 66.000
(–) Despesas com vendas (Nota 1) (36.000) (32.000)
(–) Despesas administrativas (Nota 1) (21.800) (26.000)
(–) Despesas gerais (Nota 1) (2.400) (1.900)
(+) Outras receitas (despesas) operacionais 2.400 2.900
(+) Resultados de equivalência patrimonial 500 600
(=) Lucro antes das receitas e depesas financeiras 17.700 9.600
(–) Resultado financeiro (2.100) (3.400)
(=) Lucro antes dos tributos sobre o lucro 19.800 13.000
(–) Tributos sobre o lucro (IRPJ/CSLL) (5.134) (1.904)
(=) Lucro líquido 14.666 11.096
(*) Observe que as receitas ou as linhas intermediárias que representam lucro são apresentadas na DRE com o
valor positivo, ao passo que as despesas são representadas com notação negativa (na Contabilidade, o número
entre parênteses significa negativo), tal como seriam as linhas totalizadoras em caso de prejuízo, em vez de lucro.

Nota 1 – Despesas por natureza


A tabela a seguir apresenta as despesas da Empresa por natureza, em atendi-
mento ao disposto pelo CPC 26 (R1) (CPC, 2011):

Despesas por natureza: 2016 2015


Despesas com pessoal (21.070) (20.965)
Despesas com ocupação de imóveis (15.050) (14.975)
Despesas com serviços de terceiros (15.050) (14.975)
Despesas com depreciações e amortizações (9.030) (8.985)
Total (60.200) (59.900)

Note que o valor total das despesas apresentadas por natureza corresponde
exatamente à soma das despesas com vendas, despesas administrativas e despesas
gerais, para as quais foi apresentada a nota explicativa:
• Em 2016: 36.000 + 21.800 + 2.1400 = 60.200;
• Em 2015: 32.000 + 26.000 + 1.900 = 59.900.

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UNIDADE Balanço Patrimonial e Demonstração
do Resultado do Exercício (DRE)

As despesas com depreciação e amortização, apresentadas na Nota Explicativa de despesas por


natureza, fornecida como exemplo, correspondem ao consumo do ativo imobilizado e ativo intangível,
respectivamente, pelo seu uso por parte da Empresa. À medida que esses ativos são utilizados, há
queda de seu valor pelo desgaste físico (no caso dos ativos imobilizados, por exemplo, uma máquina
utilizada na linha de produção) ou declínio do tempo de uso (no caso dos ativos intangíveis, por
exemplo, um software cuja licença foi adquirida apenas para determinado período). As despesas com
depreciação e amortização objetivam refletir exatamente essa queda de valor dos ativos ao longo do
tempo, reduzindo o lucro da Empresa no período.

A seguir, um exemplo real de Balanço Patrimonial e de uma DRE, relativos a


2016, com base comparativa 2015, divulgados pela Gerdau S/A, uma indústria de
siderurgia e metalurgia brasileira, listada na BM&FBOVESPA:

Gerdau S. A. – Balanço Patrimonial (Valores expressos em milhares de reais)


Controladora Consolidado
Nota 32/12/2016 31/12/2015 31/12/2016 31/12/2015
ATIVO CIRCULANTE
Caixa e equivalentes de caixa 4 34.311 18.969 5.063.383 5.648.080
Aplicações financeiras
Títulos para negociação 4 2.896 87 1.024.411 1.270.760
Contas a receber de clientes 5 177.230 271.885 3.576.699 4.587.426
Estoques 6 254.596 189.486 6.332.730 8.781.113
Créditos tributários 7 18.023 23.822 504.429 673.155
Imposto de renda/contribuição social a recuperar 74.409 165.436 623.636 724.843
Dividendos a receber 91.926 - - -
Ganhos não realizados com instrumentos financeiros - - 2.557 37.981
Outros ativos circulantes 41.364 49.497 668.895 454.140
694.755 719.182 17.796.740 22.177.498

ATIVO NÃO-CIRCULANTE
Créditos tributários 7 10.919 14.609 56.703 77.990
Imposto de renda/contribuição social diferidos 8 1.420.348 1.639.500 3.407.230 4.307.462
Ganhos não realizados com instrumentos financeiros 15 - - 10.394 5.620
Partes relacionadas 18 - 5.666 57.541 54.402
Depósitos judiciais 17 250.511 230.747 1.861.784 1.703.367
Outros ativos não-circulantes 15.551 8.885 447.260 490.583
Gastos antecipados com plano de pensão 19 489 829 56.797 140.388
Investimentos avaliados por equivalência patrimonia 9 29.331.436 37.963.703 798.844 1.392.882
Ágios 11 - - 9.470.016 15.124.430
Outros intangíveis 12 - - 1.319.941 1.835.761
Imobilizado 10 1.164.686 1.229.710 19.351.891 22.784.326
32.193.940 41.093.649 36.838.401 47.917.211
TOTAL DO ATIVO 32.888.695 41.812.831 54.635.141 70.094.709

As notas explicativas da Administração são parte integrante das Demonstrações Financeiras da Controladora e Consolidadas

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Gerdau S. A. – Balanço Patrimonial (Valores expressos em milhares de reais)
Controladora Consolidado
Nota 32/12/2016 31/12/2015 31/12/2016 31/12/2015
PASSIVO CIRCULANTE
Fornecedores 94.687 65.103 2.743.818 3.629.788
Empréstimos e financiamentos 13 239.794 64.115 4.458.220 2.387.237
Impostos e contribuições sociais a recolher 16 15.467 29.538 341.190 349.674
Imposto de renda/contribuição social a recolher 211 67.440 74.458 140.449
Salários a pagar 26.815 26.966 464.949 480.430
Beneficios a empregados 19 - - 409 18.535
Provisão para passivos ambientais 20 893 1.355 17.737 27.736
Perdas não realizadas com instrumentos financeiros 15 6.584
Outros passivos circulantes 21.517 243.953 514.599 829.182
399.384 498.470 8.621.509 7.863.031

PASSIVO NÃO-CIRCULANTE
Empréstimos e financiamentos 13 188.414 350.225 15.959.590 23.826.758
Debêntures 14 822.982 721.404 165.423 246.862
Partes relacionadas 18 6.138.673 7.432.741 - 896
Imposto de renda e contribuição social diferidos 8 - - 395.436 914.475
Provisão para passivos tributários, cíveis e trabalhistas 17 297.992 268.599 2.239.226 1.904.730
Provisão para passivos ambientais 20 - - 66.069 136.070
Beneficios a empregados 19 - - 1.504.394 1.687.486
Obrigações com FIDC 21 1.007.259 853.252 1.007.259 853.252
Outros passivos não-circulantes 5.855 2.339 401.582 690.766
8.461.175 9.628.560 21.738.979 30.261.295

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 22
Capital social 19.249.181 19.249.181 19.249.181 19.249.181
Ações em tesouraria (98.746) (383.363) (98.746) (383.363)
Reserva de capital 11.597 11.597 11.597 11.597
Reserva de lucros 3.763.207 6.908.059 3.763.207 6.908.059
Ajustes de avaliação patrimonial 1.102.897 5.900.327 1.102.897 5.900.327
ATRIBUÍDO A PARTICIPAÇÃO DOS ACIONISTAS
24.028.136 31.685.801 24.028.136 31.685.801
CONTROLADORES

PARTICIPAÇÕES DOS ACIONISTAS NÃO-CONTROLADORES - - 246.517 284.582

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 24.028.136 31.685.801 24.274.653 31.970.383

TOTAL DO PASSIVO E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 32.888.695 41.812.831 54.635.141 70.094.709

As notas explicativas da Administração são parte integrante das Demonstrações Financeiras da Controladora e Consolidadas

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19
UNIDADE Balanço Patrimonial e Demonstração
do Resultado do Exercício (DRE)

Gerdau S. A. – Demonstração do Resultado para o Exercício findo


em 31 de Dezembro (Valores expressos em milhares de reais)
Controladora Consolidado
Nota 2016 2015 2016 2015
RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS 24 1.230.079 1.573.998 37.651.667 43.581.241
Custo das vendas 29 (1.099.721) (1.368.068) (34.187.941) (39.290.526)
LUCRO BRUTO 130.358 205.930 3.463.726 4.290.715
Despesas com vendas 29 (8.625) (10.142) (710.766) (758.002)
Despesas gerais e administrativas 29 (50.277) (40.545) (1.528.262) (1.797.483)
Outras receitas operacionais 29 15.910 18.015 242.077 213.431
Outras despesas operacionais 29 (15.265) (24.173) (114.230) (116.431)
Perdas pela não recuperabilidade de ativos 28 - - (2.917.911) (4.996.240)
Resultado em operações com entidades controladas
3.4 - - (58.223) -
e coligada
Resultado da equivalência patrimonial 9 (3.248.333) (2.909.737) (12.771) (24.502)
LUCRO (PREJUÍZO) OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO
(3.176.232) (2.760.652) (1.636.360) (3.215.512)
FINANCEIRO E DOS IMPOSTOS
Receitas financeiras 30 27.265 125.498 252.045 378.402
Despesas financeiras 30 (698.325) (615.451) (2.010.005) (1.780.366)
Variação cambial, líquida 30 1.176.355 (2.343.353) 851.635 (1.564.017)
(Perdas) Ganhos com instrumentos financeiros, líquido 30 (1.447) - (38.930) 87.085
LUCRO (PREJUÍZO) ANTES DOS IMPOSTOS (2.672.384) (5.593.958) (2.581.615) (6.094.408)
Imposto de renda e contribuição social
Corrente 8 725 (62.864) (110.511) (158.450)
Diferido 8 (219.152) 1.105.384 (193.803) 1.656.872

LUCRO (PREJUÍZO) LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (2.890.811) (4.551.438) (2.885.929) (4.595.986)

ATRIBUÍDO A:
Participação dos acionistas controladores (2.890.811) (4.551.438)
Participação dos acionistas não-controladores 4.882 (44.548)
(2.885.929) (4.595.986)
Lucro (Prejuízo) básico por ação -
23 (1,70) (2,69) (1,70) (2,69)
ordinária e preferencial - R$
Lucro (Prejuízo) diluído por ação -
23 (1,70) (2,69) (1,70) (2,69)
ordinária e preferencial - R$
As notas explicativas da Administração são parte integrante das Demonstrações Financeiras da Controladora e Consolidadas
Fonte: https://goo.gl/PTauVk

Em Síntese Importante!

Como vimos, quando uma Empresa detém participação de outra, controlando-a, suas
Demonstrações são consolidadas (apresentadas conjuntamente). Essa consolidação
é feita mesmo que a participação societária não seja de 100%. Note que no Balanço
Patrimonial da Gerdau S/A, há uma rubrica denominada “Participações de acionistas não
controladores”e na DRE há uma rubrica denominada “Lucro (prejuízo) líquido do exercício
atribuído à: participação dos acionistas controladores e participação dos acionistas não
controladores”. Nas Demonstrações, essas rubricas servem para demonstrar a parte do
Patrimônio Líquido e do resultado do período que cabem aos demais acionistas das
Empresas controladas (acionistas não controladores).

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Livros
Contabilidade Introdutória
IUDÍCIBUS, S. et al. Contabilidade introdutória: livro-texto. 11.ed. São Paulo,
Atlas: 2011. Capítulo 6 – Especificamente itens 6.1 e 6.2, que tratam do balanço
patrimonial e dos critérios de classificação dos elementos patrimoniais e 6.6, que trata
da demonstração do resultado do exercício (DRE);

Vídeos
Demonstração do Resultado do Exercício
MARION, J. C. Demonstração do resultado do exercício. 5min. 46seg. São Paulo:
GEN/Atlas, 2012.
https://youtu.be/ipUuFCrmUXk

Leitura
Fundamentos da Contabilidade
MALACRIDA, M. J. C.; PACCEZ, J. D.; YAMAMOTO, M. M. Fundamentos da
Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2011. Capítulo 3 – Especificamente item 3.4, que
trata da demonstração do resultado do exercício.
https://goo.gl/5XWTP1
Manual de Contabilidade Básica
PADOVEZE, C. L. Manual de Contabilidade básica. 10.ed. São Paulo: Atlas,
2017. Parte 2, que trata do estudo específico dos grupos e contas do balanço pa-
trimonial e Parte 3 - Especificamente item 19.5, que trata da Demonstração do
Resultado do Exercício.
https://goo.gl/nSvWQA

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UNIDADE Balanço Patrimonial e Demonstração
do Resultado do Exercício (DRE)

Referências
BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as sociedades
por ações. Brasília, DF: Casa Civil. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/L6404consol.htm>. Acesso em: 15 ago. 2017.

COMITÊ de Pronunciamentos Contábeis (CPC). CPC 26 (R1): Apresentação das


Demonstrações Contábeis. Brasília: dez./2011. Disponível em:<http://static.cpc.
mediagroup.com.br/Documentos/312_CPC_26_R1_rev%2009.pdf>. Acesso em:
15 ago. 2017.

IUDÍCIBUS, S. et al. Contabilidade Introdutória: livro-texto. 11.ed. São Paulo:


Altas, 2011.

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